Buscar

CAPITALISMO PARA PRINCIPIANTES

Prévia do material em texto

"CAPITALISMO PARA PRINCIPIANTES"
No clã da primeira organização social os homens trabalhavam para o bem comum. Com a invenção das armas e ferramentas aumentaram as formas de obtenção de alimento e a superprodução começando assim trocas de mercadorias entre tribos. Apareceu à propriedade privada, a escravatura, assim ocorre à divisão de duas classes: senhores e escravos. O escravo pertencia e produzia para o seu senhor. O feudalismo surge como um regime da sociedade medieval na Europa, a base da propriedade da terra. Diferencia-se da escravidão, pois camponeses possuíam uma pequena propriedade. A sociedade passa a ser dividida em: nobreza, clero, artesãos e camponeses. Os nobres e o clero comandavam todo o comércio. Os camponeses tinham que pagar os maiores impostos, além disso, havia o medo do castigo de Deus, pois eles – as camadas inferiores – acreditavam que Deus os castigava para serem pobres.
 No comércio, surgiu o Mercador que vendia de tudo a base de trocas. Os nobres se beneficiavam com as mercadorias valiosas e o trabalho dos outros. Cada senhor feudal dos reinos da Europa Central podiam cunhar as suas próprias moedas. Em 20 de maio de 1498, Vasco da Gama chega à Índia (época conhecida como: Período dos Grandes Descobrimentos). Na América, os espanhóis invadiram os impérios inca, maia, asteca, as ilhas do Caribe.
 Por volta de 1630, a Europa sofreu uma profunda miséria ocorreu devido a Revolução dos Preços, pois, os salários não aumentaram na mesma proporção dos preços.
 Com a Revolução, até os nobres foram atingidos negativamente, somente os mercadores se beneficiaram. Essas crises financeiras desencadearam uma guerra, onde os comerciantes patrocinavam os exércitos (formados por artesãos) dos reis. A partir daí os comerciantes aboliram o sistema de produção familiar e os artesãos passaram a trabalhar nos galpões e casas dos comerciantes. Os artesãos dependiam da matéria-prima, assim tornaram-se empregados dos comerciantes.
 Com a expansão dos Estados, muitos negociantes enriqueceram com o comércio dos negros da África, que eram vendidos na América do Norte e do Sul e a Europa. Os portugueses seguidos pelos ingleses e holandeses devastaram e despovoaram toda a África. Neste comércio os africanos recebiam objetos em troca à África. Neste comércio os africanos recebiam objetos em troca dos escravos, já os europeus lucravam com dinheiro. No Brasil, EUA e Jamaica os escravos trabalhavam nas plantações sem os seus direitos trabalhistas. No século XVII, durante o declínio do Feudalismo instalou-se a Revolução Francesa, já que a burguesia francesa pretendia ser a dona das terras e obter o poder político.
 Os capitalistas visavam ter maiores lucros, com isso o operário apesar de trabalhar mais que os capitalistas ganhavam menos dinheiro, a essa diferença deu-se o nome de mais-valia. A indústria passava por mudanças no modo de produção, houve a tentativa da substituição do operário pelas máquinas, que desempregou muita gente, os senhores perceberam que deveriam continuar com alguns operários para o funcionamento das máquinas. A Igreja Católica condenava o capitalismo, já a Igreja Protestante conduzia o desejo de lucro aos seus fiéis. Todo o poder político e judiciário era voltado para a representação e proteção do capitalismo.
 Os operários juntaram forças e criaram o sindicato, muitos dos seus membros foram perseguidos e presos, mas ainda assim o sindicato sobreviveu até os dias de hoje.
 Para fortificar o capitalismo surgiu o monopólio (atualmente conhecido com Multinacionais) que era um grupo de empresas que dominava o comércio. Desta forma, o comércio passou a produzir muito mais do que consumia desencadeando uma crise mundial de 1873. A economia seguia – segundo Marx – como o sistema que determina como as pessoas devem viver, garantindo as forças políticas, jurídicas, morais e etc. Dizia que a ditadura do proletariado deveria substituir a ditadura da burguesia, por beneficiar muito mais gente. Defende o fim da propriedade privada dos meios de produção por ela causar miséria das massas, concentração de riqueza em grupos menores, desemprego entre outros.
 Mais uma vez o capitalismo precisava de uma revitalização, daí as potências européias dividiram a África para colonizá-la visando uma melhoria no sistema. O Brasil e a América Latina no século XIX, estavam nas mãos da Inglaterra. Nossa estrutura econômica estava voltada para a exportação. Para colonizar a China, Oceania, Ásia e África, foi preciso a união do Capitalismo e a Igreja Católica.
 Com as brigas da concorrência por colonização, desencadeou a Primeira Guerra Mundial. Os países: Alemanha, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Turquia se juntaram contra o grupo aliado formado por: Rússia, França, Inglaterra, Itália, Sérvia, Romênia e depois os EUA, que saíram como vencedor.
Após o afastamento da Rússia, surgiu a Crise de 29 provocando desemprego, fome, miséria.
 O Brasil prejudicado por essa crise, viveu a Revolução de 30 que foi a adaptação das classes dirigentes das novas regras do capitalismo.
Apesar disso a Segunda Guerra Mundial foi inevitável. Hitler invadiu a URSS. Os EUA se desenvolveram industrialmente. O Brasil torna-se mais dependente dos países industrializados.
Após o Golpe de 64, mais uma vez o capitalismo precisava de um milagre, o Governo criou recursos, tornando o crescimento econômico artificial. Com o fim do milagre vieram as eleições de 74, a crise internacional do petróleo e as primeiras greves.
As Multinacionais surgem com força após a guerra, faz o Brasil se endividar com empréstimos no exterior.
A sociedade de consumo é o ápice do capitalismo, um de seus instrumentos foi à televisão, que garantia o lucro dos seus expectadores, representado pela classe dominante: os consumidores.
A ideologia domina a sociedade, que por sua vez é difundida pela ideologia burguesa.
Diante disso tudo, o mundo torna-se individualista. O que é passado pela ideologia dominante só fica na teoria. As camadas inferiores são consideradas mais solidárias.
Portanto, percebe-se que o Capitalismo apesar de todas as crises e reformulações sofridas ainda assim é inviável. Torna os direitos humanos em negócios para garantirem lucros.
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS
FAE/UEMG
CAPITALISMO PARA PRINCIPIANTES
CARLOS EDUARDO NOVAES
SOCIOLOGIA
JÉSSICA VIEIRA DE JESUS DAMASCENO
BELO HORIZONTE – MG
SETEMBRO DE 2015

Continue navegando