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Curso de Farmácia - Disciplina: Hematologia Clínica Profa. Ledilce Ataide Casos Clínicos em Anemias CASO 1 MS, 20 anos, fem, estudante universitária. Gestante de 28 semanas dirigiu-se ao seu médico para avaliação rotineira de acompanhamento obstétrico. Está em uso de Materna há 03 meses. Sem outros sintomas ou sinais. Hem 3,5 milhões/mm3 Hb 10,7 g/dl Ht 30% VCM 86fl HCM 31 pg CHCM 35% RDW15,2% Hematoscopia: Anisocitose discreta CASO 2 PMAS, 48 anos, masc., portador de artrite migratória com sinais inflamatórios apresenta anemia. Hgb 9,8 g/dL, VCM74 fl, HCM 25 pg, RDW 17,5% Transferrina Total: 180 µg/dL (NI 250-450) Grau de saturação: 22% (NI 20-55%) Ferro: 48 µg/dL (NI 49-181) Ferritina: 120 ng/mL (MULHERES: 11,0 A 306,8 ng/mL) Fator Reumatóide elevado. CASO 3 ASF, 72 anos, refere anemia que se instalou há mais de 06 meses não responsiva ao tratamento com sulfato ferroso e vit B 12. Foi encaminhada ao hematologista que ao solicitar um hemograma apresentou os seguintes dados: Hem: 2.900.000 milhões/mm3 HB: 8,4 g/dl Ht: 25% VCM: 91,0 fl HCM: 31,2 pg CHCM: 33% RDW: 13,9% Observações: Pecilocitose discreta. Presença de dacriócitos e esquisócitos. Estudo do metabolismo do ferro: normal. Reticulócitos: 1,2% CASO 4 PSG, 15 anos, assintomático, fazendo exames de rotina apresentou os seguintes resultados no hemograma: Hem: 6.580.000 milhões/mm3 Hb: 13,8 g/dl Ht: 42,% VCM: 64,0 fl HCM: 21,0 pg CHCM: 32,8% RDW: 15,6% Hematoscopia: Microcitose ++, Hipocromia ++, Policromatofilia +, Pecilocitose ++, Codócitos++, Eliptócitos++. Ferritina: 105,0 (VR HOMENS = 23,9 a 336,2 ng/mL) Reticulócitos: 2,9% CASO 5 SFA, 45 anos, relatou fraqueza nos afazeres domésticos e dificuldade de respirar quando submetida a quaisquer esforços e que sua menstruação não interrompe há mais de 20 dias. Mucosas descoradas ao exame físico 3+. Solicitado um hemograma os resultados foram os seguintes: Eritrócitos: 4.720.000 milhões/mm3 Hb: 6,9 g/dl Ht: 21,7% VCM: 46,0fl HCM: 14,6 pg CHCM: 31,8% RDW: 19,2% Hematoscopia: Pecilocitose ++, Anisocitose +++, Microcitose +++, Hipocromia +++, Eliptócitos ++, Esquisócitos ++. Reticulócitos: 0,2%. CASO 6 APRE, gestante de 29 anos, na realização dos seus exames pré-natais apresentou o hemograma abaixo: Hem: 4.970.000 milhões/mm3 Hb: 8,9 g/dl Ht: 27,0% VCM: 68,0 fl HCM: 22,4 pg CHCM: 33,0% Rdw: 15,1% Hematoscopia: Anisocitose ++, Microcitose ++, Hipocromia +, Eliptócitos ++, Esquisócitos +, Pontuados basófilos +. Rticulócitos: 2,1%. Ferro e Ferritina na normalidade. CASO 7 ASBF de 6 anos realizou um hemograma num posto de saúde. A queixa principal era de dores nas pernas, fraqueza e marasmo para a realização de atividades. Foi mencionado que a criança tinha frequentes complicações respiratórias e que era anêmica desde muito pequena. Ao exame físico mostrava icterícia 2+. A mãe relatou morte do tio por anemia e infecção. Hem: 2.620,000 milhões/mm3 Hb: 7,4 g/dl Ht: 21,2% VCM: 81,0 fl HCM: 28,2 pg CHCM: 34,9% RDW: 28,6 % Observações da série vermelha: Anisocitose ++, Pecilocitose +++, Micrócitos ++, Eliptócitos ++, Eritrócitos em foice +++, Codocitos ++, Polimacromatofilia +++ . 03 eritroblastos em 100 células contadas. Retiulócitos: 9,2% CASO 8 MLV, 58 anos, aposentada, apresentando dor e desconfoto nas pernas, tonteira e canseira para caminhadas. Usou sulfato ferroso 300mg por 20 dias sem melhora. Nega sangramentos, febre ou emagrecimento. Menopausa há 10 anos. Faz uso de Puran T4 há cerca de 2 anos. Tabagista 3 cigarros/dia, etilismo social. Exames laboratoriais: Hemograma: Hem: 1,300,000 milhões/mm3 Hb: 5,4 g/dl Ht:15% VCM 115 fl HCM 41pg CHCM: 36% Hematoscopia: anisocitose, com predomínio de macrocitose, poiquilocitose acentuada, policromasia moderada. Hiperssegmentação neutrofílica ++ Reticulócitos: 2,2% Plaquetas: 100.000/mm3 Endoscopia digestiva alta: gastrite atrófica de corpo com atrofia de mucosas de corpo e fundo gástrico. CASO 9 PAMS, 51 anos, fem., vem ao médico se queixando de cansaço e fraqueza. Ao exame clínico pecebeu-se mucosas hipocoradas 3+ e uma massa palpável em seu abdomen. Concluído diagnóstico como carcinoma de pâncreas metastático em estágio avançado, foi encaminhada ao hematologista para avaliar anemia. Hem: 3.350.000 milhões/mm3 - Hb: 9,9g/dl - Ht: 28% VCM: 83 fl HCM: 29pg CHCM: 35% RDW: 15,7 Hematoscopia: Anisocitose e pecilocitose moderadas. Esquisócitos ++, dacriócitos ++ Estudo do balanço do ferro normal. Reticulócitos: 1,0% Leucócitos: 2,300/mm3 Bastonetes: 03% Segmentados:43% Eosinófilos: 1,5% Bsófilos: 0% Monócitos; 11% Linfócitos: 41,5% CASO 10 VRTG de 6 anos, masc., negro, realizou um hemograma no posto de saúde com queixa de cansaço, prostação e inatividade. A mãe relatou que piorou depois de uma forte bronquite tratada com penicilina e AAS para conter a febre. Ao exame físico icterícia 2+. A mãe relatou que a criança era normal, bastante ativa e nunca tivera anemia em outros exames. Hem: 2.020.000 milhões/mm3 Hb: 6,8 g/dl Ht: 21,2 % VCM: 104 fl HCM: 33 pg CHCM: 32% RDW: 28,6% Hematoscopia: Anisocitose ++, Macrócitos +, Esferócitos +, Esquisócitos +, Policromatofilia +++ 06 eritroblastos em 100 células contadas. Reticulócitos: 9,2% BT 5,3 mg/dl BD: 1,0mg/dl CASO 11 CASD, 23 anos, estudante, assintomática, por ocorrência de exame pré-admissional, para estágio no laboratório de análises clínicas, realizou um eritrograma que revelou os seguintes resultados: Hem: 4.050.000 milhões/mm3 Hb: 12,2g/dl Ht: 36,5% VCM: 83 fl Hcm: 29pg Chcm: 35% RDW: 15,0% Hematoscopia: Pecilocitose +++, eliptócitos +++ Curso de Farmácia - Disciplina: Hematologia Clínica Profa. Ledilce Ataide Valores de Referência FERRO: A determinação doíaKY ferro séV rico é usada no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. Níveis baixos ocorrem na anemia ferropriva, glomerulopatias, menstruação e fases iniciais de remissão da d anemia perniciosa. Níveis aumentados são encontrados na hemossiderose, hemocromatose, talassemias e anemias hemolíticas. w R. Nascido: 90 a 240 g/dL w Criança: 35 a 90 g/dL w Homem: 60 a 160 g/dL w Mulher: 40 a 150 g/dL SATURAÇÃO DA TRANSFERRINA: Em condições normais, 20 a 50% dos sítios de ligação d ìao ferro na transferrina são ocupados. Valores elevados ocorrem na hemocromatose,talassemia, hepatites, gravidez, ingestão de ferro e uso de progesterona. Na reposição de ferro, valores superiores a 100% podem ser encontrados. Níveis baixos podem estar presentes na anemia ferropriva, desnutriçX o e na anemia das doenças crônicas. 20 a 50% TRANSFERRINA :É a principal proteína de transporte do ferro. Sua síntese é V inversamente proporcional à quantidade de ferro sérico. Valores elevados são en[contrados nas anemias ferroprivas, hemorragias agudas, no uso de estrógeno e gravidez (elevação de 30 a 50%). ¿ 3 meses a 10 anos: 203,0 a 360,0 mg/dL ¿ Adulto: 200,0 a 400,0 mg/dL FERRITINA: A dosagem de ferritina reflete o nível de estoque celular de ferro. Na presença de estados inflamatórios como artrite reumatóide, doenças malignas ou terapia com ferro, a deficiência de ferro pode ser refletida pela ferritina sérica. Encontra-se aumentada em desordens infecciosas e inflamatórias. A ferritina é V um reagente de fase aguda. R. Nascido: 25 a 200 ng/mL Õ 1 mês: 200 a 600 ng/mL Õ 2 a 5 meses: 50 a 200 ng/mL Õ 6 m a 15 anos: 10 a 140 ng/mL Õ Mulher – prVé-menopausa: 10 a 100 ng/mL Õ Mulher - pós –menopausa: 10 a 280 ng/mL Homem: 29 a 300 ng/mL
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