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O Uso da Tecnologia Assistiva para Educadores com Ênfase no Aluno Cego Módulo 2 (Semana 2) Braile e Sorobã – Gerando Braile Professores Responsáveis: José Antonio dos Santos Borges e Angélica Fonseca da Silva Dias Rio de Janeiro outubro de 2023 Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Camilo Santana Diretoria de Educação Especial Décio Nascimento Guimarães Secretaria de Mobilidades Especializadas (SEMESP) Ilda Ribeiro Peliz Universidade Federal do Rio de Janeiro | UFRJ Reitora Roberto de Andrade Medronho Vice-Reitora Cassia Curan Turci CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza Decano Cabral Melo Lima Vice-Decano Cabral Melo Lima Superintendente Mônica Pereira de Almeida Oliveira Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE/UFRJ) Direção Angélica Fonseca da Silva Dias Vice-Direção José Antonio Borges Equipe NCE/UFRJ Coordenadores do Projeto José Antonio Borges Angélica Fonseca da Silva Dias Coordenação Técnica Júlio Tadeu Carvalho da Silveira Maria de Fátima da Silva Antunes Silvia Martins Mendonça Programação Visual e Diagramação Rebecca Maia Brito Consultoria em Acessibilidade Clarice Rebello da Motta Tradução em Libras Raphael Lopes da Costa Produção de Vídeo Leonardo Teixeira Santos Revisão de Texto Ana Lucia Rodrigues http://portal.nce.ufrj.br/ http://portal.nce.ufrj.br/ http://portal.nce.ufrj.br/ 3 Equipe de Tutores Adriana Conde Rocha Adriana Mota Albuquerque Adriano Barros da Silva Beatriz de Barros Bruna Ribeiro Guimarães da Silva Ciléia Fioroti do Amaral Claudia Marques de O. Marins Claudia Simone G.N. da S. Ferreira Claudia Tavares Sampaio Claudio Barandin da Silva Cleber José de Oliveira Ribeiro Crislayne Prado de Assis Pereira Djalma Mandu de Brito Florinda Mangeroti Z. Duarte Gleilcelene Neri de Brito Isabele Carneiro Passos Juliana Coutinho Oliveira Leandro Fonseca Livia de Souza Costa Luiz Carlos de Padua Salles Maiara da Silva Conceição Marcélia dos S Valentim Maciel Maria do Socorro M. de Oliveira Maria Eduarda Paulini M. de Oliveira Maria Luiza Santos Abdalla Michelle Brust Hackmayer Monica Ferreira Monica Machado Ribeiro Nubia Cerqueira do Espírito Santo Patricia Paes de Albuquerque Raquel Bastos Gonçalves da Silva Raquel de Melo Porto Rogério José da Silva Roselinda Passos Franco Campelo Roseméri Corrêa França Sandra Ferreira Tania Cristina Viana Oliveira Tania Maria da Silva Freire Thiago de Melo Ferreira Valquiria Félix Gonçalves 4 Sumário 1. Esquentando as Turbinas 6 2. É hora de Começar a Ensinar! 7 3. Escrevendo Braile Utilizando Reglete e Punção 9 4. Máquinas de Escrever Braile 15 5. Digitando no Celular Android Utilizando 6 Dedos 17 6. Linhas Braile 19 7. Impressoras Braile 20 8. Programas para Impressão Braile 22 9. Produzindo a Saída de Braile na Impressora 24 10. O Sorobã 28 11. O Sorobã Virtual 32 5 Prefácio Quando vamos aprender um assunto novo, existe um processo de assimilação que exige dedicação e paciência. Não adianta afã nem desespero. Para ser efetivo, o aprendizado também deve ser prazeroso e não estressante! Então é isso: tenha calma, transforme os desafios de aprender braile em uma tarefa agradável, que tem que ser feita sem stress. Se puder, aprenda junto com bons amigos ou compartilhe os exercícios com algumas crianças, tudo será mais fácil assim. Claro, o aprendizado de braile, como qualquer outro estudo de um tema extenso, demanda tempo e dedicação. Nós não temos ilusão de que você aprendeu tudo na primeira parte deste módulo, mas temos a obrigação de fazer com que você se sinta agora razoavelmente confortável com o que aprendeu, e confiante em estudar e aprender o que ainda não sabe. 6 1. Esquentando as Turbinas Antes de prosseguir, é importante fazer uma auto avaliação, realizando alguns exercícios (Vide Figura 1). Preparamos num site algumas frases escritas em braile, e você terá que transpô-las para português, digitando no computador. As frases estão em complexidade crescente. http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/exercicio_braille.htm Figura 1: Site com o exercício a realizar Tente traduzir as letras ou frases apresentadas em braile, digitando na área em branco. Confira as respostas clicando em “Ver respostas”. Isso não vale nota, nem você terá que entregar. Mas se não fizer, não terá a garantia de que está minimamente seguro em braile. http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/exercicio_braille.htm 7 Faça este trabalhinho sem pressa. O objetivo é sentir-se confiante. Volte a ler o módulo anterior e use o brailendo para ajudar. Neste mesmo site você pode conferir suas respostas! NÃO PROSSIGA A LEITURA DESTE MÓDULO ATÉ VOCÊ TER CERTEZA DE QUE PELO MENOS UNS 80 POR CENTO ESTÃO DOMINADOS NESTE EXERCÍCIO. 2. É Hora de Começar a Ensinar! Já se sente seguro? Então é hora de começar a ensinar! Vamos começar ensinando crianças, se possível, mas se não as tivermos à nossa volta, podemos também ensinar para jovens, adultos e seniores! Consideramos fundamental para um professor que ele desenvolva suas próprias formas de ensinar, mesmo que ainda saiba pouco. Então, antes de encarar uma situação real, a ideia é brincar um pouco de ensinar, para fixar conceitos e também para desenvolver uma técnica pessoal. Nossa ideia é ajudar você a criar uma metodologia que permita ensinar para pessoas que são ou não deficientes visuais, mantendo uma perspectiva de educação inclusiva. Vamos dar a seguir uma sugestão de como começar. Compre uma caixa de ovos de codorna, guarde os ovos em outro lugar (Vide 8 Figura 2). Estas caixas têm três linhas de buracos para colocar os ovinhos, como mostrado na figura abaixo. Figura 2: Caixa de ovos de codorna Trace riscos verticais, como se cada conjunto de 2x3 fosse uma cela braile. Use agora bolinhas de gude para indicar os pontos de palavrinhas de até 5 letras. Veja a palavra Casa, com C maiúsculo, na Figura 3 a seguir. Figura 3: A palavra Casa escrita em braile, usando a caixa de ovos de codorna A caixinha de ovos é muito fácil de encontrar e muito útil pedagogicamente. Também é muito boa para você fixar as representações de letras. Por exemplo, escreva as seguintes sequências na sua caixa de ovos Braile: 9 abade Amor 2021 2,5 *$?.- Está com dúvidas? Vai estudar! Sabe tudo? Excelente! 3. Escrevendo Braile Utilizando Reglete e Punção Até o momento nosso foco foi LER BRAILE. Agora vamos falar de escrever. Nós brincamos um pouco com a folhinha de exercícios e com a caixinha de ovos de codorna, mas agora é de verdade. Um bom início, sem gastar muito dinheiro é obter uma reglete de bolso. É trivial conseguir uma, se você trabalhar numa sala de recursos ou se existir alguma dessas salas numa escola próxima ao lugar em que você está. A reglete corresponde a uma régua dupla, que abre e fecha com apoio de dobradiças no canto esquerdo. Sua abertura é destinada ao papel (com gramatura equivalente ou superior a 120), sendo fixado entre a régua superior e a inferior (Vide Figura 4). Na régua superior, encontramos retângulos vazados, cada um compreendendo 6 pontos. Na disposição de uma “cela” Braile e na 10 inferior, podemos encontrar várias “celas” Braile, todas em baixo relevo. Figura 4: Reglete de bolso e punção O punção, instrumento furador com uma base de apoio e uma ponteira metálica, será colocado com a ponta dentro de cadaletras em tempo real no sistema braile (Vide Figura 11). Por intermédio de um sistema eletromecânico, conjuntos de pontos são levantados e abaixados, conseguindo-se assim uma linha de texto em braile. Figura 11: Linha Braile A Linha Braile é, portanto, um hardware que exibe dinamicamente em Braile informações copiadas da tela do computador ou dispositivo móvel (tablet ou telefone celular) por um leitor de telas ou programa específico (como o Dosvox). A conexão destes equipamentos é feita por USB ou por Bluetooth. 20 Algumas linhas Braile possuem uma memória interna que permite que um texto bastante grande seja armazenado, sendo a apresentação de textos em Braile realizada eventualmente com o equipamento desconectado do computador. As linhas Braile possuem diversos botões de função para controlar diretamente a ordem da leitura dos textos (por exemplo, avançar para a próxima linha ou emudecer) e, em muitos casos, executar comandos remotos para um leitor de tela ou para o Windows. Assista ao vídeo Linha Braile Focus 80 Blue http://www.youtube.com/watch?v=J92exmYYDE8 7. Impressoras Braile As impressoras Braile são essenciais para a rápida conversão de todo tipo de texto eletrônico para o Braile, o formato de escrita e leitura tátil utilizado por cegos e surdo cegos. Quase todas podem imprimir Braile textual, Braile gráfico e ambos mesclados. Algumas impressoras Braile permitem imprimir dos dois lados do papel, ou seja, em interponto. No entanto, se por um lado economiza muito papel, por outro, torna a leitura visual do Braile mais difícil. As impressoras Braile são utilizadas para uso pessoal, imprensas Braile, escolas, universidades e empresas. É importante notar que http://www.youtube.com/watch?v=J92exmYYDE8 21 o preço destes equipamentos é muito alto, o que inibe em geral a utilização caseira para a maior parte das pessoas. Figura 12: Impressoras Index Everest, FanFold D5, Basic e Braile Box Existem vários modelos para uso no mercado, sendo o maior fabricante mundial a Index, que também é a que tem maior número de equipamentos instalados no Brasil. Outros fabricantes com representação no Brasil são: ● MountBatten, que fabrica impressoras com teclado de máquina de escrever, útil para uso em sala de aula (Vide Figura 13). 22 Figura 13: Impressora portátil Mountbatten ● ViewPlus, cujo foco são impressoras táteis gráficas, que permitem a transcrição praticamente direta a partir dos pacotes de desenho do Windows. As marcas VP Premier, Braile Max, Columbia, Delta e Embraile são as melhores representantes destes produtos. Figura 14: Impressoras Braile gráficas com tecnologia ViewPlus: VP Premier e EmBraile 8. Programas para Impressão Braile Hoje em dia o Braile pode ser traduzido automaticamente, formatado em um computador e impresso em impressoras Braile que o gera com grande qualidade e velocidade. 23 A digitação dos textos a serem impressos é trivial, usando um programa de edição qualquer. Os textos são automaticamente traduzidos para o Braile e, em geral, impressos em impressoras Braile. No Brasil, os programas mais usados são o Braile Fácil (software brasileiro, padrão do MEC), o Braivox (parte do Dosvox) e o Duxbury (software importado). ASSISTA AO VÍDEO que demonstra que produzir Braile através do programa Braile Fácil é realmente uma tarefa quase trivial, e que exige um treinamento mínimo, pois ele já traz um editor de textos embutido, no qual você também pode colar textos vindos de outros programas ou da Internet. Braile Fácil – aula 1 https://youtu.be/EwqnQqE9SRU Esse vídeo compõe um conjunto de vídeos que faz parte de um outro curso de Braile a Distância, produzido pelo nosso grupo. Devido ao tempo pequeno, sugerimos que você apenas assista ao primeiro vídeo da série. Com o tempo, no futuro, você poderá assistir no Youtube às aulas 2 a 5, em que outros detalhes operacionais estão mostrados. https://youtu.be/EwqnQqE9SRU 24 9. Produzindo a Saída de Braile na Impressora Como falamos anteriormente, o Braile Fácil permite que todo processo de preparação de Braile seja realizado no computador. O texto pode ser digitado ou copiado a partir de um original na Internet, ou mesmo de PDF, desde que este arquivo PDF não esteja protegido para cópia. Uma vez editado, o Braile gerado pode ser verificado na tela do computador, sem gasto de papel. É importante frisar que embora seja possível produzir Braile sem saber Braile, usando apenas a inteligência dos programas de transcrição, na prática é preciso realizar uma produção mais cuidadosa e consciente para que o texto transcrito tenha a melhor qualidade possível. Sobre os critérios para produzir um bom Braile nós falaremos num outro momento deste curso. EM RESUMO: É IMPORTANTE CONHECER BEM O BRAILE, mesmo que a tradução seja automática, como na maior parte dos casos! ASSISTA AO VÍDEO que demonstra como digitar ou copiar um texto no Braile Fácil e reproduzi-lo em Braile na impressora. Impressão Braile - Informações gerais https://youtu.be/Bf3t8eV8OVk https://youtu.be/Bf3t8eV8OVk 25 Esse vídeo se refere ao tipo de impressora mais usado no Brasil: a Index Basic. Entretanto, outros tipos de equipamentos têm praticamente os mesmos passos, com pequenos detalhes referentes à colocação do papel (contínuo ou folha solta) e outras configurações específicas de ajuste, que em geral são pouco relevantes. Dicas de impressão no Braile Fácil (especialmente para professores que já trabalhem em salas de recursos multifuncionais). a) QUEBRA DE PÁGINA Podemos também forçar a quebra de página num ponto qualquer do texto introduzindo uma linha com os caracteres . Ex.: Capítulo 1 Bla bla bla bla bla.... Capítulo 2 Bla bla bla bla bla.... b) AUTOFORMATAÇÃO No processo de conversão para Braile, o programa toma os parágrafos do texto e reajusta-os ao tamanho da folha Braile. Um 26 parágrafo para o programa é um conjunto de linhas terminado por uma linha em branco. Exemplificando: suponha o seguinte texto Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. As linhas dos dois parágrafos seriam agregadas e o texto seria formatado em Braile assim, supondo um papel com 36 colunas: .ciranda1 cirandinha1 vamos todos cirandar' .vamos dar a meia volta1 volta e meia vamos dar' Ou seja: Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. Este reajuste do texto, também conhecido como autoformatação, tem como efeito principal que linhas subsequentes serão juntadas para aproveitar melhor o papel, cuja largura é desconhecida a priori, sem que haja necessidade de mudar o texto. Isso é perfeito na maior parte dos casos, mas há exceções importantes. Um caso especial é a criação de poesias ou tabelas, nas quais as linhas seriam juntadas pelo impressor. Para resolver este caso basta seguir a seguinte convenção: 27 ”Quando se introduz um espaço em branco no início da linha, este espaço não é impresso e a linha não é juntada à anterior.” Por exemplo: Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. c) INIBIÇÃO DA AUTOFORMATAÇÃO O manual do Braile Fácil dá mais opções para isso, em especial com a introdução de marcações, ou seja, uma linha com antes da linha inicial do trecho e outra com após o trecho em questão, como mostrado abaixo. Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. Neste caso a saída produzida seria: .ciranda1 cirandinha vamos todos cirandar' .vamosdar a meia volta1 volta e meia vamos dar' 28 10. O Sorobã O sorobã (ou soroban) é uma variante do ábaco, que se tornou muito disseminado pelo tamanho reduzido e pela facilidade de ser operado com enorme agilidade usando apenas o polegar e o indicador. Há quem afirme que uma pessoa treinada consegue fazer contas com maior rapidez e menor erro com o sorobã do que com uma calculadora eletrônica. Sorobã por quê? Com a existência de equipamentos modernos, eletrônicos, que possibilitam o registro e a conferência da conta e são integrados a programas de computador, há quem questione porque ensinar as técnicas do sorobã para pessoas com deficiência visual. É importante refletir sobre isso cuidadosamente... O objetivo do uso do Soroban não é só realizar contas com rapidez e perfeição, buscando alcançar o resultado sem desperdícios. Na verdade, ele ajuda a desenvolver concentração, atenção, memorização, percepção, coordenação motora e cálculo mental, principalmente porque o praticante é o responsável pelos cálculos, não o instrumento. A prática do soroban possibilita realizar cálculos em meio concreto, aumentando a compreensão dos procedimentos envolvidos e exercitando a mente. 29 O sorobã, Figura 15, conhecido também como ábaco japonês, tem origem ocidental com a finalidade de contar e realizar operações matemáticas. No Brasil foi adaptado para ser utilizado por pessoas cegas. Figura 15: Sorobã O sorobã é originalmente chinês e foi levado para o Japão em torno de 1600 d.C.. É utilizado até hoje no Japão e em outras partes da Ásia. No Japão, o seu ensino é realizado para crianças a partir dos 3 anos de idade. Para poder trabalhar na maior parte dos escritórios por lá, é necessário possuir uma certificação, pelo menos no grau três, o menor grau de certificação. https://pt.wikipedia.org/wiki/China https://pt.wikipedia.org/wiki/1600 30 A repetição dos exercícios leva o treinando a um nível de eficiência tal que consegue realizar os cálculos mentalmente, sem a necessidade de manipulação física no aparelho. Nesta modalidade, existe um campeonato de cálculo mental, o Flash Anzan. Por exemplo, no evento Flash Anzan no All Japan Soroban Championship, o campeão Takeo Sasano conseguiu adicionar quinze números de três dígitos em apenas 1,7 segundos. O Soroban é composto de diversas colunas (hastes), cada uma representando uma unidade, dezena, centena etc. Cada coluna, por sua vez, contém duas partes: uma em cima e outra embaixo. Na parte de baixo de cada coluna existem 4 peças móveis. Na parte de cima de cada coluna há apenas uma peça móvel, que indica 5 unidades numéricas. Estas peças de cima se chamam godama (em japonês, go significa cinco e dama, peça). Observe na figura anterior. Há também uma régua entre a parte de cima e de baixo, que é dividida em seis partes iguais, com pontos salientes de três em três hastes, representando as unidades, dezenas e centenas de cada classe. Ela serve, entre outras coisas, para tornar mais simples a leitura de números grandes. Regras básicas para representar números: 1) Quando as peças ou contas superiores estão para cima e as contas inferiores estão para baixo, o Soroban está "zerado". https://en.wikipedia.org/wiki/Mental_abacus https://en.wikipedia.org/wiki/Mental_abacus 31 2) Quando movemos uma pedra da parte de baixo para cima, teremos o 1, se movermos mais um, teremos a representação do 2, e assim por diante. 3) Para representarmos o 5, basta movermos a pedra superior, da casa numérica eleita como a casa das unidades, para cima. 4) A pedra superior (representando 5) é somada às pedras inferiores da haste. Assista a dois filmes onde a operação básica do Sorobã é mostrada detalhadamente. MEC AEE 2017 - Conhecendo o Soroban https://youtu.be/fRXwtssyBDU MEC AEE 2017 - Como fazer contas no Soroban https://youtu.be/X6mhKjKVfF8 Estes filmes, que são tutoriais muito simplificados, não mostram o uso eficiente do aparelho. Ninguém soma 2 com 4 contando com os dedinhos 3, 4, 5, 6, e ninguém manipula pedrinha por pedrinha as somas. Cada dígito é somado de cabeça, e o resultado já colocado na haste, a partir de uma tabuada previamente decorada. As contas, como no ábaco, são realizadas da esquerda para a direita (mas não há nada de errado se fizermos da direita para a esquerda, embora isso não seja comum). No uso real, para somar e subtrair com grande rapidez, deve-se utilizar “formas padronizadas” para manipular os dedos. https://youtu.be/fRXwtssyBDU https://youtu.be/X6mhKjKVfF8 32 A forma padronizada mais básica é a escrita de um número, em que o polegar é usado para mover a peça de baixo simultaneamente com o indicador para mover a peça de cima, num movimento de pinça. Os outros cálculos (multiplicar, dividir, e tirar raiz quadrada) são realizados com as mesmas manipulações usadas na soma e subtração, adaptando-as para as outras operações. 11. O Sorobã Virtual Figura 16: Sorobã virtual Você viu no segundo vídeo que existe um pequeno programa que pode ser usado para treinar o uso do Sorobã sem que se tenha acesso a um equipamento físico (Vide Figura 16). É muito bom para você treinar as técnicas aqui descritas. Você pode obtê-lo no site: http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/soroban.exe http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/soroban.exe 33 Há muitos programas de sorobã virtual disponíveis na Internet, e também muitos tutoriais no Youtube. Fique à vontade para escolher e estudar o que mais gostar. Uma versão online de sorobã que executa bem em celular é http://www.alcula.com/soroban.php http://www.alcula.com/soroban.php 34 Resumo do que Foi Apresentado Nesta Semana Nesta semana os seguintes temas principais foram apresentados: ● Exercícios interativos para domínio do braile; ● Divulgando o braile entre as crianças ao seu redor; ● Escrevendo Braile na reglete; ● Máquinas de escrever Braile; ● Linhas Braile; ● Impressoras Braile; ● Programas para Impressão Braile; ● Dicas de impressão no Braile Fácil; ● O Sorobã. Nos encontramos na próxima semana! 35 Referências Bibliográficas: 1) Você sabe o que é reglete? (texto muito simples) Disponível em: https://civiam.com.br/voce-sabe-o-que-e-reglete/ 2) Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental - Deficiência Visual - volume 2 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/def_visual_2.pdf 3) Manual de operação do Braile Fácil Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/brfacil.chm Neste último texto é importantíssimo que você leia a seção 1.2 Entendendo como se cria um texto para Impressão Braile 4) A construção do Conceito de Número e o Pré-Soroban http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4619.pdf Este é um texto do Ministério da Educação que tem como foco exclusivo os professores de matemática e tenta estabelecer uma sistematização no ensino dos conceitos fundamentais desta disciplina. 5) OFICINA: Compreendendo o uso do Sorobã na aquisição de Conceitos Matemáticos Por Santa Terezinha Falcade Lavarda http://www2.td.utfpr.edu.br/semat/I_semat/AS.pdf https://civiam.com.br/voce-sabe-o-que-e-reglete/ http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/def_visual_2.pdf http://intervox.nce.ufrj.br/~antonio2/mec_aee/brfacil.chm http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4619.pdf http://www2.td.utfpr.edu.br/semat/I_semat/AS.pdf 36 Extra: Para Quem Gosta de Análise Histórica Selecionamos um conjunto de textos, destinados àquelas pessoas que desejam saber mais sobre Louis Braille, situado em seu tempo de vida. Cartas de Louis Brailleao Dr. Pignier http://www.deficienciavisual.pt/r-cartas_de_Louis%20Braille.htm Estes textos, escritos por Braille usando lápis uma régua, contam muito da história do desenvolvimento do Braile e dos problemas políticos envolvidos. Para Quem Quer Iniciar Uma Pesquisa Avançada Sugerimos o acesso à dissertação de mestrado profissional Escrita Braile e Prática De Língua Portuguesa com Suporte de Dispositivos Móveis ANTONIO RODRIGO DOS SANTOS SILVA https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87708 http://www.deficienciavisual.pt/r-cartas_de_Louis%20Braille.htm https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87708 37 Curso de Tecnologia Assistiva para Educandos com Deficiência Visual 1. Conceitos e Características do Uso da Tecnologia Assistiva; 2. Braile e Sorobã em uma Perspectiva Tecnológica; 3. Acesso à informação e Comunicação para Deficientes Visuais Através da Tecnologia Assistiva; 4. Vida autônoma de Deficientes Visuais Através da Tecnologia; 5. Conhecendo Deficiência Visual, Tendências do Desenvolvimento Tecnológico, Inteligência Artificial e Ética.ao Dr. Pignier http://www.deficienciavisual.pt/r-cartas_de_Louis%20Braille.htm Estes textos, escritos por Braille usando lápis uma régua, contam muito da história do desenvolvimento do Braile e dos problemas políticos envolvidos. Para Quem Quer Iniciar Uma Pesquisa Avançada Sugerimos o acesso à dissertação de mestrado profissional Escrita Braile e Prática De Língua Portuguesa com Suporte de Dispositivos Móveis ANTONIO RODRIGO DOS SANTOS SILVA https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87708 http://www.deficienciavisual.pt/r-cartas_de_Louis%20Braille.htm https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87708 37 Curso de Tecnologia Assistiva para Educandos com Deficiência Visual 1. Conceitos e Características do Uso da Tecnologia Assistiva; 2. Braile e Sorobã em uma Perspectiva Tecnológica; 3. Acesso à informação e Comunicação para Deficientes Visuais Através da Tecnologia Assistiva; 4. Vida autônoma de Deficientes Visuais Através da Tecnologia; 5. Conhecendo Deficiência Visual, Tendências do Desenvolvimento Tecnológico, Inteligência Artificial e Ética.