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ARAIOSES-MA 2025 DERIZÃNGELO GOMES DALES ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I ARAIOSES-MA 2025 Roteiro de Aula Prática apresentado a Universidade Anhanguera para obtenção de nota na disciplina de Estruturas de Concreto Armado I ministrada pelo Professor: Lucas Pizzaia Falda SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 2.1 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 1...................................................................... 4 2.2 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 2.................................................................... 12 2.3 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 3.................................................................... 17 2.4 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 4.................................................................... 22 3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 3 1 INTRODUÇÃO O estudo das estruturas de concreto armado é essencial para a formação de um engenheiro civil, pois possibilita a compreensão dos princípios estruturais que garantem segurança, estabilidade e eficiência em edificações. Durante a disciplina, exploramos conceitos fundamentais relacionados ao dimensionamento e à análise de elementos estruturais, como vigas, lajes e pilares, utilizando ferramentas computacionais especializadas. Neste contexto, a aula prática tem um papel crucial para consolidar o conhecimento teórico adquirido, permitindo a aplicação dos conceitos em um ambiente simulado de projeto. O objetivo principal desta prática é introduzir e desenvolver a modelagem estrutural no TQS, software amplamente utilizado no Brasil para o cálculo e detalhamento de projetos em concreto armado. A atividade proposta envolve a criação de um modelo estrutural com base em uma planta arquitetônica fornecida, realizando o lançamento de pilares, vigas e lajes, além da definição dos carregamentos atuantes na estrutura. Com isso, será possível processar a estrutura e analisar seu comportamento sob diferentes esforços, verificando a conformidade com as normas técnicas vigentes. Além disso, abordaremos o dimensionamento e detalhamento de armaduras, tanto para vigas com armadura simples quanto para vigas que necessitam de armadura dupla. A prática nos permitirá verificar a eficiência dos arranjos sugeridos pelo software e otimizá-los, quando necessário, garantindo um projeto estrutural mais econômico e viável para execução na obra. Por fim, a aula prática nos proporcionará uma experiência próxima da realidade profissional, auxiliando no desenvolvimento de habilidades essenciais para a elaboração e análise de projetos estruturais. A familiarização com o TQS e o AutoCAD nos dará uma base sólida para lidar com desafios futuros na engenharia estrutural, capacitando-nos a desenvolver soluções seguras, eficientes e otimizadas para diferentes tipos de edificações. A experiência adquirida com as atividades desenvolvidas contribuirá significativamente para a capacitação profissional, possibilitando a aplicação dos conhecimentos adquiridos em projetos reais no campo da engenharia civil. 4 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 1 Lançamento de uma estrutura no modelador estrutural-TQS O desenvolvimento de projetos estruturais em concreto armado exige precisão, conhecimento normativo e o uso de ferramentas computacionais especializadas. Dentro desse contexto, o TQS se destaca como um dos principais softwares utilizados para modelagem e cálculo de estruturas no Brasil. A presente atividade teve como objetivo principal a modelagem de uma estrutura em concreto armado com base em uma planta arquitetônica previamente fornecida. O uso do AutoCAD foi essencial para organizar as plantas baixas e garantir a correta disposição dos elementos estruturais no ambiente do TQS. A modelagem estrutural é uma etapa crítica no desenvolvimento de projetos de engenharia, pois influencia diretamente na segurança e viabilidade da construção. Durante esta atividade, foi necessário importar a planta arquitetônica para o TQS, ajustar os pavimentos, definir os materiais, lançar os elementos estruturais e configurar corretamente os carregamentos atuantes na edificação. Por meio desta prática, foi possível consolidar os conhecimentos adquiridos sobre o lançamento de pilares, vigas e lajes, além de compreender a importância da organização e do alinhamento correto dos elementos estruturais dentro do software. A primeira etapa da atividade consistiu na organização das plantas arquitetônicas no AutoCAD, dividindo os arquivos em pavimentos separados. Foi necessário remover elementos desnecessários que poderiam dificultar a visualização no TQS e alinhar todos os pavimentos no ponto de coordenada (0,0). Em seguida, iniciamos o lançamento dos pilares dentro do modelador estrutural do TQS. Para isso, utilizei a aba específica de pilares, definimos a geometria de cada um e inserimos esses elementos nos locais adequados conforme a planta arquitetônica. Foi necessário garantir que todos os pilares estivessem corretamente numerados, utilizando a ferramenta de renumeração automática do software para evitar desorganização (ABNT, 2014). Após a inserção dos pilares, parti para o lançamento das vigas, garantindo a 5 correta conexão entre os pilares. Para isso, utilizei a aba de vigas no TQS, definimos as seções geométricas e aplicamos as cargas de parede conforme os critérios estabelecidos no projeto. Durante essa etapa, tive que lidar com o ajuste dos cruzamentos de vigas, garantindo que o software reconhecesse corretamente os pontos de apoio e distribuísse os carregamentos de maneira precisa. A próxima etapa envolveu o lançamento das lajes, preenchendo os vãos entre vigas e pilares de acordo com as especificações da edificação. No TQS, as lajes são inseridas nos espaços vazios detectados pelo modelador estrutural, sendo necessário definir corretamente sua espessura e carga de uso. Além disso, tive que considerar a distribuição dos carregamentos, garantindo que o comportamento estrutural fosse condizente com as solicitações previstas. Após essa etapa, realizamos a visualização 3D da estrutura, permitindo verificar se todos os elementos estavam corretamente posicionados (CARVALHO, 2017). Por fim, realizei o processamento global da estrutura, etapa fundamental para a verificação de erros e ajustes finais. O TQS gerou relatórios indicando possíveis inconsistências no modelo, permitindo que fizéssemos correções antes de avançar para as próximas etapas do projeto. Passo a Passo para o Desenvolvimento da Atividade 1- Preparação das Plantas no AutoCAD -Acessei o AutoCAD e carreguei a planta arquitetônica fornecida. -Separei os arquivos DWG por pavimento, criando um arquivo para cada nível da edificação. -Removi elementos desnecessários da planta, como cotas, mobiliário e detalhes arquitetônicos irrelevantes para o projeto estrutural, deixando apenas os elementos essenciais. -Ajustei todas as plantas para que ficassem alinhadas no ponto (0,0), utilizando um ponto em comum em cada pavimento. 2- Criação do Projeto no TQS -Abri o TQS e selecionei a opção de "Novo Edifício", atribuindo um nome ao projeto. -Na aba Gerais, preenchi os dados do projeto, como título, nome do cliente e 6 demais informações necessárias. -Defini omodelo estrutural para que a estrutura se comportasse como um corpo único, sem separação de juntas ou torres independentes. 3- Configuração dos Pavimentos -Na aba Pavimentos, criei os diferentes níveis da estrutura: -Fundação, com pé-direito de 0,00m e classe de Fundação. -Térreo, com pé-direito de 0,25m. -Cobertura, com pé-direito de 3,30m. -Importei os arquivos DWG correspondentes a cada pavimento e os defini como referência dentro do TQS. 4- Configuração dos Materiais e Cargas -Na aba Materiais, selecionei a classe do concreto e defini a classe de agressividade ambiental conforme as diretrizes do projeto. -Na aba Cargas, estabeleci os coeficientes de arrasto do vento e demais fatores de pressão dinâmica, seguindo recomendações normativas. 5- Lançamento dos Elementos Estruturais 5.1 Lançamento dos Pilares -Acessei a aba Pilares e selecionei "Dados Atuais". -Defini a geometria dos pilares e inseri cada um nos locais indicados na planta arquitetônica. -Utilize a tecla F2 para alterar o ponto de fixação dos pilares no desenho, garantindo alinhamento correto. -Após inserir todos os pilares, utilizei a opção "Renumerar Pilares" para organizar a numeração automaticamente. 5.2 Lançamento das Vigas -Acessei a aba Vigas e defini as seções geométricas das vigas, conforme exigências do projeto. -Inspecionei as cargas aplicadas às vigas e verifiquei a correta distribuição dos carregamentos (peso próprio, alvenaria etc.). -As vigas foram lançadas da esquerda para a direita e de baixo para cima, seguindo a metodologia correta. 7 -Nos cruzamentos entre vigas, utilizei a opção "Definir Cruzamento", garantindo que o software reconhecesse corretamente os apoios. 5.3 Lançamento das Lajes -Selecionei a aba Lajes e cliquei em "Dados Atuais". -Escolhi a espessura e a carga de uso da laje, considerando as cargas normativas. -No modelador estrutural, localizei os espaços vazios identificados pelo software e inseri as lajes nos locais adequados. -Defini a orientação das lajes digitando 0° ou 90° para ajustar a direção principal da armadura. 6- Visualização e Processamento da Estrutura -Ativei a opção de visualização 3D para conferir o modelo tridimensional da edificação. -Executei a opção "Verificação de Consistência" para detectar possíveis erros no modelo estrutural. -Iniciei o Processamento Global, marcando a opção para processar vigas, lajes e pilares. -Analisei os relatórios gerados pelo TQS, identificando e corrigindo eventuais inconsistências estruturais. 7- Finalização da Atividade -Salvei o projeto e exportei os arquivos para apresentação. -Capturei imagens da modelagem no TQS para documentar a atividade. -Conferi se todas as etapas foram cumpridas e se o modelo estava sem erros e pronto para as próximas fases do projeto estrutural. 8 9 10 11 Ao longo da prática, foi possível verificar a importância de cada etapa, desde a importação e organização das plantas arquitetônicas no AutoCAD, passando pela correta configuração dos pavimentos, materiais e carregamentos, até o lançamento e interconexão dos elementos estruturais. A inserção das referências externas foi feita de maneira precisa, garantindo que os diferentes pavimentos estivessem alinhados corretamente e que os elementos pudessem ser modelados de forma coerente no ambiente do TQS. Foi possível lançar corretamente os pilares, vigas e lajes, assegurando que a estrutura refletisse a realidade do edifício e que as cargas aplicadas estivessem de acordo com as normas técnicas vigentes. O processamento das formas e o processamento global da estrutura foram realizados com sucesso, permitindo a identificação e correção de inconsistências. 12 Além disso, os diagramas de esforços gerados pelo software foram analisados e estavam condizentes com o comportamento estrutural esperado. Dessa forma, a atividade reforçou a importância da modelagem criteriosa para garantir um projeto estrutural seguro, eficiente e otimizado para a execução na construção civil. 2.2 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 2 Detalhamento de armaduras simples para vigas submetidas à flexão O dimensionamento de vigas de concreto armado é uma etapa fundamental no desenvolvimento de projetos estruturais, pois garante que os elementos suportem as cargas atuantes sem comprometer a segurança da edificação. As vigas são responsáveis pela distribuição dos esforços e pela estabilidade da estrutura, sendo essencial que suas armaduras sejam corretamente projetadas. Nesta atividade, foi realizado o dimensionamento e detalhamento das armaduras simples para vigas submetidas à flexão. O processo envolveu a escolha da viga mais crítica com base na análise dos esforços, a definição da armadura longitudinal, a otimização do arranjo de barras e a verificação da segurança estrutural. Para isso, foi utilizada a ferramenta de visualização de diagramas de momentos fletores, a calculadora de flexão simples e o recurso de edição rápida de armaduras dentro do TQS. A primeira etapa desta atividade consistiu na seleção da viga a ser detalhada, utilizando o relatório gerado pelo TQS. No relatório, foram analisadas as dimensões das vigas, suas taxas geométricas e os esforços solicitantes, permitindo a identificação da viga mais crítica do projeto. Para esta atividade, a viga V105, com seção transversal de 15x60 cm, foi escolhida devido aos seus elevados valores de momentos fletores positivo e negativo, exigindo um arranjo de armadura adequado para garantir sua resistência estrutural (ABNT, 2014) Com a viga selecionada, o próximo passo foi a visualização dos diagramas de momento fletor máximo positivo e negativo. A partir desses diagramas, foi possível determinar os pontos onde as armaduras de tração deveriam ser posicionadas. Utilizando a calculadora de flexão simples do TQS, inserimos os valores de momento fletor para o cálculo da área de aço necessária. O programa indicou que, 13 para um momento negativo de 6,85 tfm, a armadura deveria ter 4,25 cm², e para um momento positivo de 4,00 tfm, a área de aço seria adequada com 3,0 cm². Após a determinação da área de aço, passei para a definição do arranjo de barras. O TQS sugeriu um arranjo de 3Ø16 mm para a armadura negativa, totalizando 6,0 cm², um valor acima do necessário. Para otimizar esse arranjo e reduzir o consumo de material, substituímos a configuração por 2Ø12,5 mm + 2Ø12,5 mm, resultando em uma área de 4,90 cm², ainda dentro da margem de segurança exigida (FUSCO, 2013). Em seguida, realizei a verificação da viga utilizando a funcionalidade disponível no TQS. O programa analisou a nova configuração e confirmou que a relação Sd/Rd era menor que 1,0, indicando que a seção resiste aos esforços aplicados. Além disso, verifiquei que os cortes das barras de aço foram ajustados corretamente, garantindo um melhor aproveitamento do material e facilitando a execução na obra. Por fim, repeti esse processo para todas as vigas do pavimento, garantindo que todas estivessem corretamente dimensionadas e otimizadas. Passo a Passo para o Desenvolvimento da Atividade 1- Seleção da Viga a Ser Detalhada -Acessei o TQS e abri o projeto desenvolvido na atividade anterior. -Selecionei o pavimento cobertura/laje e a aba de vigas. -Analisei o relatório das vigas para identificar a viga mais crítica (V105). 2- Análise dos Esforços e Cálculo da Armadura -Utilize a ferramenta de visualização de diagramas para verificar os momentos fletores. -Insira os valores de momento na calculadora de flexão para determinar a área de aço necessária. -Comparei os resultados do software com os critérios normativos para validação. 3- Otimização do Arranjo de Armadura -Verifiquei a sugestão do TQS para a armadura da viga V105. -Substituí o arranjo original por um mais eficiente,reduzindo a quantidade de 14 aço sem comprometer a segurança. -Ajustei as configurações na aba armaduras e atualizei os cortes das barras. 4- Verificação e Validação da Viga -Executei a opção "Verificar Viga" dentro do TQS. -Confirmei que a relação Sd/Rd era menor que 1,0, garantindo segurança estrutural. -Revisei os cortes das armaduras e padronizei os ferros para otimizar a execução na obra. 5- Finalização e Documentação -Repeti o processo para todas as vigas do pavimento. -Gerei os desenhos detalhados e revisei a disposição das armaduras. -Salvei o projeto finalizado e capturei imagens para a documentação da atividade. 15 16 17 A realização desta atividade permitiu um aprofundamento no dimensionamento e detalhamento das armaduras para vigas submetidas à flexão, consolidando o uso do TQS como ferramenta essencial para a engenharia estrutural. Durante o processo, foi possível compreender a importância da correta análise dos momentos fletores, da escolha adequada da área de aço e da otimização do arranjo de barras, visando um projeto eficiente e alinhado às normas técnicas vigentes. As vigas foram dimensionadas corretamente, garantindo que sua resistência atendesse aos esforços atuantes e proporcionando um melhor aproveitamento dos materiais. A otimização dos arranjos de armadura demonstrou que, em muitos casos, a configuração sugerida pelo TQS pode ser aprimorada para reduzir o consumo de aço sem comprometer a segurança estrutural. Os novos arranjos propostos passaram na verificação de vigas do TQS, confirmando que a relação Sd/Rd permaneceu dentro dos limites aceitáveis, garantindo a integridade estrutural do projeto. Além disso, o detalhamento das armaduras e a organização dos cortes foram realizados de forma a facilitar a execução na obra, evidenciando a importância de um projeto bem estruturado para a economia e viabilidade construtiva. 2.3 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 3 Detalhamento de armaduras duplas em vigas submetidas à flexão O dimensionamento de vigas submetidas à flexão é uma das etapas mais importantes do projeto estrutural, pois garante que a estrutura suporte os esforços 18 aplicados sem comprometer sua segurança e estabilidade. Em alguns casos, devido a limitações arquitetônicas ou exigências do projeto, a seção da viga precisa ser reduzida, o que pode aumentar os esforços atuantes. Quando a resistência do concreto sozinho não é suficiente para absorver esses esforços, torna-se necessária a utilização de armadura dupla, ou seja, a inclusão de aço tanto na tração quanto na compressão. Nesta atividade, foi feita a reavaliação da viga V105, cuja seção foi reduzida para 45 cm e recebeu um carregamento linear de 1,5 tf/m. Com essas alterações, o momento negativo aumentou para 10,51 tfm, tornando indispensável o uso de armadura de compressão para garantir a segurança da estrutura. O processo envolveu a análise do relatório gerado pelo TQS, a utilização da calculadora de flexão simples para definir a área de aço necessária e a verificação da relação x/d, que indicou a necessidade da armadura dupla. O objetivo desta atividade foi dimensionar corretamente as armaduras negativas e positivas, garantindo que os arranjos fossem eficientes e otimizados para reduzir desperdícios de material sem comprometer a segurança estrutural. Além disso, foi fundamental analisar os novos valores e compará-los com os critérios normativos, assegurando que a viga atendesse aos requisitos da NBR 6118. A experiência proporcionou um aprendizado essencial para a aplicação prática do dimensionamento de vigas e a tomada de decisões técnicas dentro do projeto estrutural (ABNT, 2016). A primeira etapa da atividade consistiu na modificação da seção da viga V105 dentro do modelador estrutural do TQS, reduzindo sua altura para 45 cm conforme a exigência do projeto arquitetônico. Após essa alteração, apliquei um carregamento linear de 1,5 tf/m e reprocessamos a estrutura. Com isso, verificamos que o momento fletor negativo aumentou para 10,51 tfm, tornando necessário revisar o dimensionamento da armadura (FIGUEIREDO FILHO; FIGUEIREDO, 2016). Em seguida, utilizei a calculadora de flexão do TQS para determinar a área de aço necessária para absorver os esforços atuantes na viga. O relatório indicou que a relação x/d atingiu o limite de 0,45, o que confirma a necessidade de uma armadura de compressão complementar ao concreto. O software indicou que essa armadura de compressão deveria ter uma área de 2,53 cm² (As’), além da armadura de tração já existente. Com os valores de momento fletor e a necessidade de armadura dupla 19 confirmados, passamos para a definição dos arranjos de armaduras. O TQS inicialmente sugeriu um arranjo com 3Ø16 mm, mas verificamos que ele poderia ser otimizado. Optei por um novo arranjo 2Ø20 + 2Ø16 mm para a armadura negativa, resultando em uma área de 10,30 cm², mais eficiente e dentro dos limites exigidos. Para a armadura positiva, considerando o momento positivo de 5,93 tfm, utilizamos um arranjo de 3Ø16 mm, garantindo a resistência necessária para esse esforço. Após definir as armaduras, realizei a verificação da viga dentro do TQS, analisando a segurança do novo arranjo. Os cálculos confirmaram que a relação Sd/Rd permaneceu menor que 1,0, demonstrando que a nova configuração atendia aos critérios estruturais. Também avaliei a disposição dos ferros, ajustando os cortes para facilitar a montagem na obra e otimizar o uso do aço, evitando desperdícios. Por fim, repeti esse processo para outras vigas que apresentaram condições semelhantes, garantindo que todas estivessem devidamente dimensionadas. A atividade possibilitou um aprendizado valioso sobre a importância da armadura dupla em vigas de seções reduzidas, além de reforçar o uso de ferramentas computacionais para a análise e otimização de projetos estruturais. Passo a Passo para o Desenvolvimento da Atividade 1- Ajuste da Seção da Viga e Reprocessamento da Estrutura -Abri o TQS e selecionei o pavimento cobertura/laje na aba de vigas. -Ajustei a seção da viga V105 para 45 cm de altura dentro do modelador estrutural. -Inserir a carga linear de 1,5 tf/m e reprocessar a estrutura. -Verifiquei o novo momento fletor negativo (10,51 tfm) no relatório do TQS. 2- Análise da Necessidade de Armadura Dupla -Utilizei a calculadora de flexão para inserir os novos valores da viga. -Verifiquei que a relação x/d atingiu 0,45, confirmando a necessidade de armadura dupla. -Identifiquei que a armadura de compressão necessária (As’) era de 2,53 cm². 3- Definição dos Arranjos de Armadura -Avaliei o arranjo inicial sugerido pelo TQS e identifiquei melhorias possíveis. 20 -Substituí a armadura negativa por 2Ø20 + 2Ø16 mm (10,30 cm²). -Defini a armadura positiva como 3Ø16 mm, garantindo segurança para o momento positivo crítico. 4- Verificação e Ajustes no TQS -Executei a opção "Verificar Viga" no TQS para analisar a segurança estrutural. -Confirmei que a relação Sd/Rd era menor que 1,0, garantindo resistência adequada. -Ajustei o corte dos ferros, otimizando a disposição para facilitar a montagem na obra. 5- Finalização e Documentação -Repeti o procedimento para outras vigas que exigiam armadura dupla. -Gere os desenhos detalhados das vigas no TQS. -Salvei os arquivos do projeto e capturei imagens para a documentação da atividade. 21 A realização desta atividade possibilitou um entendimento aprofundado sobre o dimensionamento e detalhamento de armaduras duplas em vigas submetidas à flexão, demonstrando a importância dessa solução em casos onde a seção da viga é 22 reduzida e os esforços atuantes são elevados. A análise realizada no TQS confirmou que, devido ao aumento do momento fletor negativo para 10,51 tfm, a armadurade compressão complementar ao concreto era necessária, garantindo que a viga suportasse os esforços solicitantes. Dessa forma, verificamos que a relação x/d atingiu o limite de 0,45, confirmando a necessidade da armadura dupla conforme os critérios normativos. Além disso, o processo de otimização dos arranjos de armadura mostrou-se essencial para melhorar a eficiência estrutural e reduzir o consumo de material sem comprometer a segurança. O arranjo inicial sugerido pelo TQS foi revisado e ajustado para uma configuração mais eficiente, garantindo que a nova disposição atendesse aos critérios normativos e facilitasse a montagem na obra. A verificação da viga no TQS confirmou que os novos arranjos escolhidos passaram na verificação estrutural, apresentando uma relação Sd/Rd menor que 1,0, o que assegura que a viga dimensionada resiste adequadamente aos esforços atuantes. Essa atividade reforçou a importância do correto dimensionamento estrutural, destacando a necessidade de análises criteriosas para garantir segurança, viabilidade construtiva e otimização de recursos. 2.4 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 4 Detalhamento de lajes maciças a flexão O dimensionamento e detalhamento de lajes maciças à flexão é uma etapa fundamental na concepção estrutural de edificações, pois garante a distribuição eficiente das cargas, assegurando segurança e estabilidade. As lajes são responsáveis por transmitir os carregamentos atuantes para vigas e pilares, exigindo um correto projeto de armaduras positivas e negativas. Nesta atividade, o foco foi o dimensionamento das lajes do pavimento superior, analisando os esforços atuantes em diferentes regiões da estrutura. Para isso, foram utilizadas ferramentas do TQS, como a edição rápida de armaduras, a visualização de isovalores e a média ponderada dos esforços em diferentes trechos da laje. Além disso, foram realizadas verificações utilizando a calculadora de flexão do TQS, permitindo avaliar a conformidade dos arranjos adotados com os critérios 23 normativos vigentes. O detalhamento das armaduras foi gerado automaticamente pelo software, possibilitando ajustes nos desenhos finais para facilitar a execução da obra. A primeira etapa da atividade consistiu na abertura do modelo estrutural processado no TQS e na seleção do subsistema de lajes. Dentro da interface do software, foram identificadas as faixas de lajes e realizado o primeiro passo do detalhamento, que foi a explosão das faixas em segmentos menores. Isso permitiu a análise detalhada dos esforços atuantes em cada região da laje, verificando a área de aço necessária, a altura útil e os momentos resistentes adotados (HELENE, 2018). Após a separação das faixas, utilizei a ferramenta de média ponderada para identificar as regiões de maiores e menores esforços. Essa análise foi essencial para otimizar o detalhamento das armaduras, garantindo que a quantidade de aço fosse dimensionada corretamente para atender aos esforços solicitantes. Foram criadas três categorias para análise: centro da laje (maiores esforços), borda da laje (menores esforços) e regiões intermediárias. Com essa separação, foi possível visualizar as diferenças na demanda de reforço estrutural ao longo do pano da laje. Em seguida, foi feita a visualização dos esforços por meio de linhas de isovalores, com intervalos definidos em 0,001 tfm/m, 0,75 tfm/m e 1,00 tfm/m. Esse procedimento permitiu interpretar melhor o comportamento estrutural da laje e verificar as regiões mais críticas em termos de solicitações. A partir dessa análise, foram definidos os arranjos adequados para as armaduras positivas (região de tração na parte inferior da laje) e armaduras negativas (região de tração na parte superior da laje, próximo aos apoios) (ABNT, 2014). Com as faixas estruturais analisadas e os esforços identificados, passamos para o dimensionamento das armaduras negativas, agrupando as faixas de laje com esforços similares. Foi utilizado o recurso de edição rápida de armaduras do TQS, permitindo otimizar os arranjos adotados e garantir a economia de material sem comprometer a segurança estrutural. Além disso, a calculadora de flexão do TQS foi utilizada para conferir os valores adotados, assegurando que os critérios normativos fossem atendidos. Por fim, foram gerados os desenhos detalhados das armaduras das lajes, considerando os ajustes feitos ao longo da atividade. Essa etapa incluiu a revisão da 24 disposição das barras, a padronização dos cortes e a verificação das anotações do projeto. Após revisar e salvar as edições, os arquivos foram exportados para DWG, possibilitando sua inclusão na documentação final do projeto. Com isso, garantimos que todas as lajes estivessem corretamente detalhadas e dimensionadas, proporcionando um aprendizado aprofundado sobre os critérios de cálculo e a importância do detalhamento estrutural para a execução da obra. Passo a Passo para o Desenvolvimento da Atividade 1- Abertura do Modelo Estrutural no TQS -Abri o projeto estrutural já processado, garantindo que não haja erros no modelo. -Selecionei o subsistema de lajes dentro do TQS. -Acessei a edição rápida de armaduras e identificar as faixas de lajes. 2- Explosão das Faixas e Análise dos Esforços -Explodir uma das faixas para obter divisões detalhadas da laje. -Analisei os esforços atuantes, a área de aço calculada e a altura útil (d). -Observei a distribuição dos esforços por meio da ferramenta de isovalores. 3- Aplicação da Média Ponderada e Definição das Armaduras -Usei a ferramenta de média ponderada para identificar regiões de maiores e menores esforços. -Separei a laje em categorias: regiões centrais, bordas e intermediárias. -Selecionei os arranjos adequados para armaduras positivas e negativas. 4- Verificação e Ajuste das Armaduras -Juntei as faixas com esforços semelhantes para otimizar as armaduras negativas. -Utilizei a calculadora de flexão do TQS para verificar os arranjos adotados. -Ajustei os valores conforme os critérios normativos, garantindo um dimensionamento adequado. 5- Geração dos Desenhos Detalhados e Finalização 25 -Gerei os desenhos detalhados das armaduras de lajes. -Revisei os cortes e ajustar a disposição das barras para facilitar a execução na obra. -Exportei os arquivos em DWG e salvar as edições finalizadas. 26 27 28 3 CONCLUSÃO A realização das atividades práticas proporcionou um aprendizado essencial sobre o dimensionamento e detalhamento de estruturas de concreto armado utilizando o TQS como ferramenta principal. Desde a modelagem estrutural até o detalhamento de lajes e vigas, cada etapa foi fundamental para consolidar os conhecimentos adquiridos na disciplina. Ao longo das atividades, foram explorados os diferentes elementos estruturais, como pilares, vigas e lajes, além da aplicação das normas técnicas vigentes para validar os cálculos realizados. A possibilidade de analisar os esforços, otimizar arranjos de armadura e gerar desenhos detalhados contribuiu significativamente para o entendimento da relação entre teoria e prática no desenvolvimento de projetos estruturais. Além da parte técnica, a realização da prática reforçou a importância do planejamento e da organização na execução de projetos estruturais. Desde a importação das plantas arquitetônicas no AutoCAD, passando pelo correto alinhamento dos pavimentos no TQS, até a verificação das inconsistências no modelo estrutural, cada etapa exigiu atenção e metodologia. Essa abordagem estruturada não apenas reduz erros e retrabalho, mas também melhora a qualidade e a confiabilidade do projeto, aspectos essenciais para o sucesso na engenharia civil. Dessa forma, a experiência adquirida ao longo da prática proporcionou uma visão realista dos desafios enfrentadosna engenharia estrutural, preparando-nos para a utilização de softwares de cálculo estrutural em projetos reais. A familiarização com o TQS e o AutoCAD nos capacitou a lidar com diferentes cenários e a tomar decisões técnicas fundamentadas, visando sempre a segurança, viabilidade e eficiência na execução das estruturas. A aplicação desses conhecimentos em projetos futuros será essencial para garantir o desenvolvimento de soluções estruturalmente seguras e economicamente viáveis. 29 REFERÊNCIAS ABNT NBR 6118:2014. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014. CARVALHO, Raimundo S. Dimensionamento de Estruturas de Concreto Armado: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2017. FIGUEIREDO FILHO, J. R.; FIGUEIREDO, A. D. Dimensionamento de Estruturas de Concreto Armado. 5. ed. São Paulo: Blucher, 2016. FUSCO, Paulo B. Estruturas de Concreto: Dimensionamento Prático das Vigas, Lajes e Pilares. 7. ed. São Paulo: Pini, 2013. HELENE, P. Concreto Armado: Eu Te Amo. 2. ed. São Paulo: Editora Pini, 2018.