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BIOFOCO 12 QUESTÕES DE AULA © Areal Editores 1 A infertilidade é um problema de saúde que afeta 15% dos casais em idade fértil. Cerca de metade dos casos de infertilidade deve-se a fatores masculinos e, destes, muitos têm causas desconhecidas. O stress oxidativo é apontado como uma possível causa da infertilidade masculina idiopática1, sendo responsável pela diminuição da motilidade dos espermatozoides. O stresse oxidativo é resultado de uma perturbação no equilíbrio homeostático entre a produção de espécies reativas de oxigénio (ROS) e a capacidade antioxidante do organismo em neutralizá-las, e tem sido associado a alterações na integridade funcional e estrutural dos espermatozoides e na função dos mesmos. As ROS podem ter uma origem endógena (por exemplo, durante o metabolismo celular aeróbio) ou exógena (nomeadamente, o tabagismo, o consumo de álcool, a radiação e a poluição ambiental). Se, por um lado, os baixos níveis de ROS são cruciais para a motilidade dos espermatozoides, para a reação acrossómica e para a fusão do espermatozoide com o oócito II, por outro lado, os elevados níveis podem causar danos nos espermatozoides, pondo, assim, em risco a sua capacidade de fertilização. 1Infertilidade masculina idiopática – caracterizada pela presença de parâmetros anormais de sémen sem uma causa conhecida e ausência de fatores femininos identificáveis. Baseado em: M. S. Parece, «Infertilidade Masculina: Stress Oxidativo e o Uso de Antioxidantes», Mestrado integrado em Medicina, 2022. A Figura 1 representa os resultados obtidos num estudo feito em 119 homens inférteis sujeitos ao tratamento com o antioxidante FH PRO. 2Oligospermia – Secreção deficiente de esperma e com pequena quantidade de espermatozoides. 3Astenospermia – Mobilidade insuficiente e de curta duração dos espermatozoides. 4 Teratospermia – Morfologia anormal em mais 95% dos espermatozoides. Baseado em: M. Arafa et al., «Efficacy of Antioxidant Supplementation on Conventional and Advanced Sperm Function Tests in Patients with Idiopathic Male Infertility» in Antioxidants, Vol. 9(3):219, 2020. QUESTÃO DE AULA 3 Manipulação biotecnológica da fertilidade humana Figura 1 – Resultados do tratamento do antioxidante FH PRO em homens inférteis com oligospermia (concentração de espermatozoides 15 x 106/mL. (C) menos de 4% de espermatozoides morfologicamente normais. (D) menos de 40% de espermatozoides morfologicamente normais. 4. Comente a seguinte afirmação: “Torna-se relevante o uso de terapêuticas antioxidantes, em particular nos casos de infertilidade masculina idiopática. Contudo, compreende-se a sua ação limitada enquanto agentes terapêuticos”. 5. Um indivíduo com oligospermia poderá gerar descendência recorrendo à técnica de procriação medicamente assistida (A) de crioconservação de esperma. (B) do teste genético pré-implantação. (C) de introdução de esperma na cavidade uterina. (D) de microinjeção intracitoplasmática do espermatozoide. 6. Recentemente, foi descoberta uma nova proteína, denominada Maia, envolvida no processo de fecundação. Ao longo da investigação, foram desenvolvidos oócitos artificiais com diferentes porções da proteína na superfície das membranas, com o objetivo de os espermatozoides se fundirem com os gâmetas femininos artificiais. Os cientistas inseriram o gene correspondente à proteína em células humanas artificiais que não eram gâmetas. A novidade é que, quando essas células foram expostas, o esperma fundiu-se com os gâmetas artificiais da mesma forma que ocorre na fertilização natural. Baseado em: https://visao.sapo.pt/visaosaude/2022-09-08-maia-a-proteina- que-pode-melhorar-tratamentos-de-fertilidade/ (consultado em setembro de 2022). Explique de que forma esta descoberta permitirá abrir portas para novas formas de tratamento de infertilidade e revolucionar o desenvolvimento de futuros contracetivos. BIOFOCO 12 QUESTÕES DE AULA © Areal Editores 3 7. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta de acontecimentos relacionados com a fertilização in vitro. A – Entrada da cabeça do espermatozoide no oócito II. B – Estimulação da ovulação com medicação apropriada. C – Junção de gâmetas viáveis em meio de cultura adequado. D – Recolha dos oócitos por punção folicular. E – Transferência dos embriões para a cavidade uterina. 8. Durante a fase final da fertilização in vitro, as mulheres devem ser tratadas com (A) progesterona, para impedir a degeneração do corpo lúteo. (B) progesterona, para preparar o útero para a nidação. (C) estrogénios, para inibir as contrações uterinas. (D) estrogénios, para tornar o muco cervical mais elástico. 9. Sete dias após a fecundação, verifica-se a implantação do (A) blastocisto no endométrio uterino. (B) blastocisto no colo do útero. (C) óvulo no endométrio uterino. (D) óvulo no colo do útero. 10. Durante a gestação, (A) o período embrionário ocorre após as 8 semanas. (B) o período fetal ocorre até às 8 semanas. (C) o período embrionário é sucedido pelo período fetal. (D) o período fetal precede o período embrionário. 11. O mecanismo de ação contracetiva da pílula combinada está relacionado com (A) o efeito de retroação negativa das hormonas ováricas sobre o complexo hipotálamo/hipófise. (B) a ausência de ovulação provocada pelo aumento das concentrações de FSH e LH no sangue. (C) a inibição dos folículos desencadeada pelo aumento da concentração das hormonas hipofisárias. (D) o pico de FSH e LH provocado pela ausência de ingestão diária de hormonas ováricas. BIOFOCO 12 QUESTÕES DE AULA © Areal Editores 4 12. Associe a cada uma das classificações dos principais métodos contracetivos, apresentadas na coluna I, os termos da coluna II que lhes correspondem. Escreva cada letra da coluna I, seguida do algarismo ou dos algarismos (de 1 a 7) correspondente(s). Coluna I Coluna II (a) Método de barreira (b) Método hormonal (c) Método natural (1) Anel vaginal (2) Diafragma (3) Implante subcutâneo (4) Método da temperatura (5) Método do calendário (6) Pílula (7) Preservativo masculino ou feminino