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02. Aplicação da Lei Penal no tempo e no espaço

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Lei Penal no Tempo e no Espaço
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Lei Penal no Tempo
Art. 1º, caput, do CP
Lei Penal no Tempo:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Princípio da legalidade: “nullum crimem, nulla poena sine lege”.
Princípios:
Reserva legal: a definição dos crimes e das penas deve ser dada apenas por lei.
Anterioridade: “nullum crimen nulla poena sine praevia lege”.
Princípios:
Taxatividade: dever imposto ao legislador de proceder de maneira precisa na determinação dos tipos. É vedado a incriminação com base no costume e analogia in malan parten.
Lei penal no tempo:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Lei penal no tempo:
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Vigência e revogação da lei penal:
A lei penal entra em vigor na data nela indicada. Se não houver indicação, deverá vigorar em 45 dias após a sua publicação (art. 1 º, da LICC).
Princípios:
Tempus Regit Actum: A lei que está em vigor quando o crime foi praticado é a reguladora do fato.
Vacatio legis: período compreendido entre a publicação oficial da lei e sua entrada em vigor.
Vigência e revogação da lei penal:
Em regra a lei permanecerá em vigor até que outra a modifique ou revogue, a não ser que se destine a vigência temporária. A lei também não se aplica a fatos anteriores a sua vigência (art. 2º, da LICC)
Retroatividade benéfica:
A lei penal pode retroagir para beneficiar o réu, conforme o art. 5º, XL, da CF.
Exemplo: A lei posterior que revogou o crime de sedução retroage para beneficiar “A”.
A Lei retroage para beneficiar o réu, qualquer que seja o benefício. 
Duas situações em que a lei retroage:
Quando ela descrimina o fato: 
O fato deixa de ser previsto como crime. Exemplo. “A” pratica adultério, logo depois lei posterior revoga o crime, enquanto “A” está sendo processado, logo a lei retroage. 
Quando ela de qualquer modo beneficia o réu. 
O fato continua sendo previsto como crime, mas a lei posterior prevê uma circunstância atenuante. Ex. A delação premiada e a traição benéfica na Lei 8.072/90.
Conflito de leis penais:
Como conciliar, pois a vigência e a revogação sucessivas de leis penais no ordenamento jurídico, cada qual tratando o crime de forma diversa? Valem dois princípios:
Princípios:
Irretroatividade da lei mais severa: a lei penal mais severa nunca retroage para prejudicar o réu.
Retroatividade da lei mais benigna: a lei penal mais benigna sempre retroage para beneficiar o réu.
Hipóteses de conflitos de lei no tempo:
São quatros os conflitos de lei penal no tempo: “Abolitio criminis”;“Novatio legis incriminadora”;“Novatio legis in pejus” e “Novatio legis in mellius”
“Abolitio criminis”:
Ocorre quando a nova lei suprime normas incriminadoras anteriormente existentes.
Ex. Revogação do crime de adultério.
“Novatio legis incriminadora”:
A nova lei incrimina fatos anteriormente considerados lícitos.
Ex. Lei 10.826/03, que dispõe sobre o Estatuto do Desarmamento.
“Novatio legis in pejus”:
A lei nova modifica o regime penal anterior, agravando a situação do réu.
Ex. Lei 8.072/90, que dispõe sobre os crimes hediondos.
“Novatio legis in mellius”
Ocorre quando a lei nova modifica o regime anterior, beneficiando o sujeito.
Ex. A delação premiada (art. 41) e a confissão (art. 33) na Lei nº. 11.343/06.
Competência para a aplicação da lei mais benéfica:
SÚMULA Nº. 611 do STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna”. 
Crime continuado e crime permanente:
SÚMULA Nº. 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado e ao crime permanente, se sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência”. 
Ultra-atividade e extra-atividade:
Ultra-atividade é quando há aplicação de uma lei, que tem eficácia, mesmo depois de cessada a sua vigência.
Ultra-atividade e extra-atividade:
Extra-atividade: a ultra-atividade e a retroatividade são qualidades que a lei mais benigna possui de vigorar mesmo depois de cessado o período de sua vigência. 
Lei Excepcional ou Temporária:	
Gozam de ultratividade quando projetam a sua atividade para frente. Estão previstas no art. 3 º do CP.
Temporária:
Tem o seu termo final de vigência estabelecido, pois está previsto no texto da lei. São mais gravosas, pois punem com penas crimes decorridos no seu período de vigência, embora decorrido o seu período de duração.
Excepcional:
Regula períodos de anormalidades (caso fortuito ou força maior) e elas têm o seu termo final de vigência condicionado ao aparecimento das causas, quando a causa desaparece, a lei é revogada também.
Leis auto-revogáveis:
São as leis penais temporárias e excepcionais que não derrogam o princípio da reserva legal, pois não se aplicam a fatos ocorridos antes de sua vigência.
Leis auto-revogáveis e ultra-ativas:
As leis auto-revogáveis são ultra-ativas, no sentido de continuarem a ser aplicadas durante sua vigência, mesmo depois de sua revogação.
Tempo do crime:
previsto no art.. 4.º, do CP: “Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”. 
Tempo do crime. Teorias:
Ação ou atividade: é que considera praticado o crime no momento da ação ou omissão. Foi a adotada pelo Código Penal.
Tempo do crime. Teorias:
Efeito/resultado: é a que considera praticado o delito, no momento da produção do resultado.
Tempo do crime. Teorias:
Mista/ubiqüidade: é a que considera o tempo do crime indiferentemente como o momento da ação ou do resultado, aplicando-se qualquer uma das leis em vigor nessas oportunidades.
Lei Penal no Espaço
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Territorialidade:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Eficácia da lei penal no espaço:
Há necessidade de se apresentar soluções aos casos em que um crime viole interesses de dois ou mais países.
Extraterritorialidade:
É formada por cinco princípios:
Territorialidade:
Aplica-se a lei do país em cujo território ocorreu o crime, sem levar em conta a nacionalidade do autor ou da vítima. 
Exceções ao Princípio da Territorialidade:
Navios e Aeronaves.
Representantes de países estrangeiros.
Navios e Aeronaves:
Públicos: pertencem ao Estado. Exemplo. integram as Forças Armadas, são os que são requisitados na forma da lei para missões militares e os vasos de guerra.
Navios e Aeronaves:
Gozam de “imunidade de jurisdição”, ou seja, só obedecem a lei do seu país de origem, não se submetendo a jurisdição do país em que se encontram.
Navios e Aeronaves:
Privados: pertencem a particulares. Exemplo. mercantes, de passageiros, de cargas, etc. 
Não gozam de “imunidade de jurisdição”, ou seja, se submetem a jurisdição do país em que se encontram.
Representantes de países estrangeiros:
Agente Diplomático: são representantes de seus países de origem (embaixador, secretários, pessoal técnico), em âmbito político, gozando de “imunidade de jurisdição”, 
Representantes de países estrangeiros:
ou seja, só obedecem a lei do seu país de origem, não se submetendo a jurisdição do país em que se encontram. Estas imunidades ainda alcançam o chefe de Estado estrangeiro que visita o país e os membros de sua comitiva.
Representantes de países estrangeiros:
Agentes Consulares: representam seus países, em âmbito comercial e administrativo, representam o interesse dos cidadãos, não gozando de “imunidade de jurisdição”, ou seja, se submetem a jurisdição do país em que se encontram.
Nacionalidade ou Personalidade:
Aplica-se a lei do país da nacionalidade do agente (criminoso) sem levar em consideração a nacionalidade da vítima e o lugar onde
praticou-se o crime (Art. 7.º, II, b, CP).
Real ou de Defesa ou de Proteção:
Aplica-se a lei do país da nacionalidade da vítima, não importando o autor ou o lugar do crime (Art. 7.º, I, a, b, c, § 3.º, CP).
Justiça Penal Universal:
Aplica-se a lei do país em cujo território o criminoso foi preso, não importando o autor, a vítima ou o lugar do crime (Teoria da Utopia). (Art. 7.º, II, a, CP).
Representação:
Aplica-se a lei do país da nacionalidade de navios e aeronaves privados em território estrangeiro, quando o país não se interessar pelo julgamento.
Lei Penal no Tempo e no Espaço II
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Princípio da territorialidade temperada:
Este princípio foi consagrado de maneira relativa, com exceções em lei e convenções, tratados e regras de direito internacional.
Território Brasileiro:
Deve ser entendido em seu sentido jurídico. É o todo o domínio terrestre, fluvial, marítimo e aéreo no qual é exercida a soberania nacional.
Domínio Terrestre:
Solo: porção da superfície da terra.
Subsolo: camada de solo que fica imediatamente abaixo da superfície terrestre.
Domínio fluvial:
Relaciona-se com os rios que pertencem ao território nacional e que o integram dentro dos limites conhecidos.
Domínio Marítimo:
O mar territorial compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral brasileiro (art. 1º, Lei n º 8.617/93).
Domínio Aéreo:
Segundo a Teoria da Soberania sobre a Coluna Atmosférica, um país tem soberania plena sobre a massa de ar que se ergue do solo, incluindo o domínio territorial e do mar territorial.
Espaço cósmico:
O espaço cósmico poderá ser utilizado e explorado livremente por todos os Estados, conforme o Decreto n º 64.362/69 que ratificou o Tratado sobre Exploração e Uso do Espaço Cósmico.
Eficácia da lei penal em relação a determinadas pessoas:
O art. 5° do CP ao adotar o princípio da territorialidade temperada, ressalvou convenções, tratados e regras de direito internacional. 
Imunidades Parlamentares:
Dizem respeito a determinadas prerrogativas conferidas por lei ao poder legislativo, com a finalidade de assegurar o livre exercício de suas funções como representantes da sociedade.
Imunidades parlamentares absolutas:
De natureza material ou substantiva são as inviolabilidades penais e civis que impedem que o parlamentar seja processado por suas opiniões palavras ou votos no exercício do mandato (CF, art. 53)
Imunidades parlamentares relativas:
De natureza formal ou processual são às prerrogativas de foro; à prisão (salvo em flagrante de crime inafiançável); ao processo (susta o andamento da ação) e para servir como testemunha (CF, art. 53, §§).
Estado de sítio:
As imunidades penais absolutas e relativas subsistirão durante o Estado de Sítio (art. 137 a 141, da CF), só podendo ser suspensa por 2/3 de votos da Casa respectiva.
Deputados Estaduais:
As imunidades são automaticamente deferidas aos deputados por força do disposto no art. 27, § 1°, CF, mas a súmula 03 do STF diz que: “A imunidade concedida a deputados estaduais é restrita a justiça do estado”. 
Vereadores:
As imunidades absolutas são automaticamente deferidas aos edis por força do disposto no art. 29, VIII, CF, mas não gozam de imunidade relativa ou processual.
Extensão do território nacional (§§ 1 e 2, do art. 5°, do CP):
Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem.
Extensão do território nacional (§§ 1 e 2, do art. 5°, do CP):
É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional.
Lugar do crime. Teorias:
Ação ou atividade: é o local onde são praticados os atos de execução do crime (execução).
Lugar do crime. Teorias:
Efeito/resultado: é o local onde ocorre a consumação do crime (consumação).
Lugar do crime. Teorias:
Mista/ubiqüidade (execução ou consumação): é o local onde ocorre a execução e a consumação. Está teoria foi consagrada no art.. 6 º, do CP:
Lugar do crime. Teorias:
“Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.
Extraterritorialidade:
Pode ser condicionada ou incondicionada.
A extraterritorialidade pode ser:
Incondicionada: tem aplicação imediata, pois não depende de condições.
Condicionada: não tem aplicação imediata, pois depende de condições.
Extraterritorialidade incondicionada (art. 7 °, inciso I, a, b, c e d, do CP)
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes: contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; contra o patrimônio ou a fé pública da administração direta e indireta;
Extraterritorialidade incondicionada (art. 7 °, inciso I, a, b, c e d, do CP)
contra a administração pública, por quem está a seu serviço; e de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art.. 7 º, § 2 º, do CP):
Ocorrer a entrada do autor no território nacional, sendo expontânea ou forçada; 
O fato deve ser punido no país em que foi praticado, sendo considerado crime;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art.. 7 º, § 2 º, do CP):
Estar incluído entre aqueles que a lei brasileira autoriza a extradição (Lei 6.815/80);
Quando o agente não foi julgado ou se foi julgado, já não cumpriu a pena;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art.. 7 º, § 2 º, do CP):
Não ter sido o agente perdoado ou não, está extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável;
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art. 7 º, § 2 º, do CP):
A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as estas condições:
Aplicação da lei brasileira é condicionada quando (art. 7 º, § 2 º, do CP):
Não foi pedida ou foi negada a extradição e o criminoso se encontra no Brasil.
Houve requisição do ministro da justiça.
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):
Não se concederá a extradição quando: 
I - se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição dessa nacionalidade verificar-se após o fato que motivar o pedido;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):
II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;
III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):
IV - a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inferior a 1 (um) ano;
V - o extraditando estiver a responder a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):
VI - estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;
VII - o fato constituir crime político; e
Extradição (art. 77, da Lei 6.815/80):
VIII - o extraditando houver de responder, no Estado requerente, perante Tribunal ou Juízo de exceção.
Pena cumprida no estrangeiro (art. 8 °, do CP)
A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º, do CP):
A execução de pena é ato de soberania de um país, razão pela qual, no Brasil, somente pode ser admitida a sentença estrangeira: a) quando produza, na espécie, os mesmos efeitos da lei penal nacional;
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º, do CP):
b) Pela EC n º 45/2004 atribuí ao STJ a competência para a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
Eficácia de sentença estrangeira (Art. 9º, do CP):
c) para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; d) para sujeitar o condenado a medida
de segurança.
Contagem do prazo (art. 10, caput, do CP):
Segundo o disposto no art. 10 do CP, o dia do começo inclui­se no cômputo do prazo penal, sendo os dias, os meses e os anos contados pelo calendário comum.
Contagem do prazo (art. 10, caput, do CP):
O calendário comum, previsto pela regra penal, é o calendário gregoriano, que foi estabelecido por Gregório XlII, reformando o calendário então existente e retirando dele dez dias que se haviam introduzido a maior no cômputo ordinário.
Frações não computáveis da pena:
O art. 11 do Código Penal estabelece duas regras básicas referentes às frações de pena que derivam da atividade julgadora.
De acordo com a primeira regra, nas penas privativas de liberdade e "estritivas de
Frações não computáveis da pena:
direitos devem ser desprezadas as frações de dia, ou seja, não devem ser computadas as horas.
Nos termos da segunda regra, na pena de multa devem ser despreza­das as frações de cruzeiro (moeda
Frações não computáveis da pena:
da época), ou seja, não devem ser computados os centavos. 
Essa regra aplica-se até os dias atuais, mesmo com as modificações da moeda.
Legislação especial (art. 12):
Existem outras infrações penais descritas em leis extravagantes, as quais integram a chamada legislação penal especial. 
Legislação especial (art. 12):
Caso a lei especial contenha dispositivo próprio a respeito de determinada infração penal, este prevalecerá sobre a regra geral do Código Penal.
“Iter Criminis”: é o caminho do crime. 
Existe nos crimes dolosos. Divide-se em:
b.1) cogitação: o agente pensa e decide-se pela prática do crime.
b.2) preparação: são atos preparatórios. Exemplo. compra arma, etc. 
b.3) execução: são atos executórios. Exemplo. começa a esfaquear, atirar, etc.
b.4) consumação: quando atinge o objetivo previsto ora cogitação.

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