AULA 01 - Copia

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PARA DECORAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
 
CONCEITOS ELEMENTARES DE TODOS OS RAMOS DO DIREITO: 
 
DIREITO OBJETIVO: É O CONJUNTO DE NORMAS, REGRAS E PRINCÍPIOS, QUE 
ATRIBUI A DETERMINADOS FATOS, CASO OCORRAM NO MUNDO DA 
EXPERIÊNCIA (CENÁRIO ONDE OCORREM OS ACONTECIMENTOS QUE SÃO 
PERCEBIDOS PELOS NOSSOS SENTIDOS - VISÃO, TATO, AUDIÇÃO, OLFATO E 
PALADAR), EFEITOS JURÍDICOS. 
 
EFEITO JURÍDICO: CONSISTE NA CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, EXTINÇÃO, 
TRANSFERÊNCIA DE RELAÇÕES JURÍDICAS. 
 
RELAÇÕES JURÍDICAS: É A RELAÇÃO INTERSUBJETIVA DISCIPLINADA PELO 
DIREITO ONDE, EM UM DOS SEUS POLOS, UM SUJEITO ATIVO, TITULAR DE 
UM DIREITO SUBJETIVO, PODE EXIGIR DE OUTRO, SUJEITO PASSIVO, NO 
POLO OPOSTO, UM DETERMINADO COMPORTAMENTO, SOB AMEAÇA DE 
SANÇÃO PREVISTA NO DIREITO OBJETIVO. 
 
DIREITO SUBJETIVO: É O PODER (FATO DE SUJEITAR A VONTADE ALHEIA À 
SUA PRÓPRIA) DE AGIR PARA A SATISFAÇÃO DE UM INTERESSE PRÓPRIO EM 
CONFORMIDADE COM O ORDENAMENTO JURÍDICO. 
 
ESTRUTURA/ASPECTOS DO DIREITO SUBJETIVO: 
 
1 – PRETENSÃO: É A EXIGÊNCIA DE SUJEIÇÃO DE UM INTERESSE ALHEIO AO 
PRÓPRIO QUE SURGE COM A VIOLAÇÃO DO DIREITO SUBJETIVO. 
 
2 – LICITUDE: É A SEARA EM QUE O TITULAR DO DIREITO SUBJETIVO PODE 
EXERCÊ-LO LEGITIMAMENTE. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS QUANTO AOS EFEITOS: 
 
1 – DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS: SÃO AQUELES OPONÍVEIS ERGA 
OMNES, OU SEJA, AQUELES EM QUE OCORRE UMA SUJEIÇÃO PASSIVA 
UNIVERSAL – TODO O CORPO SOCIAL TEM O DEVER DE SE ABSTER DE 
QUALQUER CONDUTA QUE INTERFIRA NO PODER DE AGIR DO TITULAR DO 
DIREITO (SUJEITO ATIVO) SOBRE O SEU OBJETO. 
 
OS DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS PODEM SER: 
 
A – DIREITO SUBJETIVOS ABSOLUTOS PATRIMONIAIS: SÃO AQUELES QUE 
TÊM POR OBJETO IMEDIATO UMA COISA QUE PODE SER APRECIADA 
ECONOMICAMENTE. EX: DIREITO DE PROPRIEDADE DE UMA CASA. 
 
B – DIREITO SUBJETIVOS ABSOLUTOS EXTRAPATRIMONIAIS: SÃO AQUELES 
QUE TÊM POR OBJETO IMEDIATO UMA COISA QUE NÃO TEM APRECIAÇÃO 
ECONÔMICA. EX: DIREITOS DA PERSONALIDADE (HONRA, NOME, IMAGEM, 
ETC). 
 
2 – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS: SÃO AQUELES OPONÍVEIS INTER 
PARTES, OU SEJA, AQUELES EM QUE O SUJEITO ATIVO PODE EXIGIR O 
CUMPRIMENTO DE UMA PRESTAÇÃO/DEVER JURÍDICO DE UM SUJEITO 
PASSIVO DETERMINADO. 
 
A – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS PATRIMONIAIS: SÃO AQUELES QUE 
TEM POR OBJETO IMEDIATO UM COMPORTAMENTO DO SUJEITO PASSIVO E 
POR OBJETO MEDIATO UMA COISA QUE TEM APRECIAÇÃO ECONÔMICA. EX: 
DIREITO DE CRÉDITO (OBRIGACIONAIS). 
 
B – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS EXTRAPATRIMONIAIS: SÃO AQUELES 
QUE TEM POR OBJETO IMEDIATO UM COMPORTAMENTO DO SUJEITO 
PASSIVO E POR OBJETO MEDIATO UMA COISA QUE NÃO TEM APRECIAÇÃO 
ECONÔMICA. EX: DIREITOS INTERNOS DE FAMÍLIA 
 
FACULDADE JURÍDICA: É O CONTEÚDO DO DIREITO SUBJETIVO, OU SEJA, O 
PRÓPRIO PODER DE AGIR CONFERIDO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO AO 
TITULAR DO DIREITO SUBJETIVO. NOS DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS, É O 
PODER DE EXIGIR O CUMPRIMENTO DE UMA PRESTAÇÃO/DEVER JURÍDICO. 
NOS ABSOLUTOS, É O PODER DE AGIR DIRETO E IMEDIATO DO SEU TITULAR 
SOBRE OBJETO (NO DIREITO DE PROPRIEDADE, SERIAM OS PODERES DE 
USAR, GOZAR E DISPOR DA COISA). 
 
MERA FACULDADE: SÃO PERMISSÕES, AUTORIZAÇÕES QUE O 
ORDENAMENTO CONFERE AO SUJEITO DE DIREITO, PERMITINDO-LHE A 
REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS JURÍDICOS. EX: CONTRAIR CASAMENTO; 
REALIZAR UM CONTRATO DE COMPRA E VENDA. 
 
DIREITOS POTESTATIVOS: É O PODER DE, UNILATERALMENTE, O TITULAR DO 
DIREITO INTERFERIR NA ESFERA JURÍDICA DO SUJEITO PASSIVO, CRIANDO, 
MODIFICANDO, EXTINGUINDO UMA RELAÇÃO JURÍDICA. NESTE CASO, O 
SUJEITO PASSIVO NÃO TEM UM DEVER JURÍDICO PARA COM O TITULAR DO 
DIREITO POTESTATIVO. A RELAÇÃO COM ESTE É DE ABSOLUTA SUJEIÇÃO. EX: 
DIREITO DE SE DIVORCIAR. 
PODER JURÍDICO: PODER DE AGIR PARA SATISFAÇÃO DE UM INTERESSE 
ALHEIO EM CONFORMIDADE COM O ORDENAMNETO JURÍDICO. 
 
ÔNUS: É UMA FACULDADE CUJO EXERCÍCIO É CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL 
PARA SE ALCANÇAR SATISFAÇÃO DE UM INTERESSE PRÓPRIO E EVITAR UM 
PREJUÍZO. EX: ÔNUS DE CONTESTAR UMA DEMANDA; ÔNUS DE PROVAR O 
ALEGADO. 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDO – 1ª PARTE 
 
 
 
CONCEITOS ELEMENTARES DO DIREITO: 
 
DIREITO OBJETIVO: É O CONJUNTO DE NORMAS, REGRAS E PRINCÍPIOS, 
QUE ATRIBUI A DETERMINADOS FATOS, CASO OCORRAM NO MUNDO 
DA EXPERIÊNCIA, EFEITOS JURÍDICOS. 
 
EFEITO JURÍDICO: CONSISTE NA CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, EXTINÇÃO, 
TRANSFERÊNCIA DE RELAÇÕES JURÍDICAS. 
 
RELAÇÕES JURÍDICAS: É A RELAÇÃO INTERSUBJETIVA DISCIPLINADA PELO 
DIREITO ONDE, EM UM DOS SEUS POLOS, UM SUJEITO ATIVO, TITULAR 
DE UM DIREITO SUBJETIVO, PODE EXIGIR DE OUTRO, SUJEITO PASSIVO, 
NO POLO OPOSTO, UM DETERMINADO COMPORTAMENTO, SOB 
AMEAÇA DE SANÇÃO. 
 
DIREITO SUBJETIVO: É O PODER DE AGIR PARA A SATISFAÇÃO DE UM 
INTERESSE PRÓPRIO EM CONFORMIDADE COM O ORDENAMENTO 
JURÍDICO. 
 
ESTRUTURA/ASPECTOS DO DIREITO SUBJETIVO: 
 
1 – PRETENSÃO: É A EXIGÊNCIA DE SUJEIÇÃO DE UM INTERESSE ALHEIO 
AO PRÓPRIO QUE SURGE COM A VIOLAÇÃO DO DIREITO SUBJETIVO 
 
2 – LICITUDE: É A SEARA EM QUE O TITULAR DO DIREITO SUBJETIVO 
PODE EXERCÊ-LO LEGITIMAMENTE. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS QUANTO AOS EFEITOS: 
 
1 – DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS: SÃO AQUELES OPONÍVEIS ERGA 
OMNES, OU SEJA, AQUELES EM QUE OCORRE UMA SUJEIÇÃO PASSIVA 
UNIVERSAL – TODO O CORPO SOCIAL TEM O DEVER DE SE ABSTER DE 
QUALQUER CONDUTA QUE INTERFIRA NO PODER DE AGIR DO TITULAR 
DO DIREITO (SUJEITO ATIVO) SOBRE O SEU OBJETO. 
 
OS DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS PODEM SER: 
 
A – DIREITO SUBJETIVOS ABSOLUTOS PATRIMONIAIS: SÃO AQUELES QUE 
TÊM POR OBJETO IMEDIATO UMA COISA QUE PODE SER APRECIADA 
ECONOMICAMENTE. EX: DIREITO DE PROPRIEDADE DE UMA CASA. 
 
B – DIREITO SUBJETIVOS ABSOLUTOS EXTRAPATRIMONIAIS: SÃO 
AQUELES QUE TÊM POR OBJETO IMEDIATO UMA COISA QUE NÃO TEM 
APRECIAÇÃO ECONÔMICA. EX: DIREITOS DA PERSONALIDADE (HONRA, 
NOME, IMAGEM, ETC). 
 
2 – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS: SÃO AQUELES OPONÍVEIS INTER 
PARTES, OU SEJA, AQUELES EM QUE O SUJEITO ATIVO PODE EXIGIR O 
CUMPRIMENTO DE UMA PRESTAÇÃO/DEVER JURÍDICO DE UM SUJEITO 
PASSIVO DETERMINADO. 
 
A – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS PATRIMONIAIS: SÃO AQUELES QUE 
TEM POR OBJETO IMEDIATO UM COMPORTAMENTO DO SUJEITO 
PASSIVO E POR OBJETO MEDIATO UMA COISA QUE TEM APRECIAÇÃO 
ECONÔMICA. EX: DIREITO DE CRÉDITO (OBRIGACIONAIS). 
 
B – DIREITOS SUBJETIVOS RELATIVOS EXTRAPATRIMONIAIS: SÃO 
AQUELES QUE TEM POR OBJETO IMEDIATO UM COMPORTAMENTO DO 
SUJEITO PASSIVO E POR OBJETO MEDIATO UMA COISA QUE NÃO TEM 
APRECIAÇÃO ECONÔMICA. EX: DIREITOS INTERNOS DE FAMÍLIA 
 
FACULDADE JURÍDICA: É O CONTEÚDO DO DIREITO SUBJETIVO, OU SEJA, 
O PRÓPRIO PODER DE AGIR CONFERIDO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO 
AO TITULAR DO DIREITO SUBJETIVO. NOS DIREITOS SUBJETIVOS 
RELATIVOS, É O PODER DE EXIGIR O CUMPRIMENTO DE UMA 
PRESTAÇÃO/DEVER JURÍDICO. NOS ABSOLUTOS, É O PODER DE AGIR 
DIRETO E IMEDIATO DO SEU TITULAR SOBRE OBJETO (NO DIREITO DE 
PROPRIEDADE, SERIAM OS PODERES DE USAR, GOZAR E DISPOR DA 
COISA). 
 
 MERA FACULDADE: SÃO PERMISSÕES, AUTORIZAÇÕES QUE O 
ORDENAMENTO CONFERE AO SUJEITO DE DIREITO, PERMITINDO-LHE A 
REALIZAÇÃO DE NEGÓCIOS JURÍDICOS. EX: CONTRAIR CASAMENTO; 
REALIZAR UM CONTRATO DE COMPRA E VENDA. 
 
DIREITOS POTESTATIVOS: É O PODER DE, UNILATERALMENTE, O TITULAR 
DO DIREITO INTERFERIR NA ESFERA JURÍDICA DO SUJEITO PASSIVO, 
CRIANDO, MODIFICANDO, EXTINGUINDO UMA RELAÇÃO JURÍDICA. 
NESTE CASO, O SUJEITO PASSIVO NÃO TEM UM DEVER JURÍDICO PARA 
COM O TITULAR DO DIREITO POTESTATIVO. A RELAÇÃO COM ESTE É DE 
ABSOLUTA SUJEIÇÃO. EX: DIREITO DE SE DIVORCIAR. 
 
ÔNUS: É UMA FACULDADE CUJO EXERCÍCIO É CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL 
PARA SE ALCANÇAR SATISFAÇÃO DE UM INTERESSE PRÓPRIO E EVITAR 
UM PREJUÍZO. EX: ÔNUS DE CONTESTAR UMA DEMANDA; ÔNUS DE 
PROVAR O ALEGADO. 
 
ARTIGOS 1º E 2º DO CÓDIGO CIVIL 
 
Art. 1 
o 
Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Art. 2 
o 
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a 
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
PESSOA NATURAL: É O SER HUMANO, O SUJEITO DE DIREITO, ENTE 
DOTADO DE ESTRUTURA BIOPSICOLÓGICA AQUEM O ORDENAMENTO 
JURÍDICO CONFERE PERSONALIDADE JURÍDICA. 
 
 PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
CONCEITO CLÁSSICO: APTIDÃO GERNÉRICA PARA CONTRAIR DIREITOS E 
OBRIGAÇÕES, PARA SER SUJEITO DE DIREITOS. 
 
CONCEITO MODERNO: É A EXPRESSÃO MÁXIMA DA DIGNIDADE 
HUMANA, UM ATRIBUTO DA PESSOA NATURAL QUE LHE CONFERE 
PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE E CAPACIDADE JURÍDICA. 
CONSISTE NA APTIDÃO GENÉRICA DA PESSOA PARA SER SUJEITO DE 
DIREITOS, TITULARIZAR (TITULARIDADE: VÍNCULO JURÍDICO QUE UNE O 
SUJEITO A UM DIREITO SUBJETIVO/OBRIGAÇÃO/DEVER JURÍDICO) 
DIREITOS SUBJETIVOS E OBRIGAÇÕES. 
 
TEORIAS SOBRE O INÍCIO DA PERSONALIDADE E A CONDIÇÃO JURÍDICA 
DO NASCITURO – ART. 2º DO CÓDIGO CIVIL: 
 
1 – TEORIA NATALISTA: PARA ESTA TEORIA, A PERSONALIDADE JURÍDICA 
SÓ É ADQUIRIDA PELA PESSOA NATURAL NO MOMENTO EM QUE 
OCORRE O NASCIMENTO COM VIDA, MAS O ORDENAMENTO JURÍDICO 
PÕE A SALVO OS DIREITOS DO NASCITURO DESDE A CONCEPÇÃO. 
PORTANTO, PARA OS NATALISTAS, O NASCITURO NÃO TERIA 
PERSONALIDADE JURÍDICA E, QUANTOS AOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE E PATRIMONIAIS, TERIA TÃO-SOMENTE MERA 
EXPECTATIVA. 
 
2 – TEORIA CONCEPCIONISTA: DEFENDE QUE A PERSONALIDADE 
JURÍDICA É ADQUIRIDA PELA PESSOA NATURAL DESDE O MOMENTO DA 
CONCEPÇÃO, QUANDO O NASCITURO ADQUIRE OS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE, FICANDO OS DIREITOS PATRIMONIAIS COM A SUA 
AQUISIÇÃO CONDICIONADA A ACORRÊNCIA DE UM EVENTO FUTURO E 
INCERTO PREVISTO NA LEI (CONDITIO IURIS), QUAL SEJA, O 
NASCIMENTO COM VIDA. NESTE CASO, PORTANTO, O NASCITURO TERIA 
EXPECTATIVA QUALIFICADA DE DIREITOS PATRIMONIAIS, OU SEJA, TEM 
UM DIREITO EXPECTADO – DIREITO A ADQUIRIR UM DIREITO!!! 
 
3 – TEORIA CONDICIONALISTA: PARA OS CONDICIONALISTAS, A 
PERSONALIDADE JURÍDICA SÓ SERIA ADQUIRIDA COM O NASCIMENTO 
COM VIDA. NO ENTANTO, O NASCITURO, A DESPEITO DE NÃO TER 
PERSONALIDADE JURÍDICA, TERIA EXPECTATIVA QUALIFICADA DE 
DIREITO EM RELAÇÃO AOS DIREITOS DA PERSONALIDADE E OS DIREITOS 
PATRIMONIAIS, CUJA AQUISIÇÃO TAMBÉM FICARIA CONDICIONADA A 
OCORRÊNCIA DE UM EVENTO FUTURO EM INCERTO PREVISTO NA LEI 
(CONDITIO IURIS), QUAL SEJA, O NASCIMENTO COM VIDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDO – 2ª PARTE 
 
CAPACIDADE JURÍDICA: É A APTIDÃO GENÉRICA PARA PRATICAR ATOS 
JURÍDICOS, EXERCER DIREITOS SUBJETIVOS E CUMPRIR OBRIGAÇÕES. 
 
TIPOS DE CAPACIDADE JURÍDICA: 
 
1 – CAPACIDADE DE DIREITO: COINCIDE COM O CONCEITO DE 
CAPACIDADE JURÍDICA, OU SEJA, A APTIDÃO GENÉRICA PARA PRATICAR 
ATOS JURÍDICOS, EXERCER DIREITOS SUBJETIVOS E CUMPRIR 
OBRIGAÇÕES. 
 
2 – CAPACIDADE DE FATO: É A APTIDÃO PARA PRATICAR ATOS 
JURÍDICOS, EXERCER DIREITOS E CUMPRIR OBRIGAÇÕES 
PESSOALMENTE, SEM A NECESSIDADE DE QUALQUER SUPRIMENTO, OU 
SEJA, SEM A NECESSIDADE DE ESTAR REPRESENTADO OU ASSISTIDO POR 
OUTRA PESSOA PLENAMENTE CAPAZ. 
 
OBS: QUEM TEM CAPACIDADE DE FATO, TEM CAPACIDADE DE DIREITO, 
MAS QUEM TEM CAPACIDADE DE DIRETO, NEM SEMPRE TEM 
CAPACIDADE DE FATO (EX: OS MENORES DE 18 ANOS). 
 
LEGITIMAÇÃO: CONFIGURA UM REQUISITO ESPECÍFICO, EXIGIDO DE 
PESSOA PLENAMENTE CAPAZ, PARA A PRÁTICA DE DETERMINADO ATOS 
JURÍDICOS PREVISTOS EM LEI, CUJA FALTA ENSEJA A SUA INVALIDADE. 
EX: ART. 1647 DO CÓDIGO CIVIL; ART. 496 DO CÓDIGO CIVIL. 
 
INCAPACIDADE CIVIL – ARTS. 3º E 4º DO CÓDIGO CIVIL 
 
Art. 3 
o 
São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência) 
I - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
II - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
III - (Revogado) . (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
Art. 4 
o 
São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, 
de 2015) (Vigência) 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
INCAPACIDADE: VISA APROTEÇÃO DE PESSOAS CONSIDERADAS SEM O 
DISCERNIMENTO SUFICIENTE PARA A PRÁTICA DE ATOS JURÍDICOS 
VÁLIDOS, DEPENDENDO NESTE CASO DE UM REPRESENTANTE LEGAL 
 
1 – INCAPACIDADE ABSOLUTA – ART. 3º DO CÓDIGO CIVIL – MENORES 
DE 16 ANOS 
 
SUPRIMENTO DA INCAPACIDADE ABSOLUTA: ART. 1634, INCISO VII, + 
1690 DO CÓDIGO CIVIL – ART. 1747, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL + ART. 
1774 DO CÓDIGO CIVIL 
 
OBS: CONFORME O ART. 166, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL, OS ATOS 
PRATICADOS POR ABSOLUTAMENTE INCAPAZ SEM ESTAR DEVIDAMENTE 
REPRESENTADO SÃO NULOS. EXCEÇÃO: CASAMENTO. NESTE CASO, O 
CASAMENTO SERÁ ANULÁVEL, CONFORME O DISPOSTO NO ART. 1550, 
INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL. 
 
2 – INCAPACIDADE RELATIVA – ART. 4º DO CÓDIGO CIVIL 
 
SUPRIMENTO DA INCAPACIDADE RELATIVA: ART. 1634, INCISO VII, + 
1690 DO CÓDIGO CIVIL – ART. 1747, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL + ART. 
1774 DO CÓDIGO CIVIL 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art123
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
OBS: CONFORME O ART. 171, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL, OS ATOS 
PRATICADOS POR AB INCAPAZ SEM ESTAR DEVIDAMENTE ASSISTIDOS 
SÃO ANULÁVEIS. 
 
CAPACIDADE PLENA – ART. 5º DO CÓDIGO CIVIL 
A AQUISIÇÃO DA CAPACIDADE DE FATO PELA PESSOA NATURAL 
OCORRE, EM REGRA, COM A ALCANCE DA MAIORIDADE CIVIL, AOS 18 
ANOS, PODENDO, A PARTIR DE ENTÃO, PRATICAR PESSOALMENTE 
TODOS ATOS DA VIDA CIVIL VALIDAMENTE, E EXERCER DIREITOS E 
OBRIGAÇÕES. 
 
CAPACIDADE PLENA – ART. 5º DO CÓDIGO CIVIL = CACIDADE DE DIREITO 
+ CAPACIDADE DE FATO 
Art. 5 
o 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença 
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenhaeconomia própria. 
EMANCIPAÇÃO – ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO CIVIL 
 
CONCEITO: FENÔMENO PELO QUAL OCORRE A ANTECIPAÇÃO DA 
CAPACIDADE PLENA, ANTES DE A PESSOA NATURAL ALCANÇAR A 
MAIORIDADE CIVIL. 
 
ESPÉCIES: 
 
1 – VOLUNTÁRIA: ART. 5º, § ÚNICO, INCISO I, PRIMEIRA PARTE, DO 
CÓDIGO CIVIL 
 
2 – JUDICIAL: ART. 5º, § ÚNICO, INCISO I, SEGUNDA PARTE, DO CÓDIGO 
CIVIL 
 
3 – LEGAL: ART. 5º, § ÚNICO, INCISO II, III, IV, DO CÓDIGO CIVIL 
 
FIM DA EXISTÊNCIA DA PESSOA NATURAL – ART. 6º DO CÓDIGO CIVIL: 
OCORRE COM A MORTE DA PESSOA NATURAL 
 Art. 6 
o 
A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, 
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão 
definitiva. 
Art. 7 
o 
Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a 
sentença fixar a data provável do falecimento. 
TIPOS DE MORTE: 1 – MORTE REAL: TAMBÉM CHAMADA DE MORTE 
COM CADÁVER – CRITÉRIO UTILIZADO PARA A AFERIÇÃO DA MORTE 
REAL: MORTE ENCEFÁLICA 
 
 2 – MORTE PRESUMIDA: PRESCINDE DE CADÁVER 
 
 2.1 – MORTE PRESUMIDA COM DECLARAÇÃO DE 
AUSÊNCIA – ART. 22 E SEGUINTES DO CÓDIGO CIVIL 
 2.2 – MORTE PRESUMIDA SEM DECLARAÇÃO DE 
AUSÊNCIA – ART. 7º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO CIVIL. 
 
COMORIÊNCIA – ART. 8º DO CÓDIGO CIVIL: FENÔMENO JURÍDICO QUE 
OCORRE QUANDO DUAS OU MAIS PESSOAS SUCESSÍVEIS ENTRE SI 
MORREM EM CONDIÇÕES QUE IMPEDEM DETERMINAR QUE PRÉ-
MORREU A QUEM. 
 
Art. 8 
o 
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo 
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos. 
 
 
 
 
 
 
 
ROTEIRO DE ESTUDO – 3ª PARTE 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE – ART. 11 DO CÓDIGO CIVIL 
 
CAPÍTULO II 
Dos Direitos da Personalidade 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu 
exercício sofrer limitação voluntária. 
 
CONCEITO: SÃO DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS EXTRAPATRIMONIAIS 
QUE TÊM POR OBJETO TUDO AQUILO QUE O ORDENAMENTO JURÍDICO 
REPUTA COMO NECESSÁRIO PARA ASSEGURAR A DIGNIDADE DA 
PESSOA HUMANA NAS RELAÇÕES PRIVADAS. 
 
TER DIGNIDADE É TER ASSEGURADOS: 
 
 1 – INTEGRIDADE FÍSICA E PSÍQUICA 
 
 2 – LIBERDADE E RECEBER TRATAMENTO ISONÔMICO 
 
 3 – GOZAR DE UM PATRIMÔNIO MÍNIMO 
 
EM SÍNTESE, 1 + 2 + 3 = CONTEÚDO MÍNIMO – NÚCLEO DURO – DA 
DIGNIDADE HUMANA. 
 
MOMENTO AQUISITIVO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: PARA A 
MAIORIA DA DOUTRINA, SERIA NO MOMENTO DA CONCEPÇÃO. 
 
MOMENTO EXTITNTIVO: OCORRE NO MOMENTO DA MORTE DA PESSOA 
NATURAL, MAS A PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
PERDURA MESMO APÓS O ÓBITO DA PESSOA – VIDE ART. 12, 
PARÁGRAFO ÚNICO E 20, PARÁGRAFO ÚNICO, AMBOS DO CÓDIGO 
CIVIL. 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para 
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou 
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide 
ADIN 4815) 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes 
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
 
1 – DIREITOS SUBJETIVOS ABSOLUTOS: PODER DE AGIR PARA A 
SATISFAÇÃO DE UM INTERESSE PRÓPRIO OPONÍVEL ERGA OMNES – 
SUJEIÇÃO PASSIVA UNIVERSAL. 
 
2 – INATOS: SÃO PRÓPRIOS DAS PESSOAS NATURAIS E PASSAM A 
INTEGRAR A SUA ESFERA JURÍDICA DESDE A CONCEPÇÃO. “NASCEM 
COM A PESSOA”. 
 
3 – SÃO DIREITOS RELATIVAMENTE INDISPONÍVEIS – RESSALVA 
PREVISTA NO ART. 11 DO CÓDIGO CIVIL: “Art. 11. Com exceção dos casos 
previstos em lei...” 
 
EM REGRA, PORTANTO, OS DIREITOS DA PERSONALIDADE SÃO 
INDISPONÍVEIS, MAS, EM ALGUMAS SITUAÇÃO, PELA VONTADE DO SEU 
TITULAR OU POR FORÇA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL EXPRESSA, PODEM 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815
SER RESTRINGIDOS – COMO O DIREITO À IMAGEM E À PRIVACIDADE E 
NOS CAOS DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS. 
 
OBS: DIREITOS INDISPONÍVEIS SÃO AQUELES QUE NÃO PODEM SER 
ALIENADOS (TRANSFERIDOS PARA OUTRO SUJEITO DE DIREITOS), NÃO 
ADMITEM RENÚNCIA E NÃO SE SUBMETEM A TRANSAÇÃO. 
 
 
4 – EXTRAPATRIMONIAS: SÃO DIREITOS SUBJETIVOS CUJO OBJETO 
IMEDIATO É INSUSCETÍVEL DE AVALIÇÃO ECONÔMICA/QUANTIFICAÇÃO 
MONETÁRIA 
 
5 – INTRANSMISSÍVEIS: NÃO ADMITEM ALIENAÇÃO, TRANSMISSÃO POR 
ATO INTER VIVOS OU MORTIS CAUSA. 
 
6 – IMPRESCRITÍVEIS: DIREITOS SUBJETIVOS DA PERSONALIDADE NÃO SE 
SUJEITAM A PRESCRIÇÃO. UMA VEZ VIOLADO, PODE SER TUTELADO 
JUDICIALMENTE A QUALQUER TEMPO. NÃO HÁ PERDA DA PRETENSÃO 
POR DECURSO DE TEMPO. 
 
7 – IMPENHORÁVEIS: DIREITOS DA PERSONALIDADE, POR SEREM 
INTRANSMISSÍVEIS E EXTRAPATRIMONIAIS, SÃO INSUSCETÍVEIS DE 
PENHORA – ATO DE CONSTRIÇÃO JUDICIAL DE BENS NO PATRIMÔNIO 
DO DEVEDOR PARA SATISFAZER O DIREITO DO CREDOR. 
 
8 – DIREITO SUBJETIVO DE OBJETO INTERNO: AO CONTRÁRIO DAS 
DEMAIS ESPÉCIES DE DIREITOS SUBJETIVOS – CUJO PODER DE AGIR 
INCIDE SOBRE UM OBJETO EXTERNO AO SUJEITO IMEDIATA OU 
MEDIATAMENTE -, OS DIREITOS DA PERSONALIDADE TÊM POR OBJETO 
OS PRÓPRIOS ATIBUTOS DA PESSOA HUMANA, QUE INTEGRAM A SUA 
PRÓPRIA ESTRUTUTURA BIOPSICOLÓGICA. 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE EM ESPÉCIE: 
 
1 – DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA – DIREITO AO CORPO VIVO – ART. 13 
DO CÓDIGO CIVIL 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade 
física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins 
de transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
OBS 01: TUTELA DO CORPO VIVO – TEM POR FIM GARANTIR A 
INVIOLABILIDADE DO CORPO DA PESSOA HUMANA. O TITULAR DO 
CORPO PODE, NO ENTANTO, DELE DISPOR, DESDE QUE O ATO DE 
DISPOSIÇÃO NÃO DIMINUA A SUA INTEGRIDADE FÍSICA, A EXEMPLO DO 
QUE OCORRE COM A TATUAGEM, PIERCING E CORTE DE CABELO. 
 
OBS 02: POR EXIGÊNCIA MÉDICA, TERAPÊUTICA, PODE O TITULAR 
DISPOR DO PRÓRIO CORPO, AINDA QUE IMPORTE EM DIMINUIÇÃO 
PERMANENTE DA SUA INTEGRIDADE FÍSICA. EX: AMPUTAÇÃO DE 
MEMBRO POR CONTA DE DIABETES. 
 
OBS 03: CIRUGIA DE TRANGÊNEROS – DISCIPLINADA NA RESOLUÇÃO 
1957/10 DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
 
OBS 04: O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS É DISCIPLINADO NA LEI N.º 
9434/97, QUE O AUTORIZA NA HIPÓTESE DE ÓRGÃOS DÚPLICES OU 
REGENERÁVEIS, DESDE QUE ENTRE PESSOAS DA MESMA FAMÍLIA OU 
MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL PARA TERCEIROS. 
 
2 – DIREITO DA PERSONALIDADE AO CORPO MORTO – DIREITO AO 
CADÁVER - ART. 14 DO CÓDIGO CIVIL 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição 
gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a 
qualquer tempo. 
É UM DIREITO DA PERSONALIDADE QUE CONFERE AO SEU TITULAR O 
PODER DE DISPOR GRATUITAMENTEDO SEU CORPO PARA DEPOIS DA 
SUA MORTE, DEIXANDO-O, POR EXEMPLO, PARA UMA FACULDADE DE 
MEDICINA, ONDE SERÁ EXPOSTO E UTILIZADO NAS AULAS DE 
ANATOMIA. 
 
OBS: O ART. 14 NÃO SE APLICA PARA FINS DE TRANSPLANTE, QUE DEVE 
OBSERVAR O DISPOSTO NO ART. 4º DA LEI N.º 9434/97. 
 
3 – DIREITO DA PERSONALIDADE AO LIVRE CONSENTIMENTO 
INFORMADO (AUTONOMIA DO PACIENTE) – ART. 15 DO CÓDIGO CIVIL. 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de 
vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
O PACIENTE TEM O DIREITO DE SER INFORMADO SOBRE A INTERVENÇÃO 
E O RISCO, ASSIM COMO TEM O DIREITO DE RECUSÁ-LA, EM FUNÇÃO DE 
 SEU DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA. SE O MÉDICO VIOLA ESSE DEVER 
DE INFORMAÇÃO E REALIZA ALGUMA INTERVENÇÃO OU TRATAMENTO 
DE 
 RISCO, CABERÁ RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL. EXATAMENTE POR ISSO 
QUE OS MÉDICOS GRAVAM O CONSENTIMENTO INFORMADO DO 
PACIENTE. É ÔNUS DE PROVA DO MÉDICO. 
 
AGORA, EM SE TRATANDO DE CASOS EMERGENCIAIS, CONFORME OS 
ARTS. 46 E 56 DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, OS MÉDICOS TÊM O DEVER 
DE TOMAR TODAS AS MEDIDAS POSSÍVEIS PARA SALVAR A VIDA DO 
PACIENTE. 
 
OBS: TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E TRANSFUSÃO DE SANGUE QUAL A 
SOLUÇÃO? EM SE TRATANDO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE NÃO HÁ 
DÚVIDA QUE SEJA POSSÍVEL A TRANSFUSÃO, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO 
JUDICIAL (DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL DO ECA). IGUALMENTE 
PREVALECE ESSA OPINIÃO PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, POIS OS 
ARTS. 46 E 56 DO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, DIZEM QUE 
O MÉDICO DEVE TOMAR TODAS AS MEDIDAS PARA SALVAR O PACIENTE. 
QUANTO AOS MAIORES E CAPAZES, A POSSIBILIDADE DE RECUSA DE 
TRATAMENTO MOTIVADO POR QUESTÕES RELIGIOSAS OU FILOSÓFICAS 
DIVIDE A DOUTRINA: 
 
1ª CORRENTE: A TESTEMUNHA DE JEOVÁ MAIOR E CAPAZ, QUE NÃO SE 
ENCONTRA EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, TEM O DIREITO DE NÃO 
RECEBER TRANSFUSÃO DE SANGUE (GUSTAVO TEPEDINO, CELSO 
RIBEIRO BASTOS E CRISTIANO CHAVES). PREVALECE A AUTONOMIA DA 
VONTADE E A LIBERDADE DE CRENÇA. EXISTEM DECISÕES ISOLADAS 
NESSE SENTIDO. ISSO PORQUE O DIREITO À VIDA TAMBÉM IMPLICA EM 
DIREITO À VIDA DIGNA, OU SEJA, SE A TRANSFUSÃO VIOLAR A 
DIGNIDADE DO CIDADÃO, A FÉ DEVE SER RESPEITADA. 
 
2ª CORRENTE: PREVALECE QUE A TESTEMUNHA DE JEOVÁ DEVER SER 
COMPELIDA AO PROCEDIMENTO DE TRANSFUSÃO, MESMO QUE SEJA 
MAIOR E CAPAZ (DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA). 
4 – DIREITO AO NOME 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o 
prenome e o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, 
ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em 
propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção 
que se dá ao nome. 
 
CONCEITO: O NOME É UM DIREITO DA PERSONALIDADE (UM DOS 
ELEMENTOS DE INDIVIDUALIZAÇÃO) QUE IDENTIFICA A PESSOA NA 
SOCIEDADE. 
 
ELEMENTOS COMPONENTE DO NOME (ART. 16): 
 
1 – PRENOME – IDENTIFICA A PESSOA - PODE SER: SIMPLES (EX: JOÃO, 
ALEXANDRE, ANA, DENISE) 
 COMPOSTO 
(MARCO AURÉLIO, ROBERTO CARLOS, ANA JÚLIA) 
 
2 – SOBRENOME (PATRONÍMICO) – INDICA A ORIGEM FAMILIAR 
 
3 – AGNOME: PARTÍCULA DIFERENCIADORA QUE DISTINGUE PESSOAS 
DA MESMA FAMÍLIA QUE TÊM O MESMO NOME (EX: NETO, FILHO, 
SOBRINHO) 
 
4 – PARTÍCULA: “DE”, “DA”, “DOS”, “E” 
 
PSEUDÔNIMO ART. 19: NOME FICTÍCIO QUE A PESSOA UTILIZA PARA 
FINS PROFISSIONAIS (EX: SILVIO SANTOS, LIMA DUARTE). NÃO É 
ELEMENTO DO NOME, MAS A ELE É TAMBÉM CONFERIDA PROTEÇÃO 
JURÍDICA. 
 
HETERÔNIMO: NOME IMAGINÁRIO QUE UM CRIADOR UTILIZA PARA 
IDENTIFICAR O AUTOR DAS SUAS OBRAS. (EX: CHICO BUARQUE USAVA O 
HETERÔNIMO “JULINHO DE ADELAIDE” PARA ALGUMAS DE SUAS 
CANÇÕES DURANTE A DITADURA MILITAR). 
 
HIPOCORÍSTICO: ALCUNHA (APELIDO) PELA QUAL A PESSOA É 
CONHECIDA PESSOAL E PROFISSIONALMENTE. (EX: LULA, PELÉ, 
GAROTINHO) – VIDE ATR. 58 DA LEI N.º 6015/73. 
 
HIPÓTESES LEGAIS DE ALTERAÇÃO DO NOME: 
 
1 – ARTS. 55, 56, 57 E 58, §ÚNICO, DA LEI N.º 6015/73. 
 
2 - ART. 1565, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL 
 
3 – ART. 47, § 5º, DO ECA 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide 
ADIN 4815) 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes 
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
DIREITO À IMAGEM – ART. 20 DO CÓDIGO CIVIL 
 
CONCEITO: IMAGEM É O DIREITO À IDENTIFICAÇÃO DE ALGUÉM. ESSA 
IDENTIFICAÇÃO PODE SE DAR DE DIFERENTES FORMAS, E NÃO SOMENTE 
PELA “IMAGEM PROPRIAMENTE DITA DA PESSOA”. O DIREITO A 
IMAGEM É TRIDIMENSIONAL: 
 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4815&processo=4815
1 - IMAGEM RETRATO: CARACTERÍSTICAS FISIONÔMICAS DA PESSOA. DIZ 
RESPEITO AO PÔSTER DA PESSOA. 
 
2 - IMAGEM ATRIBUTO: DIZ RESPEITO ÀS CARACTERÍSTICAS 
EMOCIONAIS DA PESSOA. EXTERIORIZAÇÃO DA PERSONALIDADE DO 
INDIVÍDUO. EXEMPLO: PESSOA ALEGRE, PESSOA MAL-HUMORADA. ESSA 
IMAGEM TAMBÉM É APLICÁVEL À PESSOA JURÍDICA. 
 
3 - IMAGEM VOZ: TIMBRE SONORO IDENTIFICADOR. EXEMPLO: 
LOMBARDI. 
 
O DIREITO À IMAGEM É AUTÔNOMO (CF, ART. 5º, V E X), OU SEJA, É 
POSSÍVEL VIOLAR A IMAGEM SEM VIOLAR A HONRA. VIOLAR A IMAGEM 
DE UMA PESSOA FALANDO BEM DELA É POSSÍVEL. AGORA, SE VIOLAR 
IMAGEM JUNTO COM HONRA HAVERÁ DUAS INDENIZAÇÕES.