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UNIDADE 2 REFLEXOS DA GLOBALIZAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES A inserção das empresas na dimensão internacional POR QUE AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? Há pelo menos quatro motivos: 1. Obter acesso a recursos mais confiáveis ou mais baratos; 2. Aumentar o retorno sobre o investimento; 3. Aumentar sua fatia de mercado; e 4. Evitar tarifas ou quotas de importações estrangeiras. 2 OBTER ACESSO A RECURSOS MAIS CONFIÁVEIS OU MAIS BARATOS Empresas de petróleo ou de mineração frequentemente se internacionalizam para obter suprimento de matéria-prima mais confiável ou mais barato do que podem encontrar no seu país de origem. Indústrias aventuram-se no exterior em busca de mão- de-obra mais barata. As empresas também podem investir em instalações no exterior para escapar da instabilidade política em seu país de origem e para obter acesso a uma quantidade maior de conhecimento tecnológico. 3 AUMENTAR O RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO As empresas, como os indivíduos, transferem seus fundos ‘de áreas onde o retorno sobre o capital é menor para aquelas onde ele é maior’ (ou seja, para aumentar seus lucros). Durante a década de 1980, por exemplo, uma taxa de câmbio favorável levou os japoneses a investir pesado em imóveis comerciais nos Estados Unidos. As empresas, como os indivíduos, transferem seus fundos ‘de áreas onde o retorno sobre o capital é menor para aquelas onde ele é maior’. Durante a década de 1980, por exemplo, uma taxa de câmbio favorável levou os japoneses a investir pesado em imóveis comerciais nos Estados Unidos. 4 AUMENTAR SUA FATIA DE MERCADO As empresas de maior porte tendem a se expandir internacionalmente para continuar crescendo, seja porque seu produto já dominam o seu mercado doméstico, seja porque seu tamanho permite fazer economias de escala(*). Empresas menores, por outro lado, podem ter de se expandir em outros países apenas para sobreviver, a Ball Corp., terceira fabricante americana de latas para bebidas, comprou a divisão de embalagens da Continental Can Co., de modo a atender a demanda de latas para refrigerantes na Europa, que está crescendo duas vezes mais rápido do que nos EUA. (*) Aquela que organiza o processo produtivo de maneira que se alcance, através da busca do tamanho ótimo, a máxima utilização dos fatores que intervêm em tal processo. Como resultado, baixam-se os custos de produção e incrementam-se os bens e serviços. Isto é, quanto mais se produz uma determinada quantidade, menor é o valor de custo de cada unidade produzida. 5 AUMENTAR SUA FATIA DE MERCADO Empresas que identificam uma demanda crescente dos produtos que exporta, podem avaliar se é vantajoso investir em instalações industriais no estrangeiro. Por exemplo, construindo uma fábrica na Alemanha a Ford pôde economizar tempo e gastos consideráveis necessários para transportar carros prontos de Detroit para a Europa. 6 PARA EVITAR TARIFAS E COTAS DE IMPORTAÇÃO NO ESTRANGEIRO Os governos frequentemente usam tarifas ou cotas para proteger interesses empresarias internos. O Japão, por exemplo, aplica taxas elevadas no arroz e outros produtos agrícolas importados dos Estados Unidos. De forma semelhante, industriais americanos vem pedindo que o governo os proteja contra importações que vão desde automóveis a equipamentos eletrônicos. O investimento direto é uma solução mais segura contra a ameaça de tarifas e das cotas de importação estrangeiras. Assim, a Sony, a Honda e a Toyota criaram subsidiárias que são, para todos os efeitos, empresas americanas 7 8 COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? Poucas organizações começam como multinacionais(*). Mais comumente, uma organização passa por vários estágios de internacionalização. As empresas no primeiro estágio de internacionalização têm apenas participação passiva nos negócios com indivíduos e organizações estrangeiras. Nesse ponto, por exemplo, uma empresa pode se contentar em atender a pedidos de outros países, pedidos que chegam sem qualquer esforço sério de vendas de sua parte. Os contatos internacionais podem ser atendidos por um departamento existente. Terceiros, como agentes e corretores, frequentemente agem como intermediários para empresas neste primeiro estágio de internacionalização. (*) Grandes empresas cujas operações e divisões se espalham por vários países, mas que são controladas por um escritório central. 9 COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? No segundo estágio, as empresas lidam diretamente com seus interesses em outros países, apesar de ainda poderem continuar a usar terceiros. Nesse ponto, a maioria delas não mantém empregados nos outros países, mas seus empregados nacionais viajam regularmente para realizar negócios no estrangeiro. A empresa pode decidir estabelecer um departamento de importação ou exportação. 10 COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? No terceiro estágio, os interesses estrangeiros afetam de modo significativo as características gerais da empresa. Apesar de continuar essencialmente doméstica, ela age diretamente em importação e exportação, e talvez na produção de seus bens e serviços em outros países. 11 COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? No estágio final (quarto estágio), a empresa vê suas atividades como sendo essencialmente multinacionais e não faz distinção entre seus negócios e os estrangeiros. No terceiro e no quarto estágios, as organizações enfrentam uma quantidade de opções estratégicas para aproveitar oportunidades externas. Podem usar licenciamentos ou podem vender franquias(*), um tipo especial de licença. A franquia é o principal modo pelo qual a MacDonald´s, a Pizza Hut e outras cadeias de lanchonete se expandiram nos mercados internacionais. (*) Franquia é o tipo de acordo de licenciamento no qual uma empresa vende um pacote contendo marca registrada, equipamento, materiais e diretrizes para a administração. 12 COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? Apesar dos licenciamentos e das franquias darem às empresas acesso a receitas externas, seu papel no gerenciamento é limitado. Para obter um papel maior na gestão, as organizações precisam fazer investimentos diretos, seja criando uma subsidiária estrangeira ou comprando o controle acionário numa empresa estrangeira já existente. COMO AS EMPRESAS SE TORNAM INTERNACIONAIS? Outra opção é a joint venture, na qual as empresas nacionais e estrangeiras dividem o custo de desenvolver novos produtos ou de construir instalações para produzir num outro país. Uma joint venture pode ser o único meio de penetrar em certos países onde, pela lei, os estrangeiros não podem ser donos de empresas. Em outras situações, as joint ventures permitem que as empresas juntem conhecimentos tecnológicos e dividam os gastos e o risco de pesquisas. No Brasil, é muito comum as empresas de petróleo fazerem joint ventures com a Petrobras. 14 ATIVIDADE 1. Leia o artigo “Marcas da Competitividade” e aponte, resumidamente as ideias centrais do autor. 15 16
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