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Sistema Motor

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Resumo: Marina - Medicina 
 
1 
Sistema Motor 
{ morfo II } 
Aula 1- 
Controle Motor 
♥ Voluntário: deve ser aprendido, comportamento postural e rítmico. Cérebro (córtex 
motor primário) 
♥ Inato (Involuntário): precisa de estímulo do SNC (respiração, reflexos). 
 
O reflexo é organizado no tronco ou medula, músculo estriado esquelético é efetor. 
Modular é interferir na atividade reflexa, ou seja, pode ser modulado através de um centro 
organizador cortical que age na área de medula, ou seja, um centro ordenador. 
Lesão no CMP -> perda de força do movimento e o músculo deixa de contrair ou relaxar, ou 
seja, déficit na atividade muscular. 
Lesão em Área Associativa -> movimento acontece de forma inadequada, apraxias. 
* Centros Ordenadores: Tronco, Medula e Cérebro (córtex motor primário). -> dá a 
ordem 
* Centros Planejadores (Associativas): Córtex Associativo (Área pré-motora, área 
motora suplementar e motora singular). -> planeja a ordem 
* Centros Coordenadores: Cerebelo e núcleos da base -> vai controlar o planejamento 
 
Aula 2 – 
Reflexos: 
São simples, rápidos, inatos e estereotipados, são integrados na medula ou tronco. 
♥ Movimentos Posturais ou Rítmicos: Músculos axiais ou apendiculares e caracterizam-
se por padrões rítmicos (marcha, corrida). 
♥ Movimentos Voluntários ou Motores Delicados: Proporcionais, complexos, envolvem 
músculos distais e da face, são aprendidos. 
O músculo esquelético funciona estritamente sob comando neural. As partes do sistema 
nervoso que o controla é denominado Sistema Motor Somático. Os ordenadores envolvidos 
são os motoneurônios (neurônios motores inferiores). 
 
O neurônio motor inferior: 
A musculatura somática é inervada pelos neurônios motores somáticos do corno ventral da 
medula espinal, estes comandam diretamente a contração muscular. Estas células são 
chamadas de neurônios motores inferiores para que não sejam confundidos com os 
neurônios motores superiores do encéfalo que se projetam para a medula espinal. 
Os axônios dos neurônios motores inferiores se agrupam para formar as raízes 
ventrais, a qual se une com a dorsal para formar um nervo espinal que contem fibras 
motores e sensoriais. Um detalhe importante é que a inervação de um músculo tem 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
2 
origem de vários segmentos. A substância cinzenta da medula é a área de integração 
dos reflexos medulares espinais. Os sinais sensoriais entram na medula quase 
imediatamente na substância cinzenta da medula espinal. Outro ramo transmite sinais 
para os níveis superiores do sistema nervoso. 
 
Neurônios Motores Alfa 
Os neurônios motores inferiores da medula espinal podem ser divididos em duas 
categorias: neurônios motores alfa e neurônios motores gama. Os neurônios motores 
alfa são responsáveis pela geração e força pelo músculo. A coleção de neurônios 
motores alfa que inerva um determinado músculo é chamada conjunto de neurônios 
motores. O sistema nervoso usa vários mecanismos para controlar a força da 
contração muscular de uma forma gradual e precisa. A primeira forma de controle da 
contração muscular pelo SNC é variando a taxa de disparo dos neurônios motores. O 
neurônio motor alfa se comunica com a fibra muscular liberando Ach na junção 
neuromuscular. A Ach liberada em resposta a um potencial de ação pré-sináptico causa 
um PEPS na fibra muscular que é suficientemente intenso para desencadear um 
potencial de ação pós sináptico. Uma contração sustentada requer uma sequência 
contínua de potenciais de ação. A segunda maneira pela qual o SNC gradua a 
contração muscular é recrutando unidades motoras sinérgicas adicionais. 
Os músculos menores que controlam os movimentos dos dedos das mãos e a rotação 
dos olhos são caracterizados por terem uma média de inervação muito menor. 
Músculos com uma quantidade grande de pequenas unidades motoras podem ser mais 
finamente controlados pelo SNC. 
Os neurônios motores alfa ativam os músculos esqueléticos, existem três fontes 
principais de entrada para o neurônio motor alfa. 
I. Células ganglionares da raiz dorsal, cujos axônios inervam uma estrutura 
sensorial denominada fuso muscular. 
II. Neurônios motores superiores, que se localizam no córtex cerebral motor e no 
tronco encefálico. 
III. Interneurônios da medula espinal 
 
Tipos de Unidades Motoras 
As fibras musculares vermelhas são caracterizadas por uma grande quantidade de 
mitocôndrias e enzimas especializadas para o metabolismo oxidativo enérgico. Essas 
fibras são relativamente lentas para contrair, contudo mantém a contração por um 
maior período de tempo sem fadiga. 
As brancas contêm poucas mitocôndrias e utilizam principalmente o metabolismo 
anaeróbico. Essas fibras contraem-se de maneira rápida e potente, porém elas entram 
em fadiga rapidamente. 
] Motoneurônios com soma maior → inervam fibras brancas 
] Motoneurônios com soma maior → inervam fibras vermelhas 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
3 
Quando a Força Muscular ↑ há recrutamento de neurônios com soma maior 
frequência de PA. 
Unidade motora é quando neurônio inerva um ou mais células. 
Cada unidade motora contém apenas um único tipo de fibra muscular. 
Neurônios motores rápidos tendem a gerar rajadas ocasionais de potencial de ação de 
alta frequência, enquanto neurônios motores lentos são caracterizados pela relativa 
estabilidade da atividade de baixa frequência. 
 
Controle Espinal das Unidades Motoras 
Já acompanhamos o potencial de ação propagando-se ao longo dos axônios dos 
neurônios motores alfa e ativando a junção neuromuscular. 
No interior da maioria dos músculos esqueléticos existem estruturas especializadas 
chamadas fusos musculares. Um fuso muscular, também chamado de receptor de 
estiramento, é formado por diversos tipos de fibras musculares esqueléticas 
especializadas contidas dentro de uma cápsula fibrosa. Os axônios sensoriais do grupo 
Ia enrolam-se nas fibras musculares do fuso. Os fusos e os axônios Ia que a eles estão 
associados, especializados em detectar alterações do comprimento (estiramento) 
muscular, são exemplos de proprioceptores. Os axônios Ia são os maiores e mais 
rápidos. Os axônios Ia penetram na medula espinal através das raízes dorsais, 
ramificam-se várias vezes e formam sinapses excitatórias sobre os interneurônios e 
os neurônios motores alfa dos cornos ventrais. Um único axônio Ia estabelece sinapses 
com praticamente todos os neurônios motores alfa no conjunto que inerva o músculo 
que contém o fuso. 
Fuso muscular é um conjunto de fibras musculares que só possuem actina e miosina. 
São receptores mecânicos que trata da propriocepção, e cujos aferentes tipos Ia e IIa 
vão estabelecer contatos sinápticos na medula espinal com os motoneurônios alfa. 
Os aferentes sensoriais são ativados pelo aumento do comprimento das fibras 
musculares, o que promove abertura de canais iônicos sensíveis ao estiramento e gera 
potenciais de ação nesses aferentes. Quando o comprimento das fibras diminui, os 
potenciais de ação diminuem ou desaparecem. 
 
Nas extremidades (intrafusais) há um neurônio pseudounipolar. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
4 
O fuso muscular contém fibras musculares esqueléticas modificadas dentro de sua 
cápsula fibrosa. Essas fibras musculares são chamadas de fibras intrafusais e fibras 
extrafusais, mais numerosas, que estão fora do fuso e formam a massa muscular. 
As fibras extrafusais são inervadas pelos neurônios motores alfas e as intrafusais 
recebem sua inervação motora de um outro tipo de neurônio motor inferior chamado 
neurônio motor gama. 
 
Quando as fibras extrafusais se contraem, o músculo encurta. Caso as fibras Ia se 
tornem frouxas e o fuso se silencia, não mais provendo informações a respeito do 
comprimento do músculo. Os neurônios motores gama inervam as fibrasmusculares 
intrafusais nas duas extremidade do fuso muscular. A ativação dessas fibras causa a 
contração dos dois polos do fuso musculares, tracionando, a região equatorial não-
cóntratil e mantendo ativos os axônios Ia. 
 
A ativação alfa diminui a atividade de Ia, enquanto que a ativação gama sozinha 
aumenta a atividade Ia. Ambos os neurônios motores alfa e gama são ativados por 
comandos descendentes do encéfalo. 
Neurônio Motor Gama → Fibra Muscular Intrafusal → Axônio Aferente Ia → 
Neurônio Motor Alfa → Fibras Musculares Extrafusais 
As fibras Ia e IIa podem terminar em: 
I. Córtex 
II. Cerebelo 
III. Ramificar e fazer contato com neurônio alfa. 
 
Região Central → Axial e apendicular proximal 
Região Periférica → Apendicular distal 
 
É importante salientar que duas informações sensoriais partem do músculo: 
♥ Fibras II tônica (adaptação lenta) - mantém o Sistema Nervoso ciente que o 
comprimento do músculo está estável, são sustentadas. Enquanto o músculo 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
5 
não voltar ao comprimento de normalidade, ela não para de informar o sistema 
nervoso. 
♥ Fibras Ia fásica (adaptação rápida) - responde enquanto o comprimento do 
músculo estiver mudando. Muda frequência de PA. Para de responder quando o 
comprimento parar de mudar. Leva informações de alteração de comprimento. 
Há dois tipos de fibras intrafusais no fuso muscular 
 Em Saco: Os núcleos da fibra muscular estão agrupados em “sacos” na região 
central da área receptora. Inervadas por Ia. Adaptação rápida. 
 Em Cadeia: Os núcleos são alinhados em cadeia através da área receptora. 
Inervadas por Ia e II. Estimuladas pela distância entre um núcleo e o outro ao se 
alongar a cadeia, abrindo os canais de sódio. Adaptação lenta. 
 
Reflexo Miotático 
Resumidamente ao se estirar um músculo (alongar), aumenta-se a frequência de 
descargas deste receptor, a informação entra na medula, faz sinapse com neurônio 
motor alfa, que estimula o músculo e contrai. Este é o ref lexo miotático, um ref lexo 
extensor. 
Quando um músculo é estirado, ele tende a reagir encolhendo-se (contraindo-se). O 
axônio Ia e os neurônios motores alfa sobre os quais estabelece sinapses constituem o 
arco ref lexo miotático. Sempre que um músculo é estendido rapidamente, a excitação 
dos fusos causa a contração ref lexa das fibras extrafusais do músculo estirado e dos 
sinergistas. Podemos encarar o ref lexo miotático como um ref lexo extensor 
antigravitário de importância postural. A característica centra! do ref lexo miotático, 
então, é a contração de um músculo em resposta ao seu próprio estiramento. 
As fibras Ia veiculam a informação dos fusos ao sistema nervoso central, entrando na 
medula espinal pelas raízes dorsais e separando-se aí em diversos ramos. Alguns ramos 
fazem contatos sinápticos excitatórios com os motoneurônios que inervam o mesmo 
músculo de origem das fibras Ia e com motoneurônios que inervam os músculos 
sinergistas. 
O estiramento muscular (do quadriceps, no caso do ref lexo patelar) provoca também o 
estiramento dos fusos musculares, e portanto a gênese de potenciais receptores 
despolarizantes, seguindo-se o aumento da frequência de disparo das fibras aferentes 
Ia e II. O músculo estimulado é chamado agonista principal ou simplesmente agonista (ou 
ainda homônimo), e os outros são chamados agonistas auxiliares ou sinergistas. Quando 
esse é o caso, o mesmo ramo aferente estabelece sinapses também com 
motoneurônios a que comandam os agonistas auxiliares. 
Um exemplo na clínica médica é o ref lexo patelar é quando se percute a patela, onde se 
insere um tendão. O músculo é estirado, e ref lexamente contrai, pois a informação é 
levada por fibra Ia até neurônio motor alfa, o qual contrai a perna, fazendo que a perna 
“vá para frente”. O músculo contraído é o agonista (o agente executor do movimento), 
o antagonista, portanto deve estar relaxado. Isso só é possível pois o neurônio Ia que 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
6 
entra na medula que faz sinapse com neurônio motor alfa, também faz sinapse com 
um interneurônio que vai inibir o motoneurônio alfa do músculo antagonista, ao mesmo 
tempo. Além de estimular o sinergista, através de um interneurônio que excita o 
motoneurônio deste. Este é o circuito do ref lexo. 
Vale lembrar que para se inibir o neurônio motor alfa, nós o hiperpolarizamos com o 
auxílio do neurotransmissor inibitório glicina. Enquanto que o excitatório é o glutamato. 
 
 
 
Propriocepção dos Órgãos Tendinosos De Golgi 
 
São inervados pelos aferentes Ib. O estiramento das fibras colágenas tendinosas 
tendinosas pela contração muscular produz abertura de canais iônicos nos aferentes Ib, 
fazendo-os disparar. Os receptores dos tendões medem, portanto, o grau de tensão 
muscular, enviando essas informações ao sistema nervoso central pelas fibras Ib, sendo 
essa informação complementar à informação fornecida pelos fusos musculares. 
Os órgãos tendinosos de Golgi estão localizados na junção do músculo com o tendão e 
são inervados por axônios sensoriais do grupo Ib. Estão dispostos em série, e a sua 
atividade informa a tensão muscular. 
As aferências Ib penetram na medula espinal, ramificam-se e estabelecem sinapses 
com interneurônios no corno ventral. Alguns destes interneurônios mantêm conexões 
inibitórias com neurônios motores alfa que inervam o mesmo músculo. O ref lexo 
miotático inverso protege o músculo de uma carga excessiva, ou seja, ele regula a 
tensão do músculo. À medida que a tensão muscular aumenta, a inibição do neurônio 
motor alfa diminui a contração muscular. À medida que a tensão do músculo diminui, a 
inibição do neurônio motor alfa diminui, e a contração muscular aumenta. Ou seja, ele 
excita antagonista e inibe agonista/sinergista utilizando sempre interneurônios. Não é 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
7 
uma via direta. 
 
 
 
Por que conseguimos nos manter em pé? 
 
 
 
 
 
 
Andar é um mecanismo que deve ser aprendido, pois existem as forças de contração 
de alfa e gama e a única inibitória que existe é a do tendão, ou seja, as de estimulação 
acabam “ganhando” por modulação. O bebê não sustenta, pois os dois ref lexos ocorrem 
ao mesmo tempo e ele não aprendeu a estimular esta via. 
 
Reflexo em paraplégicos: 
O circuito medular dos paraplégicos está intacto, quando há a percussão de patela, 
ocorre a extensão da perna, pois os ref lexos estão mantidos. Eles não se sustentam 
em pé, pois não existe a conexão superior, contudo enquanto existir o circuito da 
medula intacta, os ref lexos serão mantidos. Eles estão mais exacerbados, pois não há 
controle cortical. Pois normalmente, o nosso sistema voluntário cessa esse movimento, 
contudo o paraplégico não possui esse mecanismo, ou seja, o ref lexo não tem controle 
central e dessa maneira se encontram exacerbados. Ou seja, a lesão é superior. 
o Caso o ref lexo esteja reduzido é porque ocorreu uma lesão em neurônio Ia ou 
alfa ou em uma região da medula que cuida daquele ref lexo. Ou seja, a lesão é 
inferior. Problema periférico. 
 
Reflexo Flexor De Retirada 
(protetor e suavizador dos movimentos) 
 
O reflexo de retirada ocorre quando um estímulo sensorial, com frequência nociceptivo 
(doloroso), atinge uma das extremidades. Por exemplo, quando colocamos a mão no 
ferro quente, e retiramos o membro do local por reflexo. 
Alonga → PA → Ia → estimula alfa → ↑ tensão no tendão → ↑ 
PA → inibe alfa → relaxa → encéfalo → alfa e gama → estimula 
intrafusal → receptor estirado → PA em Ia → contração de 
músculo → contração alfa e gama → modulação 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
8 
Quando ocorre um estímulo nocivo, nós ativamos as fibras C que entra em sistema 
nervoso através da via espinotalâmica. Assim que ela entra na medula, antes deatingir 
o córtex, a fibra C emite ramos colaterais, os quais através de interneurônios vão 
fazer sinapses com neurônio motor alfa, excitando músculos f lexores e inibindo 
extensores. Ou seja, é um ref lexo protetor. 
Esse ref lexo se diferencia dos outros, pois a informação não parte de um proprioceptor 
e sim de um nociceptor que estimula o músculo para se afastar da região de perigo. 
Vale lembrar que as fibras gama só são inervadas pelo encéfalo, elas não são inervadas 
por nenhuma informação sensorial. Todas as informações sensoriais acabam 
terminando diretamente ou por interneurônios em alfa. 
Em paraplégicos: Ele não sente a dor, pois a informação não atinge encéfalo por conta 
de uma lesão que não deixa a informação atingir estas áreas, mas o ref lexo é mantido 
e ele retira o membro da estimulação nociceptiva, como um beliscão, por exemplo. Cada 
músculo é inervado por vários segmentos medulares, ou seja, assim o ref lexo é 
mantido. 
 
Reflexo extensor cruzado 
A fibra C emite outro ramo colateral para o outro lado da medula em cima de 
motoneurônio alfa que inibe o f lexor e excita o extensor através de interneurônios. Isto 
ocorre com a outra perna, reagindo para manter a postura bípede e não cair. 
 
Choque Medular/Espinal 
Quando uma lesão ocorre há um período em que o indivíduo não responde a nenhum 
estímulo, pois interrompe a atividade da medula. Ainda não se sabe o motivo deste 
mecanismo. 
Os ref lexos não acontecem. Este choque pode durar horas ou semana, após ele ser 
interrompido, os ref lexos voltam, apesar de exacerbados em alguns casos, o primeiro 
que volta é o esfíncter anal. 
 
Locomoção 
Na nossa medula há um padrão de movimento de caráter cíclico, ou seja, automatismo, 
que gera a locomoção. Circuitos gerados de padrões rítmicos estão localizados na 
medula espinal e em níveis supraespinais, a área superior só ordena. 
O córtex estimula tronco que estimula a medula e através de glutamato. 
Quando inativo, o neurônio apresenta canais iônicos fechados. Em um certo momento 
por um comando descendente proveniente do córtex cerebral, o neurônio se 
despolariza, e os canais glutamatérgicos tipo NMDA se abrem deixando entrar Ca e Na 
no meio intracelular. Como consequência, ocorre uma salva de PAs. A entrada 
de Ca' , então, abre canais de K dependentes de Ca, e a saída de potássio hiperpolariza 
a célula. A hiperpolarização causa o bloqueio do canal NMDA pelo Mg, interrompendo o 
f luxo de Ca e Na. Caindo a concentração de Ca, o canal de K fecha-se, preparando a 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
9 
célula para um novo ciclo. 
 
 
Aula 3: 
Tractos Espinais Descendentes: 
 
Axônios descem desde o encéfalo ao longo da medula espinal, através de dois grupos 
principais de vias: 
 Lateral: tracto rubro-espinal e córtico-espinal 
 Ventromedial: tracto retículo-espinal bulbar e pontino, vestíbulo-espinal e tecto-
espinal 
As vias laterais estão envolvidas no movuimento voluntário da musculatura distal e 
está sobre controle direto do córtex. 
As vias ventromediais estão envolvidas no controle de postura e locomoção. Estão sob 
o controle do Tronco Encefálico. 
 
As Vias Laterais 
* Tracto Córtico-Espinal: originado em neocórtex, é o mais longo, a maioria de 
seus axônios tem origem no córtex motor. 
* Tracto Rubro-Espinal: origina-se no núcleo rubro do mesencéfalo. Axônios do 
núcleo rubro decussam na ponte e reúnem-se com aqueles do trato cortico-
espinhal na coluna lateral da medula. A principal região de aferências do núcleo 
rubro é a região do córtex frontal. É um coadjuvante do comando voluntário 
motor de nervos que inervam membros inferiores f lexores proximais. 
 
As Vias Ventromediais 
Possuem quatro tractos descendentes que se originam no TE e terminam entre os 
interneurônios espinais, controlando os músculos proximais e axiais. 
* Tracto Vestíbulo-Espinal: mantêm o equilíbrio da cabeça sobre os ombros. Eles se 
originam nos núcleos vestibulares do bulbo, os quais retransmitem informações 
sensoriais do labirinto vestibular do ouvido interno. 
* Tracto Tecto-Espinal: se origina do colículo superior do mesencéfalo, o qual 
recebe aferências diretas da retina. O colículo superior recebe projeções do 
córtex visual, assim como aferências somatossensoriais e auditivas. Recebe 
projeções de vias visuais, auditivas e somestésicas. Participam de orientação 
sensorial-motora, ou seja, posicionam os olhos e a cabeça em relação ao 
ambiente. 
* Tracto Retículo-Espinal Pontino: aumenta os ref lexos antigravitacionais da 
medula. Facilita os extensores dos membros inferiores, ajudando a manter a 
postura ereta. A atividade dos neurônios do corno anterior mantém, em vez de 
alterar, o comprimento e a tensão muscular. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
10 
* Tracto Retículo-Espinal Bulbar: libera os músculos antigravitacionais do controle 
ref lexo. A atividade em ambos os tractos retículo-espinais é controlada por 
sinais descendentes oriundo do córtex. 
As vias ventromediais se originam de diferentes regiões do tronco encefálico e 
participam principalmente da manutenção da postura e de alguns movimentos ref lexos. 
 
Núcleo Reticular Pontino: 
Estende o tronco, mantendo a postura e força para vencer a gravidade. Estimula alfa 
e gama, contraindo o músculo. O motoneurônio gama grada a força de contração, grau 
de alongamento e de contração. É auto excitável. Também recebe sinais de núcleos 
vestibulares e núcleos profundos cerebelares. As fibras dessa via terminam nos 
neurônios motores anteriores mediais, que excitam os músculos axiais do corpo, que 
sustentam o corpo contra a gravidade. 
Núcleo Reticular Bulbar: 
Diminui tônus, recebe sinais excitatórios do córtex motor primário, núcleos da base e 
núcleo rubro. Transmitem sinais inibitórios para os mesmos neurônios motores 
anteriores antigravitários. Atuam em extensores. 
 
 
Descerebração 
Lesão entre colículo superior e inferior que acaba isolando o contato do cérebro com a 
medula. Ocorre um bloqueio da estimulação aferente intensa do córtex cerebral, dos 
núcleos rubros e dos gânglios da base para os Núcleos Reticulares Bulbares por conta 
da remoção de influências corticais sobre tronco e a medula. Assim o NRB acaba 
ficando não-funcional, permitindo hiperatividade do sistema pontino excitatório, já que 
não mais consegue contrabalancea-lo. Assim rigidez ocorre nos músculos 
antigravitários do pescoço e do tronco e os extensores das pernas. Os músculos 
antigravitacionais apresentam, além da rigidez, o fenômeno chamado espasticidade. Isto 
quer dizer que qualquer tentativa de alterar a posição de um membro ou outra parte 
do corpo, em especial tentativas de estiramenlos musculares bruscos, encontram 
intensa resistência, devida aos fortes ref lexos de estiramento descritos anteriormente. 
Isso acontece porque os sinais antigravitacionais pontinos e vestibulares que se dirigem 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
11 
para a medula excitam seletivamente os motoneurônios gama da medula espinhal com 
intensidade muito maior que a de excitação dos motoneurônios alfa. Isto tensiona as 
fibras musculares intrafusais dos fusos musculares, o que, por seu lado, torna muito 
sensível o arco de feedback do ref lexo de estiramento. 
 
 Obs: No coma o paciente tem ref lexo. Tem tônus diminuído, com NRB ativo. 
Quando o paciente está passando por uma morte cerebral, ocorre rigidez de 
descerebração, ou seja, perda de áreas corticais. 
 
Núcleos Vestibulares: 
Geralmente funcionam em associação aos núcleos reticulares pontinos na excitação 
dos músculos antigravitórios. Controlam seletivamente os sinais excitatórios para os 
difrentes músculos antigravitórios, a fim de manter o equilíbrio em resposta aos sinais 
do aparelho vestibular. 
O Tracto Vestíbulo Espinal recebe informações de orelhainterna, de sáculo ou trículo 
(locais onde se encontram otólitos/máculas, corpos rígidos cujo movimento estimula os 
nervos que controlam a postura). 
A mácula é um órgão receptor que leva informações do deslocamento da cabeça no 
espaço e de aceleração linear, dessa forma, acarretando em aumento do tônus 
muscular. São formados por células pilosas/ciliares, as quais tem o cílio inseridos em 
uma massa gelatinosa e em cima dessa massa há cristais de carbonato de cálcio 
(otólitos), e embaixo das células ciliares há a saída de neurônios bipolares que vão 
formar o nervo vestíbulo-coclear, terminando em núcleos vestibulares, os quais fazem 
conexões com a medula espinal, e emitem alguns fibras deste que excitam ou inibem 
motoneurônios alfa e gama para manter uma postura equilibrada. Toda essa região é 
banhada por endolinfa. Quando há um desvio na posição da cabeça, o órgão otólito tem 
uma maior inércia, assim o cílio tomba sobre a massa gelatinosa, fazendo com que haja 
a entrada de potássio na célula, gera potencial receptor, liberando glutamato, gerando 
um potencial de ação e os núcleos vestibulares tomarão consciência que a cabeça se 
movimentou, dessa forma há a estimulação de extensores que garantem um aumento 
de tônus em algumas regiões para que não soframos uma queda com o deslocamento 
da cabeça. O órgão receptor não mantém equilíbrio, ele apenas informa a posição da 
cabeça no espaço, apenas o núcleo vestibular (área coordenadora) que coordena a 
musculatura para que a postura se mantenha. A crista ampolar apenas detecta o 
movimento de rotação da cabeça. 
O núcleo vestibular excita a medula através do auxílio de núcleos pontinos e 
diretamente também. Também fazem conexão com o cerebelo através de aferências e 
eferências. 
A tontura é quando o sistema nervoso central recebe informações que não batem. Por 
exemplo, a informação visual diz que estamos em movimento em um carro, enquanto 
que a sensibilidade tátil informa que estamos parados. 
As vias proprioceptivas, táteis e visuais proporcionam o senso de equilíbrio. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
12 
 Labirintite: inflamação de células, quando a nutrição e vascularização destas 
células é modificada. 
 
Decorticação 
As influências corticais inibitórias sobre tronco e a medula foram removidas. Os 
motoneuronios inferiores só têm influências do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e 
bulbo). A flexão do membro superior é explicada pela presença do núcleo rubro. 
 
Aula 4: 
 
Centros Ordenadores Superiores 
Tronco Encefálico e a Medula estão relacionados a reflexo e movimentos posturais ou 
rítmicos. 
As áreas superiores são a base neural para movimentos voluntários, modificam os 
comportamentos motores, planejam e dão forma aos movimentos. 
Córtex Pré Motor + Córtex Motor Suplementar + Córtex Motor Cingular são áreas 
secundárias e planejadoras. 
Todas estas áreas contribuem para a formação contribuem para a formação do 
Tracto Córtico-Espinal, se iniciam no córtex e terminam na medula. A maioria das 
informações motoras partem de Córtex Motor Primário e vão até o músculo através 
dos neurônios alfa e gama. 
O Sistema é dividido em 
♥ Medial: Levam informações grosseiras, axial. (postura e equilíbrio) 
♥ Lateral: Apendicular distal, fino e preciso. 
 
Medial: 
{ Tracto reticular espinal bulbar e pontino 
{ Tracto vestíbulo espinal Movimentos Grosseiros 
{ Tracto tecto Espinal 
{ Tracto córtico espinal medial 
 
Lateral: 
{ Tracto córtico espinal lateral Movimentos Finos 
{ Tracto rubro espinal 
 
Origem Tracto Lateralidade Terminação Função 
Córtex Cerebral Corticoespinal 
lateral 
Contralateral 
 
Moto e 
interneurônios 
laterais 
Movimentos 
apendiculares 
Voluntários. 
Núcleo Rubro Rubro espinal Contralateral “ “ 
Córtex Cerebelar Corticoespinal Bilateral Moto e Movimentos 
Sistema 
Lateral 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
13 
medial interneurônios 
mediais 
axiais 
Voluntários. 
Colículo Superior Tecto espinal Contralateral “ Orientação 
sensorial 
motora 
da cabeça. 
Formação 
Reticular Pontina 
Reticulo 
espinal 
pontino 
Ipsilateral 
“ 
Ajustes 
posturais 
Antecipatórios 
Formação 
Reticular Bulbar 
Retículo 
espinal bulbar 
Ipsilateral 
“ 
Ajustes 
posturais 
Antecipatórios. 
Núcleo Vestibular Vestíbulo 
espinal 
Bilateral “ Ajustes 
posturais 
Os feixes que se originam no tronco encefálico baixo (bulbo e ponte), e que participam 
do sistema medial, comumente se mantêm do mesmo lado ao longo de todo o trajeto. 
Os feixes que se originam no mesencéfalo e no córtex cerebral, por outro lado, são em 
geral cruzados. 
* Lesões no Tracto Córticoespinal lateral: acarreta em deficiência motora grave 
que pode ser minimizada com o passar do tempo. 
 
Córtex Motor 
O córtex motor, origem do tracto corticoespinal, é constituídas de várias áreas, das 
quais as mais importantes são as áreas denominadas de córtex primário, pré motor e 
área suplementar, que inclui também áreas associativas do córtex frontal e parietal. A 
área 4 de Brodmann no giro pré-central tem sido também denominada de área 
motora primária, em função de conter um mapa somatotópico preciso e pelo fato de 
sua estimulação produzir movimentos localizado. A área 6 constitui a parte do 
chamado córtex pré motor, movimentos mais complexos, bilateralmente. A área 
suplementar está envolvida no controle da musculatura distal. As áreas pré frontais e 
as áreas associativas parietais, representam os níveis hierárquicos mais altos do 
controle motor. 
A área motora primária relaciona-se com o comando dos movimentos voluntários. A 
área motora suplementar e pré motora estão mais relacionadas com o planejamento 
dos movimentos voluntários, que com o comando de sua execução, e área motora 
cingular parece participar dos movimentos que têm conotação emocional, ela é 
somatotópica (se subdivide) e está ligada à memória e sistema límbico. 
Lesões de áreas pré-motoras prejudicam o desenvolvimento global do movimento. 
O grande ordenador dos nossos movimentos voluntários é o córtex motor primário. 
Sistema 
Medial 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
14 
Exibe organização topográfica. Codifica a força, direção, amplitude e velocidade do 
movimento. Dentro de cada área existe uma mistura de colunas de células que emitem 
neurônios de suas 6 camadas corticais, eles podem ser classificados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos tractos córticoespinal é possível notar tanto divergência quanto convergência. 
 
 
 ↱capta dados do ambiente 
Área Sensorial → Área Pré Motora (planeja) 
 ↓ 
Área Motora Primária (ordena) 
 ↳ Tracto Córticoespinal Lateral ou Medial 
 
A repetição faz com que a ação seja armazenada, assim a área motora suplementar é 
utilizada (se conecta com a memória). 
* Ao se lesar uma área há paralisia no lado contralateral. É uma área de grande 
plasticidade por isso há recuperação 
Existem dois mapas motores somatotopicamente organizados no Córtex Pré Motor. 
♥ Área Pré Motora (APM): Conecta-se principalmente com neurônios retículo 
espinais que inervam unidades motoras proximais. Ela atua a partir de 
informações de sistema sensorial pois é assim que ela se mantêm ativa. 
* Parte Dorsal: Musculatura Proximal 
* Parte Ventral: Musculatura Distal 
♥ Área Motora Suplementar (AMS): Faz conexão com área pré frontal e tem 
base para atuar a partir de dados armazenados na memória. 
 
Baseado em experimentos com macacos descobriu-se que quando se pede pra alguém 
imaginar um movimento, sem fazê-los efetivamente, apenas a área MS aparece ativa. 
A conclusão que podemos tirar é que essa área contém a ideia do movimento 
complexo, ou seja, uma espécie de plano ou programa para Ml executar.Neurônios Espelho 
Divergência: o mesmo neurônio cuida de 
vários músculos. (Movimentos Grossos) 
Convergência: muitos neurônios cuidam de 
um único músculo. (Movimentos Finos) 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
15 
São neurônios que repetem um padrão motor observado e também criam imagens 
visuais a partir de sons, são essenciais para áreas cognitivas. Estejam envolvidos os 
processos que empregam a imitação como recurso de aprendizagem motora. 
Ativam C. P. M. e área motora cingular. 
 
Cerebelo e Gânglios Da Base 
Essas estruturas funcionam sempre em associação a outros sistemas de controle 
motor. Tanto o cerebelo quanto os núcleos da base se caracterizam por não possuir 
acesso direto aos motoneurônios, embora apresentem conexões com praticamente 
todas as regiões motoras. Cabe ao córtex cerebral planejar e à medula e sistemas 
tronco­encefálicos executar o movimento voluntário, mas é fundamental a participação 
de estruturas que regulem o movimento, por meio de informações provenientes do 
córtex cerebral e/ou receptores periféricos, e que são basicamente o cerebelo e os 
chamados gânglios da base. Ao primeiro cabe aperfeiçoar e ajustar padrões motores 
principalmente durante o movimento; aos gânglios da base, atuarem no planejamento 
deste movimento. Além disso, funcionam independentemente, já que não têm conexões 
mútuas. Têm em comum, entretanto, um circuito básico no qual recebem informações 
de regiões do córtex cerebral e projetam de volta ao córtex motor através do tálamo. 
 
Cerebelo 
O cerebelo está encarregado de fazer ajustes nos movimentos por meio de conexões 
com o córtex motor e núcleos motores do tronco cerebral. É uma área coordenadora, 
ele controla a precisão dos movimentos, fazem manutenção do equilíbrio e da postura. 
Ele possui a seguinte divisão: 
a. Vestíbulo cerebelo - está basicamente relacionado com Lóbulo Flóculo medular e 
os núcleos vestibulares, em uma relação fundamental para o controle dos 
movimentos oculares e equilíbrio. Arquiocerebelo 
 
b. Espino cerebelo - O espinocerebelo envia fibras eferentes para o tronco 
encefálico (formações reticulares) e o mesencéfalo através do núcleo fastigial e 
dos interpostos, inervando respectivamente os núcleos do sistema descendente 
medial e lateral. Não faz conexão eferente direta com medula. O verme e a 
zona intermédia recebem forte inervação proveniente da medula através dos 
feixes espinocerebelares (aferência). Está relacionado a tônus. Paleocerebelo 
 
c. Cérebro cerebelar - Está conectada com hemisférios laterais do cerebelo. Ele 
participa da coordenação dos movimentos mais complexos, integrando as 
informações sensoriais com os comandos de origem mental. Está relacionado a 
movimento fino e preciso. Neocerebelo 
 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
16 
O cerebelo controla tônus, participa da atividade de aprendizagem motora, corrige 
erros, importante para atividades rápidas e acessora o córtex no planejamento. 
As eferências cerebelares partem de núcleos profundos do cerebelo.. 
A porção medial/central do cerebelo está relacionada com tronco, enquanto que a 
lateral está relacionada com mãos e pés (movimento fino e preciso). 
As vias aferentes (sensoriais) cerebelares são: 
♥ Células de Purkinje: fazem conexão com núcleo central. Recebe forte ativação 
excitatória de ambos os aferentes: diretamente de uma fibra trepadeira e 
indiretamente das fibras musgosas. As células de Purkinje são na verdade 
inibitórias, tendo o GABA como neurotransmissor. 
♥ Fibras Musgosas e Trepadeiras 
* As fibras musgosas provêm de neurônios de diversos núcleos do tronco 
encefálico (menos o núcleo olivar inferior), e são o principal sistema de entrada 
de informações, do cerebelo. Lá elas ramificam-se e estabelecem sinapses na 
camada granular. As fibras da Granulosa sobem e formam fibras paralelas as 
quais terminam em células de Purkinje. 
o As fibras trepadeiras, por outro lado, originam-se especificamente no 
núcleo olivar inferior, situado no bulbo. São também excitatórias, 
terminando exclusivamente no córtex cerebelar. 
 
Subdivisão Funcional Do Cerebelo 
 
 
1. Vestíbulo Cerebelo: 
 Manda aferência 
Órgão Vestibular → Cerebelo → L.F.M → Núcleos Vestibulares 
 ↓ 
Corrige a postura 
2. Espino Cerebelo: 
Medula → Região Intermediária → Núcleo Fastigial (movimentos grosseiros) 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
17 
Núcleo Interpósitos (movimentos mais ou 
menos finos) 
 
3. Cérebro Cerebelo: Informações de movimentos realmente precisos 
 Córtex → Cerebelo (áreas laterais)→ Núcleo Denteado 
 
 Do cerebelo não vai direto para o tronco, pois não foi planejado por ele., por isso volta para 
o córtex. 
 
Sobre as Fibras: 
♥ Fibras Musgosas é o principal sistema aferente de informação do cerebelo, 
provém dos núcleos da medula e de núcleos do tronco (exceto olivar). Recebem 
informações de nervo trigêmeo e principalmente de núcleos da ponte. 
Fibras musgosas → Células Da Granulosa → Fibras Paralelas → Células de 
Purkinje → Núcleos Profundos Glutamato 
GABA (inibe) 
Purkinje controla o grau de inibição dos Núcleos Profundos, pois quanto mais 
inibido, menos ele consegue corrigir o movimento. As musgosas também podem 
atuar em cima de núcleos profundos, excitando-os. 
As informações de fibras vindas da medula, córtex, tronco que estão indo em 
direção ao cerebelo, podem emitir ramos colaterais e se comunicar diretamente 
com os núcleos profundos. 
No cerebelo chegam informações exteroceptivas e proprioceptivas formam 
mapas somatotrópicos no córtex cerebelar. 
♥ Fibras Trepadeiras: São excitatórias (glutamato) e fazem sinapses com vários 
dendritos de Purkinje. Tem sua origem nas olivas. Elas integram informações 
proprioceptivas que se originam nos músculos e sustentam a atividade cerebelar 
através de sinapses elétricas. Recebem aferências excitatórias de várias partes 
do SNC e inibitórias de núcleos cerebelares. Elas também podem atuar em 
núcleos profundos. São essenciais no aprendizado motor. 
♥ Fibras Paralelas: São excitatórias, nascem das musgosas, fazem contato com 
purkinje e seu neurotransmissor é o glutamato. A principal aferência que chega 
até elas provêm de córtex, ou seja, são movimentos finos e precisos. 
 
Depressão de Longa Duração 
Quando o movimento não é ainda aprendido, informações de paralela e trepadeiras 
(aferências cerebelares) estão ambas ativadas igualmente, ou seja, liberam glutamato, 
promovendo entrada de cálcio e despolarização, ativam receptores metabotrópicos 
para glutamato e através de uma cascata de eventos produzem proteínas quinase C, e 
estas retiram da membrana receptores para glutamato (internalização de receptores 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
18 
AMPA), deixando a célula menos excitada. Assim os núcleos centrais cerebelares ficam 
livres para atuar, aumentando a atividade cerebelar, corrigindo o movimento. 
 
Circuito Básico 
Modula a intensidade e o ritmo de saída dos impulsos eferentes do cerebelo que vão 
influenciar os diferentes níveis de motricidade. As células de Purkinje fazem sinapses 
inibitórias com os neurônios dos núcleos profundos. 
 
Lesões: 
Quando há uma lesão, se altera a função motora do lado ipsilateral do corpo. Não 
produzem paralisia, mas causam perda de coordenação, movimento, postura e tônus. 
O cerebelo está envolvido no controle motor e quando este é lesado, os movimentos 
ficam descoordenados e sem precisão, uma condição conhecida como ataxia, é uma 
condição na qual o movimento não é feito suave e simultaneamente, ou seja, o 
paciente decompõe o movimento, isso é chamado de dissinergia, além do fato de ser 
dismétrico. A ataxia é um distúrbio de coordenação quecausa também hipotonia e 
retardo no início da reposta. 
{ Lesão Lobo FN, Fastigial ou Vestibular: dificuldade de equilíbrio, marcha, 
problemas na movimentação de olhos e corpo. 
{ Lesão no Núcleo Interposto: movimento atáxico dos membros, marcha em zigue 
zague e forte tremor de atividade. 
 Quando o paciente treme ao realizar uma atividade → Lesão Cerebelar 
 Quando o paciente treme em repouso → Parkinson 
{ Lesão em Núcleo Denteado ou Lateral: afeta movimentos precisos, movimentos 
voluntários finos das partes distais dos membros das partes distintas. 
 
Núcleos Da Base 
Os núcleos da base são um conjunto de núcleos situados em diferentes partes do 
sistema nervoso, que têm conexões entre si e participação no mesmo sistema 
funcional de controle motor, ou seja estão relacionados a coordenação de movimentos 
precisos. Não iniciam movimento. São formados por núcleo caudado, putâmen, globo 
pálido e núcleo subtalâmico. Podemos considerar também a susbtância nigra, uma 
estrutura mesencefálica que é reciprocamente conectada aos núcleos da base. O 
caudado e o putâmen formam em conjunto o estriado. O corpo estriado deve seu 
nome ao fato de que as fibras da cápsula interna o atravessam. O globo pálido é a 
origem das eferências ao tálamo. 
Seus componentes recebem aferências de praticamente todo o córtex cerebral, mas, 
através de núcleos talâmicos, somente enviam projeções ao córtex frontal. 
Os núcleos de base participam de um grande número de circuitos paralelos sendo 
apenas alguns poucos de função estritamente motora, outros estão envolvidos com 
aspectos da memória e cognição. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
19 
As suas informações corticais provém principalmente de área motora suplementar. 
Existe uma organização dos núcleos em duas vias, indireta e direta, as quais 
trabalhando juntas contrabalaceam uma a outra. A via indireta precisa passar pelo 
globo pálido externo e núcleo subtalâmico antes de chegar em globo pálido interno e 
substância nigra. A via direta vai de corpo estriado para globo pálido interno, a qual 
aumenta a atividade cortical. 
Alça Motora 
Via Direta: 
O córtex excita o corpo estriado, o qual quando excitado tem a função de inibir o globo 
pálido interno e substância nigra, estas substâncias inibidas deixam de inibir o tálamo, 
ou seja, acaba excitando o córtex. Há uma liberação talâmica. 
Via Indireta: 
O córtex excita o corpo estriado, o qual inibe o globo pálido externo, este deixa de inibir 
o núcleo subtalâmico, desta forma, excita substância nigra e globo pálido interno, 
inibindo o tálamo e diminuindo atividade cortical, pois não há estimulação de córtex. 
Via Nigro Estriatal 
Influencia as duas vias, “planeja” o movimento, controla as duas vias. A doença de 
Parkinson atua nesta via, pois ocorre a degeneração de neurônio dopaminérgicos. 
Ou seja, é a degeneração das aferências da substância dopamina, que normalmente 
facilita a alça motora direta ativando células do putâmen. 
Os sintomas desta doença são: 
♥ Bradicinesia → Diminui atividade de via direta e causa lentidão de 
movimentos 
♥ Rigidez que acarreta em tremor 
Sem atividade da via direta não há estimulação de córtex. 
NRB e NRP tem atividade excitatória em musculatura extensora. 
→ O NRB com menor ativação cortical não é ativida pois é excitado por córtex. 
→ O NRP fica mais ativo, aumentando o tônus, ou seja, a rigidez. 
Doença de Hunttington: 
É uma grave perda de neurônios no núcleo caudado, no putâmen e no globo pálido, com 
perda adicional de células córtex cerebral. Há lesão de estruturas nos núcleos da base e 
consequente perda de suas eferências inibitórias ao tálamo. 
 Exacerbação de atividade cortical 
 Lesão de via cortical 
 Balismo → movimento exacerbado. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
20 
 
Aula 5: 
Sistema Límbico 
Emoção é um conjunto de reações químicas e neurais subjacentes à mecanização 
de certas respostas comportamentais básicas e necessárias à sobrevivência. 
Quando o substrato neural quando é comprometido, fazemos um link com as 
reações comportamentais para notar as áreas que respondem a uma determinada 
atividade. 
→ Como classificar as emoções humanas? Em positivas ou negativas e de acordo 
com a sua origem, desta forma: 
♥ Emoções Inatas: Primárias. Ex: alegria, surpresa, raiva e tristeza. 
♥ Emoções Secundárias: Dependem de fatores socioculturais. Ex: culpa, 
vergonha e orgulho. 
♥ Emoções Terciárias: São gerados estímulos internos, emoções de fundo, 
estado geral de bem e mal estar. Ex: ansiedade, fadiga, apreensão, etc... 
A emoção é essencial para a sobrevivência e comunicação social, as respostas 
emocional tem padrões comportamentais. Quando uma emoções se mantêm por 
muito tempo pode-se haver alterações hormonais e imunológicas por conta delas. 
Teoria Das Emoções 
✿Teoria De James-Lange: 
Propuseram que nós experimentamos a emoção em reposta a alterações fisiológicas 
em nosso organismo. Por exemplo, sentimos tristeza porque choramos, e não 
choramos porque estamos tristes. Nossos sistemas sensoriais enviam informações 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
21 
acerca de nossa situação atual para nosso encéfalo, o qual envia sinais para o 
organismo. Dessa forma os sistemas sensoriais reagem então às alterações 
evocadas pelo encéfalo, e seria essa sensação que constitui a emoção. 
Resumindo, as alterações fisiológicas são a emoção, e se forem removidas, a 
emoção desaparecerá com elas. As respostas orgânicas frente a um estímulo 
sensorial determinam a sensação. 
Ex: O medo aparece por conta da resposta neurovegetativa. 
✿Teoria De Cannon-Bard 
Propuseram que a experiência emocional pode ocorrer independente de uma 
expressão emocional. As emoções podem ser experimentadas mesmo quando 
mudanças fisiológicas não podem ser sentidas. Enfocou-se a ideia de que o tálamo 
teria um papel especial nas sensações emocionais. Nesta teoria, a entrada sensorial 
é recebida pelo córtex cerebral que ativa mudanças no organismo. 
 
✿Teoria de Papez 
Propôs que o córtex estivesse criticamente envolvido com a experiência emocional. 
Algumas vezes, lesões em certas áreas corticais promovem mudanças profundas na 
expressão emocional. Dessa maneira propôs a teoria de um circuito: 
 
 Giro Do Cíngulo 
Núcleo Anterior Hipocampo 
Do Tálamo 
 
 Hipotálamo 
 
Assim neste circuito, o hipotálamo governa a expressão comportamental da emoção. O 
hipotálamo e o neocórtex estão arranjados de tal forma que um pode influenciar o 
outro, ligando assim a expressão e a experiência da emoção. 
Com o tempo outras estruturas como o complexo amigdaloide no lobo temporal, foram 
adicionadas ao circuito neuronal do sistema límbico. 
As hipóteses de Papez, bem como diversas observações clínicas, levaram Paul MacLean 
a sugerir que uma ampla região do córtex cerebral (composta pelos giros órbito-frontal, 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
22 
cingulado e para-hipocampal, que, em conjunto, compõem o que fora denominado por 
Broca de "o grande lobo límbico"), associada aos diversos sítios subcorticais interligados 
com esta região (em especial a amígdala, o septum e o hipotálamo), estariam envolvidos 
na elaboração da experiência e da expressão emocional. 
 
De modo geral, podemos dizer que as estruturas límbicas telencefálicas têm um papel 
modulador nos sítios hipotalâmicos e mesencefálicos límbicos. O hipotálamo desempenha 
um papel fundamental na coordenação de diversos ajustes homeostáticos e 
comportamentais relacionados com respostas vitais para a manutenção da espécie ou 
do indivíduo, enquanto as estruturas límbicas mesencefálicas estão mais diretamente 
relacionadas àexecução das respostas autonômicas e comportamentais específicas. 
Desta forma, o grupo de estruturas responsável pela sensação e pela expressão da 
emoção é frequentemente chamado de sistema límbico. 
O sistema límbico forma áreas do córtex que contém menos de 6 camadas, faz parte 
do arquiocórtex. 
Ínsula: 
É o nosso córtex sensorial emocional que recebe informações de interoceptores e 
determina a sensação de dor emocional (dor da perda), térmica (corar), coceira e alta 
atividade vasomotora relacionada à emoção. 
Giro do cíngulo: 
Sua porção frontal integra odores e imagens com memórias agradáveis de emoções 
anteriores. O resto da sua porção participa da reação emocional à dor, estimulando áreas 
neurovegetativas para que ocorra uma resposta orgânica a dor. 
Lesões nesta estrutura acarretam em uma mudez de sistema motor, por exemplo as 
expressões não mostram mais a emoção sentida, isso está relacionado ao fato de áreas 
motoras cingulada estarem ligadas ao giro. 
Pessoas extrovertidas apresentam maior ativação de córtex cingulado anterior, e as 
introvertidas tem menor estimulação destas áreas. 
Tálamo: 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
23 
É uma via de passagem das informações, estabelece conexões com diferentes áreas de 
sistema límbico. 
 
HipoTálamo: 
Controla várias funções orgânicas do nosso corpo. Tem funções vegetativas, é o centro do 
controle do sistema límbico, controla comportamentos motivados, etc... 
Existem três classes de comportamentos motivados: 
] Homeostasia/Motivação 
] Comportamento Sexual/Prazer 
] Motivação sem substrato 
 
 Hipotálamo Posterior Medial Hipotálamo Posterior Lateral 
 Ataque Defensivo Ataque Ofensivo 
 
 SCPA Área Tegmentar Ventral 
(Substância Cinzenta Periaquedutal) 
 ↳ Ligada à dor e produção de endorfinas 
 
Conectado ao complexo amigdaloide, o qual gera sensações de ansiedade e medo. 
Hipocampo: 
Ligado à memória, faz a consolidação desta, ou seja, transforma memória de curto prazo 
em longo prazo. A maior parte das nossas emoções é aprendida e por isso está relacionada 
ao hipocampo para que utilizemos o padrão de memória de experiências anteriores e assim 
consigamos alterar o padrão de emoção a novas situações. 
Complexo amigdalóide: 
Como foi citado anteriormente, esta estrutura está ligada a neurobiologia do medo, sendo 
este classificado da seguinte forma: 
♥ Medo Incondicionado/Inato: Medo de escuro, sons fortes e súbitos, medo de 
altura, visão de predador para animais, etc... Podem ser perdidos ao longo da vida. 
♥ Medo Condicionado: Um estímulo inócuo é associado a uma situação ameaçadora e 
aprendemos que ela é uma situação perigosa. Está associada a um trauma. 
♥ Medo Implícito: Sem causa aparente. Apenas aparente em humanos. A maior parte 
das fobias está ligada a este tipo de medo, por exemplo. Ex: Medo de barata 
A amígdala é considerada o botão de disparo para reações de medo, as informações 
sensoriais vão para amígdala por mesencéfalo e tálamo. 
Ela é formada por vários núcleos: 
{ Corticomedial: Ligado a aprendizado. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
24 
{ Basolateral: Qualquer informação sensorial ligada à emoção entra na amígdala por 
este núcleo, ou seja, é a porta de entrada das emoções. 
{ Central: Informações que saem da amígdala para gerar um comportamento de 
medo ou ansiedade passam por este núcleo. 
Vamos pegar a situação de uma cobra, a visão deste animal acaba terminando em lobo 
occipital, mas também há uma via que termina em área basolateral da amígdala. Áreas 
corticais visuais primárias, auditivas, somestésicas, associativas parietas, pré frontais e 
parahipocampais mandam informações para a amígdala. 
Mantém informações com núcleos colinérgicos que ficam no tronco encefálico, os quais 
estimulam o SNC para garantir alerta. Por exemplo, impede o sono quando estamos com 
medo. Apresenta link com hipotálamo e tronco, no qual gera informação para aumento de 
tônus, por exemplo. 
 
Área Cortical Sensorial 
 ↑ 
Tálamo BL 
 ↑ 
Estímulo Emocional 
 
Lesão em central ou basolateral: faz com que o indivíduo fique mais dócil, mais desinibido, 
menos medo, menos estresse e menos úlcera. 
No complexo amigdaloide há o processamento de expressões faciais emocionais e em 
julgamentos sociais. Por exemplo, estas pessoas não conseguem perceber a hierarquia e o 
limite em relação a provocar alguém, por exemplo. 
áreas 
Área Pré Frontal: Ligada à memória, última área do SN a ficar pronta, e está relacionada 
ao que o nosso comportamento gera no outro, é uma área que seleciona um 
comportamento para uma determinada situação. Faz sofrer com a dor do outro. Quando 
não está pronto, faz com que as pessoas não liguem para as consequências. 
i. Pré Frontal Esquerdo: Afetos negativos. Quando estimulado gera medo e nojo 
ii. Pré Frontal Direito: Afetos positivos. Quando há lesão gera depressão 
Área Septal: Ligada a Córtex Pré Frontal. Recebe conexões do tronco. Estimula córtex. 
Circuito de prazer. 
Área Tegumentar Ventral e Núcleo Accumbens: Relacionado a prazer em geral. Partem de 
núcleos mesencefálicos, estes axônios terminam por fazer conexões. No núcleo accumbens, 
parecem ser responsáveis pela sensação de prazer. Dopaminérgicos. 
Núcleos da Base: Ligados a atividade repetitivas. Ex: instintos, limpeza e higiene. 
 
Aprendizado e Memória 
Aprendizado é a aquisição de novas informações ou novos conhecimentos e Memória é a 
retenção da informação aprendida. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
25 
Nós guardamos informações através do evento de neuroplasticidade, alterando 
morfologicamente as vias neurais. 
Cognição é o processo de estar consciente, saber, pensar, aprender e julgar. 
A experiência nos modifica, a interação com o ambiente altera o nosso comportamento, 
modificando também o nosso sistema nervoso. A aprendizagem e memória podem resultar de 
modificações na transmissão sináptica, reforçar ou inibir vias, determinando memórias de 
curto ou longo prazo. Após a aquisição dos aspectos selecionados de um evento, estes são 
armazenados por algum tempo: às vezes por muitos anos, às vezes por não mais que alguns 
segundos. Esse é o processo de retenção da memória, durante o qual os aspectos 
selecionados de cada evento ficam de algum modo disponíveis para serem lembrados. 
Qualquer espécie precisa de aprendizagem e memória para que consiga seguir os quatro 
fatores necessários a espécie que são: busca de alimento, busca de calor, busca de 
perpetuação de espécie e tentar evitar predadores. 
Modificações sinápticas podem ser disparadas pela conversão de atividades neural em 
segundos mensageiros intracelulares. Memórias podem resultar de alterações em proteínas 
sinápticas. 
Aprendizagem 
A função primária da aprendizagem é desenvolver comportamentos adaptados ao ambiente 
com constantes mudanças. Ela pode ser vista como um conjunto de comportamentos que 
viabilizam os processos neurobiológicos. A aprendizagem é dividida em: 
♥ Não Associativa: 
Conceito: alteramos a nossa resposta observada no comportamento que ocorre ao 
longo do tempo em resposta a um único estímulo. 
[ Habituação: Por exemplo, um barulho no meio da noite pode te assustar, 
mas com a repetição inócua do ruído percebe-se que não se tratava de 
algo ruim, e você não mais se importa. 
[ Sensibilização: Caso este barulho for um morcego e ele entrar na sua casa e 
te deixar em alerta, da próxima noite você ficará em alerta e se assustará 
com qualquer barulho. Ou seja, você aprendeu a esperar algo assustador e 
colocou-se em estado de alerta para qualquereventualidade. De acordo com 
Bear, a sensibilização é quando nós aprendemos a intensificar nossas 
respostas a todos os estímulos, mesmo àqueles que previamente evocavam 
pouca ou nenhuma reação. 
♥ Associativa: 
Conceito: formamos associações entre eventos. 
[ Clássico: Caso você ouvir o mesmo ruído de assobio que o morcego fez, você 
correrá e fechará a janela. Você acabou aprendendo a identificar o som 
emitido por esses animais, e passou a orientar o seu comportamento 
correspondentemente. Como o morcego lhe provoca sempre um susto, neste 
caso é considerado um estímulo incondicionado. O assovio, entretanto, 
normalmente não lhe provocaria qualquer reação, mas como foi associado à 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
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presença assustadora do morcego, passa a ser chamado estímulo 
condicionado. 
[ Condicionamento operante: É uma alteração de comportamento envolvendo 
atividade motora. Aprendemos que uma determinada ação que realizamos 
pode estar associada a uma experiência positiva (um reforço ou 
recompensa), ou então a uma experiência negativa (uma punição). O 
resultado é que realizamos mais vezes a ação reforçada, e menos vezes a 
ação punida. 
Memória 
Memória é a faculdade de reter e adquirir imagens, ideias e conhecimentos adquiridos. 
A memória para fatos e eventos é chamada de memória declarativa. Denominada tambpem 
de explícita. São frequentemente fáceis de formar e também são facilmente esquecidas. 
A memória para procedimentos, habilidades, hábitos, musculatura esquelética e emocional é 
chamada de memória não declarativa. Também denominada de implícita. Resulta diretamente 
da experiência. A sua formação tende a requerer repetição prática durante um período 
mais longo, mas tem menor facilidade de serem esquecidas. 
As memórias declarativas estão disponíveis para evocação consciente, e as memórias não 
declarativas não estão. 
A memória operacional permite o raciocínio e o planejamento do comportamento, ou seja, é 
a que retemos na mente. 
 
Eventos Internos Eventos Externos 
(pensamento, emoção) Seleção 
 
Aquisição 
(Aquisição de aspectos mais relevantes para a cognição, mais marcantes para emoção, mais 
focalizados para atenção por critérios não conhecidos). 
 
Retenção Temporária 
 
Evocações/Utilizações Consolidação Esquecimento 
 
Consolidação Retenção Duradoura 
 
 Mecanismo de prevenção separa em 
Espectros relevantes ou não 
 
A memória pode ser classificada quanto ao seu tempo de retenção. 
♥ Ultrarrápida: envolvida com os sentidos, dura milésimos de segundo. 
♥ Curta Duração: dá sequência ao nosso presente, minutos ou horas. 
♥ Longa Duração: conhecimentos em geral, dias ou anos. 
 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
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O hipocampo é uma estrutura coordenadora de processo de consolidação dos engramas da 
memória. A informação chega a ele e é distribuída para regiões do nosso sistema, e quando 
nós precisamos dela, o hipocampo as resgata e as expõe para nossa consciência. 
{ Quando há a retirada de lobo temporal, perde-se a consolidação de novos fatos. 
Representação Perceptual é quando observamos uma representação gráfica de algo que 
temos conhecimento, e há o resgate na memória desta informação para que a 
identifiquemos. Está envolvia com engramas sensoriais, ou seja, córtex auditivo e visual. 
Uma lesão em córtex visual ou auditiva acarreta reconhecimento de objetos sem saber 
para o que servem. 
→ Na memória de procedimentos, estão envolvidas estruturas como tálamo, núcleos da 
base, córtex motor, pré motor, corpo estriado e cerebelo. 
→ Associativa: Pode envolver amígdalas e é necessário um estímulo para evocá-la, causa 
uma resposta comportamental. 
Memória Operacional está relacionada à resolução de problemas, elaboração de 
comportamento, o córtex pré-frontal é sua área principal. 
Processos de Memória 
Uma das propriedades mais fascinantes do sistema nervoso é sua plasticidade: a 
capacidade de a atividade neural gerada por uma experiência modificar a função de 
circuitos neurais e assim modificar pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mais 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
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especificamente, a plasticidade sináptica é a capacidade de modificação na eficiência da 
transmissão sináptica (aumento ou diminuição da resposta pós-sináptica) pela atividade 
neural gerada por uma experiência. Seus efeitos podem envolver alterações no 
processamento de informações e na comunicação entre regiões cerebrais, regulando 
processos de formação de memória, abuso de drogas e estados afetivos. Podemos 
subdividir os fenômenos de plasticidade sináptica em duas categorias: plasticidade sináptica 
de curta duração e de longa duração. A plasticidade sináptica de curta duração ocorre 
quando um padrão de atividade neural gera uma alteração na transmissão sináptica por 
curto período de tempo (dezenas ou centenas de milissegundos) sendo possível observar 
inibição ou facilitação da resposta do neurônio pós-sináptico. Os mecanismos moleculares da 
inibição envolvem a inativação de canais de sódio e canais de cálcio dependentes de 
voltagem ou a depleção de vesículas sinápticas. No caso da facilitação, ocorre acúmulo de 
íons Ca2+ no terminal pré-sináptico, o que favorece a liberação de uma quantidade maior 
de neurotransmissores. Acredita-se que esses dois mecanismos de plasticidade sináptica de 
curta duração possuam um papel importante nas adaptações rápidas a estímulos sensoriais, 
mudanças transitórias em estados comportamentais e formas curtas de memória. 
Trata-se de plasticidade sináptica específica, que ocorre entre um neurônio pré e um 
neurônio pós-sináptico. A plasticidade sináptica de longa duração, por sua vez, gera 
alterações que duram horas ou até dias e pode ser estudada através de dois mecanismos, 
ocorre nessas sinapses a potenciação de longa duração (LTP, sigla da expressão em inglês) e 
a depressão de longa duração (LTD). 
A potenciação de longa duração (LTP) pode ser detectada em diversas regiões do SNC, 
especialmente no hipocampo. Um tipo de plasticidade sináptica semelhante à LTP - mas com 
sinal contrário - ocorre no cerebelo, no hipocampo e no neocórtex. É a LTD, ou depressão 
de longa duração. 
Classificamos dois processos moleculares envolvidos com memórias de longa e curta duração. 
Estão envolvidas com Glutamato. 
♥ Potencialização de longa duração: É uma excitação que se mantém de maneira 
persistente, aumentando a eficiência das sinapses. É fundamental para o 
arquivamento de informações sobre eventos experienciados. Sinapse envolvendo 
glutamato com receptores AMPA e NMDA, ativa AMPA, despolariza membrana, libera 
magnésio de receptor NMDA, há entrada de cálcio no neurônio pós sináptico, ativa 
óxido nítrico sintase que produz óxido nítrico, tendo uma ação retrógrada. No caso 
de memória de curto prazo para reforçar a sinapse, é necessário liberar mais 
glutamato, e o óxido nítrico estimula a liberação de glutamato na fenda. Com cálcio 
entrando na membrana pós sináptica, acarreta alterações metabólicas, observa-se 
alterações em maior exposição de receptores, brotamento de árvores dendrídicas, 
etc... Uma consequência da forte ativação do receptor NMDA e da resultante 
“inundação” de íons Ca2+ dentro do dendrito pós sináptico é a inserção de novos 
receptores AMPA na membrana sináptica e este fato fortalece a transmissão. 
♥ Depressão de longa duração: Os mecanismos moleculares da LTD não são tão bem 
conhecidos quanto os da LTP, mas se sabe que as vias intracelulares envolvidas são 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
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diferentes: neste caso, em vez de ativação de enzimas fosforilantes são ativadasfosfatases dependentes de Ca++, que são enzimas (desfosforilantes). Produz a 
ativação pós-sináptica de enzimas desfosforilantes, removendo receptores AMPA da 
membrana, e assim reduzindo a amplitude do potencial pós-sináptico resultante. 
Ocorre uma internalização de receptores AMPA no neurônio pós-sináptico, isto é 
determinado pelo tipo de neurônio. Níveis baixos de NMDA e menor influxo de Ca2+ 
desencadeia a LTD em que as sinapses ativas têm a sua eficiência diminuída. 
A duração da ligação do glutamato ao NMDA é um dos fatores determinantes da 
plasticidade. Quando a estimulação é lenta não há plasticidade, pois rapidamente o 
glutamato sai e um íon Mg2+ se liga a proteína de membrana e assim ocupando a 
região. Em contrapartida, quando existe uma repetição de estímulos, existe um aumento 
na despolarização do neurônio pós-sináptico retirando Mg2+ do canal. Existem dois 
mecanismos para a transmissão sináptica: despolarização (bomba de sódio/potássio) e 
com a entrada de Ca2+ (onda muito breve). Nesse processo existem enzima que são 
ativadas – participantes do processo de formação de memória - com a entrada do 
cálcio. Um aumento na liberação de neurotransmissores pode estar associada as 
alterações na intensidade ou força sináptica, mas cientistas acreditam que é um 
aumento na quantidade ou da eficiência dos receptores AMPA que gera estas 
alterações (ambos os casos aumentam o potencial excitatório). A plasticidade sináptica 
tem papel fundamental em ocasiões de danos ao cérebro. Mesmo em casos de acidentes 
que causam a morte de certos neurônios existe certa recuperação, gerada por 
neurônios que se adaptam e podem assim funções similares ao dos que foram perdidos. 
Este processo, de aprendizagem, mostra a capacidade do cérebro de recuperar ou 
adaptar-se a ocasiões. 
LTD no cerebelo: 
 
Ativação de receptores Forte despolarização dos 
Glutamaérgicos pós sinápticos dendritos de Purkinje 
Pelo glutamato 
 
Aumento na concentração interna Aumento na concentração 
De Na+ e ativação da proteína quinase C interna de Ca2+ 
 
Internalização dos receptores AMPA 
 
Diminuição na abertura de canais 
Em receptores pós sinápticos AMPA 
 
Amnésia é o esquecimento na vida diária: 
{ Retrógrada: Caracterizada por perda de memória para eventos anteriores a um 
trauma. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
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{ Anterógrada: Incapacidade de formar novas memórias após um trauma cerebral 
{ Global Transitória: Acesso repentino de amnésia retrógrada que dura por um 
período, acompanhada por amnésia retrógrada para eventos recentes. 
 
 
Aula 6: 
Ritmos Circadianos 
O nosso comportamento está ligado a ritmos circadianos, ou seja, os ciclos de claridade e 
escuridão que resultam da rotação da terra. Estímulos externos, como a luz e o escuro, ou 
alterações diárias de temperaturas, auxiliam a ajustar os relógios do encéfalo para mantê-
los sincronizados com o inicio e o final diários da luz do sol. 
Há vários ritmos na vida dos animais, os que se repetem a cada dia são por isso mesmo 
chamados circadianos, como citado acima. Mas nem todos os ritmos da vida são 
circadianos. Alguns se repetem com um ciclo maior que uma vez por dia (por exemplo, uma 
vez por mês), e são chamados infradianos, um exemplo é a quantidade de plaquetas. 
Enquanto outros se repetem com um ciclo menor, se repetem em uma alta frequência, são 
chamados de os ultradianos, um exemplo é a secreção de LH e o ritmo da atenção. Existe 
um ritmo circanual, que é o da hibernação, não presente no homem. 
Hoje se sabe que há sistemas orgânicos especializados em gerar os ciclos funcionais que 
caracterizam os ritmos biológicos. A existência de um relógio interno (talvez mesmo mais de 
um) pode ser facilmente revelada em animais e vegetais, quando estes são mantidos em um 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
31 
ambiente constantemente iluminado, ou constantemente escuro. Sua atividade motora, o 
ciclo vigília-sono e outros ritmos circadianos se mantêm, embora assumam gradualmente uma 
periodicidade diferente de 24 horas. Estes experimentos indicaram que o relógio interno, 
qualquer que fosse ele, geraria uma oscilação funcional automática, que, no entanto seria 
sincronizada com um ciclo natural (como a alternância dia-noite). Isso significa que as 
células osciladoras (também chamadas marcapassos) devem estar de algum modo acopladas 
a outras que detectam as variações ambientais e produzem os efeitos cíclicos, 
respectivamente. Podemos então considerar que os relógios biológicos são ajustáveis ao 
ambiente pela ação de células sensoriais e vias aferentes, tomando-se sincronizados com os 
ciclos naturais. Seus efeitos, por outro lado, são produzidos por vias eferentes. Esses três 
componentes (aferentes, marcapassos e eferentes) caracterizam os chamados sistemas 
temporizadores, que induzem certas funções e comportamentos a operar em ritmos bem 
sincronizados com os ciclos naturais. 
→ Experimentos de Livre Curso: Tirar todas as pistas ambientais e deixar que o curso siga 
livremente em um local com características constantes. O sono e vigília em livre curso são 
de 25/26 horas. O ambiente sincroniza o ritmo de dormir ou acordar, faz com que o dia 
dure 24 horas, mas quando livre, tem um maior número de horas. Importante lembrar que o 
maior marcador orgânico do homem é o fator social (responsabilidades/rotina), é ajustado 
pelo meio no qual ele se insere. Isso explica o fato de termos preguiça na segunda feira, já 
que durante o final de semana a agenda da rotina, ou seja, o fator social, perde-se. 
Chegou-se a conclusão que todos os nossos neurônios apresentam genes relógios gerados 
em um ambiente rítmico. Ou seja, as células chamadas de marcapasso. São osciladores 
primários que exibem ritmicidade geneticamente determinada, auto-sustentada, endógena, 
mesmo na ausência de pistas temporais externas. 
Os ritmos biológicos são gerados endogenamente, embora possam ser sincronizados por 
estímulos externos, variáveis do ambiente (luz, ruídos,fator social,etc...). 
Núcleo supraquiasmático 
É um marcador oscilador. Trata-se de um par de núcleos pequenos que recebem axônios 
provenientes de ambas as retinas, originários de certas células ganglionares da retina que 
ao mesmo tempo são fotorreceptores, capazes de detectar mudanças de luminosidade do 
ambiente através de um pigmento fotossensível chamado melanopsina. 
Esses axônios são glutamatérgicos e saem do trato óptico logo após o cruzamento 
quiasmático para formar um feixe muito curto, chamado retino-hipotalâmico. Uma outra 
região do sistema visual estende axônios para o núcleo supraquiasmático: o tálamo, 
especificamente a porção ventral do núcleo geniculado lateral. O Trato Retículo 
Hipotalâmico, nasce das células ganglionares da retina e segue até NSQ, sincronizando-o. 
O NSQ é capaz de gerar um ritmo acoplado ao ciclo dia-noite. 
→ Em indivíduos cegos, exceto os enoclueados, apresentam a via reticulo-hipotalâmico 
ativa. 
NSQ 
 
Núcleos Hipotalâmicos Prosencéfalo Basal Tálamo 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
32 
 
Interfere para as funções 
Autonômicos para o homem 
 Influências Comportamentais 
 
 
Ciclo De Sono e Vigília 
Dentro do NSQ apresentamos genes relógios, a noite apresenta baixa atividade de síntese 
proteica e durante o dia, alta. Discute-se que temos um gene que transcreve proteínas e 
que durante o dia, elas são os mediadores da atividade do NSQ, que levam informações 
para outras áreas que conversam com o organismo como um todo. Depois de um tempo de 
produção de proteínas, já elevados, ela estabelecem feedback negativono gene relógio e 
isso determinaria período de atividades ou não atividades, independente de luz, apesar da 
luz ser um sincronizador. 
Gene Relógio → Transcrito → RNAm ↴ 
 Protéinas (marcador da 
atividade). 
Mecanismo de retro alimentação é mantido e segue ritmo. 
A interrupção do tracto retino hipotalâmico, a visão continua perfeita, pois não atrapalha 
via óptica, mas o ritmo de repouso e vigília fica desregulado, demonstrando que o ambiente 
não está mais sincronizando e ela está apenas representando sua ritmicidade endógena. 
 
Glândula Pineal 
Descobriu-se que a via retino hipotalâmica tinha alguns neurônios que desciam em direção à 
medula espinal, no local onde nasce sistema nervoso simpático, faziam sinapse com neurônios 
pré-ganglionares simpáticos, e a via simpática localizada em gânglio cervical superior 
terminava através de fibras pós-ganglionares, que utilizando a noradrenalina como 
neurotransmissor, fazendo sinapse com a glândula pineal, acarretando em sua estimulação. 
Assim percebeu-se que a glândula pineal secreta melatonina quando NSQ não está ativo e 
ela é um sincronizador interno do sistema circadiano. 
Só funciona secretando a melatonina em período noturno e em escuro absoluto. Este 
hormônio é um marcador endógeno importante para indicar dia ou noite e é degradada pela 
luz. Ela é um marcador infradiano circanual que indica ciclos de migração de verão e inverno 
para animais e é a base do relógio circadiano nos humanos. Os níveis dela variam entre 2h e 
6h da manhã, variam, pois 
Os níveis de melatonina decrescem conforme o indivíduo envelhece, fazendo com que estes 
tenham um sono fracionado. 
→ Depressão Endógena: Em países frios, como na Europa, onde as noites frequentemente 
tem maior duração que os dias, muitas horas de escuridão fazem com que os níveis de 
melatonina aumentem, diminuindo a atividade e dando a sensação de vontade de não fazer 
nada. Assim o banho de luz serve como tratamento. 
Outras funções da melatonina são: 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
33 
S Potente anti oxidante natural 
S Anti gonadotrófica (controla a secreção de hormônios ligados à reprodução) 
S Ação hipotérmica 
S Modula processo inflamatório → diminui a migração de neutrófilos para a região, 
reduzindo dor e inchaço. 
S Regula secreções circadianas de tecido adiposo e muscular de acordo com as 
necessidades energéticas. 
S Modula secreção de insulina (diminuem estes níveis durante a noite por conta da 
menor quantidade de ingestão de alimentos que temos durante a noite) → Pode 
acarretar em DM tipo II, receptores aumentam resistência à insulina (muita 
disponibilizada e resiste para se proteger), para quem não dorme a noite. 
S Atua em GABA 
S Potencializa resposta imunológica 
B Cada um de nós tem uma produção particular de melatonina, extremamente ligado à 
genética, é uma dose individualizada. Tomar doses de melatonina sem indicação médica pode 
gerar hipoglicemia, atua em GABA gerando a depressão endógena, etc... 
 
Alguns fatores que alteram a liberação de Melatonina: 
n Idade 
n Estação do Ano 
n Ciclo Menstrual (período fértil há menor estimulação de liberação de melatonina) 
n Drogas 
n Stress (aumenta melatonina, pois ela é um calmante orgânico importante, após muito 
stress pode acarretar em depressão endógena). 
n Exercício físico (aumenta liberação de melatonina, antecipa atividade da glândula 
quando feito à noite). 
 
Sono e Vigília 
 
O sono é a interrupção de percepção sensorial e pela interrupção parcial dos comandos 
motores, é definido como um estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser 
despertada por estímulos sensoriais ou outros. 
Durante a vigília, a pessoa responde a estímulos sensoriais provenientes do ambiente e 
apresenta comportamento ativo com base em. Intensa atividade motora e locomotora. 
A postura, muito dinâmica, muda constantemente, apoiada em um certo tônus muscular. 
Quando o indivíduo adormece, entretanto, tudo se modifica: ele diminui sua reatividade aos 
estímulos externos, apresenta redução da atividade motora e assume uma postura 
estereotipada (geralmente deitado com os olhos fechados). 
Existem tipos de sono: RN: Polifásico - Criança: Bifásico - Adulto: Monofásico - Idoso: 
Polifásico. 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
34 
Cada pessoa tem necessidades diferentes de sono, ligados a características orgânicas, 
existem os: 
M Grande dormidores: maior que 10 horas 
M Médio dormidores: entre 10 e 6 horas 
M Pequeno dormidores: 5/6 horas 
Existem também os tipos: 
l Alerta: dificuldade em adormecer 
l Sonolenta: facilidade em adormecer, em qualquer local. 
E também o Cronotipo: 
b Matutino 
b Moderadamente Matutino 
b Indiferente 
b Moderadamente Vespertino 
b Vespertino 
→ Nos matutinos, o pico de melatonina ocorre durante a madrugada, enquanto no 
vespertino ocorre mais tarde. 
 
O eletroencefalograma (EEG) acusa grandes alterações na atividade cerebral. As ondas da 
vigília são dessincronizadas, ela apresenta um ritmo rápido de baixa voltagem e alta 
frequência, que é substituído durante o sono pelo seu oposto, um ritmo lento de alta 
voltagem e baixa frequência. 
Dessa forma o ser humano apresenta três estágios: 
I Vigília 
I Sono Sincronizado 
I Sono REM (Dessincronizado) 
Sono e Tipos de Ondas 
O Sono REM faz com que o nosso EEG pareça mas com o estado acordado do que com o 
adormecido, o corpo está imobilizado e invoca ilusões detalhadas e vívidas que chamamos de 
sonhos. O resto do tempo nós gastamos em um estado Não-REM, parece ser um estado de 
repouso. 
Comportamento Vigília Sono Não REM Sono REM 
EEG Voltagem Baixa, 
rápido. 
Voltagem Alta, lento. Voltagem Baixa, 
rápido. 
Sensação Vívida, gerada 
externamente. 
Fraca ou Ausente. Vívida, gerada 
internamente. 
Pensamento Lógico, progressivo. Lógico, repetitivo e 
raro. 
Vívido, ilógico, 
bizarro. 
Movimento Contínuo, voluntário. Ocasional, 
involuntário. 
Atonia, comando 
central. 
REM Frequente. Raro Frequente 
 
 
 
 
 Resumo: Marina - Medicina 
 
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Para a determinação do EEG, existem vários tipos de ondas: 
Por exemplo, na Vigília temos uma maior quantidade de ondas alfa e beta. 
S Alfa: Presente quando estamos desatentos, sem noção das coisas, olhos fechados 
com um baixo ritmo de atividade, apresentam amplitude maior. 
S Beta: Estão em vigília atenta, necessárias para aprender. Amplitude menor, 
frequência maior. 
Para dormirmos entramos nas seguintes etapas: 
D 1º Estágio: Sonolência ou sono de transição, quando os ritmos alfa vão se tornando 
menos regulares e desparecendo, estágio de sono mais leve, aparecimento de ritmo 
theta. A onda theta é uma onda um pouco mais ampla e com frequência menor. 
D 2º Estágio: Sono leve, nele ocorre o desaparecimento das ondas alfa, e há ondas 
theta com a onda K (fuso do sono, baixa frequência e amplitude mais alta). 
D 3º Estágio: Sono médio, nele ocorre theta e o inicio de ondas delta, de amplitude 
maior e frequência menor ainda. 
D 4º Estágio: Sono profundo, apenas há onda delta, ocorre uma desconexão do 
ambiente, não somos acordados por ruídos 
D 5º Estágio: Sono REM, frequência semelhante à vigília. Nessa situação o córtex reduz 
atividade de NRP, ocorrendo assim uma atonia, ou seja, cérebro ativo, mas sem 
movimentos musculares. 
Toda noite nós sonhamos, após o primeiro episódio de REM (10 a 15 minutos) retornamos 
para sono profundo, e dessa forma vamos intercalando um com o outro. Conforme a noite 
vai passando, o tempo de REM vai aumentando, sendo que no começo da manhã pode 
chegar de 20 a 30 minutos. Só lembramos-nos dos sonhos se acordamos um pouco tempo 
depois que o sono REM ocorreu ou durante ele. 
Os sonhos são vistos

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