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Caso Clínico de DPOC

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Caso Clínico de DPOC 
Paciente feminina de 55 anos, tabagista de dois maços por dia durante 35 anos, 
queixa-se de tosse produtiva matinal, há dois anos, e dispneia aos moderados para 
pequenos esforços há um ano. Nesse último ano, teve dois episódios de piora dos 
sintomas respiratórios com aumento e mudança do aspecto da expectoração. Foi 
atendida em serviços de emergência e diagnosticada como traqueobronquite. 
Sem antecedente de doença respiratória na infância, dislipidemia em uso de 
estatina. Nega etilismo ou uso de outras drogas. 
Ao exame físico: altura: 1,58m, peso: 48Kg, IMC: 19,2 kg/cm2, pressão arterial: 
130 x 90 mmHg, FC: 88bpm, FR: 20ipm, SaO2: 93%. 
Corada, hidratada, uso de musculatura acessória na respiração, anictérica e 
acianótica. 
Pulsos periféricos presentes e normais. 
Expansibilidade pulmonar diminuída com aumento do diâmetro anterossuperior 
do tórax, timpanismo à percussão, murmúrio vesicular discretamente reduzido. 
Exame cardíaco e abdominal normal. 
Sem edema de membros inferiores. 
QUAL O DIAGNÓSTICO PROVÁVEL DO PACIENTE? QUAIS OS PRINCIPAIS 
DIFERENCIAIS? 
A principal hipótese em um paciente com 70 anos x maço de carga tabágica 
apresentando tosse crônica produtiva e dispneia progressiva é DPOC. Os principais 
diferenciais são com outras doenças das vias aéreas como asma de início tardio, tumores 
de via aérea central ou bronquiectasia. Insuficiência cardíaca congestiva ou embolia 
pulmonar crônica também entram no diferencial por causarem dispneia. 
 
QUAIS OS EXAMES NECESSÁRIOS PARA A CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA? 
O principal exame para a confirmação diagnóstica é a espirometria. A presença 
de distúrbio ventilatório obstrutivo irreversível sela o diagnóstico de DPOC. Uma 
radiografia torácica é desejável para avaliar a presença de diagnóstico diferencial. 
A paciente realizou espirometria e radiografia. 
 
 
 
QUAL O TRATAMENTO PARA ESSA PACIENTE? 
O tratamento compreende medidas gerais, como orientação para cessar o 
tabagismo e encaminhamento para tratamento específico da cessação com terapia 
cognitiva comportamental e medicação apropriada, vacinação anual para influenza e, a 
cada cinco anos, para pneumococo. 
O tratamento farmacológico deve ser baseado em broncodilatadores inalatórios 
de ação prolongada (β-2 agonista ou anticolinérgico), sendo possível associar essas 
medicações para amplificar o alívio sintomático. 
Pela história compatível com 2 exacerbações no último ano em paciente grave 
(VEF1 pós-broncodilatador < 50%) está indicado o uso de corticoide inalatório. 
A paciente deve ser encaminhada para reabilitação, onde será submetida a 
treinamento de membros inferiores e superiores, musculatura respiratória e orientação 
nutricional. 
 
Texto extraído do livro: Ligas Acadêmicas de Pneumologia e Cirurgia Torácica do 
Estado de São Paulo. Editora Atheneu.

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