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Caso 4 – Farmacologia Jennifer Seljenes Suprema Medicina PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 1 Pneumonia adquirida na comunidade Mortalidade principalmente em pcts mais idosos e pct que tem uma deficiência do sistema imunológico Streptococcus pneumoniae permanece como a bactéria de maior prevalência de PAC dentre os agentes etiológicos; è Condutas na redução das PAC - A melhora da situação socioeconômica; - O maior acesso a cuidados de saúde; -> o que também pré- dispõe a uma saúde melhor - A disponibilidade nacional de antibióticos; -> muitas vezes a doença está estabelecia, mas o pct não tem acesso, seja por morar longe, ou pela política de acesso. - As políticas de vacinação (anti-influenza e antipnemocócica). Elas ajudam a diminuir a possibilidade de evolução das doenças Tratamento Pode ser: ambulatorial, Internação em enfermarias e UTI Ambulatorial: não tem um caso grave da doença, as vezes só está com dispneia e muita secreção. Enfermarias: que pode mudar um pouco o padrão de patógeno UTI: pacientes mais expostos a microrganismos que não vão estar presentes na comunidade. • Monoterapia ou terapia combinada; Monoterapia quando se tem antibiótico de amplo espectro, nos casos não graves da doença. Dois medicamentos para ter maior cobertura evitando óbito. • Tratamento empírico: tratamento feito baseando-se nos microrganismos que podem estar fazendo aquela infecção, porque não do tempo de esperar chegar a cultura. è A escolha do antibiótico contempla: (achei importante). - Patógeno mais provável no local de aquisição da doença; (ex: streptoccocus pneumonia é o mais prevalente) - Fatores de risco individuais; (ex.: pct idosos, com comorbidades, um quadro de imunodepressão, pct que pode ter uma doença de base) - Presença de doenças associadas; (ex: doença hepática que pode comprometer o uso de algum medicamento) - Fatores epidemiológicos, como viagens recentes (para ver o patógeno presente naquela região), alergias (é muito comum o pct ter alergia a amoxicilina) e relação custo-eficácia. -> as vezes o antibiótico é mais novo, com espectro maior, só que com o custo mais caro, e as vezes eu não preciso utilizar ele. Tratamento de pacientes ambulatorial è Avaliação do paciente: (para a saber qual antibiótico eu vou prescrever, eu tenho que avaliar) - Ausência de comorbidades; -> paciente com comorbidades faz terapia combinada porque tem maior cobertura. - Sem uso recente de antibióticos; ->se fez uso nos últimos 3 meses de antibióticos, esse uso de 45 dias pode ter resposta diferente. - Sem fator de risco para resistência; -> geralmente avaliamos se naquela localidade que prescrevemos o antibiótico, já é naturalmente conhecida, com dados epidemiológicos se aquela bactéria já é resistente a alguns antibióticos - Sem contraindicação e história de alergia à droga. -> principalmente os B-lactamicos que podem causar alergia. ------------------------------------------------------------------------------- è Tratamento ambulatorial MONOTERAPIA • B-Lactâmico OU macrolideo: Paciente que não tem comorbidade, não tem fatores de risco e não tomou antibiótico nos últimos 90 dias. - Ausência de suspeita de resistência: tratamento de patógenos atípicos e pneumococos com macrolideos ou doxiciclina. -> pois vai ter um espectro de amplitude maior. Então pode usar a associação da azitromicina com amoxicilina - Evitar o uso das fluoroquinolonas devidos ao potencial risco de efeitos colaterais graves B-Lactâmico: Amoxicilina ou clavulin (1 escolha) Macrolideo: azitromicina e claritromicina (2 escolha) • Fluoroquinolonas (levofloxacino): paciente alérgico. - São fármacos de 3 escolha porque eles apresentam grandes efeitos colaterais. Utiliza somente quando o paciente não tem acesso aos outros medicamentos ou em casos de alergia TERAPIA COMBINADA • Macrolídeo + Beta-lactâmico: pacientes mais velhos, mulheres e pacientes com comorbidades. - Maior risco de infecção por agentes patogênicos resistentes e de falência terapêutica. Caso 4 – Farmacologia Jennifer Seljenes Suprema Medicina PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE 2 Tratamento com penicilinas Penicilinas: • Elas têm maior atividade contra bactérias gram- positivas, cocos gram-negativos e anaeróbios não produtores de betalactamase, porém pouca atividade contra bacilos gram- negativos; • São sensíveis à hidrólise pelas betalactamases; -> muitas bactérias já produzem essa enzima, por isso é importante associar amoxilina com ácido clavulânico ou clavulanato de potássio • Mecanismo de ação: interferência na reação de transpeptidação da sintese da parede celular bacteriana. ->ou seja, interfere na síntese da parede celular bacteriana, síntese de proteoglicanos, ela vai inibir a ação dessa enzima evitando essa ligação das cadeias laterais na síntese da parede celular. • Efeitos adversos: convulsões. • Posologia: tratamento por 7 dias. Classe muito utilizada, geralmente em dose 875mg de amoxicilina e 125mg de ácido clavulânico, em casos de pneumonia. 3 vezes por dia, no intervalo de 8/8h via oral, durante 7 dias (casos mais leves). Os problemas são reações alérgicas, no entanto ela é bem tolerada. Pode ter reações cutâneas, alguns casos de convulsões, mas normalmente são bem tolerados. Tratamento com macrolideos Macrolídeos: Azitromicina, claritromicina (derivados semisintéticos da eritromicina); • Mecanismo de ação: atividade bacteriostática (impede o crescimento) e bactericida (mata bactéria) que ocorre por meio da ligação ao RNA ribossomal 50S, inibindo a síntese proteica. -> Mecanismo inibição da síntese proteica. PROVA: inibição da síntese proteica (falou se pedir na prova) • Efeitos adversos: distúrbios Gl desagradáveis (diarreia é muito comum, antibiótico vai matar microbiota intestinal), reações de hipersensibilidade, erupções cutâneas febre, distúrbios temporários de audição e icterícia colestática. • Posologia: tratamento de 3 a 5 dias. Todas as duas podem ser utilizadas por via oral, so vai mudar o intervalo. No caso da azitromicina, o tratamento de 3-5 dias já se mostra eficaz. O tratamento mais prolongado não se mostrou mais efetivo. Tratamento com fluorquinolonas Fármacos: ciprofloxacino, levofloxacino, ofloxacino, norfloxacino e moxifloxacino, bem como ácido nalidíxico. Eles também são eficazes nesses casos de PAC, são dispensados em condições específicas, quando o pct tem alergia as B-lactamicos ou macrolideos • Mecanismo de ação: bloqueiam a síntese do DNA bacteriano ao inibirem a topoisomerase II (DNA girase) e a topoisomerase IV bacterianas, enzimas necessárias para a transcrição e a replicação. • Possui um espectro de ação muito bom contra vários microrganismos. Problema do uso indiscriminado é a resistência bacteriana. • Efeitos adversos: distúrbios Gl, desconforto gastrintestinal, neurotoxicidade (principalmente o ofloxacino, que consegue passar pela BHE), tendinite. (Paciente com problema osteoarticular não é interessante utilizar esta classe • Posologia: tratamento de 5 a 7 dias. Geralmente 1 ou 2 vezes ao dia Tratamento enfermaria e UTI è Tratamento enfermaria: • Cefalosporina de 3 geração (ceftriaxona) OU ampicilina com sulbactam + macrolideo (azitromicina ou claritromicina) OU ------------------------------------------------------------------------------- è Tratamento UTI: • Cefalosporina de 3 geração (ceftriaxona) + Levofloxacino Conclusão • A antibioticoterapia adotada leva em consideração dados epidemiológicos, suscetibilidade, prevalência de microoganismos e gravidade do quadro de PAC. • O diagnóstico e acompanhamento dos casos de PAC deve levar em consideração parâmetros laboratoriais (PCR e procalcitonina) e o desfecho (hospitalizações, falha terapêutica e mortalidade).-> como a procalcitonina está mais relacionada a infecções bacterianas, se o pct está melhorando, conseguimos ver uma queda dessa pró calcitonina. • Deve-se evitar o uso prolongado e desnecessário de algumas classes de antibióticos, sobretudo, nos casos de PAC não-grave a fim de evitar maior risco de desenvolvimento de resistência bacteriana. -> podemos associar medicamentos mais potentes para agitar a morte do pct Evitar o uso prolongado e o uso em um período menor do que o indicado pelo médico.