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SEGURADOS OBRIGATÓRIOS (ART. 11 LEI 8213, ART. 12 LEI 8212, ART. 9 DEC. 3048(RPS))
Empregados
Empregados domésticos
Contribuintes individuais
Trabalhadores avulsos
Segurados especiais.
Pressupostos básicos para condição de segurado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS:
a) Ser pessoa física, inconcebível a existência de segurado pessoa jurídica;
b) Exercer uma atividade laborativa, remunerada e lícita, pois exercício de atividade ilícita não tem amparo legal.
	O ato de filiação para os segurados obrigatórios ocorrerá de forma automática a partir do exercício de atividade remunerada vinculada ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS, com direito aos benefícios pecuniários previstos na legislação de acordo com sua categoria tais como salário família, salário maternidade, aposentadorias, pensões e auxílios, bem como aos serviços de reabilitação profissional e serviço social, a encargo da Previdência Social.
 	
1. EMPREGADO
Trabalhadores acima 16 anos
Menor aprendiz
Trabalhador temporário
Trabalhador no exterior
Estagiário/bolsista em descumprimento da lei de estágio
CC // cargo livre nomeação e exoneração
Servidor civil ou militar sem RPPS
Contratação de cargos temporários.
Emprego público (eu em cruzeiro).
Escrevente e o auxiliar de tabeliões a partir a partir de 21/11/1994
Mandato eletivo
Trabalhador intermitente
• Art. 11, I, da Lei nº 8.213/91
• Art. 12, I, da Lei nº 8.212/91
• Art. 9º, I, do Decreto nº 3.048/99 – atualizado pelo Decreto 10.410/20 ( + atualizado)
	São aqueles que prestam serviço de natureza urbana ou rural a empresa ou equiparado à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração. 
	Ou seja, são todos os trabalhadores que possuem vínculo empregatício formalizado, tais como empregados: 
- de empresa em geral, 
- contratado por empresa de trabalho temporário, 
- contratado como intermitente, 
- diretor-empregado,
- exercente de mandato eletivo, 
- prestador de serviço a órgão público em cargo de livre nomeação e exoneração (como ministros, secretários e 
 cargos em comissão em geral), 
- em empresa nacional instalada no exterior, em multinacionais no Brasil, em organismos internacionais e
 missões diplomáticas instaladas no país. 
	Os segurados empregados obrigatórios são os trabalhadores maiores de 16 anos, salvo os contratados como aprendizes, que podem iniciar as atividades desde os 14 anos de idade (menor aprendiz contratado é empregado).
	
EMPREGADO - Categoria (rol) dos empregados previdenciários é muito mais ampla que a definição de empregado do direito do trabalho, contida na CLT:
Art. 9°, I, a, RPS (Dec. 3048):
Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, com subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. (conceito clássico de empregado = conceito CLT).
• Empregado típico → Art. 3º CLT
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Conceito do empregado celetista: 
a) não eventualidade ou habitualidade; 
b) pessoalidade da prestação do serviço; 
c) subordinação jurídica - patrão tem poder de mando; 
d) Onerosidade - recebimento de remuneração.
	Entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades normais da empresa. (§4º, art. 9º Dec 3048/99).
Obs: Diretor De Empresa
§ 2º Considera-se diretor empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo as características inerentes à relação de emprego.
§ 3º Considera-se diretor não empregado aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembleia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, não mantendo as características inerentes à relação de emprego. 
Não são requisitos essenciais para a caracterização da relação empregatícia:
· A exclusividade: a legislação não exige que a exclusividade na prestação de serviços pelo empregado, ou seja, nada impede que um trabalhador possua duas ou mais relações de emprego simultaneamente, desde que haja compatibilidade de funções;
· Trabalho no estabelecimento do empregador: a prestação pode se dar tanto no estabelecimento do empregador quanto fora dele. Assim, ainda que o trabalhador esteja prestando seus serviços em sua residência ou em ambiente externo ao da empresa, ainda assim a relação empregatícia estará caracteriza.
· Trabalho diário: a prestação de serviço de forma não eventual diz respeito à existência de uma necessidade permanente, habitual. Assim, mesmo que o trabalhador não preste serviços em todos os dias da semana, a relação empregatícia estará caracterizada.
· Trabalho mediante salário fixo: nada impede que a remuneração do trabalhador seja estabelecida por comissões ou produção, desde que atendidas as exigências legais como pagamento mensal e valor igual ou superior ao salário mínimo/piso da categoria.
2. MENOR APRENDIZ
	Menor aprendiz é considerado segurado empregado (obrigatório) do regime geral de previdência social quando contratado como empregado: 
Art. 6°, II, da IN 971/09 
	O aprendiz, maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos, ressalvado o portador de deficiência, ao qual não se aplica o limite máximo de idade, sujeito à formação técnica profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada; (exceção à regra geral do empregado – menor de 16 anos).
3. TRABALHADOR TEMPORÁRIO
Art. 9°, I, b, RPS 
	Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, na forma prevista em legislação específica, por prazo não superior a cento e oitenta dias, consecutivos ou não, prorrogável por até noventa dias, presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
Trabalhador temporário – se encaixa na categoria de empregado – nova redação Lei 6.019/74 (antes da alteração o prazo era 3 meses).
A Lei nº 13.429/2017 alterou diversos dispositivos da Lei 6.019/74 (adequou a leg. prev. à leg.trabalho temporário): 
Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não superior a 180 dias, consecutivos ou não, prorrogável por mais 90 dias, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
a) por meio de uma empresa de trabalho temporário; 
b) O prazo não superior a 180 dias, podendo este ser prorrogado por mais 90 dias; 
c) para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal permanente; 
d) para atender à demanda complementar de serviço. ***
4. TRABALHADOR NO EXTERIOR
Art. 9°, I, c, RPS - Domiciliado e contratado no Brasil + Sede e Administração no país.
	O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou em agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no país. 
Lei 8.212/91 (art. 12, I, c) - idem
O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal
ou agência de empresa nacional no exterior.
Art. 9°, I, d, RPS - Domiciliado e contratado no Brasil + Sede e Administração no país.
	O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa
domiciliada no exterior, com maioria de capital votante pertencente à empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede e administração no país e cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no Brasil ou de entidade de direito público interno. – Sede e Administração no país.
Art. 9°, I, e, RPS - aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática
	Aquele que prestaserviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira ou a órgãos a elas subordinados ou a membros dessa missão ou repartição, excluído o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou da repartição consular.
LEI Nº 8.212/91 
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
I - como empregado: [...]
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
LEI Nº 8.213/91 
art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
I -como empregado:
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
	O brasileiro deixa de ser segurado empregado na exceção – é segurado do pais estrangeiro
 Art. 9°, I, f, RPS - auxiliar local - empregado
	O brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio ou se amparado por regime próprio de previdência social (RPPS).
	O auxiliar local é o brasileiro ou o estrangeiro admitido para prestar serviços ou desempenhar atividades de apoio que exijam familiaridade com as condições de vida, os usos e os costumes do país onde esteja sediado o posto. 
Art. 9°, I, g, RPS - O brasileiro civil que presta serviços à União no exterior
	O brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema previdenciário local;
Art. 9°, I, h, RPS - bolsista e o estagiário
	O bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; - Descumprimento da lei do estágio (ex.: carga horaria superior, trabalhar sem supervisão, etc) – converte em vínculo empregatício.
Art. 9°, I, i, RPS - agente público – cc// nomeado
	O agente público (é particular, não é servidor, não é concursado, não é estatutário) da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. – É EMPREGADO
L. 8.213/1991. Art. 11. 
	São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais. 
• Cargo de confiança // Nomeação e exoneração a qualquer tempo ***
Art. 9°, I, j, RPS – 2 situações especificas - Inexistência de regime próprio no ente!
	O servidor civil titular de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações de direito público, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social.
- Servidor civil ou militar sem RPPS (contratados durante vigência da EC 19/98 ao art. 39, CF/88 – empregado público // municípios pequenos sem RPPS).
Art. 9°, I, l, RPS – contratação de cargos temporários.
	O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do artigo 37 da Constituição Federal.
• Cargo temporário na administração – excepcional, por tempo determinado.
Art. 9°, I, m, RPS – eu em cruzeiro.
	O servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de emprego público (CLT com concurso público).
• Relação celetista (CLT)
• Regime jurídico único
• Empresas públicas e sociedades de economia mista – atualmente. (não mais adm. direta)
Art. 9°, I, o, RPS - cartorário
	O escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994; e
• Relação de emprego (art. 48 da Lei nº 8.935/94)
Art. 9°, I, p, RPS – mandato eletivo
	Aquele em exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que não seja vinculado a regime próprio de previdência social (RPPS); 
Art. 9°, I, q, RPS - 
	O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
• Organismo instalado aqui no Brasil.
• Ex.: Escritório do Mercosul
Art. 9°, I, r, RPS – trabalhador rural 
	o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano;
Art. 9°, I, s, RPS - trabalhador intermitente
	Aquele contratado como trabalhador intermitente para a prestação de serviços, com subordinação, de forma não contínua, com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, em conformidade com o disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
5. EMPREGADO DOMÉSTICO
	Aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada e pessoal, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana. Ou seja, são todos os trabalhadores que possuem vínculo de empregado doméstico formalizado, tais como: motorista particular, caseiro, vigia particular, jardineiro, governanta, enfermeira particular.
	O empregado doméstico é regido pela Lei 5.859/1972, regulamentada pelo Decreto 71.885/1973, e com as modificações da Lei 11.324/2006, tendo seus direitos previstos na Constituição Federal/1988 no parágrafo único do artigo 7º, bem como sua integração à Previdência Social.
 	A natureza não lucrativa é fator essencial para a caracterização do trabalho doméstico. Se a cozinheira trabalha para família, mas ajuda a empregadora na confecção de salgados, doces, congelados e etc., para comercialização, deixa de ser empregada doméstica e o vínculo empregatício passa a ser pela CLT.
6. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (autônomo)
	É uma categoria vasta, que abrange muitos tipos de trabalhadores. De forma geral, podemos descrever o contribuinte individual como “aquele que trabalha por conta própria” e “aquele que presta serviço à empresa ou equiparado, sem relação de emprego”. 
	Os segurados anteriormente denominados "empresários", " trabalhador autônomo" e "equiparado a trabalhador autônomo", a partir de 29 de novembro de 1999, com a Lei 9.876, foram considerados uma única categoria e passaram a ser chamados de "contribuinte individual".
São considerados contribuintes individuais: 
· A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário ou atividade pesqueira ou extrativista, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; 
· A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente ou temporário;
· O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
· O titularde firma individual urbana ou rural;
· O profissional liberal;
· O pintor, eletricista, bombeiro hidráulico, encanador e outros que prestam serviços em âmbito residencial, de forma não contínua, sem vínculo empregatício;
· O cabeleireiro, manicure, esteticista e profissionais congêneres, quando exercerem suas atividades em salão de beleza, por conta própria;
· O comerciante ambulante;
· O diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima;
· O trabalhador diarista que presta serviços de natureza não contínua na residência de pessoa ou família, sem fins lucrativos;
· O feirante-comerciante que compra para revender produtos hortifrutigranjeiros e assemelhados;
· O piloto de aeronave, quando habitualmente exerce atividade remunerada por conta própria;
· O corretor ou leiloeiro, sem vínculo empregatício;
· O notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21.11.94;
· O titular de serventia da justiça, não remunerado pelos cofres públicos, a partir de 25.07.91;
· O condutor de veículo rodoviário, assim considerado o que exerce atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário, bem como o auxiliar de condutor contribuinte individual, em automóvel cedido em regime de colaboração;
· O médico residente;
· O vendedor sem vínculo empregatício: de bilhetes ou cartelas de loterias, de livros, de produtos de beleza etc.;
· O pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em barco com mais de duas toneladas brutas de tara;
· O incorporador conforme o artigo 29 da Lei 4.591/64;
· Prestador de serviços de natureza eventual em órgão público, inclusive o integrante de grupo-tarefa, desde que não sujeito a regime próprio de previdência social;
· O segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria;
· O trabalhador rural que exerce atividade eventual, sem subordinação (domador, castrador de animais, consertador de cercas e etc.);
· O aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado classista temporário da Justiça do Trabalho ou da Justiça Eleitoral;
· Todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria;
· O sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural;
· O associado eleito para cargo de direção em cooperativa, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;
· Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
· A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
· O cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; e
· O Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar 123/2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais;
· O bolsista da Fundação Habitacional do Exército, contratado em conformidade da Lei 6.855/80;
· O árbitro de competições desportivas e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615/1998.
	Nota: a partir de 01.04.2003, a empresa é obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária do contribuinte individual a seu serviço, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada a este segurado. 
Art. 9°, V, d - O trabalhador no exterior – única situação que é CI: 
	Brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social (rpps) se for servidor publico - Lei 8.213, V, e:
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
- Contribuinte Individual – contratado diretamente pela inst, internacional para trabalhar no exterior,
7. TRABALHADOR AVULSO
	Aquele que sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato da categoria, ou exerça atividade de movimentação de mercadorias em geral, nos termos do disposto na Lei nº 12.023, de 27 de agosto de 2009, em áreas urbanas ou rurais, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
	São exemplos de trabalhador avulso: 
a) O trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;
b) O trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
c) O trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
d) O amarrador de embarcação;
e) O ensacador de café, cacau, sal e similares;
f) O trabalhador na indústria de extração de sal;
g) O carregador de bagagem em porto;
h) O prático de barra em porto;
i) O guindasteiro; e
j) O classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. 
8. SEGURADO FACULTATIVO (não trabalha remunerado)
	É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS, mediante contribuição, não exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social. O ato de filiação para o segurado facultativo ocorre a partir da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição sem atraso. Qual a idade mínima para se inscrever como facultativo? 
Art. 11. Dec. 3048/99 ► Prevalece a norma do Decreto – maior de 16 anos!!!!!
	É segurado facultativo o maior de dezesseis anos (vigente).de idade que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da previdência social.
Art. 13. Lei 8213/91 
	É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11. (não vigente).
De acordo com o art. 11 do RPS é admitida a filiação na qualidade de segurado facultativo as seguintes pessoas físicas:
· A dona-de-casa;
· O síndico de condomínio quando não remunerado;
· O estudante;
· O brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
· Aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
· O membro de conselho tutelar de que trata o artigo. 132 da Lei 8.069/1990, quando não estiver vinculado a qualquer regime de previdência social;
· O bolsista e o estagiário que prestam serviço a empresa de acordo com a Lei 11.788/2008;
· O bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
· O presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
· O brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
· O segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto,que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria.
	A filiação gera efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
8. SEGURADO ESPECIAL
	Considera-se segurado especial, conforme artigo 9º, inciso VII do Regulamento da Previdência Social - RPS (Decreto 3.048/99), o produtor rural pessoa física, o parceiro, o meeiro, o arrendatário, o pescador artesanal ou assemelhados que exerçam suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros.
	É segurado na categoria de segurado especial a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:
● Produtor rural: proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que faça dessa atividade o seu principal meio de vida, observado que: 
a) a exploração da atividade agropecuária seja em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais; ou 
b) desenvolva atividade de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis. 
● Pescador artesanal ou a esse assemelhado, que faça da pesca sua profissão habitual ou principal meio de vida; 
● Cônjuge ou companheiro do segurado especial, bem como filho maior de 16 anos de idade ou a este equiparado que, comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar; 
Nota: O aumento da idade mínima para filiação, de 14 para 16 anos, decorre da interpretação dada pelos órgãos da Previdência Social à nova redação do art. 7º inciso XXXIII da Constituição Federal, o qual estabelece a "proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos".
● Indígena cujo(s) período(s) de exercício de atividade rural tenha(m) sido objeto de certificação pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), inclusive o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal, independentemente do local onde resida ou exerça suas atividades, sendo irrelevante a definição de indígena aldeado, indígena não-aldeado, índio em vias de integração, isolado ou integrado, desde que exerça a atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar. 
Para efeito da caracterização do segurado especial, entende-se por:
I - produtor: aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou em regime de economia familiar;
II - parceiro: aquele que tem contrato escrito de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos;
III - meeiro: aquele que tem contrato escrito com o proprietário da terra ou detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos;
V - arrendatário: aquele que, comprovadamente, utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar, sem utilização de mão de obra assalariada de qualquer espécie;
V - comodatário: aquele que, por meio de contrato escrito, explora a terra pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;
VI - condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas;
VII - usufrutuário: aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação;
VIII - possuidor: aquele que exerce sobre o imóvel rural algum dos poderes inerentes à propriedade, utilizando e usufruindo da terra como se proprietário fosse;
IX - pescador artesanal: aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
a) Não utilize embarcação;
b) Utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; ou
c) Na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de arqueação bruta igual ou menor que dez, observado que:
X - marisqueiro: aquele que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais frequente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa;
XI - regime de economia familiar: a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes, independentemente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da sua produção, quando houver; e
XII - auxílio eventual de terceiros: o que é exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não existindo subordinação nem remuneração.
	Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem utilização de empregados.
PARCELA DE CONTRIBUIÇÃO
 	Contribuição de empregado, doméstico, e avulso é calculada mediante a aplicação da alíquota sobre o seu salário de contribuição mensal, de forma não cumulativa, de acordo com a tabela do INSS:
	 SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 
	ALÍQUOTA INSS
	até 1.412,00
	7,5%
	de 1.412,01 até 2.666,68
	9%
	de 2.666,69 até 4.000,03
	12%
	de 4.000,04 até 7.786,02
	14%
 
Alíquota de contribuinte individual e facultativo: 
	20% (vinte por cento) sobre o respectivo salário de contribuição. Na opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição poderá ser reduzida da seguinte forma:
	a) 11% (onze por cento), no caso do segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto na alínea "b" abaixo, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado e do segurado facultativo, observado o disposto no segundo item da alínea "b" abaixo;
 	b) 5% (cinco por cento):
· se microempreendedor individual, conforme art. 18-A da Lei Complementar 123/2006; e
· se segurado facultativo sem renda própria dedicado exclusivamente a trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal com renda mensal de até 2 (dois) salários mínimos.
Nota: O segurado que tenha contribuído (na forma da alínea "a" ou "b" acima) e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de aposentadoria por tempo de contribuição ou contagem recíproca do tempo de contribuição conforme art. 94 da Lei 8.213/1991, deverá complementar a contribuição mensal recolhendo sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário de contribuição em vigor na competência a ser complementada, a diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios.

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