Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1 CEFET- Itaguaí Engenharia Mecânica Planejamento da Produção Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello, D.Sc. anadmello1@gmail.com 2 Conteúdo Programático 1. Introdução à Administração da Produção: Contextualização no cenário empresarial atual. Evolução histórica. Livro texto – Slack, Nigel .Administração da Produção-Cap 1 a 3 2. Elementos organizacionais básicos do planejamento e programação da produção: O sistema produtivo.Tipos de organizações. O ambiente organizacional. 3. Produtividade e eficiência: Indicadores de desempenho Livro texto – Martins, Petrônio. Administração da Produção- Cap 21 4. Planejamento estratégico, visão geral. Estratégias de Produção. Livro texto – Slack, Nigel .Administração da Produção-Cap 1 a 3 5. Decisões sobre o projeto e o composto de produtos. Conceitos. Aspectos do projeto. Tipos de processos em manufatura e serviços; Desenvolvimento de novos produtos: - O conceito do ciclo de vida. Estratégias para o desenvolvimento de novos produtos. Livro texto – Slack, Nigel .Administração da Produção-Cap 4 , 5 e 16 6. Planejamento empresarial.: Projeto da Rede de Operações Produtivas. Integração Vertical. Localização de Modelos de localização Livro texto – Slack, Nigel .Administração da Produção-Cap 6 - Martins, Petrônio. Administração da Produção- Cap 5. 7. Projeto, capacidade e arranjo físico de fábricas( layout) e fluxos. Gestão da capacidade produtiva.Tipos básicos de layout, características. Livro texto – Slack, Nigel .Administração da Produção-Cap 7 Martins, Petrônio. Administração da Produção- Cap 6 . 2 3 Conteúdo Programático 8. Previsão de Demanda. 9. Controle de Estoques. 10. Planejamento e Controle de Produção. Planejamento da Capacidade. Plano de Produção. PMP. MRP. Programação da produção. Projeto. 11.Tecnologias de PCP: sistema Just-In-Time, Kanban, OPT 12. Modelos de simulação de produção. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. Corrêa, H. L., Corrêa, C. A., 2006. Administração de Produção e Operações. Manufatura e Serviços. Uma abordagem estratégica. 2ª.Edição. Atlas. São Paulo. 2. Gaither, N., Frazier, G. , 2002. Administração da Produção e Operações. 8ª. Edição. Pioneira/ Thomson Learning.São Paulo. 3. Slack, N.; Chambers, S.; Johnston, R. 2002. Administração da produção. Atlas. São Paulo. 4. Tubino, D. 2000. Manual de planejamento e controle da produção. Atlas. São Paulo. 5. Corrêa, H. L., Gianesi, I. G., Caon, M., 2010. Planejamento, Programação e Controle da Produção. 4ª.Edição. Atlas. São Paulo. 6. Ritzman, L. P.; Krajewski, L.J. 2008. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. Tubino, D. F., 1999. Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica. Bookmann. Porto Alegre. 2..Martins, P. G.; Laugeni, F.2006. Administração Da Produção. São Paulo: Saraiva. 3. Moreira, D. A. 2008. Administração da produção e operações, 2. ed. São Paulo: Cengage Learning.. 4. BUFFA, E. Modern Production/Operation Management. New York, USA: Jonh Wiley & Sons, 1987 5. Pozzo, H. 2002. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. Uma abordagem logística. 3ª. Edição. Atlas. São Paulo. 6. Lachtermacher, Pesquisa Operacional na tomada de decisões, Rio de Janeiro: Campus, 2002. 7. Arenales, M; Armentano, V; Morabito, R E Yanasse, H. Pesquisa operacional . Ed. Campus, 2006. 4 Visão Geral dos Sistemas de Produção Sintonizando as nossas percepções..... O QUE É UM SISTEMA ? Conjunto de partes coordenadas entre si; Combinação de partes de modo que concorram para um certo resultado. QUAL O SISTEMA MAIS PERFEITO QUE CONHECEMOS? 3 5 Sintonizando as nossas percepções..... É POSSIVEL FAZER ANALOGIAS COM UMA EMPRESA ?....... 6 Visão Geral dos Sistemas de Produção Sintonizando as nossas percepções..... MARKETINGPRODUÇÃO FINANÇAS RECURSOS HUMANOS DISTRIBUIÇÃO COMUNICAÇÃO PROCESSAMENTO DE DADOS COMPRAS EXPEDIÇÃOARMAZENAGEM CONTABILIDADE VENDAS COMERCIAL P&D QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DO SISTEMA EMPRESA!!? 4 7 Visão Geral dos Sistemas de Produção Sintonizando as nossas percepções..... GANHAR CLIENTE Ponto de Vista do MERCADO ( externo à empresa) DINHEIRO Ponto de Vista do ACIONISTA ( interno à empresa) 8 COMO ATINGIR OS OBJETIVOS DO SISTEMA EMPRESA!!? –A eficiência de qualquer sistema depende da forma como os problemas são resolvidos, ou seja, da forma de gestão: O QUE É GESTÃO ? É o trabalho de estabelecer ou interpretar os OBJETIVOS de uma ORGANIZAÇÃO e decidir O QUE FAZER para atingí-los da MELHOR FORMA POSSÍVEL. EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE!!!! 5 9 Visão Geral dos Sistemas de Produção Conceitos de Administração da Produção Conceito Tradicional: É a atividade pela qual os recursos, fluindo dentro de um sistema definido, são reunidos e transformados de uma forma controlada, a fim de agregar valor de acordo com os objetivos empresariais. Conceito Atual: Agregar VALOR ou UTILIDADE a um bem ou serviço 10 Diferenças entre bens e serviços Bens • Tangíveis. • Podem ser estocados. • Nenhuma interação entre cliente e processo. Serviços • Intangíveis. • Não podem ser estocados. • Interação direta entre cliente e processo. TENDÊNCIA: ESTRUTURA MISTA Mas não foi sempre assim!! 6 11 Evolução Histórica • Antes de 1900: Agricultura, artesanato (produção sob medida); Inventos que propiciaram a Revolução Industrial: Máquina à Vapor (Watt), o conceito de padronização (Eli Whitney) entre outros. • Administração Científica: Abordagem sistemática à manufatura (Taylor) – Enfoque no Trabalho - Organização e padronização Estudo de tempos e movimentos (Gilbreth, Sequenciamento, planos de incentivos (Gantt) etc. 12 Evolução Histórica • Ruptura Tecnológica: Linha de Montagem em Movimento + Conceitos de Administração Científica representam a aplicação clássica da especialização da mão-de- obra. (1913) – Ford: Tempo de montagem de chassis = 12 ½ horas para 93 minutos • Estudos de Hawthorne: Estudos sobre os efeitos das mudanças de ambiente sobre o resultado da produtividade obtida por trabalhadores originaram os Departamentos de Pessoal / Recursos Humanos. 7 13 Evolução Histórica • Pesquisa Operacional (PO): Estruturação e análise de problemas em termos quantitativos (numéricos), de modo que uma solução matematicamente ótima possa ser obtida. Basicamente: Função Objetivo: Maximizar Lucros (receitas, capacidades) ou Minimizar Perdas (recursos) Sujeito a algumas restrições do tipo < ou >. Ex. Para 2 produtos e três máquinas Max { $12 X1 + $8 X2 } s.a 3X1 + 2X2 < 42 MÁQUINA A 2X1 + 2X2 < 30 MÁQUINA B 2X1 + 4X2 < 48 MÁQUINA C 14 AS TRANSFORMAÇÕES DA ADM. PRODUÇÃO • AP e Operações de SERVIÇOS: co n su lt o ri a ca rr o s h o té is al im en to s 8 15 • Qualidade Expandida: Importância da qualidade em todas as áreas funcionais, por toda a organização. Ex: Pedido do cliente, Especificações do produto, Forma de pagamento, Local de entrega Integração qualidade do produto com qualidade do serviço Satisfação do consumidor e Lealdade do cliente • AP e outras áreas funcionais: Marketing, Contabilidade, RH, Finanças.... AS TRANSFORMAÇÕES DA ADM. PRODUÇÃO 16 AS TRANSFORMAÇÕES DA ADM. PRODUÇÃO - Competição global ampliada: Empresas expostas a concorrência internacional, não existem limitações de onde “comprar” ou onde “fazer”. Ex. Escort (Ford) Montagem (Alemanha e Inglaterra) Componentes (15 países) - Avanços na Tecnologia- TI. Ex. Automação e Robótica, Banco 24 hs) - AP entre Clientes e Fornecedores: Integração permite ganhos em flexibilidade e contribuição declientes e fornecedores com o processo. EDI/SAP 9 17 2-Funções dos Sistemas de Produção • Sistemas produtivos devem exercer uma série de funções operacionais, desempenhadas por pessoas, que vão desde o projeto dos produtos, até o controle dos estoques, recrutamento e treinamento de funcionários, aplicação dos recursos financeiros, distribuição dos produtos, etc. 18 Funções dos Sistemas de Produção • A função Produção consiste de todas as atividades que diretamente estão relacionadas com a produção de bens ou serviços. A função produção transforma insumos em bens ou serviços através de um ou mais processos organizados de conversão. 10 19 Sistema Empresa RH Logística Marketing Produção Finança s Entradas Saídas Processos de Transformação Agregando valor!!! Recursos a serem processados Bens e ou Serviços Recursos processadores 20 BENS E SERVIÇOS advêm da integração de dois tipos de recursos : PROCESSADORES, que contribuem com o aumento de valor ou utilidade PROCESSADOS, que têm o seu valor ou utilidade aumentado Quais são os tipos de RECURSOS PROCESSADORES ? • instalações e equipamentos • pessoas • procedimentos • dinheiro Quais são os tipos de RECURSOS PROCESSADOS ? São uma combinação de : • materiais • informações • consumidores 11 21 O Processo de Transformação Processos de Transformação Entradas (clientes e ou materiais, informações) Resultados (bens e serviços) •Físicas, como em processos de manufatura –muda a propriedade •Locacionais, como em processos de transporte –muda o lugar •De troca, como no varejo –muda a posse •De estocagem, como no armazenamento –mantém posse, lugar... •Fisiológica, como nos programas de saúde - •Informacional, como nos processos de telecomunicações. 22 Exercício de Aplicação •Liste para cada Sistema abaixo as relações de: Principais Insumos, Principais processos de Transformação e Principais Resultados •Hospital •Restaurante •Fábrica de Sapatos •Loja de departamentos •Banco 12 23 Operações e Processos • Atividades empresariais são executadas através de processos que são conjuntos de operações realizadas com o objetivo de agregar valor para o produto. • O tipo de processo definido para cada estágio depende da estratégia operacional da empresa e do tipo de produto, conforme veremos mais adiante. • Processos híbridos ou processos de múltiplos estágios congregam várias etapas para a produção e diferentes processos podem ocorrer em cada etapa de produção. 24 Operações e Processos 13 25 Sistema Empresa RH Logística Marketing Produção Finança s Entradas Saídas Produção Materiais Informações Clientes Bens e ou Serviços Sistema Produção 26 Sistema Produção- Detalhando um pouco mais Materiais Informações Clientes Bens e ou Serviços 1 2 3 .. n Materiais Informações Clientes Bens e ou Serviços A B C .. N Operações do processo 3 14 27 Operações da Produção- Detalhando um pouco mais Operações em Paralelo ou mistas Materiais Informações Clientes Bens e ou Serviços A B C .. N Operações em Linha ou Sequenciais ou séries Materiais Informações Clientes Bens e ou Serviços A B C .. ND 28 Operações do Sistema Produção As operações do sistema: • Possuem diferentes capacidades • Os fluxos de materiais e informações têm diferentes direções • Utilizam diferentes tipos e quantidades de materiais e informações • Utilizam diferentes tipos e quantidades de recursos processadores • Necessitam de diferentes tempos de execução • Usam diferentes métodos de produção 15 29 Métodos de Produção • Fabricação para estoque: processo compatível com poucas variações de produtos, altamente padronizados, produzidos segundo a demanda prevista e estocados para ser entregue rapidamente ao cliente (ex. tintas) Materiais Informações Clientes S is te m a c o n s u m id o r A B C .. N Bens Níveis de estoques mais altos, foco no custo S is te m a F o rn e c e d o r 30 Métodos de Produção • Fabricação contra-pedido: processo focado `a personalização de produtos já solicitados pelos clientes, necessitando flexibilidade do sistema produtivo. Materiais Informações Clientes S is te m a c o n s u m id o r A B C .. N Bens Serviços Níveis de estoques mais baixos, foco no tempo de atendimento S is te m a F o rn e c e d o r 16 31 Operações e Processos Gargalo: A capacidade de cada estágio em um processo entre vários estágios pode variar freqüentemente. O estágio do processo com a menor capacidade é denominado o gargalo do processo. Adicionando mais capacidade para aliviar o gargalo, este provavelmente se moverá para outro estágio - gargalos errantes. Capacidade x Demanda: Quando da análise da capacidade de um processo, deve se considerar que se a demanda por determinado produto é menor que a capacidade de produção do estágio com menor capacidade, então não existe gargalo 32 Gargalos no processo- Exemplo (em unidades por hora) Taxa máxima de saída A 7,0 B 3,5 C 3,5 .E 6,5 F 8,0 D 5,0 •A taxa máxima de saída é dada pela etapa de menor capacidade- capacidades das etapas em paralelo devem ser somadas •Se a demanda for menor que a taxa de saída do processo • então não existe gargalo, existe desbalanceamento entre as operações •Se a demanda for maior que a taxa de saída do processo então existe gargalo na produção – no exemplo se a demanda for igual a 6 un/hora então o gargalo é a etapa D •Se aumentarmos a capacidade da etapa D, digamos para 8 un/hora a taxa de saída passa a ser da etapa com menor capacidade, ou seja a etapa E •Se a demanda permanecer em 6 um/hora não termos gargalo, mas se passar para 7 um/hora o gargalo será a etapa E •Conclusão: O gargalo muda de lugar conforme a demanda pelo processo se altere- essa mudança chama-se de gargalos errantes 17 33 Praticando...... • Considerando a capacidade de cada etapa do processo produtivo, com valor em unidades/minuto indicado, calcule: a) O valor da capacidade máxima da operação, b) Se a demanda for de 100 unidades qual ou quais as etapas gargalo c) Se a demanda for de 115 unidades qual ou quais as etapas gargalo A-60 C-110 B-60 Produção real 108 unid. / min F-50 E-50 D-50 34 Operações e Processos • Fluxograma de processos Diagrama que permite visualizar-se, todas as etapas do processo verbalmente. A origem foi com Franklin Gilbreth estudando os movimentos dos operários, denominado-os therbligs. Os símbolos indicam uma decisão a ser tomada. Operação Transporte Atraso Inspeção Armazenagem 18 35 MEDIDAS PARA DISTINGUIR OPERAÇÕES Volume + Repetição Especialização Capital intensivo Custo unitário baixo Variedade + Flexibilidade Complexo Atende necessidades Custo unitário alto Variação da Demanda + Capacidade variável Antecipação Custo unitário alto Contato com o Consumidor Tempo de espera limitada Habilidade de contato Variedade alta Custo unitário alto 36 Sistemas de Operações de Serviços Retaguarda Atendimento Back Room Front Office Linha de Visibilidade InícioEstágio 1 Estágio 4Estágio 3 Estágio 2 (Cliente sai do Processo) Fim Baixo contato Previsibilidade Padronização Melhor controle Alto contato com cliente Incerteza Variabilidade Difícil controle19 37 Matriz de projeto de serviços Centro Protegido Sistema Permeável Sistema Reativo Alta Baixa O p o rt u n id ad es d e v en d as Adaptação Total Baixa Alta E fi ci ên ci a d a P ro d u çã o Face à face com adaptações frouxas Face à face com especificações exatas Contato por correio Contato Telefônico 38 Medidas de Produtividade Níveis de Produtividade: da operação; do processo; da fábrica; da empresa; Produção: É o resultado da aplicação de recursos com alguma forma de administração. Recursos: Máquinas, materiais, mão-de-obra, idéias, capital, energia... Administração: canalização de esforços e recursos para atingir os objetivos de forma eficiente e eficaz 20 39 Medidas de Produtividade Medida da Produção: = CAPACIDADE Quantidade de trabalho executado numa unidade de tempo. Peças/ hora; clientes/ dia, automóveis/ano, $exportação/ semestre. Medidas de Capacidades em Operações de Serviço incluem o cliente- Capacidade de Projeto (NOMINAL): É a taxa ideal de saída, através da qual, uma empresa deseja produzir em condições normais e para qual o sistema foi projetado 40 Medidas de Produtividade Capacidade Máxima: É a taxa potencial máxima de saída, que pode ser alcançada quando todos os recursos produtivos são utilizados ao máximo. Operações utilizando Capacidade Máxima resultam em: - Curtos período de tempo - Altos custos de energia - Horas-extras - Aumento de quebras de máquinas (menor tempo para manutenção preventiva) - Fadiga de equipamentos e pessoas: aumento de defeitos e menor produtividade 21 41 Medidas de Produtividade Utilização da Capacidade = TAXA DE OPERAÇÃO Ex. tx de operação = 2700 automóveis =75% 3600 Ou tx operação= Horas realmente utilizadas Horas totais disponíveis TX.OPERAÇÃO = PRODUÇÃO REAL CAPACIDADE DE PROJETO 42 Medidas de Produtividade PRODUTIVIDADE DA OPERAÇÃO: 1) 1 operário, em 1 máquina, produz em 1 hora 10 peças: Produção = 10 peças/ hora Produtividade = 10 peças/ homem-hora 10 peças/ hora-máquina 2) 2 operários, em 2 máquinas, produzem em 1 hora 20 peças: Produção = 20 peças/ hora Produtividade = 10 peças/ homem-hora 10 peças/ hora-máquina 22 43 Medidas de Produtividade PRODUTIVIDADE DA OPERAÇÃO: Melhorando o método de trabalho: 1 operário, operando 2 máquinas, produz em 1 hora, 20 peças: Produção = 20 peças/ hora Produtividade = 20 peças/ homem-hora 10 peças/ hora-máquina Conclusões: - Para aumentar a produção, aumenta-se os recursos produtivos - Para aumentar a produtividade, melhora-se o processo 44 • PRODUTIVIDADE DO PROCESSO Velocidade do Processo = Velocidade de Fabricação Tempo de Valor adicionado = Tempo realmente gasto na execução do produto ou serviço. Tempo de atravessamento do produto = Tempo gasto do início do pedido até a entrega do produto ou serviço Medidas de Produtividade VP = Tempo de atravessamento do produto Tempo de valor Adicionado 23 45 Produtividade e Eficiência Eficiência: É a relação entre a produção realizada e a produção padrão, ou do tempo gasto e o tempo padrão. Produção Real = 48 peças/ min Produção Padrão = 60 peças/ min Eficiência da operação = 48 = 80% 60 46 Medidas de Produtividade Produtividade da Fábrica: - Relação entre O RESULTADO DA PRODUÇÃO E O TOTAL DE CADA RECURSO APLICADO, para ser possível avaliar o desempenho de cada recurso (são os indicadores parciais) - Relação entre o O RESULTADO DA PRODUÇÃO E VARIÁVEIS QUE ESTÃO FORA DA OPERAÇÃO, como: aproveitamento de material, índices de rejeição, sucata, retalhos, estoques, movimentação de materiais,.... 24 47 Produtividade e Eficiência Produtividade da Empresa: - Relação entre O FATURAMENTO E OS CUSTOS TOTAIS . PRODUTIVIDADE = $ faturado $ custos TAXA DE VALOR AGREGADO = É UMA MEDIDA GLOBAL, AGREGA TODOS OS FATORES DE PRODUÇÃO E AS VARIÁVEIS EXTERNAS À FABRICA COMO DISTRIBUIÇÃO, FINANÇAS, MARKETING, PESSOAL,... 48 Produtividade e Eficiência Meios para aumentar a Produtividade: - VIA CAPITAL: Aquisição de máquinas e equipamentos mais produtivos - VIA TRABALHO: Estudo de técnicas e métodos de trabalho, análise de processos... Eliminação de atividades desnecessárias Eliminação da duplicidade Redução das paralisações (tempos de espera) Eliminação de desperdícios 25 49 Produtividade e Custo “ O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DIMINUI O CUSTO” - Se Produtividade = Produção Recursos Então: Se PRODUZ MAIS com os MESMOS RECURSOS ou Se PRODUZ O MESMO com MENOS RECURSOS Logo produtividade e custos são inversamente proporcionais 50 Exemplo 1) Determinar a produtividade parcial da mão de obra de uma empresa que faturou $ 70 milhões em um certo ano fiscal no qual os 350 funcionários trabalharam em média 170 horas/mês • Solução M.O.= 350 homens . 170 horas/mês . 12 mês/ano Input = M.O = 714.000 homens .hora/ano Output ou resultado = $70.000.000 Produtividade = 70.000.000/714.000 = $ 98,04 /homem.hora 26 51 Praticando......... 2) A empresa anterior produziu 1.400.000 toneladas do produto que fabrica. Qual a produtividade da mão de obra? 3) Uma empresa que fabrica e comercializa produtos de aço inoxidável conta com 350 colaboradores e fatura $70 milhões por ano. Uma outra empresa, do setor de autopeças, conta com 1000 colaboradores e fatura $ 70 milhões por ano. Qual das duas tem maior produtividade da mão-de-obra? Que fatores devem ser considerados na análise? Podemos afirmar que uma empresa é mais produtiva que a outra? 4) Determinar a produtividade total de uma empresa, no período de um mês, quando produziu 35000 unidades que foram vendidas a $ 12 a unidade, gastando $ 357.000 5)Um produto passa, durante o seu processo de fabricação, por dois departamentos: de usinagem e de montagem: O preço médio de venda praticado para o produtos montados é de $3,22/unidade. Determinar a produtividade parcial da mão de obra e da matéria- prima e a produtividade total para o produto, baseado nos dados abaixo. Departamento Produção (unidades) Matéria-Prima ($/unidade) M.O. (homem.hora/unid) Custo M.O. ($/homem.hora) Usinagem 20.000 0,45 0,15 4,16 Montagem 18.500 0,05 0,08 5,12 52 Planejamento Empresarial • Visão Clássica: “Planejamento é a identificação dos possíveis cursos de ação em potencial que poderão satisfazer um OBJETIVO e a avaliação dos meios para implantar as alternativas” •Sequência Lógica Previsão Orçamento de Capital Alocação de Recursos Programação de Recursos •Níveis do Planejamento Estratégico ou de Longo prazo Tático ou de Médio Prazo Operacional ou de Curto Prazo 27 53 Visão Geral do Planejamento 54 Planejamento Estratégico da Produção • O planejamento estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas. – O impacto das decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características das empresas no atendimento de sua missão. – Para efetuar um planejamento estratégico, a empresa considera suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente 28 55 Missão Corporativa • A missão corporativa é a base de uma empresa, é a razão de sua existência. • Qual o escopo do negócio: industrial, comercial ou de prestação de serviços? • Qual a essência do negócio? • Qual o sentido e intensidade do crescimento que está se buscando? • Como nos propomos a atender as necessidades dos clientes? 56 Estratégia Corporativa• A estratégia corporativa define as áreas de negócios e como adquirir e priorizar os recursos. – os diversos negócios da empresa têm um sentido comum, e permitem resultados superiores a soma dos resultados individuais. – especifica em que condições a diversificação de negócios contribuirá para o crescimento sustentável da corporação como um todo. 29 57 Estratégia Corporativa A Missão Estratégia Corporativa Estratégia Competitiva A Estratégia Competitiva B Estratégia Competitiva C 58 Estratégias Competitivas Genéricas Liderança em custos a empresa deverá buscar a produção ao menor custo possível, podendo com isto praticar os menores preços do mercado e aumentar o volume de vendas. Diferenciação se busca a exclusividade em alguma característica do produto que seja mais valorizada pelos clientes. (qualidade) Focalização é aquela que a empresa deverá buscar caso não consiga liderança de custos ou diferenciação da concorrência. (rapidez na entrega) 30 59 Estratégias de Competitividade Depende de como a empresa Entende o mercado (clientes, produtos, processos, fornecedores) e se organiza para atendê-lo ! Por exemplo, depende de aspectos : político- econômicos ( fiscais e cambiais ) geográficos educacionais culturais 60 Começando pelo ponto de vista do mercado, o que se deve fazer para GANHAR O CLIENTE ? Com a globalização da economia, abertura de mercados, queda das barreiras alfandegárias, retirada de subsídios, benefícios fiscais e taxas de juros privilegiadas, etc ... - a questão não é mais apenas : Como satisfazer ou superar as expectativas do meu cliente ? ISSO OS OUTROS TAMBÉM FAZEM !! O que faz o cliente escolher a minha empresa ao invés de escolher o concorrente ? A PERGUNTA CERTA É? 31 61 O Mercado e os multi-fatores de decisão de clientes Mercado Linhas de Produtos: Cores, Tamanhos, Modelos Influências Sociais: Amigos, Família Desempenho do Vendedor Garantias Rapidez e pontualidade na entrega Preço Facilidade de compra Condições de Pagamento Percepção da qualidade: desempenho, durabilidade, aparência, confiabilidade 62 Vantagens proporcionadas pela produção para ganhar o cliente 1. Fazer CERTO vantagem da QUALIDADE 2. Fazer BARATO vantagem do PREÇO 3. Fazer no TEMPO vantagem da PONTUALIDADE 4. Fazer RÁPIDO vantagem da VELOCIDADE 5. MUDAR o que é feito vantagem da FLEXIBILIDADE Qualidade do Produto Qualidade do Processo Qualidade da Organização 32 63 E o outro lado da competitividade? O que se deve fazer para GANHAR DINHEIRO ? MEDIDAS DA COMPETITIVIDADE Custo = Produzir bens/serviços a um custo mais baixo Qualidade = Taxa de defeitos dos produtos fabricados ou Quantidade de refugos produzidos. Rapidez = Tempo transcorrido do pedido até a entrega (lead time = tempo de atravessamento) Confiabilidade = Variabilidade do tempo de entrega (incerteza e confiabilidade) Flexibilidade = Reação rápida a eventos repentinos 64 1. Inovação 2. Variedade 3. Volume 4. Prazo 5. Falhas Amplitude introdução a novos produtos mudança no mix de produção variação (aumento) nas quantidades produzidas alteração (antecipação) nas datas de entrega uso de alternativas frente a quebra de máquinas / falta de materiais e pessoas da mudança requerida? Rapidez da mudança requerida? (em relação à) capacidade total de produção - X (em relação à) característica do novo produto tempos de setup (em relação à) disponibilidade de capacidade (em relação à) magnitude das antecipações necessidade de negociar outros prazos e reprogramar a produção (em relação ao) custo de perdas e correção das falhas necessidade de se alterar a programação ou processo de produção insumos ou processo de produção requeridos necessidade de novos contratos de fornecimento Flexibilidade Simples upgrade Totalmente nova Mesmos Totalmente Diferente Prod. A 90% de X Prod. B 10% de X Prod. A 10% de X Prod. B 90% de X Nenhum Muito Longos Abaixo Acima Não estabelecida Há Nenhum ImprescindívelPequenos Grandes Velocidade 1. Inovação 2. Variedade 3. Volume 4. Prazo 5. Falhas Amplitude introdução a novos produtos mudança no mix de produção variação (aumento) nas quantidades produzidas alteração (antecipação) nas datas de entrega uso de alternativas frente a quebra de máquinas / falta de materiais e pessoas da mudança requerida? Rapidez da mudança requerida? (em relação à) capacidade total de produção - X (em relação à) característica do novo produto tempos de setup (em relação à) disponibilidade de capacidade (em relação à) magnitude das antecipações necessidade de negociar outros prazos e reprogramar a produção (em relação ao) custo de perdas e correção das falhas necessidade de se alterar a programação ou processo de produção insumos ou processo de produção requeridos necessidade de novos contratos de fornecimento Flexibilidade Simples upgrade Totalmente nova Mesmos Totalmente Diferente Prod. A 90% de X Prod. B 10% de X Prod. A 10% de X Prod. B 90% de X Nenhum Muito Longos Abaixo Acima Não estabelecida Há Nenhum ImprescindívelPequenos Grandes 33 65 Efeitos provocados pelos critérios de desempenho Ambiente Externo Ambiente Interno Custo Flexibilidade Qualidade Produtividade Alta Produção Rápida Isenção de erros Operação confiável Habilidade mudança Preço e ou margem de lucro alta Produtos/serviços sob especificação Tempo de entrega reduzido Entrega confiável Freqüência de novos produtos Confiabilidade Rapidez 66 Linha do Tempo 1990198019701950/1960 Maximização do valorMinimização de custos P ri o ri d ad e Tecnologia baseada na informaçãoTecnologia baseada na manufatura 2000 Custos Qualidade Entrega Flexibilidade Serviço Próxima? 34 67 Estratégias Genéricas da Produção • O conceito de Foco: Ao longo do tempo, a estratégia de minimização de custos de produção foi substituida pela(s) estratégia(s) que maximiza o valor adicionado. • Fatores Qualificadores: Características mínimas que uma empresa deve possuir para ser considerada fornecedor potencial. • Fatores Quantificadores: Características que diferenciam uma empresa da concorrência , selecionando-a como fonte de compra. 68 Praticando...... • Leia artigo sobre a Motorolla Estudo de caso a ser desenvolvido em sala de aula 35 69 Áreas De Políticas De Decisão Estruturais: as atividades de projeto. • Novos produtos/ serviços. • Instalações. • Tecnologia. • Capacidade. Infra-estruturais: planejamento e controle. • Força de trabalho e organização. • Fornecedores e estoques. • Sistemas de planejamento e controle. 70 Projeto em Gestão de Produção Projeto é um empreendimento temporário com o objetivo de criar um produto ou serviço único. É frequentemente implementado como meio de realizar o plano estratégico da organização. Exemplos: • Desenvolver um novo produto ou serviço • Implementar uma mudança organizacional (estrutura, pessoas, estilo gerencial) • Desenvolver (adquirir) um novo sistema de informação ou uma nova máquina • Construir um prédio • Projetar uma campanha política 36 71 O QUE É GERÊNCIA DE PROJETO? É a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para projetaras atividades que atingirão os requerimentos do projeto, envolvendo: Demandas concorrentes: escopo, tempo, risco e qualidade Partes envolvidas com diferentes necessidades Identificação de requerimentos Fases do Projeto e o CICLO DE VIDA DO PROJETO Visam melhor controle gerencial, sendo marcadas como sub- produtos ou resultados de trabalhos, tangíveis e verificáveis como um estudo de viabilidade, desenho detalhado etc. Cada fase, tipicamente adotam nomes provenientes do principal subproduto: Levantamento de necessidades Desenho ou especificação Implementação ou construção Testes e documentação Inauguração (Star up) Manutenção (Turn over) PROJETO DO PRODUTO E DO PROCESSO VANTAGEM COMPETITIVA DE UM BOM PROJETO OBJETIVO DO PROJETO EXPECTATIVAS PROJETO DO PRODUTO/ SERVIÇO INTERPRETAÇÃO DAS EXPECTATIVAS 37 73 Projetando e Desenvolvendo Produtos e Processos – Projeto de Produto é o elemento básico da vantagem competitiva. – 80% dos problemas de qualidade decorre de falhas no projeto e não dos processos produtivos. 74 ETAPAS DO PROJETO- Do Conceito à Especificação O resultado da atividade de projeto é uma especificação detalhada do produto/serviço, definindo: • O conceito global (especificando forma, função, objetivos e benefícios) • O pacote (o conjunto de produtos e serviços individuais para preparar e consolidar o conceito) • O processo pelo qual o pacote será criado (especificando como os vários produtos e serviços individuais no pacote devem ser produzidos) 38 75 Etapas de Projeto GERAÇÃO DO CONCEITO TRIAGEM/ SELEÇÃO PROJETO PRELIMINAR AVALIAÇAO E MELHORIA PROTOTIPAGEM E PROJETO FINAL O CONCEITO O PACOTE O PROCESSO 76 Projeto de Produto • Aspectos Principais: Funcionalidade: fácil utilização, aspectos ergonômicos, estética, compatibilidade com o meio ambiente... Manufaturabilidade: Tecnologia conhecida e equipes multifuncionais Vendável: Preço compatível com o mercado 39 77 Projeto de Produto - Cenário S is te m a M er ca d o C o n su m id o r Marketing Vendas Marketing e Vendas Desenvolvimento de Produtos Manufatura Idéias de novos Produtos Pesquisa Avançada Especificações de Produto Conceito Técnico Projeto de produtos Projeto Preliminar Protótipo Testes Planejamento de processos P ro d u çã o Necessidades Promoções Chamada Pedidos Ordens de Produção 78 Ciclo de vida de produtos • Introdução: Baixos volumes (vendas e produção); Pedidos sob encomenda; Lotes pequenos de produção. • Crescimento: Aumenta a demanda e alteram-se os processos produtivos, automatização de processos, padronização, linhas seriadas. • Maturidade: Estabilização da demanda e dos processos industriais. • Declínio: Demanda decrescente, redução de participação no mercado 40 79 Ciclo de vida de produtos Vendas TempoIntrodução Crescimento Maturidade Declínio 80 Documentação de Produto Explosão: identifica-se cada peça Diagrama de montagem: define-se a sequência de atividades de montagem do produto e as peças utilizadas em cada etapa Estrutura Analítica: Define-se a composição do produto em seus níveis hierárquicos Lista de materiais: (BOM- Bill of Material) Listam-se todos os materiais que compõem o produto 41 81 Engenharia Simultânea ou concorrente • Combina uma força-tarefa interdisciplinar.... Com especificação completa do conceito resultando em: - Curto prazo de execução - Menor número de mudanças - Menor prazo de lançamento (time-to-market) - Melhor nível de qualidade - Maiores chances de sucesso 82 Engenharia Simultânea Elementos vitais: - Equipes interdisciplinares - Produto definido em termos de cliente, traduzidos em termos de engenharia com um grande detalhamento - Projeto por parâmetros para assegurar a otimização da qualidade - Projeto orientado à fabricação e Montagem - Desenvolvimento simultâneo de produto, equipamento de fabricação e processos, controle de qualidade e marketing 42 83 Engenharia Robusta: Conjunto de técnicas que buscam dar robustez ao produto (resistência a choques, produtos à prova d´água, resistência a temperatura....) Engenharia de valor: Diretrizes básicas: • Reduzir o número de componentes • Utilização de materiais mais baratos • Simplificação de processos 84 Classificação dos Processos de Produção • Classificação dos processos de produção tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade das atividades de planejamento e controle destes sistemas. – Pelo grau de padronização dos produtos; – Pela frequência das operações que sofrem os produtos; – Pela natureza do produto. 43 85 Pelo grau de padronização: Produtos Padronizados Sistemas que produzem produtos padronizados ou Produção em Massa • Apresentam alto grau de uniformidade. • Produção em grande escala, • Os clientes esperam encontrar a sua disposição no mercado, • Sistemas produtivos organizados de forma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos (máquinas, homens e materiais) e os métodos de trabalho e controles, contribuindo para uma maior eficiência do sistema, com conseqüente redução dos custos. 86 Produtos sob medida • São bens ou serviços customizados para um cliente em específico. • Sistema produtivo espera a manifestação dos clientes para definir os produtos, • Não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários. • Prazo de entrega é fator determinante no atendimento • Possuem normalmente grande capacidade ociosa. Dificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos, gerando produtos mais caros do que os padronizados. • A automação dos processos é menos aplicável visto que a quantidade produzida não justifica os investimentos. 44 87 Pela frequência das operações: Processos contínuos ou discretos Os processos contínuos envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente, Os processos discretos envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser isolados, em lotes ou unidades. – Processos discretos: processos repetitivos em massa, processos repetitivos em lotes, e processos por projeto. 88 Processos contínuos • Existe uma alta uniformidade na produção e demanda de bens ou serviços. • Os produtos e os processos produtivos são totalmente interdependentes, favorecendo a automatização e pouca flexibilidade no sistema. – São necessários altos investimentos em equipamentos e instalações, a mão-de-obra é empregada apenas para a condução e manutenção das instalações. – Ex: energia elétrica, petróleo e derivados, produtos químicos de uma forma geral, serviços de aquecimento e ar condicionado, de limpeza contínua, etc. 45 89 Repetitivos em massa • São empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados. – Demanda dos produtos é estável, – Projetos tem pouca alteração no curto prazo, montagem de uma estrutura produtiva altamente especializada e pouco flexível, os altos investimentos podem ser amortizados a longo prazo. – Ex: automóveis, eletrodomésticos, produtos têxteis, produtos cerâmicos, abate e beneficiamento de aves, suínos, gado, etc., e a prestação de serviços em grande escala como transporte aéreo, editoração de jornais e revistas, etc. 90 Repetitivos em Lotes • Produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada a medida que as operaçõesanteriores forem realizadas. – O sistema produtivo relativamente flexível, equipamentos pouco especializados e mão-de-obra polivalente, visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda. – Ex: produtos têxteis em pequena escala, sapatos, alimentos industrializados, ferragens, restaurantes, etc. 46 91 Processos por projeto • Tem a finalidade de atender uma necessidade específica dos clientes, com todas as suas atividades voltadas para esta meta. – Os produtos têm uma data específica de conclusão. São concebidos em estreita ligação com clientes, de modo que suas especificações impõem uma organização dedicada ao projeto. Exige-se alta flexibilidade dos recursos produtivos. – Ex: navios, aviões, usinas hidroelétricas, etc., e na prestação de serviços específicos como agências de propaganda, escritórios de advocacia, arquitetura, etc. 92 Classificação quanto à frequência de produção BENS SERVIÇOS INTERMITENTE NÃO / POUCO REPETITIVA V a rie d a d e d e P ro d u to s / S e rv iç o s V e lo c id a d e d e P ro d u ç ã o d e c a d a P ro d u to / S e rv iç o N ív e l d e C u s to m iz a ç ã o R e la ç ã o N º d e C o n s u m id o re s / N º d e F u n c io n á rio s petróleo aço camiseta branca automóveis eletrodomésticos roupas profissionais máquinas / ferramentas alimentos congelados roupas clássicas equipamentos sob encomenda material gráfico ternos sob medida navios pontes vestido de noiva DE MASSA ESPECIALIZADOS (lojas de serviços) PERSONALIZADOS (serviços profissionais) CONTÍNUA DE MASSA ÚNICA/PROJETO 47 93 Implicações dos Processos na Gestão da Produção • A tendência mundial é considerar os sistemas produtivos geradores de um pacote de bens e serviços, com predominância definida em função da área de competência da empresa. • Dada a complexidade das operações o tipo de processo vai influenciar todas as áreas de gestão produtivas, incluindo arranjo físico, tecnologias e capacidades. Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 94 PROJETO – SISTEMA PRODUTIVO • Questões Fundamentais: - As necessidades dos clientes vêm antes dos serviços e produtos. - O valor dos produtos e serviços está relacionado a disponibilidade ao cliente. - A rentabilidade é mais importante do que o volume. 48 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 95 TENDÊNCIAS • As atividades logísticas aliadas às tecnologias da informação são uma área promissora na redução de custos e no aumento da competitividade. Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 96 TENDÊNCIAS • Tecnologia da informação: Viabiliza e instiga a transformação..... Do modo de produção Na organização do trabalho Nos meios de produção Nos formatos dos serviços Na forma de relacionamento 49 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 97 LOGÍSTICA Logística Fabricante Atacado Distribuição Física Varejo Consumidor Funções Funções Funções Funções Funções Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 98 Logística • “Processo de planejar, implantar e controlar o fluxo eficiente de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relacionadas desde seu ponto de origem até o ponto de consumo, visando atender aos requisitos dos clientes” VALOR 50 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 99 Projeto- Porque incluir toda a Rede? Unidade Produtiva Fornecedores de 2a. Camada Fornecedores de 1a. Camada Clientes de 2a. Camada Clientes de 1a. Camada Gestão de compras e suprimentos Gestão de distribuição física Logística Gestão de materiais Gestão da cadeia de suprimentos Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 100 PROJETO das operações • Tomar decisões desde: A verticalização da produção. A localização. Arranjo físico. Relacionadas tanto em quantidade como direção, se fornecedores ou clientes. 51 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 101 Integração Vertical Definida em termos da direção da expansão, da amplitude do processo e do equilíbrio entre etapas. Integração Vertical Gestão da Capacidade Produtiva Localização das Operações Produtivas Comprar ou Fazer ? Onde ? Tamanho ? Expandir ? Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 102 Decisões!!! • A localização de empreendimentos tem uma perspectiva mais internacional, incluindo tanto as operações de manufatura como estocagem e distribuição. • É uma estratégia empresarial!!! 52 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 103 Decisões!!!!! Necessidades para a decisão: • Capacidade necessária? • Quando a capacidade é necessária? • Localização da capacidade? Respostas adequadas: 1) Determinar a forma de medir a capacidade. - Medida da capacidade associada com o tempo (ton/dia, clientes/mês) - Para multi-produtos: $ de vendas associada a capacidade - Horas trabalhadas - Limites de capacidades Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 104 Decisões.... 2) Determinar a demanda futura. - Definir a melhor técnica de previsão. 3) Determinar a capacidade a instalar. - Precisão da demanda - Parcela do mercado que se quer atender (share) - Avaliação econômica-financeira 4) Determinar o local. 53 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 105 Determinar Capacidade? Demanda para todo mercado, sendo 35% o share da empresa: Precisão da estimativa +\- 10% (anos 1 e 2) e 20% demais Ano 1 2 3 4 5 Produto 100000 110000 123000 138000 155000 Ano 1 2 3 4 5 Cap.Máxima Cap. Mínima Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 106 Localização Geográfica • Seguindo os tipos de processos industriais: • Indústrias com processos de perda de massa - localização próxima das fontes de matéria-prima. • Indústrias com processos com aumento de peso e volume - localização próxima aos centros de consumo. 54 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 107 Localização Seguindo-se os tipos de serviços: • Rede de telecomunicações • Rede de Transportes (coletivo e de carga) • Proximidades com o mercado • Facilidade de acesso do cliente • Localização dos concorrentes • Aspectos locais específicos: Estacionamento, aparência física de prédios, área de vitrines, segurança Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 108 Localização Avaliar alternativas definindo os pesos dos fatores • Qualitativos: • Infra-estrutura local • Educação e qualificação do trabalhador • Limitações de importação e exportação • Controle ambiental • Receptividade da comunidade • Estabilidade política/ econômica • Quantitativos: • Custos de mão-de obra • Custos de distribuição: transporte e tempo • Custos de instalação: incentivos fiscais • Taxas de câmbio • Proximidade a centros de consumo • Recursos matéria-prima e energéticos 55 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 109 Métodos de Localização 5) Identificar o modelo de localização. Ponto Dominante: • Variação do custo total para localização de um armazém entre o ponto de produção e o ponto de consumo.• Observa-se custos mínimos nas extremidades, logo elimina-se as posições intermediárias e testa- se as soluções possíveis apenas nos pontos de custos mínimos (próximo do mercado e do ponto de produção) Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 110 Métodos de Localização Ponto Dominante: 56 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 111 Métodos de Localização Ponto Dominante: Locais Custo fixo/ ano Custo variável unitário Custo total V=20.000 ( x 1000) A 120.000 64 B 300.000 25 C 400.000 15 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 112 Métodos de Localização Ponto Dominante: Quantidades A B C A B C $ Total 400 120 4 10 300 57 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 113 Métodos de Localização Centro de Gravidade - Objetiva encontrar o local que resulte em menor custo partindo do fornecimento de matérias-primas e os mercados consumidores. -Técnica de macro-análise que pondera as coordenadas do ponto de localização do depósito considerando o custo do fluxo de cada integrante da rede de distribuição, buscando minimizar os custos totais de transporte entre pontos de produção e de consumo Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 114 Métodos de Localização Centro de Gravidade 58 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 115 Métodos de Localização Centro de Gravidade 500 MP1 PA1 PA2 400 MP2 PA3 300 PA4 200 100 PA5 MP3 0 Km 100 200 300 400 500 A localização horizontal (LH) e a localização vertical são: LH ou LV = Σ( $ transporte x distância x volume) Σ ( $ transporte x volume) Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 116 Métodos de Localização Centro de Gravidade Local Volume $/ton/Km L.H L.V MP1 200 3 100 500 MP2 400 2 200 400 MP3 300 2 500 100 PA1 150 4 400 500 PA2 300 3 500 500 PA3 50 5 300 400 PA4 250 4 100 300 PA5 50 3 100 100 59 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 117 Métodos de Localização Centro de Gravidade A localização horizontal (LH) e a localização vertical são: LH = ( 200x3x100 + 400x 2x 200 +.......) = 1.400.000 ( 200x3 + 400x2+.....) 4.900 LV = ( 200x3x500 + 400x 2x 400 +.......) = 1.845.000 ( 200x3 + 400x2+.....) 4.900 LH = 285,7 e LV = 376,5 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 118 Métodos de Localização • Pode-se testar diversas soluções alternativas com a finalidade de fornecer ao tomador de decisão a melhor avaliação possível. • As informações quantificadas são principalmente a demanda (atual, prevista e potencial), os custos dos fluxos, distâncias e tempos de transporte. • Em situações de demanda variável recomenda-se o uso da simulação. 60 Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 119 • Uma empresa vai localizar sua fábrica na região apresentada, determine a cidade que deve ser localizada considerando os dados da tabela abaixo. De/Para A B C D E F $/tkm Ton $Total A 0 100 300 230 150 350 8 10 B 100 0 200 150 50 250 5 15 C 300 200 0 350 250 50 5 30 D 230 150 350 0 100 400 8 20 E 150 50 250 100 0 300 6 15 F 350 250 50 400 300 0 5 10 Distâncias em KM Profa. Ana Lucia Dorneles de Mello Gestão da Produção 1 120 • Um fabricante precisa decidir onde montar sua fábrica. Após uma análise prévia, quatro localidades foram selecioanadas. Utilizando do método do ponto de equilíbrio determine a melhor localização. Justificando Cidade Custo fixo/ano Custo variável/tambor Cuiabá 1.200.000,00 15,00 Londrina 1,700.000,00 14,00 Niterói 2.000.000,00 12,00 Campinas 3.000.000,00 10,00
Compartilhar