Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

7
DIREITO PENAL
CRIMES CONTRA A HONRA. 
	
Por Nathália Trindade
SUMÁRIO
1.CRIMES CONTRA A HONRA	4
1.1 Calúnia (art. 138 do CP)	4
1.2 Objetividade jurídica	5
1.3 Elemento Normativo do Tipo	5
1.4 Consumação	6
1.5 Tentativa	6
1.6 Subtipo da Calúnia	6
1.7 Calúnia contra os Mortos	6
1.8 Exceção da verdade	6
2. Difamação	8
2.1 Núcleo do Tipo	8
2.2 Consumação e Tentativa	9
2.3 Exceção da Verdade	9
3. Injúria	9
3.1 Objetividade Jurídica	10
3.2 Consumação e Tentativa	10
3.3 Exceção da Verdade	11
3.4 Perdão Judicial	11
3.5 Injúria Real	12
3.6 Injúria Qualificada por Preconceito. *(Atualizado em 24/01/2023)	12
3.7 Injúria praticada pela Internet e Competência	13
4. Generalidades (calúnia, difamação e injúria).	14
4.1 Sujeito Ativo	14
4.2 Elemento Subjetivo	15
4.3 Consentimento do Ofendido	16
5. Disposições comuns dos Crimes Contra a Honra	16
6. Ação Penal	18
7. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO	19
8. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA	19
ATUALIZADO EM 11/11/2024[footnoteRef:1] [1: ] 
DIREITO PENAL
1.CRIMES CONTRA A HONRA
Os crimes contra a honra estão previstos no CP, mas também em leis especiais, por exemplo, no CPM, Código Eleitoral. Os crimes do CP têm natureza residual, só podendo ser aplicados quando a conduta não estiver caracterizada em lei especial. 
	Honra é o conjunto de qualidades físicas, morais e intelectuais de uma pessoa, que a tornam merecedora de respeito na sociedade e promovem a sua autoestima. É um direito fundamental do ser humano. O art. 5°, X, da CF é o fundamento constitucional para os crimes contra a honra. 
Espécies de honra: 
→ Honra objetiva é a visão que as outras pessoas têm de alguém. É como a sociedade em geral enxerga alguém. Se relacionam com a reputação e a boa fama que o indivíduo desfruta no meio social em que vive. A calúnia e a difamação atingem a honra objetiva, logo reclamam a imputação de um fato. Tais crimes se consumam quando a ofensa chega ao conhecimento de terceiro. 
→ Honra subjetiva é o juízo que cada pessoa faz de si própria. Se divide em honra-dignidade e honra-decoro. A injúria atinge a honra subjetiva, logo não exige a imputação de fato, basta uma “qualidade negativa”. A injúria se consuma no momento que a vítima toma conhecimento da ofensa. 
		Honra-dignidade diz respeito às qualidades morais de alguém. 
		Honra-decoro diz respeito às qualidades físicas e intelectuais. 
1.1 Calúnia (art. 138 do CP)
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
	É crime de menor potencial ofensivo. Admite transação e sursis. 
	A calúnia também é conhecida por “difamação qualificada”, pois o fato imputado falsamente a alguém é definido como crime.
	O núcleo do tipo é o verbo “caluniar”, que é atribuir a alguém a prática de determinado fato. Deve ser um fato previsto como crime, qualquer que seja ele, doloso ou culposo, de ação pública ou privada, punido com detenção ou reclusão etc.
	O fato definido como crime deve ser determinado e verossímil. 
#SELIGA: Não há calúnia na imputação falsa de contravenção porque não se admite a analogia in malam partem. Contudo, pode caracterizar difamação. 
1.2 Objetividade jurídica 
	É a honra objetiva. 
1.3 Elemento Normativo do Tipo
	O tipo contém um elemento normativo, que é a expressão “falsamente”, isto é, elemento cuja compreensão exige um juízo de valor. A falsidade da imputação pode ocorrer em duas situações: 
	
(i) a falsidade quanto ao fato: o fato imputado nunca existiu.
(ii) a falsidade quanto ao envolvimento da vítima no fato: o crime foi praticado, mas o ofendido não foi o autor do crime. 
Formas (Tipos) de Calúnia
	Inequívoca (explícita): é direta, não deixa margem de dúvida. 
	Equívoca (implícita): a ofensa é velada, subreptícia. 
	Reflexa: para caluniar alguém, o sujeito tem que caluniar outro.
#DEOLHONAJURIS. A esposa tem legitimidade para propor queixa-crime contra autor de mensagem que insinua que o seu marido tem uma relação extraconjugal com outro homem. Se alguém alega que um indivíduo casado mantém relação homossexual extraconjugal com outro homem, a esposa deste indivíduo tem legitimidade para ajuizar queixa-crime por injúria, alegando que também é ofendida. Caso concreto: Roberto insinuou que Weverton teria um relacionamento homossexual extraconjugal com outro homem. A mulher de Weverton tem legitimidade para ajuizar queixa-crime contra Roberto pela prática do crime de injúria. STF. 1ª Turma. Pet 7417 AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/10/2018 (Info 919).
1.4 Consumação
	O crime se consuma quando a imputação falsa de crime chega ao conhecimento de terceiro. Pouco importa se a vítima tomou conhecimento da ofensa.
1.5 Tentativa 
	É possível a tentativa de calúnia, dependendo do meio de execução. Por escrito admite tentativa, pois o crime é plurisubsistente. Ex.: carta extraviada.
	CALÚNIA
	DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
	Crime contra a honra
	Crime contra a Administração da Justiça
	Ação Penal Privada (Regra)
	Ação Penal Pública Incondicionada
	Admite somente imputação falsa de crime.
	Imputação falsa de crime e contravenção.
	Limita-se a imputar falsamente crime a alguém.
	Além da imputação falsa, o agente força a movimentação da máquina estatal.
1.6 Subtipo da Calúnia 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
	Propalar é de maneira verbal. Divulgar é por qualquer outro meio. Para consumação basta que o sujeito propale ou divulgue para uma única pessoa. Esse subtipo não admite dolo eventual, mas apenas o dolo direto.
1.7 Calúnia contra os Mortos
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
1.8 Exceção da verdade
	É incidente processual e prejudicial. O acusado de ter praticado calúnia pretende provar a veracidade do que alegou, demonstrando ser realmente autor de fato definido como crime o pretenso ofendido. 
A procedência da exceção da verdade acarreta a absolvição. Desaparece elementar do tipo, estamos diante de uma causa de atipicidade. 
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
#SELIGA. Exceção de Notoriedade. Explica Capez que o art. 523 do CPP não faz menção apenas à exceção da verdade, mas também à da notoriedade do fato imputado. Consiste na oportunidade facultada ao réu de demonstrar que suas afirmações são de domínio público. 
#OLHAOGANCHO:
CP x CPM: o art. 214 do Decreto Lei n. 1001/69 pune a calúnia praticada na forma do art. 9° daquele diploma.
CP x CE: o art. 324 da Lei n. 4.737/65 tipificou a calúnia na propaganda eleitoral ou visando fins eleitorais. 
#DEOLHONAJURIS. Compete à Justiça Comum Estadual, e não à Eleitoral, processar e julgar injúria cometida no âmbito doméstico e desvinculada, direta ou indiretamente, de propaganda eleitoral, embora motivada por divergência política às vésperas da eleição. STJ. 3ª Seção. CC 134.005-PR, Rei. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em n/6/2014 (lnfos 543 e 545).
*(Atualizado em 27/03/21) A retratação da calúnia, feita antes da sentença, acarreta a extinção da punibilidade do agente independente de aceitação do ofendido. O art. 143 do CP autoriza que a pessoa acusada do crime de calúnia ou de difamação apresente retratação e, com isso, tenha extinta a punibilidade: Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. A retratação não é ato bilateral, ou seja, não pressupõe aceitação da parte ofendida para surtir seus efeitos na seara penal, porque a lei não exigeisso. O Código, quando quis condicionar o ato extintivo da punibilidade à aceitação da outra parte, o fez de forma expressa, como no caso do perdão ofertado pelo querelante depois de instaurada a ação privada. O art. 143 do CP exige apenas que a retratação seja cabal, ou seja, deve ser clara, completa, definitiva e irrestrita, sem remanescer nenhuma dúvida ou ambiguidade quanto ao seu alcance, que é justamente o de desdizer as palavras ofensivas à honra, retratando-se o ofensor do malfeito. STJ. Corte Especial. APn 912/RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 03/03/2021 (Info 687).
2. Difamação 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
	É infração penal de menor potencial ofensivo. Viola a honra objetiva, logo, exige imputação de um fato determinado a alguém. O fato determinado a alguém não precisa e não pode ser criminoso. Basta que o fato seja ofensivo à reputação da vítima. A imputação de contravenção penal a alguém configura difamação.
	Menores, loucos e desonrados podem ser sujeitos passivos da difamação. 
#DEOLHONAJURIS. Configura, em tese, difamação a conduta do agente que publica vídeo de um discurso no qual a frase completa do orador é editada, transmitindo a falsa ideia de que ele estava falando mal de negros e pobres. A edição de um vídeo ou áudio tem como objetivo guiar o espectador e, quando feita com o objetivo de difamar a honra de uma pessoa, configura dolo da prática criminosa. Vale ressaltar que esta conduta do agente, ainda que praticada por Deputado Federal, não estará protegida pela imunidade parlamentar. STF. 1ª Turma. Pet 5705/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/9/2017 (Info 876).
*(Atualizado em 17/10/2020) Difamação pode ser praticada mediante a publicação de vídeo no qual o discurso da vítima seja editado Configura difamação a conduta do agente que publica vídeo de um discurso no qual a frase completa do orador é editada, transmitindo a falsa ideia de que ele estava falando mal de negros e pobres. A edição de um vídeo ou áudio tem como objetivo guiar o espectador e, quando feita com o objetivo de difamar a honra de uma pessoa, configura dolo da prática criminosa. Vale ressaltar que esta conduta do agente, ainda que praticada por Deputado Federal, não estará protegida pela imunidade parlamentar. Caso concreto: durante a reunião de uma CPI, o então Deputado Federal Jean Wyllys proferiu a seguinte frase: “tem um imaginário impregnado, sobretudo nos agentes das forças de segurança, de que uma pessoa negra e pobre é potencialmente perigosa. É mais perigosa do que uma pessoa branca de classe média. Esse é um imaginário que está impregnado na gente”. O Deputado Federal Eder Mauro publicou, em sua página no Facebook, um vídeo no qual o discurso de Jean Wyllys é editado. No vídeo publicado, a parte inicial e final da frase são cortadas e ouve-se apenas: “Uma pessoa negra e pobre é potencialmente perigosa. É mais perigosa do que uma pessoa branca de classe média”. Para o STF, essa conduta configurou o crime de difamação agravada. STF. 1ª Turma. AP 1021/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 18/8/2020 (Info 987).
2.1 Núcleo do Tipo
	É o verbo difamar, que é atribuir a alguém um fato ofensivo à sua reputação. É desacreditar, menosprezar. Reputação é o bom conceito que alguém desfruta na sociedade.
	O tipo penal não contém a elementar “falsamente”. Para a configuração da difamação, pouco importa se o fato ofensivo à reputação da vítima é verdadeiro ou falso. Assim, é possível a difamação quando se imputa a alguém fato verdadeiro, desde que seja ofensivo à reputação da vítima. 
Obs.: diferente da calúnia, a difamação não contém o subtipo “propalar ou divulgar”. Contudo, essa omissão não leva à atipicidade da conduta. Quem propala ou divulga uma difamação está cometendo uma nova difamação, respondendo pelo caput do art. 139 do CP.
2.2 Consumação e Tentativa
	A difamação ofende a honra objetiva, então, o crime se consuma quando terceira pessoa toma conhecimento da imputação do fato ofensivo. É possível a tentativa dependendo do meio de execução. 
2.3 Exceção da Verdade
	Na difamação, a regra geral é a inadmissibilidade da exceção da verdade, pois o tipo penal não contém a elementar falsamente. Admite-se apenas em um caso. Vejamos.
Art. 139. Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
#OLHAOGANCHO
CP x CPM: o art. 215 do Decreto Lei n. 1001/69 pune a difamação praticada na forma do art. 9° daquele diploma.
CP x CE: o art. 325 da Lei n. 4.737/65 tipificou a difamação na propaganda eleitoral ou visando fins eleitorais. 
3. Injúria 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
	É infração penal de menor potencial ofensivo. 
Não se pune a autoinjúria se a expressão não ultrapassa a órbita da personalidade do indivíduo. 
	
Com relação ao sujeito passivo, é importante que ela compreenda as ofensas contra ela proferidas. Deve ter consciência de estar sendo atacada na sua dignidade. 
	A pessoa jurídica não possui honra subjetiva. Não pode ser sujeito passivo de injúria.
	Os mortos não podem ser injuriados. Mas é possível injuriar pessoa viva denegrindo a imagem do morto. 
3.1 Objetividade Jurídica
	É um crime que atinge a honra subjetiva. Não se exige a imputação de fato. Basta atribuir uma QUALIDADE NEGATIVA à vítima. 
	Em regra, o crime é comissivo, mas pode ser também praticado por omissão. Ex.: ato de se recusar a cumprimentar alguém. 
Injúria indireta (reflexa): ao injuriar alguém, reflexamente o sujeito acaba também injuriando outra pessoa. Ex.: chamar o homem de corno é injúria direta, MAS contra a esposa é injúria indireta. 
3.2 Consumação e Tentativa 
	O crime de injúria atinge a honra subjetiva, assim, se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento. 
	A injúria é imediata quando realizada diretamente à vítima. A injúria é mediata quando chega ao conhecimento da vítima por um terceiro. 
Conclusão: a injúria não precisa obrigatoriamente ser praticada na presença da vítima, bastando que chegue ao conhecimento dela, ainda que por um terceiro. Admite-se a tentativa dependendo do meio de execução. 
*(Atualizado em 21/10/2020) #DEOLHONAJURIS: Exemplo: Rita e Adriana trabalhavam em um órgão público. Rita ligou para o ramal telefônico de Adriana para falar sobre um requerimento de abono de faltas que ela havia solicitado. Adriana avisou, então, que Reginaldo (chefe do setor) havia indeferido o pedido. Ao saber de tal fato, Rita passou a proferir ofensas contra ele, afirmando para Adriana: “este macaco, preto sem vergonha está indeferindo a minha falta”. Vale ressaltar, contudo, que, momentos antes, Reginaldo, que estava no mesmo setor que Adriana, havia retirado o telefone do gancho para fazer uma ligação e acabou por ouvir as palavras injuriosas proferidas por Rita. O Ministério Público ofereceu denúncia contra Rita pela prática do crime de injúria racial (art. 140, § 3º do CP): Art. 140 (...) § 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena - reclusão de um a três anos e multa. Para o STJ, não houve crime. Isso porque o delito de injúria se consuma quando a ofensa chega ao conhecimento da vítima, sendo necessário dolo específico de ofender a honra subjetiva da vítima. A acusada não tinha como saber que a vítima estava ouvindo o teor da conversa pela extensão telefônica. Como a injúria se consuma com a ofensa à honra subjetiva de alguém, não há que se falar em dolo específico no caso em que a vítima não era seu interlocutor na conversa telefônica e, acidentalmente, tomou conhecimento do teor da conversa. O tipo penal em questão exige que a ofensa seja dirigida ao ofendido com a intenção de menosprezá-lo, ofendendo-lhe a honra subjetiva. STJ. 6ª Turma. REsp 1.765.673-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgadoem 26/05/2020 (Info 672).
3.3 Exceção da Verdade
	Nunca se admite a exceção da verdade por dois argumentos:
		(i) falta de previsão legal
		(ii) incompatibilidade lógica entre a injúria e a exceção da verdade. Na injúria não há imputação de fato, então, não se fala em provar a veracidade do fato. 
3.4 Perdão Judicial 
Art. 140. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
	Inciso I – “Reprovável” é elemento normativo, avaliável no caso concreto. O “diretamente” significa que o sujeito e vítima devem estar face a face. Na provocação reprovável há apenas uma injúria: a de quem reage à provocação, já que a conduta do provocador não assume a condição de injúria, pois caso contrário, haverá retorsão.
	Inciso II – Retorsão imediata. Modalidade anômala de legítima defesa. É o revide. A primeira injúria é punível, não é punível a segunda injúria (da retorsão imediata). A retorsão deve ser imediata, ou seja, proferida tão logo o sujeito tenha conhecimento da ofensa. Não é preciso que os sujeitos estejam frente a frente. É exigido apenas que a retorsão ocorra tão logo o sujeito tenha conhecimento da ofensa, inclusive, se o conhecimento foi por meio de terceiro.
Não há perdão judicial para a retorsão contra ofensa pretérita. Só incide o perdão judicial quando a retorsão imediata consiste em outra injúria. Se a retorsão imediata consistir em difamação, o sujeito responderá pela difamação. 
A maioria da doutrina entende que o perdão é direito subjetivo (Sanches). 
#DEOLHONAJURIS. Determinado Governador afirmou, em rede social, que certo Deputado Federal estava financiando, com a utilização de “dinheiro sujo”, a produção de injúrias contra ele e que o parlamentar estava sendo processado pelos crimes de tortura, corrupção e estupro. No dia seguinte, o Deputado, em resposta, afirmou, também em uma rede social, que o Governador era acusado de corrupção eleitoral, que tinha como costume fazer acusações falsas para tentar incriminar seus desafetos políticos, que costumava espancar seu pai e que era desequilibrado mental. O STF entendeu que o Deputado Federal praticou fato típico, antijurídico e culpável, mas que não deveria ser punido, com base no art. 140, § 1º, II, do CP. O Deputado postou as mensagens ofensivas menos de 24 horas depois de o Governador publicar a manifestação também injuriosa. Dessa forma, as mensagens do parlamentar foram imediatamente posteriores às veiculadas pelo ofendido e elaboradas em resposta a elas. Ao publicá-las, o acusado citou parte do conteúdo da mensagem postada pelo ofendido, comprovando o nexo de pertinência entre as condutas. Dessa maneira, o ofendido não só, de forma reprovável, provocou a injúria, como também, em tese, praticou o mesmo delito, o que gerou a retorsão imediata do acusado. Logo, o STF entendeu que não havia razão moral para o Estado punir o Deputado. STF. 1ª Turma. AP 926/AC, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/9/2016 (Info 838). 
3.5 Injúria Real 
Art. 140. § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
	A injúria real é a agressão física humilhante. Essa agressão física pode ser cometida mediante violência (lesão corporal) ou vias de fato aviltantes (humilhantes) pela natureza do ato ou meio empregado. Ex.: tapa na cara, rasgar a saia de mulher, jogar bebida, cuspir alguém.
Vias de fato é a agressão física sem a intenção de lesionar.
#SELIGA. A contravenção de vias de fato é absorvida pela injúria real. Diferentemente, quando a injúria real é realizada por meio de crime resultante de violência, qualquer que seja ele, o tipo penal prevê o concurso material obrigatório (soma das penas). 
3.6 Injúria Qualificada por Preconceito. *(Atualizado em 24/01/2023)
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição de pessoa idosa ou com deficiência: (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
	A Lei nº 14.532/23 modificou a redação do referido dispositivo, transportando a denominada injúria racial para a Lei de Racismo, pondo fim ao tratamento diferenciado entre o crime de racismo e o crime de injúria. Passaram a ser previstas como qualificadoras para o crime de injúria previsto no CP, apenas, a religião, a condição de pessoa idosa e a condição de pessoa com deficiência.
	Antes da Lei nº 14.532/23
	Depois da Lei nº 14.532/23
	§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
	§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a religião ou à condição de pessoa idosa ou com deficiência: (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
	É crime de médio potencial ofensivo. Cabe suspensão condicional de processo.
#DEOLHONAJURIS. A pena prevista para o crime de injúria qualificada (art. 140, § 3° do CP) NÃO é desproporcional, sendo compatível com a CF/88, considerando que tem por objetivo proteger a dignidade da pessoa humana. STF. 1ª Turma. HC 109676/RJ, rei. Min. Luiz Fux, 6/2013 (lnfo 710).
3.7 Injúria praticada pela Internet e Competência 
	A competência é da justiça estadual, ainda que se trate de uma rede social sediada no exterior (CC 121.431).
	Injúria contra Funcionário Público
	Desacato
	Crime contra a Honra
	Crime contra a Administração Pública
	Crime de Ação Privada
	Crime de Ação Pública Incondicionada
	É praticada na ausência do funcionário público.
	Precisa ser cometido na presença do Funcionário Público (mesmo recinto)
#OLHAOGANCHO.
CP x CPM: o art. 216 do DL n. 1001/69 pune a injúria praticada na forma do art. 9º daquele DL.
CP x CE: o art. 326 da Lei n. 4.737/65 tipificou a injúria na propaganda eleitoral ou visando fins eleitorais. 
CP x Estatuto do Idoso: o art. 105 do Estatuto do Idoso pune com detenção de 1 a 3 anos e multa exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso.
4. Generalidades (calúnia, difamação e injúria). 
	São crimes de dano (de lesão), pois o sujeito quer efetivamente macular a honra da vítima. 
	São crimes formais, de consumação antecipada ou de resultado cortado, pois consumam-se com a prática da conduta, independente da produção do resultado naturalístico. Basta a potencialidade para ofender a honra alheia, ainda que não ofenda. 
	Quanto aos meios de execução, são crimes de forma livre. Ex.: palavra, escrito (outdoor, panfleto, pichação, internet), símbolos, gestos.
4.1 Sujeito Ativo 
Em princípio, pode ser qualquer pessoa física (deve ser uma pessoa certa e determinada ou, pelo menos, determinável). São crimes comuns. Contudo, alguns sujeitos são imunes aos crimes contra a honra: parlamentares (art. 53, CF).
ADVOGADOS: não estão imunes ao delito de calúnia, pertencendo ao raio da inviolabilidade profissional apenas a difamação e a injúria, desde que cometidas no exercício regular de suas atividades (art. 7, §2°, EOAB).
#DEOLHONAJURIS. 
A manifestação do advogado em juízo para defender seu cliente não configura crime de calúnia se emitida sem a intenção de ofender a honra. STJ. 3ª Seção. Rci15.574-RJ, Rei. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 9/4/2014 (lnfo 539).
Em regra, o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis a sua manifestação, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, ainda que contra o magistrado. STJ. HC 202.059-SP, Rei. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgadoem 16/2/2012 (lnfo 491).
	A auto calúnia não é punida. Mas se o agente assume crime inexistente ou a responsabilidade de delito que não praticou, dando ensejo à investigação ou diligências inúteis, prejudicando o bom andamento do aparelho estatal, pratica o crime de autoacusação falsa (art. 341 CP). 
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Uma pessoa desonrada pode ser vítima de crime contra a honra? De acordo com a maioria, os desonrados podem ser vítimas de um crime contra a honra. Nem mesmo a pessoa mais degradada na escala social encontra-se completamente despojada do amor próprio, ou deixa de ter direito a um mínimo de respeito por parte de outras pessoas (Manzini).
Os portadores de doença mental e os menores de 18 anos podem ser vítimas dos crimes contra a honra?
Calúnia: doutrina e jurisprudência entendem que os doentes mentais e os menores de 18 anos podem ser vítimas de calúnia. 
Difamação: os doentes mentais e os menores de 18 anos podem figurar como vítimas desses crimes, pois têm reputação, um bom nome a zelar. Não há qualquer polêmica.
Injúria: podem ser vítimas, desde que tenham a capacidade de entender a natureza da ofensa, já que o crime de injuria ofende a honra subjetiva, juízo que cada um faz de si próprio. 
#PESSOAJURÍDICA. A pessoa jurídica pode ser vítima de calúnia quando imputam falsamente a ela o cometimento de um crime ambiental. Pode sofrer difamação, pois tem uma reputação a zelar. Porém, não pode ser vítima de injúria, pois não tem honra subjetiva. 
4.2 Elemento Subjetivo 
	Dolo direto ou eventual. No entanto, no subtipo da calúnia (art. 138, §1°, CP[footnoteRef:2]) só se admite o dolo direto. Não admite a modalidade culposa em nenhuma situação. Além do dolo, também se exige um elemento subjetivo específico, o animus diffamandi vel injuriandi – que “é a intenção de ofender, de macular a honra da vítima, a seriedade na conduta”. [2: § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.] 
Não há crime contra a honra 
	Animus jocandi – intenção de brincar. 
	Animus narrandi – o agente se limita a narrar um fato. 
	Animus criticandi – é a crítica verdadeira, que busca auxiliar o criticado.
	Animus defendendi – é a legítima defesa. A honra é um direito, cabível a legítima defesa. Não confunda, porém, matar para defender a honra. 
	Animus corrigendi – é a intenção de corrigir alguém. 
	Animus consulendi – é a intenção de consultar. 
4.3 Consentimento do Ofendido 
	A honra é um bem jurídico disponível. O consentimento do ofendido exclui o crime. Contudo, é necessário que seja prévio, por pessoa capaz e livre de coação. Se o consentimento for posterior não exclui o crime, mas pode caracterizar perdão ou renúncia ao direito de queixa.
5. Disposições comuns dos Crimes Contra a Honra
	O art. 141 do CP trata de causas de aumento de penas e se aplica a todos os crimes contra a honra. 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro.
(*) ATUALIZADO EM 07/01/2022: II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal; 
#SELIGA. Não incide o aumento quando: (i) se refere à vida privada do funcionário público; (ii) quando o ofendido não for mais funcionário público. Ex.: aposentado. 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. 
IV - contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com deficiência, exceto na hipótese prevista no § 3º do art. 140 deste Código.      (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
*Atualizado em 10/07/2022: a Lei 14.344/22 alterou a redação do inciso IV, do art. 141, prevendo que será aumentada, em um terço, a pena de qualquer crime contra a honra se praticados contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com deficiência, exceto na hipótese prevista no § 3º do art. 140, do Código Referido.
Ao contrário da dinâmica legislativa até então estabelecida, aqui a lei não cuida da vítima menor de 14 anos, mas dos adolescentes em geral (além das crianças). Assim, basta que a vítima seja menor de 18 anos e a majorante incidirá. 
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
	No caso do parágrafo único, teremos um crime mercenário, por mandato remunerado. É hipótese de crime de concurso necessário, plurilateral, plurisubjetivo. 
*§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena. (Acrescido pela Lei 13.964/2019)
*Atualizado em 28/04/2021: O § 2º (acrescido pela Lei 13.964/2019) havia sido vetado pelo Presidente da República. Todavia, no dia 19/04/2021, o Congresso Nacional rejeitou o referido veto presidencial, seguindo o dispositivo para promulgação.
*ATUALIZADO EM 11/11/2024 § 3º Se o crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código, aplica-se a pena em dobro.     (Incluído pela Lei nº 14.994, de 2024)
*ATUALIZADO EM 11/11/2024
A Lei 14.944/2024 incluiu uma nova causa de aumento nos crimes contra a honra:
	Antes da Lei 14.994/2024
	Depois da Lei 14.994/2024
	Não havia § 3º do art. 141.
	Disposições comuns
Art. 141. (...)
§ 3º Se o crime é cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 1º do art. 121-A deste Código, aplica-se a pena em dobro.
 
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
	Para a doutrina majoritária, o art. 142 do CP contempla causas específicas de exclusão de ilicitude.
#SELIGA: não se aplica à calúnia, mas somente à difamação e injúria, por dois motivos (i) por falta de previsão legal, (ii) na calúnia existe a imputação de crime, há o interesse do Estado em apurar o delito. 
I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador.
O inciso I prevê a chamada imunidade judiciária. 
II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar.
	É a chamada imunidade literária, artística ou científica. 
II – o conceito desfavorável emitido por funcionário público em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. 
	É a chamada imunidade funcional. 
Parágrafo único – nos casos dos ns I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calunia ou da difamação, fica isento de pena.
	O art. 143 trata da retratação. Tem natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade. É ato unilateral. 
	 Somente exclui a punibilidade da calúnia e difamação, porque existe a imputação de um fato. Não se extingue a punibilidade na injúria por falta de previsão legal, e porque na injúria não há imputação de fato, logo, não dá para se retratar.
	A retratação é causa extintiva da punibilidade de natureza subjetiva, pois somente se aplica a quem se retratou. Não se comunica no concurso de pessoas. 
	O art. 144 trata do pedido de explicações. 
Art. 144. Se, de referências, alusões, ou frases,se infere calunia, difamação, ou injuria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele se recusa a dá-las, ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
6. Ação Penal 
Ação penal é privada (regra). 
EXCEÇÕES:
1. Ação pública incondicionada: injúria real praticada com violência da qual resulta lesão corporal.
Obs.: se a lesão for leve, a ação é pública condicionada. Por vias de fato, a ação é privada. 
2. Ação pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça: quando o crime é praticado em face do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro.
3. Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: 
	(i) no caso do art. 140, §3º (injúria qualificada);
	(ii) nos crimes contra a honra de funcionário público, em razão das suas funções. 
Obs.: Súmula 714 do STF – “é concorrente a legitimidade do ofendido mediante queixa e do MP condicionada à representação do ofendido para ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções”. 
	
	
Exceção da Verdade
	
Perdão judicial
	
Aumento de Pena (60 anos e Deficiente)
	
Pedido de explicações (art. 144, CP).
	Exclusão do crime (art. 142, CP) – exclusão da ilicitude.
	Retratação antes da sentença (art. 143): isento de pena
	Calúnia
	Regra
	Não admite
	Incide
	Compatível
	Incompatível
	Compatível
	
Difamação
	Exceção
(Funcionário Público)
	Não admite
	
Incide
	
Compatível
	
Compatível
	
Compatível
	Injúria
	Não admite
	Admite
	Não incide
	Compatível
	Compatível
	Incompatível
7. DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO
	DIPLOMA
	DISPOSITIVOS
	Código Penal
	Arts. 138 a 145
 
image1.jpeg
image2.jpeg

Mais conteúdos dessa disciplina