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Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=273023568134 Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Sistema de Información Científica Rocha, L.L.V.; Nascimento, R.D.; Rocha, L.H.L.; Kashiwabara, T.B.; Pinto, M.V.M. Avaliação do benefício do exercício físico moderado na resposta imunológica de ratos submetidos ao estresse de contenção Motricidade, vol. 8, núm. Supl. 2, 2012, pp. 1055-1064 Fundação Técnica e Científica do Desporto Vila Real, Portugal Como citar este artigo Número completo Mais informações do artigo Site da revista Motricidade, ISSN (Versão impressa): 1646-107X editor.motricidade@gmail.com Fundação Técnica e Científica do Desporto Portugal www.redalyc.org Projeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto Motricidade © FTCD/FIP-MOC 2012, vol. 8, n. S2, pp. 1055-1064 Suplemento do 1º EIPEPS Avaliação do benefício do exercício físico moderado na resposta imunológica de ratos submetidos ao estresse de contenção Evaluation of the benefit of moderate exercise on immune response of rats submitted to the restraint stress L.L.V. Rocha, R.D. Nascimento, L.H.L. Rocha, T.B. Kashiwabara, M.V.M. Pinto ARTIGO ORIGINAL | ORIGINAL ARTICLE RESUMO Analisou-se o efeito da natação na resposta imunológica de ratos submetidos a estresse crônico de contenção. Trinta e um ratos foram divididos em grupos (I – sedentário II - treinado e não estressado, III - treinado pela manhã e estressado à tarde, IV - estressado pela manhã e treinado à tarde, e V - somente estressados). A natação sem carga ocorreu por uma hora/dia, por cinco dias e durante seis semanas. Foram feitas a contagem total e diferencial de leucócitos e dosagem de cortisol sérico. O nível de cortisol foi significativamente maior no grupo V e no grupo I comparado ao III. A natação aumentou os monócitos na comparação do grupo V (216.00 ± 52.13) e III (340.00 ± 132.04) como também de neutrófilos, comparando o grupo V (768.16 ± 132.82) com III (1488.16 ± 706.75) e o IV (1539 ± 899.15). Atividade física moderada estimula a resposta inata. Palavras-chave: imunologia, estresse, atividade física ABSTRACT Analysis was carried out on the effect of swimming in the immune response of thirty-one rats submitted to chronic restraint stress. The animals were divided into five groups: I- sedentary; II - trained and not stressed, III – submitted to morning training and afternoon stress, IV –morning stress and afternoon training, and V - stressed. Non-load swimming occurred for one hour / five days a week for six weeks. Was counted the total and differential leukocytes and serum cortisol. Cortisol level was significantly higher in group V and in group I as compared with III. Swimming increased monocytes in comparison of groups V (216.00 ± 52.13) and III (340.00 ± 132.04) as well as neutrophils, comparing group V (768.16 ± 132.82), III (1488.16 ± 706.75) and IV (1539 ± 899.15). Moderate physical activity stimulates the innate response. Keywords: immunology, stress, physical activity Submetido: 01.08.2011 | Aceite: 14.09.2011 Lamara Laguardia Valente Rocha. Instituto de Ciências da Saúde. Centro Universitário de Caratinga (UNEC), Caratinga, MG, Brasil. Rodolfo Duarte Nascimento. Departamento de Morfologia, Instituto de Ciencias Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil. Luiz Henrique Laguardia Rocha. Centro Universitário de Caratinga (UNEC), Caratinga, MG, Brasil. Tatiliana Bacelar Kashiwabara. Faculdade de Medicina do Vale do Aço (UNIVAÇO), Ipatinga, MG, Brasil. Marcus Vinicius de Melo Pinto. Universidade Católica de Petrópolis (UCP), Petrópolis, RJ, Brasil. Endereço para correspondência: Lamara Laguardia Valente Rocha - UNEC – UNIDADE II – Rua Niterói s/n – Bairro das Graças – CEP 35300-345 – Caratinga, Minas Gerais, Brasil. E-mail: lamara.laguardia@gmail.com 1056 | L.L.V. Rocha, R.D. Nascimento, L.H.L. Rocha, T.B. Kashiwabara, M.V.M. Pinto O volume de publicações e dos conheci- mentos que envolvem exercícios físicos e resposta imune tem aumentado expressiva- mente nos últimos anos (Walsh et al., 2011). Acredita-se que fatores como a intensidade e freqüência em que é realizada a atividade física, podem interferir no sistema imunológico. Desta maneira, exercícios moderados estimu- lam a resposta imune enquanto aqueles consi- derados intensos promovem a imunossu- pressão (Leandro, Do-Nascimento, Manhaes- De Castro, & De- Castro, 2002). Estes pro- cessos envolvem também a interação entre o sistema imunológico e o sistema neuroendó- crino (Todo-Bom & Pinto, 2007). Conforme o revisto por Walsh et al., (2011) o sistema imunológico envolve as respostas inata e a adaptativa. O primeiro tipo de respos- ta representa a linha de defesa imediata do indivíduo, caracterizando a lesão tecidual e os processos de reparo e regeneração, modulados por diferentes fatores solúveis como, por exemplo, as proteínas do complemento relacio- nadas à fagocitose, pelos eventos da resposta inflamatória e a interação com anticorpos. Os tipos celulares que atuam na resposta inata são os neutrófilos, que representam a primeira linha de defesa contra micro-organismos, as células dendríticas (CDs) e os macrófagos (Mφ) que desempenham funções importantes como a fagocítose, apresentação de antigenos, além de regularem a atividade das células natural Killer (NK). Na resposta imune adap- tativa ou humoral, ocorre a estimulação de linfócitos, o reconhecimento específico anti- geno/anticorpo e a memória imunológica. Ressalta-se entretanto que as estas duas respostas trabalham de forma intregrada, onde uma modula a outra. O efeito dos exercicios sobre os neutrófilos depende da intensidade e do tempo deste. Assim, em exercicios agudos tem-se um au- mento inicial dos polimorfonucleares, prova- velmente decorrente da demarginação causada pela tensão de cisalhamento e catecolaminas, que é seguido de um segundo pico na conta- gem destas células. Esta neutrofilia secundária possivelmente decorre da liberação destes tipos celulares a partir da granulocitopoiese na medula óssea. As células provenientes deste orgão linfoide são menos ativos do que aqueles, já maduros e oriundos do compar- timento marginal dos vasos sanquineos (Mc- Farlin, Flynn, Phillips, Stewart, & Timmerman, 2005; Peake, 2002; Peake & Suzuki, 2004; Robson, Blannin, Walsh, Castell, & Gleeson, 1999) Em relação aos monócitos/macrófagos acre- dita-se que os exercícios agudos determinam aumento destas células até as duas primeiras horas após a sua realização, provavelmente a partir de monócitos marginados que migram dos vasos sanguíneos para os tecidos em resposta a fatores hemodinâmicos ou a ação da catecolinas e cortisol liberados pelas células endoteliais (Okutsu, Suzuki, Ishijima, Peake, & Higuchi, 2008). Já foi bem estabelecido também que a prática de exercícios físicos induz o aumento no número e na atividade das células dendríticas (Chiang et al., 2007; Liao et al, 2006). Enquanto que, em relação às células NK, fundamentais na iniciação da resposta imune inata, alguns autores (Jadeski & Hoff- man-Goetz, 1996; Jonsdottir, Hellstrand, Tho- ren, & Hoffmann, 2000) relataram que exer- cícios moderados aplicados a modelos animais determinaram o aumento da citotoxidade deste tipo celular, entretanto, não se tem claro como isto se processou (Jadeski e Hoffman-Goetz, 1996). Apesar dos conhecimentos atuais sobre exercícios físicos e resposta imunológica inata, segundo Walsh et al., (2011), há escassez de trabalhos com animais que realmente simulem a imunologia humana, sendo necessário escla- recer melhor os efeitos dos exercícios físicossobre os macrófagos teciduais já diferenciados e também sobre as células NK. Em relação aos efeitos da atividade física sobre a resposta imune adquirida sabe-se que em exercícios agudos ocorre uma resposta bifásica transitória no número de linfócitos, sendo esta mais marcante ou não, conforme a Exercícios físicos, imunologia e estresse | 1057 intensidade e a periodicidade dos exercícios. Normalmente, há uma linfocitose durante e imediatamente após o exercício, posterior- mente, durante os primeiros estágios de recuperação, existe uma queda no número de linfócitos, a valores abaixo daqueles observa- dos no pré-exercício. Após o surgimento da linfopenia há o retorno aos valores deste leu- cócito que são considerados tipicos para a situação de repouso. Este padrão de recruta- mento ocorre principalmente para as linfócitos T e menos para os linfócitos B (McCarthy & Dale, 1988). Possivelmente, esta mobilização de linfócitos T e B se relacionou a ação de epi- nefrinas, que estimulariam a expressão de moléculas de adesão, como as integrinas e selectinas, além dos efeitos sobre o output cardíaco, força de cisalhamento e fluxo coronariano (Shepard, 2002). Walsh et al., (2011), afirmaram que exer- cício intenso e agudo diminuem em vários aspetos a função imunológica adquirida. Entre- tanto, este efeito é transitório e o número de células e suas funções geralmente retornam aos valores e padrão do pré-exercício, no prazo de 24h. Se a recuperação entre as sessões de exercício é insuficiente, como durante períodos prolongados de treinos intensos entre os atletas de elite, esta redução temporária da função das células pode se cronificar. Apesar de não se estabelecer clinicamente uma defi- ciencia imunológica, é possível que os efeitos combinados de pequenas mudanças em diver- sos aspetos da defesa do hospedeiro, aumente o risco de diminuir sua resistência a doenças, tais como as infeções respiratórias. O signifi- cado clínico destas alterações requer uma in- vestigação mais detalhada. Diante de informações que precisam ser melhor compreendidas e a dificuldade em se estabelecer metodologia adequada para se ava- liar os efeitos dos exercícios físicos e a resposta imune, sabe-se que está relação é melhor compreendida quando se trabalha com moelos onde o sistema imunológico apresenta algum comprometimento como nas situações de estresse e envelhecimento (Walsh et al., 2011). O estresse é considerado como um importante fator etiológico em muitas doenças psiquiátricas (Kitamura et al., 2004) já que o seu impacto no cotidiano tem afetado a saúde humana (Santos, Benjamin, Yang, & Prior, 2000). O que também se comprovou pelos efeitos após dois meses de treino intenso em atletas remadoras, três meses antes de uma competição mundial, onde o bem estar psico- lógico apresentava-se baixo em relação às não atletas (Nieman et al., 2000). Em trabalhos que envolveram modelos animais, também foi observado efeitos do estresse na condição de saude. Assim, em ratos, além da leucopenia, linfopenia e neutro- filia promovida pelo estresse de contenção, ocorreu uma diminuição na taxa de fagocitose de macrófagos (Nascimento et al., 2004). Em modelo de estresse induzido pela natação em ratos, observou-se que a alta concentração dos recetores de serotonina (5-HT), poderia estar relacionada à patofisiologia da depressão, resultando em mudanças comportamentais (Kitamura et al., 2004). Além disso, estudos sugerem que a liberação do hormônio cortico- tropina (CHR) tem importância nas mudanças da função epitelial no estresse induzido e que seus efeitos são mediados por recetores locali- zados perifericamente, possivelmente sobre os nervos (Söderholm & Perdue, 2001) e envolve a ativação dos mastócitos na mucosa jejunal (Santos et al., 2000). Existem evidências de que o estresse psico- lógico pode produzir sintomas relacionados à infeção intestinal em humanos (Gwee et al., 1999). Nos modelos desenvolvidos para o estudo da depressão induzida pelo estresse, frequentemente tem-se demonstrado anormali- dades gastrintestinais (Söderholm & Perdue, 2001). Este efeitos será melhor compreen- didos, quando se submete os ratos a imobi- lização parcial ou total (estresse de contenção). Relatos sobre os efeitos do estresse por longo tempo sobre a motilidade intestinal em ani- mais de laboratório têm sido relativamente raros. No entanto, é possível observar que uma pequena exposição ao estresse pode resultar 1058 | L.L.V. Rocha, R.D. Nascimento, L.H.L. Rocha, T.B. Kashiwabara, M.V.M. Pinto em mudanças comportamentais e hormonais (Stam, Akkermans, & Wiegant, 1997). Inter- venções preventivas e terapêuticas para neu- tralizar os efeitos do estresse no trato gastrin- testinal poderiam ser benéficas para pacientes com desordens da função intestinal (Santos et al., 2000). O grande desafio dos investigadores é estabelecer um modelo baseado na intensida- de, na duração, na frequência e nos diferentes tipos de esforço físico a instituir o binômio exercício/saúde (Leandro et al., 2002). Ciolac & Guimarães (2004) também confirmam a dificuldade em se estabelecer protocolos de ati- vidades fisicas que contribuam para a preven- ção e tratamento das doenças. Muitas áreas da imunologia do exercício ainda não estão totalmente elucidadas, incluin- do o padrão da resposta imunológica do exer- cício agudo em outros tecidos que não o sangue; a integração entre o músculo esque- lético e as células imunes; e, se, as mudanças neuroendócrinas são transitórias após frequen- tes séries de exercício físico agudo, ou se refletem adaptações hormonais persistentes que também estão presentes durante o repouso (Leandro et al., 2002). Poucos estudos compa- rativos da imunidade de atletas e não atletas têm sido publicados, além de serem poucos aqueles que avaliem os resultados em mulhe- res jovens e adultas (Nieman et al., 2000). Se faz necessário também o aumento do número de pesquisas que investiguem a significância fisiológica das alterações funcionais das células do sistema imune induzidas pelo efeito de exercícios físicos (Leandro et al., 2002). Devido aos resultados conflitantes ou escas- sos na literatura, torna-se relevante desenvol- ver estudos, como o proposto neste trabalho, que pretende avaliar o benefício da atividade física moderada (natação), na resposta imuno- lógica de ratos wistar adultos, quando os mes- mos são submetidos ao estresse de contenção. MÉTODO Amostra Foram utilizados 31 ratos adultos Wistar, machos e fêmeas, provenientes e mantidos no biotério central do Centro Universitário de Caratinga (UNEC). Os animais com idade de 10 meses foram mantidos em 15 gaiolas, com 2 animais cada, sendo supridos com água e ali- mento à vontade, acondicionados à temperatu- ra entre 22-24ºC, com ciclo de luz de 12 horas (claro-escuro). Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: grupo I (n=6): sedentários e sem estresse de contenção; grupo II (n=6): submetido somente a natação; grupo III (n=7): submetidos a natação pela manhã e ao estresse a tarde; grupo IV (n=6): estressa- dos pela manhã e natação a tarde; grupo V (n=6): submetidos somente ao estresse. Programa de treinamento para natação Os animais dos grupos II, III e IV foram submetidos a treinamento físico, cuja moda- lidade escolhida foi a natação, por 06 semanas, entre as 08:00 e 10:00 horas ou entre as 16:00 e 18:00. O treinamento foi realizado em pisci- na construída artesanalmente utilizando-se tubo de PVC com diâmetro de 20 cm por 50 cm de altura. A temperatura foi controlada em torno de 32º ± 2, através de termômetro e aquecida por ebulidores, fixados no aparato. A aplicação do protocolo de treinamento se ini- ciou após uma semana de adaptação dosani- mais às condições experimentais, sem utiliza- ção de carga. Os animais foram submetidos à natação todos os dias da semana, exceto aos finais de semana. Na primeira semana, foram submetidos a um protocolo de natação cujo tempo foi aumentado gradativamente, variando de quinze minutos no primeiro dia, para vinte minutos no segundo dia, trinta minutos no terceiro e quarto dias e do quinto dia até o décimo dia, nadaram durante quarenta minu- tos. Do décimo primeiro ao décimo quinto dia do experimento, o tempo gasto no exercício foi de cinquenta minutos e a partir do décimo sexto dia até o trigésimo sexto dia nadaram sessenta minutos. Protocolo de estresse O estresse de contenção adaptado do mode- lo proposto por Sei (1991) e Padgett (1998), Exercícios físicos, imunologia e estresse | 1059 foi aplicado aos animais dos grupos III, IV e V. Foram utilizados recipientes de vidro com 17 × 9 cm com tampa com orifícios de aproxi- madamente 6 mm para passagem de ar. Os animais foram introduzidos nos tubos com extremidade anterior voltada para o fundo do tubo. A tampa rosqueada foi fechada e o tubo mantido em posição horizontal em cima de suporte adaptado. Durante a indução do estresse, os animais foram mantidos em jejum, por período de duas horas, durante cinco dias. Os animais do grupo controle também foram privados de alimentos e água pelo mesmo período de tempo. Após o término da sessão de estresse estes animais receberam alimento livremente. Análise laboratorial para contagem total e diferencial de leucócitos Após anestesia com Pentobarbital 50 mg/kg i.p. e Lidocaína, anéstesico local 0.5 mg/20 gs.c. foram retirados 10 mL de sangue utiliza- dos para determinação dos níveis séricos de cortisol utilizando espectrofotômetro e tam- bém para a contagem total de leucócito, em um analisador hematológico Couter T 540. Para a contagem diferencial utilizou-se de 20 μml de sangue, para a preparação do esfregaço san- guíneo corado posteriormente com Giemsa. As lâminas foram analisadas no microscópio Olimpus Proves AX70, com a utilização de óleo de imersão e objetiva de imersão e amplia- ção de 100×. Na contagem diferencial dos leu- cócitos, foram registrados os tipos de leucó- citos com suas respetivas frequências a partir da contagem do total de 100 células/lâmina (Lima, Soares, Greco, Galizzi, & Cançado, 1977). Na análise estatística destes dados foram realizadas análise de variância e o teste t-Student, com significância em p < .05. As medidas foram apresentadas como média ± desvio padrão. RESULTADOS Ao utilizar o teste t, que compara as entre dois grupos, não foi possível observar diferença significativa nos níveis de cortisol dos animais do grupo I (1.32 ± 0.88) e aqueles do grupo II (1.88 ± 0.59). No entanto, os grupos V (2.28 ± 0.38) e III (3.4 ± 0.68) apresentaram valores de cortisol significativamente maiores do que o encontrado no grupo I (1.32 ± 0.88, para I×V, p = .0368 e para I×III, p = .0056). Os animais do grupo V (2.28 ± 0.38) apresentaram valores maiores de cortisol quando comparados aos do grupo II (1.88 ± 0.59, p = .0078) e IV (2.2 ± 0.45, p = .0089). Também foi observada dife- rença significativa nos valores de cortisol na comparação do grupo III e IV (p = .0086) (ver Figura 1). Figura 1. Diferenças entre os niveis séricos médios de cortisol dos ratos submetidos ou não a estresse de contenção e que foram sujeitos ou não ao protocolo de natação por trinta e oito dias, registraram-se diferenças significativas na comparação entre os grupos I × V, I × III, II × V, III × IV e IV × V. O desvio padrão foi representado como barra de erros ligada às colunas. Na análise da contagem total de leucócitos, não houve registro de diferenças significativas nos valores obtidos entre os grupos (Grupos I: 4900.00 ± 2149.42; II: 5716.66 ± 1790.44; III: 5850.00 ± 2077.25; IV: 5600.00 ± 2174.40, V: 3616.66 ± 1830.21, teste t). No entanto, regis- tra-se tendência de médias menores de leucó- citos totais entre os animais somente estressa- dos. Ao considerar-se os resultados da contagem diferencial de leucócitos, foi possível observar o papel estimulador da atividade física, rever- tendo o efeito inibitório do estresse no sistema imunológico, pelo menos para alguns tipos celulares da resposta inata. No entanto, na 1060 | L.L.V. Rocha, R.D. Nascimento, L.H.L. Rocha, T.B. Kashiwabara, M.V.M. Pinto resposta adquirida, as contagens de linfócitos entre os grupos experimentais se mantiveram em níveis semelhantes aqueles encontrados entre os animais controles ou sedentários. Desta maneira, na contagem para linfócitos (Grupos I: 3291.00 ± 1501.62; II: 3905.83 ± 930.29; III: 3910.66 ± 1474.3; IV: 3542.83 ± 1207.90, V: 2955.50 ± 834.27) e eosinófilos (Grupos I: 149.50 ± 88.53; II: 182.50 ± 58.80; III: 161.16 ± 75.61; IV: 200.33 ± 159.45; V: 127.00 ± 32.95) não houve diferenças signifi- cativas. Entretanto, a contagem de neutrófilos, que são importantes fagócitos, e de monócitos, que migram para os tecidos e diferenciam-se em macrófagos, houve diferenças significativas, encontradas na comparação entre alguns gru- pos. Figura 2. As médias das contagens de monócitos dos ratos treinados ou não com o protocolo de natação e submetidos ou não ao estresse de contenção por um periodo de 38 dias de experimento, mostrou diferenças significativas na comparação entre os animais do grupo III e IV. O desvio padrão foi representado como barra ligada as colunas. Na contagem de monócitos só ocorreu dife- rença significativa, segundo resultados da aná- lise pelo teste t, entre os animais do grupo V (216.00 ± 52.13) e aqueles do grupo III (340.00 ± 132.04) (p < .01 - ver figura 2). Em relação aos neutrófilos, o grupo V (768.16 ± 132.82) apresentou valor médio significativa- mente menor em relação aos grupos III (grupos: III: 1488.16 ± 706.75 – p < .01) e IV (1539 ± 899.15 - p < .01) (ver figura 3). Figura 3. Os valores médios da contagem de neutrófilos em ratos treinados ou não com o protocolo de natação e submetidos ou não ao estresse de contenção durante trinta e oito dias de experimento, apontam para diferenças significativas entre os grupos III e V e os grupos IV e V. Desvio padrão representado por barras ligadas as colunas. DISCUSSÃO Os resultados do presente trabalho apon- tam para o aumento do cortisol devido ao estresse de contenção, e sobre a influência do ciclo circadiano. Além disso, os níveis de corti- sol semelhantes entre os animais sedentários e aqueles que somente nadaram durante o período do experimento, sugere a adaptação destes ao ambiente aquático. O aumento do cortisol em situação de estresse sobre a influência do ciclo circadiano também foi observado por Ottenweller, Serva- tius e Natelson (1994), que ao usar modelo de repetição de estresse de contenção e choque em ratos, sugere que as concentrações de corti- costerona do sangue coletado em diferentes períodos do dia (9h, 14h, 18h e 22h) apre- sentavam valores diferentes. Os níveis hormo- nais no sangue foram maiores nos animais submetidos a estresse pela manhã, em relação aos controles. Entretanto, tal diferença não foi observada no sangue coletado às 14, 18 e 22 horas. Desta forma, concluiu que o eixo hipo- fisário hipotalâmico (HPA) é mais sensível ao feedback dos glicocorticóides pela manhã, e que os mecanismos mediados por este feed- back neste período do dia, poderiam ser interrompidos pela exposição repetitiva dos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 I II III IV V M éd ia d o nº m on óc ito /5 m L de sa ng ue Grupos experimentais 0 500 1000 1500 2000 25003000 I II III IV V M éd ia d o nº d e ne ut ro fil os /5 m L d e s an gu e Grupos experimentais Exercícios físicos, imunologia e estresse | 1061 agentes estressores. Em outro trabalho que corrobora com os resultados aqui apresentados, os níveis de corticosterona apresentaram-se alterados con- forme o ciclo de luz e sombra e tipo de es- tressor, ao utilizar ratos submetidos a quatro tipos diferentes de estresse agudo e crônico (choque elétrico, imobilização por duas ou seis horas, imersão em água fria por quinze minutos). Avaliando os níveis de corticoste- rona nos grupos submetidos ao estresse de contenção, observou-se valor maior naqueles cujo agente estressor era aplicado durante a noite. Desta maneira, a ativação do eixo HPA depende principalmente da característica do agente estressor e também do período do dia quando o estresse é aplicado (Retana-Marquez et al., 2003). Pauli et al. (2005), afirmam que o exercício físico pode ser responsável pela modulação da secreção de hormônios relacionados ao estres- se, como o ACTH, e ser capaz de promover res- postas favoráveis ao organismo submetido a situações estressantes. Esta ação do exercício físico se confirmou no presente trabalho, quando se observou valores menores de cor- tisol nos animais que submetidos à natação, mesmo quando submetidos ao estresse de contenção. Os resultados aqui apresentados e referen- tes à contagem total de leucócitos, a contagem de linfócitos e eosinófilos não mostraram diferenças significativas entre os grupos experimentais. Esta evidência é coerente com os resultados obtidos por outros autores. Assim, Machado-de-Oliveira, Rogatto e Lucia- no (2002), em modelo de exercício agudo, não obteve diferenças significativas na contagem total e diferencial de leucócitos. Justificou seus resultados pela diminuição no número destas células aos níveis basais, como resposta adaptativa verificada após 24 horas de exercício agudo, momento em que foram retiradas as amostras de sangue para análise. Ressalta-se que, também no presente estudo o sangue foi coletado 24 horas após a última sessão de estresse e exercício e segundo Eichner (1995) após este período haveria retorno destas células a níveis basais. Natale et al. (2003), trabalhou com huma- nos e utilizou protocolo de treinamento de três tipos de exercícios diferentes, bicicleta ergo- métrica com intensidade de 90% do VO2max com duração de cinco minutos, bicicleta ergométrica com 60% do VO2 Em revisão, Costa Rosa e Vaisberg (2002) afirmaram que exercício de alta intensidade promove alteração bifásica dos leucócitos circulantes. No pós-exercício ocorre aumento de 50 a 100% no número total de leucócitos, principalmente no número de linfócitos e neutrófilos e em menor proporção de monó- citos. Após 30 minutos observa-se queda acen- tuada, que pode perdurar por três a seis horas, diminuição no número de eosinófilos e aumento do número de neutrófilos. Estas alte- rações são determinadas pela influência da secreção de epinefrina e cortisol, elevadas de forma aguda em exercícios de alta intensidade, além de ocorrer aumento da expressão dos recetores para estes hormônios. Após exer- cício, as concentrações de epinefrina caem, e os níveis de cortisol mantêm-se elevados por mais de duas horas após o exercício. max, durante duas horas e um protocolo de resistência com três séries de dez repetições com intensidade de 60 a 70%. Retirou, em diferentes períodos, amostras de sangue para contagem total e diferencial de leucócitos, observou então au- mento no número de leucócitos até três horas após exercício, voltando aos níveis basais após vinte quatro horas em todos os protocolos. No presente trabalho, as diferenças obser- vadas nos números de neutrófilos e monócitos só ocorreram quando se consideraram na comparação, os animais somente estressados com os grupos que foram submetidos à asso- ciação dos protocolos de natação e estresse. Assim, o aumento da reposta celular envol- vendo neutrófilos e monócitos, que se rela- cionam à imunidade inata, possivelmente ocor- reu sobre o efeito do programa de treinamento moderado utilizado em nosso modelo expe- rimental. 1062 | L.L.V. Rocha, R.D. Nascimento, L.H.L. Rocha, T.B. Kashiwabara, M.V.M. Pinto Fleshner (2000), utilizando ratos inocula- dos com E. coli, avaliou o efeito modulador da atividade física moderada, voluntária e regular, sobre a imunossupressão induzida pelo es- tresse de contenção e choque elétrico e a resposta inflamatória nos diferentes grupos. Em seus resultados, observou que ratos estres- sados e sedentários resolveram a inflamação com 1-2 dias antes dos ratos sedentários não estressados e tiveram aumento de neutrófilos circulantes. Já em animais estressados e trei- nados, a recuperação da inflamação induzida foi de 3-4 dias antes dos animais não estres- sados e treinados, com aumento do número de neutrófilos circulantes e nos tecidos. Concluiu que atividade física tem efeito modulador nos impactos negativos e positivos do estresse sobre a resposta imunológica. Em revisão, Walsh et al. (2011) discutiram as múltiplas mudanças no sistema imune neuroendócrino induzidas por exercícios inten- sos e moderados, que estabelecem uma rede de efeitos que estão na dependência de vários fatores incluindo a condição física do hospe- deiro, a intensidade e duração do exercício de explosão. Desta maneira, o risco de infeções das vias aéreas superiores pode aumentar após a realização de exercícios intensos, mas dimi- nui após exercícios moderados. A imunomo- dulação promovida pela atividade física con- siste, principalmente, de desvios no número e funções de hormônios circulantes e citocinas, e expressão de selectinas e moléculas de adesão. O rápido tráfico de células para dentro e para fora do compartimento sanguíneo em resposta ao esforço provavelmente espelha a demanda por certos tipos celulares em determinados tecidos, esta hipótese requer verificação em modelos animais e posteriormente em huma- nos, sendo também necessários estudos que correlacionem o status das células circulantes com aquelas que migraram para os tecidos. Fu, Qin, Leung, Chan, & Chan, (2003) consideram que a relação entre os “benefícios” de exercícios de treinamento e os “malefícios” de exercícios intensos não tem sido sufici- entemente pesquisada. Assim, propõem um estudo cujo objetivo foi determinar se o treina- mento de exercício moderado poderia afetar ou não as mudanças no percentual de linfócitos T, induzido por um único exercício de explosão e intenso. Leucócitos totais foram coletados no baço e no sangue periférico com 0 h, 3 h e 24 h pós-exaustão, assim como grupos controles. Análise de citometria de fluxo demonstrou que o treinamento com exercício moderado evita a diminuição de CD4+ mas, estimula o aumento de linfócitos T CD8+ CD25+, que é induzido por um único exercício de alta intensidade e de explosão, indicando resposta adaptativa que pode afetar as subpopulações de leucócitos. Os achados do presente estudo confirmam que animais submetidos ao estresse de conten- ção apresentam níveis mais elevados de corti- sol, e na associação do protocolo de natação e estresse de contenção, estes níveis variam conforme o ciclo circadiano. O protocolo de natação aqui utilizado não foi fator de estresse para os animais após o período de 38 dias do experimento. Além disso, confirma que proto- colos de treinamento físico moderados apre- sentam efeito benéfico na reversão da imunos- supressão induzida pelo estresse de contenção em ratos, estimulando o aumento de monó- citos e neutrófilos, 24 horas após a última sessão de treinamento e estresse. O modelo experimental aqui desenvolvidoconfirmam que a atividade física moderada estimula a res- posta imunológica inata. Agradecimentos: Nada a declarar. Conflito de Interesses: Nada a declarar. Financiamento: Nada a declarar. REFERÊNCIAS Chiang L. M., Chen, Y. J., Chiang, J., Lai, L. Y., Chen, Y. Y ., & Liao, H. F. (2007). Modulation of dendritic cells by endurance training. Inter- national Journal of Sports Medicine, 28, 798-803. Exercícios físicos, imunologia e estresse | 1063 Ciolac, E. G., & Guimarães, G. V. (2004). Exercício físico e síndrome metabólica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 10(5), 319-324. Costa-Rosa, L. F. P. B., & Vaisberg, M. W. (2002). Influências do exercício na resposta imune. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 8(4),167- 172. Eichner, E. R. (1995). Contagious infections in com- petitive sports. Sports Science Exchange 3(2), 1-4. Fleshner, M. (2000). 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