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2009.2 - UNIME - Farmácia - I-SEM. - II-BIM. - Ciências Moleculares E Celulares - E.D.2 - Carboidratos

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UNIME - UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA 2009.2 
Prof. Dr. Joel Carlos Santos de Almeida I - SEMESTRE 
Aluno: Tiago Calhau II – BIMESTRE 
2º ESTUDO DIRIGIDO - CARBOIDRATOS 
 
 
1 O QUE SÃO CARBOIDRATOS? EXEMPLIFIQUE. 
 
 
Os carboidratos são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbo-
no (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Carboidratos, carbohidratos, hidratos de car-
bono, glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídios ou açúcares são as 
biomoléculas mais abundantes na natureza, apresentam como fórmula geral: 
[C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono". 
Nem sempre o açúcar (carboidrato) está relacionado com o paladar doce 
dos alimentos. Existem açúcares, como o amido da maisena e da farinha de trigo, 
que não são doces. São doces a glicose do mel e a frutose das frutas. 
 
- Fonte de energia; 
- Reserva de energia; 
- Estrutural; 
- Matéria-prima para a biossíntese de outras biomoléculas. 
 
Na biosfera, há provavelmente mais carboidratos do que todas as outras 
matérias orgânicas juntas, graças à grande abundância, no reino vegetal, de dois 
polímeros da D-glucose, o amido e a celulose. 
 
 
D-glucose é um aldohexose com a fórmula (C·H2O)6. Os átomos de vermelho destacar o grupo aldeí-
do, e os átomos azul destacar o centro assimétrico mais afastado do aldeído, porque esta-OH está à 
direita da projeção de Fischer, este é um D-glucose. 
 2 
2 EXEMPLIFICAR A REAÇÃO ENTRE CARBOIDRATOS E FOTOSSÍNTESE. 
 
Os autótrofos são os organismos capazes de produzir açúcares, a partir 
da utilização de gás carbônico (CO2) e água (H2O), utilizando a luz como fonte de 
energia para o fenômeno da fotossíntese. 
A luz solar é a fonte primária de toda a energia que mantém a biosfera de 
nosso planeta. Por meio da fotossíntese, as plantas, algas e alguns tipos de bacté-
rias convertem a energia física da luz solar em energia química, e esse processo é 
essencial para a manutenção de todas a formas de vida aqui existentes. A fotossín-
tese pode ser definida como um processo físico-químico, mediante qual os organis-
mos fotossintéticos sintetizam compostos orgânicos a partir de matéria-prima inor-
gânica, na presença de luz solar. O processo fotossintético das plantas ocorre nos 
cloroplastos e resulta na liberação de oxigênio molecular e na captura de dióxido de 
carbono da atmosfera, que é utilizado para sintetizar carboidratos (Figura 1). 
 
 
Figura 1. Esquema simplificado da fotossíntese. A fotossíntese pode ser representada pela seguinte 
equação empírica: CO2 + H2O + Energia luminosa =====> [CH2O] + O2 + H2O 
 
em que, [CH2O] representa carboidrato (açúcares). A síntese de carbohidratos a 
partir de dióxido de carbono e água requer um grande ingresso de energia. A ener-
gia livre para a redução de um mol de CO2 até o nível de glicose é de 478 kJ mol-1. 
A fotossíntese é um processo muito complexo que compreende muitas 
reações físicas e químicas, que ocorrem de maneira coordenada em sistemas de 
proteínas, pigmentos e outros compostos associados a membranas. Em geral, o 
 3 
processo fotossintético é analisado em duas etapas interdependentes e simultâneas: 
1) a etapa fotoquímica, antigamente chamada de fase "luminosa" e 2) a etapa quími-
ca, também chamada de ciclo fotossintético redutivo do carbono, antigamente cha-
mada de fase "escura". 
Os produtos primários da etapa fotoquímica são o ATP e o NADPH2 . 
Nessa etapa, também ocorre a liberação do oxigênio, como subproduto da dissocia-
ção da molécula da água. A etapa química da fotossíntese é uma etapa basicamen-
te enzimática, na qual o CO2 é fixado e reduzido até carboidratos, utilizando o 
NADPH2 e o ATP produzidos na etapa fotoquímica (Figura 2). 
Todas as plantas e animais respiram e, por meio desse processo que ocorre no cito-
plasma e mitocôndrios, os carboidratos e outros constituintes celulares são converti-
dos em dióxido de carbono e água com a liberação de energia. Assim, a fotossíntese 
e a respiração são processos importantes na regulação dos teores de oxigênio e 
dióxido de carbono da atmosfera terrestre. 
 
 
Cloroplastos: Estrutura e Organização e função 
 
 
Nas plantas, o processo fotossintético ocorre dentro dos cloroplastos, que 
são plastídeos localizados em células especializadas das folhas (células do mesófilo 
paliçádico e do mesófilo lacunoso). O número de cloroplastos por célula varia de um 
a mais de cem, dependendo do tipo de planta e das condições de crescimento. Os 
cloroplastos têm forma discóide com diâmetro de 5 a 10 micras, limitado por uma 
dupla membrana (externa e interna). A membrana interna atua como uma barreira 
controlando o fluxo de moléculas orgânicas e íons dentro e fora do cloroplasto. Mo-
léculas pequenas como CO2 , O2 e H2O passam livremente através das membra-
nas do cloroplasto. 
Existem evidências de que os cloroplastos foram bactérias de vida livre 
que invadiram células não fotossintéticas. A presença de DNA no estroma é uma 
evidência. No entanto, a maior parte do DNA necessário para a biossíntese de novos 
cloroplastos está localizada no núcleo da célula. Internamente, o cloroplasto é com-
posto de um sistema complicado de membranas, conhecidas como membranas fo-
tossintéticas (ou membranas tilacoidais ou lamelas), que contêm a maioria das pro-
 4 
teínas necessárias para a etapa fotoquímica da fotossíntese. As proteínas requeri-
das para a fixação e redução do CO2 estão localizadas na matriz incolor chamada 
estroma. As membranas tilacoidais formam os tilacóides, que são vesículas achata-
das com um espaço interno aquoso chamado lumen. Os tilacóides, em certas regi-
ões, se dispõem em pilhas chamadas de granum (Figura 2). 
 
 
Figura 2. Localização dos cloroplastos e esquema da fase fotoquimica da fotossintese mostrando os 
complexos proteicos envolvidos no transporte de elétrons para redução do NADP (PSII, cit b6/f, PSI) 
e na formação de ATP (ATPsintase) 
 
 
A Luz Como Fonte Primaria de Energia 
 
 
A luz, fonte primária de energia na fotossíntese, é parte da radiação ele-
tromagnética que é visível ao olho humano. A "luz visível" têm comprimentos de on-
da que vão do violeta, com cerca de 380 nm, ao vermelho, com 700 nm. Essa faixa 
do espectro de radiação eletromagnética também é chamada "radiação fotossinteti-
camente ativa" (Figura 3). 
 5 
 
 
Figura 3. Espectro da Radiação Fotossinteticamente Activa (RFA) 
 
Em 1900, Max Planck enunciou a teoria quântica, que estabelece que a 
radiação eletromagnética é emitida ou absorvida em discretas "unidades" de energia 
chamadas quanta. Matematicamente, a energia de um quantum de radiação pode 
ser expressa por E = hn , em que, E é a energia de um único quantum de radiação, 
n é a freqüência da radiação (freqüência é o número de ondas transmitidas na uni-
dade de tempo ) e h é a constante de Planck (6,625 x 10-34 J. s). A freqüência n , é 
igual a c/l , em que c , é velocidade da luz (3 x 108 m. s-1 ) e l é comprimento de on-
da. 
A energia luminosa apresenta natureza ondulatória e particulada. A luz é 
transmitida em ondas e absorvida ou emitida em partículas chamadas de fótons, 
com energia inversamente proporcional ao comprimento de onda. Assim, fótons de 
luz azul, de comprimento de onda curto, são mais energéticos do que fótons de luz 
vermelha, de maior comprimento de onda. 
Para que a fotossíntese ocorra, os pigmentos fotossintéticos (clorofilas) 
devem absorver a energia de um fóton de dado comprimento de onda e, então, utili-
zar essa energia para iniciar uma cadeia de eventos da fase fotoquímica da fotossín-
tese. De acordo com a lei de equivalência fotoquímica de Einstein, uma molécula 
apenas reagirá depois de ter absorvido a energia de um fóton (hn ). Em conseqüên-
cia, um mol de clorofila deve absorver 6,024 x 1023 (N) fótons de energia, ou seja, 
Nhn para iniciar a reação. Um mol de luz vermelha de 700 nm contém 17,10 x 104Joules por mol, enquanto um mol de luz azul contém 23,93 x 104 Joules por mol. 
 
 
 
 6 
 
Pigmentos Fotossintéticos 
 
 
Todos os organismos fotossintéticos contêm um ou mais pigmentos orgâ-
nicos capazes de absorver a radiação visível que iniciará às reações fotoquímicas da 
fotossíntese. Esses pigmentos podem ser extraídos das folhas com solventes orgâ-
nicos. Em plantas superiores, os principais pigmentos fotossintéticos são as clorofi-
las (a e b) e os carotenóides. As clorofilas são os pigmentos que dão às plantas a 
sua cor verde característica. A clorofila a é verde-azulada e a b é verde-amarelada. 
A clorofila a ocorre em todos os organismos fotossintéticos que liberam O2. A clorofi-
la b, cujo teor é de cerca de 1/3 do da clorofila a, está presente nas folhas de plantas 
superiores e nas algas verdes. Os máximos de absorção (comprimento de onda cor-
respondente a um pico na curva de absorção de luz) da clorofila a são 420 e 660 nm 
nas regiões azul e vermelho, respectivamente. Os máximos de absorção da clorofila 
b correspondem, respectivamente, a 435 e 643 nm nas regiões azul e vermelho (Fi-
gura 4). 
 
 
 7 
Figura 4. A. Espectros de absorção de luz das clorofilas a e b e carotenóides B. Espectro de ação da 
fotossíntese (modificado de Whitmarsh e Govindjee, 1996) 
A fórmula molecular da clorofila a é C55H72N4O5Mg, e a da clorofila b 
C55H70N4O6Mg. A estrutura química da molécula de clorofila a é mostrada na figu-
ra 6a. A molécula de clorofila contém uma "cabeça" porfirínica e uma "cauda" de fi-
tol. O núcleo porfirínico polar ( relativamente solúvel em água) é composto de um 
anel tetrapirrólico e um átomo de magnésio. Na clorofila b, o grupo -Ch2 do segundo 
(II) anel pirrólico é substituído pelo grupo -CHO (Figura 5) 
 
 
Figura 5. Estrutura quimica da clorofila 
 
Os carotenóides são pigmentos amarelados ou alaranjados, denominados 
de pigmentos fotossintéticos acessórios, encontrados em todas as células fotossinte-
tizantes. Normalmente, sua coloração nas folhas é mascarada pela clorofila. Os ca-
rotenóides contêm um sistema conjugado de dupla ligação do tipo poliênico. Geral-
mente, são hidrocarbonetos puros (carotenos) ou hidrocarbonetos oxigenados (xan-
tofilas). Os carotenóides têm espectros de absorção de luz na região entre 400 a 
550 nm. Os carotenóides situam-se nas membranas tilacoidais em íntima associa-
ção com as clorofilas. A energia absorvida por esses pigmentos pode ser transferida 
para a clorofila a durante a fotossíntese. Além disso, os carotenóides protegem as 
moléculas de clorofilas e proteínas contra a fotoxidação sob luz excessiva. 
Além dos pigmentos, as membranas tilacoidais contêm muitas proteínas, 
lipídios, quinonas e íons metálicos. Dois citocromos, o citocromo b6 e o citocromo f , 
encontrados nos cloroplastos estão envolvidos no transporte fotossintético de elé-
 8 
trons. A plastocianina, uma proteína azulada que contém cobre, a ferredoxina, uma 
ferroproteína sem o grupo heme, e a flavoproteína ferredoxina-NADP redutase estão 
também localizadas nos cloroplastos. A plastoquinona está envolvida nas primeiras 
etapas da transferência de elétrons das moléculas excitadas de clorofila. 
 
 
3 COMO PODEM SER CLASSIFICADOS? 
 
Segundo a ocorrência ou não de hidrólise os carboidratos são classifica-
dos em: 
 
 Monossacarídeos, oligossacarídeos (dissacarídeos) e polissacarídeos 
Os monossacarídeos geralmente têm sabor adocicado, de fórmula estrutural 
Cn(H2O)n. Esse "n" pode variar de 3 a 7 (trioses, tetroses, pentoses, hexoses e 
heptoses), sendo os mais importantes as pentoses e hexoses. Não sofrem hidró-
lise : Glicose - Frutose - Galactose - Manose 
 
 Oligossacarídeos 
Grupamento de dois a dez monossacarídeos através de ligação glicosídica: 
- Dissacarídeos: Quando, por hidrólise, produzem dois monossacarídeos. Mal-
tose, sacarose, lactose. 
Exemplo: Sacarose + H2O → glicose + frutose 
- Trissacarídeos: Quando, por hidrólise, produzem três monossacarídeos. Rafi-
nose. 
Exemplo: Rafinose + 2 H2O → glicose + frutose + galactose 
 
 Polissacarídeos 
- Sofrem hidrólise produzindo grande quantidade de monossacarídeos. Ocor-
rem no talo e folhas vegetais e camada externa de revestimento de grãos. 
Exemplo: Celulose e Amido 
 
Holosídeos e heterosídeos 
 
 Holosídeos 
 9 
- São os oligossacarídeos e polissacarídeos que, por hidrólise, produzem so-
mente monossacarídeos. Tipo de açúcar encontrado nas plantas e vegetais. 
Rafinose + 2 H2O → glicose + frutose + galactose 
Celulose + n H2O → n glicose 
 
 Heterosídeos 
- São os oligossacarídeos e polissacarídeos que, por hidrólise, produzem mo-
nossacarídeos e outros compostos. 
Amidalina ( C20H27O11N ) + 2 H2O → 2 glicose + HCN + benzaldeídos 
 
Derivados de carboidratos 
 
Amidalina - Ácido glicônico - Ácido glicurônico - Ácido sacárico - Sorbitol - Trinitrato 
de celulose - Piroxilina - Acetato de celulose 
 
 
4 QUAIS AS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS MONOSSACARÍDEOS E 
DOS DISSACARÍDEOS? EXEMPLIFIQUE-OS. 
 
Os carboidratos são classificados de acordo com o número de moléculas 
em sua constituição como monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. 
A. Monossacarídeos 
Os monossacarídeos são moléculas orgânicas formadas por átomos de 
carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) na proporção 
1: 2: 1, respectivamente, apresentando a fórmula geral (CH2O) n, em que “n” pode 
variar de 3 a 7. 
O nome genérico do monossacarídeo está relacionado com o valor de n. 
n = 3 trioses 
n = 4 tetroses 
n = 5 pentoses 
n = 6 hexoses 
n = 7 heptoses 
Os monossacarídeos mais abundantes são as hexoses com fórmula geral 
(C6H12O6). Nessa classe, se inclui a glicose, o mais importante combustível para a 
 10 
maioria dos seres vivos, componente dos polissacarídeos mais importantes, como o 
amido e a celulose. Outras hexoses importantes são a frutose e a galactose. 
Uma outra classe importante dos monossacarídeos são as pentoses com fórmula 
geral (C5H10O5). As pentoses desoxirribose e ribose são os componentes dos áci-
dos nucleicos DNA e RNA, respectivamente. 
As trioses e as heptoses são compostos que participam das reações dos 
processos metabólicos da respiração e da fotossíntese. 
Os monossacarídeos são sólidos brancos, cristalinos, solúveis em água, 
sendo a maioria de sabor doce. 
Algumas fórmulas estruturais de monossacarídeos 
 
 
Carboidratos do tipo hexoses – glicose e galactose – possuem a função orgânica aldeído (aldose) e a 
frutose a função orgânica cetona (cetose). 
 
 
 
 
 11 
Um dissacarídeo é formado por dois monossacarídeos ligados através de 
uma reação de condensação. No processo, é libertada uma molécula de água. A 
ligação assim obtida é denominada O-glicosídica, correspondendo à formação de 
um acetal a partir de um hemiacetal e de um grupo álcool (hidroxila) de uma segun-
da molécula de açúcar. A reação reversa (de separação do dissacarídeo em dois 
monómeros) é a hidrólise. Os dissacarídeos têm a fórmula geral C12H22O11. 
A sacarose, o vulgar açúcar usado em culinária, é constituída por uma 
molécula de glicose ligada a uma de frutose. A maltose é também um dissacarídeo, 
formada por duas moléculas de glicose. A lactose é encontrada no leite e resulta da 
união de uma glicose com uma galactose. 
Sacarose 
Molécula de sacarose. 
A sacarose é composta por uma molécula de α-D-glicose e uma de β-D-
frutose, tendo os átomos de carbono C1 da glicose e C2 da frutose participando na 
ligação glicosídica. O seu nome sistemático é α-D-glucopiranosil-(1→2)-β-D-
fructofuranose (abreviado Glc(α1→2β)Fru). É conhecida como o comum açúcar, 
sendo extraído para distribuição comercial da cana-do-açúcar (Sacharum offici-
narum) e da beterraba (Beta vulgaris). 
A sacarose é um açúcar não redutor pois ambos os grupos químicos de 
natureza redutora dos monómeros que a constitui participam na ligação glicosídica. 
Assim, a sacarose nãopode formar polímeros. A ligação glicosídica pode ser hidroli-
sada, mas é muito estável: uma solução aquosa de sacarose mantém-se estável 
durante vários anos. Um conjunto de diferentes enzimas conhecidas como sacara-
ses hidrolisam a ligação glicosídica da sacarose a uma velocidade muito superior. 
Em mamíferos, a sacarose é digerida no estômago por hidrólise ácida. A 
hidrólise ácida é também usada em laboratório para obter glucose e frutose da saca-
rose. A sacarose que não é digerida até chegar ao intestino delgado pode ser hidro-
lisada por outras glicosilases presentes nas membranas citoplasmáticas das células 
epiteliais de microvilosidades no duodeno. A glucose e frutose resultantes da hidróli-
se da sacarose são rapidamente absorvidas no intestino delgado para a corrente 
sanguínea. É por isso uma fonte de energia química rápida (com um conteúdo de 
17kJ/g), causando a subida nos níveis sanguíneos de glucose logo após a ingestão. 
Em bactérias e alguns animais, a enzima invertase hidrolisa a sacarose. 
 
 12 
Molécula de maltose. 
A maltose (nome sistemático α-D-glicopiranosil-(1→4)-D-glicopiranose, 
Glc(α1→4)Glc) é formada por duas moléculas de glicose ligadas por uma ligação 
glicosídica α(1→4). Pode polimerizar-se com mais monómeros de glucose, formando 
pequenos polímeros conhecidos como dextrinas (ou maltodextrinas) e eventualmen-
te amido. 
Tal como a sacarose, a maltose pode ser hidrolisada com ácido ou enzi-
maticamente, neste caso pela enzima maltase, resultando duas moléculas de glicose 
por molécula de maltose. 
A maltose é produzida em cereais em germinação, tais como a cevada, 
num processo relevante na fermentação alcoólica de bebidas. Na maltagem da ce-
vada, a concentração de malte é maximizada neste cereal; a maltose é então usada 
pelas leveduras durante a fermentação, produzindo etanol e dióxido de carbono. 
Molécula de lactose. 
A lactose (β-D-galactopiranosil-(1→4)-β-D-glicopiranose, Gal(β1→4)Glc) é 
composta por uma molécula de β-D-glicose e uma de β-D-galactose ligadas por uma 
ligação glicosídica β(1→4). É conhecida vulgarmente por "açúcar do leite" pois cons-
titui entre 2 e 8% dos sólidos presentes no leite. 
A hidrólise da lactose é feita pela enzima lactase (β(1→4) dissacaridase), 
produzida nas vilosidades intestinais. A glucose e galactose resultantes são absorvi-
das para a corrente sanguínea. 
Como a principal ocorrência da lactose é no leite, na maioria dos mamífe-
ros a produção de lactase decresce gradualmente com a idade, passando a ser in-
capazes de metabolizar a lactose. Alguns povos têm porém uma versão de lactase 
que é funcional após a infância; o leite faz parte da dieta humana em diversas regi-
ões do globo. 
Molécula de trealose. 
A trealose (α-D-glicopiranosil-α-D-glicopiranose, Glc(α1→1α)Glc) é um 
dissacarídeo não redutor de glicose, tal como a sacarose. Está presente na hemolin-
fa (sistema circulatório) de insectos, sendo uma fonte de energia rapidamente dispo-
nível para o voo. Pode também ser sintetizada por fungos e plantas. Pode ser hidro-
lisada pela enzima trealase, originando duas moléculas de glicose por uma de trea-
lose. 
 
 13 
5 DEMONSTRAR UMA LIGAÇÃO GLICOSÍDICA ALFA 1-4 
 
 
 
 
 
6 CONCEITUAR E CLASSIFICAR OS POLISSACARÍDEOS, DANDO EXEMPLOS. 
 
 
A formação dos polissacarídeos se dá pela combinação de um grande 
número de unidades de açúcares (três ou mais açúcares simples). Os polissacarí-
deos podem ser classificados de duas maneiras, dependendo da sua característica 
de digestão ou da sua origem (animal ou vegetal). 
No que diz respeito à primeira classificação podemos citar um grupo de 
polissacarídeos denominado indigeríveis. Fazem parte deste grupo a celulose, a 
hemicelulose e a pectina. A celulose e a maioria dos outros materiais fibrosos são, 
em geral, resistentes às enzimas digestivas humanas, daí sua característica de po-
lissacarídeo indigerível. Embora não seja considerado um nutriente, a fibra dietética 
tem sido foco de discussões, já que alguns estudos associam altos níveis de inges-
tão de fibras com uma menor ocorrência de doenças como obesidade, diabetes, dis-
túrbios intestinais e doenças cardiovasculares. As fibras "absorvem" muita água e 
desta forma contribuem com o aumento do volume dos resíduos alimentares no in-
testino delgado, aumentando o volume das fezes em 40 a 100%. Este aumento do 
volume fecal contribui com o funcionamento gastrintestinal e exerce uma ação de 
"raspagem" sobre a parede intestinal, fixando e diluindo as substâncias químicas 
prejudiciais ou inibindo sua atividade. Tal fato é de suma importância nos dias de 
hoje, tendo em vista que nossa dieta cotidiana é rica em gorduras e pobre em fibras 
alimentares. Um segundo subtipo de polissacarídeo é denominado parcialmente di-
 14 
gerível. Constituem este grupo a inulina, a galactose, as manoses, a rafinose e as 
pentoses. Neste grupo de polissacarídeos a digestão é incompleta, podendo ocorrer 
separação mais profunda pela ação das bactérias do intestino grosso. O terceiro e 
último subtipo de polissacarídeo, classificado pelas características de digestão, são 
os pertencentes à classe dos digeríveis. Fazem parte deste grupo o amido, a dextri-
na e o glicogênio. O amido constitui-se na principal forma de armazenamento de 
carboidratos no vegetal. Dois tipos de moléculas são encontradas no amido: amilo-
se, que consiste numa cadeia reta e comprida, e a amilopectina, formada por unida-
des de glicose que se dispõem em cadeias ramificadas. Os amidos não são solúveis 
em água fria, mas formam pastas quando fervidos. Tal fato se deve ao inchamento 
dos grânulos de amido decorrente do aumento da temperatura, resultando em uma 
mistura viscosa. Este processo é denominado gelatinização. As dextrinas são polis-
sacarídeos digeríveis resultantes da degradação parcial do amido. São moléculas 
grandes, menores que as do amido, formadas tanto pelo processo de preparação 
dos alimentos, como durante a digestão do amido. A continuação do processo de 
hidrólise faz com que a dextrina produza maltose e finalmente glicose, que se consti-
tui no produto final da digestão do amido. O glicogênio é o terceiro tipo de polissaca-
rídeo digerível classificado de acordo com o critério de nível de digestão. O glicogê-
nio é um polissacarídeo sintetizado a partir da glicose no processo da glicogênese. 
Este tipo de substrato é encontrado em organismos animais e constitui-se de gran-
des moléculas. O glicogênio não representa uma fonte dietética importante de car-
boidratos. Tal fato se deve à "perda" que ocorre quando os animais são abatidos, o 
que somado ao ato de preparo do alimento reduz significativamente a quantidade de 
glicogênio. 
Um segundo tipo de classificação dos polissacarídeos leva em conta a 
origem do alimento, subdividindo este grupo em polissacarídeos vegetais: amido e 
celulose; e polissacarídeos animais: glicogênio. 
Nos organismos, os polissacarídeos são classificados em dois grupos de-
pendendo da função biológica que cumprem: 
 
 Polissacarídeos de reserva energética: a molécula provedora de energia para 
os seres vivos é principalmente a glicose. Quando esta não participa do meta-
bolismo energético, é armazenada na forma de um polissacarídeo que nas 
plantas é conhecido como amido e nos animais como glicogênio. 
 15 
 polissacarídeos estruturais: estes carboidratos participam na formação de es-
truturas orgânicas, estando entre os mais importantes a celulose, que participa 
na estrutura de sustentação dos vegetais. 
 Os polissacarídeos apresentam fórmula geral: 
-[ Cx(H2O)y) ] n – 
onde y geralmente é igual a x-1. 
 
 
7 ESTRUTURALMENTE O QUE DIFERENCIA CELULOSE DE AMIDO? 
 
 
O mais comum açúcar da natureza, a glicose, pouco aparece como tal ou 
seja como unidade livre. Suas formas mais freqüentes de ocorrência são os políme-
ros celulose, material fibroso de sustentação das plantas e amido, polissacarídiode 
reserva da maioria dos vegetais. Celulose e amido são em termos químicos simples 
a mesma substância, ou seja, homopolímeros de unidades de glicose. 
A grande diferença é que a unidade funcional de ambos não é unitária 
mas binária. Cada duas glicoses alfa-unidas no amido formam uma maltose (com 
menor freqüência uma outra variante, a isomaltose) enquanto que o enlace beta-
covalente corresponde na celulose é a celobiose. A Física das pontes de hidrogênio 
se encarrega do resto. As cadeias polissacarídicas do amido se helicoidizam e ab-
sorvem muita água para formar géis enquanto as cadeias de celulose são mais inti-
mamente entre si ligadas e daí a formação de fibras completamente insolúveis em 
água embora hidratáveis. 
 
 
8 QUAL A IMPORTÂNCIA DO GLICOGÊNIO E DOS CARBOIDRATOS EM GERAL? 
 
Nos seres vivos nutricional. O carboidrato é a única fonte de energia acei-
ta pelo cérebro, importante para o funcionamento do coração e todo sistema nervo-
so. O corpo armazena carboidratos em três lugares: fígado (300 a 400g), músculo 
(glicogênio) e sangue (glicose). Os carboidratos evitam que nossos músculos sejam 
digeridos para produção de energia, por isso se sua dieta for baixa em carboidratos, 
o corpo faz canibalismo muscular (catabolismo).

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