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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS DISCIPLINA:Direito Civil Professor: Dra. Raquel Valési Aula Da Organização dos Estados Coordenação: Dra. Elaine Borges www.r2direito.com.br CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS PÚBLICOS DISCIPLINA:Direito Administrativo Professor: Dra. Christiane Tenório AulaPrincípios AdministrativosParte 2 www.r2direito.com.br Direito Constitucional PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS - PARTE 2 Razoabilidade e da Proporcionalidade Na prática de atos vinculados o administrador público deve obedecer estritamente os ditames da lei, não há margem de liberdade de atuação a ser exercida, preenchidos os requisitos legais só há uma solução possível a ser enfrentada pelo agente, como por exemplo, aposentadoria compulsória por idade. Quando o administrador pratica um ato discricionário ele possui uma certa liberdade de atuação, pois o legislador elencou alguns caminhos a serem escolhidos pelo agente diante do caso concreto, ou seja, evidenciada a necessidade da prática de um determinado ato discricionário, o agente poderá optar pela melhor hipótese, dentre as estampadas na lei, que atenda ao caso concreto. Dentre os atos vinculados e discricionários, são nestes últimos que o agente público deve observar a aplicação dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, haja visto que nos atos vinculados a razoabilidade e discricionariedade restou a cargo do legislador,não sobrando liberdade de atuação por parte do administrador público. Deste modo, o administrador público ao escolher dentre as opções legais a que melhor se enquadra no caso concreto, deve se utilizar do caminho mais razoável utilizando-se dos meios proporcionais para o atingimento do fim. Estes princípios demandam que o agente público, ao se utilizar da discricionariedade conferida pela lei, o faça pautando-se de acordo com princípios morais do homem médio. Não é crível que o administrador se utilize de interesses ou sentimentos pessoais ou desarroados na prática do ato, pois no caso haverá desvio de finalidade, e desvio de finalidade é ilegalidade. Deste modo, quando o Poder Judiciário é instado a se pronunciar, o juiz, ao resolver a lide, não estará trocando a discricionariedade do agente público pela sua, pois isto é proibido por ofensa ao princípio da separação dos poderes, mas sim estará anulando um determinado ato por padecer de patente ilegalidade. Motivação Todo e qualquer ato administrativo exarado por qualquer dos três Poderes deve ser motivado. Disso resulta como conseqüência lógica que ato imotivado é rigorosamente nulo. Demanda também o princípio da motivação que os motivos que embasam a prática do ato devem ser existentes e verdadeiros, sob pena de serem declarados nulos. É aplicação do Teoria dos motivos determinantes! Direito Administrativo Este princípio é muito mais fácil de ser enchergado nos atos discricionários, onde o agente público possui uma certa liberdade de atuação. É através da motivação que é possível verificar se os princípios da razoabilidade e proporcionalidade foram atendidos. Caso eles não tenham sido atendidos será possível a anulação do referido ato até mesmo pelo Poder Judiciário, conforme dito outrora, por aplicação da Teoria dos motivos determinantes, que está em voga, lembra que eu falei anteriormente para os senhores colocarem um pisca alerta enorme na razoabilidade e proporcionalidade Só não haverá o dever de motivar quando a lei não definir o motivo para a prática do ato, como no caso, por exemplo, da exoneração "ad nutum" dos ocupantes de acrgos em comissão. Supremacia do interesse público Pode ser encarado sob dois prismas, quais sejam: 1. impõe ao legislador e ao agente público que na elaboração da lei e na aplicação da lei atendam precipuamente ao interesse de ordem coletiva; 2. toda vez que dois bens jurídicos tutelados pelo Direito estiverem em aparente conflito a socialidade prevalecerá face ao direito individual. Finalidade A finalidade da administração pública sempre será o interesse público. A administração não age para a consecução de quaisquer objetivos e valores. Seu agir é sempre qualificado pelo interesse público consagrado na lei. Se o administrador público se utiliza de uma competência que detém para, por exemplo, transferir um servidor público, com o propósito de puni-lo, ocorrerá na sua atuação evidente desvio de finalidade. Isso porque a competência para transferir servidores, não se confunde com a competência para puni-los, uma vez que ela não constitui sanção disciplinar, nesse caso haverá abuso por desvio e excesso de poder. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: Significa dizer que a Administração Pública não pode abrirmão do interesse coletivo porque ela não é dona dele. Autotutela: A autotutela é o controle que a Administração exerce sobre seus próprios atos, com a obrigação de anular os atos viciados e ilegais e revogar os incovenientes e inoportunos aos interesses coletivos,independentemente de recurso ao Poder Judiciário. Há que se ter em mente que a autotutela não é um poder conferido à Administração Pública para agir a seu bel prazer e a qualquer tempo. Não, a autotutela será mitigada quando em confronto com os princípios da segurança jurídica e estabilidade das relações jurídicas. Percebendo esse confronto de interesses, o legislador infraconstitucional, utilizando-se do princípio da proporcionalidade, consignou na Lei do Processo Administrativo Federal, Lei n°9.784/99, que o direito da Administração de anular atos administrativos que tenham irradiado efeitos favoráveis ao destinatário decai em cinco anos, salvo comprovada má-fé. Especialidade: A Administração Pública direta com o fito de especializar a prestação de serviços públicos os descentraliza para as entidades da Administração Indireta. Tutela ou controle Trata-se de um controle finalístico, para verificar se as pessoas jurídicas desacentralizadas estão cumprindo os fins para as quais foram criadas. Não se trata de hierarquia,pois esta existe dentro de umamesma pessoa jurídica e o superior hierárquico pode controlar tudo o tempo todo. No controle ou tutela existem duas pessoas jurídicas, a controladora e a controlada. M<as isso não quer dizer que a pessoa jurídica controladora possa imiscuir-se no gerenciamento da pessoa controlada. O controle é feito de acordo com a exata delimitação dada pela lei. Av. Indianópolis, 1581 - Moema São Paulo/SP - CEP.: 04063-003
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