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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tatiana Bandeira Delgado 
 
 
 
 
 
Resenha crítica e estudo referente ao tema do artigo científico “Socioafetividade: a 
importância de seu reconhecimento e valorização” de Fernanda Molinari. 
 
Drireito Civil IV ­ Familia 
Professor Pedro Feiten 
 
 
 
 
Guaíba, 05 março de 2015. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo busca compreender e analisar a evolução da organização                       
familiar até os dias atuais, em que é possível encontrar o formato de família                           
reconstituída, a paternidade socioafetiva. É demonstrado que o vínculo de parentesco                     
não está ligado apenas a condição consanguínea ou o disposto em lei, alcançando                         
também, o laço afetivo, como nos trás o artigo cientifico “Socioafetividade”: a                       
importância de seu reconhecimento e valorização” de Fernanda Molinari. Para tanto em                       
um primeiro momento enfatizara os aspectos mais relevantes, bem como os novos                       
valores, em um seguindo de um complemento na analise mediante tais mudanças, na                         
influência de novas interpretações e transformações jurídicas, e por fim conclusão                     
através de apreciação pessoal de acordo com o artigo referido. 
 
Palavras chaves​: Família Socioafetiva. Parentesco por afinidade. Direito de                   
Família. 
 
A Constituição Federal de 1988 trouxe uma importante renovação no Direito de                         
Família Brasileiro, principalmente quando falamos na igualdade de filiação. O                   
ordenamento jurídico passou a contemplar as mudanças de valores já vivenciadas                     
pelas famílias modernas, assim surgiu um novo conceito de paternidade, fundado no                       
afeto e no amor entre pai e filho não ligados necessariamente pelo vinculo biológico. 
 
 
Tanto que atualmente, percebesse o grande número famílias reconstituídas que se                       
originam do casamento ou união estável de um casal, sendo que, um ou ambos os                             
cônjuges tem filhos fruto de um vínculo anterior que baseadas no afeto que se formam                             
a partir dessa nova família. Sendo que é cada vez é mais freqüente a formação de                               
famílias tendo como elo que une seus membros, simplesmente levado pelo o afeto. 
É o caso, por exemplo, da chamada ​“família mosaico​”, formada por um casal,                           
com os filhos de apenas um dos convivente, além dos filhos em comum.   
 
Com o passar dos tempos e com a evolução da sociedade, deu­se origem a novos                               
costumes, assim como novos valores e, consequentemente, tais mudanças requereram                   
e influenciaram novas interpretações e transformações jurídicas e sociais. 
 
 
” A entidade familiar passou a constituir laços e ter                   
um convívio mais forte, calçando sua relação na               
afetividade, especialmente com a evolução do           
mercado de trabalho e com a passagem das famílias                 
para o meio urbano (CARBONERA, 1998, p. 284)”. 
 
 
Conforme Carbonera (1998, p. 284) as relações familiares se tornaram mais                       
próximas, dando, dessa forma, espaço para o surgimento do afeto e para o ”início de                             
modificação do modelo tradicional”. Desta maneira, com a aproximação da entidade                     
familiar e com base no sentimento denominado afeto, criaram­se mais vínculos os                       
quais passaram a ser mais duradouros e essenciais para a vida do ser humano,                           
porquanto os relacionamentos, tanto paterno­filiais como matrimonias passaram a ter                   
como base a afetividade.  
 
 
Propõe­se, por intermédio da reestruturação das entidades familiares, preservando                   
e desenvolvendo o que é mais relevante entre os familiares: o afeto, a solidariedade, a                             
união, o respeito, a confiança, o amor, o projeto de vida comum, permitindo o pleno                             
desenvolvimento pessoal e social de cada partícipe, com base em ideais pluralistas,                       
solidaristas, democráticos e humanistas (GAMA, 2008. p. xviii). 
O conceito e estrutura da família, ​célula mater da sociedade tem passado por                           
constantes modificações, sendo certo que o Poder Judiciário não tem se mantido alheio  
às transformações; A afetividade finalmente tem sua a importância reconhecida nas                     
estruturas familiares. 
 
Há tempos legislação vem se adequando as novas realidades dos modelos                       
familiares atuais.A afetividade finalmente tem sua a importância reconhecida nas                   
estruturas familiares. Afinal, o Estado tem o dever de cumprir com sua função social                           
que é organizar a vida na sociedade, através da imposição de condutas, ou seja,                           
normas reguladoras a serem respeitadas por todos.  
A exteriorização desses sentimentos que           
configuram o estado de filiação que deve ter               
reconhecimento pela sociedade. As presunções jurídicas ou             
biológicos não são mais suficientes para configurar a               
verdadeira paternidade. A verdade sociológica da filiação se               
constrói, revelando­se não apenas na descendência, mas             
no comportamento de quem expende cuidados, carinho e               
tratamento, quem em público, quer na intimidade do lar, com                   
afeto verdadeiramente paternal, construindo vínculo que           
extrapola o laço biológico, compondo a base da               
paternidade. (FACHIN, 2003, p. 25).   
 
A promulgação da Constituição Federal de 1988 foi um divisor nas questões                         
familiares, quando reconheceu a pluralidade familiar, trazendo amparo à nova ordem                     
familiar que se constituía. 
 
Com relação à afetividade, a jurisprudência brasileira, mesmo que ausente o vínculo                         
biológico, mostra­se favorável a essa nova parentalidade, baseada na comprovação do                     
estado de filho.  Vejamos:   
 
EMENTA: DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. CRIANÇA E             
ADOLESCENTE. ADOÇÃO. PEDIDO PREPARATÓRIO DE         
DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR FORMULADO PELO           
PADRASTO EM FACE DO PAI BIOLÓGICO. LEGÍTIMO             
INTERESSE. FAMÍLIAS RECOMPOSTAS. MELHOR       
INTERESSE DA CRIANÇA. 
O procedimento para a perda do poder familiar terá                   
início por provocação do Ministério Público ou de pessoa                 
dotada de legítimo interesse , que se caracteriza por uma                   
estreita relação entre o interesse pessoal do sujeito ativo e o                     
bem­estar da criança. ​O pedido de adoção, formulado               
neste processo, funda­se no art. 41, 1º, do ECA                 
(correspondente ao art. 1.626, parágrafo único, do             
CC/02), em que um dos cônjuges pretende adotar o filho do                     
outro, o que permite ao padrasto invocar o legítimo interesse                   
para a destituição do poder familiar do pai biológico,                 
arvorado na convivência familiar, ligada,         
essencialmente, à paternidade social, ou seja, à             
socioafetividade , que representa, conforme ensina Tânia             
da Silva Pereira, um convívio de carinho e participaçãono                   
desenvolvimento e formação da criança, sem a concorrência               
do vínculo biológico.[...] 
 
 
 
_______________________ 
 
(Direito da criança e do adolescente uma proposta interdisciplinar 2ª ed. Rio de Janeiro:                           
Renovar, 2008. p. 735). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
É com clareza que observemos que o perfil familiar ao longo dos tempo vem                             
sofrido mutações; Uma necessidade, mediante o novo quadro da formação familiar                     
tendo como elo principal o afeto, deixando cair por terra os casamentos outrora                         
arranjados e ou até submissos socieconomicamente. O homem e a mulher de hoje                         
busca incansavelmente completasse por meio de sentimentos sublimes, como o                   
respeito, o carinho, a cumplicidade, o afeto, elementos essenciais em uma nova                       
formação familiar. Todavia conceitos de​“família modelo” que por vezes se constituem                       
de aparência e ou a importância da genética ser fundamental se tornam irrelevantes na                           
constituição de um lar. Nesse contexto, o Direito brasileiro inovou ao trazer o poder                           
familiar na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso I, que trata da                             
igualdade entre homens e mulheres. Considerou a família originária não apenas do                       
casamento, e sim independente do vínculo matrimonial. E, proibiu qualquer tipo de                       
discriminação relativa à filiação. 
 
Observamos com clareza as palavras de Rodrigo da Cunha Pereira, o Direito de                           
Família contemporâneo é o princípio da afetividade: 
 
“O princípio da afetividade e da dignidade humana e o da                     
pluralidade das formas de família, contaminaram a doutrina               
brasileira, de forma que o princípio da afetividade é o grande                     
balizador e sustentáculo do Direito de Família contemporâneo. Os                 
filhos socioafetivos são filhos de coração, independentemente dos               
laços genéticos. As funções parentais são garantidas não pela                 
relação genética ou derivação consanguínea, mas sim, pelo               
cuidado e desvelo dedicado aos  filhos”. 
 
PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Direito de Família. Uma Abordagem Psicanalítica. Belo                       
horizonte: Del Rey,  2003. p. 62.  
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação cível nº 18.402. Oitava                           
Câmara de Direito Privado. Relator: Caetano Lagrasta. Julgado: 17.06.2009. Disponível                   
em: . 
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação cível nº 18.402. Oitava                           
Câmara de Direito Privado. Relator: Caetano Lagrasta. Julgado: 17.06.2009. Disponível                   
em: . 
DIAS, Maria Berenice. Sociedade de afeto: um nome para a família. Revista Brasileira                         
de Direito de Família. Porto Alegre: Síntese, v. I, n. 1, abr./jun. 1999. 
FACHIN, Luiz Edson. Comentários ao novo código civil: do direito de família; do direito                           
pessoal; das relações de parentesco. 1. ed. Coordenador Sálvio de Figueiredo Teixeira.  
CARBONERA, Silvana Maria. O papel jurídico do afeto nas relações de família. In:                         
FACHIN, Luiz Edson (Coord.). Repensando fundamentos do direito civil brasileiro                   
contemporâneo. Rio de Janeiro: Renovar, 1998. 
VERCELONE, Paolo. Comentários ao artigo 3° do ECA. In: CURY, Munir; SILVA, A. F.                           
do A.; MENDEZ, E. G. (Coord.). Estatuto da criança e do adolescente comentado. 5.                           
ed. São Paulo: Malheiros, 2002. WELTER, Belmiro Pedro. Teoria tridimensional do                     
direito de família: reconhecimento de  
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na                     
Constituição Federal de 1988. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001. , Ingo                       
Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais. 
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 16 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999.

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