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A AÇÃO POPULAR é uma ação constitucional posta à disposição de qualquer cidadão que visa invalidar ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. (art. 5º, LXXIII, da CF, e Lei nº 4.717/65). BASE NORMATIVA: Art. 5º, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; PRESSUPOSTOS DA AÇÃO POPULAR: Em geral: 1- ATO PREJUDICIAL AO PATRIMÔNIO PÚBLICO; 2- ILEGAL OU LESIVO (lesividade concreta ou presumida); 3- A condição de CIDADÃO brasileiro por parte do autor. BREVE RETROSPECTIVA: Primeira Constituição brasileira a prever Ação Popular: Constituição de 1.934. Suprimida na Constituição de 1.937. Retornou na Constituição de 1.946. OBJETO DA AÇÃO POPULAR: => ato ilegal => ato lesivo (ao patrimônio público, meio ambiente, cultural, histórico e erário). => ato imoral : com a CF/88, passou a caber ação popular contra atos imorais - mesmo que legais e que não causem prejuízo algum ao erário. Ex: Desapropriação de uma área residencial para construção de uma praça. INTERESSE DA AÇÃO POPULAR: Interesse metaindividual e não individual do autor; “moralidade”; “patrimônio público”. O autor somente é um legitimado autônomo para em nome próprio defender interesses de todos. NORMA REGULAMENTADORA: LEI nº 4.717 de 29 de junho de 1965. Regula a Ação Popular Artigo 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. LEGITIMIDADE ATIVA: CIDADÃO = brasileiro com direitos políticos. Art. 1º, § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. O autor é um legitimado autônomo, para em nome próprio defender interesses de todos. CAPACIDADE POSTULATÓRIA – necessidade de advogado para o exercício da capacidade postulatória. Se o autor desiste da ação? – Art. 9º O próprio poder público pode aderir à ação – art. 6º, § 3º. Isenção de custas e sucumbência, salvo má-fé – art. 10 e inciso LXXIII do artigo 5º. A sentença tem eficácia erga omnes – art. 18 PESSOA JURÍDICA não tem legitimidade para propor ação popular. [Súmula 365 STF.] É um direito do CIDADÃO (nacional com direitos políticos). Artigo 12 CF *A Ação Popular, portanto, além de Remédio Constitucional, representa um direito político. *O rito é semelhante ao rito comum. Permite produção de provas: testemunhais, periciais, etc.