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Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 1 4 FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA Inicia-se o estudo da função quadrática com conceitos que serão necessários para o seu desenvolvimento. 4.1 EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DO 2º GRAU Lembre-se que a equação é caracterizada por igualdade (=) e a inequação pelos sinais de: <, >, ≤ ou ≥. 4.1.1 Resolução de equações do 2º grau Denomina-se de equação do 2º grau toda equação na forma ax2 + bx + c = 0 para os coeficientes a, b, c ∈ ℝ com a ≠ 0. Exemplos Equação Coeficiente a Coeficiente b Coeficiente c Classificação x2 − 8x + 15 = 0 1 - 8 15 Completa a, b e c ≠ 0 x2 = 0 1 0 0 Incompleta −x² + x = 0 -1 1 0 Incompleta 2x2 − 49 = 0 2 0 -49 Incompleta Para resolver uma equação completa do 2º grau usa-se a fórmula de Baskara: x = −b±√b2−4ac 2a ou x = −b±√∆ 2a para ∆= b2 − 4ac Exemplos a) Considerando U = ℝ , resolva a equação x2 − 8x + 15 = 0. x2 − 8x + 15 = 0 a = 1; b = −8; c = 15 x = −b±√b2−4ac 2a x = −(−8)±√(−8)2−4.1.15 2.1 Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 2 x = 9±√64−60 2 x = 9±√4 2 x = 8 ±2 2 = { x′ = 8+2 2 = 5 x′′ = 8−2 2 = 3 Logo, V = {3,5} b) Considerando U = ℝ, resolva a equação: x2 + 5x + 6 = 0. x2 + 5x + 6 = 0 a = 1; b = 5; c = 6 x = −b±√b2−4ac 2a x = −5±√52−4.1.6 2.1 x = −5±√25−24 2 x = −5±√1 2 x = −5 ±1 2 = { x′ = −5+1 2 = −4 2 = −2 x′′ = −5−1 2 = −6 2 = −3 Logo, V = {−3, −2} Para resolver equações incompletas não é necessário utilizar a fórmula de Baskara. Observe os exemplos (considerando U = ℝ). a) Equação do tipo 𝐚𝐱𝟐 = 𝟎 Resolva a equação 9x2 = 0 x² = 0 9 x² = 0 x = ±√0 x = 0 Logo, V = {0} Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 3 Obs.: A resposta em ℝ que sempre anula a equação do tipo ax2 = 0 é x = 0, logo V = {0}. b) Equação do tipo 𝐚𝐱𝟐 + 𝐛𝐱 = 𝟎 Fatorando-se a equação tem-se: x(ax + b) = 0 ⇒ { x = 0 x = − b a Resolva a equação 2x2 + 10 = 0 2x2 + 10 = 0 2x(x + 5) = 0 (Fator comum em evidência. Depois separe o produto em duas parcelas: 2x e (x + 5). Iguale as duas a zero e resolva-as separadamente). { 2x = 0 ⇒ x = 0 x + 5 = 0 ⇒ x = −5 Logo, V = {−5,0} c) Equação do tipo 𝐚𝐱𝟐 + 𝐜 = 𝟎 Isolando-se a incógnita temos: x = ±√ −c a Resolva a equação x2 − 25 = 0 x2 − 25 = 0 x = ±√25 x = ±5 Logo V = {−5,5} OBS: toda equação do 2º grau, cujo U= ℝ, tal que o discriminante é menor que zero (∆= b2 − 4ac < 0), não tem solução pertencente ao conjunto dos números Reais, como no seguinte exemplo. Considerando o U=ℝ, e resolvendo a equação x2 + 100 = 0, temos: x2 + 100 = 0 x = ±√−100 como √−100 não é definido no conjuntos dos números Reais, x ∉ ℝ, ou seja, V = { }. __________________________________________________________________________ Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 4 ATIVIDADES 1) Considere o U=ℝ, resolva as equações a seguir: a) −81x2 = 0 b) x2 − 9 16 = 0 c) x2 − 21x = 0 d) x2 + 16x + 64 = 0 e) x2 + 4x − 21 = 0 f) 10x2 − 11x + 3 = 0 RESPOSTAS a) V = {0} b) V = {− 3 4 , 3 4 } c) V = {0, 21} d) V = {−8} e) V = {−3, 7} f) V = {1, 6 5 } _________________________________________________________________________ 4.1.2 Resolução de inequações do 2º grau São inequações as desigualdades envolvendo o trinômio do 2º grau escrito nas formas: ax2 + bx + c ≥ 0; x2 + bx + c > 0; ax2 + bx + c ≤ 0; ax2 + bx + c < 0. O sinal de ax2 + bx + c, depende do discriminante (∆= b2 − 4ac) e do sinal do coeficiente a. Analisa-se a seguir, todas estas situações. a) ∆> 𝟎 e a > 0 Resolva a inequação x2 − 3x + 2 ≥ 0 x2 − 3x + 2 ≥ 0 e a > 0. ∆= b2 − 4ac ∆= (−3)2 − 4.1.2 ∆= 9 − 8 = 1, log ∆ > 0 Encontre as raízes de x2 − 3x + 2 = 0 (Aplique Baskara). x′ = 1 ou x′′ = 2. Represente o resultado: Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 5 V = {xϵℝ|x ≤ 1 ou x ≥ 2} (Intervalo no qual a função é ≥ 0) b) ∆= 𝟎 e a > 0 Resolva a inequação x2 − 6x + 9 > 0 x2 − 6x + 9 > 0 ∆= b2 − 4ac ∆= (−6)2 − 4.1.9 ∆= 36 − 36, logo ∆= 0 Encontre as raízes de x2 − 3x + 2 = 0 (Aplique Baskara) x1 = x2 = 3 Represente o resultado: V = {xϵℝ|x < 3 ou x > 3} (Sempre que x1 = x2 o gráfico da função tangencia o eixo x). c) ∆> 𝟎 e a < 0 Resolva a inequação −2x2 − x + 1 ≤ 0 −2x2 − x + 1 ≤ 0 e a < 0 ∆= b2 − 4ac ∆= (−1)2 − 4. (−2).1 ∆= 1 + 8 ∆= 9, logo ∆> 0 Encontre as raízes de −2x2 − x + 1 ≤ 0 (Aplique Baskara) x′ = 1 2 e x" = −1 Represente o resultado: Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 6 Lembre que agora estamos trabalhando com uma inequação do tipo ≤ 0, logo temos que encontrar os valores nos quais a função é negativa. V = {xϵℝ|x ≤ −1 ou x ≥ 1 2 } d) ∆< 𝟎 e a > 0 Resolva a inequação x2 + x + 7 < 0 x2 + x + 7 < 0 ∆= b2 − 4ac ∆= 12 − 4.1.7 ∆= 1 − 28 ∆= −27 ∆< 0. Como ∆< 0, não temos raízes reais. Represente o resultado Busca-se o intervalo de f(x) < 0, isto é, o intervalo no qual a função é negativa. Como nessa situação a função é toda positiva, conclui-se que: 𝑉 = ∅. Resumindo temos: Fonte: http://www.infoescola.com/matematica/inequacao-do-segundo-grau __________________________________________________________________________ Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 7 ATIVIDADES 1) Sendo U = ℝ, resolva as seguintes inequações. a) −x2 + 4 ≥ 0 b) x² − 3x − 4 > 0 c) −x2 + 5x − 6 ≥ 0 d) −x2 + 2x − 4 > 0 e) (3x − 1) (x + 1) ≥ 0 RESPOSTAS 1a) S = {x ∈ ℝ| − 2 ≤ x ≤ 2} b) S = {x ∈ ℝ|x < −1 ou x > 4} c) S = {2} d) S = { } e) S = {x ∈ ℝ| − 4 < x < 2} __________________________________________________________________________ 4.2 FUNÇÃO QUADRÁTICA Para a função polinomial f: ℝ → ℝ, f(x) = anx n + an−1x n−1 + ⋯ + a2x 2 + a1x + a0, para n = 2 , a2, a1, a0 ∈ ℝ e a2 ≠ 0 temos que f(x) = a2x 2 + a1x + a0 é uma função polinomial do 2º grau. Por convenção adota-se a2 = a, a1 = b e a0 = c, então f(x) = ax 2 + bx + c, para a, b, c ∈ ℝ e a ≠ 0. Graficamente a função de 2º grau em ℝ é representada por uma curva denominada de parábola. a) Para a > 0 a concavidade de parábola é voltada para cima com vértice dado pelo ponto mínimo (xvértice, yvértice) temos que Im = {y ∈ ℝ|y ≥ yvértice} b) Para a < 0 a concavidade de parábola é voltada para baixo com vértice dado pelo ponto máximo (xvértice, yvértice) temos que Im = {y ∈ ℝ|y ≤ yvértice}. Analisam-se, a seguir, alguns exemplos: Profª Tania Elisa SeibertCURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 8 a) f(x) = x2 (a = 1, b = 0, c = 0 temos f: ℝ → ℝ) 1) O gráfico desta função é dado pela curva b) O domínio da função: D = ℝ (todos os valores que x pode assumir) c) (xv, yv) = (0, 𝟎) (Ponto do vértice, isto é, neste exemplo, ponto onde a função deixa de ser decrescente e passa a ser crescente). d) A imagem da função: Im = {y ∈ ℝ|y ≥ 0} (todos os valores que y pode assumir). 2) f(x) = −2x2 + 2 (a = −2, b = 0, c = 2 temos f: ℝ → ℝ) a) O gráfico desta função é dado pela curva b) O domínio da função: D = ℝ (Todos os valores que x pode assumir) c) (xv, yv) = (0,2) (Ponto do vértice, isto é, neste exemplo, ponto onde a função deixa de ser crescente e passa a ser decrescente). d) A imagem da função: Im = {y ∈ ℝ|y ≤ 2} (Todos os valores que y pode assumir). 4.2.1 Raízes ou zeros da função quadrática Dado f(x) = ax2 + bx + c, para a, b, c ∈ ℝ e a ≠ 0 temos que ∆= b2 − 4ac. Analisam- se, a seguir, os diferentes casos: ∆ > 0, ∆ < 0 e ∆ = 0. x y Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 9 a) Se ∆> 𝟎, a função tem duas raízes reais e distintas. b) Se ∆= 𝟎, a função tem duas raízes reais e iguais. c) Se ∆< 𝟎, a função não tem raízes reais. As raízes da função quadrática são determinadas em ℝ para f(x) = 0 e quando ∆> 0 e ∆= 0. Logo f(x) = 0 ⟺ ax2 + bx + c = 0. Exemplos: a) Determine as raízes da função f: ℝ → ℝ/ f(x) = x2 − 2x + 1. f(x) = 0 (a = 1, b = −2, c = 1) x2 − 2x + 1 = 0 x = −(−2)±√(−2)2−4(1)(1) 2(1) x = 2±√4−4 2 Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 10 x = 2±0 2 x = 1 V = {1} Logo a raiz da função é dada para 𝑥 = 1, isso significa que a parábola tangencia o eixo x no ponto (1,0). b) Determine as raízes da função f: ℝ → ℝ/f(x) = x2 − 2x − 3 f(x) = 0 (a = 1, b = −2, c = 3) x2 − 2x − 3 = 0 x = −(−2)±√(−2)2−4(1)(−3) 2(1) x = 2±√4+12 2 x = 2±4 2 ⇒ { x = 3 x = −1 V = {−1, 3} Logo as raízes da função são 𝑥 = 1 e 𝑥 = 3, isso significa que a parábola corta o eixo x nos pontos (-1,0) e (3,0). Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 11 4.2.2 Vértice da parábola Sendo o vértice representado pela intersecção do eixo de simetria com a própria parábola, temos: xvértice = − b 2a e yvértice = − Δ 4a . Logo o vértice é dado pelo ponto: (xv, yv) = (− b 2a , − ∆ 4a ) Pelos gráficos identifica-se que no vértice da parábola há a mudança de comportamento da curva da função, entre decrescente e crescente, logo pela concavidade da parábola e o vértice da função temos que as características de crescente ou decrescente e da imagem. Observe: a) Se a > 0 , a concavidade da função é voltada para cima, sendo o vértice o ponto de mínimo da função. Logo a função é decrescente para x < xv e crescente para x > xv, com Im = {y ∈ ℝ|y ≥ yv}. Exemplo: 1) Analisando o gráfico, determine: a) Sobre o valor de a: como a concavidade da parábola é voltada para cima pode-se afirmar que a > 0. b) Domínio: D = ℝ c) Ponto do vértice: (xv, yv) = (1, −4) (Ponto de mínimo). d) Imagem: Im = [−4, +∞[ e) Intervalo no qual a função é crescente: ]−4, +∞[ Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 12 f) Intervalo no qual a função é decrescente: ]−∞, −4[ b) Se a < 0, a concavidade da função é voltada para baixo, sendo o vértice o ponto de máximo da função, logo a função é crescente para x < xv e decrescente para x > xv, com Im = {y ∈ ℝ|y ≤ yv}. Exemplo: 1) Analisando o gráfico, determine: a) Sobre o valor de a: como a concavidade da parábola é voltada para baixo pode-se afirmar que a < 0. b) Domínio: D = ℝ. c) Ponto do vértice: (xv, yv) = (1, 4) (Ponto de máximo). d) Imagem: Im = ]−∞, 4]. e) Intervalo no qual a função é crescente: ]−∞, 4[. f) Intervalo no qual a função é decrescente: ]4, +∞[. 4.2.3 Sinal da função Analisam-se, neste subcapítulo, os sinais da função quadrática, isto é os sinais em que a função é negativa ou positiva, ou o intervalo na qual f(x) > 0 ou f(x) < 0. Na resolução de inequações do 2º grau estas questões já foram abordadas, portanto, apresenta-se a seguir apenas um resumo das diferentes possibilidades. Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 13 a) Positivo ⇒ 𝐟(𝐱) > 𝟎 1) se a > 0 e Δ > 0, então f(x) > 0 para x < x′ou x > x′′, para x′ e x′′as raízes da função; 2) se a < 0 e Δ > 0, então f(x) > 0 para x′ < x < x′′, para x′ e x′′as raízes da função; 3) se a > 0 e Δ < 0, então f(x) > 0 para todo x b) Negativo ⇒ 𝐟(𝐱) < 𝟎 1) se a > 0 e Δ > 0, então f(x) < 0 para x′ < x < x′′, para x′ e x′′as raízes da função; 2) se a < 0 e Δ > 0, então f(x) < 0 para x < x′ou x > x′′, para x′ e x′′as raízes da função; 3) se a < 0 e Δ < 0, então f(x) < 0 para todo x 4.2.4 Simetria da parábola O eixo de simetria da parábola é a reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice, logo para todo ponto (x1, y1), tal que a variação da função (Δx = (xv − x1)), tem-se um ponto (x2, y2) tal que x2 = xv + Δx e y2 = y1, ou seja: f: ℝ → ℝ, ∀(x1, y1) ∈ f(x), ∃(x2, y2)|(x2, y2) = (xv + Δx , y1) ∧ Δx = (xv − x1) Exemplos 1) Analise o gráfico e responda as questões propostas: a) Ponto do vértice: (1, 0). b) Eixo de simetria: x = 1 c) Pontos simétricos: c.1) Para (x1, y1) = (−1, 4) e (xv, yv) = (1, 0), temos: Δx = xv − x1 = 1 − (−1) = 2 x2 = xv + Δx = 1 + 2 = 3, y2 = 4 Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 14 (x2, y2) = (3, 4) O ponto (3,4) é simétrico ao ponto (-1,4) c.2) Para (x1, y1) = (2, 1) e (xv, yv) = (1, 0), temos: Δx = xv − x1 = 1 − 2 = −1 x2 = xv + Δx = 1 − 1 = 0, y2 = 1 (x2, y2) = (0, 1) O ponto (0,1) é simétrico ao ponto (2,1) 2) Analise as características da função w(x) = −x2 + 2x + 3 para D = ℝ a) Construa o gráfico b) Vértice da parábola: −x2 + 2x + 3 = 0 , temos a = -1, b = 2 e c = 3 Para Δ = b2 − 4ac ⇒ Δ = 22 − 4(−1)(3) = 16 xv = − b 2a = − 2 2(−1) = 1 yv = − ∆ 4a = − 16 4(−1) = 4 Logo, o ponto do vértice é (1, 4). c) Imagem (observe o gráfico). yv = 4, a < 0, Im = {y ∈ ℝ|y ≤ 4}. d) Raízes: Para w(x) = 0, com w(x) = −x2 + 2x + 3, a = −1, b = 2, c = 3, temos: Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 15 x = −b±√b2−4ac 2a x = −2±√22−4(−1)3 2(−1) x = −2±√4+12 −2 x = −2±√16 −2 x = −2±4 −2 = { x1 = −2+4 −2 = 2 −2 = −1 x2 = −2−4 −2 = −6 −2 = 3 S = {−1, 3} (Observe as raízes no gráfico). e) Para Δ > 0, logo a função tem duas raízes (calculadas no item c). f) Intervalo no qual a função é crescente Para a < 0 , x < xv,logo temos que o intervalo para função crescente é dada por: V = {x ∈ ℝ|x < 1} (Identifique no gráfico este intervalo). g) Intervalo no qual a função é decrescente Para a < 0 , x > xv, logo temos que o intervalo para função decrescente é dada por: V = {x ∈ ℝ|x > 1} (Identifique no gráfico este intervalo). h) Intervalo no qual a função é positiva: Como Δ > 0 então f(x) > 0 para x′ < x < x′′, logo temos a solução para função é positiva é dada por V = {x ∈ ℝ| − 1 < x < 3} (Observe no gráfico). i) Intervalo no qual a função é negativa: Como Δ > 0 então f(x) < 0 para x < x′ou x > x′′, logo temos a solução para função negativa é dada por V = {x ∈ ℝ|x < −1 ou x > 3} (Observe no gráfico). 3) Analise as características da função exemplo c(x) = x2 + 3x + 3 para D = ℝ a) Construa o gráfico Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 16 b) Determine o vértice da parábola da função c(x) = x2 + 3x + 3 Para Δ = b2 − 4ac ⇒ Δ = 32 − 4(1)(3) = −3 xv = − b 2a = − 3 2(1) = − 3 2 yv = − ∆ 4a = − (−3) 4(1) = 3 4 c) Imagem: yv = 3 4 , a > 0, Im = {y ∈ ℝ|y ≥ 3 4 } (Observe no gráfico). d) Raízes Parac(x) = 0, com c(x) = x2 + 3x + 3, a = 1, b = 3, c = 3 , temos que: Δ < 0, portanto a função não tem raízes em ℝ, logo temos que V = ∅. e) Intervalo no qual a função é crescente: Para a > 0 , x > xv, logo temos que o intervalo para função crescente é dada por V = {x ∈ ℝ|x > −1,5} e decrescente no intervalo x < xv, dado por V = {x ∈ ℝ|x < −1,5}. f) Intervalo no qual a função é decrescente: Para Δ < 0 e a > 0 então f(x) > 0 para todo x ∈ D, logo temos que o intervalo para função positiva é dada por V = ℝ e o intervalo para função negativa é dado por V = ∅. __________________________________________________________________________ Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 17 ATIVIDADE Utilize um software qualquer e determine as características das funções quadráticas. O material complementar desta unidade é um tutorial sobre o software Graphmática que pode ser utilizado para resolver esta atividade. a) f: ℝ → ℝ , f(x) = x2 − 1 b) f: ℝ → ℝ , f(x) = x2 + 3x + 2 c) f: ℝ → ℝ , f(x) = −x2 + 2 d) f: ℝ → ℝ , f(x) = (x + 3)2 e) f: ℝ → ℝ , f(x) = −(x + 2)2 + 4 ____________________________________________________________________ RESUMO a) Quando temos uma função quadrática, ou seja, com y igual a um polinômio de 2º grau da forma ax² + bx + c, com a 0, o gráfico é uma curva chamada parábola. b) A parábola é uma figura que apresenta simetria axial. c) No gráfico da função quadrática o eixo de simetria da parábola é sempre perpendicular ao eixo x. d) O encontro da parábola com seu eixo de simetria é seu vértice. e) A parábola corta o eixo x nas raízes do polinômio de 2º grau. f) Quando a > 0, a concavidade da parábola é voltada para cima; quando a < 0, a concavidade é voltada para baixo. ___________________________________________________________________________ ATIVIDADES Observação: As atividades propostas estão resolvidas passo a passo no item “respostas”. Porém, é aconselhável que você tente resolvê-las antes de consultar as respostas. 1) O número de diagonais (d) de um polígono convexo é dado em função do número de lados (n) desse polígono. A fórmula matemática que relacional o número de diagonais de um polígono convexo com o número de lados desse polígono é: d = n(n−3) 2 a) Essa fórmula corresponde a uma função quadrática? Justifique. b) Calcule o número de diagonais em um decágono convexo. c) Calcule o número de lados de um polígono convexo que tem 20 diagonais. 2) Determine a lei da função da área de um quadrado em relação à medida dos lados. Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 18 3) Observe o gráfico: a) Quais são os zeros dessa função? b) O gráfico corresponde a uma função linear? c) Para quais valores de x a função é crescente? E decrescente? 4) Desprezando a resistência do ar, um corpo cai e percorre, nas proximidades da superfície terrestre, os valores aproximados de distância mostrados na tabela: Tempo (s) 0 1 2 3 Distância (m) 0 5 20 45 a) Determine a sentença matemática que relaciona a distância d ao tempo t. 5) O custo C, em reais, para se produzir n unidades de determinado produto é dado por: C = 2510 - 100n + n². Quantas unidades deverão ser produzidas para se obter o custo mínimo? 6) (FAAP) Uma indústria produz, por dia, x unidades de determinado produto, e pode vender tudo o que produzir a um preço de R$ 100,00 a unidade. Se x unidades são produzidas a cada dia, o custo total, em reais, da produção diária é igual a x² + 20x + 700. Portanto, para que a indústria tenha lucro diário de R$ 900,00, qual deve ser o número de unidades produzidas e vendidas por dia? 7) Uma bola é largada do alto de um edifício e cai em direção ao solo. Sua altura h em relação ao solo, t segundos após o lançamento, é dada pela expressão h = –25t² + 625. Após quantos segundos do lançamento a bola atingirá o solo? Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 19 8) A trajetória de uma bala de canhão foi representada no plano cartesiano por y = −x² 64 + x 16 , com uma unidade representando um quilômetro. Determine a altura máxima que a bala atingiu. 9) A trajetória de uma jato d’água descreve uma parábola. Sabendo que sua altura (h), em metros e tempo (t), em segundos, seja dada por h(t) = −t2 + t + 12, para um tempo de 2 segundos a altura em metros equivale a: __________________________________________________________________________________ RESPOSTAS 1) O número de diagonais (d) de um polígono convexo é dado em função do número de lados (n) desse polígono. A fórmula matemática que relacional o número de diagonais de um polígono convexo com o número de lados desse polígono é: d = n(n−3) 2 a) Essa fórmula indica função quadrática? Justifique. Operando na fórmula tem-se: d = n²−3n 2 . Como o maior expoente de n é 2, a fórmula indica uma função quadrática. b) Calcule o número de diagonais em um decágono convexo. Decágono é um polígono com 10 lados. Logo: d = n²−3n 2 d = 10²−3.10 2 = 35 Logo, um decágono tem 35 diagonais. c) Calcule o número de lados de um polígono convexo que tem 20 diagonais. d = n²−3n 2 20 = n²−3n 2 40 = n² − 3n n² − 3n − 40 = 0 (Aplicando Baskara e calculando as raízes). n1 = 8 e n2 = −5 (Como o número de lados de um polígono não pode ser um número negativo, a única resposta que responde este problema é n = 8). Logo, o polígono é um octógono. Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 20 2) Determine a lei da função da área de um quadrado em relação à medida dos lados. x (lado) 0 1 2 3 4 5 ... l y (área) 0 1 4 9 16 25 ... l² Logo: A(l) = l² 3) Observe o gráfico: a) Quais são os zeros dessa função? x1 = −1 e x2 = 2 b) O gráfico corresponde a uma função linear? Não, como o gráfico é uma parábola corresponde à uma função quadrática. c) Para quais valores de x a função é crescente? E decrescente? Crescente:] 1 2 , +∞[ Decrescente: ]−∞, 1 2 [ 4) Desprezando a resistência do ar, um corpo cai e percorre, nas proximidades da superfície terrestre, os valores aproximados de distância mostrados na tabela: Tempo (s) 0 1 2 3 Distância (m) 0 5 20 45 Determine a sentença matemática que relaciona a distância d ao tempo t. d(t) = 5t² 5) O custo C, em reais, para se produzir n unidades de determinado produto é dado por: C = 2510 - 100n + n². Quantas unidades deverão ser produzidas para se obter o custo mínimo? Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 21 Para encontrar o custo mínimo precisa-se determinar o ponto de mínimo, isto é o vértice da parábola: xv = − b 2a = − (−100) 2(1) = 50 yv = − ∆ 4a = − 10000−10040 4(1) = 10 Agora, na fórmula C = 2510 - 100n + n², identifique quem ocupa “o lugar” de y e de x (variável dependente e independente). O problema pede o número de unidades que devem ser produzidas para se obter o custo mínimo. O número de unidades (n) está ocupando “o lugar de x”, por isso a resposta, deste problema, é o x do vértice, ou seja 50 unidades. 6) (FAAP) Uma indústria produz, por dia, x unidades de determinado produto, e pode vender tudo o que produzir a um preço de R$ 100,00 a unidade. Se x unidades são produzidas a cada dia, o custo total, em reais, da produção diária é igual a x² + 20x + 700. Portanto, para que a indústria tenha lucro diário de R$ 900,00, qual deve ser o número de unidades produzidas e vendidas por dia? Função receita: y = 100x Função custo: y = x² + 20x + 700 Função lucro = função receita – função custo y = 100x − (x² + 20x + 700) y = 100x − x2 − 20x − 700 y = −x2 + 80x − 700 Lucro diário de R$ 900,00 −x2 + 80x − 700 = 900 −x2 + 80x − 1600 = 0 Como o problema se refere à quantidade máxima produtos, que no nosso problema esta representado por x, devemos calcular o xv. xv = − b 2a = − 80 2(−1) = 40 Logo, o número de unidades que deve ser produzida e vendida é 40. 7) Uma bola é largada do alto de um edifício e cai em direção ao solo. Sua altura h em relação ao solo, t segundos após o lançamento, é dada pela expressão h(t) = –25t² + 625. Após quantos segundos do lançamento a bola atingirá o solo? Quando a bola atingir o solo, sua posição será igual à zero, ou seja, h(t) = 0 Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 22 h(t) = –25t² + 625 0 = –25t² + 625 25t² = 625 t² = 625 25 t² = 25 t = ±√25 t = ±5 (O tempo não pode ser negativo) Logo, a bola levará 5 segundos para atingir o solo. 8) A trajetória de uma bala de canhão foi representada no plano cartesiano por y = − x2 64 + x 16 , com uma unidade representando um quilômetro. Determine a altura máxima que a bala atingiu. A altura, neste problema, é representado pela letra y. Como o problema pede a altura máxima, temos que determinar o yv. yv = − ∆ 4a = − b²−4ac 4a yv = − ( 1 16 ) 2 −4.(− 1 64 ).0 4(− 1 64 ) yv = − 1 256 −0 −( 4 64 ) yv = − 1 256 −( 4 64 ) yv = 1 256 . 64 4 = 64 1024 = 0,0625 km = 62,5 m Logo, a altura máxima atingida pelo projétil foi de 62,5 m. 9) A trajetória de uma jato d’água descreve uma parábola. Sabendo que sua altura (h), em metros e tempo (t), em segundos, seja dada por ℎ(𝑡) = −𝑡2 + 𝑡 + 12, para um tempo de 2 segundos a altura em metros equivale a: h(t) = −t2 + t + 12 h(2) = −(2)2 + 2 + 12 h(2) = −4 + 2 + 12 h(2) = 10 Logo, a altura para um tempo de 2 s é de 10 m. Profª Tania Elisa Seibert CURSO DE NIVELAMENTO – PRÉ-CÁLCULO UNIDADE 2 – CAPÍTULO 4 23 REFERÊNCIAS INEQUAÇÕES DO 2º GRAU. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/matematica/inequacao-segundo-grau.htm>. Acesso em: 27 jul. 2015. HOMA, A. I. Laboratório de Matemática. Canoas/RS: ULBRA, 2013. JACKSON, R. Matemática: ciência, linguagem e tecnologia. v. 1. São Paulo: Scipione, 2010. LOGEN, A. Matemática: uma atividade humana. Ensino Médio. v.1. Curitiba: Base, 2003.
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