Métodos de Pesquisa

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Métodos de Pesquisa
A ciência é a produção humana na sua atividade de conhecer e refletir a respeito do mundo e dos fenômenos da natureza. A ciência é o fruto da reflexão de um sujeito (quem busca saber) sobre um objeto (o alvo dessa reflexão).
Metodologia é o estudo dos métodos utilizados pelos pesquisadores para abordar o objeto de conhecimento. Envolve a análise dos caminhos escolhidos para alcançar objetivos específicos e responder a perguntas formuladas. Assim, trata-se de um conjunto sistemático de procedimentos para a construção do conhecimento.
Um pesquisador deve escolher o seu método de pesquisa: Pelas especificidades do objeto de pesquisa.
As pesquisas são geralmente divididas em dois grupos: teóricas e aplicadas. As pesquisas teóricas visam expandir o conhecimento em uma área, introduzindo novas questões ou explicações para problemas já estudados. Um exemplo na História é a revisão do conceito de gênero, que vai além do sexo biológico, englobando aspectos sociais e históricos.
A pesquisa se divide em teórica e aplicada, com um descompasso possível entre elas, influenciado por interesses políticos e econômicos. Um exemplo histórico é o acidente de Chernobyl.
As pesquisas podem ser exploratórias, descritivas ou explicativas. A pesquisa exploratória visa ampliar o conhecimento sobre um tema, sendo a primeira etapa de investigações mais complexas, como a introdução de novas tecnologias. A pesquisa descritiva busca descrever com precisão fenômenos ou grupos, utilizando métodos estatísticos, como na análise de comportamento do consumidor. Já a pesquisa explicativa busca entender as causas de fenômenos, como no caso do feminicídio ou sequelas de vírus.
Além disso, as pesquisas podem ser qualitativas, focando em dados não métricos, ou quantitativas, que medem e quantificam fenômenos. Por fim, as pesquisas podem ser do tipo desk research, utilizando dados já existentes, ou de campo, envolvendo coleta de informações diretamente com pessoas. A escolha do método depende do objeto de pesquisa.
A Análise do Discurso (AD) estuda o discurso em suas diversas formas (verbal e não verbal), buscando entender os sentidos produzidos, tanto intencionais quanto não. A AD se destaca na pesquisa qualitativa, focando em motivos e sentimentos subjacentes aos fenômenos, como na análise de memes nas redes sociais.
Os Estudos de Caso, comuns em diversas áreas como Administração e Psicologia, investigam profundamente um fenômeno ou comportamento específico. Eles utilizam múltiplas técnicas, como grupos focais, entrevistas semiestruturadas e observação, e são especialmente úteis em pesquisas exploratórias.
A observação participante permite ao pesquisador entender a realidade dos sujeitos, enquanto a pesquisa-ação busca transformar essa realidade por meio da intervenção. Métodos experimentais, por outro lado, manipulam variáveis para estudar seus efeitos, e a pesquisa documental analisa materiais não tratados analiticamente.
Finalmente, a pesquisa bibliográfica revisa a literatura existente sobre um tema, utilizando fontes diversas como bibliotecas e bancos de dados. Esses métodos ajudam a construir conhecimento em contextos qualitativos e quantitativos.
A pesquisa quantitativa tem como objetivo mensurar e quantificar fenômenos ou comportamentos, sendo realizada quando o pesquisador já possui conhecimento sobre as variáveis e suas relações. Ela se distingue da pesquisa qualitativa, que investiga cenários desconhecidos.
Entre as técnicas de pesquisa quantitativa, destacam-se os surveys, que utilizam questionários para coletar dados de uma amostra representativa da população. Os surveys podem ser realizados online, aproveitando tecnologias de comunicação, o que facilita a coleta e análise de dados. No entanto, eles enfrentam desafios, como a necessidade de acesso à internet e o risco de respostas não confiáveis.
A amostra deve ser cuidadosamente selecionada, podendo ser probabilística ou não, e seu tamanho é determinado por cálculos estatísticos que consideram o erro aceitável e o nível de confiança desejado. A elaboração de perguntas claras, tanto abertas quanto fechadas, é essencial para a credibilidade da pesquisa, que depende da confiabilidade e validade dos dados.
Os web surveys permitem interatividade e uso de recursos visuais, mas exigem atenção para evitar ambiguidades e garantir a clareza nas perguntas. O pré-teste do questionário é importante para corrigir possíveis erros antes da aplicação.
Na elaboração do questionário para a realização de surveys, o pesquisador deve: d) Formular perguntas com palavras simples e compreensíveis.
Um projeto de pesquisa é uma carta de intenções que detalha as razões para realizar a pesquisa, os objetivos a serem alcançados, a metodologia a ser empregada e os resultados esperados. Ele deve incluir:
· A problematização que se busca responder.
· A hipótese proposta como resposta.
· Os objetivos da pesquisa.
· A metodologia que será utilizada.
· A justificativa para a escolha do tema.
· O referencial teórico que fundamenta a pesquisa.
· Um cronograma de atividades.
O pesquisador deve seguir rigorosamente o que foi estipulado no projeto, caso ele seja aprovado.
A metodologia é o estudo dos métodos utilizados pelos pesquisadores para atingir objetivos de pesquisa e construir conhecimento. A escolha do tema é o primeiro passo e deve ser algo familiar e de interesse do pesquisador. A problematização envolve formular uma pergunta de pesquisa que guiará a investigação.
A hipótese é uma resposta possível à pergunta formulada, devendo ser clara, específica e relacionada a uma teoria. Os objetivos da pesquisa esclarecem o propósito da investigação e devem ser expressos com verbos de ação.
As escolhas metodológicas são influenciadas pelo problema, hipótese e objetivos, determinando se a pesquisa será qualitativa ou quantitativa. A justificativa do projeto expõe a importância e relevância da pesquisa.
O referencial teórico fundamenta a pesquisa, englobando conceitos e teorias relevantes. O cronograma de atividades organiza as etapas do processo de pesquisa, garantindo que cada fase seja concluída dentro do prazo estipulado. As etapas incluem a leitura exploratória, formulação de perguntas e hipóteses, coleta e análise de dados, e elaboração do relatório final.
Os aspectos éticos da pesquisa são fundamentais, especialmente em decorrência de episódios históricos de abusos, como durante o nazismo. Questões éticas atuais incluem a observação não autorizada de pessoas, o uso de justificativas enganosas em entrevistas e a administração de medicamentos sem informar os riscos.
A moral refere-se a regras e valores impostos por diferentes esferas sociais, enquanto a ética envolve uma reflexão crítica sobre essas normas. Os códigos de ética para pesquisas com seres vivos são baseados em quatro princípios: não maleficência, beneficência, autonomia e justiça. Esses princípios ajudam a resolver conflitos em pesquisas envolvendo humanos e animais.
Toda pesquisa que envolva seres vivos requer autorização prévia, onde o pesquisador deve esclarecer métodos, procedimentos e cuidados éticos adotados.
A apresentação dos resultados de uma pesquisa envolve a comunicação científica, que pode ser acadêmica (voltada para a comunidade científica) ou não acadêmica (para o público geral). A comunicação acadêmica abrange pesquisadores, universidades e instituições, e as conclusões podem ser apresentadas em relatórios, artigos ou palestras.
Os relatórios são a forma mais comum de apresentação, consistindo em introdução, referencial teórico, análise de dados e conclusões. Cada universidade tem suas próprias regras para a defesa de trabalhos, que pode incluir bancas de avaliação.
Para publicar em revistas científicas, é necessário seguir regras específicas, e as revistas são classificadas pelo indicador Qualis da Capes, que avalia a qualidade com base no Fator de Impacto e na indexação em bases de dados.
A Capes também categoriza eventos científicos, incluindo congressos, simpósios, seminários e outros, que são espaços paraa divulgação e discussão de pesquisas. 
A apresentação dos resultados de uma pesquisa também envolve a comunicação científica para o público não acadêmico, que busca cada vez mais informações sobre ciência. O conhecimento científico se tornou essencial para a compreensão do mundo, e, por isso, foram criados diversos meios de divulgação, como documentários, revistas eletrônicas, blogs e vídeos.
Esses canais visam tornar a ciência acessível e compreensível, apesar da complexidade e especialização do conhecimento atual. Revistas como "Superinteressante" e canais no YouTube são exemplos de como a comunidade científica pode dialogar com o público, promovendo a disseminação do conhecimento científico.
A pesquisa quantitativa, comumente, utiliza: a) Dados estatísticos. 
Sobre a pesquisa-ação é correto afirmar que: d) O pesquisador interfere na realidade pesquisada.
Na justificativa do projeto, o pesquisador: c) Apresenta as razões de ordens teóricas e prática da pesquisa.
A ética em pesquisa científica com seres vivos: d) É essencial para a realização de qualquer tipo de pesquisa.
Uma comunicação de pesquisa para a comunidade científica: d) Precisa atender regras da universidade e as específicas para o tipo de comunicação.
Na comunicação do trabalho científico para a população em geral: c) Informação e educação caminham juntas.