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RESUMO FECUNDAÇÃO

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OBJETIVOS OBRIGATÓRIOS
TUTORIA 02 - FECUNDAÇÃO, MUDANÇAS CORPORAIS, SINTOMAS SUGESTIVOS, HIPERHÊMESE GRAVÍDICA, METODOS DE DIAGNÓSTICO E CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
- Fecundação
- Sintomas sugestivos
- Mudanças no organismo materno
- Êmese e Hiperêmese
- Métodos de diagnóstico
- Idade gestacional
OBJETIVOS OPCIONAIS
- Ciclo menstrual
- Principais métodos contraceptivos
- Restrições farmacológicas
1. GAMETOGÊNESE ----------------------------------------------
- Processo de formação de gametas, masculino e feminino. O masculino é o espermatozoide, e o feminino o ovócito.
- Ambos os gametas são haploides, ou seja, possuem 23 cromossomos.
- Espermatogênese e Ovogênese
- Esses processos de gametogêneses ocorrem nas gônadas. Nas mulheres o ovário e nos homens os testículos.
- Divisão celular básica é necessária para entender como funciona a gametogênese.
	. Mitose: uma célula diploide, 46 cromossomos, se divide dando origem a duas células diploides também com 46 cromossomos (renovar tecidos e órgãos).
	. Meiose: possui 2 partes, meiose 1 e meiose 2. Na meiose 1 e na meiose 2 ocorrem processos parecidos. Mas, grosso modo, na meiose, uma célula diploide, com 46 cromossomos, vai dar origem a quatro células haploides, com 23 cromossomos (produção de gameta).
1.1. MASCULINA ---------------------------------------------------
- Tudo se inicia da vida intrauterina, quando o feto está em processo de desenvolvimento. No momento em que os testículos são desenvolvidos no feto, células germinativas tem trofismo pelas gônadas masculinas e migram para este órgão.
- Nas gônadas vai ocorrer o processo de divisão celular e formação de espermatozoides. Existem duas etapas.
- A sequência de divisão e desenvolvimento da primeira etapa ocorre assim:
	. Células Germinativas -> Mitose
	. Espermatogônias: A e B
	- A: Células tronco -> Novas espermatogônias
	- B: Dão origem aos espermatozoides
	. Quando os homens chegam à puberdade, as espermatogônias do tipo B sofrem hipertrofia (crescem). Quando elas aumentam de volume elas mudam de nome e viram “espermatócito primários”. Esses por sua vez, sofrem meiose e dão origem a dois “espermatócitos secundários”, esses também sofrem meiose e dão origem a quatro espermátides, que depois se tornam espermatozoides.
- A segunda etapa, na qual ocorre a transformação de espermátides em espermatozoides é chamada espermiogênese.
	. Formação do flagelo: centríolos
	. Formação do acrossomo: complexo de Golgi
	. Mitocôndrias se concentram na peça intermedia
1.2 FEMININA -------------------------------------------------------
- Ovogênese, também chamado de oogênese
- O início é muito parecido.
- Quando há a formação das gônadas femininas, os ovários, várias células germinativas sofrem trofismo pelos ovários e migram para esse órgão.
- Na ovogênese existem 3 processos:
	. Processo 1: intrauterino
	- Células germinativas -> Mitose
	- 2 ovogônias -> Hipertrofia (crescimento)
	- Ovócito primário -> Folículo ovariano primordial
	- Ovócito primário -> Inicia a meiose 1 e para
	. Processo 2: nascimento e puberdade
	- Ovócito primário -> estímulos químicos 
	- Ovócito primário -> reinicia meiose 1, da origem a duas células, porém somente uma se mantem, e a outra sofre atresia, ou seja, vai diminuído até sumir.
	. Ovócito secundário -> se mantém
	. Primeiro corpúsculo polar -> desaparece
	- Ovócito secundário -> inicia meiose 2 e para
	- Ovócito secundário amadurece. Ganha mais camadas de células foliculares que formam a corona radiada e uma zona pelúcida. 
	. Processo 3: fecundação
	- Uma vez por mês a mulher libera um ovócito secundário, e se ele for fecundado, e continua o processo de meiose 2, começando o processo de gestação, ou seja, produção de uma nova vida.
	- Se não for fecundado, ele vai ser eliminado.
1.3 DIFERENÇAS DOS ZIGOTOS ----------------------------
- Ovócito é maior que o espermatozoide
- O espermatozoide é móvel, o ovócito não
- Há dois tipos de espermatozoides: X e Y
- Há apenas um tipo de ovócito
2. ANATOMIA DOS SISTEMAS GENITAIS ----------------
- Genital masculina e feminina. Antes chamada de sistema reprodutor, agora cai em desuso pois não tem função única e exclusiva de reproduzir. 
- Responsáveis pelo sistema de feedback positivo e negativo que leva a regulação de produção, maturação e lançamento de gametas.
2.1. FEMININO ------------------------------------------------------
- As funções do sistema reprodutor feminino são:
	. Produzir o gameta feminino
	. Produzir os hormônios ovarianos, o estrógeno e a progesterona.
	. Recebe os espermatozoides
	. Cópula, ato sexual
	. Gestação
- É dividido em duas partes, exterior e interior. Na parte exterior se localiza o pudendo feminino (vulva).
- O pudendo é delimitado pelos grandes lábios. É um tecido epitelial muito parecido com o do escroto, que inclusive tem mesma origem embriológica. Esses grandes lábios variam de pessoa para pessoa.
- Na união dos grandes lábios superiormente, há a formação de um capuz, chamado de prepúcio, que envolve a glande feminina, o clítoris. O clitóris e o pênis tem mesma origem embriológica, o que determina se a glande vai desenvolver e virar um pênis ou continuar uma glande menor e de característica feminina, é a secreção de testosterona. Quando há presença de secreção de testosterona no período gestacional, a glande desenvolve-se e se transforma num pênis, quando na ausência de testosterona, essa glande permanece involuída e posteriormente se transforma no clitóris.
- O clitóris é o local da genitália feminina mais irrigado e mais inervado trazendo grande importância no ato sexual. Não é o único local com terminações nervosas.
- O orgasmo feminino tem função importante no processo de fecundação, pois quando há a presença de orgasmo e ejaculação ao mesmo tempo ou posterior a uma ejaculação, as contrações musculares facilitam o trajeto do espermatozoide.
- Abaixo dos grandes lábios, observa-se os pequenos lábios, que são mais rosados ou avermelhados, por conta da grande vascularização e terminações nervosas. É um tecido mais fino e mais delicado, menos queratinizado, e tem característica parecida com as mucosas.
- Os orifícios femininos de cranial para caudal:
	. Uretra
	. Vagina
	. Glândula de Bartholin 
. Ânus
- As glândulas de Bartholin são glândulas que podem ajudar a fornecer líquidos para lubrificação durante relações sexuais.
- O períneo separa a vagina do ânus.
- A vagina possui entre 10 e 12 cm de comprimento e recoberta por uma mucosa na qual se proliferam bactérias, lactobacilos, que é chamada de microbiota vaginal.
- Por conta do processo de fermentação que essas bactérias realizam nesse canal, eles produzem ácido lático, o que proporciona a característica ácida à cavidade vaginal. O pH varia entre 3,8 e 4,1.
- Essa acidez é necessária para que bactérias indesejáveis se multipliquem nessa cavidade.
- O hímen, película que recobre o orifício vaginal, tem função protetora. Essa informação foi descoberta ao vascular o passado, no qual crianças e adolescentes andavam com pouca roupa intima, ou as vezes nem usavam, e o hímen servia como barreira física para entrada de agentes danosos. 
- O hímen hoje já foi investigado e é sabido que existem várias morfologias. Mas o que é de comum acordo é que algumas mulheres nascem sem ele, e o mais comum dele é o anula, que possui um orifício central que se alarga com o desenvolver da idade.
- O útero possui quatro estruturas lineares uma à outra:
	. Colo do útero
	. Miométrio
	. Endométrio
	. Fundo do útero
- O colo do útero tem função importante em constituir o tampão do útero, que é também uma proteção para que evite a entrada de microrganismos no útero. Esse tampão é formado por uma mucilagem, parecido com um muco. Quando a mulher está ovulando, o colo dilata e esse tampão entra em liquefação, e é liberado, abrindo espaço para entrada de espermatozoide.
- O miométrio é a camada muscular do útero
- O endométrio é a parte mais interna, que tem consistência gelatinosa, e que se prolifera, aumenta sua espessura, quando se prepara para recebero óvulo fecundado. É uma região super vascularizada e cheia de nutrientes, local adequando para o desenvolvimento do zigoto. Quando não recebe o óvulo fecundado, esse endométrio entra em fase de descamação, e é aí que ocorre o momento da menstruação.
- É no endométrio que ocorre a nidação, que significa formar um ninho, que é exatamente o que acontece.
- A tuba uterina, ou trompas de falópio, é o local no qual os ovócitos secundários caminham, no qual são fecundados, e que leva ao endométrio.
- A tuba uterina possui 3 partes, três terços. 
	. Istmo
	. Ampola
	. Fimbrias
- No final do terço distal é encontrado uma estrutura chamada de fimbrias. Anterior as fimbrias é encontrada a ampola, que é o terço mais medial. E conectado a cavidade uterina, esta o istmo, o terço mais proximal.
- Os ovários estão presos por um tecido adventício/conjuntivo ao miométrio, e fica um pouco distante das fimbrias. Quando o os folículos que carregam os ovócitos secundários eclodem, lançam esse ovócito no espaço, e forma-se o corpo lúteo.
- As fimbrias e o os ovócitos secundários sofrem trofismo um pelo outro, ou seja, atração, e com os movimentos parecidos com o polvo, esse ovócito é levado, no período de até 2 dias, até o terço distal ou médio da tuba uterina, no qual ainda é válida a fecundação.
- Os ovários têm como função a ovulação e a produção hormonal, através de feedbacks.
2.2 MASCULINO --------------------------------------------------
- As funções do sistema reprodutor masculino são:
	. Produção de espermatozoides
	. Produção de testosterona
	. Cópula
2.2.1. ANATOMIA --------------------------------------------------
- Possui estruturas visíveis e invisíveis
- Escroto: estrutura sacular epitelial queratinizada que possui a função de proteção do testículo, já que ele não é uma estrutura que fica dentro da cavidade abdominal igual aos ovários, além de regular a temperatura, aproximando e distanciando o testículo do corpo.
- Testículo: tem a função de produção de gametas masculinos, os espermatozoides. Para que haja a produção correta e controlada dos espermatozoides, essa estrutura precisa de uma temperatura menor do que a temperatura corporal, entre 33 e 34 ºC. Logo, para que não fique tão próximo nem tão distante, essa estrutura fica protegida pelo escroto fora da cavidade abdominal, na qual a temperatura é inadequada, 35 a 36,5 ºC.
. O testículo possui 2 regiões principais:
	. Túbulos seminíferos: são distribuídos difusamente dentro dos testículos e possuem a função de produzir espermatozoide através das células germinativas. Esse é o local no qual ocorre a espemogênese.
	. Células intersticiais: Se localizam entre os túbulos seminíferos, e produzem testosterona.
- Epidídimo: estrutura enovelada, alongada e espiralada, local no qual é terminado o desenvolvimento flagelar dos espermatozoides, e onde se armazenam esses gametas masculinos até a ejaculação.
- Canal deferente: canal de comunicação entre o epidídimo e a vesícula seminal.
- Vesícula seminal: é uma glândula que produz cerca de 60% do líquido seminal, que é composto por frutose e substâncias coagulantes. A frutose tem papel importante na nutrição energética dos espermatozoides. 
- Ducto ejaculatório: comunica a vesícula seminal com a uretra, canal que faz a expulsão dos espermatozoides.
- Próstata: é o local no qual, por dentro dela passa a uretra. Essa estrutura também produz um líquido que compõe o conteúdo seminal, e esse é o líquido prostático, alcalino, básico, que compõe cerca de 15 a 30% do líquido seminal. Esse líquido tem duas funções importantes:
	. Neutralizar a acidez vaginal
	. Facilitar o nado do espermatozoide
. A próstata também tem a função de bloquear o canal urinário em momento indesejáveis como na cópula e no ciclo sono vigília. Exemplo, quando se está com a bexiga cheia, mas o indivíduo está dormindo, o corpo estimula uma ereção, depois disso estimula uma contração da próstata e oclusão do canal urinário, por isso não é raro um homem acordar com uma ereção e vontade de urinar.
- Glândula bulbouretral: libera substâncias bactericidas que lubrificam toda a extensão da uretra e matam as bactérias ou possíveis microrganismos presentes, e só depois disso ocorre a ejaculação.
- Pênis: é o órgão da cópula. E possui duas regiões muito visíveis e nítidas
. Corpo: é composto por 3 estruturas básicas, o corpo cavernoso, é par e fica na parte superior do pênis, o corpo esponjoso, é ímpar e compõe a parte inferior e a maior parte da glande, e dentro do corpo esponjoso, a uretra. Esses corpos possuem vários canais de sangue, vários capilares, que quando dilatados, quando estimulados, eles permitem um influxo maior de sangue, preenchendo esses espaços e caracterizando a ereção propriamente dita.
. Glande: é recoberta por uma pele muito fina e sensível e abaixo dela, milhões de terminações nervosas que quando estimuladas favorecem a ejaculação. A fricção lubrificada é um exemplo de estímulo. A glande é protegida por uma pele mais queratinizada chamada de prepúcio, que pode, muitas vezes, ser cortado.
2.2.2. REGULAÇÃO HORMONAL ----------------------------
- Os hormônios foram descobertos primeiro nas mulheres, receberam nomes característicos do sistema reprodutor feminino, mas foi descoberto, posteriormente, que os homens possuem o mesmo ciclo. Entretanto, mesmo sabendo dessa informação, o nome dos hormônios não foi modificado, permanecendo assim:
. GnRH -> Hormônio liberador de gonadotrofina
. FSH -> Hormônio folículo estimulante
. LH -> Hormônio luteinizante
- O sistema é composto por três estruturas:
	. Hipotálamo
	. Hipófise
	. Gônada masculina (testículos)
- O sistema de feedback positivo é:
	. Hipotálamo libera GnRH que estimula a hipófise
	. Hipófise libera LH e FSH
	. LH atua nas cells Leydig (testosterona)
	. Testosterona atua nas cells Sertoli
	. FSH atua nas cells Sertoli (espermatogênese)
	. Cells Sertoli produz Inibina
- Sistema de feedback negativo é:
	. Testosterona -> negativa LH (hipófise)
	. Testosterona -> negativa hipotálamo (GnRH)
	. Inibina -> negativa FSH (hipófise)
	. Inibina -> negativa hipotálamo (GnRH)
3. FECUNDAÇÃO --------------------------------------------------
- Processo em que o espermatozoide penetra no ovócito secundário. Esse processo ocorre geralmente na ampola da tuba uterina.
- O espermatozoide é composto por 3 partes:
	. Cabeça: composta pelo núcleo e pelo acrossomo (rico em enzimas digestivas para penetração)
	. Região intermediária: local no qual se concentram grandes quantidades de mitocôndrias, que são estruturas que funcionam como geradores de energia.
	. Flagelo: usa energia fornecida pelas mitocôndrias para movimentar-se fazendo movimentos espirais.
- O ovócito secundário é composto por 5 estruturas:
	. Corona radiata
	. Zona pelúcida
	. Grânulos corticais
	. Citoplasma
	. Núcleo
- Para que o espermatozoide consiga fecundar o ovócito ele precisa ultrapassar todas as camadas.
- Etapas da fecundação:
	. Penetração da corona radiata: para ultrapassar essa camada é preciso duas coisas, primeiro o movimento flagelar que empurra o espermatozoide para frente abrindo caminho entre as células foliculares, e segundo, a liberação da hialuronidase, enzima que quebra o ácido hialurônico que é composição principal da substância que une as células foliculares.
	. Penetração da zona pelúcida: para ser ultrapassada essa barreira, a reação acrossômica tem que acontecer. Essa reação é quando o acrossomo libera diversas enzimas digestivas que decompõe a zona pelúcida. Entre essas enzimas, encontra-se a acrosina que é a enzima mais abundante no acrossomo. Essas enzimas digerem somente o local no qual aquele espermatozoide está querendo penetrar, formando uma espécie de caminho pelo qual o espermatozoide irá passar.
	. Fusão entre as membranas plasmáticas: a membrana plasmática do espermatozoide se liga à membrana plasmática do ovócito e libera o núcleo dentro do citoplasma do ovócito. Pode acontecer várias situações, como somente o núcleo entrar, o núcleo juntamente com o flagelo, entretanto, todas estruturasalém do núcleo que entram no citoplasma do ovócito é degradada.
- Após a fecundação, dois processos ocorrem em conjunto, o desnudamento e a reação cortical:
	. Desnudamento: eliminação da corona radiata. A hialuronidase permanece nessa camada, por todos os espermatozoides em tentativa para entrar no ovócito, e essa células vão se desprendendo e desfazendo a corona radiata, desnudando o ovócito.
	. Reação cortical: liberação de grânulos corticais pelo ovócito, essa ação possibilita a modificação da zona pelúcida tornando-a impermeável a outros espermatozoides e ocorre logo após o primeiro espermatozoide ultrapassar a zona pelúcida. Esse processo bloqueia a polispermia, a fecundação de mais de um espermatozoide.
- Quando o ovócito é fecundado ocorrem alguns processos que são descritos em:
	. Conclusão da meiose 2 que foi pausada no momento da puberdade. Após esse processo meiótico, os núcleos aumentam de tamanho. Lembrando que cada núcleo é haploide, ou seja, contém 23 cromossomos.
	. Forma-se o pró núcleo masculino e feminino. Esses pró núcleos continuam crescendo até o momento em que eles se fundem.
	. Fusão dos pró núcleos. Quando esses pró núcleos se fundem, originam o zigoto, estrutura diploide, ou seja, com 46 cromossomos.
- Esse processo de fecundação ocorre geralmente nas primeiras 48 horas após a liberação do ovócito.
4. SINTOMAS SUGESTIVOS DE GRAVIDEZ --------------
-
5. ALTERAÇÕES NO ORGANISMO MATERNO ---------
- Há Modificações sistêmicas e de órgãos genitais
5.1. MODIFICAÇÕES SISTÊMICAS --------------------------
. Postura e deambulação
	-> As mamas, dilatadas e engrandecidas, pesam no tórax, o centro de gravidade desvia-se para frente, e todo o corpo, em compensação, projeta-se para trás. Para manter o equilíbrio, a gestante empina o ventre, provocando a lordose da coluna lombar. Amplia-se a base do polígono de sustentação, os pés afastam-se, e as espáduas projetam-se para trás.
	-> As articulações apresentam maior mobilidade durante a gestação. Atribui-se à relaxina, secretada pela placenta. 
. Metabolismo
	-> Há na gestação grandes modificações no metabolismo de energia e no acúmulo de gordura.
	-> Metabolismo glicídio:
	-> Metabolismo lipídico:
Obs1: Metabolismo do tecido adiposo materno:
Obs2: Hiperlipidemia materna:
Obs3: Benefício hipertrigliceridemia para o feto:
Obs4: Ácidos graxos essenciais:
	-> Metabolismo proteico:
	-> Metabolismo hidroeletrolítico:
	-> Metabolismo do cálcio:
Obs1: Calcio e Vitamina D:
Obs2: Lactação e Calcio:
. Sistema Cardiovascular
. Sistema Sanguíneo
. Sistema Urinário
	-> Modificações anatômicas
	-> Modificações fisiológicas
. Sistema Respiratório
. Sistema Digestivo
. Sistema Endócrino
. Pele e Fâneros
5.2 MODIFICAÇÕES DOS ÓRGÃOS GENITAIS ----------
. Vulva e vagina
. Útero
	-> Miométrio:
	-> Endométrio:
	-> Colo:
6. ÊMESE E HIPERÊMESE -------------------------------------
- Êmese gravídica, vômitos simples do início da gestação, e a hiperêmese gravídica, vômitos incoercíveis da gravidez, diferem apenas na intensidade e na repercussão clínica de seus efeitos.
- Não existe definição única para a hiperêmese, mas é característica a desnutrição, desidratação e perda ponderal de no mínimo 5% do peso da gestante.
- Náuseas e vômitos afetam cerca de 70 a 85% das grávidas, e é uma condição muito comum. Em 60% dos casos cessam ao fim do 1º trimestre e em 90% com 20 semanas.
- A hiperêmese é cada vez mais rara ocorrendo entre 0,5 e 2% das gestações. 
. Causa - Etiologia + Fatores de risco
- A teoria mais aceita é que as causas da hiperêmese sejam os hormônios placentários, gonadotrofina coriônica humana (hCG) e estrogênios, isolados ou inter-relacionados. É de certeza que o pico dos sintomas de náuseas e vômitos da gravidez está associado ao hCG.
- Gestações reconhecidas pelo exagero de náuseas e vômitos tem níveis elevados de hCG e estrogênios:
	. Gemelar: gravidez de gêmeos
	. Molar: é uma complicação da gravidez, com alta capacidade para evolução tumoral maligna, caracterizada por apresentar o desenvolvimento de células com anormalidades, formando apenas um emaranhado celular, sendo comparado com cacho de uva.
- Alguns fatores de risco são:
	. História de hiperêmese em gestação anterior
	. História familiar de hiperêmese
	. Gravidez de feto feminino
. Quadro Clínico
- Perda de eletrolíticos
- Desnutrição
- EM casos de pacientes negligenciados, a deficiência de carboidratos acelera o metabolismo de lipídios resultando em cetonuria.
- Em casos mais avançados, quando ocorre a deficiência de B1 (tiamina) conduz a possíveis quadros neurológicos/psiquiátricos (wernicke-korsakoff)
- Pode ser separada em dois tipos de hiperêmese:
	. Forma média: perda discreta de 5% do peso pré gravídico, pulso se mantém abaixo de 100 bpm.
	. Forma grave: perda acentuada de 6 a 8% do peso, e o pulso mostra-se acima de 100 bpm
- Muitas mulheres com hiperêmese gravídica apresentam níveis elevados de T4 L no soro e baixos de TSH. As anormalidades na função da tireoide resultam do estímulo do receptor TSH pelos altos níveis de hCG. Esse hipertireoidismo fisiológico, conhecido como hipertireoidismo gestacional transitório, também pode estar associado à gravidez gemelar ou molar. são raramente sintomáticas. O tratamento expectante é o adequado, normalizando-se os níveis elevados de T4L em paralelo com a queda do hCG após o 1º trimestre.
. Exames
- Em casos de hiperêmese gravídica, podem ser requisitados exames laboratoriais para avaliar a gravidade da doença e estabelecer o diagnóstico diferencial. Anormalidades laboratoriais na hiperêmese gravídica incluem: aumento das enzimas hepáticas (< 300 UI/l), bilirrubina sérica (< 4 mg/dℓ) e amilase e lipase séricas (aumento de até 5 vezes o limite normal). O exame de urina pode revelar aumento da densidade e cetonuria.
- Nos casos de hiperêmese gravídica, a ultrassonografia é útil para identificar gestação gemelar ou molar.
. Tratamento
- Suplemento multivitamínico no início da gravidez pode reduzir a intensidade de náuseas e vômitos
- Mudanças alimentares (refeições fracionadas e ricas em proteínas) podem resolver casos leves
- A primeira linha é a associação piridoxina (vitamina B6) e doxilamina (anti-histamínico H1). 
- O uso do gengibre, em doses de até 250mg 4 vezes/dia, tem sido efetivo para reduzir a frequência dos vômitos.
- O antiemético de eleição é a ondansetrona, na dose de 4 mg por via intravenosa (IV) de 12/12 h. Este fármaco foi recentemente liberado para uso na gravidez, com suas ressalvas a tratamentos que não tiveram sucesso e como conduta secundária.
. Conduta
- Hiperêmese gravídica é mandatória a hospitalização. A paciente deve ser pesada e o quadro clínico é muito importante para avaliar a gravidade do caso; 
- Exames laboratoriais, em geral, não são obrigatórios. A
alimentação oral é suspensa. É razoável tentar inicialmente a alimentação enteral 
- A hidratação intravenosa é indicada para pacientes que não toleram a alimentação oral ou com sinais clínicos de desidratação. A hidratação intravenosa é feita com solução fisiológica ou lactato de Ringer, com aporte de glicose e de vitaminas, especialmente tiamina (vitamina B1) (100 mg de tiamina/litro de solução). 
- A retomada da alimentação oral deve ser gradual, e após cessados os vômitos por, no mínimo, 48 h.
7. FORMAS DE DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ ----------
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8. FORMAS DE CÁLCULO DE IDADE GESTACIONAL 
- A gravidez é datada do 1º dia do último período menstrual. A duração média da gestação é de 280 dias (40 semanas), e isso fornece a data provável do parto, assumindo que:
. O ciclo é de 28 dias
. A ovulação ocorreu geralmente no 14º dia
. O ciclo foi normal, ou seja, não ocorreu imediatamente após a parada de contracepção oral ou após gravidez anterior.
- Regra de Nägele, que consiste em adicionar à data da última menstruação 7 dias e mais 9 meses (ou menos 3 meses, quando se faz o cálculo retrógrado). Essa conta é feita visando a soma dos meses com 31 dias.
- O volume uterino também é uma forma de cálculo de idade gestacional. O útero pode ser palpado no abdome,a partir de 12 semanas. Com o avanço da gestação, o fundo uterino mostra-se gradativamente mais alto.
- Na primeira metade da gestação é um bom indicador para esse cálculo de idade gestacional, porém, mesmo com um padrão de crescimento, a segunda metade gestacional tende a apresentar inconsistências com esse método de cálculo.
- A ausculta fetal é importante de ser avaliada. O sonar-Doppler identifica o pulso fetal desde 10 a 12 semanas. É excepcional a escuta antes dessa idade gestacional.
- Com aproximadamente 18 semanas gestacionais, com relato de oligomenorreia nos últimos 3 meses, é possível perceber, tanto em primíparas quanto em multíparas, movimentos fetais, que pode constituir outro dado para o cálculo da idade gestacional.
- O único exame confiável para a descoberta da idade gestacional é a ultrassonografia, e o ideal é realizá-lo entre 8 e 12 semanas para uma maior precisão. Como o tempo de gravidez é dado pelo tamanho do feto, com o seu crescimento ele vai adquirindo características pessoais: uns ficam maiores, outros menores, o que aumenta o erro da idade gestacional. O erro de uma ultrassonografia em dar o tempo de gravidez, se feita entre 8 e 12 semanas, é de apenas 5 dias, e aumenta com o passar da gravidez para até 3 semanas no final. 
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