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ANTIBIOTICOTERAPIA

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Gabriella R O - Antibioticoterapia - 7ºP
TERAPIA ANTIMICROBIANA:
CONTEÚDO:
HISTÓRICO:
PENICILINA: 
➢ 1928 (Fleming): descoberta 
➢ 1938: verdadeiramente isolada 
➢ 1940: produção industrial 
➢ 1941: uso médico amplo
ERA MODERNA DOS ANTIBIÓTICOS:
➢ 1942: termo “antibiótico”
➢ 1940 – 2000: surgiram diversos antimicrobianos. 
➢ > 2000: poucos antibióticos chegaram ao mercado 
➢ 2022: décadas sem progresso significativo no desenvolvimento de novas classes
Desde 2017, apenas 12 antibióticos foram aprovados, 10 deles pertencem às classes existentes com mecanismos estabelecidos de resistência antimicrobiana.
> PRESCREVER COM CUIDADO!!
CONCEITOS ANTIMICROBIANOS: São produtos capazes de: destruir microrganismos ou suprimir sua multiplicação ou crescimento.
Finalidade: Profilaxia ou tratamento de infecções
INESPECÍFICOS: MATAM TODOS MICRORGANISMOS, MESMO QUE NÃO FOREM PATÓGENOS, SÃO OS ANTI SÉPTICOS E DESINFECTANTES 
ESPECÍFICOS: TERÃO ESPECTRO DE AÇÃO DIRECIONADO, ESPECÍFICO PARA MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS, DIVIDIDOS EM ANTIBIÓTICOS (AÇÃO SOBRE BACTÉRIA) E QUIMIOTERÁPICOS (SINTETIZADOS EM LABORATÓRIO) 
ESPECTRO DE AÇÃO: GRUPO DE MICRORGANISMOS QUE SUBSTÂNCIA VAI ATUAR, INTERFERINDO NA VIDA DESSES 
ANTIBIÓTICO:
Produzido por microrganismo e com toxicidade sobre outro microrganismo
TOXICIDADE SELETIVA: SER MAIS AGRESSIVO PARA O MICRORGANISMO E NÃO PARA O HOSPEDEIRO 
QUIMIOTERÁPICO 
• Síntese em laboratório ou origem vegetal 
• Usado para tratar doenças infecciosas e neoplásicas
➢ Toxicidade seletiva (↓ hospedeiro e ↑ agressor) 
• Antivirais • Antifúngicos • Antiprotozoários • Antiparasitários 
• Antineoplásicos
PROBIÓTICO:
Microrganismos benéficos e inofensivos, capazes de estimular o crescimento de outro microrganismo. 
-> presença desses microrganismos favorece o crescimento/surgimento de outro microrganismo 
➢ Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Streptococcus thermophilus, Saccharomyces boulardii. 
➢ Sobrevivem à ação do suco gástrico e da bile 
➢ Resistentes a antibióticos (nossa flora contribui para absorção de nutrientes, água, combater microrganismos patógenos, e quando usa ANTB -> diarreia) 
ESPECTRO DE AÇÃO:
PK/PD: farmacocinética e farmacodinâmica dos antibióticos 
ITU baixa: nitrofurantoína/fosfomicina, conseguem acumular na bexiga - cistite 
ITU alta: prescrever outros com qnt mínima de concentração no local de ação - pielonefrite 
EFEITO NOS MICRORGANISMOS:
SI -> vai matar bactérias estatísticas que permaneceram, então deve estar funcionante/íntegro
Bacteriostáticos -> evitar em imunocomprometidos
vai depender da Concentração atingida no local da infecção e da Sensibilidade do microrganismo a determinada substância 
CIM/MIC: concentração inibitória mínima
CBM: concentração bactericida mínima 
parede celular bacteriana: bactéria produz, dá a ela resistencia/proteção, controla permeabilidade de substâncias 
antibiótico que inibe a síntese de parede bacteriana -> mecanismo de ação bactericida
antibiótico que inibe a síntese de proteinas -> tende a ser bacteriostático, pois paralisam essas mas ainda sobrevivem, usam de outros recursos
MECANISMO DE AÇÃO:
RESISTÊNCIA BACTERIANA:
➢ Fenômeno genético (passa de bactéria mãe para bactéria filha), caracterizado pela capacidade de crescimento na presença de CIM do antimicrobiano.
mesmo na presença da concentração inibitória mínima: CIM, a bactéria consegue sobreviver, se desenvolver e multiplicar 
> discos usados no antibiograma com diferentes antibióticos, inoculação da bactéria, colocando-os sobre essa 
> região esbranquiçada: halo de inibição, há possibilidade de sensibilidade 
> branco: colônias de bactérias
> lab vai medir diâmetro da área do halo
O QUE OCORRE?
> contamina solo, água, animais - bactérias resistentes 
MARSA: S. aureus multi resistente 
mesmo quando melhorou -> usar tempo completo de tratamento -> dar conta de eliminar bactérias sensíveis e resistentes (e essas não proliferarem) 
MECANISMOS:
CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA:
ao longo do contato na sua vida adquiriu -> por mutação (modificação), receber material genético de um vírus/bacteriofágo, do ambiente externo e compartilhar com outra bactéria -> todas suas descendentes terão a mutação (será natural/intrínseca)
natural ou intrínseca: nunca vai ser eliminada
MECANISMOS BIOQUÍMICOS:
bactéria produz enzima (beta lactamase) que inativa o antibiótico (anel betalactanto)
bactéria muda conformação do receptor, medicamento não consegue fazer encaixe e sua ação
alteração da permeabilidade da membrana da bactéria -> fechar poros e impedir entrada do medicamento
bombas de efluxo: forma de jogar medicamento para fora da bactéria 
LINHA DO TEMPO ATÉ 2002:
SURGIMENTO DE RESISTÊNCIA:
IMPACTO ECONÔMICO:
OMS: GLASS 2022 Relatório global de resistência antimicrobiana e sistema de vigilância de uso (GLASS) - OMS (2022): Mortes associadas à resistência bacteriana a antibióticos: 
Países de baixa e média renda: MENOR consumo de antibióticos e MAIORES taxas de resistência em comparação com as taxas em países de alta renda.
ESTIMATIVAS DE MORTES EM 2050:
PATÓGENOS PRIORITÁRIOS (OMS):
O QUE FAZER?
USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS:
TIPOS DE TRATAMENTO:
Linha de progressão da doença-tratamento antimicrobiano
TRATAMENTO EMPÍRICO: NÃO SABE EXATAMENTE O AGENTE ETIOLÓGICO, MAS SUPÕE
DEFINITIVO: QUANDO CONHECE O PATÓGENO, É O QUE DÁ O DIRECIONAMENTO PARA QUADRO INFECCIOSO
SUPRESSOR: DOSES PEQUENAS APÓS CONTROLE DA DOENÇA, USA POR UM TEMPO ATÉ RESOLVER ANORMALIDADE ANATÔMICA/IMUNE 
TSA: TESTE DE SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA - ANTIBIOGRAMA
CONCEITOS IMPORTANTES:
✓ QUIMIOPROFILAXIA: Tratar o paciente ainda não infectado ou que não desenvolveu a doença. 
➢ OBJETIVOS: 
• Evitar a infecção 
• Impedir desenvolvimento de doença potencialmente perigosa quando já há indícios de infecção. 
➢ INDICAÇÕES: 
• Pré-exposição/Pós-exposição 
• Algumas situações clínicas 
• Pré-cirúrgico 
TRATAMENTO PROFILÁTICO PRÉ e PÓS EXPOSIÇÃO
PrEP: indicada também para casais sorodiscordantes ou sorodivergentes - uso diário, contínuo, como se fosse anticoncepcional 
PEP: duração variável, 28 dias - HIV, IST - dose única, início deve ser até 72h após o acidente, se passar disso não é recomendado 
HSH - homens que fazem sexo com homens 
PRÉ-EXPOSIÇÃO (PrEP) - HIV:
➢ Fármacos: tenofovir + emtricitabina 
➢ Início do efeito: Relação anal: após 7 dias de uso Relação vaginal: após 20 dias de uso 
➢ Tratamento é disponibilizado gratuitamente via SUS
4 respostas -> sim, tem indicação 
PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP):
quem sofreu violência sexual -> usa todos 
SITUAÇÕES CLÍNICAS:
infecção latente para tuberculose: 270 doses de isoniazida, não usa só esse
PRÉ-CIRÚRGICO:
➢ Momento ideal: 
• indução anestésica ou 30 min antes da incisão de pele 
- Meia-vida longa: 1 – 2h antes 
- Meia-vida curta: na indução 
➢ Dose: 1 dose terapêutica parenteral (maioria dos casos) Cirurgia prolongada ou grande perda sangue: doses adicionais a cada 2 horas. 
➢ Não recomendado por mais de 24h!
CRITÉRIOS:
➢ Provável agente causal conhecido 
➢ Benefícios do uso superam as desvantagens do uso 
➢ Avaliação criteriosa do risco: 
• Capacidade de defesa do paciente 
• Tempo da cirurgia 
• Sangramentos, formação de espaços vazios 
➢ Antimicrobiano: • indicação, espectro mais específico, • ↓ toxicidade e ↓ custo
cirurgia limpa não usa quimioprofilaxia, exceto se for em local que houver infecção pode ser catastrófico: cérebro e coração
TRATAMENTO PREVENTIVO 
CARACTERÍSTICAS:
➢ Tratamento precoce para pacientes assintomáticos de alto risco com indícios de infecção (exames laboratoriais). 
➢ Substituto à profilaxia 
➢ Administração antes de sinais e sintomas 
➢ Duração curta, pré-definida 
➢ Ex: evitar doença por CMV - citomegalovírus, da família do herpes, em transplantados - faz uso de antiviral - ganciclovir 
TRATAMENTO EMPÍRICO 
CARACTERÍSTICAS:
➢ Uso inicial de antimicrobianosbaseado nos agentes mais prováveis da infecção (diagnóstico clínico). 
➢ Aspectos a serem considerados: 
• Origem da infecção (comunitária ou hospitalar) 
• Local da infecção 
• Comorbidades do paciente 
• Uso prévio de ATB (últimos 90 dias) e resistência 
➢ Cultura – Coleta de amostras: 
• Não prescinde o início do uso do ATB empírico, não espera, já começa tratamento e nem sempre solicita cultura (em mulheres hígidas, só se for recorrente/refratária) - demora ficar pronta (72h)
• Deve ser realizada (quando sai o resultado faz direcionamento do tratamento)
TRATAMENTO EMPÍRICO 
CRITÉRIOS:
PACIENTES GRAVES:
TRATAMENTO DEFINITIVO
CARACTERÍSTICAS 
➢ Patógeno isolado +TSA (antibiograma)
➢ Ideal: 
• Menor tempo possível 
• Fármaco único (↓ toxicidade e ↓ seleção de resistência) 
➢ Combinação de fármacos é exceção:
• HIV, HIV avançada febril 
• Hepatites B e C, 
• Tuberculose, hanseníase, malária 
• Neutropenia febril
• Sepse 
TRATAMENTO SUPRESSOR
CARACTERÍSTICAS:
➢ Manutenção do tratamento em dose baixa após o controle da doença inicial (tratamento profilático secundário). 
➢ Infecção não totalmente erradicada. 
➢ Persistência da anormalidade anatômica ou imune que causou a infecção. 
➢ Ex: HIV, transplantados
ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO COMO ESCOLHER???
DIAGNÓSTICO
Febre = infecção? - febre é um sinal de infecção, mas nem toda febre é sinal de infecção, tem quadros inflamatórios que não são infecciosos e que dão febre (tumores, emocional)
Sem febre = sem infecção??? - ausência de febre não é ausência de infecção, existe patologias silenciosas, ex: pneumonia em idoso, tuberculose latente 
QUESTIONAMENTOS BÁSICOS:
➢ Existe infecção? 
➢ Localização da infecção? 
➢ Patógenos mais prováveis? 
➢ Exames diretos e culturas? 
➢ Isolamento de algum microrganismo? Se sim: 
• Patogênico ou colonizador? ex: presença de candida albicans (faz parte da flora vaginal, tratar com antifúngico somente se for sintomática, gardnerella vaginales - se tiver corrimento bolhoso, odor fétido - anaeróbica, trata)
• Sensibilidade aos antimicrobianos? 
➢ Presença de corpos estranhos? - catéter, sonda vesical de demora (ex: troca catéter em infecções de ponta desse)
➢ Drogas de escolha para a situação? 
➢ Necessidade de combinação de drogas?
ASPECTOS IMPORTANTES:
DIAGNÓSTICO:
✓ Diagnóstico diferencial:
• Doenças não infecciosas que simulam quadros infecciosos 
• Doenças infecciosas autolimitadas (otite média aguda, crianças maiores que 3 anos)
✓ Uso precipitado de antimicrobianos: 
• Atraso no diagnóstico 
• Risco de toxicidade 
• Seleção de microrganismos resistentes 
• Desperdício de recursos
AGENTE ETIOLÓGICO:
➢ Conhecimentos gerais sobre as doenças infecciosas: 
- Diagnóstico seguro (é tratável com ATB????) 
- Necessidade de uso de antimicrobianos 
➢ Situação clínica do paciente: 
- Idade 
- Imunocomprometimento 
- Doenças de base 
- Gravidade do quadro 
- Uso prévio de antimicrobianos 
- Fatores de risco 
- Exposição ambiental 
EPIDEMIOLOGIA LOCAL: 
• Surto? 
• Doença endêmica? 
• Epidemia?
AGENTE ETIOLÓGICO:
➢ Microscopia com coloração de Gram
lugol - iodo
álcool - desidratação, descoloração
camada peptideoglicana espessa: alcool nao penetra, cor violeta permanece, mais simples - gram positivas
camada peptideoglicana fina: álcool penetra e retira cor violeta, fica da cor de rosa - fucsina, mais complexas - gram negativas, membrana externa que a gram positiva não tem, são infecções mais graves de difícil tratamento
AGENTE ETIOLÓGICO:
ANTIBIOGRAMA:
➢ Teste de sensibilidade antimicrobiana in vitro (Avaliação da sensibilidade de um germe à presença de um ou mais ATB) 
➢ Indica oATB mais aconselhado para tratar a infecção. 
➢ Observação do desenvolvimento ou não do microrganismo no meio de cultura 
➢ Poder qualitativo ou quantitativo
ANTIBIOGRAMA QUANTITATIVO:
➢ Método de diluição Diluições seriadas e logarítmicas de ATB em tubos com meio de cultura. - DILUIÇÃO EM CALDO, NÃO USA MAIS
ANTIBIOGRAMA - ETEST® 
➢ Método que combina os princípios de difusão e diluição 
➢ Método de quantificação para obtenção da CIM 
➢ Fita (5 cm) com concentrações diferentes
ANTIBIOGRAMA - AUTOMAÇÃO:
Microplacas (painéis) de 96 poços, impregnados com a série bioquímica (cerca de 30 substratos) para a identificação bacteriana.
> TEM NA SANTA CASA, APARELHO É CARO
ANTIBIOGRAMA QUALITATIVO 
➢ Método de Difusão ou Kirby-Bauer 
• Difusão em discos impregnados com ATB
MAIS PRÓXIMO DO DISCO, MAIOR A CONCENTRAÇÃO DE ANTIBIÓTICO
MAIOR O HALO - MAIS SENSÍVEL
MESMO EM QUANTIDADE PEQUENA DE ANTIBIÓTICO, PAROU CRESCIMENTO BACTERIANO, É MAIS POTENTE 
QUANTO MAIOR O HALO DE INIBIÇÃO - MENOR A CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA
RESULTADOS DO ANTIBIOGRAMA:
ANTIBIOGRAMA QUALITATIVO - BrCAST:
I - TEM QUE AUMENTAR A DOSE
ÚNICO QUE NÃO É INDICADO É O R - RESISTENTE
EXEMPLO 01: Urocultura (jato médio)- Bactéria testada: Enterococcus Nº de colônias: >100.000 UFC
Obs: paciente sintomática. Pode prescrever todos menos o sulfa + trimetoprim, e se prescrever o Norfloxacino deve ser em dose elevada
EXEMPLO 02: Urocultura (jato médio)- Bactéria testada: Escherichia coli Nº de colônias: >100.000 UFC
-> não escolher pela CIM, pois não segue a mesma escala, relacionado ao tamanho do halo, pode escolher qualquer um desses, de acordo com a clínica
EXEMPLO 03 A: Mulher de 52 anos com relato de micção frequente, dor ao urinar, apresenta-se no consultório com o antibiograma abaixo. Não apresenta comorbidades.
> CIM não é critério para escolha do ANTIBIÓTICO
EXEMPLO 03 B: Mulher de 52 anos com relato de infecção urinária há 3 meses, apresenta-se no consultório assintomática e com o antibiograma abaixo. Não apresenta comorbidades.
> poderia ser qualquer um se tivesse sintomática, como está com bacteriúria assintomática não trata
Obs: Paciente portadora de bacteriúria assintomática, com cultura de urina com mais de 100.000 UFC/mL sem sinais e sintomas de infecção. Pacientes com bacteriúria assintomática devem ser tratados se transplantados, neutropênicos, gestantes, pré operatório de cirurgias urológicas ou de colocação de próteses. O tratamento deve ser guiado por antibiograma.
USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS:
ANTIBIÓTICO IDEAL - CARACTERÍSTICAS:
➢ Ação antimicrobiana seletiva e potente. 
➢ Ser bactericida e não somente bacteriostático. 
➢ Farmacocinética favorável (diversos tecidos corporais) 
➢ Ativo na presença de líquidos corporais ou exsudatos. 
➢ Ter índice terapêutico conveniente (longo, intervalo entre dose que trata e dose tóxica)
➢ Toxicidade seletiva e não destruir a microbiota normal
➢ Não produzir RAM graves nem hipersensibilidade 
➢ Não provocar o desenvolvimento de resistência 
➢ Eficaz por todas as vias de administração 
➢ Custo acessível 
➢ Uso seguro na gestação e lactação 
➢ Poucas interações medicamentosas 
NÃO EXISTE ATB IDEAL!!!
ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA
AÇÃO-TEMPO DEPENDENTE:
não precisam fazer pico, basta permanecer acima da CIM, deve prolongar o tempo acima da CIM, precisa administrar no horário e por tempo correto, ex: penicilina, cefalosporina, amoxicilina com clavulanato 
ideal: 50% do tempo acima da CIM
AÇÃO CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE: 
precisam fazer pico máximo de [ ] momentaneamente, sendo que depois pode cair, pois possui efeito prolongado, permitindo comodidade posológica maior, ex: 1x/dia, azitromicina 
CONCENTRAÇÃO X TEMPO:
aminoglicosídeos: gentamicina, amicacina 
tobramicina: é concentração dependente - deu 64 x - atingiu muitas colônias em tempo pequeno, ex de aminoglicosídeo
ticarcilina: o tempo que manteve, nível abaixou pouco mesmo aumentando a concentração inibitória 
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE:
MODIFICADORES DA PERMEABILIDADE:
INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS:
INIBIDORES DA SÍNTESE DE ÁCIDOS NUCLEICOS:
INIBIDORES DO METABOLISMO:
ESPECTRO DE AÇÃO:
➢ Faixa de atividade antimicrobiana 
➢ Anaeróbios: nitroimidazóis,lincosaminas 
➢ Atípicas: macrolídeos, tetraciclinas
DROGAS DISPONÍVEIS 
➢ Ideal: 
- Maior especificidade possível 
- Monoterapia 
- Menor tempo de tratamento possível 
➢ Custo da terapia 
➢ Situações especiais: 
- Faixa etária 
- Patologias pré-existentes 
- Gestação/lactação 
- Ajuste de dose (insuficiência renal/hepática, ascite)
➢ Interações medicamentosas 
➢ Disponibilidade da droga 
➢ Bactericida x bacteriostático 
➢ Amplo espectro x espectro limitado. 
➢ Necessidade de combinação de drogas: 
- Ampliação do espectro: usa em infecção mista, múltiplos patógenos, ex: sepse, usa outras classes de antb
- Sinergismo: somatória dos medicamento é muito maior do que o efeito individual deles, ex: sulfa + trimetoprima (bactrim), são da mesma classe 
ASSOCIAÇÕES 
➢ infecções mistas 
➢ infecções graves de etiologia desconhecida 
➢ maior potência terapêutica 
➢ sinergismo 
➢ pacientes imunodeprimidos 
➢ reduzir doses/toxicidade
LISTA ESSENCIAL “AWaRe”- OMS 
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/rename/20210367-rename-2022_final.pdf
ESCALONAMENTO:
(Ampliação do espectro antimicrobiano) -> começar do mais específico para o menos específico (menor espectro para o maior espectro), ideal começar tto empírico dessa forma
• Infecções não complicadas 
• Sem histórico de infecção por bactéria resistente 
• Centros onde a resistência é menor ou rara 
DESCALONAMENTO:
(Estreitamento do espectro de ação) -> do maior espectro para menor espectro, do menos específico para o mais específico 
• Infecções complicadas, ex: sepse 
• Com histórico de infecção por bactéria resistente 
• Centros onde a resistência é mais comum
➢ Deve ser realizado assim que possível. 
➢ Considerar: 
• Espectro do antibiótico 
• Condição clínica do paciente 
• Patógeno identificado na cultura 
• Perfil de sensibilidade evidenciado no antibiograma 
✓ Suspender tratamento se sem evidência de infecção
ESPECTRO DE AÇÃO:
—-------------------------> escalonamento
<—------------------------ descalonamento 
EFEITOS ADVERSOS 
IMPORTANTE: 
• Priorizar droga menos tóxica e irritante. 
• Evitar substância que usuário tenha hipersensibilidade 
• Acompanhar a evolução da terapêutica 
• Intervenção imediata
RESPOSTA TERAPÊUTICA 
FATORES LIMITANTES: 
➢ Dose prescrita e tempo de tratamento 
➢ Mau uso (paciente) 
➢ Início tardio da terapêutica 
➢ Condições clínicas que impeçam a concentração adequada da droga
PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS RDC Nº 471/2021 (ANVISA):
➢ Dados obrigatórios: 
• Usuário: nome completo, idade e sexo. 
• Medicamento: nome do medicamento ou da substância prescrita (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia, quantidade (em algarismos arábicos) 
• Emitente: nome do profissional, CRM/CRO, endereço completo, telefone, assinatura e carimbo. 
• Data de emissão
➢ Receituário: comum – 2 vias 
➢ Não há limitação do nº de medicamentos num mesmo receituário 
➢ Não pode conter medicamentos da Portaria 344/98. 
➢ Validade: 10 dias a partir da data de emissão. Se tratamento prolongado: - Validade: 90 dias - Indicação expressa de uso contínuo - Quantidade prescrita: 30 dias.
➢ Instrução Normativa nº 83/2021: Define a lista de substâncias classificadas como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação, de que trata a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 471, de 23 de fevereiro de 2021. ➢ Esta lista não se aplica aos antimicrobianos de uso exclusivo hospitalar.
ESTRATÉGIAS PARA SEGURANÇA 
➢ Identificação correta do paciente; ➢ Prescrição legível ➢ Utilizar a Denominação Comum Brasileira (DCB) ➢ Não abreviar (ex.: SMX-TMP) ➢ Diferenciar medicamentos com som ou grafias semelhantes. (ex.: cefOTAXima x cefOXitina)
➢ Adotar o sistema métrico para descrever doses (não usar “colher”,“copo” ou “ampola”) ➢ Evitar números fracionados (ex.: 2,5 mg) ➢ Evitar uso de “ponto” para designar números fracionados (ex.: 2.5 ou 0.5 mg) ➢ Evitar uso de zero antes da vírgula (ex.: 0,5 mg) ➢ Abolir abreviaturas e símbolos que tendem a ocasionar erros de interpretação (μg x mg)
DOSE TERAPÊUTICA 
➢ é determinada visando às concentrações ativas contra o microrganismo, sem intoxicação ao hospedeiro. Ideal: calculada em função do peso do paciente (faixa que permite o ajuste necessário à gravidade do caso). Dose diária: regularmente dividida (farmacocinética)
Doses prescritas incorretamente favorecem o desenvolvimento de resistência!!!
CASO CLÍNICO 01 Paciente do sexo masculino, 9 anos, 25kg, procurou a Policlínica da Faculdade Atenas Passos, acompanhado da mãe, queixando-se de “dor de garganta e dificuldade para engolir” há 6 dias e febre (38,5°C) há 3 dias. Após o exame clínico, foi diagnosticado com faringite estreptocócica. Considerando: • A indicação de Amoxicilina VO 50 mg/kg/dia (divididos em 3 doses) por 10 dias, • O frasco de Amoxicilina 50mg/mL com 150mL Como seria a prescrição para esta criança?
CASO CLÍNICO 02 Determine quantos mililitros (mL) da suspensão de Amoxicilina de 125mg/5ml uma criança de 15kg deverá tomar a cada 8 horas. Quantifique também quantos mililitros serão necessários para o tratamento completo com duração de 7 dias. (Use como referência a dose de 50mg/kg/dia)
CASO CLÍNICO 03 G.F.S., 3 anos, 14 kg, apresenta quadro clínico compatível com faringite estreptocócica e indicação de azitromicina na dose de 20 mg/kg/dia, 1x dia, por 3 dias. Determine quantos mililitros (mL) de Azitromicina 600mg/15ml, a criança deverá tomar a cada 24 horas.
CASO CLÍNICO 04 Considerando-se que a posologia da cefalexina para tratamento de infecção de pele em pediatria é de 80 a 100mg/kg, dividida em quatro doses diárias, e que a apresentação desse antimicrobiano é de suspensão oral de 250 mg/5mL, qual a quantidade máxima a ser prescrita (em mililitros), em cada dose, para uma criança de 36 kg?

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