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Aula 7 - FUNDAMENTOS DE POLÍTICA PÚBLICA

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FUNDAMENTOS DE POLÍTICA PÚBLICA
AULA 7
ANÁLISE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer as formas mais usuais de análise das políticas públicas;
2- Analisar metodologias de análise de custo e benefício das políticas públicas.
Introdução
Imagine a seguinte situação: um gestor tem uma verba fixa e limitada para melhorar o nível de educação de um município e dois importantes projetos dos quais deverá escolher apenas um. O primeiro, um extenso programa de treinamento dos professores e a modificação do plano de cargo e salários municipal do setor de educação para conceder aumentos salariais aos professores; no outro projeto, o foco é a reorganização da rede municipal através da criação e uso de material didático específico, de um sistema de controle das atividades dos docentes e a aplicação de provas unificadas aos alunos e da avaliação de desempenho dos servidores públicos com metas estabelecidas previamente. Qual dos dois escolher?
As ações de governo acontecem em ambientes de restrições crescentes na disponibilidade de recursos para as políticas públicas e necessidades também crescentes de intervenção, mediação ou controle do governo para efetividade no atendimento dos interesses dos cidadãos. Isto exige dos gestores públicos um maior profissionalismo e fluência técnica na tomada de decisão para evitar achismos.
 
Algumas metodologias são mais usuais na análise de políticas públicas. Dentre  essas, as principais são a análise de custo e beneficio da política pública e a análise de risco da política pública. Em um caso,  busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficiência na alocação de recursos; no outro, se os riscos da intervenção não justificam a sua aplicação.
Imagine a seguinte situação: um gestor tem uma verba fixa e limitada para melhorar o nível de educação de um município e dois importantes projetos dos quais deverá escolher apenas um. O primeiro, um extenso programa de treinamento dos professores e a modificação do plano de cargo e salários municipal do setor de educação para conceder aumentos salariais aos professores; no outro projeto, o foco é a reorganização da rede municipal através da criação e uso de material didático específico, de um sistema de controle das atividades dos docentes e a aplicação de provas unificadas aos alunos e da avaliação de desempenho dos servidores públicos com metas estabelecidas previamente. Qual dos dois escolher?
As ações de governo acontecem em ambientes de restrições crescentes na disponibilidade de recursos para as políticas públicas e necessidades também crescentes de intervenção, mediação ou controle do governo para efetividade no atendimento dos interesses dos cidadãos. Isto exige dos gestores públicos um maior profissionalismo e fluência técnica na tomada de decisão para evitar achismos.
 
Algumas metodologias são mais usuais na análise de políticas públicas. Dentre  essas, as principais são a análise de custo e beneficio da política pública e a análise de risco da política pública. Em um caso,  busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficiência na alocação de recursos; no outro, se os riscos da intervenção não justificam a sua aplicação.
E aí? Voltando ao caso da introdução. O que escolher? A esperança de que professores treinados e com maiores salários ensinarão melhor ou a crença de que sistemas técnicos de controle permitem que os objetivos sejam alcançados de maneira mais eficaz?
Entendendo a análise de políticas
Tecnicamente, a análise é a atividade em que se organizam consciente e pragmaticamente as relações entre teorias e realidades, visando aplicação prática de conceitos e o estudo das alternativas adotadas tanto no momento do planejamento e execução quanto nos eventos de avaliação de planos, programas, projetos ou ações dos agentes públicos.
Para Klaus Frey (1997), a análise  política pode ser dividida em três abordagens, que expressam os questionamentos fundamentais da ciência.
A noção de política é, como já visto em aulas anteriores, polissêmica, e assim pode se referir:
Ao conjunto de instituições políticas, ou  à ordem do sistema político, organizada pelo sistema jurídico, e pela estrutura institucional do sistema político-administrativo (polity);
Ao conjunto de processos políticos, no que se refere à imposição de objetivos, aos conteúdos e às decisões de distribuição de poderes (politics) e;
Ao conteúdo da ação política, ou aos conteúdos concretos, ou seja, à configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas (policy).
Essas três dimensões formam uma sequência que, esquematicamente, pode ser descrita assim, onde o tudo se articula na ação concreta:
A metodologia de análises  de políticas da Organização dos Estados Iberoamericanos (OIE), alerta ainda que:
“Ao trabalhar com Análise de Políticas há que lembrar que o termo política pode ser empregado de muitas maneiras. Por exemplo, para designar: 
1. campo de atividade ou envolvimento governamental (social, econômica), embora com limites nem sempre definidos 
2. objetivo ou situação desejada (estabilidade econômica) 
3. propósito específico (inflação zero) em geral relacionado a outros de menor ou maior ordem 
4. decisões do governo frente a situações emergenciais 
5. autorização formal (diploma legal), ainda que sem viabilidade de implementação 
6. programa (“pacote” envolvendo leis, organizações, recursos) 
7. resultado (o que é obtido na realidade e não os propósitos anunciados ou legalmente autorizados) 
8. impacto (diferente de resultado esperado) 
9. teoria ou modelo que busca explicar a relação entre ações e resultados 
10. processo (os nove acima são “fotos” é necessário um “filme”: enfoque processual).” (GAPI: UNICAMP, 2002. p. 3)
Os elementos básicos da análise de políticas podem ser resumidos em um  conceito de política que instrumentaliza a ação dos agentes públicos e privados em processos decisórios e, portanto, útil aos analistas e aos operadores do setor público:
“a política consiste no conjunto de procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos quanto a bens públicos.” (RUAS, s/d. p.1)
Essa noção permite avançar no que se estudou até aqui na disciplina para uma dimensão mais instrumental da ação política e do papel dos agentes do Estado no desenvolvimento da política pública.
A política pública é mais que um conjunto de decisões e escolhas estruturadas por um agente público, realizadas de forma discricionária e que afetam a vida de muitas pessoas.
Além de escolha e decisão, políticas públicas exigem aplicação de ações estrategicamente selecionadas para garantir ou possibilitar a implementação das decisões tomadas, pois as políticas públicas possuem tangibilidade objetiva e, além disso, elas são revestidas de caráter imperativo dado pelo Estado.
Partindo desse conceito, podemos entender de modo simplificado a política pública com o produto resultante de um sistema de entradas (demandas), processamentos e saídas (ou resultados práticos) como na figura a seguir, onde claramente se observa as demandas processadas, tornando-se em políticas públicas:
Essas demandas podem ser: reivindicações de bens e serviços; de participação no sistema político; de aperfeiçoamentos e mudanças no sistema político. As demandas podem ser, ainda, classificadas em três tipos, conforme a tabela a seguir:
Para mais informações sobre o assunto estudado até aqui, leia o texto “As demandas nas políticas públicas”.
Análise custo-benefício em políticas públicas
Todo processo de análise parte de alguns pressupostos de natureza teórica que lhes fundamentam nas  escolhas das técnicas e procedimentos mais adequados ao objeto a ser analisado. O primeiro pressuposto para o uso destas metodologias é que a ação política é uma ação de alocação de recursos.
Dessa maneira, a política pública possuiessencialmente uma natureza econômica. Além disso, muitas das atividades e projetos do setor público são investimentos cujos retornos podem ser medidos ou estimados e, portanto, podem ser calculados os benefícios reais obtidos (numa avaliação posterior de um projeto) ou prováveis (numa proposta ainda não implementada) de serem obtidos.
O uso da análise possibilita ao gestor, no segundo caso, a seleção de alternativas que produzam maiores benefícios com os mesmos custos (ou custos menores). A análise de custo-benefício visa ampliar a eficiência da política pública, com melhor alocação dos recursos, em relação aos benefícios propostos e esperados.
Os critérios para aceitação de um projeto, plano ou política com base na análise custo-benefício, são:
1. Um projeto (plano ou política) deveria ser aceito se seus benefícios totais excederem seus custos totais;
2. Um projeto (plano ou política) deveria ser aceito se a razão benefício-custo exceder a unidade.
Atenção: A grande limitação deste método está na dificuldade de se transformar em unidades monetárias os benefícios das políticas sociais ou de saúde. Por exemplo, , nestes casos, os benefícios são quase sempre estimados e não medidos.
Essa metodologia, entretanto, permite uma maior racionalidade na escolha de alternativas para uma mesma política. Por exemplo, podemos medir os custos das propostas e seus benefícios e aplicar técnicas de cálculo financeiro de investimentos .
Por exemplo, medir a taxa interna de retorno – TIR - das duas alternativas e escolher aquela que garante maiores benefícios relativos
Algumas alternativas de estimativas para projetos em que medir os benefícios não é possível por método direto, são:
• A qualidade de vida ajustada, em projetos da área de saúde;
• O uso de preços-sombra;
• As técnicas de valoração;
• Métodos dos custos de viagem;
• Método dos custos defensivos;
• Método dos custos de saúde;
• Método dose-resposta;
• Método de produtividade marginal;
• Métodos dos custos de reposição.
Aula 07: Análise das políticas públicas 
Nesta aula, você:
Reconheceu as formas mais usuais de análise das políticas públicas;
Analisou metodologias de análise de custo e benefício das políticas públicas.
Na próxima aula, você estudará:
A agenda pública;
Formulação de política pública.
	
	
		1.
		Montesquieu propôs a separação e convivência harmônica entre os poderes para o bom funcionamento do Estado, tanto em monarquias quanto em repúblicas. Os poderes republicanos são:
	
	
	
	
	
	fiscal, orçamentário e moderador.
	
	
	presidente, governador e prefeito
	
	
	executivo, legislativo e judiciário.
	
	
	moderador, legislativo, executivo.
	
	
	ministério público, judiciário e legislativo.
	
	
		2.
		A ação direta de parlamentares em atividades de execução de políticas públicas é algo comum se observar, essa interferência na implementação e alocação de recursos públicos, pelo gerenciamento direto da mesma, que passa, dessa forma, a ser personalizada é tema de debate público permanente. Escolha a alternativa a seguir com base no princípio da independência e harmonia dos poderes.
	
	
	
	
	
	A interferência do legislativo na execução da política pública é um item controverso, pois as suas funções formais estão dirigidas a outras ações e atividades e no caso acima há flagrante ilegalidade.
	
	
	No caso listado não há interferência do legislativo na execução da política pública, há a natural representação parlamentar dos interesses dos seus eleitores.
	
	
	A interferência do legislativo na execução da política pública não é restrita às funções fiscalizadoras e legislativas. Deve o parlamento também governar, mesmo num regime como o Brasileiro.
	
	
	A interferência do legislativo na execução direta da política pública é sempre desejável, pois o povo deseja que o parlamento faça coisas práticas e não que fique no gabinete, fazendo leis e examinando contas.
	
	
	Não há interferência do legislativo na execução da política pública no caso acima e nem violação de princípios constitucionais.
	
	
		3.
		As ações de governo acontecem em ambientes de restrições crescentes na disponibilidade de recursos para as políticas públicas e necessidades também crescentes de intervenção, mediação ou controle do governo para efetividade no atendimento dos interesses dos cidadãos. Isto exige dos gestores públicos um maior profissionalismo e fluência técnica na tomada de decisão para evitar achismos. Temos algumas metodologias na análise de políticas públicas. Indique nas alternativas a seguir um exemplo correto destas metodologias: 
	
	
	
	
	
	Na análise de risco da política pública busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficácia na alocação de recursos. 
	
	
	Na análise de custo e beneficio da política pública busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficiência na alocação de recursos 
	
	
	Na análise de risco e beneficio da política pública busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficácia na alocação de recursos
	
	
	Na análise de risco da política pública busca-se verificar se os resultados obtidos foram produzidos com eficiência na alocação de recursos. 
	
	
	Na análise de custo e beneficio da política pública busca-se verificar se os riscos da intervenção não justificam a sua aplicação. 
	
	
		4.
		Para Klaus Frey (1997), a análise  política pode ser dividida em três abordagens, que expressam os questionamentos fundamentais da ciência política. Assinale a opção que NÃO contempla pelo aspectos da abordagem de Frey (1997): 
	
	
	
	
	
	O que é um bom governo e qual é o melhor Estado para garantir e proteger a felicidade dos cidadãos ou da sociedade?
	
	
	Avaliação das contribuições que certas estratégias escolhidas podem trazer para a solução de problemas específicos. 
	
	
	A análise das forças políticas cruciais no processo decisório. 
	
	
	Não há nenhuma importância da análise ou mensuração do grau de aderência das políticas públicas
	
	
	Investigações podem ser voltadas aos resultados que um dado sistema político vem produzindo 
	
	
		5.
		Em relação à análise das politicas públicas, aquelas que não foram resolvidas ou foram mal resolvidas e que vivem retornando à agenda pública são conhecidas como demandas: 
	
	
	
	
	
	Novas 
	
	
	Históricas
	
	
	Sazonais 
	
	
	Recorrentes 
	
	
	Reprimidas 
	
	
		6.
		Sobre a análise de políticas públicas, seguem as seguintes afirmativas: 
I. A ação política é uma ação de alocação de recursos escassos para alcançar uma finalidade. Assim, a política pública possui essencialmente uma natureza econômica. 
II. Uma não-decisão é a ausência de decisão sobre uma questão que foi incluída na agenda política, tendo como resultado a aceleração do processo decisório.
III. Várias das atividades e projetos do setor público são investimentos cujos retornos podem ser medidos ou estimados e portanto podem ser calculados os benefícios reais obtidos (numa avaliação posterior de um projeto) ou prováveis de serem obtidos (numa proposta ainda não implementada).
A opção que apresenta somente as afirmativas corretas é: 
	
	
	
	
	
	I e III
	
	
	II
	
	
	I
	
	
	I, II e III
	
	
	III

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