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Prévia do material em texto

Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
Sistema Educacional Nacional
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Introdução .............................................................................................................................. 4
Breve Análise do Conceito de Sistema ............................................................................. 5
O Sistema Educacional Nacional ....................................................................................... 6
Conselho Nacional de Educação ...................................................................................... 11
Conselho Estadual de Educação .......................................................................................14
Conselho Municipal de Educação .....................................................................................15
Em Síntese .............................................................................................................................18
Atividades de Fixação .........................................................................................................19
Material Complementar..................................................................................................... 25
Referências ........................................................................................................................... 27
Gabarito ................................................................................................................................28
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender a educação nacional e como ela se organiza;
• Analisar o conceito de sistema;
• Refletir a respeito do sistema educacional nacional;
• Entender a importância do conselho nacional, estadual e municipal de 
Educação.
Objetivos da Unidade
4
Introdução
Olá, prezado(a) leitor(a)!
O objetivo principal desta unidade de estudos consiste em compreender a educação nacio-
nal e como ela se organiza. Para isso, o tema central será o Conselho Nacional de Educação, 
em que ele consiste, como é organizado, qual sua estrutura e elementos que o compõem.
Será possível observar que para compreender o Sistema Nacional de Educação é ne-
cessário analisar os conselhos que fazem parte da sua estrutura, que são: Nacional, 
Estadual e Municipal de Educação, bem como quais suas especificidades, de modo 
a se compreender como a educação se constitui e caminha no país.
Dessa forma, o ponto de partida se dará com a análise do conceito de sistema, para 
que, na sequência, seja possível refletir a respeito do sistema educacional nacional 
e suas principais características, ou seja, como ele se estrutura e qual sua finalidade 
para com a educação. Além disso, será de grande valia para essa discussão entender 
a respeito da importância do Conselho Nacional de Educação, bem como os conse-
lhos estaduais e municipais, de tal modo que fique claro a participação de cada um 
para a composição do sistema nacional de educação.
A partir de tais considerações, o convite inicial é para refletir a respeito dos seguintes 
questionamentos:
• O que é o Sistema Nacional de Educação?
• Como ele se constitui?
• Quais as perspectivas para a educação no país, com a organização de um sis-
tema nacional que a organize?
Espera-se que, ao findar os estudos e a leitura dessa Unidade, seja possível responder tais 
questionamentos com maior fundamentação e embasamento teórico sobre o assunto.
Bons estudos!
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual é a importância dos conselhos nacional, estadual e municipal de Educação para 
a estrutura e organização do sistema educacional nacional? Como esses conselhos 
contribuem para a definição de políticas, diretrizes e regulamentações que impac-
tam a educação no país?
5
Breve Análise do Conceito de 
Sistema
Para a compreensão do Sistema Nacional de Educação, é relevante entender, ini-
cialmente, o que é um sistema e em que ele consiste para, posteriormente, analisar 
a constituição de um sistema voltado para a área da educação em âmbito nacional.
Nos deparamos, ao longo da vida, com vários sistemas, em setores e de maneiras 
diversas, muitas vezes, inclusive, desenvolvemos nossos próprios sistemas, como 
estudar, cozinhar, trabalhar e outros. O fato é que a sociedade está formada por 
uma diversidade de sistemas que organizam e regulam aspectos e setores variados, 
como a saúde, o trabalho, a economia, a informática e tantos outros. Além disso, po-
dem haver sistemas que abarcam esferas diferentes como pessoais, institucionais, 
municipais, regionais, estaduais, federais e outros e, ainda, relacionarem-se entre si.
Sendo assim, é possível considerar que os sistemas estão concatenados a elemen-
tos em interação que os compõem. Segundo Saviani (2014, p. 3), a noção de sistema 
está caracterizada por alguns aspectos específicos, a saber: 
a. intencionalidade; b. unidade; c. variedade; d. coerência interna; e. coe-
rência externa”. Dessa forma, o conceito de sistema pode ser considerado 
como “[...] a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos de 
modo que forme um conjunto coerente e operante. 
Fonte: Saviani, 2014, p. 4.
Tais considerações evidenciam que o sistema relaciona-se com a análise, organiza-
ção e ação, para se atingir objetivos comuns aos elementos que o compõem, assim,
Na verdade, um sistema insere-se sempre num conjunto mais amplo do 
que ele próprio; [...] Com efeito, se o sistema nasce da tomada de cons-
ciência da problematicidade de uma situação dada, ele surge como forma 
de superação dos problemas que o engendraram. E se ele não contribuir 
para essa superação terá sido ineficaz [...].
Fonte: Savani, 2014, p. 4.
Atuar para a resolução de problemas, melhorias contínuas em áreas específicas, 
ou mesmo a organização dessas áreas, é parte do que se entende por um sistema 
atuante, visto que, irá buscar ações para se atingir algo concreto com elas.
6
Nessa perspectiva de que os sistemas são múltiplos em suas formas e contextos, ou 
seja, áreas e finalidades, é possível considerar ainda e, segundo Saviani (2014, p. 4), 
que, “por fim, convém acrescentar que a palavra ‘sistema’ assume, também, no uso 
corrente, a conotação de modo de proceder, de forma de organização, maneira de 
arranjar os elementos de um conjunto, o que remete ao aspecto do método”.
Ressalta-se assim, que a diversidade e a intencionalidade possibilitam a existência 
de sistemas diferentes e que os sistemas estão relacionados à organização, méto-
dos e objetivos específicos para cada situação, por exemplo, um sistema de vendas 
de uma empresa pode ser diferente da outra, o sistema de uma casa com sua família 
pode ser diferente da outra, o sistema de ensinar de uma professora pode ser dife-
rente, se comparado ao de outras e assim sucessivamente.
Os sistemas são então importantes ferramentas organizativas que poderão nortear o 
trabalho ou as ações variadas para que se alcance efetivamente os objetivos e melho-
rias esperados.
O Sistema Educacional Nacional
Ao pesquisar a respeito da educação no país não é difícil deparar-se com o termo 
sistema, inclusive de modo equivalente a outros termos, conforme apontamentos de 
Saviani (2014), como o emprego do termo estrutura, por exemplo. Por isso, a necessi-
dade de se compreender bem o significado de sistema e seu uso na práticater a possibili-
dade de assistir aulas, tirar dúvidas, ler e fazer as atividades pelo celular, acaba 
com a barreira geográfica e aproxima o conhecimento de muitas pessoas;
Educação Especial
A educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de 
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-
mento e altas habilidades ou superdotação (Redação dada pela Lei nº 12.796, 
de 2013).
Síntese
A LDB - Lei nº 9394/96 valorizou e reconheceu as modalidades 
de ensino, isso permitiu a aceitação da diversidade na educação.
É importante esclarecer que na LDB nº 9.394/96 são apresentadas apenas três mo-
dalidades de educação: educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional e 
Tecnológica e Educação Especial. Porém, a LDB nº 9.394/96 reconhece outras mo-
dalidades de educação.
15
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma das modalidades da educação:
Vale ressaltar que a LDB/96 reconhece a Educação a Distância, porém, as diretrizes 
e legislações da EaD são regulamentadas por meio de decretos.
O Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Conforme Moran (2002), a “educação a distância é o processo de ensino e aprendi-
zagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espa-
cial e/ou temporalmente”.
Podemos notar que a LDB - Lei nº 9394/1996, normatiza o sistema educacional bra-
sileiro e garante acesso à educação para todos. Essa Lei trouxe mudanças significa-
tivas para a educação no Brasil.
A partir das mudanças na oferta da educação, possibilitadas pela LDB/1996, foi am-
pliada a presença de um novo público, que estava excluído e impossibilitado de cur-
sar a educação formal. A oferta de ensino a esse novo público também provocou 
discussões sobre as mudanças necessárias nas práticas pedagógicas e nos currí-
culos. Diante desse cenário, a “palavra de ordem” passou a ser a capacitação dos 
profissionais e mudanças nos currículos. Faremos uma reflexão sobre essa mudança 
pedagógica nas próximas unidades.
Importante
A modalidade da educação é uma classificação criada a partir 
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 
9.394/96, para algumas formas de educação. Cada modalidade 
de ensino possui uma legislação própria e atende a um público 
específico, conforme a necessidade.
Site
Uma dica para ficar por dentro das mudanças 
que ocorrem nesta Lei é acessar o site oficial.
http://bit.ly/3O7nAcS
http://bit.ly/3O7nAcS
16
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é um marco legal fundamen-
tal para o sistema educacional brasileiro. Sua proposta visa estabelecer as bases e 
diretrizes da educação em consonância com as demandas sociais e pedagógicas.
Contextualizando historicamente, a LDB é resultado de uma série de debates e mo-
vimentos educacionais ao longo do tempo. Desde sua promulgação em 1996, subs-
tituindo a LDB anterior de 1971, a lei passou por diversas alterações para se adequar 
às mudanças na sociedade, na economia e na própria concepção de educação.
Os impactos dessa lei na Educação Básica são amplos e significativos. Ela delineia 
os princípios, os objetivos e as diretrizes que norteiam a educação no país, incluindo 
aspectos como a universalização do ensino, a valorização dos profissionais da edu-
cação, a diversidade e a flexibilização curricular, entre outros pontos.
Além disso, a LDB estabelece a estrutura dos sistemas de ensino, define os níveis 
educacionais (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio) e regulamenta a for-
mação de professores. Ela também promove a autonomia pedagógica e administra-
tiva das escolas, visando à melhoria da qualidade do ensino.
Portanto, a compreensão da LDB vai além de seu texto legal, é a compreensão de 
um instrumento que influencia diretamente a formação dos cidadãos e a configu-
ração do sistema educacional brasileiro, evidenciando a importância de sua análise 
constante e de eventuais atualizações para acompanhar as transformações sociais 
e educacionais do país.
Em Síntese
17
Atividades de Fixação
1 – A Educação Básica é um dos níveis da educação brasileira, com base na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996, que objetiva o desenvol-
vimento do educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e lhe fornecendo meios para progredir no trabalho e em 
estudos subsequentes, devendo ser organizada de acordo com algumas regras em 
comum, determinadas na referida lei. Conforme a LDB nº 9.394/96, a “Educação 
Básica” é formada por:
 
Assinale a alternativa correta.
 
a) Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
b) Educação Infantil e Ensino Fundamental.
c) Ensino Fundamental e Educação Especial.
d) Educação Indígena e Educação no Campo.
e) Ensino Fundamental e Médio.
2 – Flexibilidade e preços acessíveis são algumas das características que têm atra-
ído o público aos cursos de Educação a Distância – EaD, oferecendo cursos das 
diversas áreas do conhecimento e nas diversas habilitações, bacharelados, licen-
ciaturas e tecnólogos. Contudo, para os profissionais da educação, é preciso saber 
utilizar a tecnologia e ter capacidade técnica pedagógica para transformar infor-
mações em conhecimento e proporcionar uma experiência positiva ao educando. 
Sobre a EaD, é correto compreender que:
 
I. As inovações tecnológicas, por si só, são suficientes para garantirem a aprendiza-
gem de qualidade na EAD.
II. Potencializada pela tecnologia, em que alunos e professores estão separados, 
geográfica e/ou temporalmente.
III. A EaD teve avanço significativo no Brasil a partir da LDB nº 9.394/96, quando foi 
reconhecida como modalidade de ensino.
IV. A EaD, diferente do Ensino Presencial, não requer compromisso dos profissionais 
envolvidos nesta modalidade e não há leis que regulamentam essa modalidade.
 
É correto o que se afirma em: 
18
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
3 – A Lei de Diretrizes e Bases é um instrumento regulatório do Sistema de Ensino 
nacional, público ou privado, feita com base nos princípios da Constituição Federal. 
A organização e o funcionamento da educação são definidos a partir dela, estando 
já na sua terceira Lei de Diretrizes e Bases, a Lei nº 9.394/1996. De acordo com a 
referida lei, é correto afirmar sobre a organização da educação nacional que:
 
I. A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica.
II. O Ensino Fundamental é uma modalidade escolar.
III. Deve ser garantida a educação gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade.
IV. Na Educação Nacional, a obrigatoriedade escolar é de 4 a 17 anos.
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV,, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
4 – A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) tem como fim organizar 
a educação brasileira, contudo a sociedade está em contínuo processo de mudan-
ça, assim, os processos educacionais buscam acompanhar essas transformações. 
Antes da atual LDB (9394/1996), foram apresentados dois outros projetos. A res-
peito das duas LDBs apresentadas anteriormente, pode-se afirmar:
 
I - Primeira LDB (Lei nº 4024/1961): organizava a educação em Ensino Pré-Primário; 
Ensino Primário e Ensino Médio, dividido em ginasial e colegial.
II - Segunda LDB (Lei nº 5692/1971): organizada em Ensino Pré-Primário; Primeiro 
grau com 8 anos de duração, e Segundo grau com 3 ou 4 anos de duração.
III - Segunda LDB (Lei nº 5692/1971): as escolas de segundo grau destinavam os 
jovens ao preenchimento de postos de trabalho na indústria, no comércio, nos 
serviços e na agricultura, chamado de Ensino Profissionalizante.
IV - Primeira LDB (Lei nº 4024/1961): o papel do ensino médio era prover uma edu-
cação preparatória ao estágio superior.
 
19
É correto o quese afirma em:
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
5 – No exercício do ensino, alguns princípios devem ser observados e garantidos, 
estes princípios estão presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio-
nal, nº 9394/1996. Analise os princípios relacionados a seguir e assinale com F as 
afirmativas falsas e com V as afirmativas verdadeiras.
( ) Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola.
( ) Unicidade de ideias e de concepções pedagógicas.
( ) Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
( ) Valorização do profissional da educação escolar.
( ) Garantia de padrão de qualidade.
 
Assinale a alternativa correta.
 
a) V, V, F, F e V.
b) V, V, F, V e V.
c) V, F, V, F e F.
d) V, F, F, F e F.
e) V, F, V, V e V.
6 – Modalidades são os formatos como a educação acontece, estão descritas na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB nº 9.394/1996, e representam 
ganhos para a educação pois permite a diversidade do ensino, para os seus diversos 
públicos. A respeito da educação de jovens e adultos, assinale a alternativa correta.
a) É uma modalidade de ensino que visa promover apenas a educação profissional, 
é destinada a alunos que procuram uma formação por meio de aprendizagem 
formal ou não, essa formação pode ser reconhecida e certificada.
b) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram ou não concluíram os estu-
dos nas fases Fundamental e Médio.
c) Nessa modalidade é oferecida a Educação Básica, adequando e organizando a ro-
tina e o calendário escolar, considerando as fases do ciclo agrícola e as condições 
climáticas.
20
d) Tem como objetivo habilitar profissionais nos diversos campos da ciência, tornan-
do-os capazes para a entrada em setores profissionais e os incentivando para o 
desenvolvimento da pesquisa.
e) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram ou não concluíram os estu-
dos nas fases Fundamental e Médio, com idade mínima de 18 anos para ambas as 
fases.
7 – As definições da LDB nº 9.394/1996 organizam e direcionam a promoção da 
educação, sendo ela de dever da família e do Estado, podendo ser ofertada dentro 
das modalidades reconhecidas pela referida lei, buscando o desenvolvimento do 
educando, capacitação para exercício da cidadania e do trabalho. A respeito das 
modalidades de ensino, analise as afirmativas a seguir:
I - São reconhecidas como modalidades de ensino, apenas, a Educação Educação 
Profissional e Tecnológica e a Educação Especial.
II - São reconhecidas como modalidades de ensino a Educação de Jovens e Adul-
tos, Educação Profissional e Tecnológica e Educação Especial.
III - Educação do Campo, Educação indígena, de Negros e Quilombola e Educação 
a distância – EaD são modalidades de ensino.
IV - São modalidades de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV apenas.
e) II, III e IV apenas. 
8 – A democratização do ensino não se trata de repassar uma responsabilidade, 
mas sim de promover uma gestão participativa e um dos meios de se garantir 
bons resultados para educandos e educadores. A respeito da gestão democrática, 
analise as afirmativas:
 
I - A garantia do padrão de qualidade não depende, unicamente, do governo, mas 
também da participação da sociedade.
II - A gestão democrática é um princípio da LDB nº 9.394/1996.
III - Ocorre somente na Infantil e Ensino Fundamental.
IV - A gestão democrática é facultativa.
 
21
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
9 – O acesso à educação e permanência são obrigações do Estado e da família. 
Cabe ao Estado promover a educação pública de acordo com os princípios e as 
regulações presentes na LDB, mas é também responsabilidade da família asse-
gurar que a criança/adolescente tenha acesso a ela na idade adequada, já que a 
educação não visa apenas à preparação para o trabalho, mas também prepara o 
educando para o exercício da cidadania. A respeito do direito público subjetivo de 
acesso à educação, analise as afirmativas a seguir:
 
I - É direito público subjetivo o acesso à Educação Básica a qualquer cidadão.
II - A oferta da educação gratuita às crianças até 05 anos de idade é dever do Esta-
do, mas é obrigatória apenas a partir dos 4 anos de idade, não sendo considera-
do um direito público subjetivo aos menores de 4 anos.
III - É direito público subjetivo o acesso ao Ensino Superior a qualquer cidadão.
IV - O acesso à educação básica, quando não cumprido, não poderá ser reivindicado 
por cidadão comum, mas, apenas, por associação comunitária, organização sin-
dical, entidade de classe ou outra legalmente constituída.
 
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
10 – No Título I da LDB nº 9394/96 trata-se da Educação, das abrangências dos es-
paços onde a educação se desenvolve, disciplinando a educação escolar e deter-
minando sua vinculação ao mundo do trabalho e à prática social. Sobre os espaços 
onde a educação se desenvolve, analise as afirmativas a seguir:
 
22
I - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida fami-
liar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, 
nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações 
culturais.
II - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem apenas nas 
instituições de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, assim como nas 
instituições de Ensino Superior.
III - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem apenas nas 
instituições de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas profis-
sionais técnicas e nas instituições de Ensino Superior.
IV - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem apenas nas 
instituições de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas profis-
sionais técnicas, nas escolas do campo, escolas indígenas, de negros e quilom-
bola e nas instituições de Ensino Superior.
É correto o que se afirma em:
 
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas. 
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
23
Guia Prático da Política Educacional no Brasil
Na obra Guia Prático da Política Educacional no Brasil, Santos apresenta con-
ceitos básicos da política educacional e ainda faz uma análise que possibilita 
o embasamento teórico sobre a legislação educacional. Uma leitura indicada 
para quem quer iniciar os estudos sobre a política educacional.
SANTOS, P. S. M. B. Guia prático da política educacional no Brasil. São Paulo: 
Cengage Learning, 2014.
 
A Nova LDB: Ranços e Avanços
O livro A Nova LDB: Ranços e Avanços proporciona uma leitura crítica sobre 
a LDB - Lei n° 9.394 promulgada em 1996. Demo aborda uma reflexão entre 
a simples aceitação ou rejeição da Lei, uma leitura interessante e importante 
para educadores.
DEMO, P. A Nova LDB: ranços e avanços. São Paulo: Papirus, 2013.
Livros
Material Complementar
Nova escola
A mudança de governo sempre impacta nas mudanças de políticas públicas 
para a educação. Em 2019, houve mudança do Ministro da Educação. 
Acompanhe o Discurso do Ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez e 
as mudanças que podemos esperar.
https://bit.ly/2RVfvsc 
 
Qualidade da educação
Qualidade da educação é uma reflexão que merece sua atenção! Você pode 
ler mais sobre a última pesquisa do INEP e os resultados apresentados em 
2023 sobre a educação brasileira no link:
https://youtu.be/TYTewFFiUSQ?t=6 
Leituras
https://bit.ly/2RVfvsc
https://youtu.be/TYTewFFiUSQ?t=6
24
BEHRENS, M. A. Formação Continuada dos Professores e a Prática Pedagógica. 
Curitiba: Champagnat, 1996.BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: . Acesso em: 
13/12/2023.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996. Brasília, DF: Presidência da República, [2009]. Disponível em: 
. Acesso em: 7/12/2023.
DEWEY, J. Vida e Educação. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.
MORAN, J. M. O que é educação a distância. 2002. Disponível em . Acesso em: 06 jan. 2019.
NEY, A. Política educacional: organização e estrutura da Educação Brasileira. Rio 
de Janeiro: Wak, 2008.
Referências
25
Questão 1
a) Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Justificativa: De acordo com a LDB nº 9.394/96, a Educação Básica é formada pela 
Educação Infantil, pelos Ensino Fundamental e Ensino Médio. As demais afirmativas 
estão incompletas, ou apresentam modalidades de educação.
Questão 2
b) II e III, apenas.
Justificativa: Conforme Moran (2002, p. 1), a “educação a distância é o processo de 
ensino e aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão 
separados espacial e/ou temporalmente”.
Fonte: . Acesso em: 23 fev. 2019.
Podemos notar que a LDB Lei nº 9394/1996 normatiza o sistema educacional brasi-
leiro e garante acesso à educação para todos. Essa lei trouxe mudanças significati-
vas na educação no Brasil.
Estão corretas as afirmativas, pois o Decreto Lei nº 9.057/2017, que regulamenta a 
Educação a Distância, conceitua-a, entre outros aspectos, como modalidade educa-
cional onde há o desenvolvimento de atividades educativas por estudantes e profis-
sionais que estão em lugares e tempos diversos. Esse decreto regula o Artigo 80 da 
LDB nº 9.394/1996 em que cita que a educação a distância – EaD poderá realizar-se 
em todos os níveis e todas as modalidades de ensino, trazendo mudanças à tradicio-
nal oferta de ensino, abrindo oportunidades para mudanças na educação.
Questão 3
d) I, III e IV, apenas.
Justificativa: De acordo com a LDB nº 9.394/96, a Educação Básica é distribuída em 
três fases: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A primeira fase é 
a Educação Infantil, oferecida em creches para crianças de até 3 anos de idade, e pré 
escola para crianças de 4 a 5 anos.
É obrigação do Estado fornecer Educação Infantil gratuita, sendo obrigatório aos 
pais ou responsáveis a matrícula das crianças a partir dos 4 anos de idade, início da 
Educação Básica, que vai até os 17 anos de idade, fim do Ensino Médio.
Artigos da LDB nº 9.394/1996:
Gabarito
26
Art. 4º
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade;
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalida-
de o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da co-
munidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Questão 4
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Justificativa: Conforme apresentado no material estudado, a primeira LDB era or-
ganizada da seguinte maneira:
• Ensino pré-primário;
• Ensino primário;
• Ensino médio: dividido em ginasial (quatro anos) e o colegial (três anos ou mais).
Neste, conforme apresentado no material de estudo, a função dos últimos anos do 
Ensino Médio era de fornecer uma educação preparatória ao estágio superior. A Se-
gunda LDB, Lei nº 5.692/1971, fundiu o Ensino Primário com o Ginásio, constituiu o 
Primeiro Grau com oito anos de duração, obrigatório para as crianças e jovens de 
sete a 14 anos de idade. O Segundo Grau ficou reduzido aos três ou quatro anos do 
antigo Ensino Médio.
Ainda na Segunda LDB, o antigo Ensino Médio foi subordinado à habilitação profis-
sional: a formação de técnicos e auxiliares-técnicos destinados ao preenchimento 
de postos de trabalho na indústria, no comércio, nos serviços e na agricultura passa-
va a ser o objetivo de todas as escolas de segundo grau. Para diminuir as resistências 
dos jovens, o novo ensino foi chamado de profissionalizante.
Questão 5
e) V, F, V, V e V.
Justificativa: Os princípios estão dispostos na LDB nº 9394/1996, no Artigo 3º, nos 
incisos:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; IV - respeito à 
liberdade e apreço à tolerância; VII - valorização do profissional da educação escolar; 
e IX - garantia de padrão de qualidade.
Esses princípios, além dos demais, também foram citados no material de estudo, 
apresentando-se corretos. Está incorreta apenas a afirmativa que diz que as ideias 
e concepções pedagógicas devem ser únicas, contudo a LDB afirma que deve ser 
garantida a pluralidade de ideias e concepções pedagógicas.
 
27
Questão 6
b) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram ou não concluíram os es-
tudos nas fases Fundamental e Médio.
Justificativa: Art. 37. LDB/1996: A educação de jovens e adultos será destinada 
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental 
e Médio, na idade própria.
Conforme material de estudo e a LDB nº 9394/1996, a afirmativa é correta, pois in-
dica qual público pode cursar a Educação de Jovens e Adultos, aqueles que, na idade 
correta, não puderam estudar, sendo para o Ensino Fundamental a idade mínima de 
15 anos e, no Ensino Médio, idade mínima de 18 anos. As demais alternativas são 
incorretas, pois apresentam definições de outras modalidades de ensino.
Questão 7
b) II e III, apenas.
Justificativa:A LDB nº 9.394/1996 apresenta três modalidades de educação: educa-
ção de Jovens e Adultos, Educação Profissional e Tecnológica e Educação Especial, 
porém a LDB nº 9.394/1996 reconhece outras modalidades de educação, sendo elas 
Educação do Campo, Educação Indígena, de Negros e Quilombola e Educação a 
distância – EaD, observadas no Artigo 28 e Decreto nº 9.057/2017, que regulamenta 
o Art. 80 da LDB nº 9394/1996, a respeito da Educação a Distância.
Questão 8
c) I e II, apenas.
Justificativa: “Outro aspecto importante garantido pela referida lei é a garantia do 
padrão de qualidade. Estudante, não podemos esperar que a qualidade da educação 
seja determinada somente pelo governo, a efetivação da qualidade da educação 
depende da participação da comunidade. Veja que o inciso VIII reforça essa respon-
sabilidade quando dispõe sobre a Gestão Democrática”.
A gestão democrática é um princípio que deve ser garantido conforme inciso VIII 
do Artigo 3º da LDB nº 9.394/96, assim como deve ser aplicado no ensino público, 
Educação Básica e Superior, independentemente de nível ou fase escolar, conforme 
Artigos 14 e 56 da LDB.
Questão 9
b) I e II, apenas.
Justificativa: Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público sub-
jetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, or-
ganização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o 
Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo (Brasil, 1996).
28
O texto apresentado pertence à LDB nº 9.394/96, mas também foi citado no mate-
rial de estudo, assim como o Artigo 4º que trata, entre outros aspectos, do dever 
do Estado de promover a Educação Básica, obrigatória e gratuita, a partir dos 4 anos 
até 17 anos de idade. 
Assim, entende-se como direito subjetivo o acesso à Educação Básica, de 4 a 17 anos 
de idade, então, é obrigação do Estado prover e dos pais garantirque os educandos 
estejam matriculados nessa idade. O ingresso de crianças até 3 anos na Educação 
Infantil, e o acesso ao Ensino Superior, apesar de ser provida pelo Estado, não é obri-
gatória a matrícula, não considerando essas fases como direito público subjetivo.
Questão 10
a) I, apenas.
Justificativa: Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvol-
vem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino 
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas mani-
festações culturais.
O artigo primeiro da LDB nº 9394/1996, citado no material de estudo, traz os espa-
ços onde a educação acontece, não sendo limitada apenas à educação formal, mas 
a outros ambientes, como à vida familiar, espaço de onde a criança vem e que, ao 
chegar no ambiente escolar, traz consigo o conhecimento prévio resultante de suas 
relações.
Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
Ensino Fundamental: Diretrizes 
Curriculares Nacionais e Base Nacional 
Comum Curricular
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Características da Sociedade Atual .................................................................................. 4
Ensino Fundamental ............................................................................................................. 5
O Currículo na Educação Fundamental: Diretrizes Curriculares Nacionais ............. 6
Base Nacional Comum Curricular ..................................................................................... 8
Em Síntese .............................................................................................................................17
Atividades de Fixação .........................................................................................................18
Material Complementar.....................................................................................................24
Referências ........................................................................................................................... 26
Gabarito ................................................................................................................................ 27
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender a diferença entre as normas obrigatórias para a Educação Básica 
que orientam o planejamento; 
• Entender o conteúdo mínimo a ser ensinado nas escolas públicas e privadas 
do país;
• Conhecer a importância dessas normas para a Educação Básica.
Objetivos da Unidade
4
Características da Sociedade 
Atual
Nosso foco, neste estudo, será compreender as normas que orientam o planeja-
mento curricular das escolas que ofertam a etapa do Ensino Fundamental.
Antes de começar nosso estudo, é interessante relembrar que a Educação Básica 
é composta pelas etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 
Vamos entender o contexto em que a escola está inserida!
Para atender as características da sociedade atual, são necessárias teorias inova-
doras da educação que enfatizem o envolvimento do aluno no processo educativo. 
Isso implica em práticas pedagógicas que estimulam a análise, a capacidade de re-
flexão, de pesquisa e a necessidade de reconhecer a realidade. Behrens (1996) nos 
diz que o desafio atual dos estudiosos é a superação da fragmentação e reprodução 
do conhecimento.
No contexto educacional do século XXI é urgente e necessário romper o ensino tra-
dicional e fragmentado. O momento exige inovação, ousadia, criatividade. A valoriza-
ção da postura coletiva e não a individual; a valorização das inteligências múltiplas; a 
emoção e a imaginação devem ser tão importantes quanto o conhecimento técnico.
Figura 1 – Educação no século XXI
Fonte: Getty images 
#ParaTodosVerem: imagem exibe uma mão desenhando uma lâmpada com caneta amarela, atrás de um vidro, 
à direita. À esquerda, ícones desfocados de mapas, infográfico, lâmpada, engrenagens. Ao fundo, bancada de 
escritório com computadores e papéis e silhueta de pessoa sentada em frente ao computador diante de uma 
grande janela. Fim da descrição.
5
Veremos, a seguir, que para atender a esse novo perfil do estudante foram neces-
sárias mudanças nas propostas dos currículos para o Ensino Fundamental. Vamos 
saber mais sobre essa etapa da educação.
Ensino Fundamental
O Art. 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, estabelece, 
mediante a redação da Lei nº 11.274/2006, que o Ensino Fundamental é uma etapa 
obrigatória, com duração de 9 (nove) anos, ofertado de forma gratuita nas escolas 
públicas. Inicia-se aos 6 (seis) anos de idade e possui como objetivo a formação 
básica do cidadão. Ainda, estabelece nos seus incisos que:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios 
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da 
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista 
a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e 
valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade 
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Fonte: Brasil, 1996.
A garantia do direito à educação pública e de qualidade, garantido pela 
Constituição Federal de 1988, passa pela formulação e a execução de políticas 
públicas voltadas à educação. Ao poder público, cabe disponibilizar os recursos 
necessários ao planejamento, aos materiais necessários e à formação de profes-
sores e gestores, assim como para a elaboração das diretrizes curriculares que 
nortearão a prática pedagógica.
Vale lembrar que o Ensino Fundamental se divide em:
• Ensino Fundamental 1: 1º ao 5º ano;
• Ensino Fundamental 2: 6º ao 9º ano.
6
Síntese
O Ensino Fundamental é uma etapa importante para a formação 
da vida das crianças e jovens, é nessa etapa, entre os 6 e 14 anos 
que a preparação para a cidadania acontece. A construção de 
conceitos educacionais, habilidades, competências e atitudes 
diárias formam um alicerce para a aprendizagem para a vida e 
para o mercado de trabalho.
A matrícula no Ensino Fundamental deve acontecer aos 6 anos, assim, toda criança 
que tiver 6 anos ou completar 6 anos até 31 de março do ano em que ocorrer a ma-
trícula, deve ser matriculada no Ensino Fundamental. Esse prazo de matrícula causa 
confusão, mas agora você já sabe!
Você deve estar se perguntando: o que é estudado no Ensino Fundamental?
Vamos conferir!
O Currículo na Educação Funda-
mental: Diretrizes Curriculares 
Nacionais
Além do que está proposto na Constituição Federal e na LDB/1996, a Resolução n° 7, 
de 14 de dezembro de 2010, fixa as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental 
de 9 anos.
Importante
Perceba que, primeiro houve a mudança do Ensino Fundamental 
para 9 anos, depois do prazo para que todas as escolas se organi-
zassem, foram implantadas as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Quanto ao currículo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica 
afirmam ser um currículo que possui uma base nacional comum, mas complemen-
tada por cada instituição de ensino que oferece esse nível de ensino, oportunizando 
a formação básica do cidadão em consonância com a suarealidade local, as neces-
sidades apresentadas pelos discentes da instituição, as características da sociedade, 
7
da cultura e da economia, sempre interligadas aos conteúdos que estruturam a base 
nacional comum para o Ensino Fundamental.
Assim, com base no Artigo 15 da Resolução 7/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica, os componentes curriculares obrigatórios para o 
Ensino Fundamental estão divididos, da seguinte forma:
Figura 2 – Componentes Curriculares para o Ensino Fundamental
Fonte: Adaptada de Resolução 7/2010. 
#ParaTodosVerem: infográfico com retângulos interligados por linhas, destacando Componentes Curriculares 
para o Ensino Fundamental. Cada retângulo representa um componente curricular específico, e as linhas co-
nectam esses componentes, indicando suas relações ou interconexões no contexto do currículo do Ensino 
Fundamental. Fim da descrição.
É válido ressaltar que o ensino de História deve contemplar as contribuições das 
diferentes culturas e etnias, no que se refere à formação da população brasileira, 
além da obrigatoriedade do ensino referente à temática da História e Cultura afro-
-brasileira e indígena.
Cabe, também, ao Ensino Fundamental, a alfabetização e o letramento dos alunos 
que ingressam no primeiro ciclo. Entretanto, não significa passar para as crianças 
de seis anos os conteúdos e atividades que eram ministradas para as crianças que 
8
ingressaram aos sete anos no primeiro ano, antes da lei do Ensino Fundamental de 
nove anos. Esses conteúdos deverão ser desenvolvidos de acordo com as necessi-
dades das crianças e respeitando, também, sua faixa-etária. É importante lembrar 
que faziam parte da Educação Infantil.
Como nos anos 1930 reivindicou-se para a educação a função de ‘criar’ 
cidadãos e de reproduzir /modernizar as ‘elites’, no regime militar foi 
atribuído à Educação o ofício de formar o capital humano, moldado pela 
ideologia da segurança nacional. Nos anos de 1990 renova-se o pleito 
da centralidade da educação, mas em termos adequados aos termos de 
elaboração - ou recelebração. Das virtudes do mercado: realidade ines-
capável que aloca recursos e benefícios sob o imperativo da eficiência 
capitalista. Nesse contexto, trata-se de convencer com uso mínimo da 
ação estatal e da força. Trata-se de persuadir e construir novo consenso.
Fonte: Shiroma et al, 2011, p. 13.
Para você que está se preparando e possivelmente irá atuar na educação, conhecer 
e ter um posicionamento crítico sobre as diretrizes curriculares nacionais é funda-
mental, visto que este documento orienta a organização, articula o desenvolvimento 
e a avaliação das propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras.
Site
Leia o conteúdo das Diretrizes Curriculares 
Nacionais – DCNs na íntegra, acesse o QR 
Code.
Além das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), a educação conta com outro docu-
mento, recentemente aprovado e muito importante para a indicação dos conteúdos que 
os alunos devem apreender em cada ano, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Base Nacional Comum Curricular
Você já ouviu falar sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? Este tema 
tem gerado uma discussão nacional, pois algumas pessoas se posicionam contra 
e, a outra parte, a favor. Não vamos entrar na questão polêmica, nosso objetivo é 
compreender a proposta da BNCC.
https://www.gov.br/mec/pt-br/media/etnico_racial/pdf/diretrizes_curriculares_nacionais_para_educacao_basica_diversidade_e_inclusao_2013.pdf
9
A proposta prevê uma nova organização dos conteúdos que devem ser estudados, 
conforme informa o site Movimento pela Base Nacional Comum: “A Base Nacional 
Comum Curricular define os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os 
estudantes brasileiros têm o direito de aprender, ano a ano, durante sua trajetória na 
Educação Básica”. Nesse sentido, a Base prevê o que ensinar. Deixa claro o que cada 
aluno precisa aprender em cada ano escolar.
É importante ressaltar que as DCNs são complementares à BNCC, por isso, conti-
nuam valendo.
Importante
Principal diferença:
• As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs dão a estrutura);
• A Base Nacional Comum Curricular (BNCC detalha os conteú-
dos e competências).
Vamos entender como aconteceu a aprovação da BNCC:
• 2014: a proposta foi divulgada;
• 2015 e 2016: versão 1 – houve uma consulta pública;
• 2016: versão 2 – Debates em seminários por todo o país;
• 2017: versão 3 – Relatório dos seminários foi entregue ao Ministério da Educação 
para revisão e construção da terceira versão;
• 2017: Resolução CNE/CP nº 02 de dezembro de 2017 institui e orienta a im-
plantação de Base Nacional Comum Curricular.
Uma das informações divulgadas no site “Movimento pela Base Nacional Comum” 
refere-se às particularidades regionais, tema de grande debate sobre a BNCC. E 
como ficam as particularidades regionais?
Cada Estado, Município e até as unidades escolares poderão enriquecer, em suas 
propostas curriculares e pedagógicas, o que acharem adequado, de acordo com a 
realidade regional, não deixando, todavia, de garantir o que está na Base Nacional 
Comum. O quadro, a seguir, ilustra como a Base Nacional Comum irá compor os 
currículos locais:
10
De acordo com o Art. 3º da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que 
institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular:
No âmbito da BNCC, competência é definida como a mobilização de 
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cog-
nitivas e socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas 
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo 
do trabalho. 
Fonte: Brasil, 2017.
Conheça as competências propostas pela BNCC, de cada área do conhecimento, 
para o Ensino Fundamental. Note que os verbos indicam as competências que 
devem ser desenvolvidas pelos estudantes, todas indicam ação, isso nos mostra 
muito sobre as competências necessárias para os profissionais e cidadãos para o 
século XXI.
Quadro 1 – Competências para o Ensino Fundamental
I. Linguagens
a. compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e 
cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas 
de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais 
e culturais;
b. conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais 
e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar 
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e 
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva;
c. utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, 
e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos, em diferentes contextos, e 
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos, de forma 
harmônica, e à cooperação;
d. utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem 
o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o 
consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente 
frente a questões do mundo contemporâneo;
11
e. desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas 
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas 
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de 
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, 
com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas;
f. compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação, 
de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) para se comunicar por meio das diferentes linguagens, 
produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e 
coletivos;
II. Matemática
a. reconhecerque a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades 
e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, 
bem como uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas 
científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive 
com impactos no mundo do trabalho;
b. identificar os conhecimentos matemáticos como meios para 
compreender e atuar no mundo, reconhecendo também que a Matemática, 
independentemente de suas aplicações práticas, favorece o desenvolvimento 
do raciocínio lógico, do espírito de investigação e da capacidade de produzir 
argumentos convincentes;
c. compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes 
campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e 
Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto 
à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, 
desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções;
d. fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos 
presentes nas práticas sociais e culturais, de modo que se investigue, organize, 
represente e comunique informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las 
crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes;
e. utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais 
disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras 
áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados;
12
f. enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo situações 
imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, 
expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros 
e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua 
materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas e 
dados);
g. agir individual ou cooperativamente com autonomia, responsabilidade e 
flexibilidade, no desenvolvimento e/ou discussão de projetos, que abordam, 
sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, 
democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões 
de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza;
h. interagir com seus pares, de forma cooperativa, trabalhando coletivamente 
no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a 
questionamentos, bem como na busca de soluções para problemas, de 
modo que se identifique aspectos consensuais ou não na discussão de 
uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e 
aprendendo com eles.
III. Ciências da Natureza
a. compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano e o 
conhecimento científico como provisório, cultural e histórico;
b. compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências 
da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da 
investigação científica, de forma que se sinta, com isso, segurança no debate 
de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do 
trabalho, além de continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva;
c. analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos 
relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como 
também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade 
para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) 
com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza;
d. avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da 
ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo 
contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho;
13
e. construir argumentos com base em dados, evidências e informações 
confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista, que respeitem e 
promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, 
acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem 
preconceitos de qualquer natureza;
f. utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e 
comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir 
conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza, de forma 
crítica, significativa, reflexiva e ética;
g. conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-
se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, 
recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias
h. agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos 
das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-
tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com 
base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
IV. Ciências Humanas
a. compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de maneira que se 
exercite o respeito à diferença, em uma sociedade plural, além de promover os 
direitos humanos;
b. analisar o mundo social, cultural e digital, e o meio técnico-científico 
informacional, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, 
considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir 
em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo 
contemporâneo;
c. identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza 
e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações 
que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de forma 
que participe efetivamente das dinâmicas da vida social, exercitando 
a responsabilidade e o protagonismo, voltados para o bem comum, e a 
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
14
d. interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas, com relação a si 
mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de 
investigação das Ciências Humanas, promovendo, com isso, o acolhimento e 
a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, 
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza;
e. comparar eventos ocorridos, simultaneamente, no mesmo espaço e em 
espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo 
espaço, e em espaços variados;
f. construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, 
para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os 
direitos humanos e a consciência socioambiental;
g. utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, e diferentes 
gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação, no 
desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal, relacionado à localização, 
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
V. Ensino Religioso
a. conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos 
religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, 
estéticos e éticos;
b. compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de 
vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios;
c. reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto 
expressão de valor da vida;
d. conviver com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, 
convicções, modos de ser e viver;
e. analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da 
política, da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente;
15
f. debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de 
intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo que se 
assegure assim os direitos humanos no constante exercício da cidadania eda 
cultura de paz. 
§1º As Áreas do Conhecimento favorecem a comunicação entre os saberes 
dos diferentes componentes curriculares, intersectam-se na formação dos 
alunos, mas preservam as especificidades de saberes próprios construídos e 
sistematizados nos diversos componentes; 
§ 2º O Ensino Religioso, conforme prevê a Lei nº 9.394/1996, deve ser oferecido 
nas instituições de ensino e redes de ensino públicas, de matrícula facultativa 
aos alunos do Ensino Fundamental, conforme regulamentação e definição dos 
sistemas de ensino.
Fonte: Brasil, 2017. 
Site
Acesse o site, a seguir, e leia a Resolução da 
BNCC na íntegra! 
Esse tema é considerado novo, sendo assim, muitas dúvidas ainda são comuns. 
Muitos profissionais estão procurando informações para compreender os impactos 
e as potencialidades da BNCC no cotidiano escolar.
Importante
Esse tema é considerado novo, sendo assim, muitas dúvidas 
ainda são comuns. Muitos profissionais estão procurando infor-
mações para compreender os impactos e as potencialidades da 
BNCC no cotidiano escolar.
A BNCC precisa causar mudança, esse é o objetivo principal do documento, mudan-
ça nas práticas pedagógicas, na forma de conceber a educação e na formação de 
professores. É impossível haver uma mudança tão grande nos objetivos da educa-
ção mediante a mesma formação de professores.
https://normativasconselhos.mec.gov.br/normativa/pdf/CNE_RES_CNECPN22017.pdf
16
Saiba Mais
A BNCC propõe uma grande mudança 
para o Ensino Fundamental. Essa mudan-
ça terá impacto direto na formação de 
professores, afinal, os professores são os 
principais agentes de transformação da 
educação. Nesse sentido, já existe um 
movimento do MEC para alterar a pro-
posta curricular dos cursos de formação 
de professores. Ainda ficou com dúvidas 
sobre a BNCC? Acesse o site e entenda 
mais sobre o tema!
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/22/propostas-em-lingua-portuguesa-da-bncc-focam-na-gramatica-e-nos-generos-digitais
17
A compreensão das normas obrigatórias para a Educação Básica é fundamental 
para orientar o planejamento educacional no Brasil. Essas diretrizes estabelecem o 
conteúdo mínimo a ser ensinado nas escolas públicas e privadas, assegurando um 
padrão de qualidade e uniformidade no ensino.
Essas normas, ao definirem os currículos e conteúdos pedagógicos, garantem a uni-
versalização do acesso ao conhecimento e promovem a equidade educacional. Elas 
contribuem para uma base comum de aprendizagem, independentemente da re-
gião ou instituição de ensino, assegurando que todos os estudantes tenham acesso 
a determinados saberes essenciais.
Além disso, essas diretrizes são importantes instrumentos para garantir a forma-
ção integral dos estudantes, contemplando não apenas os aspectos cognitivos, mas 
também socioemocionais e éticos. Elas proporcionam uma visão ampla e abrangen-
te do que se espera que os alunos aprendam em cada etapa da Educação Básica.
Portanto, compreender e seguir essas normas é imprescindível para garantir a qua-
lidade e a coerência do ensino oferecido em todo o país, permitindo a construção 
de uma base sólida para o desenvolvimento educacional e social dos estudantes 
brasileiros.
Em Síntese
18
1 – A Base Nacional Comum Curricular – BNCC é um documento previsto pela Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Básica, LDB nº 9.394/1996, não é uma ação de 
um governo específico, mas é uma ação do Estado e em sua formação envolveu 
vários especialistas e muitos debates até chegarmos ao documento atual. Após a 
reflexão sobre a BNCC, leia as assertivas e assinale a alternativa correta:
I. Com a BNCC será mais fácil entender por que é necessário estudar determinado 
conteúdo.
II. A BNCC foi concluída em 2015.
III. A BNCC vai orientar a formulação do projeto Político Pedagógico das escolas.
IV. Entender o real significado e participar da construção da BNCC é direito e dever 
de todos.
 
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
2 – A qualidade no ensino é amplamente discutida por educadores, pesquisadores, 
família e sociedade. Porém o processo inicial para promover o ensino de qualidade 
é compreender a finalidade social da escola. Sobre a finalidade social da educa-
ção, é correto afirmar que:
 
I. A educação deve preparar para o consumismo do século XXI.
II. A educação deve promover o indivíduo, e não apenas ajustá-lo à sociedade em 
que vive.
III. A educação deve preparar os alunos para a fluência tecnológica.
IV. A Educação Básica deve preparar os jovens para o vestibular, e a Educação Supe-
rior preparar para o mercado de trabalho. 
Atividades de Fixação
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Está(ão) correta(s):
 
a) II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
3 – Os anos finais do Ensino Fundamental são desafiadores para educadores e alu-
nos nessa fase, pois estão entre a infância e a adolescência, uma fase reconhecida 
por mudanças. Sobre a atuação do educador nos anos finais do Ensino Fundamen-
tal, considere as afirmativas a seguir:
 
I. Nessa fase, é necessário que o educador esteja disponível a compreender e con-
versar de acordo com as formas de expressão dessa faixa etária.
II. Reconhecer o potencial de comunicação do universo digital e constituir métodos 
de promoção da aprendizagem.
III. Desnaturalizar a violência, seja ela de qual forma for.
IV. Contribuir para a construção do projeto de vida dos educandos.
 
Está(ão) correta(s):
 
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
4 – O Ensino Fundamental é uma etapa importante da Educação Básica, de cará-
ter obrigatório e com duração de 9 anos, tendo como objetivo geral a formação 
básica do cidadão, possível por meio do desenvolvimento de algumas capacida-
des do educando já pré-definidas pela LDB, nº 9.394/96. Analise as capacidades/
ações relacionadas a seguir e assinale com F as afirmativas falsas e com V para as 
verdadeiras: 
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( ) Desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição 
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
( ) Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, 
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
( ) Constituir diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para inser-
ção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da so-
ciedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
( ) Fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de 
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
( ) Desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o ple-
no domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
 
Assinale a alternativa correta.
 
a) V, V, F, F, V.
b) V, V, F, V, V.
c) V, F, V, F, F.
d) V, F, F, F, F.
e) V, F, V, V, V.
5 – Oriunda da Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares Nacionais orien-
tam o que deverá ser estudado na Educação Básica para cada etapa e modalidade. 
A respeito das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, ana-
lise as afirmativas a seguir:
 
I. São divididas nas seguintes áreas do conhecimento: Linguagens; Matemática; 
Ciências da Natureza; História e Geografia.
II. Oportuniza a formação básica do cidadão em conformidade com a sua realidade 
local, permitindo ser complementada por cada instituição que oferece esse nível 
de ensino.
III. Cabe a essa etapa a alfabetização e o letramento dos alunos que entraram no 
primeiro ciclo, desenvolvendo conteúdos de acordo com a faixa etária e neces-
sidades das crianças.
IV. As Diretrizes Curriculares Nacionais determinam o que o educando deve apren-
der ano a ano.
 
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
21
6 – A BaseNacional Comum Curricular (BNCC) é um documento aplicado, exclu-
sivamente, à educação escolar, tanto a instituições públicas como privadas, em 
que são determinados os conteúdos a serem abordados nas etapas compreendi-
das por esse documento. A respeito da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 
considere as afirmativas a seguir:
 
I. Regulamenta os conteúdos mínimos que devem ser abordados nos dois níveis da 
Educação Básica e Superior.
II. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCN) são documentos independentes e não se relacionam.
III. Ao implementar a BNCC, ocorrem mudanças nas seguintes políticas educacio-
nais: elaboração dos currículos locais, formação inicial e continuada dos profes-
sores, material didático, avaliação e apoio pedagógico aos alunos.
IV. Determina os conteúdos mínimos que devem ser abordados ano a ano nas insti-
tuições de ensino público e privado, com possível adequações de acordo com o 
contexto e características dos alunos e realidade regional.
 
Está(ão) correta(s):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
7 – O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da educação básica, com nove anos 
de duração. Nesse período, o educando passa por diversas mudanças comporta-
mentais, físicas, cognitivas, sociais, entre outros aspectos, demonstrando grande 
desafio definir um currículo para essa etapa. A respeito do Ensino Fundamental, 
considere as afirmativas a seguir:
 
I. Etapa da Educação Básica que se inicia aos 6 anos de idade.
II. Divide-se em Ensino Fundamental 1: 1º ao 5º ano, e Ensino Fundamental 2: 6º ao 
9º ano.,
III. É obrigatória a matrícula, no Ensino Fundamental, de crianças a completar 6 anos 
até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.
IV. Para cada área de conhecimento do Ensino Fundamental, são definidas compe-
tências que deverão ser desenvolvidas pelos estudantes.
 
Está(ão) correta(s):
22
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
8 – É a partir da Base Nacional Comum Curricular que as redes de ensino desen-
volverão os currículos, atentando-se para as áreas de conhecimento e as devidas 
competências necessárias. A respeito dos componentes compreendidos na área 
de Linguagens, assinale a alternativa correta:
a) Língua Portuguesa, Língua Materna para Populações Indígenas, Língua Estrangei-
ra Moderna, Arte e Educação Física.
b) Língua Portuguesa, Língua Materna para Populações Indígenas, Língua Estrangei-
ra Moderna e Arte.
c) Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação Física.
d) Língua Portuguesa e Língua Estrangeira Moderna.
e) Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna e Arte.
9 – As áreas de conhecimento citadas na DCN 07/2010 e BNCC elencam compe-
tências dentro das referidas áreas que deverão ser alcançadas pelos alunos. Assim, 
competência é definida pela resolução CNE/CP nº 2/2017 como:
a) Mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver de-
mandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo 
do trabalho.
b) Aplicação de conhecimentos teóricos nas relações de trabalho e pesquisa nas 
diversas áreas do conhecimento.
c) Utilização de diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem 
o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o con-
sumo responsável.
d) Enfrentamento de situações-problema em múltiplos contextos, incluindo situa-
ções imaginadas, não diretamente relacionadas ao aspecto prático utilitário.
e) Interpretação e expressão de sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si 
mesmo, aos outros e às diferenças culturais, promovendo o acolhimento e a valo-
rização da diversidade.
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10 – A sociedade está em constante transformação, refletindo também na sala de 
aula, nos comportamentos dos educandos, posturas, características e outros de-
safios. Sobre as características da sociedade atual quanto à educação, considere 
as afirmativas a seguir:
 
I. A superação da fragmentação e reprodução do conhecimento representam de-
safios dos estudiosos da sociedade.
II. A valorização da postura coletiva e não individual, a valorização das inteligências 
múltiplas, a emoção e imaginação, são, atualmente, mais importantes que o co-
nhecimento teórico.
III. É necessária a execução de teorias inovadoras que enfatizam o envolvimento do 
aluno no processo educativo, implicando práticas pedagógicas que estimulam a 
análise, a capacidade de reflexão, de pesquisa e a necessidade de reconhecer a 
realidade.
IV. O conhecimento teórico é importante, porém o momento exige inovação, ousa-
dia e criatividade.
 
Está(ão) correta(s): 
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
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A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fomentar o Apren-
dizado Ativo
As Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular 
apontam a necessidade de práticas pedagógicas inovadoras e novas compe-
tências. O livro “A Sala de Aula Inovadora: Estratégias Pedagógicas para Fo-
mentar o Aprendizado Ativo” é uma ótima opção para romper o clássico regi-
me de aulas expositivas, que dá lugar às metodologias ativas, que colocam o 
aluno como protagonista da aprendizagem e desenvolvem competências de 
forma criativa e reflexiva para a resolução de problemas.
CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas 
para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre, RS: Penso, 2018.
Livro
Material Complementar
Movimento pela Base Nacional Comum
Você quer saber mais sobre a BNCC na prática? Acesse o site, escolha uma 
área de atuação (secretaria, gestão ou coordenação) e fique por dentro!
https://movimentopelabase.org.br/
Site
Principais Mudanças na Educação Fundamental
Entenda as principais mudanças que a BNCC propõe para a Educação Fun-
damental:
https://bit.ly/2Eyjszm 
Vídeo
https://movimentopelabase.org.br/
https://bit.ly/2Eyjszm
25
Base Comum de Formação de Professores da Educação Básica ao Conselho 
Nacional de Educação (CNE)
Depois da aprovação da BNCC para a Educação Básica, o MEC entregou, em 
dezembro de 2018, uma proposta de Base Comum de Formação de Profes-
sores da Educação Básica ao Conselho Nacional de Educação (CNE).
“A proposta de base apresentada pelo MEC pretende revisar as diretrizes dos 
cursos de pedagogia e das licenciaturas para colocar foco na prática da sala 
de aula, no conhecimento pedagógico do conteúdo e nas competências pre-
vistas na BNCC da Educação Básica”, explicou o Ministro da Educação, Ros-
sieli Soares (Brasil, 2018).
https://bit.ly/2TcTVnH 
Leituras
https://bit.ly/2TcTVnH
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BEHRENS, M. A. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. 
Curitiba: Champagnat, 1996.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de de-
zembro de 1996. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017. Institui e orienta a im-
plantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao 
longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Diário 
Oficial da União, Brasília, 22 de dezembro de 2017, Seção 1, pp. 41 a 44. Disponível 
em: . Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares 
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove) anos. Diário Oficial da União, 
Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
FUNDAÇÃO LEMANN. O que é a BNCC? Entenda os detalhes desta política educa-
cional e o que ela muda na educação. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
SHIROMA et al. Avaliação e responsabilização pelos resultados: atualizações nas 
formas de gestão de professores. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 29, n. 1, 127-160, 
jan./jun. 2011 Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
Referências
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Questão 1
d) I, III e IV, apenas.
Justificativa: A BNCC determina 10 competências essenciais ao educando, e tam-
bém competências específicas que vêm das 5 áreas em que são divididos os conte-
údos, a partir disso são distribuídos ano a ano, os conteúdos essenciais ao educando, 
sendo possível compreender porque estudar tal conteúdo.
A partir da BNCC, as redes de ensino e escolas constituirão seus currículos e pro-
jetos políticos, sendo possível adequar e enriquecer os conteúdos. A construção da 
BNCC começou em 2014 e foi concluída em 2017, já em sua terceira versão. Nesse 
processo, participaram especialistas, educadores, pesquisadores, políticos e organi-
zações da sociedade civil, a partir de muitos debates. Desse modo, entende-se que 
a participação da sociedade na elaboração do documento foi essencial, assim como 
é direito e dever da sociedade participar e compreender o seu significado.
Questão 2
a) II, apenas.
Justificativa: “Nesse contexto, a BNCC afirma, de maneira explícita, o seu com-
promisso com a educação integral. Reconhece, assim, que a Educação Básica deve 
visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender 
a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões 
reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão 
afetiva” (BRASIL, 2017). 
Conforme fragmento retirado da Base Nacional Comum Curricular, a educação tem 
como fim promover o desenvolvimento do aluno em todas as áreas, sem visão re-
ducionista e limitante.
Questão 3
e) Todas as assertivas estão corretas.
Justificativa: Além de conteúdos curriculares, a BNCC aponta posturas que as ins-
tituições de ensino, educadores e envolvidos devem apresentar. A respeito dos anos 
finais do Ensino Fundamental, há muitos desafios que exigem do educador meto-
dologias para superá-los e evitar o fracasso escolar, estar disponível a compreender 
e conversar de acordo com as formas de expressão dessa faixa etária, reconhecer 
o potencial de comunicação do universo digital e constituir métodos de promoção 
da aprendizagem, desnaturalizar a violência, seja ela de qual forma for e contribuir 
para a construção do projeto de vida dos educandos, são algumas dessas posturas 
apresentadas na BNCC. 
Gabarito
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Questão 4
b) V, V, F, V, V.
Justificativa: As capacidades que o educando deve desenvolver no Ensino Funda-
mental, objetivando a formação básica do cidadão, por meio da ação educacional 
estão presentes no Artigo 32, da LDB nº 9.394/96, citado também no material de 
estudo. Segue:
Art. 32. O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito 
na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a forma-
ção básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o ple-
no domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, 
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição 
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e 
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Questão 5
b) II e III, apenas.
Justificativa: “Quanto ao currículo, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a 
Educação Básica afirmam ser um currículo que possui base nacional comum, mas 
complementada por cada instituição de ensino que oferece esse nível de ensino, 
oportunizando a formação básica do cidadão em consonância com a sua realidade 
local, as necessidades apresentadas pelos discentes da instituição, as características 
da sociedade, da cultura e da economia, sempre interligadas aos conteúdos que 
estruturam a base nacional comum para o Ensino Fundamental”.
Fonte: .
“Cabe também ao Ensino Fundamental a alfabetização e o letramento dos alunos 
que ingressam no primeiro ciclo, entretanto não significa passar para as crianças 
de seis anos os conteúdos e atividades que eram dadas para as crianças que in-
gressavam com sete anos no primeiro ano, antes da lei do Ensino Fundamental de 
nove anos, portanto, esses conteúdos deverão ser desenvolvidos de acordo com as 
necessidades das crianças e respeitando, também, sua faixa-etária, lembrando que, 
até então, faziam parte da Educação Infantil”.
Fonte: .
29
Como apresentado no material de estudo, as diretrizes curriculares têm como um 
de seus fundamentos a promoção do ensino, considerando as características dos 
estudantes dos diferentes contextos culturais e sociais, assim como permitem a 
complementação do ensino, com o objetivo de enriquecer o currículo. No Artigo 30, 
da Resolução nº 7, de 2010, é exigida a alfabetização e o letramento nos três primei-
ros anos do Ensino Fundamental, garantindo a continuidade da aprendizagem neste 
ciclo, justificando as alternativas corretas.
Questão 6
c) III e IV, apenas.
Justificativa: Conforme apresentado no material estudado, a BNCC apresenta os 
conteúdos obrigatórios mínimos, podendo ser enriquecidos e adequados conforme 
a região, pois o objetivo principal da BNCC é garantir que todos tenham a formação 
essencial para sua idade, independentemente da região, ou se está matriculado no 
ensino público ou particular. Quanto às mudanças ocorridas a partir da implemen-
tação da BNCC, acontecem devido ao objetivo de alinhamento das políticas educa-
cionais, nos âmbitos federal, estadual e municipal.
Questão 7
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Justificativa: Conforme apresentado no material de estudo e Artigo 8º da Diretriz 
Curricular Nacional nº 07/2010, o Ensino Fundamental tem duração de 9 anos, dos 6 
aos 14 anos, ou para os educandos que não tiveram acesso na idade certa. É obriga-
tória a matrícula de crianças com 6 anos completos ou que completarem até o dia 31 
de março do ano em que ocorrer a matrícula. Ainda, segundo o material, esse ensino 
divide-se em dois ciclos, Fundamental I e Fundamental II, sendo o primeiro ciclo do 
1º ao 5º ano, e o segundo ciclo do 6º ao 9º ano.
O Ensino Fundamental é dividido em 5 áreas de conhecimento: Linguagens; Mate-
mática; Ciências da Natureza; Ciências Humanas e Ensino Religioso, sendo organi-
zadas em competências que o aluno deverá desenvolver dentro de cada área.
Questão 8
a) Língua Portuguesa, Língua Materna para Populações Indígenas, Língua Estran-
geira Moderna, Arte e Educação Física.
Justificativa: Conforme o Artigo 15 da DCN 07/2010, apresentado também no ma-
terial de estudo, a área de linguagens é organizada em Língua Portuguesa, Língua 
Materna para Populações Indígenas,Língua Estrangeira Moderna, Arte e Educação 
Física. Já que a área de linguagens não compreende apenas a linguagem verbal, mas 
também a linguagem corporal, visual, sonora e digital.
30
Questão 9
a) Mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver de-
mandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo 
do trabalho.
Justificativa: A competência é definida no art. 3º da Resolução CNE/CP nº 2, de 22 
de dezembro de 2017:
No âmbito da BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimen-
tos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocio-
nais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do 
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
As demais alternativas apresentam-se incorretas por apresentarem competências 
das áreas de conhecimento em que a BNCC é dividida.
Questão 10
d) I, III e IV, apenas.
Justificativa:Behrens (1996) nos diz que o desafio atual dos estudiosos é a supe-
ração da fragmentação e reprodução do conhecimento. Quando se fala em frag-
mentação do conteúdo, trata-se da falta de interdisciplinaridade cujos ramos do 
conhecimento relacionam-se e melhoram o processo de ensino-aprendizagem. O 
educador deve atentar-se, também, em como pode melhorar o processo de ensino-
-aprendizagem, como pode tornar o conhecimento atrativo aos educandos e con-
tribuir para que sejam cidadãos capazes de refletir, interpretar, analisar, pesquisar e 
reconhecer a realidade em que vivem.
Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
A Diversidade na Educação Escolar
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Introdução .............................................................................................................................. 4
Aspectos Gerais da Diversidade ........................................................................................ 4
Diversidade, Legislação e Educação ................................................................................. 9
Educação Especial e Diversidade .....................................................................................15
Em Síntese .............................................................................................................................21
Atividades de Fixação ........................................................................................................ 22
Material Complementar..................................................................................................... 29
Referências ............................................................................................................................31
Gabarito ................................................................................................................................ 33
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
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zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender em que consiste a diversidade na sociedade atual;
• Analisar a diversidade com foco na escolarização;
• Refletir a respeito das legislações no que tange a diversidade;
• Estabelecer relações entre a diversidade e a Educação Especial.
Objetivos da Unidade
4
Introdução
Caro(a) leitor(a)!
Mais uma Unidade de estudos se inicia e a temática a ser trabalhada neste momento 
será a diversidade e a Educação Especial. Antes de prosseguir com os estudos, reflita 
sobre o tema e pontue aquilo que você considera ser diversidade na sociedade atual.
Entender o conceito de diversidade é de extrema importância. Para tanto, esses es-
tudos levarão à compreensão de que em tempos anteriores a diversidade não era um 
tema tratado tal como é hoje. Isso se deve principalmente pelas discussões acerca 
do preconceito existente ao longo da história.
Para além das discussões do termo diversidade, e seu significado social, será pos-
sível verificar também, a questão da diversidade e da educação escolar, mas espe-
cificamente a respeito da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, inferindo 
quais aspectos essa lei agrega para a discussão sobre a diversidade na educação.
Para além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, outras 
tantas leis foram instituídas, muitas delas inseridas no próprio texto da LDB em prol 
da construção de uma sociedade mais justa frente às diversidades que possui.
Uma vez estudado tais aspectos da diversidade, chegará o momento de contex-
tualizá-la com a educação especial, a inclusão e o reflexo disso para os alunos e 
a comunidade como um todo. Nesse contexto, será analisada a educação para a 
diversidade, mais especificamente no âmbito da educação especial.
Boa leitura e bons estudos!
 
Aspectos Gerais da Diversidade
Para que o estudo envolto à diversidade surta efeito é importante que seu signi-
ficado seja analisado em relação ao de vários outros termos que o cercam e que, 
até certo ponto, estão diretamente relacionados a ele. Isso significa que não seria 
tão significativo estudar a diversidade de modo isolado, até porque como o próprio 
nome sugere é diverso, múltiplo de significados e considerações.
Por esse e outros motivos, aliado ao termo diversidade, se faz relevante analisar ain-
da que brevemente, conceitos de diferença, desigualdade, igualdade e equidade. 
O que cada um desses termos significa e qual sua relação com a diversidade será 
verificado ao longo desse texto.
5
A diversidade tal como se discute na atualidade, como algo próprio das sociedades, 
da vida em grupo, bem como da globalização que possibilitou maior troca de sabe-
res entre as pessoas em todo o mundo, nem sempre foi percebida dessa forma.
Por muito tempo, a diversidade, característica das diferenças, era vista como algo 
negativo e se munia do preconceito e sensação de superioridade de determinados 
grupos que se julgavam “iguais”. Segundo Paula (2013, p. 20),
A história apresenta exemplos de violências cometidas contra os dife-
rentes: as “minorias”, como negros, mulheres, crianças e idosos etc. Essa 
diferença ao ser traduzida como desigualdade, tem proporcionado e jus-
tificado práticas cada vez mais violentas.
A desigualdade traz evidências de uma sociedade deficiente quanto ao senso de 
justiça. Enquanto poucos têm grande oportunidades, a maioria fica à mercê da sor-
te e de oportunidades que possam não aparecer, e isso não deve ser visto como 
algo comum, uma vez que uma sociedade mais justa traz a possibilidade de maior 
igualdade e menos discriminações. Tais aspectos, característicos do preconceito, 
levaram e ainda levam pessoas ao sofrimento e à exclusão. Além disso, é válido que 
se repense a diferença como algo negativo, visto que as pessoas não são iguais e, 
sim, diferentes. Assim, o que for comum a um grupo não é e não deve ser motivo 
para desmerecer ou discriminar outro. 
Em meio à complexidade é que nos constituímos. Somos semelhantes 
como humanos, pois descendemos de um tronco comum e, ao mesmo 
tempo, muito diferentes nas realizações e construções históricas, cultu-
rais e sociais. Somos desafiados pela experiência humana a conviver com 
as diferenças, mas ainda demonstramos dificuldades nessa coexistência.
Fonte: Paula, 2013, p. 25.
A sociedade é múltipla e as diversidades que a compõem não contemplam somen-
te raça ou classe social, mas uma série de fatores que a torna diversa em muitos 
sentidos. Nesse contexto, é possível destacareducativa.
Nesse contexto, é possível se deparar com sistemas estaduais e municipais de ensi-
no, sistema público e privado, sistema de ensino básico e superior, sistema de ensino 
de determinada instituição e tantas outras situações e abrangência em que o termo 
pode ser empregado. Mediante o documento-referência da Conferência Nacional 
da Educação (CONAE, 2010, p. 10),
Glossário
Para se ter um sistema é necessário observações da realidade 
embasada em teorias que possibilitem um plano com objetivos 
definidos a serem alcançados, dessa forma e a respeito do as-
sunto, reflita: 
“‘Sistema’ é uma organização objetiva resultante da atividade siste-
matizadora que se dirige à realização de objetivos coletivos. É, pois, 
um produto da práxis intencional coletiva” (Saviani, 2014, p. 10).
7
[...] historicamente, o termo Sistema Nacional de Educação é utilizado, 
quase sempre, de forma equivocada: ora como conjunto de “coisas” (es- 
colas, níveis ou etapas de ensino, programas pontuais e específicos, nível 
de administração pública etc.), ora como uma forma de agrupar seme-
lhanças, cuja lógica funcionalista lhe dá sentido. Ambas as formas não 
atendem ao princípio básico para a implantação de um Sistema Nacional 
de Educação.
É de grande valia compreender que os sistemas de educação no país são tidos de 
maneira múltipla e plural. Isso se deve, em parte, pela confusão do termo, emprega-
do em várias situações e com sentidos diversos, e também pela grande diversidade 
existente entre os vários estudantes em todo o país, que impossibilita um sistema 
único de ensino nacional.
Aspectos como a cultura, as realidades locais, os hábitos, as crenças, o acesso à tec-
nologia, o perfil de estudantes e outros itens, impactam diretamente na forma como 
o ensino caminha. Por isso, a necessidade de se considerar as particularidades exis-
tentes em cada região, de modo a possibilitar um ensino igualmente diversificado, 
inclusivo, de qualidade e significativo para os estudantes em todo o país dependerá 
de um suporte em partes comum para todos e em partes adaptado para a realidade 
local, de forma que a qualidade almejada se efetive por todo o território.
Ao considerar brevemente esse aspecto, desde o significado do sistema até sua 
aplicabilidade na educação, é possível observar, mediante contribuições de Saviani 
(2014, p. 10), que:
O produto intencional e concreto de uma práxis intencional coletiva, eis 
o que está sendo denominado “sistema”. Vê-se, pois, que a teoria não faz 
o sistema; ela é apenas uma condição necessária para que ele se faça. 
Quem faz o sistema são os homens quando assumem a teoria na sua 
práxis. E quem faz o sistema educacional são os educadores quando as-
sumem a teoria na sua práxis educativa [...].
O sistema educacional, nesse pensar, corresponde a ação educativa intencional, pla-
nejada e com objetivos claros, que tem por base a teoria, contudo, se efetiva com a 
reflexão dessa teoria sistematizada e problematizada com a prática. Esse processo 
precisa ocorrer em várias esferas, dentre elas a federal, estadual e municipal. Para 
além delas, a própria reflexão e adaptação às propostas previamente pensadas e 
contidas nos sistemas de ensino existentes por parte dos docentes que as executa-
rão mantendo a máxima qualidade dos processos de ensino estabelecidos para cada 
etapa de aprendizagem dos alunos.
8
Saiba Mais
Embora as discussões mais voltadas à prática efetiva de um 
Sistema Nacional de Educação sejam bem recentes, é oportuno 
destacar aqui, que as discussões envoltas a essa temática vêm 
ganhando espaço desde o manifesto dos pioneiros em 1932, 
estando também previstas na Constituição Federal, na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional e mais recentemen-
te nas Conferências Nacionais da Educação (CONAE), 2010 e 
2014, assim como no Plano Nacional de Educação em vigor e 
possui na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a ser imple-
mentada, um grande passo para sua efetivação.
Mas em que consiste o Sistema Nacional de Educação?
Considera-se inicialmente que, para a existência de um sistema educacional, tam-
bém é necessário a existência de uma ação sistematizada voltada para a educação, 
de tal modo que possa efetivamente promover o desenvolvimento do saber para 
que atenda as demandas e, para além disso, tenha um planejamento e objetivos 
claros, frente às necessidades e potencialidades percebidas, assim como possibilite 
a eficácia do aprendizado significativo.
Fomentar uma educação que compreenda um sistema harmônico no âmbito da 
qualidade de seus processos requer vários cuidados. Conforme Saviani (2014, p. 12),
[...] o homem é capaz de educar de modo sistematizado quando:
a) toma consciência da situação (estrutura) educacional;
b) capta os seus problemas;
c) reflete sobre eles;
d) formula-os em objetivos de termos realizáveis;
e) organiza meios para alcançar os objetivos;
f) instaura um processo concreto que os realiza;
g) mantém ininterrupto o movimento dialético ação-reflexão-ação.
9
O sistema de educação precisa levar em conta todas as particularidades que o ro-
deia, a fim de que possa ocorrer de modo sistematizado com a realidade, sem deixar 
de considerar os aspectos pedagógicos da aprendizagem. Por esse e outros fatores, 
é possível compreender que não há um sistema único e bem estabelecido para a 
educação no país, mas se caminha para cada vez mais existir um sistema de ensino 
de abrangência nacional que compreenda as particularidades de cada região.
Dessa forma e, em linhas gerais, pode-se considerar que o Sistema Nacional de 
Educação é um sistema de sistemas, uma vez que não tem como ser hierarquizado, 
visto que possui três esferas de governo com certa autonomia, devido, principal-
mente, às diferentes realidades e a necessidade de possibilitar a educação de quali-
dade a todos. Essas esferas que possuem autonomia e que de certo modo possuem 
também aspectos a serem considerados de maneira comum na ação pedagógica, 
são a federal, estadual e municipal. A esse respeito, é válido considerar que os aspe-
tos federais, pois exemplo, direcionados para a educação, precisam ser seguidos em 
todo o país, adaptado às realidades vivenciadas.
De acordo com o documento-referência da CONAE (2010, p. 10), “o Brasil ainda não 
efetivou o seu Sistema Nacional de Educação, o que tem contribuído para a existên-
cia de altas taxas de analfabetismo e para a frágil escolarização formal de sua popu-
lação [...]”. Desse modo, compreende-se que o sistema ainda não está bem alinhado 
e por isso, não é difícil encontrar em pesquisas, que o país não possui um sistema 
único de ensino, mas sim, uma estrutura de ensino, conforme aponta Saviani (2018), 
pois o que se tem são leis que regem a educação e que compõe a estrutura do ensi-
no no país e não um sistema único, propriamente.
É válido, contudo, salientar que está se desenvolvendo gradativamente um sistema, 
que terá uma base nacional comum e que contará com parte nacional, determinada 
no âmbito federal e partes específicas como estaduais e municipais, para não pro-
mover uma educação que não seja assertiva para a realidade vivenciada e que não 
atinja seus objetivos de ser disponibilizada a todos com qualidade, sem discrimina-
ções e valorizando a diversidade existente. Segundo Saviani (2014, p. 31),
Em suma, o Sistema Nacional de Educação integra e articula todos os 
níveis e modalidades de educação, com todos os recursos e serviços que 
lhes correspondem, organizados e geridos em regime de colaboração por 
todos os entes federativos, sob coordenação da União. Fica claro, pois, 
que a repartição das atribuições não implica a exclusão da participação 
dos entes, aos quais não cabe a responsabilidade direta pelo cumprimen-
to daquela função. Eles participarão por meio dos respectivos colegiados, 
acompanhando e apresentando subsídios que venham a tornar mais qua-
lificadas as decisões tomadas.
10
Nessa perspectiva, o Sistema Nacional de Educação perfaz um todo bastante amplo 
e complexo,a diversidade racial, étnica, cultural, 
de capacidades físicas e mentais, diversidade religiosa, socioeconômica, política, de 
opinião e tantas outras. Todas essas diversidades são enriquecedoras de saberes e 
experiências quando respeitadas. Ademais, o desrespeito é gerador da discrimina-
ção e preconceito, propulsor das desigualdades que assolam parte da população ao 
longo dos anos, fato que muitas vezes impossibilita o seu desenvolvimento.
6
Para Silvério (2015, p. 87),
O substantivo feminino diversidade pode significar variedade, diferen-
ça e multiplicidade. A diferença é a qualidade do que é diferente, o que 
distingue uma coisa da outra, a falta de igualdade ou de semelhança. A 
variedade diz respeito a qualidade, atributo ou estado de algo que possui 
diferentes formas ou tipos que se diversificam dentro de uma classe. A 
multiplicidade diz respeito a grande número ou variedade de algo.
Assim, pode-se perceber que as diferenças são muitas e que o problema não con-
siste nas diferenças, características de um ambiente diversificado em si, mas sim, 
no julgamento errôneo de superioridade que leva a exclusão e a busca de padronizar 
para se ter homogeneidade.
O fato é que a diversidade está relacionada ao heterogêneo, às variedades e diferen-
ças. Por isso, necessita de atenção para que não haja retrocessos e discriminações 
no espaço em que deveria predominar o respeito e aceitação da diversidade como 
meio de enriquecimento, seja intelectual, cultural ou social de modo mais amplo.
No âmbito da sociedade como um todo e das distinções sociais que a representam 
e que asseguram privilégios a uma minoria, cabe ressaltar que:
As diferenças sociais, econômicas e culturais impactam na divisão da so-
ciedade. A expansão da democracia e de políticas direcionadas ao bem-
-estar social sugerem novas formas de relacionamento entre as pessoas, 
a fim de amenizar as diferenças sociais. Tais ações contribuem para o de-
senvolvimento de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.
Fonte: Hirye; Higa; Altloé, 2016, p. 35.
Para que a sociedade seja mais justa, a inclusão, bem como a igualdade e a equidade, 
devem se fazer presentes, pois dessa forma, independente das “diferenças", todos 
terão oportunidades iguais para se desenvolverem enquanto indivíduos e cidadãos 
críticos perante a realidade que vivenciam.
7
A respeito da diversidade, é possível refletir que ela é composta pelas pessoas que 
fazem parte da sociedade e que possibilitam a ela ser diversa e rica de culturas e 
saberes advindos de cada indivíduo ou grupos.
Ao analisar os termos que também permeiam a diversidade, observa-se que, ao passo 
que se analisa a exclusão, o preconceito e a discriminação, verifica-se também uma 
crescente preocupação pela inclusão, respeito, igualdade e equidade. Isso reflete a as-
piração de uma sociedade mais justa aos seus indivíduos e certamente mais enriquece-
dora tanto para cada pessoa individualmente quanto para a sociedade como um todo.
Voltando a atenção para esses termos, entender como a igualdade e equidade ocorrem 
na prática é um passo importante para a promoção de ambientes mais justos. O passo 
inicial está na conscientização, na informação, na educação voltada ao respeito, isso sig-
nifica que para se entender a pluralidade em que se vive, é de grande valia conhecê-la. A 
inclusão, por exemplo, está muito atrelada ao conhecimento e ao respeito às diferenças, 
pois para que ela ocorra, significa que em algum momento houve exclusão.
Livro
De acordo com Michaliszyn (2012), no que tange a área das ci-
ências sociais, o termo diversidade pode estar relacionado com 
os termos alteridade, diferença e semelhança. Você saberia 
pontuar as características pertinentes a cada uma das palavras 
pontuadas? Pois bem, vejamos: 
Por alteridade, um conceito mais restrito que o de diversida-
de, entendemos o sentimento de um indivíduo em ser outro, 
colocar-se ou se constituir como outro. É por meio desse sen-
timento que conseguimos perceber o outro, o diferente, sem 
discriminá-lo pelas suas características que nos distinguem. A 
diferença é, por assim dizer, a determinação da alteridade.
Fonte: Michaliszyn, 2012, p. 16.
As diferenças são as características que irão diferenciar um indi-
víduo do outro, evidenciando sua dessemelhança, ou seja, a iden-
tidade particular de cada indivíduo ser dessemelhante e também 
diferente, visto que as diferenças podem ser físicas ou não.
Leia mais no livro: MICHALISZYN, M. S. Educação e diversidade. 
Curitiba, PR: InterSaberes, 2012.
8
A igualdade e equidade, conforme Azevedo (2013, p. 131), “[...] constituem valo-
res essenciais para a construção de políticas públicas voltadas para a promoção 
da justiça social e da solidariedade”. Assim, são fundamentais no processo in-
clusivo e da construção de uma sociedade mais justa, isso porque a igualdade 
proporciona possibilidades semelhantes a todos e, a equidade, a possibilidade 
adequada às necessidades do indivíduo, de uma maneira que todos possam che-
gar aos mesmos resultados.
A exemplo da educação escolar, igualdade compreende assegurar o acesso de todos 
à educação, ou seja, possibilitar que todos tenham acesso à matrícula e frequência. 
A equidade, nesse contexto, remete ao fomento do ensino e aprendizado de acordo 
com as particularidades dos alunos para que todos possam aprender determinado 
conteúdo no mesmo período de tempo, tendo assim, o suporte mais adaptado para 
que isso aconteça.
Não somente no processo de escolarização, mas também nas demais áreas da 
sociedade, fazer valer a diversidade como algo positivo para o crescimento dos 
indivíduos, oferecendo a eles direitos iguais e condições de equidade, torna pos-
sível o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, independente das dife-
renças que a compõem.
Síntese
A diversidade está envolta de uma série de aspectos que a con-
cretizam como algo positivo e fonte de desenvolvimento dos 
espaços que ocupa. Nesse sentido, para que haja harmonia na 
diversidade, ela precisa envolver em seus processos, o respeito, 
a inclusão, a igualdade e a equidade, pois dessa forma será cada 
vez mais possível o desenvolvimento de uma sociedade mais 
justa.
9
Figura 1 – Implicações positivas da diversidade
Fonte: Acervo da conteudista. 
#ParaTodosVerem: infográfico no formato oval com a palavra “diversidade” no centro rodeada pelas palavras, 
em sentido horário, respeito, inclusão, igualdade e equidade. Fim da descrição.
Diversidade, Legislação 
e Educação
Com vistas a assegurar legalmente uma sociedade mais justa e igualitária, que não 
discrimine, mas tenha respeito pelas diferenças e possa, a partir delas, buscar seu 
próprio desenvolvimento, é que o país tem sancionado ao longo da história uma 
série de leis, que respaldam a questão da diversidade, do respeito às diferenças.
Embora a discussão anteceda essa data, haja vista a diversidade do Brasil, um marco 
importante é a Constituição Federal de 1988. Seu texto considera parte fundamental 
para as discussões a respeito da diversidade e da formação de uma sociedade mais 
justa para as pessoas que dela fazem parte.
10
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil:
I. construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. garantir o desenvolvimento nacional;
III. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades so-
ciais e regionais;
IV. promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Fonte: Brasil, 1988.
Todos os pontos elencados nesse artigo da Constituição trazem à tona a necessi-
dade constante de desenvolver e manter a sociedade mais justa, tendo como base 
tais princípios, que vigoram desde 1988. Porém, apesar das garantias previstas em 
lei, ainda hoje não é difícil se deparar com notícias de atos discriminatórios no país. 
Independentemente da diferença, a discriminação é algo insustentável para o de-
senvolvimento efetivo do país.
Importante
Combase no texto da Constituição, você julga que tais itens 
são amplamente difundidos e aplicados no país?
O que falta para que a sociedade seja mais livre, justa e solidária, 
promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação?
A caminhada para obtenção de êxito na construção de uma sociedade mais justa 
e sem discriminações ainda é longa. A disseminação da tolerância e do respeito se 
devem, em sua maioria, à conscientização da população, à aquisição de conheci-
mento e, consequentemente, à educação a ser desenvolvida seja no ensino formal e 
informal, o fato é que os princípios de humanidade precisam se fazer valer nas ações 
de cada um.
A Constituição Federal (1988) contempla a diversidade em vários momentos, 
bem como os direitos e deveres do cidadão brasileiro. No que tange a educação, 
a Constituição também agrega valor significativo na caminhada da igualdade ao 
considerar:
11
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando 
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da ci-
dadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino;
IV. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. 
Fonte: Brasil, 1988.
A igualdade e liberdade empregados no texto constitucional é que garante a todos o 
direito de acesso à educação no país. Isso foi um marco de muita representatividade 
para a educação, uma vez que contempla o direito de acesso e permanência no en-
sino, bem como a liberdade para o trabalho com a construção e desenvolvimento de 
saberes, dada a pluralidade, ou seja, a diversidade de concepções pedagógicas, bem 
como de demandas pedagógicas ao longo de todo o território nacional.
Site
As discussões que permeiam a diversidade no Brasil são amplas, 
e tanto a Constituição Federal como a Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional, trazem pontos de grande importância, 
por isso, fica aqui o convite para acessá-las:
Site 1 - Constituição Federal. Disponível.
Site 2 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Constituição Federal. Disponível. Lei de Diretrizes e Bases da
 Educação Nacional. 
https://bit.ly/1bIJ9XW
https://bit.ly/1bIJ9XW
https://bit.ly/1OgopZ0
https://bit.ly/1OgopZ0
12
Na sequência e, após a Constituição, muitas foram as discussões a respeito da di-
versidade, exercendo papel de destaque a Lei n.º 7.853/1989, que trata do apoio às 
pessoas portadoras de deficiência, a Declaração Mundial de Educação para Todos, 
a Lei n.º 8.069/90 que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como a 
Declaração de Salamanca, todas representando grandes marcos para a temática da 
diversidade e também da inclusão.
Além das políticas e leis já citadas, serão elencadas algumas considerações perti-
nentes a essa discussão e que estão contidas no texto da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996). No que se refere aos princípios e fins da 
educação nacional, essa lei contempla:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios 
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o 
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da ci-
dadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa-
mento, a arte e o saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legis-
lação dos sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extra-escolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
13
XII. consideração com a diversidade étnico-racial (Incluído pela Lei n.º 
12.796, de 2013).
XIII. garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
(Incluído pela Lei n.º 13.632, de 2018). 
Fonte: Brasil, 1996.
Ao tratar da educação atrelada aos princípios de liberdade e de solidariedade huma-
na, bem como o fato de ser um direito de todos, de primar pelo respeito à liberdade 
e apreço à tolerância, reafirmam os pressupostos contidos na Constituição e visam 
gestão democrática, além de considerar a diversidade étnico-racial. Todos esses fa-
tores apresentados servem de suporte para que a prática educativa atual se fortale-
ça enquanto meio de inclusão e de valorização das diversidades enquanto forma de 
desenvolvimento e enriquecimento de saberes em sala de aula e para a formação 
cidadã dos alunos.
É a LDB que irá também oferecer o suporte legal, assim como outras leis que a com-
plementam, a fim de tratar da diversidade no que contempla a educação voltada 
para públicos específicos, dentre os quais enquadram-se a Educação de Jovens e 
Adultos, Educação no Campo, Educação Indígena e Educação Quilombola.
Todos esses grupos possuem particularidades que demandam olhares atentos dos 
profissionais, para direcionar práticas que possibilitem a escolarização significativa 
e eficaz, isso significa que podem haver adaptações para que eles tenham o mesmo 
direito de acesso, permanência e, sobretudo, qualidade na educação. Essas particu-
laridades também evidenciam a diversidade do perfil de alunos no qual o sistema de 
ensino nacional abrange.
A busca pela universalização e democratização do ensino contidas na LDB n.º 
9.394/96, esclarece a preocupação e a responsabilidade que o setor da educação 
precisa findar com a discriminação e preconceitos, ao tratar da diversidade cultural 
e também do atendimento educacional especializado, utilizando-se da diversidade e 
sua riqueza como fonte de saberes e do desenvolvimento do conhecimento.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), é possível observar a existência de 
temas transversais que contribuem amplamente para a compreensão e respeito às 
diversidades, são eles: ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação 
sexual e temas locais. Esses temas estão inseridos nas discussões e conteúdo da 
educação no país, sendo necessário serem contemplados no processo de escolari-
zação para que a diversidade seja cada vez mais explorada em prol do aprendizado 
e do desenvolvimento de uma sociedade justa.
14
Nos PCNs fica evidente o trato com a diversidade e a necessidade de se promover 
uma educação cada vez mais inclusiva, fato que também se percebe nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais (DCNs), mais especificamente nas que tratam da diversidade 
e inclusão. Observe um excerto da introdução do referido documento:
Um dos desafios postos pela contemporaneidade às políticas educacio-
nais é o de garantir, contextualizadamente, o direito humano universal, 
social inalienável à educação [...]. Nessa perspectiva, torna-se inadiável 
trazer para o debate os princípios e as práticas de um processo de inclu-
são social, que garanta o acesso à educação e considere a diversidade 
humana, social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos. 
Trata- -se das questões de classe, gênero, raça, etnia, geração, constituí-
das por categorias que se entrelaçam na vida social, mulheres, afrodes-
cendentes, indígenas, pessoas com deficiência, populações docampo, 
de diferentes orientações sexuais, sujeitos albergados, em situação de 
rua, em privação de liberdade, de todos que compõem a diversidade que 
é a sociedade brasileira e que começam a ser contemplados pelas políti-
cas públicas 
Fonte: Brasil, 2013, p. 7.
As políticas públicas direcionadas à inclusão das diversidades têm crescido, e isso é 
reflexo das demandas da própria sociedade em caminhar rumo ao desenvolvimento 
com maior igualdade e justiça. As diretrizes irão abarcar assim, pareceres, resolu-
ções, conferências e leis que regem a inclusão e a diversidade, bem como quais ru-
mos precisam tomar essas políticas para que a inclusão seja efetivamente cumprida 
na vida em sociedade.
Lutar por uma sociedade mais justa tem sido uma preocupação do sistema de ensi-
no em âmbito nacional. Nesse contexto, a legislação que compreende a diversidade 
tem ganhado espaço ao longo dos anos, a fim de que nas escolas, desde a mais tenra 
idade, a criança tenha o direito de frequentá-la e permanecer em seus estudos, que 
devem compreender o aprendizado para além dos conteúdos teóricos em si, mas 
para a formação cidadã, que tenha por princípios a liberdade e democratização do 
ensino, para que os alunos possam ser agente da própria formação e que aprendam 
o respeito, a interação com os demais e exerçam a inclusão nos meios dos quais 
fazem parte.
15
Educação Especial e Diversidade
Parte relevante nas discussões sobre a diversidade e a educação, especialmente 
aliada à inclusão, é a Educação Especial, que por muitos anos foi limitada e per-
cebida com certo preconceito. Ao tratar do tema inclusão, é válido ressaltar que 
está relacionado a um processo histórico que partiu do preconceito, discriminação 
e exclusão.
Nessa perspectiva, a inclusão visa oportunizar possibilidades de inserir as pessoas 
com algum tipo de deficiência no convívio social. Isso inclui a escolarização, o mer-
cado de trabalho e demais espaços sociais, fato que deveria ser natural, mas que 
devido à falta de informação e ao preconceito não ocorreu por muito tempo, re-
duzindo o que deveria ser um direito de todos. Para Freire (2002, p. 67), “qualquer 
discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a 
força dos condicionamentos a enfrentar”.
O ensino inclusivo visa oferecer acesso e permanência com mais igualdade e equi-
dade para as pessoas portadoras de deficiência, identificando suas potencialidades 
e dificuldades para que seja possível adaptar as práticas pedagógicas a essas neces-
sidades específicas. Conforme contribuições de Mantoan (2013, p. 105), “o ensino 
inclusivo se propõe a explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predis-
posições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações dos alunos devem ser 
reconhecidas, assim como suas possibilidades”.
Especificidade 1
Deverá haver apoio especializado para atender a 
demanda da escola de ensino regular sempre que 
necessário e direcionado para as particularidades 
de cada aluno que o demande;
Especificidade 2
Os alunos somente não serão inseridos em 
instituições regulares de ensino, com os devidos 
atendimentos, quando, devido às suas condições 
específicas sua integração não seja possível, de 
modo que tenha o atendimento sempre mais 
adequado à sua necessidade;
16
Cabe ao docente a impreterível função de respeito a essas novas demandas e de 
trabalho adaptado para que todos possam compreender e sistematizar os saberes 
trabalhados em sala de aula. Por isso, Freire (2002) aponta que respeitar a autonomia 
e as particularidades que caracterizam o estudante, exige do profissional da educa-
ção, práticas que estejam de acordo com tais aspectos. Nesse pensar,
A inclusão só é possível onde houver respeito à diferença e, consequente-
mente, a adoção de práticas pedagógicas que permitam às pessoas com 
deficiências aprender e ter reconhecidos e valorizados os conhecimentos 
que são capazes de produzir, segundo seu ritmo e na medida de suas 
possibilidades. 
Fonte: Sartoretto, 2013, p. 77.
No processo inclusivo, muitas foram as discussões e a elaboração de leis para alcan-
çar a realidade atual. No entanto, ainda há muito a ser feito a fim de que os indivíduos 
com deficiência sejam efetivamente inseridos no contexto social. Com relação à 
legislação que norteia a inclusão, pode-se destacar a Constituição Federal de 1988, 
que prevê a educação como um direito de todos, assegurando o pleno desenvolvi-
mento e o exercício da cidadania.
Outro marco legal no âmbito da inclusão é a Lei n.º 7.853/1989 que dispõe a “respei-
to do apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social”. Verifique 
os trechos que seguem:
Especificidade 3
Serão assegurados aos alunos de educação 
especial, além de profissionais especializados, 
currículos, métodos, recursos, técnicas adaptadas 
para atender às necessidades específicas para o 
bom desenvolvimento do aluno;
Especificidade 4
Dessa inclusão, vale-se o atendimento e 
estratégias adequados aos alunos, bem como 
uma integração efetiva desse estudante com a 
turma, a escola e a sociedade. Tendo por base o 
respeito e a igualdade de acesso e permanência 
na escolarização.
17
Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercí-
cio dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiên-
cias, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei.
[...]
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras 
de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direi-
tos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao ampa-
ro à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição 
e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. 
Fonte: Brasil, 1989.
Esta lei trata-se de uma conquista valiosa às pessoas com deficiência e a sua integração 
social. Assegurando-lhes direitos que eram recusados outrora, com relação à educação, 
trata da matrícula, oferta gratuita de Educação Especial na rede pública de ensino.
A LDB n.º 9.394/96 também é representativa no processo de inclusão ao tratar do 
atendimento educacional especializado, oportunizando estratégias educacionais 
condizentes com as necessidades e potencialidades de cada estudante.
No ano de 2000, foi sancionada a Lei n.º 10.098/00, que regulamenta a questão da 
acessibilidade ao estabelecer normas e critérios básicos para que seja promovida a 
acessibilidade das pessoas com deficiência ou que tenham a mobilidade reduzida.
Após isso, muito ainda se discutiu a respeito da inclusão e do atendimento às pes-
soas com necessidades especiais, da Educação Especial e principalmente a inclusão 
e integração dos estudantes nas escolas e também na sociedade, como um todo. 
O Plano Nacional de Educação, sob a Lei n.º 10.172/01, contempla a questão da di-
versidade e da Educação Especial como um desafio e intenciona a promoção de 
melhorias significativas, assim, em seu texto prevê:
As tendências recentes dos sistemas de ensino são as seguintes:
• integração/inclusão do aluno com necessidades especiais no sis-
tema regular de ensino e, se isto não for possível em função das ne-
cessidades do educando, realizar o atendimento em classes e escolas 
especializadas;
• ampliação do regulamento das escolas especiais para prestarem apoio 
e orientação aos programas de integração, além do atendimento 
específico;
18
• melhoria da qualificação dos professores do ensino fundamental para 
essa clientela;
• expansão da oferta dos cursos de formação/especialização pelas uni-
versidades e escolas normais 
Brasil, 2001.
Essas tendências contidas no texto da lei reforçam a eminente demanda por modi-
ficar a forma de se fazer educação no país ao contemplar em todos os processos 
educativos as diversidades dos alunos que o compõem, atendendo a todos e forne-
cendo subsídios para que possam desenvolver-se.
A Educação Especial, conforme a Lei n.º 10.172/01, está destinada “[...] às pessoascom necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de defi-
ciência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habi-
lidades, superdotação ou talentos” (Brasil, 2001, on-line).
A preservação da dignidade humana, a busca pela identidade, bem como o exercício 
da cidadania são os princípios que regem a Educação Especial, segundo as Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na educação básica, publicado em 2001, em 
que se verifica que,
A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental 
importância para o desenvolvimento e manutenção de um Estado demo-
crático. Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo 
ao espaço comum da vida em sociedade [...]. 
Fonte: Brasil, 2001.
Nesse mesmo pensamento de possibilitar uma educação para todos é que em 2007 
foi publicado o Decreto n.º 6.094/2007, que abarca a melhoria da qualidade da edu-
cação, conforme indicado no artigo que segue:
Art. 1º O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Compromisso) 
é a conjugação dos esforços da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
atuando em regime de colaboração, das famílias e da comunidade, em pro-
veito da melhoria da qualidade da educação básica. 
Fonte: Brasil, 2007.
19
Esse documento contempla o acesso e permanência no ensino regular, bem como 
o atendimento aos estudantes que possuem alguma deficiência, transtornos globais 
do desenvolvimento, assim como os alunos com altas habilidades/ superdotação. 
Sendo, posteriormente, implementado o Plano de Desenvolvimento da Educação.
A Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015, compreende a Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), sendo uma das mais 
recentes no que tange o atendimento às pessoas com deficiência. Ela se destina, 
conforme seu artigo primeiro, a “[...] assegurar e a promover, em condições de igual-
dade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com de-
ficiência, visando à sua inclusão social e cidadania” (Brasil, 2015). Nesse sentido, o 
Estatuto da Pessoa com Deficiência trata da inclusão, dos direitos, do acesso, do 
respeito, da igualdade e da não discriminação.
Outras políticas, leis e conferências marcaram as discussões dessa temática, como 
a Base Nacional Comum Curricular, que contempla a necessidade da educação no 
país estar preparada para a diversidade que possui, visando oferecer equidade na 
educação. Para alcançar esse objetivo, os profissionais da educação necessitam de 
preparo e atualização constante para oportunizar a todos os estudantes um ensino 
e aprendizagem significativa e eficaz.
Ano Quadro 1 – Políticas para a Educação Inclusiva
1948 Declaração Universal dos Direitos Humanos.
1959 Declaração Universal dos Direitos das Crianças.
1988 Constituição da República Federativa do Brasil.
1989 Lei n.º 7.853/89 - apoio às pessoas portadoras de deficiência.
1990 Declaração Mundial de Educação para Todos.
1990 Lei n.º 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
1994 Declaração de Salamanca.
1996 Lei n.º 9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
1999 Convenção da Guatemala.
2001 Lei n.º 10.172 - Plano Nacional de Educação (PNE).
2001
Resolução CNE/CEB n.º 2. Diretrizes Nacionais para a Educação 
Especial na Educação Básica.
20
2002 Lei n.º 10.436/02 - Língua Brasileira de Sinais (Libras).
2006 Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.
2007
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva.
2007 Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
2008 Decreto n.º 6.571 - O Atendimento Educacional Especializado (AEE).
2009 Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
2014 Plano Nacional de Educação (PNE).
2015
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência).
Fonte: Acervo da conteudista.
No que se refere à Educação Especial no Brasil, conforme leis nacionais, fica es-
tabelecido que essa educação será oferecida preferencialmente em instituições 
regulares de ensino, sendo que o público-alvo da educação especial compreende 
pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilida-
des e superdotação.
O Brasil tem por uma de suas principais características a diversidade das pessoas 
que o compõem, por isso, estudar e compreender essa diversidade seja no convívio 
familiar, nas instituições de ensino, ou nos mais variados espaços sociais é impres-
cindível para que o país seja mais justo e igualitário.
Igualdade, equidade, democracia, respeito, compreensão, entre outros, são condi-
cionantes de uma sociedade diversa e harmoniosa que caminha para o desenvolvi-
mento. As tentativas de padronização e concepções de iguais e diferentes levaram 
e, infelizmente, ainda levam a atitudes discriminatórias e excludentes, mas aceitá-
veis para a sociedade do conhecimento que se vive.
O ambiente escolar tem um papel de grande importância ao formar cidadãos crí-
ticos e reflexivos frente a atitudes errôneas de preconceitos e discriminação e por 
isso, é também na escola que a formação cidadã e inclusiva poderá transformar a 
sociedade como um todo.
21
A diversidade na sociedade contemporânea é uma realidade multifacetada, abran-
gendo diferenças étnicas, culturais, linguísticas, de gênero, de habilidades e mui-
to mais. Na escolarização, essa diversidade se manifesta de maneira significativa, 
demandando uma abordagem inclusiva que reconheça e valorize as diferenças. As 
legislações, nesse contexto, têm buscado garantir direitos e promover a igualdade 
de oportunidades, embora ainda existam desafios na implementação efetiva dessas 
políticas.
A relação entre diversidade e Educação Especial é intrínseca, pois a Educação 
Especial visa atender às necessidades educacionais de alunos com diferentes ha-
bilidades e características. Uma abordagem inclusiva e adaptativa é essencial para 
garantir que todos os estudantes, independentemente de suas diferenças, tenham 
acesso a uma educação de qualidade. A diversidade, quando reconhecida e integra-
da no ambiente escolar, enriquece o aprendizado, promove a empatia e prepara os 
alunos para uma sociedade plural e inclusiva.
Em Síntese
22
1 – Haja vista as várias particularidades que identificam cada pessoa ou grupo de-
las, a diversidade é, ainda, um tema bastante discutido. No Brasil, essa diversidade 
fica bastante evidente, dada a pluralidade de que é constituída. A respeito da di-
versidade, analise as afirmativas a seguir:
I. A diversidade está relacionada apenas às características culturais.
II. O preconceito e a discriminação fazem parte dos debates relacionados à 
diversidade.
III. Uma sociedade que respeita sua diversidade e compreende a importância da in-
clusão, caminha para o desenvolvimento.
IV. Ao longo da história, sempre houve diversidade, e o respeito é natural, não haven-
do registros de desrespeito e exclusão, devido às diferenças.
 
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
2 – Compreender a diversidade no contexto social atual é importante por vários 
fatores uma vez que possibilita repensar também a construção e desenvolvimento 
da própria sociedade. Entre os fatores a serem vistos como melhorias para o con-
vívio social estão a inclusão e também a redução do preconceito. Nessa perspec-
tiva, analise as asserções a seguir:
 
I. Ao se compreender a importância da diversidade para a sociedade, seria lógica a 
redução do preconceito e o surgimento de oportunidades mais efetivas de inclusão 
e de acessibilidade.
PORQUE
II. O entendimento de que a sociedade é múltipla e diversa acarreta a reflexão de 
que não há motivos para a discriminação, mas sim para o respeito e a possibilidade 
de integração.
Atividades de Fixação
23
A respeito das asserções, é correto afirmar que:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
b)As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é justificativa correta da I.
c) A asserção I é proposição verdadeira, e a II é proposição falsa.
d) A asserção I é proposição falsa, e a II é proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
3 – As concepções de diversidade sofreram influências ao longo da história, de 
modo que as discussões atuais a respeito dessa temática são fruto de concepções 
anteriores que possibilitaram novos olhares e ações. As características da análise 
atual sobre o tema consideram que:
I. A história traz exemplos de violência, de discriminação que não podem mais ser 
aceitos nos dias atuais.
II. Desigualdade e desrespeito às diferenças precisam ser combatidos em prol de 
uma sociedade mais justa.
III. As diferenças é que caracterizam e enriquecem a sociedade, e não a padroniza-
ção e inflexibilidade.
IV. Uma sociedade mais justa tem por princípios o respeito à diversidade que a 
representa.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
4) As reflexões acerca da diversidade abarcam questões para além do seu signifi-
cado em si, mas que tratam da prática, das ações voltadas para a sociedade mul-
tifacetada existente. Nesse pensar, para que a diversidade nas ações cotidianas 
sejam positivas, é necessário que haja uma série de outras ações capazes de tor-
nar a sociedade mais justa e igualitária. Com base em tais considerações, analise 
as afirmativas a seguir, considerando V para o que for verdadeiro e F para falso.
( ) A diversidade torna-se positiva quando há distinções claras entre os grupos, 
segregando os diferentes.
( ) O respeito e a compreensão são essenciais para que a diversidade culmine em 
igualdades.
24
( ) A inclusão precisa acontecer de modo adequado, adaptado às potencialidades 
e dificuldades das pessoas.
( ) A discriminação e o preconceito são graves empecilhos para a inclusão, ofere-
cendo prejuízos à diversidade.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, F.
b) F, V, V, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, V, F, V.
5 – Compreender e envolver todos na sociedade, independentemente das diferen-
ças ou semelhanças que possuem é um grande passo para a construção de um am-
biente mais justo e igualitário. Para que essa justiça se efetive, é importante que se 
tenha igualdade e equidade nos espaços sociais e nas oportunidades oferecidas. A 
respeito dos termos, analise as asserções a seguir:
I. Igualdade e equidade, embora estejam muito próximas, ao se tratar do desenvolvi-
mento de uma sociedade mais justa, são termos com significados diferentes e que 
se relacionam e se complementam.
PORQUE
II. A igualdade consiste em oferecer as possibilidades iguais a todos. A equidade, por 
sua vez, além do acesso, verifica meios para que todos possam ter o acesso a algo, 
considerando suas potencialidades e dificuldades.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é justificativa correta da I.
c) A asserção I é proposição verdadeira, e a II é proposição falsa.
d) A asserção I é proposição falsa, e a II é proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
6 – Para que a diversidade e, sobretudo, a inclusão, ocorresse tal como é na atu-
alidade, fizeram-se necessárias, ao longo dos anos, determinações legais que a 
amparasse e que pudessem fomentar melhorias para a sua efetivação. As práticas 
inclusivas, na sociedade brasileira, encontram respaldo legal também na Consti-
tuição Federal de 1988 que considera:
25
I. A redução das desigualdades sociais e regionais.
II. A construção de uma sociedade livre, justa e igualitária.
III. A necessidade de promover o bem de todos, ignorando as formas de discrimina-
ção existentes.
IV. Promover o desenvolvimento nacional sem considerar a erradicação da pobreza 
e da marginalização.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
7 – Quanto à educação no país, a inclusão é um assunto sempre em pauta nas 
discussões, isso devido à pluralidade da qual se constituem as salas de aula e a ne-
cessidade de o professor estar preparado para atender todos os alunos. A respeito 
da inclusão nas escolas, analise as afirmativas a seguir, considerando V para o que 
for verdadeiro e F para falso.
( ) Os professores precisam compreender a diversidade do grupo de alunos que 
acompanha, contudo deve oferecer as mesmas atividades e estímulos para todos.
( ) Os professores precisam estar preparados para atender às demandas individuais 
da turma, oferecendo estímulos adequados e que levem todos os alunos ao apren-
dizado efetivo.
( ) Ao trabalhar com a diversidade em sala de aula, o professor é proibido de desen-
volver trabalhos em grupos.
( ) Promover nas ações cotidianas com os alunos a compreensão e o respeito às 
diferenças é essencial no processo inclusivo.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, F.
b) F, V, V, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, V, F, V.
26
8 – A inclusão voltada para a educação escolar, no país, considera vários fatores 
e possui legislação que a regulamenta, oportunizando condições de acesso e per-
manência nas instituições escolares para todos. Verifique o excerto seguinte:
“Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberda-
de e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimen-
to do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho” (Brasil, 1996).
BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Diário Oficial da União, 1996. Disponível em: . Acesso em: 7/12/2023.
A partir de tais considerações, analise as afirmativas que seguem:
I. A educação escolar, na atualidade, precisa valorizar as diversidades que possui, 
compreendendo-a como enriquecedora de saberes e experiências.
II. É importante tratar da diversidade escolar voltada para populações específicas, 
como a educação indígena e de jovens e adultos.
III. A educação quilombola e no campo não fazem parte das discussões que abar-
cam a escolarização para a diversidade no país.
IV. A busca pela universalização e democratização do ensino evidencia a necessida-
de de inclusão e respeito nas escolas.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
27
9 – Ao se trabalhar com a Educação Especial, a diversidade é existente e precisa 
ser levada em consideração para poder direcionar, adequadamente, os alunos ao 
aprendizado mais significativo e, consequentemente, mais eficaz. Analise as afir-
mativas que seguem quanto à inclusão e à diversidade, no âmbito da educação 
especial.
I. A inclusão deve acontecer não somente no contexto escolar, mas ter início ainda 
em casa, com a família, e ser também uma prática da escola e dos demais espa-
ços sociais em que for inserida.
II. Para formar cidadãos críticos, reflexivos e atuantes na sociedade, a escola precisa 
considerar a inclusão em todas as suas ações, visto que deve ser compreendida 
como natural, o respeito e a inclusão de todos.
III. A inclusão no contexto da Educação Especial, visa integrar esse indivíduo cada 
vez mais no meio social.
IV. A inclusão está relacionada à escolarização e ao convívio social das pessoas, isso 
não reflete na inserção para o mercado de trabalho.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
10 – Para que o ensino seja realmente inclusivo, uma série de ações precisam ser 
levadas em consideração, seja pelos professores, pais, alunos ou toda a comunida-
de escolar, pois a inclusão deve ultrapassar as barreiras da salade aula, inserindo 
todos os indivíduos enquanto cidadãos no meio social. Sobre o assunto, analise as 
afirmativas que seguem:
I. O conhecimento e a valorização das diferenças como algo positivo não está pre-
sente na educação inclusiva.
II. Oferecer oportunidades de acesso e de permanência na escola, com igualdade e 
equidade é parte do que confere ao ensino inclusivo.
III. Identificar as potencialidades e dificuldades de cada aluno, adaptando as práti-
cas pedagógicas para que o desenvolvimento aconteça é papel fundamental da 
inclusão nas escolas.
IV. Cabe aos profissionais da educação o respeito à autonomia e às particularidades 
dos estudantes para que não somente o desenvolvimento de cada um, mas a 
inclusão se efetive.
28
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
29
Inclusão Escolar
O livro indicado trata de maneira bastante compreensiva a questão da in-
clusão no contexto escolar, seus aspectos legais, bem como implementar a 
inclusão nas escolas com respeito e proporcionar aos alunos uma educação 
justa em escolas que estejam efetivamente abertas às diferenças.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar – O que é? Por quê? Como Fazer?. São 
Paulo: Summus, 2015.
 
Inclusão e Educação
Este material é uma coletânea de textos de diversos autores, pesquisadores 
do tema inclusão, assim, os textos apresentarão as várias perspectivas e as-
pectos positivos em se desenvolver uma educação que seja inclusiva e rejeite 
a exclusão.
RODRIGUES, D. (org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação 
inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
 
O Deficiente no Discurso da Legislação
A leitura proposta irá traçar um panorama da legislação e o deficiente, envol-
vendo nessa análise a reflexão sobre o deficiente no contexto educacional no 
que se refere a legislação educacional existente.
MARQUEZAN, R. O deficiente no discurso da legislação. Campinas: Papirus, 
2009.
Livros
Escola Inovadora 1
O vídeo proposto é um dos vídeos de uma série de reportagens a respeito 
de ações criativas e inovadoras em escolas públicas que podem modificar a 
forma de se trabalhar a diversidade indo para além do ensino formal.
https://youtu.be/tq3pt4yA-Wg?si=9PMZMtRkjjCziPZH
Vídeos
Material Complementar
30
Ministério da Educação
No link indicado encontram-se vários textos disponibilizados pelo Ministério 
da Educação a respeito da diversidade e de ações que podem ajudar no com-
bate ao preconceito e discriminações.
Ministério da Educação. Ações do MEC ajudam a combater preconceito e 
discriminação.
https://bit.ly/2GJkjzL
Leituras
31
ALVARENGA, C. B. C.; MEDEIROS, S. (orgs.). Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação Básica: diversidade e inclusão. Brasília, DF: Conselho Nacional 
de Educação: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, 
Alfabetização, Diversidade e Inclusão, 2013.
AZEVEDO, M. L. N. de. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social? In: 
Avaliação. Campinas, Sorocaba-SP, v. 18, n. 1, pp. 129-150, mar. 2013. Disponível em: 
. Acesso 
em: 10/01/2019.
BRASIL. [Constituição de 1988]. Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2019.
BRASIL. Decreto n.º 6.094, de 24 de maio de 2007. Disponível em: . Acesso em: 18/02/2019.
BRASIL. Lei n.º 10172, 09 de janeiro de 2001. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2019.
BRASIL. Lei n.º 7.853, de 24 de outubro de 1989. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2019.
BRASIL. Lei n.º 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: . Acesso em: 10/01/2019.
BRASIL. Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: . Acesso em: 18/02/2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. MEC; SEESP, 2001. 
Disponível em: . 
Acesso em: 17/02/2019.
Referências
32
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. 
São Paulo: Paz e Terra, 2002.
HIRYE, E. S.; HIGA, N.; ALTLOÉ, S. M. L. Diversidade educacional: uma abordagem 
no ensino da matemática na EJA. Curitiba, PR: InterSaberes, 2016.
MANTOAN, M. T. E. A propósito de uma escola para este século. In: MANTOAN, M. 
T. E. (org.). Para uma escola do século XXI. Campinas, SP: UNICAMP/BCCL, 2013, pp. 
103-114.
MICHALISZYN, M. S. Educação e diversidade. Curitiba, PR: InterSaberes, 2012.
PAULA, C. R. de. Educar para a diversidade: entrelaçando redes, saberes e identida-
des. Curitiba, PR: InterSaberes, 2013.
SARTORETTO, M. L. Inclusão: da concepção à ação. In: MANTOAN, M. T. E. (org.). O 
desafio das diferenças nas escolas. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
SILVÉRIO, V. R. A (Re)configuração do nacional e a questão da diversidade. In: 
ABRAMOWICZ, A.; SILVÉRIO, V. R. (orgs.). Afirmando diferenças: Montando o que-
bra-cabeça da diversidade na escola. Campinas, SP: Papirus, 2015, pp. 87-108.
33
Questão 1
c) II e III, apenas.
Justificativa: A diversidade é muito mais do que as diferenças culturais, e, por mui-
to tempo, a diversidade e as diferenças entre os indivíduos foram motivo para pre-
conceito e discriminação ao longo da história. O respeito à diversidade e à inclusão 
facilitam o processo de desenvolvimento da sociedade como um todo.
Questão 2
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
Justificativa: A compreensão das diferenças que caracterizam a diversidade leva a 
também compreensão de que não há motivos de exclusão, mas sim de integração 
de modo que todos possam ser agentes participativos da sociedade que ocupam. 
Dessa forma, ao passo que a sociedade conhece sua diversidade, é importante que 
esse conhecimento possibilite mais inclusão, igualdade e equidade.
Questão 3
e) I, II, III e IV.
Justificativa: Embora a análise histórica permite verificar que a diversidade foi tida 
como ruim em tempo anteriores para a sociedade, justificando, assim, os registros 
de violência, discriminações e desigualdades anteriores, isso não pode mais ser acei-
to. Atualmente, a diversidade é percebida como algo que oportuniza o desenvolvi-
mento e, por isso, tais aspectos negativos precisam ser combatidos para que, de 
fato, a diversidade se faça valer como meio de oportunidade e de uma sociedade 
mais justa que respeite e integre as diferenças, a pluralidade da qual é composta.
Questão 4
b) F, V, V, V.
Justificativa: São pontos positivos da diversidade o respeito, a compreensão, a in-
clusão e vários outros, pois a discriminação e o preconceitosomente impedem que 
a diversidade se faça valer como positiva para todos.
Questão 5
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
Justificativa: Embora os termos igualdade e equidade caminhem juntos, seus sig-
nificados se complementam para que a inclusão e a justiça de acessos se efetive. A 
igualdade, como o termo sugere, está relacionada a possibilidades iguais para todos 
e à equidade em possibilidades para uma mesma coisa. Adaptada às necessidades 
e potencialidades de cada um, ambas possibilitam uma sociedade mais justa com 
seus membros.
Gabarito
34
Questão 6
b) I e II, apenas.
Justificativa: No Artigo 3º da Constituição Federal consta: Art. 3º Constituem obje-
tivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação.
Questão 7
e) F, V, F, V.
Justificativa: Ao trabalhar com a inclusão e a diversidade em sala de aula, o profes-
sor precisa levar os alunos à compreensão e ao respeito às diferenças, desenvolver 
atividades coletivas e em grupos, para que todos possam participar, ativamente, da 
formação e, além disso, o professor precisa oferecer os estímulos adequados para 
que cada aluno possa, realmente, aprender e sistematizar saberes.
Questão 8
d) I, II e IV, apenas.
Justificativa: A diversidade nas escolas, além do amparo legal, conta com o traba-
lho capacitado de profissionais que efetivam o processo inclusivo para que a diversi-
dade seja vista de fato como algo enriquecedor. É importante tratar da diversidade 
escolar voltada para populações específicas, como a educação indígena e de jo-
vens e adultos, bem como da educação quilombola e no campo, pois a busca pela 
universalização e democratização do ensino evidencia a necessidade de inclusão e 
respeito nas escolas.
Questão 9
d) I, II e III, apenas.
Justificativa: A inclusão deve fazer parte da sociedade, seja em casa, na família ou 
na escola, ela precisa se fazer presente a fim de desenvolver cidadãos reflexivos e 
uma sociedade mais justa, isso significa que a inclusão está para além da família e 
das salas de aulas, mas deve fazer parte da sociedade como um todo inclusive no 
que se refere ao mercado de trabalho.
Questão 10
e) II, III e IV, apenas.
Justificativa: Conhecer, respeitar e valorizar as diferenças são essenciais para a in-
clusão e para uma sociedade mais justa.
Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
Educação de Jovens e Adultos, Ensino 
Médio e Educação Profissional
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Introdução .............................................................................................................................. 4
Educação de Jovens e Adultos – EJA ............................................................................... 4
A Reforma do Ensino Médio................................................................................................ 9
Educação Profissional e Tecnológica ...............................................................................14
Em Síntese .............................................................................................................................18
Atividades de Fixação .........................................................................................................19
Material Complementar..................................................................................................... 25
Referências ........................................................................................................................... 27
Gabarito ................................................................................................................................28
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender os objetivos nos diferentes níveis e modalidades da Educação 
Básica;
• Conhecer as propostas de ensino;
• Refletir sobre a importância do EJA.
Objetivos da Unidade
4
Introdução
Nesse estudo, vamos conhecer três propostas de Ensino da Educação Básica: a 
Educação de Jovens e Adultos, o Ensino Médio e a Educação Profissionalizante.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa a condição necessária para a 
promoção da igualdade social. A EJA é uma modalidade de ensino que possui uma 
trajetória histórica significativa na história da educação brasileira, considerando as 
desigualdades e exclusões sociais, culturais, políticas e econômicas pelas quais a 
população brasileira passou. 
A possibilidade de cursar a Educação Básica, independente da idade, contribuiu 
para que muitas pessoas saíssem do quadro de marginalização. O Ensino Médio é 
a etapa final da Educação Básica e contribui significativamente para a preparação 
básica para a cidadania e o trabalho. É nessa etapa que se desenvolve a autonomia 
intelectual e o pensamento crítico. Recentemente, o Ensino Médio passou por uma 
reforma no currículo. Neste estudo, vamos entender essa reforma.
A Educação Profissional tem como objetivo a qualificação, requalificação e profis-
sionalização de trabalhadores de qualquer nível de escolaridade. Essa modalidade 
de ensino é um ponto de articulação entre a escola e o mundo do trabalho. Vamos 
conhecer mais!
 
Educação de Jovens e Adultos – 
EJA
A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que recebeu for-
tes influências do pensamento de Paulo Freire, o qual considerava o alfabetizando 
como sujeito de seu saber. Essa modalidade de ensino tem grande importância 
devido ao contexto histórico do Brasil, em que diversas pessoas permaneceram 
excluídas das escolas.
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Figura 1 – EJA - Educação de Jovens e Adultos
Fonte: Getty Images. 
#ParaTodosVerem: imagem de seis pessoas olhando para frente e sorrindo. À frente, três mulheres, e atrás, três 
homens. Fim da descrição.
Podemos considerar que, desde a colonização portuguesa, existe a necessidade de 
políticas para a Educação de Jovens de Adultos, afinal o contexto do sistema educa-
cional brasileiro garantia a formação da elite, que excluía, selecionava e discriminava 
grande parte da população.
No final do século XIX e início do século XX, a economia brasileira passava por trans-
formações estimuladas pelo fortalecimento da industrialização. Nesse contexto, fo-
ram aprovados projetos de leis que enfatizavam a obrigatoriedade da educação de 
adultos. Contudo, haviam intencionalidades econômicas e políticas nesse processo, 
haja vista a emergência do desenvolvimento urbano industrial do país, em que o 
analfabetismo representava um mal que precisava ser superado.
Em 1947 é introduzida uma política de Educação para as massas, que tinha a fina-
lidade de alçar maior desenvolvimento ao Brasil. É nesse propósito que se lança a 
Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, cujo objetivo era alfabetizar, 
em três meses, esta parcela da população excluída da educação regular.
A campanha possuía a pretensão de formar professores ao mesmo tempo em que 
propiciava o desenvolvimento comunitário dos jovens e adultos. Porém, essa ini-
ciativa não teve êxito, especificamente nas áreas rurais, pois somentealgumas 
escolas de ensino supletivo permaneceram durante a década de 1950. Contudo, 
a necessidade de definir uma identidade a essa educação permanecia e deu-se 
continuidade à organização de programas de massa, destinados à Educação de 
Jovens e Adultos (EJA).
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Assim, surgiu uma nova visão sobre o problema do analfabetismo somada a um 
novo paradigma pedagógico para a educação de adultos a partir da proposta do 
educador Paulo Freire. Ao final dos anos 50, duas tendências na educação de adul-
tos despontam: uma entendida como educação libertadora, cujo mentor foi Paulo 
Freire, a outra, educação de adultos, reconhecida pela população como educação 
funcional, ou seja, uma educação voltada à profissionalização.
Por fim, a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 208, inciso I, garante o acesso 
ao Ensino Fundamental gratuito, inclusive àqueles que não tiveram acesso na idade 
própria. Esse dispositivo constitucional determina o dever do Estado em promover a 
Educação de Jovens e Adultos.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) também é reconhecida na Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Básica (LDB), Lei n.° 9.394/1996, como modalidade de ensino. 
Vamos conferir o que diz essa Lei:
Art. 28. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se aos que se si-
tuam na faixa etária superior à considerada própria, no nível de conclusão 
do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
§ 1º Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de cursos gratui-
tos aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes oportunidades edu-
cacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus 
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos, exames, 
ações integradas e complementares entre si, estruturados em um projeto 
pedagógico próprio.
§ 2º Os cursos de EJA, preferencialmente tendo a Educação Profissional 
articulada com a Educação Básica, devem pautar-se pela flexibilidade, 
tanto de currículo quanto de tempo e espaço. 
Fonte: Brasil 2010.
Esta modalidade de ensino também é regulamentada pelos artigos 37 e 38 da LDB 
9.394/1996.
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Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e mé-
dio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos 
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportuni-
dades educacionais apropriadas, consideradas as características do alu-
nado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos 
e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência 
do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares 
entre si.
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmen-
te, com a educação profissional, na forma do regulamento (Incluído pela 
Lei n.º 11.741, de 2008).
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao pros-
seguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quin-
ze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito 
anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por 
meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames 
Fonte: Brasil, 1996.
Além de ser garantida pelas duas leis que institucionalizam e regulam o ensino bra- 
sileiro, a EJA faz parte das metas do Plano Nacional de Ensino (PNE) vigente (2014 
a 2024).
Na meta 10, o PNE propõe a EJA integrada à Educação Profissional e exige como 
meta que, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de 
jovens e adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à educação 
profissional.
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Site
O Plano Nacional da Educação (PNE) está 
previsto na Constituição Federal de 1988 e na 
LDB/1996. A descentralização, avaliação, qua-
lificação profissional, financiamento, inclusão 
e incentivos à educação básica, fazem parte 
da estrutura e metas do PNE.
Acesse na íntegra a Lei n° 13.005/2014, que 
aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e 
dá outras providências. 
 Site
Acesse também a versão atualizada da Lei 
no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional.
Recentemente foi regulamentada a avaliação do Encceja (Exame Nacional para 
Certificação de Competências de Jovens e Adultos). Essa avaliação é uma prova de 
certificação do Ensino Médio e a principal forma de jovens e adultos (moradores do 
Brasil e exterior) concluírem seus estudos.
https://bit.ly/2EmaeFe
https://bit.ly/2EmaeFe
https://bit.ly/1OgopZ0
https://bit.ly/1OgopZ0
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Leitura
“Todas as pessoas que não terminaram os estudos na idade es-
perada podem fazer a prova do Encceja. Para conseguir o certi-
ficado, a idade mínima é de 15 anos para o Ensino Fundamental 
e de 18 anos para o Ensino Médio. Um detalhe importante: a 
idade deve ser completada até a data de realização da prova”.
Caso você ainda não tenha concluído o Ensino Fundamental, 
é possível conseguir o certificado de conclusão do Ensino 
Fundamental e Médio de uma só vez. Basta ter 18 anos ou mais 
no dia do Encceja 2019.
Fonte: INEP. Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Disponível
em: .
Sabendo dessa informação, você pode compartilhar e ajudar alguém a concluir a 
Educação Básica! Pense nisso!
A Reforma do Ensino Médio
O governo tem metas, prazos e estratégias para alcançar. Quando as metas não 
são atingidas, algumas medidas são tomadas, como foi o caso do Ensino Médio. 
Lembre-se que as avaliações da educação têm o objetivo de traçar indicadores so-
bre a educação.
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Figura 2 – Ensino Médio
Fonte: Getty images. 
#ParaTodosVerem: imagem de mulher em corredor formado por carteiras. Ela está ao lado de adolescente 
sentado. Ambos olham e apontam para um caderno. Ao fundo, dois adolescentes estão sentados em carteiras 
enfileiradas, olhando para baixo. Fim da descrição.
Em 2016, o presidente Michel Temer publicou uma Medida Provisória (MP) que muda 
as regras e exigências do Ensino Médio. O governo federal encaminhou ao Congresso 
Nacional, em 22 de setembro de 2016, a MP 746/2016 para a reestruturação do Ensino 
Médio. A reforma do Ensino Médio foi imposta pela referida MP e promulgada como lei 
em fevereiro de 2017, pela Lei n.º 13.415/2017. Essa lei tem como objetivo:
Alterar as Leis no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as di-
retrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que 
regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação 
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de 
maio de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga 
a Lei no 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à 
Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
Fonte: Brasil 2017.
De acordo com o parágrafo 7º do artigo 35-A da referida lei, os currículos do Ensino 
Médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um 
trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos 
aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
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Outro destaque da reforma diz respeito ao aumento da carga horária. Ela será am-
pliada progressivamente até atingir mil e quatrocentas horas anuais. Atualmente, 
o total é de 800, de acordo com o MEC. O que a medida pretende é incentivar o 
ensino em tempo integral.
Em relação às mudanças curriculares (linguagem e suas tecnologias; matemática e 
suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e so-
ciais aplicadas; e formação técnica e profissional) cada sistema de ensino organizaráessas áreas e as respectivas competências e habilidades esperadas do aluno, segun-
do seus próprios critérios, e todas as regras valerão para as redes de ensino público e 
privado. No entanto, o cronograma de implementação precisa ser elaborado no pri-
meiro ano letivo seguinte à data de publicação da Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC) e a implementação ocorrerá no segundo ano letivo depois da homologação 
do referido documento.
Quanto aos métodos de ensino, o texto da Lei n.º 13.415/2017 da MP n.º 746, de 2016, 
retoma e reformula trecho da Lei de Diretrizes e Bases (9.394/96) para estipular que 
as redes de ensino organizarão os conteúdos, as metodologias e as formas de avalia-
ção processual e de formação, de maneira que o educando demonstre domínio dos 
princípios científicos e tecnológicos da produção moderna e o conhecimento das 
formas contemporâneas de linguagem.
Para o governo, a reforma do Ensino Médio se fez necessária em decorrência da urgên-
cia do problema deste nível de ensino no país: dados do Índice de Desenvolvimento 
da Educação Básica (Ideb), criado em 2007, recém divulgados, mostram uma reali-
dade trágica no Ensino Médio e retratam a urgência da reforma. Outro fator é que o 
fracasso do Ensino Médio brasileiro é um dado da realidade, como demonstram os 
resultados das avaliações nacionais e internacionais (Brasil, 2016).
Trocando Ideias
Por que a língua inglesa foi escolhida como obrigatória?
Segundo o Ministério da Educação, a língua inglesa foi escolhida 
como obrigatória porque é a mais disseminada e ensinada no 
mundo inteiro e o inglês é necessário para inserção no mundo 
de trabalho.
Você concorda?
Estudante, a educação é vista como um dos direitos fundamentais do homem e 
está garantida legalmente em quase todos os países do mundo. Essa conquista é 
reflexo do entendimento que se desenvolveu, ao longo dos últimos séculos, de que 
a educação é uma das necessidades básicas na conquista da cidadania, pois é por 
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meio dela que o homem tem acesso a bens culturais presentes em nossa sociedade. 
Mas, para que o direito à educação seja garantido, é preciso que voltemos nosso 
olhar para o estabelecimento de mecanismos legais que definam as obrigações e 
os compromissos governamentais, além da luta de todos os cidadãos para que seja 
cumprido o que já está estabelecido em lei.
Lembre-se, nós somos cidadãos!
Veja as principais mudanças propostas pela medida provisória do governo Temer, na 
Lei n.º 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
• Carga horária mínima é de 800 horas anuais (ensino parcial);
• Alunos cursam 13 disciplinas obrigatórias nos três anos;
• Ensino médio é dividido, em geral, em três anos;
• Redes só contratam professores que passaram por cursos de formação de 
professores;
• Educação Física e Artes eram obrigatórias em todo o ensino básico;
• Governo federal tinha programas menores de incentivo ao ensino integral.
COMO É HOJE
• Grade será ampliada gradualmente para 1.400 horas anuais (ensino integral);
• Só parte da grade será igual para todos; depois, aluno poderá se aprofundar 
em: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e/ou 
Ensino Técnico;
• Escolas poderão adotar sistema de créditos em algumas disciplinas;
• Poderão ser contratados professores sem concurso e por notório saber para 
atender cursos técnicos;
• Disciplinas deixam de ser obrigatórias no Ensino Médio e carga horária fica a 
cargo das redes e escolas;
• União dará aporte financeiro por quatro anos a escola que introduzir a 
modalidade.
O QUE O PLANO PROPÕE
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• Há evidências de que a carga expandida melhora o desempenho dos alunos;
• Flexibilizar a grade dá autonomia e atrai os adolescentes;
• Medida também dá mais liberdade ao estudante;
• Ação ajuda a suprir demanda de professores na ampliação da modalidade;
• Diminui o número de disciplinas obrigatórias e conteúdos devem ser con-
templados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC);
• Investimento incentiva instituições a aderirem ao ensino integral.
VANTAGENS
• Modalidade integral requer um bom projeto pedagógico e gastos maiores;
• Oferta de habilitações pode ser desigual entre escolas e redes;
• Mudança depende de uma organização complexa das redes;
• Qualidade dos profissionais e do ensino técnico pode diminuir;
• Prejudica a formação cultural e a saúde dos estudantes;
• Governo aponta que valor vai depender da disponibilidade orçamentária, 
mas vive momento de cortes.
ENTRAVES
Além da Lei n.º 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, conhecida como reforma do Ensino 
Médio, que altera algumas legislações que regulamentam a Educação Básica, no fi-
nal de 2018 foi aprovada também a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para 
o Ensino Médio. Diferente da reforma que altera a carga horária e altera disciplinas 
obrigatórias, a BNCC é um documento de referência para que estados, municípios 
e a rede privada construam seus currículos, podendo incorporar aspectos de suas 
realidades locais. Considerando a diversidade regional do Brasil, essa característica é 
um ganho positivo para a Educação.
 
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Educação Profissional e 
Tecnológica
A Educação Profissional é destinada a alunos que procuram uma formação por meio 
de aprendizagem formal ou não. Essa formação pode ser reconhecida e certifica-
da. O contexto histórico desta modalidade de ensino também provém de lutas pela 
igualdade de direitos de trabalho e educação.
Figura 3 – Educação Profissional e Tecnológica
Fonte: Getty Images. 
#ParaTodosVerem: imagem com homens e mulheres vestidos com uniformes de diferentes profissões. Fim da 
descrição.
A orientação para esta modalidade de ensino está prevista na LDB n.º 9.394/1996 nos 
artigos 39 a 42.
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos obje-
tivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalida-
des de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia 
(Redação dada pela Lei n.º 11.741, de 2008).
§ 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser orga-
nizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes 
itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e ní-
vel de ensino (Incluído pela Lei n.º 11.741, de 2008).
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§ 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: 
(Incluído pela Lei n.º 11.741, de 2008).
I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional (Incluído 
pela Lei n.º 11.741, de 2008);
II – de educação profissional técnica de nível médio (Incluído pela Lei n.º 
11.741, de 2008);
III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-gradua-
ção. (Incluído pela Lei n.º 11.741, de 2008). 
Fonte: Brasil, 1996.
Como podemos identificar, essa modalidade de ensino pode ser ofertada no nível da 
Educação Básica, sendo a Educação Profissional Técnica de Nível Médio; e no Nível 
Superior sendo a Educação Profissional Tecnológica de Graduação e Pós-Graduação.
Assim como as demais modalidades de ensino, a modalidade de Educação 
Profissional Técnica de Nível Médio possui diretrizes curriculares específicas, defini-
das pela Resolução n.º 6, de 20 de setembro de 2012.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio orientam sobre (Brasil, 2012):
• Princípios Norteadores;
• Formas de Oferta;
• Organização Curricular;
• Duração dos cursos;
• Avaliação, aproveitamento e Certificação;
• Formação Docente.
Atuar nessa modalidade de Educação requer um atendimento especial. É possível 
ofertar cursos técnicos articulados com o Ensino Médio, isso quer dizer que o estu-
dante pode fazer um curso técnico ao mesmo tempo em que cursa o Ensino Médio, 
possibilitando um direcionamento profissional assim que concluir o Ensino Médio. 
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Para regulamentar quais cursos podem ser ofertados, existe o Catálogo Nacional de 
Cursos Técnicos. Este catálogo é um instrumento que disciplina a oferta de cursos 
de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, que tem a finalidadede orientar as 
instituições, estudantes e a sociedade em geral.
Esse documento apresenta 227 cursos e orienta as seguintes descrições dos cursos:
Para ilustrar, podemos citar alguns exemplos de cursos Técnicos:
• Técnico em Controle Ambiental;
• Técnico em Cuidador de Idosos;
• Técnico em Enfermagem;
• Técnico em Equipamentos Biomédicos;
• Técnico em Estética;
• Técnico em Farmácia.
• Cargas horárias mínimas;
• Perfil profissional de conclusão;
• Infraestrutura mínima requerida;
• Campo de atuação;
• Ocupações associadas à Classificação Brasileira de Ocupações (CBO);
• Normas associadas ao exercício profissional; e
• Possibilidades de certificação intermediária em cursos de qualificação - 
profissional, de formação continuada em cursos de especialização e de - 
verticalização para cursos de graduação no itinerário formativo.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. 
Disponível em: https://bit.ly/3SynBYK.
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Site
Conheça todos os cursos técnicos que po-
dem ser ofertados de acordo com o Catálogo 
Nacional de Cursos Técnicos, acessando o QR 
Code.
Toda essa possibilidade de busca do conhecimento, que pode melhorar as condi-
ções de vida e do trabalho, favorece certamente à população uma participação mais 
efetiva nos bens culturais produzidos, o que provoca a transformação nas formas de 
pensar e agir no contexto dessa sociedade.
Site
Acesse as Diretrizes Curriculares 
Educacionais Orientadoras da Educação de 
Jovens e Adultos.
https://cnct.mec.gov.br/
http://bit.ly/3U2p6kn
http://bit.ly/3U2p6kn
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Nos diferentes níveis e modalidades da Educação Básica, os objetivos variam, mas 
convergem para a formação integral dos indivíduos. Desde a Educação Infantil até 
o Ensino Médio, busca-se não apenas transmitir conhecimentos, mas desenvolver 
habilidades socioemocionais, promover o pensamento crítico e preparar os alunos 
para a cidadania e o mundo do trabalho.
As propostas de ensino são fundamentais nesse processo, pois delineiam os cami-
nhos metodológicos e pedagógicos para atingir tais objetivos. Elas variam conforme 
as abordagens educacionais, contemplando desde métodos mais tradicionais até 
abordagens mais inovadoras e centradas no aluno, como a aprendizagem ativa e 
colaborativa.
Refletir sobre a importância da Educação de Jovens e Adultos (EJA) revela a valori-
zação da educação ao longo da vida. O EJA oferece oportunidades de aprendizado 
para aqueles que por diversos motivos não tiveram acesso à educação na idade ade-
quada. É um instrumento poderoso para a inclusão social, permitindo que pessoas 
de diferentes idades e realidades tenham acesso à educação e ampliem suas opor-
tunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
A integração de todos esses elementos na prática educativa é crucial para uma 
Educação Básica eficaz e inclusiva, que atenda às necessidades e potencialidades 
de cada estudante, contribuindo assim para uma sociedade mais justa e igualitária.
Em Síntese
19
1 – Nos últimos anos, a reforma do Ensino Médio foi tomada por debates: o gover-
no decidiu fazê-la por meio de uma Medida Provisória (MP) e adiou a aprovação da 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do segmento. Sobre o modelo de ensino 
apresentado na contextualização dessa questão, é correto afirmar que:
a) Esse é o modelo de ensino baseado no Ratio Studiorum.
b) Esse modelo de ensino proporciona desigualdade na educação.
c) O objetivo deste modelo de ensino é a formação para a pesquisa.
d) Para o governo, a reforma do Ensino Médio fez-se necessária em decorrência da 
urgência do problema deste nível de ensino no país.
e) O modelo Ratio Studiorum foi usado como base para a reforma do Ensino Médio, 
em 2017.
2 – O trabalho com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) leva em consideração 
a realidade do educando, suas experiências, opiniões e sua história de vida. Nesse 
sentido, educador e educando mantêm uma relação, segundo Paulo Freire (2005), 
dialógica. Desse modo, a alfabetização ocorre para além do campo cognitivo. Ela 
deve acontecer, também, nos âmbitos social, cultural e político.
Sobre este assunto, leia as afirmativas a seguir:
I. A descrença da possibilidade de intervenção na realidade é alimentada pelas car-
tilhas e manuais escolares, que colocam homens e mulheres como observadores 
passivos.
II. Segundo os estudos de Paulo Freire, a visão ingênua que os indivíduos têm da 
realidade torna-os submissos, na medida em que, não sabendo que podem trans-
formá-la, sujeitam-se a ela.
III. O pensamento de Paulo Freire rompeu com a relação cristalizadora de domina-
ção, buscando pensar a realidade dentro do universo do educando, consideran-
do, assim, a linguagem e a história da coletividade.
IV. A partir do sistema de ensino desenvolvido por Paulo Freire, educador e educan-
do interagem, podendo, assim, criar novos métodos de aprendizagem por meio 
dos quais o alfabetizador trabalha o conteúdo a ser ensinado.
Está correto o que se afirma em:
Atividades de Fixação
20
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
3 – A Educação de Jovens e Adultos (EJA) surge como possibilidade de atender a 
uma demanda excluída da população. Esta preocupação está vinculada à educa-
ção popular, dirigida às populações adultas. Quanto aos objetivos da EJA, analise 
as afirmativas:
I. Propor modelos para a concorrência e a competitividade, em um processo de 
efervescência nos setores industrial e comercial.
II. Desenvolver a consciência crítica popular como um dos instrumentos de signifi-
cação e ressignificação da própria realidade social.
III. Promover a educação popular como sendo a educação cidadã, promotora da 
formação humana e que é dirigida às pessoas em nome do desenvolvimento 
humano.
IV. Propor situações de socialização dos conhecimentos de forma organizada, siste-
matizada, atendendo às especificidades do trabalho pedagógico dessa deman-
da da escolarização.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) ll e lll, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
4 – A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 208, inciso I, garante o acesso ao 
Ensino Fundamental gratuito, inclusive, àqueles que não tiveram acesso na idade 
própria. Esse dispositivo constitucional determina o dever do Estado em promover 
a Educação de Jovens e Adultos. Nesse pressuposto, pode-se constatar que:
21
I - A Educação de Jovens e Adultos é também compreendida como educação con-
tínua e permanente. 
II - A partir da LDB (Lei n.º 9.394/96), a Educação de Jovens e Adultos tem a função 
de atender aos interesses de indivíduos que ainda não possuem determinada 
experiência de vida.
III - A oferta da modalidade EJA deve considerar as situações, os perfis dos estu-
dantes e as faixas etárias.
IV- A Lei enfatiza que os sujeitos da EJA necessitam de formação igual a das crian-
ças e adolescentes, aos quais se destina o ensino regular.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
5 – A principal finalidade do Enem é a avaliação do desempenho escolar e acadê-
mico ao final do Ensino Médio. Os resultados podem viabilizar o desenvolvimento 
de estudos e indicadores sobre a educação brasileira.
INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍ-
SIO TEIXEIRA. Perguntas frequentes. 2015. Brasília - DF. Disponível em: . Acesso em: 7/12/2023.
A partir dos resultados obtidos nas últimas avaliações da Educação,foram iden-
tificadas necessidades de reformas no Ensino Médio. Sobre a Reforma do Ensino 
Médio, é correto afirmar que:
a) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação individual do aluno,composto por partes que, ainda que se comunique entre si, possuem 
também certa autonomia para a devida realização de alterações, dadas as particu-
laridades e diversidades do país. Por isso, é válido considerar que uma parte do que 
se aplica na educação do país deve ser de abrangência nacional (base nacional co-
mum), contudo, outra parte deve estar de acordo com essas tantas particularidades 
existentes, tendo por foco principal, o combate às desigualdades e proporcionar a 
todos, um ensino público de qualidade, ao mesmo tempo em que fortalece as diver-
sidades que caracterizam o país.
Com efeito, o foco central do Sistema Nacional de Educação está na garantia do 
direito de acesso à educação, por isso há tantas incertezas em se implantar um sis-
tema único e nacional de ensino, sob o risco de não contemplar todas as culturas e 
não fomentar uma educação para a diversidade, assim, esse sistema torna-se um 
grande desafio.
Importante
Para que um Sistema Nacional de Educação seja constituído, é 
necessário considerar alguns princípios, dentre eles, você está 
convidado(a) a pesquisar e acessar o Plano Nacional de Educação 
sob a Lei n.º 10.172/2001, bem como o artigo 206 da Constituição 
Federal. Além deles, Lei n.º 9.394/96, o artigo 3º, vejamos:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cul-
tura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
11
Conselho Nacional de Educação
Para iniciar as discussões envoltas no Conselho Nacional de Educação, faz-se opor-
tuno iniciar com a compreensão do conselho de educação de modo geral e sua 
representatividade para a educação no país.
Conforme apontamentos de Cury (2006, p. 41),
Um Conselho de Educação é, antes de tudo, um órgão público voltado 
para garantir, na sua especificidade, um direito constitucional da cidada-
nia. Eis porque um conselheiro, membro desse órgão, ingressa no âmbito 
de um interesse público cujo fundamento é o direito à educação das pes-
soas que buscam a educação escolar.
Nesse pensar, fica evidente que o foco dos conselhos voltados para a área educativa 
consiste na responsabilidade principal de assegurar o direito à educação. Mas para 
que isso ocorra, a educação é analisada e planejada sob vários olhares e abrangência 
nacional, estadual e municipal, assim como, por vários profissionais representantes 
desses conselhos.
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta 
Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as 
práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racia. (Incluído 
pela Lei n.º 12.796, de 2013)
XIII - garantia do dir eito à educação e à aprendizagem ao 
longo da vida (Incluído pela Lei n.º 13.632, de 2018).
Fonte: Lei nº 9.394, 1996.
12
Em âmbito nacional, é recente a existência de um conselho voltado para a educação, 
ademais, ele sofreu influências dos períodos e necessidades da área modificando-se 
algumas vezes, antes de se instaurar tal como procede na atualidade.
Segundo Gohn (2007), esses conselhos tiveram início com a primeira LDB (Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional) como o Conselho Federal de Educação. 
Em 1994 foi extinto, cedendo lugar para o Conselho Nacional de Educação que per-
durou por um curto período de tempo, sendo recriado com a nova LDB, atendendo 
às novas demandas e movimento de educação para todos.
O Conselho Nacional de Educação foi inicialmente contemplado na Lei n.º 4.024/61, 
alterada pela Lei n.º 9.131/95, na qual confere:
Art. 7º O Conselho Nacional de Educação, composto pelas Câmaras de 
Educação Básica e de Educação Superior, terá atribuições normativas, 
deliberativas e de assessoramento ao Ministro de Estado da Educação e 
do Desporto, de forma a assegurar a participação da sociedade no aper-
feiçoamento da educação nacional.
§ 1º Ao Conselho Nacional de Educação, além de outras atribuições que 
lhe forem conferidas por lei, compete:
a) subsidiar a elaboração e acompanhar a execução do Plano Nacional de 
Educação;
b) manifestar-se sobre questões que abranjam mais de um nível ou mo-
dalidade de ensino;
c) assessorar o Ministério da Educação e do Desporto no diagnóstico dos 
problemas e deliberar sobre medidas para aperfeiçoar os sistemas de 
ensino, especialmente no que diz respeito à integração dos seus dife-
rentes níveis e modalidades;
d) emitir parecer sobre assuntos da área educacional, por iniciativa de 
seus conselheiros ou quando solicitado pelo Ministro de Estado da 
Educação e do Desporto;
e) manter intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados e do 
Distrito Federal;
f) analisar e emitir parecer sobre questões relativas à aplicação da legis-
lação educacional, no que diz respeito à integração entre os diferentes 
níveis e modalidade de ensino;
13
g) elaborar o seu regimento, a ser aprovado pelo Ministro de Estado da 
Educação e do Desporto.
Fonte: Brasil, 1995.
No artigo 7º da Lei abordada é possível verificar sua composição, ou seja, por quais 
setores e órgãos públicos fica direcionada a responsabilidade deste conselho. Para 
além da composição, esse artigo da lei contempla também as principais atribuições 
referentes, incluindo-se nelas a organização de um Plano Nacional de Educação, 
bem como demais particularidades previstas para o ensino no país.
Observe, na Figura a seguir, a estrutura organizacional do Conselho Nacional de 
Educação:
Figura 1 – Estrutura organizacional do Conselho Nacional de Educação.
Fonte: Conselho Nacional de Educação - Secretaria Executiva 1.
#ParaTodosVerem: infográfico composto por diversos retângulos interligados por setas. O foco da representa-
ção é a “Estrutura Organizacional do Conselho Nacional de Educação”. Cada retângulo apresenta informações 
específicas sobre as diferentes instâncias e setores que compõem o Conselho Nacional de Educação, demons-
trando a complexidade e interconexão de suas partes. As setas indicam as relações e fluxos de comunicação 
entre os elementos, formando uma rede que representa a organização e funcionamento do conselho. Fim da 
descrição.
Buscar meios de assegurar uma educação democrática e de qualidade para to-
dos, compreende as principais premissas deste conselho. Claro que o trabalho do 
Conselho Nacional de Educação, para ser verdadeiramente eficaz, precisa contar 
com o apoio e dedicação dos profissionais da educação, nas diversas áreas de atua-
ção em todo o país, igualmente os demais conselhos envolvidos na área, sendo eles 
os conselhos estaduais e municipais. 
14
Leitura
Para conhecer mais sobre o Conselho Nacional 
de Educação, acesse o seu Regimento Interno 
no QR Code.
Conselho Estadual de Educação
Os Conselhos Estaduais de Educação são órgãos responsáveis pela educação em 
cada estado do país. Eles foram instituídos a partir da primeira LDB n.º 4.024/61, cujo 
artigo 10° desta lei apresenta:
Art. 10. Os Conselhos Estaduais de Educação organizados pelas leis es-
taduais, que se constituírem com membros nomeados pela autoridade 
competente, incluindo representantes dos diversos graus de ensino e do 
magistério oficial e particular, de notório saber e experiência, em matéria 
de educação, exercerão as atribuições que esta lei lhes consigna.
A partir desse documento, fica a cargo dos Conselhos Estaduais de Educação, re-
gulamentar e normatizar o ensino no Estado. Para que caminhe segundo as pers-
pectivas nacionais da educação de maneira adaptada às realidades vivenciadas no 
Estado, fomentando um ensino de qualidade para todosde maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e 
para sua formação nos aspectos emocionais.
b) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação integral do aluno, 
de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e 
para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
c) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar a carga horária de mil horas e 
adotar um trabalho voltado para a educação libertadora e para sua formação nos 
aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
d) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar o propósito do movimento re-
novador na busca métodos que atendam a essa demanda no quesito “alfabetização”.
22
e) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação parcial do aluno, de 
maneira a adotar um trabalho voltado para a construção da sua alfabetização e para 
sua formação nos aspectos físicos, com base em atividades militares.
6) A partir do Decreto n.º 9.057, publicado em 25 de maio de 2017, as instituições 
de Ensino Superior podem ampliar a oferta de cursos superiores de graduação e 
pós-graduação a distância. O Decreto regulamenta também a oferta de cursos 
a distância para o Ensino Médio e para a Educação Profissional Técnica de nível 
médio. Analise as afirmativas sobre o Ensino Médio:
I. O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, contribui, significativamente, 
para a preparação básica para a cidadania e o trabalho.
II. Recentemente, o Ensino Médio passou por uma reforma no currículo.
III. O Ensino Médio também pode ser oferecido junto com a formação para o exer-
cício de profissões técnicas. 
IV. A reforma do Ensino Médio propõe que o Ensino Médio pode ser realizado pelo 
ensino domiciliar, sem necessidade da escola formal.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
7 – Conforme o Art. 61 da Lei n.º 9.394/1996, “profissionais com notório saber re-
conhecido pelos respectivos sistemas de ensino” somente poderão atuar na “for-
mação técnica e profissional” do Ensino Médio. Com a reforma do Ensino Médio, 
aprovada em 2017, um professor pode ministrar disciplinas e conteúdos sem pre-
cisar ser licenciado ou ter formação específica na área. Sobre a contratação de 
professores com notório saber, é correto afirmar que:
a) A ação ajuda a suprir demanda de professores.
b) A ação é ilegal.
c) Professores com notório saber serão permitidos apenas no Ensino Privado.
d) O notório saber é permitido apenas no Ensino Superior.
e) A reforma do Ensino Médio permite que apenas especialistas na área de conheci-
mento ministre aulas.
23
8 – “A industrialização, a partir principalmente dos anos 30 do último século, mo-
difica, lentamente, a sociedade brasileira, tornando necessária nova proposta de 
educação: faz-se necessário preparar trabalhadores para a indústria, dentro de 
uma nova ordem social, gerada pela acumulação do capital. A necessidade de pre-
paração de mão-de-obra para a indústria implica uma mudança de concepção do 
ensino profissional”.
CAMPELLO, A. M.M. B.; FILHO, D.L. L. Educação Profissional. Rio de Janeiro: Di-
cionário da Educação Profissional em Saúde, 2009. Disponível em: . Acesso em: 7 dez. 2023.
Sobre a Educação Profissional e Tecnológica, é correto afirmar que:
I. A Educação Profissional e Tecnológica é destinada a alunos que procuram uma 
formação por meio de aprendizagem formal, ou não.
II. O contexto histórico da educação profissional e tecnológica também provém de 
lutas pela igualdade de direitos de trabalho e educação.
III. A orientação para a educação profissionalizante e tecnológica está prevista na Lei 
n.º 9.394/1996.
IV. Os cursos de Educação Profissional e Tecnológica deverão ser organizados pelos 
institutos informais e não necessitam de certificação.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
9 – Na Alemanha, quarta maior economia do mundo, a maioria dos alunos do En-
sino Secundário Superior – equivalente ao nosso Ensino Médio – está matriculada 
em cursos técnicos que unem a educação na escola profissionalizante a um está-
gio em alguma empresa. Com essa combinação, saem profissionais moldados às 
diferentes necessidades do mercado.
PORVIR. Alemanha é referência no ensino profissionalizante. Porvir [online], 22 
out. 2012. Disponível em: . Acesso em 7 dez. 2023.
No Brasil a Educação Profissional também está em fase de crescimento. Sobre a 
oferta da Educação profissional no Brasil é correto afirmar que:
24
a) Essa modalidade de ensino pode ser ofertada no nível da Educação Básica, sendo 
a Educação Profissional Técnica de nível médio; e, no nível superior, sendo a Educa-
ção Profissional Tecnológica de graduação e pós-graduação.
b) No Brasil apenas a Educação Profissional Técnica de nível médio é reconhecida 
pela Lei n.º 9394 de 2008.
c) Essa modalidade de ensino pode ser ofertada no nível da educação superior e 
tem como objetivo “formar as elites condutoras do país”.
d) A reforma do Ensino Médio, aprovada em 2017 impede a oferta de cursos de for-
mação inicial e continuada ou qualificação profissional.
e) A Lei n.º 7.044/82, atual Lei de Diretrizes e Bases (LDB), configura a identidade 
do ensino médio como uma etapa de consolidação da educação básica e dispõe “a 
educação profissional”.
10 – Modalidades são os formatos como a educação acontece, estão descritas na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º 9.394/1996, e representam 
ganhos para a educação, pois permite a diversidade do ensino para os seus diver-
sos públicos. A respeito da educação de jovens e adultos, assinale a alternativa 
correta.
a) É uma modalidade de ensino que visa promover apenas a Educação Profissional, 
é destinada a alunos que procuram formação por meio de aprendizagem formal ou 
não, essa formação pode ser reconhecida e certificada.
b) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram, ou não concluíram os estu-
dos nas fases Fundamental e Médio.
c) Nessa modalidade, é oferecida a Educação Básica, adequando e organizando a 
rotina e o calendário escolar, considerando as fases do ciclo agrícola e as condições 
climáticas.
d) Tem como objetivo habilitar profissionais nos diversos campos da ciência, tor-
nando-os capazes para a entrada em setores profissionais e os incentivando para o 
desenvolvimento da pesquisa.
e) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram ou não concluíram os estu-
dos nas fases Fundamental e Médio, com idade mínima de 18 anos para ambas as 
fases.
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
25
Material Complementar
Novo Ensino Médio: Entenda a Reforma
Novo Ensino Médio: entenda a reforma. Esse tema gerou muitas discussões 
entre a comunidade de educadores, primeiro foi criticada por ter sido apre-
sentada por meio de uma medida provisória, ou seja, determinada pelo go-
verno, sem considerar opiniões dos estudantes, professores e pesquisadores 
sobre o tema. Outra crítica foi relacionada à flexibilização da obrigatoriedade 
de algumas disciplinas. Porém, alguns estudiosos veem a possibilidade do 
estudante escolher a trajetória de ensino como algo positivo, a oportunidade 
de profissionalização com o curso técnico também é outro apontamento po-
sitivo. Leia mais sobre o tema:
https://bit.ly/2Edl00p 
Educação Profissional
O Ensino Médio tem sido debatido fortemente nos últimos anos. A grande 
questão é: como conciliar preparação para o prosseguimento de estudos, 
preparação para o trabalho e desenvolvimento pessoal na sociedade con-
temporânea?
Compreender a Educação Profissional como caminho para o desenvolvimen-
to de aptidões para a vida produtiva inclui qualificação, requalificação,re-
profissionalização para trabalhadores. Esse caminho permite a construção da 
cidadania. Leia mais sobre o tema em:
https://bit.ly/3HqHFXY
Sites
26
Educação Profissional e Tecnológica no Brasil Contemporâneo
Por que eu insisto tanto neste tema, a ponto de indicar para você outra lei-
tura sobre Educação Profissional e Tecnológica? Porque eu acredito que te-
mos necessidades no trabalho cada vez mais heterogêneo e a diversidade da 
oferta de trajetos formativos e de práticas pedagógicas, é a possibilidade de 
atendermos a complexidade contemporânea. Leia mais sobre o tema no livro:
MOLL, J. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: De-
safios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010 (Edição Digital).
Formação de Professores para Educação de Jovens e Adultos
Qual o seu sentimento quando sabe que um estudante se formou pela moda-
lidade de Educação de Jovens e Adultos? Na sua resposta você contemplou 
que essa modalidade considera a formação integral do estudante? Cada es-
tudante tem uma história que o levou a cursar a EJA, por isso, a atuação do 
professor é um fator diferencial na qualidade do ensino ofertado à modalida-
de de EJA. Leia mais sobre o tema e aperfeiçoe sua prática!
BARCELOS, V. Formação de Professores para Educação de Jovens e Adul-
tos. São Paulo: Vozes, 2014.
Livros
27
BRASIL. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Disponível em: . Acesso em: 19 
fev. 2019.
BRASIL. [Constituição Federal de 1988]. Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: 
. Acesso em: 
 04/01/2024.
BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Disponível em . Acesso em 13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 
DF: Presidência da República, [2009]. Disponível em: . Acesso em: 05/02/2019.
BRASIL. Medida Provisória n.º 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política 
de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, al-
tera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e ba-
ses da educação nacional, e a Lei n.º 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta 
o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização 
dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em 13/12/2023.
BRASIL. Resolução n.º 6, de 20 de setembro de 2012. Disponível em: . Acesso em: 19/02/2019.
FOLHA DE S.PAULO. Reformas no Ensino Médio: principais mudanças propostas 
pela medida provisória do governo Temer. Disponível em: . Acesso em: 23/02/2019.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005.
Referências
28
Questão 1
d) Para o governo, a reforma do Ensino Médio fez-se necessária em decorrência da 
urgência do problema deste nível de ensino no país.
Justificativa: Para o governo, a reforma do Ensino Médio fez-se necessária em de-
corrência da urgência do problema deste nível de ensino no país: dados do IDEB re-
cém divulgados mostram a realidade trágica no Ensino Médio e retratam a urgência 
da reforma. Outro fator é que o fracasso do Ensino Médio brasileiro é um dado da re-
alidade, como demonstram os resultados das avaliações nacionais e internacionais.
Questão 2
d) II, III e IV, apenas.
Justificativa: Paulo Freire era defensor de uma Educação Libertadora que rompe 
com a dominação. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. 
Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a enten-
der sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação.
Questão 3
e) II, III e IV, apenas.
Justificativa: As afirmativas estão corretas a partir da interpretação dos artigos Ar-
tigos 28, 37 e 38 da LDB n.º 9.394/1996.
II. Desenvolver a consciência crítica popular como um dos instrumentos de signifi-
cação e ressignificação da própria realidade social.
Na história da Educação brasileira, a EJA possui um foco amplo. Para haver socieda-
de igualitária e Educação eficaz, é necessário que todas as áreas da Educação sejam 
focadas e valorizadas; não é possível desvencilhar uma da outra.
III. Promover a educação popular como sendo a educação cidadã, promotora da for-
mação humana e que é dirigida às pessoas em nome do desenvolvimento humano.
Um dos precursores em favor da alfabetização de jovens e adultos foi Paulo Freire, 
que sempre lutou pelo fim da educação elitista. Freire tinha como objetivo uma edu-
cação democrática e libertadora, partindo da realidade, da vivência dos educandos.
IV. Propor situações de socialização dos conhecimentos de forma organizada, sis-
tematizada, atendendo às especificidades do trabalho pedagógico dessa demanda 
da escolarização.
Atualmente, a EJA tem objetivos maiores além da alfabetização por parte dos alu-
nos, da necessidade de estar capacitado para o mercado de trabalho, ser atuante 
na sociedade e, também, o interesse político de reduzir ao máximo a estatística de 
analfabetismo no país. Este fator favorecerá a pretensão do Brasil tornar-se uma 
grande potência mundial futuramente.
Gabarito
29
Questão 4
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
Justificativa: Vivemos, atualmente, na sociedade do conhecimento, não só do co-
nhecimento do senso comum como sempre foi, mas do conhecimento científico 
que facilita aos indivíduos uma vivência social. Isso contribui para que a EJA seja 
compreendida como educação contínua e permanente. 
Alfabetizar jovens e adultos é muito mais que transferir noções de leitura e escrita, 
o jovem ou adulto, ao ingressar em uma escola, ele tem um objetivo delimitado e 
compreende a escola como um meio para alcançar tal objetivo. O professor alfa-
betizador torna-se, então, um mediador entre o aluno e o conhecimento, por isso 
ele precisa estar bem informado, querendo realizar um trabalho de construção e 
conhecer a realidade dos alunos.
Questão 5
b) Os currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação integral do aluno, 
de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida 
e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
Justificativa: De acordo com o parágrafo 7º do artigo 35-A Lei n.º 13.415/2017, os 
currículos do Ensino Médio deverão considerar a formação integral do aluno, de ma-
neira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para 
sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
Questão 6
e) I, II e III, apenas.
Justificativa: Conforme estudado no material da disciplina, o Ensino Médio é a eta-
pa final da Educação Básica, contribui, significativamente, para a preparação básica 
para a cidadania e o trabalho. Recentemente, o Ensino Médio passou por uma re-
forma no currículo e pode ser oferecido junto com a formação para o exercício de 
profissões técnicas.
O Ensino Domiciliar para o Ensino Médio não está aprovado até o momento e pode 
ser cursado apenas em escolas formais.
Questão 7
a) A ação ajuda a suprir demanda de professores.
Justificativa: Com a reforma do Ensino Médio, aprovada em 2017, um professor 
pode ministrar disciplinas e conteúdos sem precisar ser licenciado ou ter formação 
específica na área.
Nesse contexto, poderão ser contratados professores sem concurso e por notório 
saber para atender cursos técnicos, ação que ajuda a suprirdemanda de professo-
res na ampliação da modalidade.
30
Questão 8
e) I, II e III, apenas.
Justificativa: Conforme o Artigo 39 da LDB, os cursos de Educação Profissional e 
Tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a cons-
trução de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sis-
tema e nível de ensino.
Questão 9
a) Essa modalidade de ensino pode ser ofertada no nível da Educação Básica, sen-
do a Educação Profissional Técnica de nível médio; e, no nível superior, sendo a 
Educação Profissional Tecnológica de graduação e pós-graduação.
Justificativa:De acordo com a Lei n° 9.394/1996, a Educação profissional no Brasil 
pode ser ofertada no nível da Educação Básica sendo a Educação Profissional Técni-
ca de nível médio; e, no nível superior, sendo a Educação Profissional Tecnológica de 
graduação e pós-graduação. As demais alternativas contradizem a Lei 9.394/1996.
Questão 10
b) Destinada aos que, na idade devida, não ingressaram, ou não concluíram os es-
tudos nas fases Fundamental e Médio.
Justificativa: Art. 37. da Lei n.º 9.394/1996 - A educação de jovens e adultos será 
destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino 
Fundamental e Médio na idade própria.
Conforme material de estudo e Lei n.º 9.394/1996, a afirmativa é correta, pois indica 
qual público pode cursar na Educação de Jovens e Adultos, aquele que, na idade 
correta, não puderam estudar, sendo para o Ensino Fundamental a idade mínima de 
15 anos, e, no Ensino Médio, idade mínima de 18 anos. As demais alternativas são 
incorretas, pois apresentam definições de outras modalidades de ensino.
Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
Estatuto da Criança e do Adolescente
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Introdução .............................................................................................................................. 4
Considerações Iniciais sobre o ECA .................................................................................. 4
Direitos e Deveres ................................................................................................................. 9
Estatuto da Criança e do Adolescente e a Educação ...................................................13
Em Síntese .............................................................................................................................17
Atividades de Fixação .........................................................................................................18
Material Complementar..................................................................................................... 25
Referências ........................................................................................................................... 26
Gabarito ................................................................................................................................ 27
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente;
• Analisar o estatuto no que se refere à escolarização;
• Verificar os principais direitos assegurados às crianças e adolescentes no 
estatuto.
Objetivos da Unidade
4
Introdução
Seja muito bem-vindo(a) a mais uma unidade de estudos! Neste momento, os tex-
tos aqui propostos contemplarão o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Compreender em que consiste esse estatuto, como eram assistidas as crianças e ado-
lescentes antes dessa lei e em que termos ela oportunizou melhorias para esse público, 
assegurando-lhes dignidade e acesso a tudo o que for necessário ao seu desenvolvi-
mento, é parte fundamental da compreensão do que de fato o ECA representa.
Sabe-se que o ECA é um marco no contexto de valorização e garantia da dignidade 
humana às crianças e adolescentes no país. Mas para além disso, algumas questões 
precisam ser refletidas:
Em que consiste um Estatuto?
Havia alguma legislação para as crianças e adolescentes antes do ECA?
A respeito de quais direitos esse estatuto se refere?
E quanto à educação e escolarização das crianças e adolescentes, como o ECA 
contribui?
Esses são apenas alguns, dos muitos questionamentos que podem ser desenvol-
vidos, refletidos e debatidos a respeito do Estatuto. Desse modo, serão analisadas 
características desde o seu surgimento até os reflexos dessa lei para o amparo às 
crianças e adolescentes que há na atualidade.
Boa leitura!
Considerações Iniciais sobre 
o ECA
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) surgiu no ano de 1990, representado 
pela Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Ele trata, essencialmente, dos direitos e de-
veres das crianças e adolescentes e possui grande representatividade no que tange 
às conquistas legais para esse público, assegurando, dentre outros fatores, saúde, 
educação e dignidade.
5
Dessa forma, é válido compreender, inicialmente, em que consiste um estatuto e 
uma lei. O estatuto é caracterizado por um conjunto de normas, regras e determi-
nações, que organizam aspectos voltados a determinado grupo de indivíduos, ins-
tituição, empresa, localidade etc. Nesse sentido, a lei que rege o ECA determina os 
direitos e deveres das e para as crianças e adolescentes no Brasil.
É oportuno destacar aqui que o período em que o ECA foi criado, foi um período de 
mudanças no país, que possibilitaram novos olhares para a sociedade e, principal-
mente, para as crianças e adolescentes. Antecedendo o ECA, tem-se a Constituição 
de 1988 e, ao longo da década de 1990, muitas foram as leis que surgiram e nor-
matizaram a vida em sociedade no país. No âmbito da educação, por exemplo, na 
Constituição já contemplava a educação como direito de todos e dever do Estado 
e das famílias. No ECA, há um trecho que contempla o direito de acesso e perma-
nência na escolarização e, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), 
complementa tais leis ao contemplar exclusivamente a educação.
O conceito de criança e adolescente foi se modificando ao longo dos anos e isso 
implicou no surgimento de regras e leis adaptadas a cada período, o estatuto, re-
flete assim, as necessidades voltadas ao grupo que contempla e que precisavam 
ser estabelecidas em lei a fim de que fossem efetivamente colocadas em prática. 
Contudo, antes da promulgação do ECA, outras leis vigoraram voltadas às crianças 
e adolescentes no país.
Com o ECA, ficou estabelecido que “Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos 
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 
doze e dezoito anos de idade” (Brasil, 1990, on-line). 
Voltando-se para uma breve contextualização histórica no que se refere às políticas 
direcionadas às crianças e adolescentes, observa-se a existência de atribuições legais 
voltadas à infância e à juventude, com o foco específico à parcela populacional menos 
favorecida. A partir das contribuições de Romão (2015, p. 297), fica evidente que:
[...] até a Constituição da República de 1988 vigorava no Brasil o Direito 
do Menor. Através do Código de Menores de 1927 consolidou-se as leis 
de assistência e proteção vigentes na Primeira República dedicadas ao 
menor de 18 anos de idade e abandonado ou delinquente.
Nesse período, as ações voltadas às crianças e adolescentes tinham cunho assisten-cialista e contavam também com algumas entidades que desenvolviam o mesmo 
papel, de oferecer a assistência necessária básica aos menores em condições des-
favorecidas na sociedade. Essa assistência considerava desde o aspecto educativo, 
formativo de ofícios e também assistência corretiva. Após esse período e com o 
Estado Novo,
6
[...] o menor delinquente passou a ser considerado infrator, a partir do 
Decreto-Lei n.º 6.026/1943 que dispunha sobre as medidas aplicáveis aos 
menores de 18 anos pela prática de fatos considerados infrações penais. 
Este primeiro código ficou conhecido como Mello Mattos [...]. 
Fonte: Romão, 2015, p. 297.
Com o passar dos anos e de acordo com as novas tendências, os direitos e deveres 
das crianças e adolescentes foram crescendo, percebendo-os enquanto sujeitos so-
ciais que são, e então, cabíveis de oportunidades de direitos e obrigações que lhes 
responsabiliza os deveres.
Na década de 1970, em detrimento das novas condições políticas do país, foi desen-
volvido um novo Código de Menores, substituindo o que existia até então.
Sujeito ou objeto de medidas judiciais, esse código considerava ainda uma par-
cela de indivíduos menores de 18 anos, assim como nas políticas sociais antece-
dentes para esse grupo. Contudo, no código de 1979, verificava-se uma atenção 
especial ao menor que se encontrava em situação irregular. De acordo com o 
Código de Menores, sob a Lei n.º 6.697, de 10 de outubro de 1979, verifica-se que, 
de acordo com o “Art. 2º Para os efeitos deste Código” (Brasil, 1979), considera-
-se em situação irregular o menor:
I - privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução 
obrigatória, ainda que eventualmente, em razão de:
a) falta, ação ou omissão dos pais ou responsável;
b) manifesta impossibilidade dos pais ou responsável para provê-las;
II - vítima de maus-tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou 
responsável;
III - em perigo moral, devido a:
a) encontrar-se, de modo habitual, em ambiente contrário aos bons 
costumes;
b) exploração em atividade contrária aos bons costumes;
IV - privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual dos 
pais ou responsável;
7
V - Com desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação familiar ou 
comunitária;
VI - autor de infração penal. 
Fonte: Brasil, 1979.
Dessa forma, por situação irregular, pode-se entender como aqueles menores que 
encontravam-se em situação precária, de marginalização, de abandono, de violação 
de direitos, ou que tivessem cometido ato infracional. Dessa forma, o menor em 
situação regular não estava inserido nas medidas previstas neste código.
Vale ressaltar que o Código de Menores foi o que entendeu e, posteriormente, foi 
revogado com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. A grande 
distinção do ECA para o código que o antecedeu foi o fato do ECA estar direcionado 
para todas as crianças e adolescentes menores de 18 anos, conforme o excerto:
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamen-
tais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as 
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento fí-
sico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de 
dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as 
crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação fa-
miliar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, con-
dição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, 
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferen-
cie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem (incluído pela 
Lei n.º 13.257, de 2016).
Fonte: Brasil, 1990. 
Fica evidente que a essência do ECA consiste na normatização e legalização dos 
direitos e deveres das crianças e adolescentes e também da sociedade e do Estado 
para com eles. A partir de 1990, o Código de Menores perdeu sua validade ao ser 
revogado pelo ECA que, por sua vez, tornou-se a lei que vigora até hoje para esse 
grupo. Por estar em vigência desde a década de 1990, várias foram as adaptações e 
modificações feitas no texto da Lei n.º 8.069/1990. Por conta disso, não é difícil se 
deparar ao longo da leitura inclusões feitas em seu texto por novas leis.
8
Quadro 1 – Diferenças entre o Código de Menores e o 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Código de Menores ECA
Lei n.º 6.697/1979 Lei n.º 8.069/1990
Menor em situação irregular
Proteção Integral para crianças e 
adolescentes
Objeto de medidas judiciais Sujeito de direitos
Fonte: Acervo da conteudista.
Desde o Código de Menores até o ECA, se observa o auxílio e a assistência dire-
cionados para as crianças e adolescentes, e que com a efetivação do ECA como a 
lei nacional que ampara esse grupo, outras novas conquistas foram possíveis, es-
pecialmente pelo fato de que seu foco de atuação está no todo que compreende 
esse grupo. Dessa forma, todas as crianças e adolescentes passam a ser sujeitos 
de direitos perante o estatuto, de modo que, legalmente, possuem todo o respaldo 
para o pleno desenvolvimento.
Leitura
Para compreender um pouco mais do processo 
de atendimento às crianças e adolescentes no 
país, acesse e realize a leitura do texto “História 
dos direitos da criança”. 
https://www.unicef.org/brazil/historia-dos-direitos-da-crianca
9
Direitos e Deveres
Ao pensar o ECA como um grande marco para as crianças e adolescentes, surge sem-
pre a ideia de direitos assegurados legalmente. Contudo, vale ressaltar que o referido 
estatuto considera os direitos e também os deveres que as crianças e adolescentes 
possuem na sociedade brasileira. De modo geral, o ECA visa assegurar os direitos 
básicos para a manutenção da dignidade humana e desenvolvimento das crianças e 
adolescentes, bem como as medidas socioeducativas, caso seja necessário.
Das mais expressivas contribuições do ECA, podem ser destacadas a roupagem 
mais descentralizadora e emancipatória que possui, bem como a garantia de direitos 
que são fundamentais ao desenvolvimento na infância e juventude, como a saúde, 
educação e outros.
Ainda nas disposições preliminares no início da lei, fica claro que um dos fatores de-
terminantes do ECA é o direito à prioridade. Nele considera-se uma série de fatores 
em que são assegurados às crianças e adolescentes, incluindo-se o fato de puni-
ção aos que não garantirem a esse público os direitos fundamentais, de modo que 
não haja negligências ou qualquer forma de discriminação, violência e exploração. 
Verifique o direito à prioridade contido no artigo 4º da Lei.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do po-
der público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância 
pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais 
públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas rela-
cionadas com a proteção à infância e à juventude.
Fonte: Brasil, 1990.
Dentre as várias determinações contidas na lei, ao tratar dos direitos fundamentais 
voltados às crianças e adolescentes, e que devem ser considerados pela família, res-
ponsáveis, da comunidade, do Estado e da sociedade em geral, verifica-se o direito 
à saúde desde a gravidez, ao nascimento e desenvolvimento infantojuvenil, ao opor-
tunizar acesso à saúde pública por meio de programas e políticas voltadas à área, 
abarcando o Sistema Único de Saúde (SUS) bem como os serviços de assistência 
médica, odontológica e social, ofertando o atendimentoe demais ações necessárias 
ao desenvolvimento de maneira gratuita.
10
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, compreende conforme a Lei em 
seu Art. 15 “A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à digni-
dade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de 
direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis” (Brasil, 1990, 
on-line). Assegurando, assim, a liberdade, a autonomia e o respeito, mantendo-os a 
salvo de qualquer forma discriminatória, violenta ou de exploração.
A menção ao direito à Convivência Familiar e Comunitária, inclui o fato de que toda 
criança ou adolescente deve ter assegurado o convívio familiar e com a comunidade, 
seja na família original ou em caso específicos com famílias substitutas, bem como 
o respeito da guarda, tutela e adoção, com todo o suporte necessário oferecido por 
programas e políticas para tal fim.
Outro direito contido na lei, diz respeito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer, do qual 
as crianças e adolescentes precisam ter acesso para seu pleno desenvolvimento, 
enquanto cidadãos. Quanto ao Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho, 
enquadra-se, basicamente, o fato de o trabalho ser proibido a menores de 14 anos 
de idade, bem como o direcionamento para ações profissionalizantes quando devi-
do, de modo a direcionar os jovens ao mercado de trabalho, sem que isso prejudique 
seus demais direitos como o de educação, por exemplo.
Figura 1 – Direitos fundamentais contidos no ECA
Fonte: Acervo da conteudista. 
#ParaTodosVerem: infográfico com retângulos interligados por linhas sobre os direitos fundamentais contidos 
no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). À esquerda, Direitos Fundamentais. À direita, coluna com cinco 
retângulos. De cima para baixo, Direito à vida e à saúde; Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; Direito à 
convivência familiar e comunitária; Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; Direito à profissionaliza-
ção e à proteção no trabalho. Fim da descrição.
11
Na sequência dos direitos que são fundamentais das crianças e dos adolescentes, a 
lei contempla um capítulo específico para tratar da prevenção, que abarca diversos 
aspectos relacionados a esse tema. Como característica principal, o artigo 70 enfa-
tiza que “é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos 
da criança e do adolescente” (Brasil, 1990, on-line). Contém também as particulari-
dades deste item, incluindo as entidades de atendimento, a fiscalização, bem como 
medidas de proteção.
Outro ponto muito importante a ser tratado são os atos infracionais cometidos pelas 
crianças e adolescentes que, caso necessário, terão medidas e penalidades especí-
ficas e consequentes de seus atos, dentre elas medidas socioeducativas, conforme 
legislação para tal fim.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente 
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade 
de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação 
de trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental rece-
berão tratamento individual e especializado, em local adequado às suas 
condições. 
Fonte: Brasil, 1990.
12
Dessa forma, ao passo que o Estatuto prevê os direitos, considera também os deve-
res e, sobretudo, as consequências de atos infracionais que, porventura, crianças e 
adolescentes venham a cometer.
Em continuidade ao que contempla o Estatuto da Criança e do Adolescente, encon-
tram-se as medidas direcionadas aos pais ou responsáveis. Além disso, por meio do 
ECA surgem conselhos de direito, como o Conselho Tutelar, encarregado de zelar 
pelas crianças e adolescentes com relação aos direitos que possuem. De acordo 
com a Lei n.º 8.069/90, em seu Art. 131, verifica-se que “O Conselho Tutelar é órgão 
permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo 
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”. Está in-
cluída neste item a escolha dos conselheiros, assim como as atribuições cabíveis ao 
conselho em questão.
São consideradas também na lei, o acesso à justiça por parte das crianças e adoles-
centes e as particularidades cabíveis a esse atendimento, e a respeito dos crimes e 
das infrações administrativas.
Importante
De modo geral, pode-se compreender que o ECA estabelece 
direitos às crianças e adolescentes. Tais direitos estão relacio-
nados à vida, saúde, alimentação, educação, lazer, profissio-
nalização, cultura, dignidade humana, o respeito, assim como 
a liberdade, o convívio familiar e comunitário, igualmente está 
voltado para atender aspectos voltados às políticas de atendi-
mento, medidas protetivas ou socioeducativas, e diversas ou-
tras providências.
Consoante as considerações apresentadas, ainda que brevemente a respeito do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, fica evidente que ele representa uma con-
quista legal que ampara e principalmente esclarece em determinações legais os di-
reitos e deveres voltados para esse público, reconhecendo-o como sujeito social.
Trocando Ideias
Como visto, o ECA foi estabelecido pela Lei no 8.069 de 1990. 
Você considera que todas as suas atribuições estão sendo apli-
cadas e as crianças estão com seus direitos garantidos plena-
mente? Considera que ainda hoje é um desafio implementá-lo 
em sua completude?
13
Estatuto da Criança e do 
Adolescente e a Educação
Dentre as várias atribuições legais para as crianças e adolescentes, o ECA determina 
o direito à educação, mas o que de fato se relaciona à educação e quais as contribui-
ções do estatuto nesse sentido?
A partir de seu estudo, torna-se evidente que o ECA também representou um marco de 
desenvolvimento no âmbito da educação básica no Brasil, primeiro porque foi desenvol-
vido em um período em que muitas mudanças estavam sendo pensadas para essa área. 
Em segundo lugar, porque foi estabelecido, após as determinações da Constituição 
Federal de 1988 e, ademais, antecede a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Verifique o que consta no ECA com relação à educação:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao ple-
no desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania 
e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instân-
cias escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo 
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
Fonte: Brasil, 1990.
Ao assegurar tais direitos e tratar especificamente da educação nos Art. 53 ao 59, é 
possível identificar as várias caracterizações desse direito à educação por parte das 
crianças e adolescentes. Trata-se, assim, de aspectos gerais, bem como do dever 
do Estado, do respeito por parte dos alunos no processo educativo, assim como a 
obrigatoriedade dos pais ou responsáveis de efetivarem matrículas, na escola, das 
crianças e adolescentes que estão sob suas responsabilidade.
14
Para além dessas atribuições, há uma relação da educação estabelecida entre a es-
cola e o Conselho Tutelar, em que o Conselho deverá ser avisado em caso de faltas 
excessivas, repetência ou percepção de maus-tratos.
Conforme o ECAe a educação como um direito, pode-se considerar com base nas 
contribuições de Lamenza e Machado (2012, p. 95), que:
a educação infanto juvenil compreende o processo de transmissão de co-
nhecimentos à criança e ao adolescente sobre os mais variados ramos do 
saber humano, tarefa de competência do Estado (por si só ou por delega-
ção), fazendo com que sejam estimuladas a capacidade de aprendizado, 
a criação e difusão de idéias próprias e a formação do público infantoju-
venil para o exercício da cidadania plena, com preparo suficiente para o 
ingresso no mercado de trabalho.
Tais considerações possuem também embasamento na Constituição Federal, que 
promulga:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando 
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da ci-
dadania e sua qualificação para o trabalho 
Fonte: Brasil, 1988.
O direito à educação está diretamente vinculado a outros direitos como o respeito, 
inclusão, igualdade e outros tantos, relacionados à inserção e permanência do es-
tudante na escola que, por sua vez, deve manter foco democrático e dinâmico que 
capacite e forme indivíduos para a sociedade enquanto cidadãos atuantes.
Ao passo que o ECA assegura legalmente o direito das crianças e adolescentes à 
educação, a LDB n.º 9.394/1996, irá tratar, dentre outras condicionantes da educa-
ção, sobre a educação que deve ser ofertada a todos. Dentre os diversos condicio-
nantes educativos contidos na LDB, constam o papel das instituições de ensino e 
também dos professores. Observe o Quadro a seguir.
15
Quadro 2 – Incumbências das Instituições de ensino e dos professores, segundo a LDB
Incumbências
Instituições de Ensino Professores
Elaborar e executar sua proposta 
pedagógica e administrar seu pessoal 
e recursos materiais e financeiros.
Participar da elaboração da proposta 
pedagógica do estabelecimento.
Assegurar o cumprimento dos dias 
letivos e horas-aula estabelecidas.
Elaborar e cumprir plano de trabalho, 
conforme a proposta pedagógica da 
instituição.
Cumprir com o plano de trabalho de 
cada docente e prover meios para 
a recuperação dos alunos de menor 
rendimento. 
Zelar pela aprendizagem dos alunos.
Articular-se com as famílias e a 
comunidade, criando processos 
de integração da sociedade com 
a escola, e manter os pais ou 
responsáveis cientes do cotidiano 
escolar do estudante.
Estabelecer estratégias de 
recuperação para os alunos de menor 
rendimento.
Notificar o Conselho Tutelar em 
casos específicos e previstos por lei, 
como o excesso de faltas.
Ministrar os dias letivos e horas-aula 
estabelecidos.
Promover medidas de 
conscientização, prevenção e 
combate a todos os tipos de 
violência, no âmbito escolar.
Participar dos períodos dedicados 
ao planejamento, à avaliação e ao 
desenvolvimento profissional.
Estabelecer ações destinadas a 
promover a cultura de paz nas 
escolas.
Colaborar com as atividades de 
articulação da escola com as famílias e 
a comunidade
Fonte: Adaptado de LDB, 1996.
A gestão democrática é outro aspecto fundamental para a educação e que mantém 
a relação entre a LDB e o ECA, ao possibilitar a participação e o reconhecimento do 
aluno enquanto sujeito atuante de sua formação, integrando também a escola e a 
comunidade de maneira democrática, inclusiva e igualitária.
16
Importante
O ECA, no contexto escolar, reforça e reassegura o direito que 
as crianças e adolescentes têm à educação e para além disso, 
na prática, esse acesso à educação deve assegurar também a 
permanência, a integração, interação e inclusão, para que efeti-
vamente a aprendizagem seja significativa e prazerosa, forma-
dora de cidadãos.
Quanto às medidas protetivas das crianças e adolescentes, também podem ser dire-
cionadas na escola para o Conselho Tutelar, caso sejam percebidos indícios de maus-
-tratos ou em casos como faltas excessivas, além de comportamento inadequado.
Na educação, pode-se considerar que a LDB e o ECA caminham juntos no que se 
refere ao direito de acesso e permanência nas instituições de ensino, bem como a 
obrigatoriedade da oferta de vagas gratuita atendendo a demanda e premissa de que 
a educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família em assegurar aos 
estudantes tais direitos que culmine em uma formação cidadã, crítica e reflexiva.
Mediante informações anteriores, ressalta-se que tão importante quanto a existên-
cia das leis aqui contempladas é a sua aplicabilidade efetiva, que assegure realmente 
tais direitos às crianças e adolescentes. Pois embora várias ações sejam, ainda hoje, 
desafiadoras, precisam ser implementadas com eficácia para que os objetivos de 
tais medidas sejam atingidos com excelência.
A partir dessas leituras, foi possível compreender que o ECA é um grande marco de 
direitos para esse grupo, entendendo-os como cidadãos de direitos, assegurando-
-lhes o desenvolvimento pleno para a cidadania. Ainda que desafiador, as premissas 
contidas no ECA possibilitaram e ainda possibilitam a muitas crianças e adolescen-
tes o amparo quanto a saúde, lazer, cultura, educação, dignidade humana, liberdade, 
convívio familiar e profissionalização.
O direito à educação preconizado no ECA, aliado a outras leis como a Constituição 
Federal, a LDB e tantas outras políticas que atendam a diversidade da qual o país é 
composto no que tange a educação, fomentam o desenvolvimento e capacitação 
infantojuvenil de maneira democrática e inclusiva, possibilitando a esses indivíduos 
a formação para a cidadania.
Que estes textos tenham possibilitado inquietações que motivem a aprofundar ain-
da mais e manter-se sempre atualizado sobre os assuntos aqui tratados.
17
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma legislação fundamental que 
reconhece a importância da proteção integral, garantindo direitos e delineando res-
ponsabilidades em relação às crianças e adolescentes. No contexto da escolariza-
ção, o ECA estabelece diretrizes essenciais para a garantia do acesso, permanência 
e qualidade na educação, assegurando um ambiente seguro e propício ao desenvol-
vimento pleno desses jovens.
Dentro do ECA, encontramos uma série de direitos assegurados às crianças e ado-
lescentes, incluindo o direito à educação de qualidade, à proteção contra qualquer 
forma de violência, à saúde, à convivência familiar e comunitária saudável, entre ou-
tros. Esses direitos formam a base para uma vivência digna e para o pleno desenvol-
vimento físico, mental, moral, espiritual e social das crianças e adolescentes.
Ao considerar o estatuto no contexto da escolarização, percebe-se a sua relevância 
na promoção de um ambiente educacional que respeita e promove os direitos fun-
damentais desses indivíduos em formação. A aplicação e o cumprimento do ECA 
são essenciais para garantir não apenas o acesso à educação, mas também o res-
peito à dignidade e à integridade das crianças e adolescentes, construindo bases 
sólidas para uma sociedade mais justa e igualitária.
Em Síntese
18
1 – Ao longo dos anos, no país, outras ações previstas em lei vigoraram no que se 
refere às crianças e aos adolescentes, uma delas, e que antecedeu a promulgação 
do ECA foi o Código de Menores sob a Lei n.º 6.697, de 10 de outubro de 1979. De 
acordo com esse Código, previam-se ações para o menor em situação irregular. 
Analise as afirmativas a seguir quanto ao que caracterizava essa situação irregular:
I. Privado de condições essenciais à sua subsistência, como a saúde e instrução 
obrigatória.
II. Com desvio de conduta, devido não adaptação com a família ou comunidade, 
bem como quando comete ato infracional.
III. Vítima de maus tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou responsável.
IV. Privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual dos pais ou 
responsável.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
2– Muitas foram as contribuições do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), 
mudando as concepções e o atendimento direcionado a esse público, anterior-
mente. A respeito do estatuto, analise as afirmativas que seguem, considerando V 
para o que for verdadeiro e F para falso:
Atividades de Fixação
19
I. O ECA é uma lei voltada à atenção das crianças e adolescentes, contudo não 
vigora mais na atualidade.
II. Ele trata, essencialmente, dos direitos e deveres das crianças e adolescentes e 
possui grande representatividade no que tange conquistas legais para esse pú-
blico, assegurando, entre outros fatores, saúde, educação e dignidade.
III. O Estatuto da Criança e do Adolescente trata, exclusivamente, dos direitos desse 
público, seu texto não contém medidas socioeducativas para o menor quando 
comete ação passível de infração.
IV. Ele contém em seu texto os direitos das crianças e adolescentes em diversas 
áreas, considerando como sujeito de direitos e lhe assegurando a dignidade hu-
mana e o desenvolvimento para a cidadania.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, F, F, V.
3 – O conceito de criança e adolescente é algo que mudou ao longo da história, 
bem como sua função perante a sociedade. No Estatuto da Criança e do Adoles-
cente, consta no artigo 2º uma determinação com relação à faixa etária que repre-
senta a fase da infância e da adolescência. Nesse sentido, analise as afirmativas 
e assinale a que condiz com a idade cronológica para ser considerado criança e 
adolescente pelo ECA:
a) Considera-se criança a pessoa até dez anos de idade incompletos, e adolescente 
aquela entre doze e vinte anos de idade.
b) Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
completos, e adolescente aquela entre doze e dezesseis anos de idade.
c) De acordo com o ECA, considera-se criança a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
d) De acordo com o ECA, considera-se criança a pessoa até nove anos de idade 
completos, e adolescente aquela entre dez e dezoito anos de idade.
e) Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até quinze anos de ida-
de, e adolescente aquela entre quinze e dezoito anos de idade.
20
4 – Ao visar o desenvolvimento para a cidadania, o ECA atribui uma série de direi-
tos, que, ao passo que assegura conquistas para esse grupo, os direciona também 
a deveres de modo que esses direitos se façam valer, contudo ainda ocorre de o 
menor cometer atos infracionais. Nesse sentido, analise as afirmativas conside-
rando quais medidas devem ser tomadas pelas autoridades competentes, diante 
de ato infracional cometido pelo adolescente:
 
I. Advertência e a obrigação de reparar o dano.
II. Liberdade assistida; inserção somente em regime fechado; internação em esta-
belecimento educacional.
III. Prestação de serviços à comunidade.
IV. Liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade; internação em esta-
belecimento educacional.
V. O adolescente infrator não tem penalidade.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
5 – Ao ser instituído no país, o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe inova-
ções e conquistas significativas no que tange o atendimento a esse grupo. Ante-
riormente, vigorava o Código de Menores, que foi revogado com a promulgação 
do ECA. Com relação a essas duas leis que os compreende, analise as afirmativas 
que seguem:
I. O Código de Menores atendia todas as crianças e adolescentes do país e, por 
isso, era mais completo que o ECA.
II. O ECA atende somente o menor em situação irregular e vê no menor um sujeito 
de direitos.
III. O Código de Menores atende o menor em situação irregular e o compreende 
como um objeto de medidas judiciais.
IV. O ECA tem por finalidade a proteção integral às crianças e aos adolescentes, 
reconhecendo-os como sujeito de direitos.
Está correto o que se afirma em:
21
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
6 – No decorrer do texto do Estatuto da Criança e do Adolescente, observam-se 
diversas atribuições, entre elas podem-se destacar os direitos fundamentais, que 
vão discorrer a respeito dos direitos que possuem, nas diversas áreas, necessários 
para o pleno desenvolvimento, que se objetiva assegurar com essa lei. Sobre o 
tema, analise as asserções que seguem:
I. Dos direitos fundamentais previstos no ECA, estão inseridos a saúde, a educação, 
a educação, o lazer, o esporte, a dignidade, a liberdade e outros, sendo eles de fun-
damental importância.
PORQUE
II. Sobretudo, as crianças e adolescentes menos favorecidos sofreriam com as dis-
criminações, os preconceitos e, muitas vezes, acabariam negligenciadas, dado o 
fato de que é pela lei que seus direitos fundamentais são assegurados.
A respeito das asserções, é correto afirmar que:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é justificativa correta da I.
c) A asserção I é proposição verdadeira, e a II é proposição falsa.
d) A asserção I é proposição falsa, e a II é proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
7 – Priorizar a infância e a adolescência é primar pelo desenvolvimento de uma 
sociedade melhor, pois, ao passo que crianças e adolescentes tenham acesso à 
saúde, à educação, ao convívio em comunidade e outros, tornam-se cidadãos mais 
críticos e reflexivos frente às adversidades sociais enfrentadas. 
No contexto dos direitos fundamentais contidos no ECA, analise as afirmativas a 
seguir, considerando V para o que for verdadeiro e F para falso:
22
I. O direito à vida e à saúde trata do acesso à saúde pública desde o período gesta-
cional, assegurando que essa criança e o adolescente tenham acompanhamento 
médico sempre que necessário.
II. Quanto ao direito à liberdade, ao respeito e à dignidade compreende o desen-
volvimento das crianças e dos adolescentes enquanto sujeitos de direitos civis, 
humanos e sociais que são.
III. O direito à convivência familiar e comunitária está relacionado à família original, 
e não às famílias substitutas ou para os casos de guarda, tutela e adoção.
IV. Há, também, o direito à profissionalização, que abarca a proteção da criança e do 
adolescente, proibindo-os de trabalhar antes dos 14 anos de idade.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, V.
b) F, V, F, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, F, F, V.
8 – Para além dos direitos das crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente 
traz as atribuições, ou seja, os deveres que os pais ou responsáveis bem como o 
que o Estado tem com eles. Um órgão público bastante citado é o Conselho Tute-
lar. A respeito dele, analise as afirmativas a seguir:
I. Em casos de suspeita de maus tratos à criança ou ao adolescente, o Conselho 
Tutelar deve ser informado.
II. O Conselho Tutelar está encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento 
dos direitos da criança e do adolescente.
III. No ECA, observa-se a função do Conselho Tutelar, contudo não contém atribui-
ções, como a escolha dos conselheiros.
IV. Faz parte das atribuições do Conselho Tutelar atender e aconselhar os pais ou 
responsáveis.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
23
9 – Elaborado conforme o que apregoa a Constituição Federal de 1988, o ECA trata 
a educação como um direito de todos, mais especificamente em seu texto, um 
direito de toda a criança e adolescente de ter acesso e permanência na escolariza-
ção como meio para seu desenvolvimento enquanto cidadão. 
A respeito do ECA e da educação, analise as afirmativas e considere V para o que 
for verdadeiro e F para falso:
I. Está previsto no ECA igualdade de condiçõespara o acesso e a permanência na 
escola.
II. Acesso à escola gratuita e pública longe da residência.
III. Conforme o ECA, os alunos não podem contestar os critérios avaliativos usados 
pelos docentes.
IV. O ECA prevê a educação como um preparo para o exercício da cidadania.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, V.
b) F, V, F, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, F, F, V.
10 – A educação e a escolarização precisam fazer parte da infância e da adoles-
cência. De acordo com o ECA e com as Leis que regem o país, como a Constitui-
ção Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação é um 
direito e, por isso, deve haver oferta que supra toda a demanda educativa do país 
de tal modo que crianças e adolescentes estejam frequentando a escola e, para 
além disso, estejam compreendendo os conteúdos e aprofundando seus saberes. 
A esse respeito, considere as asserções:
I. O direito de acesso e permanência na escolarização encontra-se diretamente vin-
culado a alguns outros direitos importantes aos indivíduos, como o respeito, a inclu-
são, a igualdade e a equidade, vivenciados no ambiente escolar.
PORQUE
II. A escola que possui gestão democrática dentro e fora de sala de aula e que per-
mite a participação dos estudantes em processos de ensino dinâmicos, estimulam a 
interação, a integração e o respeito, formando cidadãos atuantes e críticos.
24
A respeito das asserções, é correto afirmar que:
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não é justificativa correta da I.
c) A asserção I é proposição verdadeira, e a II é proposição falsa.
d) A asserção I é proposição falsa, e a II é proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
25
ECA
Esse material consiste em um livro que traz o Estatuto da Criança e do Ado-
lescente com alguns breves comentários que irão esclarecer e facilitar a com-
preensão da lei que o constitui.
EQUIPE EUREKA. ECA: estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Eu-
reka, 2015.
A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos
Neste livro é possível ter uma visão geral da proteção aos direitos da criança 
e do adolescente sob a ótica da Constituição Brasileira de 1988, ao anali-
sar em seu texto os direitos fundamentais de crianças e adolescentes, bem 
como as principais características dessa proteção, os motivos e os principais 
aspectos que a fundamentam.
MACHADO, M. de T. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e 
os direitos humanos. Barueri, SP: Manole, 2003.
Livros
Material Complementar
Entrevista Antonio Carlos Gomes da Costa
Segue a indicação de leitura da entrevista concedida por Antonio Carlos Go-
mes da Costa, que foi um dos redatores da lei do estatuto em 1990. Nessa 
entrevista, ele apresentará seu posicionamento e conhecimentos relaciona-
dos ao Estatuto da Criança e do Adolescente.
ECA na escola – entrevista com o pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa. 
Disponível em:
https://bit.ly/3SsXQJq
Salvar o ECA
VIEIRA, Ana Luisa; PANI, Francisca; ABREU, Janaina. Salvar o ECA. 1. ed. São 
Paulo: Instituto Paulo Freire, 2015. 
Clique aqui para acessar.
Leituras
https://bit.ly/3SsXQJq
https://prosaber.org.br/comunidade/?p=7286
26
BRASIL. [Constituição Federal de 1988]. Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: 
. Acesso em: 
13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 6.697, de 10 de outubro de 1979. Institui o Código de Menores. 
Brasília, DF: Presidência da República, [1979]. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança 
e do Adolescente. Brasília, DF: Presidência da República, [2023]. Disponível em: 
. Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 
DF: Presidência da República, [2009]. Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
BRASIL. Lei n.º 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para 
a primeira infância e altera a Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança 
e do Adolescente), o Decreto-Lei n.º 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de 
Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei n.º 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a 
Lei n.º 12.662, de 5 de junho de 2012. Brasília, DF: Presidência da República, [2009]. 
Disponível em: . Acesso em: 13/12/2023.
LAMENZA, F.; MACHADO, A. C. da C. (orgs.). Estatuto da Criança e do Adolescente 
interpretado: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. Barueri, SP: Manole, 2012.
ROMÃO, L. F. de F. O Estatuto da Criança e do Adolescente no direito brasileiro: 
significados e desafios decorridos 25 anos da lei. In: ZAGAGLIA, R. A. et al. (orgs.). 
Criança e adolescente. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015, pp. 297-316.
Referências
27
Questão 1
e) I, II, III e IV.
Justificativa: Todas estão corretas, pois o menor em situação irregular é aquele que, 
por motivos diversos, encontra-se em condições mais precárias, de marginalização, 
abandono, de violação de direitos, ou que tenha cometido ato infracional.
Questão 2
b) F, V, F, V.
Justificativa: Ele trata, essencialmente, dos direitos e deveres das crianças e ado-
lescentes e possui grande representatividade no que tange conquistas legais para 
esse público, assegurando, entre outros fatores, saúde, educação e dignidade, bem 
como os considera sujeitos de direitos e lhe assegurando a dignidade humana e o 
desenvolvimento para a cidadania.
Questão 3
c) De acordo com o ECA, considera-se criança a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Justificativa: De acordo com o artigo 2º do ECA: “Art. 2º Considera-se criança, para 
os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente 
aquela entre doze e dezoito anos de idade”. 
 
Questão 4
e) I, III e IV, apenas.
Justificativa: De acordo com o ECA: Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, 
a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
Gabarito
28
Questão 5
c) III e IV, apenas.
Justificativa: Para o Código de Menores, o atendimento era direcionado somente 
ao menor em situação irregular, ou seja, em vulnerabilidade social, percebendo-os 
como objeto de medidas judiciais, já o ECA tem por finalidade atender todas as 
crianças e adolescentes, pois prevê a proteção integral para crianças e adolescentes, 
entendendo-os como sujeitos de direitos.
Questão 6
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
Justificativa: Os direitos fundamentais contidos no ECA legalizam e asseguram que 
todas as criançastenham direito para que possam crescer e se desenvolver em uma 
sociedade mais justa e igualitária, que possibilite, de fato, o acesso à saúde e à edu-
cação e aos vários outros aspectos dos quais necessitam.
Questão 7
a) V, V, F, V.
Justificativa: O direito à saúde irá assegurar-lhes acesso e os devidos cuidados no 
que tange o acompanhamento da saúde da criança e do adolescente; a liberdade e 
dignidade humana reforçam a percepção desses indivíduos enquanto sujeitos de 
direitos, mantendo-os a salvo de qualquer forma discriminatória, violenta ou de ex-
ploração. O direito à convivência familiar e comunitária está relacionado tanto às 
famílias originais quanto às substitutas e para os casos de guarda, tutela e adoção.
Questão 8
d) I, II e IV, apenas.
Justificativa: Várias são as atribuições dadas ao Conselho Tutelar e contidas no 
Estatuto da Criança e do Adolescente, entre elas sempre comunicar o Conselho 
Tutelar em caso de suspeita de maus tratos, pois ele está encarregado de zelar pelo 
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, por isso, faz parte das suas 
atribuições atender e aconselhar os pais ou responsável. Além disso, no ECA, cons-
tam também particularidades de itens, como a escolha dos conselheiros.
29
Questão 9
d) V, F, F, V.
Justificativa: Conforme o Artigo 53 do ECA, observa-se: Art. 53. A criança e 
o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de 
sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, 
assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escola-
res superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.
Questão 10
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é justificativa correta da I.
Justificativa: O direito à educação precisa assegurar também os direitos de intera-
ção, respeito, igualdade e equidade, que, no ambiente escolar, possibilitará forma-
ção muito mais completa se aliada à gestão e um fazer pedagógico democráticos, 
efetivem tais ações e formem indivíduos críticos e reflexivos, cidadãos que possam 
contribuir com a sociedade.
	Objetivos da Unidade
	Introdução
	Breve Análise do Conceito de 
Sistema
	O Sistema Educacional Nacional
	Conselho Nacional de Educação
	Conselho Estadual de Educação
	Conselho Municipal de Educação
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Objetivos da Unidade
	Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional
	Contextualização Histórica da LDB
	LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394
	Considerações Importantes – LDB – Lei nº 9.394/1996
	Modalidades de Ensino
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Objetivos da Unidade
	Características da Sociedade Atual
	Ensino Fundamental
	O Currículo na Educação Fundamental: Diretrizes Curriculares Nacionais
	Base Nacional Comum Curricular
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Marcador 11
	Marcador 12
	Marcador 13
	Objetivos da Unidade
	Introdução
	Aspectos Gerais da Diversidade
	Diversidade, Legislação 
e Educação
	Educação Especial e Diversidade
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Objetivos da Unidade
	Introdução
	Educação Profissional e
Tecnológica
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Objetivos da Unidade
	Introdução
	Considerações Iniciais sobre o ECA
	Direitos e Deveres
	Estatuto da Criança e do 
Adolescente e a Educação
	Em Síntese
	Atividades de Fixação
	Material Complementar
	Referências
	Gabarito
	Marcador 11
	Clique aqui para acessar.os alunos.
Dentre as várias atribuições desse conselho, destacam-se a elaboração do regimento 
próprio, comunicar-se com os demais conselhos de educação do país e executar as 
determinações em âmbito nacional e estadual para o ensino, considerando a legis-
lação vigente e as normas do Estado. Além dessas atribuições também enquadram-
-se ao conselho em âmbito estadual propor medidas que intencionam melhorias no 
sistema de ensino do Estado, nos diferentes níveis e modalidades de acordo com o 
que compete ao próprio conselho.
É importante que os Conselhos Estaduais de Educação possam elaborar e executar 
em conjunto com os demais órgãos responsáveis no Estado, o Plano Estadual de 
Educação, analisar, elaborar estratégias e acompanhar o andamento do ensino no 
Estado com a emissão de pareceres comprobatórios. Outro aspecto de grande valia, 
ao se tratar de educação, é que Estados, Municípios e União trabalhem de maneira 
coletiva e inter-relacionada em prol de melhorias significativas.
https://bit.ly/2GKeLVs
https://bit.ly/2GKeLVs
15
Conselho Municipal de Educação
As considerações e incumbências dos municípios perante a gestão das diversas 
áreas sociais que representa, incluindo a educação, são tratados e amparados legal-
mente pela Constituição Federal de 1988 e também pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB 9394/96), além disso, constam também no Plano Nacional 
de Educação atribuições referentes à responsabilidade dos municípios.
De acordo com a LDB, em seu artigo 11, verifica-se que:
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I. organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos 
seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacio-
nais da União e dos Estados;
II. exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III. baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV. autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sis-
tema de ensino;
V. oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com priori-
dede, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de 
ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessi-
dades de sua área de competência e com recursos acima dos percen-
tuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e 
desenvolvimento do ensino.
VI. assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal (Incluído 
pela Lei nº 10.709, de 31 jul. 2003)
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao 
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de 
educação básica.
Muitas são as atribuições do conselho municipal de educação, para que o ensino no 
município tenha o suporte necessário para se desenvolver com qualidade. Vale ressal-
tar que esse conselho é instituído conforme lei municipal e, a partir disso, conselheiros 
devem ser destinados às devidas funções, além disso, o conselho será composto por 
membros representantes do governo, da área da educação e da comunidade.
16
O intuito é de que as ações propostas para a educação no município se cumpram 
com eficácia e democracia. Assim, de acordo com Gohn (2007, p. 132), “na área da 
educação, os conselhos têm caráter consultivo e, em alguns casos, deliberativo. São 
compostos por representantes do poder público e da sociedade civil organizada”.
Nem todos os municípios do país têm um conselho municipal de educação. Neste 
caso, são dependentes do conselho estadual. Existe, contudo, um programa de ca-
pacitação para conselheiros ofertado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), 
que visa tanto capacitar novos conselheiros em novos municípios como man-
ter atualizado os já existentes, trata-se do Programa Nacional de Capacitação de 
Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho).
Os conselhos educacionais existem assim, para fomentar e nortear ações educati-
vas capazes de promover um ensino de qualidade, participativo e significativo, de 
acordo com as metas de melhorias nacionais da educação.
Você saberia indicar as principais funções que tem um conselho municipal de 
educação?
• Normatização: uma das funções do conselho municipal consiste em normati-
zar, ou seja, elaborar e aplicar no município regras que efetivem as determina-
ções federais e estaduais. Essa normatização é feita, para que se possa adaptar 
as ações para o resultado desejado e determinado por outrem;
• Deliberativa: essa função corresponde a ação de tomada de decisões, como 
a autorização ou não que escolas públicas ou privadas de ensino no município 
funcionem, assim como o trabalho com a legalização de cursos e com a apro-
vação de currículos;
• Assessoria: essa função está relacionada assessoramento e desenvolvimento 
de pareceres que esclareçam possíveis dúvidas, ou que apresentem as situa-
ções existentes;
• Fiscalização: tão importantes quanto as demais funções. A fiscalização com-
pleta o quadro de funções principais de um conselho municipal de educação, 
pois está incumbida de realizar os monitoramentos necessários às ações que 
estão sendo implementadas no âmbito da educação a fim de inferir se estão 
caminhando para o alcance das metas e resultados esperados. A fiscalização 
servirá de suporte também para as demais funções caso demandem alterações.
17
Compreender o que é um sistema de educação e como ele se constitui foram os 
principais temas dessa leitura. Para chegar a essa discussão, a noção básica do que é 
um sistema foi utilizada enquanto ponto de partida, para discutir o Sistema Nacional 
de Educação em momento posterior.
Para complementar essa análise, tratou-se, ainda que brevemente, a respeito dos 
conselhos de educação da União, Estados e Municípios e sua representatividade 
para a educação no país e, sobretudo, para a constituição de um sistema nacional.
Ficou evidente, a partir de tais considerações, que o Sistema Nacional de Educação 
está subdividido em parte que o compõe, dadas as particularidades e diversidades 
do país e que demandam de olhares e ações adaptados. Outro fator considerado 
para a existência de um sistema nacional é a construção e aplicação de uma base 
nacional comum que norteará as ações educativas em todo o país, articuladas a um 
bom planejamento e plano de ações.
18
A educação nacional, como sistema, é um conjunto complexo de instituições, nor-
mas e práticas que visam à formação integral dos indivíduos. Compreender sua or-
ganização requer a análise das estruturas educacionais em todos os níveis, desde a 
educação básica até a superior, considerando também a formação continuada e a 
educação não formal.
O conceito de sistema educacional abrange a interligação e a interdependência en-
tre as partes que o compõem. Ele não se limita apenas às escolas e universidades, 
mas também engloba políticas públicas, programas curriculares, gestão educacio-
nal, recursos pedagógicos, entre outros elementos. Reflete-se na abrangência e na 
articulação desses componentes para o alcance dos objetivos educacionais.
Ao refletir sobre o sistema educacional nacional, é preciso considerar seus desafios, 
avanços e ações em andamento. O acesso universal, a qualidade do ensino, a valo-
rização dos profissionais da educação e a equidade são aspectos fundamentais a 
serem constantemente analisados e aprimorados.
Os conselhos de educação em âmbito nacional, estadual e municipal desempenham 
papéis essenciais na formulação e na implementação das políticas educacionais. São 
instâncias de participação democrática que promovem a discussão, a elaboração e 
o acompanhamento das diretrizes educacionais, garantindo a representatividade e a 
diversidade de atores envolvidos na educação.
Assim, compreender a educação nacional como um sistema complexo, onde os 
conselhos têm relevância estratégica, permite uma visão crítica e propositiva para o 
desenvolvimento e aprimoramento contínuo da educação no país. Essa compreen-
são é fundamental para promover uma educação mais inclusiva, equitativa e de qua-
lidade para todos.
Em Síntese
19Atividades de Fixação
1 – Ao analisar o termo “sistema”, é possível verificar que existem vários sistemas 
em áreas diversas da sociedade. Uma das áreas em que o sistema gera discussões 
constantes no país é a educação e como ela se organiza. A respeito do sistema 
voltado para a educação, analise as afirmativas que seguem e assinale a correta..
a) Existe um sistema único de educação para todo o território nacional em funcio-
namento, sendo ele Federal, atendendo todos os estados e municípios, com um 
único objetivo, abrangendo todas as esferas de ensino.
b) É possível se deparar com o termo sistema abrangendo sistemas estaduais e mu-
nicipais de ensino, sistema público e privado, sistema de ensino básico e superior, 
sistema de ensino em instituições e tantas outras situações e abrangência em 
que o termo pode ser empregado.
c) Os sistemas estaduais e municipais de ensino, sistema público e privado, sistema 
de ensino básico e superior, sistema de ensino de determinada instituição, todos 
se apresentam de maneira independente e desvinculado de uma normatização 
de mbito nacional. 
d) O termo sistema, pode ser empregado apenas dentro das instituições de ensino, 
não abrangendo nenhum outro segmento da educação que não sejam as escolas, 
nem abranger outras áreas.
e) O sistema de ensino básico e superior são entendidos como sistemas distintos e 
não pertencentes ao sistema nacional de ensino.
2 – Para que se tenha um sistema de ensino de amplitude nacional e que funcione 
de maneira organizada e mais eficaz, é importante considerar que devem cami-
nhar juntas várias esferas de governo, de modo que necessitem estar vinculadas 
entre si, seguindo uma hierarquia. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir e 
assinale a alternativa que apresenta tais esferas:
I. As esferas Federal, Estadual e Municipal precisam caminhar juntas para que o en-
sino no país alcance as metas e os objetivos educacionais.
II. A esfera Distrital, Estadual e Municipal são independentes e não há interação entre 
as propostas que possuem para a educação.
III. As esferas Federal e Municipal ficam com toda a responsabilidade da qualidade 
do ensino.
IV. As esferas Estadual e municipal pouco têm representatividade para que o ensino 
seja eficaz, pois seguem um sistema único da união, sem adaptações.
20
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
3 – Várias foram as leis e documentos que surgiram ao longo dos anos com as 
propostas de organizar e melhorar o ensino. Mais recentemente e com o intuito 
de possibilitar novos olhares para a educação nacional, com o foco na qualidade 
do ensino ofertado em todo país, foi desenvolvido um documento que está ainda 
em fase de estudos. No que tange esses documentos representativos da educação 
brasileira, analise as afirmativas que seguem, considerando V para o que for ver-
dadeiro e F para falso:
( ) Um documento de maior representatividade e do qual se derivam as demais 
propostas para o sistema educacional é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional.
( ) O documento que ainda está em fase de estudos para padronizar o sistema 
educacional no país são os Parâmetros Curriculares.
( ) O documento que está sendo estudado e visa normatizar aspectos que sejam 
comuns à educação nacional é a Base Nacional Comum Curricular.
( ) Ainda em fase de estudos e com o foco em uniformizar e padronizar o sistema 
educacional em seus vários aspectos tem-se o Referencial Curricular Nacional 
Para a Educação Infantil.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, F, F, V.
b) V, V, F, F.
c) V, F, V, F.
d) F, F, V, F.
e) F, V, F, V. 
4 – Um sistema, ao ser constituído, assume funções diversas em prol da área que 
representa. Entre as várias considerações a respeito de um sistema, ele se incum-
be da análise e organização para a ação futura frente ao que foi analisado e com-
preendido como passível de mudanças. Para além dessas considerações, analise 
as afirmativas a seguir e considere quais atribuições competem a um sistema:
21
I. Atuar para resolver problemas identificados e promover a melhoria contínua é 
função importante de um sistema.
II. O planejamento e a organização não são competências relacionadas a um 
sistema.
III. Aspectos relacionados a métodos não fazem parte das atribuições de um sistema.
IV. Os sistemas têm por função nortear as ações para se alcançar determinados 
objetivos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
5 – É comum encontrar o termo sistema na área da educação, direcionado para 
vários setores, como sistema público, sistema da instituição de ensino e vários 
outros. Contudo, no âmbito nacional, o sistema de ensino tem sido foco de deba-
tes e discussões há alguns anos, e isso se deve a uma série de fatores. Entre esses 
fatores, é possível considerar:
I. Dada a diversidade existente no país, torna-se inviável um sistema único de ensino 
que se aplique igualmente às várias regiões do país.
II. As particularidades educacionais no país compreende um aspecto importante 
para oportunizar a todos os estudantes um ensino para a diversidade e formação 
crítica.
III. Um sistema de ensino, para atuar em âmbito nacional, precisa ter parte comum a 
todos e também partes que possam ser adaptadas às diversidades encontradas.
IV. As ações que compõem um sistema de ensino nacional precisam ser impostas 
pela união e serem seguidas, sem modificações, pelos estados e municípios.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
22
6 – Diferente de outros sistemas já instaurados no país, a ideia de um sistema 
nacional de ensino é relativamente recente e tem sido ainda bastante discutida e 
esquematizada para ser implementada tal como se almeja. Um dos aspectos das 
discussões é ofertar um ensino de qualidade em todo o país, com a diversidade 
que possui. Entre os momentos de grande contribuição para que se chegasse a 
uma discussão e uma ação mais concreta a respeito do sistema nacional de ensino, 
analise as afirmativas que seguem, considerando V para verdadeiro e F para falso.
( ) O manifesto dos pioneiros, embora tenha sido algo relevante, historicamente, 
para a educação no país não trouxe à tona discussões a respeito de um sistema 
de ensino.
( ) A Constituição Federal de 1988 não contribui nem com indicativos da demanda 
de um sistema nacional de ensino.
( ) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 já traz indicativos da 
necessidade de se pensar um sistema para o ensino do país.
( ) A CONAE (Conferência Nacional da Educação) trouxe discussões muito impor-
tante para a constituição de um sistema nacional de ensino.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, F, V.
d) V, F, F, V.
e) F, F, V, V.
7 – Os Conselhos de Educação possuem expressiva representatividade para a edu-
cação no país bem como para a execução de um sistema de ensino nacional. Entre 
as várias atribuições e características do conselho de educação, considere as afir-
mativas a seguir:
I. Os profissionais que atuam no Conselho de Educação são os conselheiros, que 
precisam estar capacitados para atuarem de acordo com as propostas e os ob-
jetivos do conselho do qual fazem parte.
II. A principal responsabilidade de um conselho de educação é agir garantindo o 
direito à educação para as pessoas.
III. Para que um conselho de educação assegure o acesso à educação e as outras 
atribuições a ele conferidas, é necessário planejamento, contudo, por serem in-
dependentes, não precisam manter comunicação com os demais conselho em 
outras instâncias.
IV. Um único membro, conselheiro, pode desenvolver e implementar ações. Não é 
necessário aprovação de outros conselhos ou membros.
23
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e IV, apenas.d) III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
8) Existem, no país, o Conselho Nacional de Educação, os Conselhos estaduais e 
também os municipais para que os propósitos educativos possam, de fato, efeti-
var-se no país, sobretudo, o de acesso à educação bem como a qualidade. No que 
tange o Conselho Nacional de Educação, analise as afirmativas que seguem:
I. O Conselho Nacional de Educação foi recriado pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional.
II. Entre as atribuições desse conselho, conferem a elaboração e o acompanhamen-
to do Plano Nacional de Educação.
III. Emitir pareceres da área educacional também é função do Conselho de Educação.
IV. Manter relações com os conselhos do Distrito Federal e dos estados não é atri-
buição do Conselho Nacional de Educação.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
9 – Um dos órgãos responsáveis pela educação nos Estados são os Conselhos 
Estaduais de Educação. Cada Estado possui o seu Conselho de Educação a fim de 
possibilitar mais assertividade no alcance dos objetivos educacionais do país, e 
também, das particularidades de ensino em cada Estado. Quanto a esse Conselho, 
considere as afirmativas como V para verdadeiro e F para falso.
( ) Os Conselhos Estaduais de Educação foram instituídos pela LDB nº 4.024/61.
( ) Estão sob responsabilidades desse Conselho regulamentar e normatizar o en-
sino no Estado.
24
( ) Seguir com um trabalho voltado à educação do estado que tenha como pre-
missas as perspectivas nacionais e seja adaptado para a realidade que possui as 
funções deste conselho.
( ) A elaboração do regimento próprio fica a cargo do Conselho Estadual de 
Educação.
As afirmativas são, respectivamente:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, F, V.
d) V, V, V, V.
e) F, F, V, V.
10 – Assim, como no âmbito federal e estadual, os municípios também podem 
formar seus Conselhos de Educação. Uma vez constituído, ele deve contar com 
profissionais capacitados e seguir com a preocupação do Estado e da União de 
fomentar cada vez mais um ensino de qualidade para todos. Fazem parte das atri-
buições desse conselho:
I. Fazer com que a educação do município ocorra de maneira integrada às políticas 
e aos Planos Federais e Estaduais da Educação.
II. Cuidar do credenciamento, autorização e supervisão do seu sistema de ensino e 
dos demais municípios do Estado.
III. Garantir e ofertar vagas para todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil 
ao Ensino Superior. 
IV. Manter os conselheiros capacitados para atuarem em prol da educação, no 
município.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II e III, apenas.
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
25
O Sistema Nacional de Educação
O livro indicado traz à tona a questão do Sistema Nacional de Educação e 
como essa discussão caminha desde o manifesto dos pioneiros, tratando da 
importância do manifesto a respeito do tema e para a educação como um 
todo, bem como a importância de um sistema nacional de educação.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas 
de Ensino. O Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o 
Manifesto. Brasília, DF: MEC/ SASE, 2014.
Conselhos Escolares
Trata-se de um material didático do Programa Nacional de Fortalecimento 
dos Conselhos Escolares, que contempla reflexões acerca da importância 
desse colegiado, bem como aspectos relacionados à legislação dos municí-
pios e estados relacionados aos conselhos escolares.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. 
Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da escola públi-
ca. Brasília, DF: MEC, 2004.
Livros
Material Complementar
26
Conferência Nacional de Educação (Documento – referência)
Trata-se do documento-referência, ou seja, a base, os princípios postos para 
as discussões na Conferência Nacional de Educação de 2014, cujo tema cen-
tral se dava na discussão a respeito de um Sistema Nacional de Ensino.
CONAE 2014 - Conferência Nacional de Educação. Documento – referência 
/ [elaborado pelo] Fórum Nacional de Educação. – Brasília, DF: Ministério da 
Educação, 2013.
https://bit.ly/3ut8BU5 
Educação & Sociedade
Esse texto é o reflexo de um estudo a respeito dos desafios enfrentados no 
país com a possibilidade de implantação de um sistema de ensino nacional 
que assegure a educação de qualidade para todos.
CURY, C. R. J. Sistema Nacional de Educação: desafio para uma educação igua-
litária e federativa. Educação & Sociedade. Campinas, v. 29, n. 105, pp. 1.187-
1.209, set./ dez. 2008.
https://bit.ly/2EcAJNm 
O que fazem os Conselhos Municipais e Estaduais de Educação
Esta leitura trata-se de um texto que contempla as principais atribuições e 
demandas direcionadas à ação dos conselhos municipais e também dos con-
selhos estaduais de educação.
O que fazem os Conselhos Municipais e Estaduais de Educação.
https://bit.ly/2Vo0m4A
Leituras
https://bit.ly/3ut8BU5
https://bit.ly/2EcAJNm
https://bit.ly/2Vo0m4A
27
BRASIL. Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei nº 4.024, 
de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da 
República, 1995. Disponível em . Acesso em 13/12/2023.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases 
da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: 
. Acesso em: 7/12/2023.
BRASIL. CONAE: construindo o sistema nacional articulado: o Plano Nacional de 
Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação. Documento de Referência. Brasília: 
Ministério da Educação, 2010. Disponível em: . Acesso em: 7/12/2023.
CURY, C. R. J. Conselhos de Educação: fundamentos e funções. In: RBPAE, v. 22, 
n. 1, pp. 41-67, jan./jun. 2006. Disponível em: . Acesso em: 7/12/2023.
GOHN, M. da G. Conselhos e colegiados na esfera pública: em busca do sentido. In: 
CURY, C. R. J.; TOSTA, S. de F. P. Educação, cidade e cidadania: leituras de experiên-
cias socioeducativas. Belo Horizonte, MG: PUC Minas/Autêntica, 2007.
SAVIANI, D. Educação brasileira: estrutura e sistema. Campinas, SP: Autores 
Associados, 2018.
SAVIANI, D. O manifesto dos pioneiros da educação nova de 1932 e a questão do 
Sistema Nacional de Educação. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de 
Articulação com os Sistemas de Ensino. O Sistema Nacional de Educação: diversos 
olhares 80 anos após o Manifesto. Brasília: MEC/SASE, 2014, pp. 19-33.
SAVIANI, D. Sistema Nacional de Educação e Plano Nacional de Educação: signifi-
cado, controvérsias e perspectivas. Campinas, SP: Autores Associados, 2014.
Referências
28
Questão 1
b) É possível se deparar com o termo sistema abrangendo sistemas estaduais e 
municipais de ensino, sistema público e privado, sistema de ensino básico e supe-
rior, sistema de ensino em instituições e tantas outras situações e abrangência em 
que o termo pode ser empregado.
Justificativa: O Sistema de ensino no país ainda não está fortemente consolidado 
e, por isso, além de uma proposta que seja de abrangência nacional, é comum nos 
depararmos com o termo sistema de modo diversificado, como sistema público e 
privado, sistema escolar, sistema municipal, estadual e federal, e assim por diante. 
Por esse e outros aspectos, considera-se que o sistema nacional de ensino é um 
sistema composto por vários outrossistemas.
Questão 2
a) I, apenas.
Justificativa: Tanto a esfera Federal, quanto a Estadual e a Municipal são importan-
tes para a educação no país, pois elas não são independentes, mas sim, dependentes 
uma da outra para que o ensino seja mais eficaz. Assim, as adaptações são feitas de 
acordo com a realidade de cada local de ensino, e os objetivos a serem alcançados 
permanecem comuns.
Questão 3
c) V, F, V, F.
Justificativa: Quanto aos documentos de representatividade para a educação no 
país, vários podem ser considerados, contudo o maior deles seria a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional da qual todo o pensar educativo (leis, decretos, pla-
nos etc) partem. Atualmente, tem-se a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
que, embora já tenha sido elaborada, ainda está em fase de análise e estudos para 
ser implementada e consolidar o sistema nacional de ensino.
Questão 4
b) I e IV, apenas.
Justificativa: Um sistema incumbe-se da análise, do planejamento e da organiza-
ção bem como propostas e ações, norteando essa ação em prol de se promover 
melhorias contínuas para determinada área da qual faz parte e resolver problemas 
identificados, de modo que se possa atingir aos objetivos propostos.
Gabarito
29
Questão 5
e) I, II e III, apenas.
Justificativa: Para que o sistema de ensino nacional seja eficaz, conforme cami-
nham as discussões há alguns anos, é necessário que, embora tenha uma parte que 
seja comum, seja possível desenvolver adaptações para que os objetivos sejam al-
cançados, e a educação se efetive com qualidade para todos, de modo inclusivo e 
considerando a diversidade como algo enriquecedor. 
Questão 6
e) F, F, V, V.
Justificativa: Ainda que as discussões relacionadas à implementação de um siste-
ma nacional de educação sejam bem recentes, vale considerar que as discussões a 
ele relacionadas vem ganhando espaço, desde o manifesto dos pioneiros em 1932, 
estando também previstas na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional e, mais recentemente, nas Conferências Nacionais da Educação 
(CONAE), 2010 e 2014, assim como no Plano Nacional de Educação em vigor e 
possui, na Base Nacional Comum Curricular a ser implementada, um grande passo 
para sua efetivação.
Questão 7
b) I e II, apenas.
Justificativa: O conselho de educação tem como prioridade assegurar o acesso à 
educação, e, para além disso, tem também outras atribuições, como a de fiscalizar 
e buscar promover melhorias no ensino. Os membros do conselho são os conselhei-
ros, que precisam buscar capacitação para atuarem, além disso, eles não possuem 
autonomia para decidirem sozinhos novos rumos ou propostas para a educação. É 
importante, também, que os conselhos mantenham comunicação entre si.
Questão 8
e) I, II e III, apenas.
Justificativa: O Conselho Nacional de Educação foi elaborado, anteriormente, con-
tudo foi recriado pela LDB. Entre as várias funções a ele atribuída, está a comuni-
cação com os conselhos de educação estaduais e do distrito federal bem como a 
emissão de pareceres relacionados à educação e elaborar e acompanhar a execução 
do Plano Nacional de Educação.
30
Questão 9
d) V, V, V, V.
Justificativa: Instituídos pela LDB nº 4.024/61, os conselhos estaduais de educação 
tem, entre as suas funções, criar seu regimento próprio, regulamentar e normatizar 
o ensino no estado, seguir com as perspectivas nacionais para a educação, adaptado 
para a realidade que possui, entre outros.
Questão 10
c) I e IV, apenas.
Justificativa: Ao Conselho Municipal de Educação cabem as responsabilidades de 
analisar e acompanhar o ensino no município, quanto à Educação Infantil e Ensino 
Fundamental, para isso, precisam estar atentos às demandas e, principalmente, os 
conselheiros precisam estar capacitados para que possam buscar cada vez mais 
assegurar o ensino de qualidade no município do qual fazem parte.
Conteudista
Prof.ª Ruth Cássia Schreiner e 
Prof.ª M.ª Maria do Carmo Teles F. Stringhetta
Revisão Textual
Camila Yukari Kawamura
Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional
2
Sumário
Sumário ................................................................................................................................... 2
Objetivos da Unidade ............................................................................................................3
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ............................................................ 4
Contextualização Histórica da LDB ................................................................................... 4
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 ...................................................7
Considerações Importantes – LDB – Lei nº 9.394/1996 ................................................ 8
Modalidades de Ensino .......................................................................................................13
Em Síntese .............................................................................................................................16
Atividades de Fixação .........................................................................................................17
Material Complementar..................................................................................................... 23
Referências ...........................................................................................................................24
Gabarito ................................................................................................................................ 25
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
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zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Compreender a proposta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
• Entender a partir da contextualização histórica a referida lei na sociedade;
• Conhecer os impactos dessa Lei na Educação Básica.
Objetivos da Unidade
4
Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional
Vamos falar sobre a Legislação que rege nossa educação! Não se preocupe, nosso 
objetivo não é fazer você decorar leis, artigos e parágrafos, mas que você conheça as 
legislações e saiba o que fundamenta nossa educação. Vamos compreender a pro-
posta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a partir da contextualização 
Histórica da referida lei na sociedade. É importante você saber que a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional regulariza a organização da educação brasileira com 
base nos princípios presentes na Constituição Federal, que é uma política instituinte.
A seguir, você pode conferir a principal diferença entre as propostas das políticas 
públicas:
Quadro 1 – Políticas Públicas
Políticas Públicas Instituintes Constituição Federal.
Políticas Públicas Regulatórias
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB).
Fonte: Elaborado pelas autoras
Nas últimas décadas, a discussão sobre as Políticas Públicas está se ampliando. 
Certamente, você já ouviu discussões sobre o tema, isso porque as condições de-
mocráticas são mais evidentes. As políticas públicas regulatórias, como exemplo a 
LDB, é o campo de atuação do poder legislativo. Isso significa que é por meio das 
políticas regulatórias que os recursos públicos são liberados para implementação 
das outras políticas públicas.
 
Contextualização Histórica da 
LDB
Antes de iniciar nosso estudo sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB), é importante refletir sobre o contexto da sociedade que vivemos para com-
preender a proposta das Políticas Públicas para a Educação. A sociedade atual, 
também chamada de sociedade do conhecimento, caracteriza-se pelo comparti-
lhamento e a construção do conhecimento, sendo uma sociedade dinâmicae alta-
mente tecnológica. No entanto, há algumas décadas, o cenário era diferente.
5
A tramitação da primeira LDB levou alguns anos, vamos voltar alguns anos na história 
para compreender melhor. A Constituição Federal de 1934 apresentava à União a 
responsabilidade de traçar as diretrizes da educação nacional, porém, a primeira Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi promulgada somente em 1961, Lei n° 
4.024, pelo presidente da República João Goulart, no dia 20 de dezembro.
No entanto, essa lei não apresentou grandes mudanças para a estrutura da educa-
ção, nesse período, a sociedade brasileira vivia o fim do Estado Novo, caracterizado 
pela centralização do poder, nacionalismo e autoritarismo.
Mesmo sendo debatida e elaborada no contexto de redemocratização do país, após 
a queda do Estado Novo, o sistema de ensino continuou a ser organizado segundo 
a legislação anterior:
• Ensino Pré-primário;
• Ensino Primário;
• Ensino Médio: dividido em ginasial (quatro anos) e o colegial (três anos ou mais).
Contudo, algumas características de democratização sobressaíram:
• Autonomia aos órgãos estaduais, diminuindo a centralização do poder no MEC;
• Regulamentação da existência dos Conselhos Estaduais de Educação e do 
Conselho Federal de Educação;
• Dinheiro público não exclusivo às instituições de ensino públicas.
Você já deve saber que, nas décadas de 1960, 1970 e 1980 o Brasil sofreu grandes 
interferências políticas e, a partir das necessidades políticas e sociais, o texto da LDB 
passou por algumas mudanças e, por duas vezes, foi reformulada por meio das Leis 
nº 5.692/1971 e 9.394/1996.
Após cerca de dez anos, já na vigência do Regime Militar (1964-1985), a Lei nº 
4.024/1961 foi reformulada pela Lei nº 5.692/1971 publicada em 11 de agosto de 1971 
e assinada pelo presidente general Emílio Médici.
A Lei nº 5.692/1971 fundiu o ensino primário com o ginásio, retirando deste os ramos 
profissionais, e constituiu o primeiro grau com oito anos de duração, obrigatório 
para as crianças e jovens de 07 a 14 anos de idade. O segundo grau ficou redu-
zido aos três ou quatro anos do antigo Ensino Médio. A antiga função do Ensino 
Médio de fornecer uma educação preparatória ao estágio superior foi subordinada 
6
à habilitação profissional: a formação de técnicos e auxiliares-técnicos destinados 
ao preenchimento de postos de trabalho na indústria, no comércio, nos serviços e 
na agricultura passava a ser o objetivo de todas as escolas de segundo grau. Para 
diminuir as resistências dos jovens, o novo ensino foi chamado de profissionalizante.
Mais uma vez, as mudanças no cenário político nacional ocorridas em fins da década 
de 1970 imprimiram novos contornos à educação nacional. A oposição ao regime 
militar, o Movimento Democrático, o início do processo de abertura política e a res-
tauração dos direitos democráticos foram elementos marcantes desse período.
A promulgação da nova Constituição, em 5 de outubro de 1988, deu início ao pro-
cesso de tramitação de um novo projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional, depois de diversas tramitações. Em 20 de dezembro de 1996, o texto da 
Lei de Diretrizes e Bases – Lei nº 9.394, conhecida como Lei Darcy Ribeiro – foi san-
cionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Figura 1 – Histórico da LDB
Fonte: Acervo da Conteudista. 
#ParaTodosVerem: ilustração de uma seta acompanhada por pontos ao longo de sua trajetória. Os pontos indi-
cam informações relacionadas ao histórico da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A seta sugere uma 
linha do tempo ou uma sequência, indicando a evolução ou marcos importantes ao longo do histórico da LDB. 
Fim da descrição.
Conhecer o histórico da Lei de Diretrizes e Bases nos faz relembrar que a edu-
cação que conhecemos hoje passou por um longo caminho. Hoje a escola é um 
lugar de ensino para todos os grupos sociais, existe a preocupação com condições 
mínimas de existência, o envolvimento da família na educação é mais efetivo e 
ainda sabemos que, por meio da LDB, a autonomia e flexibilização dos sistemas de 
ensino são evidentes.
7
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação nº 9.394
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) estabelece dois 
níveis de ensino: a educação básica e a educação superior, divididas da seguinte forma:
Figura 2 – Educação Básica
Fonte: Adaptada de LDB - Lei no 9394/96 
#ParaTodosVerem: infográfico composto por retângulos interligados por linhas, formando uma rede. Cada re-
tângulo pode conter informações ou tópicos relacionados à Educação Básica. A interconexão das linhas sugere 
relações e vínculos entre os diferentes elementos abordados no contexto da Educação Básica. Fim da descrição.
A Educação Básica corresponde aos primeiros anos da educação formal ou educa-
ção escolar, sendo obrigatória e gratuita. A criança deve ser matriculada na Educação 
Infantil a partir dos 4 anos de idade. Vamos entender: 
Dividida entre creches (de 0 a 3 anos) gratuitas, mas não obrigatórias, de com-
petência dos Municípios e pré-escolas (de 4 e 5 anos) que são obrigatórias e de 
competência dos Municípios na rede pública;
Educação Infantil
Dividido entre anos iniciais (do 1º ao 5º ano) geralmente de competência dos 
Municípios e anos finais (do 6º ao 9º ano), geralmente de competência dos 
Estados. Independente do ano, a oferta é obrigatória e gratuita na rede pública;
Ensino Fundamental
8
Última etapa da Educação Básica (do 1º ao 3º ano), é de competência dos Estados. 
Pode ser técnico profissionalizante, ou não. Obrigatório e gratuito na rede pública.
Ensino Médio
Figura 3 – Educação Superior
Fonte: Adaptada de LDB - Lei no 9394/96 
#ParaTodosVerem: infográfico composto por retângulos interligados por linhas, formando uma rede. Cada re-
tângulo pode conter informações ou tópicos relacionados à Educação Superior. A interconexão das linhas suge-
re relações e vínculos entre os diferentes elementos abordados no contexto da Educação Superior.
A Educação Superior não é obrigatória. Na rede pública pode ser ofertada por Estados e 
Municípios. A oferta de curso de nível superior nas instituições privadas é de responsabi-
lidade da União. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394 de 
1996, reafirma o direito à educação estabelecido na Constituição Federal de 1988.
Considerações Importantes – LDB 
– Lei nº 9.394/1996
No Artigo 1º da LDB, Lei nº 9.394/96, podemos observar a abrangência dos espaços 
nos quais a educação se desenvolve.
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida 
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais 
Fonte: Brasil, LDB/1996.
9
No artigo 3º, incisos I e VI, é descrito que a educação será gratuita, e terá condições 
igualitárias para o acesso e permanência dos alunos na escola:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pen-
samento, a arte e o saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legis-
lação dos sistemas de ensino;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extra-escolar;
XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. consideração com a diversidade étnico-racial (Incluído pela Lei nº 
12.796, de 2013) 
Fonte: Brasil, 1996.
Chamamos sua atenção para os princípios da educação que garantem a igualdade e 
a permanência na escola. Note queo respeito e tolerância são citados, e merecem 
destaque, uma vez que nossa sociedade é formada pela diversidade e é necessário 
que a educação esteja voltada para essa premissa de valorização humana.
Podemos observar que os demais incisos regulamentam itens importantes da edu-
cação brasileira e que são reafirmados em outros documentos, por exemplo, a 
valorização do profissional da educação que está previsto no Plano Nacional de 
Educação (PNE).
10
Outro aspecto importante garantido pela referida lei é a garantia do padrão de qua-
lidade. Estudante, não podemos esperar que a qualidade da educação seja deter-
minada somente pelo governo, a efetivação da qualidade da educação depende da 
participação da comunidade! O inciso VIII reforça essa responsabilidade quando 
dispõe sobre a Gestão Democrática.
A LDB 9.394/1996 também estabelece a organização da educação brasileira, bem 
como outros aspectos regulamentadores do sistema educacional, advindos da ne-
cessidade, por parte do Estado, de proporcionar acesso à educação para todos. O 
artigo 4º da LDB 9.394/1996 dispõe sobre o dever e garantia do estado com a edu-
cação escolar pública:
Quadro 2 – Art. 4º LDB/1996
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos 
de idade, organizada da seguinte forma:
(Redação dada pela Lei no 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei no 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei no 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei no 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; 
(Redação dada pela Lei no 12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades 
ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, 
preferencialmente na rede regular deensino; (Redação dada pela Lei no 12.796, 
de 2013)
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os 
que não os concluíram na idade própria;
(Redação dada pela Lei no 12.796, de 2013)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com 
características e modalidades adequadas às suasnecessidades e 
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condiçõe de 
acesso e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei no 12.796, de 2013)
11
Agora você conhece um pouco desta legislação que normatiza a Educação básica e 
superior no Brasil.
Importante
Você pode observar que em vários artigos da LDB/1996 estão 
estabelecidas modificações, por exemplo, a redação dada pela 
Lei nº 12.796, de 2013. Como foi estudado anteriormente, as 
políticas educacionais estão em constantes reformas, isso ex-
plica as modificações. Como você sabe, nossa sociedade vive 
constantes transformações e a educação é impactada por tais 
transformações.
Você pode observar com base na legislação brasileira que o dever do Estado sobre 
a educação é amplo. O atendimento educacional especializado é uma conquista da 
educação, assim como a educação de Jovens e Adultos, uma modalidade importan-
te que possibilita o direito à educação das pessoas que por algum motivo não con-
seguiram concluir os estudos. O apoio ao educando com material didático-escolar, 
transporte, alimentação e assistência à saúde, itens básicos, porém fundamentais 
para proporcionar condições de ensino. Mais uma vez, destaca-se a importância da 
oferta de padrões mínimos de qualidade de ensino.
Importante
A qualidade é um conceito subjetivo, sendo que cada pessoa irá 
avaliar o nível de qualidade de determinada ação a partir da sua 
visão de mundo. Contudo, na Educação, existem alguns parâ-
metros para avaliar a qualidade da educação. Refletindo infor-
malmente sobre o tema, o que você entende por qualidade de 
ensino?
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e 
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento 
do processo de ensino-aprendizagem.
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais 
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 
(quatro) anos de idade (Incluído pela Lei no 11.700, de 2008) (BRASIL, 1996).
Fonte: LDB - Lei nº 9.394/96. 
12
Já o artigo 5º da LDB nº 9394/96 trata a educação como direito subjetivo:
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, 
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, 
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída 
e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. 
Fonte: Brasil, 1996.
Sabendo que o sistema educacional do país está inserido em um sistema econômi-
co internacional, movimentos sociais, cooperativas, associações, sindicatos e outras 
organizações, incluindo as comunidades rurais podem se organizar e reivindicar uma 
educação que supere a formação para o mercado de trabalho.
Possivelmente, você já identificou a importância da Lei n° 9.394/1996 para a edu-
cação brasileira. Nosso objetivo não é abordar todos os seus artigos e sim contex-
tualizar sobre a importância de conhecer a regulamentação da LDB. Cabe ressaltar 
que dentro das políticas educacionais brasileiras, a referida lei é a maior de todas 
as políticas regulatórias. Composta por 92 artigos e pelos seguintes títulos, que se 
desdobram em artigos, incisos e parágrafos.
Quadro 3 – Artigos LDB
Título I Da Educação.
Título II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.
Título III Do direito à Educação e do dever de Educar.
Título IV Da Organização da Educação Nacional.
Título V Dos Níveis e das modalidades de Educação e Ensino.
Título VI Dos Profissionais da Educação.
Título VII Dos Recursos Financeiros.
Título VIII Das Disposições Gerais.
Título IX Das Disposições Gerais.
Fonte: Adaptada de LDB - Lei n° 9.394/96.
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Modalidades de Ensino
As modalidades de ensino são reconhecidas pela LDB - Lei nº 9.394/96 e determi-
nam as formas de educação.
Sabendo que o Brasil é um país com uma forte história de colonização e influências 
estrangeiras na educação e cultura e que a luta por políticas públicas que garan-
tam o direito à Educação é constante, podemos considerar que uma conquista da 
Educação brasileira são as modalidades da educação.
Modalidade refere-se às diferentes formas como a educação acontece, incluindo a 
forma de oferta, leis específicas, com o objetivo de atender um público diferencia-
do, enfim, é uma diversificação da oferta de educação.
Educação de Jovens e Adultos – EJA
Art. 37. LDB/1996 A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que 
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e mé-
dio na idade própria;
 
Educação Profissional e Tecnológica
 A educação profissional é destinada a alunos que procuram uma formação por 
meio de aprendizagem formal ou não, essa formação pode ser reconhecida e 
certificada;
Educação do Campo
 Art. 28, LDB/1996 Na oferta de educação básica para a população rural, os sis-
temas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às 
peculiaridades da vida rural e de cada região;
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Educação indígena, de Negros e Quilombola
 Após a LDB/1996, houveram outros avanços para modalidade de Educação 
Indígena, foi criado o referencial curricular para escolas indígenas e o referen-
cial para formação de professores indígenas. Nos currículos desta modalidade 
de ensino, devem ser inseridos os saberes e tradição negra-afro-referenciada;
Educação a distância – EaD
Essa modalidade da educação é potencializada pela tecnologia,

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