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Apostila GA - Cap Carlos Alberto

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SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
ACADEMIA INTEGRADA DE DEFESA SOCIAL
CAMPUS DE ENSINO METROPOLITANO I
CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTO PM
CFS PM 2017
DISCIPLINA: GESTÃO ADMINISTRATIVA
Recife-PE
2017
GESTÃO ADMINISTRATIVA
1.1 Princípios da Administração.
Quando pensamos no conceito de administração, lembramos de atividades de planejamento, organização, direção e controle. As informações no âmbito organizacional, são de extrema importância com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância
	O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades sejam administradas com planejamento, organização, direção, e controle. Montana e Charnov em 2003 asseveraram que o ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem como de seus membros.
A administração tem uma série de características entre elas: um circuito de atividades interligadas, buscar de obtenção de resultados, proporcionar a utilização dos recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento, organização, direção e controle.
      	O planejamento consiste em definir objetivos para traçar metas, assim identificando forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Interpretam-se dados, analisam-se recursos. O planejamento ocorre com base em muito estudo, muita pesquisa, antes da implantação de qualquer coisa, ele pode durar meses ou até anos.
      Organizar significa preparar processos a fim de obter os resultados planejados.
      Direção, neste procedimento decisões são necessárias, para que os objetivos relacionados no planejamento continuem alinhados.
Controle, aqui é possível vislumbrar todo o processo de planejar, organizar e direcionar. Liderar e discernir se o resultado foi o almejado. Assim é possível recomeçar um novo ciclo com mais planejamento e suas etapas subsequentes.
Para administrar nos mais variados níveis de organização é necessário ter habilidades, estas são divididas em três grupos: as Habilidades Técnicas são habilidades que necessitam de conhecimento especializado e procedimentos específicos e pode ser obtida através de instrução. As Habilidades Humanas envolvem também aptidão, pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão para liderar com eficiência. As Habilidades Conceituais englobam um conhecimento geral das organizações, o gestor precisa conhecer cada setor, como ele trabalha e para que ele existe.
      	De acordo com Chiavenato a estrutura garante a totalidade de um sistema e permite sua integridade, assim são as organizações, diversos órgãos agrupados hierarquicamente, os sistemas de responsabilidade, sistemas de autoridade e os sistemas de comunicações são componentes estruturais.
Existem vários modelos de organização, Organização Empresarial, Organização Máquina, Organização Política entre outras. As organizações possuem seus níveis de influência. O nível estratégico é representado pelos gestores e o nível tático, representado pelos gerentes. Eles são importantes para manter tudo sob controle. O gerente tem uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece uma autoridade de forma construtiva, competente, enérgica e única. Fayol nomeia 16 diferentes atribuições dos gerentes. Os gerentes são responsáveis pelo elo entre o nível operacional, onde os colaboradores desenvolvem os produtos e serviços da organização.
      	As Organizações formais possuem uma estrutura hierárquica com suas regras e seus padrões. Os Organogramas com sua estrutura bem dimensionada podem facilitar a autonomia interna, agilizando o processo de desenvolvimento de produtos e serviços. O mundo empresarial cada vez mais competitivo e os clientes a cada dia mais exigentes levam as organizações a pensar na sua estrutura, para se adequar ao que o mercado procura. Com os órgãos bem dispostos nessa representação gráfica, fica mais bem objetivada a hierarquia bem como o entrosamento entre os cargos.
      	As organizações fazem uso do organograma que melhor representa a realidade da empresa, vale lembrar que o modelo piramidal ficou obsoleto, hoje o que vale é a contribuição, são muitas pessoas empenhadas no desenvolvimento da empresa, todos contribuem com ideias na tomada de decisão.
      	Com vistas às diversidades de informações, é preciso estar atento para sua relevância, nas organizações as informações são importantes, mesmo em tomada de decisões. É necessário avaliar a qualidade da informação e saber aplicar em momentos oportunos. 
1.2 Estrutura da SDS
Missão Institucional: Promover a defesa dos direitos do cidadão e da normalidade social, através dos órgãos de segurança pública, integrando as ações do governo.
Visão:Ser referencial em segurança pública, atendendo às metas previstas no plano estadual de segurança pública, para a redução dos índices de violência e criminalidade no Estado de Pernambuco.
Valores: Servir, proteger e valorizar os cidadãos, bem como os profissionais de segurança pública em todo o território pernambucano.
Principais Atividades:
· Promover a defesa dos direitos do cidadão e da normalidade social, através dos órgãos e mecanismos de segurança pública;
· Integrar as ações do Governo com vistas à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio no âmbito do Estado;
· Planejar, coordenar e controlar as atividades de polícia ostensiva, de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, e de defesa civil, prevenção e combate a sinistros;
· Prover a execução das ações de polícia técnica e científica e de medicina legal;
· Exercer as atribuições de polícia administrativa e de fiscalização de atividades potencialmente danosas;
· Manter-se articulada com órgãos competentes para execução da polícia ostensiva de guarda, de trânsito e do meio ambiente;
· Realizar serviços de resgate, busca e salvamento, socorro e atendimento pré-hospitalar emergencial às vítimas de acidentes e calamidades;
· Assegurar, por atuação conjunta dos seus órgãos operativos, a execução das políticas públicas de prevenção e repressão à criminalidade e de prevenção e controle de sinistro.
Estrutura: Para cumprimento de suas finalidades, a estrutura organizacional da Secretaria de Defesa Social se dá por funções e por sistemas, agindo para cumprimento das ações programáticas do Governo, constantes do Plano Plurianual de Investimentos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias; dos orçamentos anuais do Estado, e das diretrizes e políticas públicas traçadas pelas Câmaras temáticas do Conselho Deliberativo de Políticas e Gestão Públicas, visando fim determinado e controle de resultados.
A estrutura básica da Secretaria de Defesa Social, por funções, é a constante no seu Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 30.290, de 21 de março de 2007.
A estrutura básica, por sistemas, é representada pela Secretaria Executiva de Defesa Social, Secretaria Executiva de Gestão Integrada, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, gerências e superintendências administrativamente subordinadas ao Secretário de Defesa Social e, no caso das superintendências, vinculadas tecnicamente em sua atuação, às Secretarias de Planejamento, da Fazenda e de Administração e Reforma do Estado.
1.2.1 Estrutura > Organização Administrativa
Para cumprimento de suas finalidades, a estrutura organizacional da Secretaria de Defesa Social se dá por funções e por sistemas, agindo para cumprimento das ações programáticas do Governo, constantes do Plano Plurianual de Investimentos, da Lei de Diretrizes Orçamentárias; dos orçamentos anuais do Estado, e das diretrizes e políticas públicas traçadas pelas Câmaras temáticas do Conselho Deliberativo de Políticas e Gestão Públicas, visando fim determinado e controle de resultados.
A estrutura básica da Secretaria de Defesa Social, por funções, é a constante no seu Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 34.479, de 29 de dezembro de 2009.
A estruturabásica, por sistemas, é representada pela Secretaria Executiva de Defesa Social, Secretaria Executiva de Gestão Integrada, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, gerências e superintendências administrativamente subordinadas ao Secretário de Defesa Social e, no caso das superintendências, vinculadas tecnicamente em sua atuação, às Secretarias de Planejamento e Gestão, da Fazenda e de Administração do Estado.
1.3 Estrutura da PMPE
Missão: Competências Legais: Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:V - polícias Militares e corpos de bombeiros militares. §5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
Missão da PMPE: integrar o Sistema de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, contribuindo para a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio e asseguramento da liberdade e das garantias individuais; - realizar, com exclusividade, a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; - exercer as funções de polícia judiciária militar e a apuração das infrações penais militares; - atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial; - participar, em caso de convocação, em seu conjunto, a fim de assegurar à Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda para garantir o cumprimento das disposições do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, na forma que dispuser o Decreto nº 88.540, de 20 de junho de 1983. 
Visão da PMPE: Ser, até 2018, referência nacional de excelência nas ações de polícia ostensiva e preservação da ordem pública. 
Diagnóstico Estratégico:
a. Ambiente Interno 
1) Pontos Fortes:
 - presença em todo o território estadual; 
- facilidade de mobilização; 
- exclusividade de polícia ostensiva; 
- qualificação do quadro de pessoal; 
- estrutura organizacional consolidada; 
- hierarquia e disciplina; 
- assistência social, saúde e educacional própria; 
- tradição histórica consolidada; 
- desejo de fortalecimento institucional. 
2) Oportunidades de Inovação e Melhorias:
- excesso de formalismo e entraves burocráticos; 
- deficiência de produção doutrinária; 
- individualismo nas relações interpessoais;
- deficiência de gerenciamento na política de recursos humanos; 
- suporte logístico insuficiente e inadequado; 
- falta de continuidade das ações de comando; 
- implementação deficiente do planejamento estratégico; 
- desatualização da legislação interna; 
- deficiência do marketing institucional; 
- inadequação de capacitação para as atividades da Corporação; 
- falta de padronização dos meios materiais; 
- desvio de função; 
- dificuldades de gerenciamento de conflitos institucionais. 
Ambiente Externo:
3) Oportunidades:
- carência por Segurança Pública; 
- credibilidade da Instituição; 
- missão enquadrada como prioridade no Plano de Governo; 
- comprometimento político com a Segurança Pública; 
- Política Nacional de Capacitação em Segurança Pública; 
- Plano Nacional de Segurança Pública; 
- apoio dos Órgãos Institucionais ligados à Defesa Social do Estado. 
4) Ameaças:
- a existência da violência criminal e do crime organizado; 
- o constante assédio da criminalidade aos jovens com o fim de levá-los ao consumo de drogas; 
- a desagregação de muitas famílias. 
Valores:
- hierarquia; 
- disciplina; 
- orgulho de servir à Instituição; - aprimoramento técnico-profissional; - civismo; - culto à história; 
- comprometimento com a missão institucional; 
- solidariedade; 
- sentimento de servir à sociedade.
Estratégias:
Área I - Otimização da Gestão de Pessoas 
Área II - Melhoria do Desempenho Operacional 
Área III - Otimização do Ensino, Instrução e Pesquisa
Área IV - Otimizaçãoda Gestão do Suporte Logístico Área 
V - Otimização da Gestão de Saúde Área 
VI - Otimização da Gestão de Finanças Área 
VII – Consolidação da Legislação e da Doutrina Área 
VIII – Implantação da Gestão da Qualidade Área 
IX – Otimização da Gestão de Tecnologia Área 
X – Promoção da Articulação Social e Direitos Humanos
2. 2. 2.INTRODUÇÃO A GESTÃO DE PESSOAS.
As organizações do trabalho, ao longo dos tempos, foram evoluindo quanto ao valor empregado ao seu pessoal. Antes estes eram considerados apenas como recursos, ao lado de tantos outros que fazem parte das organizações, dessa forma eram vistos como servis e passivos. Atualmente a realidade não é a mesma. Todas as mudanças sofridas pelas empresas as levaram em uma única direção: o reconhecimento do ser humano.
O ponto central da área de Gestão de Pessoas é a noção de que a valorização das pessoas é uma questão estratégica para o sucesso das empresas na modernidade.
A Gestão de pessoas dentro de uma organização procura gerenciar e orientar as relações humanas no trabalho e nesse intuito possui diversas atribuições, todas voltadas para a relevância do fator humano, visto ser este o maior capital das organizações. De nada adianta dispor de todos os recursos materiais e financeiros, se as pessoas que os utilizam não estão adequadamente preparadas, com condições de produzir o que a empresa espera.
2.1.1 Conceituação: O Que é Gestão de Pessoas
O mercado extremamente competitivo, globalizado, e tecnológico não conseguiu anular o fator humano. Independente de qual seja o tipo de organização, o desempenho das pessoas, em maior ou menor intensidade, é essencial para seu sucesso, é, sem dúvidas, o grande vapor para as organizações.
Diante dessa configuração das organizações de trabalho, os funcionários são entendidos como peça fundamental para a consolidação de qualquer empresa. E é com essa visão que a Gestão de Pessoas, tem seu espaço demarcado. Com a convicção que se o objetivo da organização é ter sucesso, consequentemente seu objetivo também é valorizar seu pessoal.
Conforme Gil (2009, p.17), “Gestão de Pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais, quanto individuais”.
Porém, nem sempre os objetivos das empresas foram estes. Antes do modelo atual de Gestão de Pessoas, outros permearam as organizações. Tal concepção é uma evolução do que no passado foi denominado Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos Humanos.
“O termo Administração de Recursos Humanos é muito restrito, pois implica a concepção das pessoas que trabalham numa organização apenas como recursos, ao lado dos recursos matérias e financeiros” (GIL, 2009, p.18). Assim, a denominação que é a dada às pessoas dentro de uma organização varia de acordo com a visão que esta tem delas. Muitas chamam de funcionários, empregados, pessoal, operários, recursos, o que, geralmente, está associado à importância que a eles são atribuídos.
A Gestão de Pessoas traz outro olhar em torno dos funcionários de uma empresa, enxerga-os como colaboradores, como parceiros, não mais como um recurso de organização, servil e passivo, mas, como um sujeito ativo e provocador das decisões, empreendedor das ações e criador da inovação dentro das organizações (RIBEIRO, 2008).
Dentro dessa concepção, para se fazer parte de uma organização é necessário ter o perfil que ela deseja. É incoerente trabalhar em um espaço onde seus valores, comportamentos e atitudes vão de encontro com o que o trabalho se propõe. O sucesso de uma empresa é dependente de um padrão de comportamento coerente com sua proposta.
A importância do comportamento humano dentro das organizações, fez crescera preocupação com essa área. O modelo de Gestão de Pessoas tem como missão prioritária a identificação de padrões coerentes com o negócio da organização. Obter tais padrões, mantê-los, modificá-los e associá-los aos demais fatores da organização, torna-se o objetivo principal (FISCHER, 2002).
Trabalhar com este enfoque é entender que a empresa além de ser orientada para obtenção de resultados, ela também deve estar atenta e preocupada com os seres humanos que as compõem. Ao mesmo tempo em que ela cria condições para que o ambiente e as relações de trabalho sejam melhores, ela também está criando condições para que haja mais produção. Se o ser humano é o vapor das organizações, este deve estar muito bem abastecido, ou seja, satisfeito em sua relação com o trabalho.
2.1.2 O Perfil do Profissional de Gestão de Pessoas
Para fazer parte de uma organização é necessário ter o perfil que ela almeja, o que também se aplica a um gestor de recursos humanos, pois para ocupar esta função, alguns requisitos também devem ser preenchidos.
Essa área de atuação exige do profissional muita habilidade para lidar com as relações que se estabelecem entre a organização e as pessoas que a compõem. Este profissional deve oferecer a organização, meios capazes de avaliar as pessoas em vários aspectos, desde sua formação profissional até a coleta de informações que possam lhe dar uma indicação, ainda que parcial, do caráter delas. Deve ser capaz de entender o sujeito como agente proativo, dotado de visão própria e, sobretudo de inteligência – a maior, mais avançada e sofisticada habilidade humana (RIBEIRO, 2008).
O perfil deste profissional deve ser coerente com a função que ocupa, ou seja, é necessário ver as pessoas dentro das organizações, como parceiros que investem o capital humano, e esperam o retorno desse investimento.
De acordo com Gil (2009), para se trabalhar com Gestão de pessoas é precisa ser capaz de atender aos usuários internos e externos; manter-se aberto para as novas tecnologias administrativas; proporcionar à organização empregados capacitados e motivados; preocupar-se com a qualidade de vida no trabalho; agregar valor aos empregados, à empresa e aos clientes; atuar como agente de mudança; reconhecer as pessoas como parceiras da organização; proporcionar competitividade à organização; assim como manter um comportamento ético e socialmente responsável.
2.1.3 Atividades Atribuídas à Gestão de Pessoas
A Gestão de Pessoas dentro de uma organização é a maneira como a empresa se organiza para gerenciar e orientar as relações humanas no trabalho. Dessa forma, algumas atribuições são a ela destinadas. Funções que, sobretudo, estão relacionadas a aliar os objetivos da empresa ao de seus colaboradores, por entender que esse é um aspecto diferencial para empresa, visto que ela se reflete nas pessoas que conservam.
 	Existe um amplo leque de atividades atribuídas à gestão de pessoas. Chiavenato (2008), define seis processos básicos de Gestão de pessoas: agregação (recrutamento e seleção de pessoas); aplicação (desenho de cargos e avaliação de desempenho); recompensa (recompensa e remuneração, benefícios e serviços);  desenvolvimento (treinamento e desenvolvimento, programas de mudanças e programas de comunicação); manutenção (benefícios e descrição e análise de cargos); e monitoração (sistema de informação gerencial e banco de dados).
Além de todas essas atribuições, a Gestão de Pessoas deve adotar medidas para desenvolver talentos e criar um ambiente de trabalho aberto a novas idéias. Ela não deve ser vista como um setor de administração de pessoal, com atribuições meramente burocráticas e operacionais. Recrutar a pessoa certa para o lugar certo já não é o bastante, o profissional precisa estar motivado para assim poder dar o seu melhor.
As organizações de trabalho já não são mais as mesmas. A globalização, a competitividade, o grande avanço da tecnologia trouxeram uma nova realidade para o mundo dos negócios. Para uma empresa se manter firme no mercado é necessário que ela possua diferencial em relação às outras, e este algo a mais está nas pessoas que as compõem.
A Gestão de Pessoas acredita que a vantagem competitiva de uma empresa está na forma como utiliza o conhecimento das pessoas, colocando-o em ação de modo rápido e eficaz, na busca de soluções satisfatórias e de novos produtos e serviços inovadores.
Essa é uma área de atuação que acredita, acima de tudo, no potencial do ser humano, na capacidade que este, estando no lugar certo e com motivação para o trabalho, tenha condições de dar o melhor de si e assim oferecer maior produtividade para empresa. Assim, os dois objetivos básicos de uma empresa comprometida com essa forma de trabalho tendem a serem satisfeitos: os organizacionais e os individuais.
2.2 Chefia e Liderança: conceito, estilos e funções.
Um grupo, sem alguém que o conduza torna-se fonte de anarquia, de desunião e dificilmente chegará a qualquer lugar ou concluirá com êxito qualquer trabalho. Sem um chefe, o grupo é um corpo sem cabeça, que independente da boa vontade de cada integrante, cujo esforço, inclusive poderá ser oposto ao de outrem, queima esforços desnecessariamente, esforços que poderiam ser empregados proveitosamente em benefício do conjunto, bastando que alguém do grupo adotasse a iniciativa de coordenar o empenho comum na direção desejada. 
É evidente que, quanto maior o desafio no grupo, quanto mais específico for, maiores serão as exigências para os componentes do grupo e, portanto maiores e melhores qualificações serão requeridas do seu chefe. 
Quando abordamos a figura do chefe, como sendo aquele que deve interpretar, defender e realizar uma tarefa, à frente de um grupo, devemos entender sobre a “autoridade” daquele que é o portador do direito de exercer um papel proeminente na condução do seu grupo. 
Contudo, se o exercício coloca em destaque, tal honra é acompanhada pelo ônus da responsabilidade, o que exige da autoridade um nível de compreensão quanto aos seus direitos e deveres. 
O exercício da chefia é uma prerrogativa de um cargo, muitas vezes independe da capacidade de seu detentor, visto que o direito de comandar é um mandato recebido legalmente. Porém, é claro que um chefe não cumprirá bem o seu papel, a não ser que desenvolva em si próprio, as qualidades que o tornará um indivíduo digno do seu título; que o tornará um líder. 
Em resumo, chefiar “é simplesmente, fazer um grupo funcionar para que sejam atingidos determinados objetivos. Enquanto, que liderar, é mais do que isso, é a habilidade de exercer influência e ser influenciado pelo grupo, através de um 2 processo de relações interpessoais adequadas para a consecução de um ou mais objetivos comuns a todos os participantes”. Liderar é engajar-se em um ato que inicia uma estrutura nas interações como parte do processo de solucionar um problema mútuo.
Poder e Autoridade segundo Max Weber: 
Poder: “É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer”. 
Autoridade: “É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal”. 
Conceitos de Liderança:
A palavra líder veio do antigo germânico lad, “caminho”. Um ladan, ou “líder”, era “aquele que mostrava o caminho”. Era o guia, que conduzia caminhantes de um povoado a outro. Sua principal responsabilidade, durante a caminhada, era “cuidar de todos e de cada um”. 
· Liderança é o processo pelo qual se motiva e ajuda a trabalhar os outros, com entusiasmo para atingir seus objetivos. “É o fator humano que ajuda um grupo a identificar o caminho a seguir, motivando-o para alcançar suas metas”. (DAVIS e NETSON, 1991);
· A Liderança Militar é a arte de influir nos soldados para que cumpram missões designadas às suas unidades (MilitaryReview, 1993);A Liderança em todos os níveis é a base do treinamento realista e agressivo, na qual resulta numa equipe com alto grau de disposição que estimula os soldados a trabalharem sob circunstânciasdifíceis e de perigo para vencer os adversários. (King, 1993);
· Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. (James Hunter, 2004). 
	Modelo de Liderança
	Estilos de Liderança:
	Líderes Ressonantes: O líder ressonante é empático e expressa esse sentimento ao grupo. Esse tipo de ressonância reforça a sincronia da equipe fazendo com que as pessoas sintam-se compreendidas (valorizadas) e compromissadas com suas atividades profissionais compartilhando idéias, aprendendo uns com os outros, tomando decisões de maneira colaborativa. Exemplos de líderes ressonantes: 
· Visionário 
· Conselheiro 
· Agregador 
· Empreendedor 
· Democrático 
· Carismático 
· Servidor 
	Líderes Dissonantes: O líder dissonante não só é desprovido de empatia, como não transmite confiança nos atos e nas palavras que professa, visa benefício próprio e não coletivo. Pode parecer eficaz em curto prazo, mas suas atitudes desmentem seu aparente sucesso. Esse líder ressoa exclusivamente o lado negativo do aspecto emocional, estimulando o lado negativo do conflito e, mais cedo ou mais tarde acaba por contagiar e exaurir as pessoas, gerando conflitos ingerenciáveis. Um exemplo de líderes dissonantes são os chefes com os quais todos têm horror de trabalhar e resistem em trocar idéias ou “despachar” o expediente.
	Liderança Autoridade Serviço E Sacrifício Amor Vontade
Exemplos de líderes dissonantes: 
· Agressivo 
· Despótico 
· Autocrático 
· Arrogante 
	O líder deve preocupar-se com aquilo que faz e o que diz, pois terá forte impacto sobre seus subordinados. 
	Funções da Liderança "A função básica dos líderes consiste em imprimir em seus liderados um sentimento positivo. Isso acontece quando o líder cria ressonância - um reservatório de positividade que liberta o melhor que há em cada um. Em sua essência, pois, a missão básica da liderança é de cunho emocional". Daniel Goleman
	O poder da Inteligência Emocional é a experiência de liderar com sensibilidade e eficácia. 
	Ao longo da história e em diferentes culturas, o líder de qualquer agrupamento humano sempre foi aquele a quem os demais recorrem em busca de conforto e clareza diante de incertezas, do perigo ou na realização de algum trabalho. 
	Na organização moderna, essa tarefa emocional continua sendo a principal das muitas funções da liderança; a competência relativa à inteligência emocional, ou seja, como os líderes lidam consigo próprio e com seus relacionamentos. 
	Em conseqüência, uma das tarefas do líder na organização é canalizar as emoções do grupo numa direção positiva e fiel aos objetivos comuns de seus membros e retirar os nevoeiros produzidos pelas emoções tóxicas ocasionando ruídos na comunicação e desequilíbrio nas relações interpessoais. 
	Se as pessoas forem impelidas para o lado do entusiasmo, o desempenho aumentará. 
	Se forem incitadas ao rancor e à ansiedade extremada, perderão o rumo do desempenho produtivo. 
	A capacidade do líder de administrar conflitos e direcionar os sentimentos de modo a ajudar o grupo a cumprir suas metas depende de seu nível de equilíbrio emocional. 
	"Os grandes líderes nos mobilizam. Inflamam nossa paixão e inspiram o melhor dentro de nós. Quando tentamos explicar a causa de tamanha eficácia, pensamos em estratégia, visão ou idéias poderosas. Na realidade, porém eles atuam em um nível mais fundamental: os grandes líderes agem por meio das emoções".
	O líder tem a grande responsabilidade de motivar e estimular a equipe. Para isso, ele deve ter consciência da importância de uma comunicação eficaz, deve desenvolver sua capacidade de lidar com as adversidades, saber argumentar e ter boa estratégia de negociação. 
	Qualidades de Liderança
 1. Entusiasmo – Você consegue pensar em algum líder que não tenha entusiasmo? É difícil, não? 
2. Integridade – Essa é a qualidade que faz com que as pessoas acreditem em você. E confiança é essencial em todos os relacionamentos humanos, sejam profissionais ou pessoais. Integridade significa tanto inteireza pessoal quanto à adesão a valores externos a você, principalmente bondade e sinceridade. 
3. Imparcialidade – Líderes eficientes tratam indivíduos diferentemente, porém, de forma igualitária. Eles não têm favoritos. São imparciais ao darem recompensas ou penalidades pelo rendimento.
 4. Firmeza – Muitas vezes os líderes são pessoas exigentes, sendo incômodo tê-los por perto pelo fato de seus padrões serem muito elevados. Eles são obstinados e persistentes. Líderes querem ser respeitados, mas não necessariamente populares. 
5. Zelo – A insensibilidade não leva a bons líderes. A liderança envolve o coração, assim como a mente. Gostar do que você faz e importar-se com as pessoas é igualmente essencial. 
6. Confiança – É essencial. As pessoas sentem a sua presença, e, portanto, o desenvolvimento de autoconfiança é sempre anterior ao exercício da liderança. Mas não se permita que a autoconfiança seja excessiva, atitude que é o primeiro passo para o caminho da arrogância. 
7. Humildade – Uma qualidade própria dos grandes líderes. O oposto da humildade é a arrogância. Os sinais de um bom líder são o desejo de ouvir as pessoas e a ausência de egocentrismo. Podemos citar ainda entre ouras tantas qualidades o Comprometimento, 
6 Altruísmo, Abnegação , Bom ouvinte, Iniciativa, Ambição, Empatia, Maturidade, Sociabilidade, Bom senso, Conhecimento OBS: Fundamentalmente o líder precisa gostar de PESSOAS
Conceito de Chefia: 
É aquele que tem a tarefa de fazer funcionar o pessoal, ou de tomar deliberações e incorporá-los em ordens e instruções gerais específicas. Chefiar e assumir a responsabilidade pelo resultado final da atividade de várias pessoas que operam em conjunto. 
Tipos de Chefia
• Democrática ou persuasiva. É aquela cuja autoridade emana do seu exemplo, da sua habilidade, da sua capacidade e se alicerça no elevado padrão de disciplina e eficiência, que exige de si e de seus subordinados. 
• Autoritária. É predominantemente despótica. É aquele que insiste na obediência cega com completa subordinação à sua vontade; qualquer crítica ou indagação lhe parecerá insolente e perigosa. Busca uma obediência imposta por não ter capacidade de discuti-la. 
• Liberal ou laissez-faire: É aquele que se limita a fazer o que o grupo pretende. Em geral é uma pessoa muita insegura, que tem receio de assumir responsabilidades; não dá instrução nenhuma, cada um de seus subordinados faz o que quer, a confusão é completa. 
• Carismática: É o dom natural de liderar. O grupo funciona submisso às suas idéias. 
• Paternalista: É o protetor, mas não é inspirador como o democrático. O grupo não desenvolve a livre iniciativa. 
Chefia Militar: “É a arte de influenciar e conduzir homens a um determinado objetivo obtendo sua obediência, confiança, respeito e leal cooperação”. 
A chefia militar é em essência, o próprio exercício do comando. 
O objetivo é fazer da Corporação uma organização capaz de cumprir fielmente qualquer missão e em condições de agir convenientemente, mesmo na ausência de ordens. 
“Comando é a autoridade que o militar exerce legalmente sobre seus subordinados, em virtude do posto, graduação ou função”.
3. LIDERANÇA E COMUNICAÇÃO: COMUNICAÇÃO EFICAZ, TIPOS DE COMUNICAÇÃO, SABER OUVIR.
Comunicação é a capacidade de transmitir e expressar idéias, feedback, pensamentos, imagens, emoções e informações de modo a gerar no outro um motivo para a ação. Em geral, as pessoas dão maior importância à transmissão de idéias porque é através dela que informamos, ensinamos e pensamos. No entanto, a base para um bom relacionamento interpessoal está em saber comunicar emoções e sentimentos. Cada vez mais a busca da excelência nas comunicações é um desafio para quem pretende atingir um alto nível de profissionalismo. Em um mundo competitivo, onde um bom marketing pessoal pode ser a senha para o sucesso, há necessidade da competência técnica, aliada às competências comportamentais e emocionais, que incluem relaçõesinterpessoais mais enriquecedoras e sustentáveis. 
Objetivo da mensagem: Se fazer entender.
A comunicação eficaz fortalece o relacionamento interpessoal e, portanto, facilita a atuação do líder.
Para uma boa comunicação interpessoal, é necessário compreender alguns componentes críticos que distinguem claramente os bons dos maus comunicadores. São eles: 
1- AUTO-IMAGEM OU AUTOCONCEITO Um dos componentes mais importantes que afeta a comunicação entre as pessoas é a sua auto-imagem, ou seja, a imagem que tem de si mesma e das situações que vivenciam. Cada um tem um conceito de si mesmo: quem é, o que faz, o que representa, o que valoriza e no que acredita. E tem valores que através dos quais ele percebe, ouve, avalia e compreende todas as coisas. A auto-imagem é o seu filtro individual frente ao mundo que o cerca; e conseqüentemente afeta a maneira como este se comunica com os outros. 
2- SABER OUVIR O ato de ouvir, naturalmente é algo muito mais complicado do que se pensa. O ouvinte eficaz não só escuta as palavras em si, como também seus significados subjacentes. Ele é capaz de ouvir nas entrelinhas, ou seja, aquilo que não é dito por palavras, aquilo que se expressa silenciosamente. Ele interage com o interlocutor no sentido de desenvolver os significados e chegar à compreensão. Escutar, sabendo ouvir, é uma aptidão que mantém as relações interpessoais mais próximas. 
3- CLAREZA DE EXPRESSÃO Ouvir de forma eficaz é uma habilidade necessária e negligenciada na comunicação, porém muitas pessoas consideram igualmente difícil dizer aquiloque querem, pensam ou sentem. Freqüentemente as pessoas presumem simplesmente que o outro compreende a sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou confusas em sua fala. Esta suposição é uma das maiores barreiras para a comunicação. 
4- CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE CONTRARIEDADE Normalmente as pessoas não têm capacidade para lidar com sentimentos de contrariedade, ocasionando grandes curtos-circuitos na comunicação. Evitam confrontos por temerem os conflitos nas relações interpessoais. Expor as emoções mesmo negativas não significa destruir relações. 
5- TRANSPARÊNCIA A capacidade de falar francamente a respeito de si mesmo é necessária à comunicação eficaz. Uma pessoa não pode ter boa comunicação com outra sem buscar a transparência nas comunicações. Este processo é recíproco. O comunicador eficaz é aquele que consegue criar um clima de confiança em que a abertura recíproca pode florescer. Confiança gera confiança. Se numa equipe de trabalho os sentimentos dos membros são claros e positivos (se existir simpatia, empatia e respeito mútuo, por exemplo), os relacionamentos tendem a ser produtivo, gerando participação, cooperação e envolvimento. No entanto, se os sentimentos forem negativos (se existir antipatia, rejeição, medo, insegurança, por exemplo) os relacionamentos tendem a ser improdutivos, gerando afastamento, rivalidade e agressão física e/ou verbal. 
Utilize as técnicas: • CCFF – Compreensão, correção, flexibilidade e franqueza; • BBB – Bom humor, bom senso e boa vontade. 
ZIG-ZAG DA COMUNICAÇÃO = RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO
Os ruídos na comunicação podem prejudicar o processo da comunicação e o relacionamento interpessoal. 
Tipos de Comunicação 
A Linguagem do Corpo
· Até 90% do conteúdo de uma mensagem é transmitido através do corpo. 
· Rugas na testa – atenção. 
· Olhos permitem contato ou controle. 
· Nariz – Superioridade ou Submissão. 
· Canto da boca
	- Levantado – Satisfação 
	- Horizontal – Indiferença 
	- Baixo – Insatisfação
· Quanto mais próximo e mais aberto, mais chances de persuadir. 
	Saber OuvirA comunicação, em geral, consiste: 
· 45% Saber ouvir 
· 16% ler 
· 30% em falar 
· 9% em escrever 
	Outras questões importantes:
· Saber perguntar 
· Saber persuadir 
Comunicação Verbal - Oral ou Escrita (através de palavras escritas ou faladas)
	Comunicação Não Verbal- Expressão corporal e facial (através dos gestos e das atitudes, ou mesmo através do silêncio). 
	A expressão corporal demonstra nitidamente as experiências vividas pelas pessoas, sejam pelo comportamento, gestos, posturas ou pelas alterações fisiológicas (suor, tremor, empalhecimento ou ruborização). A eficiência da comunicação passa pela coerência e harmonia entre o que está sendo dito e o gestual. 
	Comunicação Em Equipe - Nós somos do tamanho da comunicação que conseguimos estabelecer no meio em que atuamos. Ter a coragem para se comunicar é estar disponível ao contato social. 
	O sucesso do funcionamento de uma equipe ou um grupo está diretamente ligado com a eficácia da comunicação entre seus membros. 
	Não basta falar bem, utilizando corretamente as regras gramaticais. Há necessidade de muito mais! É preciso mobilizar nossos recursos internos e externos para facilitar a arte do diálogo, que não é um simples despejar de palavras, é ir ao encontro, é abster-se de julgamentos precipitados, dando chances para a troca democrática de idéias, propiciando um clima de confiança e bem estar, utilizando a empatia na busca do processo de sinergia. 
	Ter consciência dessa imagem social faz parte da ação corajosa de quem busca uma comunicação plena.
4. CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
	Conceitos: A importância da motivação e a compreensão do seu papel no comportamento humano podem ser estudadas através das diversas teorias e abordagens que se desenvolveram durante anos de estudos psicológicos.
Em resumo, a motivação orienta e direciona o comportamento, é a força que atua por trás de nossas necessidades básicas - fome, sede e sexo, por exemplo. E também é a força que vai atuar por trás das nossas outras necessidades, as psicossociais. 
No início do século XX, por influência da teoria evolucionista de Charles Darwin, tornou-se comum classificar todos os tipos de comportamentos como instintivos. Desta forma, os estudiosos no assunto perceberam que esta teoria não explicava o comportamento humano, pelo contrário, os rotulava apenas. 
A Teoria dos Instintos nos revela que para se qualificar como instinto, um comportamento complexo deve ter um padrão fixo numa espécie e não ser adquirido. Essa definição poderia ser coerente para algumas espécies, mas não a espécie humana. 
O comportamento humano apresenta, na verdade, poucas características inatas porque a maioria das reações comportamentais do homem tem origem nos anseios psicológicos e, além disso, é adquirida durante sua vida. 
Logo, compreendeu-se que a Teoria dos Instintos não pode explicar os motivos humanos que levam o homem a se comportar em seu meio ambiente.
Uma vez derrubada essa teoria para explicar a motivação, uma outra teoria se fortalece e vem substituí-Ia – A Teoria da Redução dos Impulsos. Ela procura explicar a idéia de que a necessidade fisiológica cria um estado psicológico que impulsiona o organismo a reduzir a necessidade. É a busca da homeostase, ou seja, o equilíbrio do organismo. 
Por exemplo: Comendo ou bebendo saciaremos a fome ou a sede. 
Não somos apenas impulsionados a reduzir nossas necessidades internas, mas também a reagir aos incentivos externos que nos atraem ou repelem - estímulos positivos e negativos. 
Por exemplo: Quando se sente sede, esta necessidade fisiológica interior nos leva a procurar algo para beber, mas reagimos aos incentivos externos quando escolhemos, por exemplo, um refrigerante gostoso ou um suco, no lugar da água. 
Então, um impulso pode nos levar a reduzir nossas necessidades internas, energizando e orientando nosso comportamento. Também os incentivos externos funcionam como estímulos positivos ou negativos para este comportamento. 
No entanto, a teoria dos impulsos nos diz que alguns comportamentos motivados, em vez de reduzirem uma necessidade fisiológica ou atenuarem a tensão, aumentam a excitação. Com o excesso de estimulação, acabamos nos sentindo estressados e procuramos uma maneira de diminuir a excitação. 
Por exemplo: a PMPE faz o curso de aperfeiçoamento de Sargento para atender as necessidades e incentivos externos, com isso busca caminhos que através de estímulos o direcionaao crescimento na sua carreira - pelo dinheiro, pela segurança, pela auto-estima, pela realização pessoal e tantos outros motivos que possam estar presentes.
Motivação Intrínseca e Extrínseca:Em qualquer situação da vida do homem, haverá sempre dois tipos de motivação para a realização de uma tarefa: A Motivação Intrínseca e a Motivação Extrínseca. 
A motivação intrínseca é o desejo de ser eficiente e de desempenhar um comportamento por si mesmo. As pessoas com motivação intrínseca encaram o trabalho ou a diversão com prazer e interesse. 
A motivação intrínseca estimula a realização. 
Como despertar a motivação intrínseca? 
Evitando sufocar o senso de autodeterminação das pessoas com recompensas extrínsecas de forma exagerada. Recompensas exageradas prejudicam o interesse intrínseco. 
A motivação extrínseca é procurar recompensas externas e evitar punições. 
Um líder estará sempre preocupado em comandar atendendo a realização do trabalho e a satisfação das pessoas de maneira tal que aumente a motivação. 
Os líderes eficientes cultivam a motivação intrínseca, prestam atenção às motivações das pessoas, fixam objetivos e escolhem um estilo de liderança apropriada para cada grupo. 
As recompensas extrínsecas podem ser utilizadas para determinar os comportamentos, como ex: 
Para controlar – "Se fizer isso, ganhará aquilo...”. 1 "Caso quebre esse galho pra mim, lhe facilitarei em...”. 
Para informar ou reforçar – "Foi sensacional... parabéns”. "Você é realmente muito bom no que faz”. 
Ciclo Motivacional: 
Aspectos importantes: 
• Um estímulo direciona uma necessidade motivando para a obtenção de algum objetivo; 
• O comportamento apresentado é voltado para alcançar o objetivo; 
• A realização do objetivo propriamente dita; 
• Novos estímulos surgem para motivar o comportamento humano e movimentá-los para novas realizações. 
Atuação dos motivos podem: 
Cooperar: Um estímulo pode cooperar com outros estímulos motivando o indivíduo a buscar novas e maiores realizações. 
Por exemplo: Um homem pode trabalhar para ganhar dinheiro (motivo). Com que objetivo? Para comprar o que deseja ou porque precisa sustentar sua família. 
Conflitar: O conflito é um processo natural, comum a todas as sociedades e grupos. As emoções podem influenciar o comportamento motivacional do indivíduo dificultando a busca da realização dos objetivos. 
Por exemplo: Um homem pode querer encontrar um novo emprego para ganhar mais dinheiro (motivo). Para que? Para ter uma vida mais tranqüila. No entanto, ele tem medo de fracassar e da responsabilidade que assumirá. 
O conflito pode servir como um dos motores do desenvolvimento pessoal e da evolução social, gerando oportunidades para aprender a partir dele e para se adaptar as diferenças e diversidades que caracterizam a sociedade. 
Tipos de Motivação
Consciente: É a motivação que você sabe e entende que está lhe impulsionando para agir.
Inconsciente: Você não sabe, não compreende o que o leva a agir. 
Em longo prazo: caracteriza-se pela persistência em realizar objetivos que estão no futuro mais distante, longe de serem alcançados; uma das dificuldades é vencer as resistências iniciais e dispor de energia para alcançá-los. 
Em curto prazo: caracteriza-se pela intenção em vencer os empecilhos que freqüentem ente surgem no caminho. Esse comportamento ajuda a estar periodicamente motivado. A pessoa administra melhor sua tarefa e encontra energia suficiente para "derrubar os muros". Cada etapa vencida traz a 1 experiência e o sentimento de vitória, conseqüentemente reforça a motivação em longo prazo, deixando os objetivos cada vez mais próximos - o que antes era percebido como distante e até inalcançável. 
Por exemplo: O método utilizado pelos Anônimos (AA, NA, etc.).
Frustração e Motivação- Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma barreira ou obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade. 
Toda vez que alguma satisfação é bloqueada por alguma barreira, ocorre a frustração. Havendo frustração a tensão existente não é liberada por meio de descarga provocada pela satisfação. Essa tensão acumulada no organismo mantém o estado de desequilíbrio.
O Ciclo Motivacional pode ter outra solução além da satisfação da necessidade ou da frustração, a Compensaçãoou Transferência. 
Ocorre a compensação (ou transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser satisfeita por meio da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva.
A fome só se satisfaz com alimentação, a sede somente com a ingestão de líquidos, se estes são os motivos a serem satisfeitos. Para as necessidades psicológicas e de auto-realização os objetivos são mais flexíveis e possibilitam transferência e compensações. 
A necessidade de prestígio, por exemplo, pode ser satisfeita pela preeminência social, sucesso profissional, poder do dinheiro ou ainda pela conduta atlética. 
Toda necessidade não satisfeita é motivadora de comportamento, porém, quando uma necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo frustrado.
Motivando Equipes Para mostrar uma equipe é importante que o líder avalie as motivações do seu pessoal e possa ajustar a eles seu estilo administrativo: 
• Desafie os subordinados que valorizam a realização a tentar coisas novas e a demonstrar excelência. Dê aos que valorizam o reconhecimento a atenção que desejam. 
• Coloque os que valorizam a afiliação numa unidade que tenha um sentimento de família e na qual as decisões sejam compartilhadas. 
• Motive os que valorizam o poder com competição e oportunidade para um sucesso triunfante. 
Iniciativas diferentes para pessoas diferentes, mas para cada uma, uma maneira de motivar. 
É importante observar que objetivos definidos, específicos, servem para orientar a atenção, promover o esforço e estimular estratégias criativas.
Quando as pessoas da equipe encontram um objetivo razoável, o fato de alcançá-lo ou não tem um impacto na própria auto-avaliação. Ou seja, para motivar o aumento da produtividade, os líderes eficientes trabalham com as pessoas para definir objetivos explícitos e obter compromisso, fornecendo depois feedback (retorno) sobre o trabalho. 
Moral é um conceito abstrato, intangível, porém perfeitamente perceptível. 
O moral é uma decorrência do estado motivacional, uma atitude mental provocada pela satisfação ou não-satisfação das necessidades dos indivíduos.
Como o moral está intimamente relacionado com o estado motivacional, na medida em que as necessidades dos indivíduos são satisfeitas pela organização. ocorre uma elevação do moral, enquanto, na medida em que as necessidades dos indivíduos são frustradas pela organização, ocorre um abaixamento do moral. 
Via de regra quando o moral está elevado é porque as necessidades individuais encontram meios e condições de satisfação. Quando o moral está baixo é porque as necessidades individuais encontram barreiras Internas ou externas que Impedem sua satisfação e provocam a frustração. 
Moral elevado é acompanhado de uma atitude de interesse. Identificação, aceitação fácil, entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho e geralmente em paralelo a uma diminuição dos problemas de supervisão e disciplina. 
O moral elevado desenvolve a colaboração, se apóia em uma base psicológica onde predomina o desejo de pertencer e a satisfação de trabalhar em grupo. 
Depende invariavelmente do clima de relações humanas que se desenvolve dentro de uma organização, principalmente quando a organização formal permite um adequado entrosamento com a organização informal, bem como quando as comunicações são de boa qualidade e o nível de supervisão é satisfatório.
Estrutura organizacional dos órgãos de pessoal da SDS/ PMPE.
5. CONCEITO DE GESTÃO DE LOGÍSTICA, PATRIMONIAL/MATERIAL.
No início de 1991, a logística e a estratégia competitiva, demonstraram sua importância. Como preparação para a Guerra do Golfo, os Estados Unidos e seus aliados tiveram que deslocar grandes quantidades de materiais a grandes distâncias,com tempo curto. Meio milhão de pessoas e mais de meio milhão de materiais e suprimentos tiveram que ser transportados através de 12.000 quilômetros por via aérea, mais 2,3 milhões de toneladas de equipamentos transportados por mar em questão de meses, usando os recursos da logística.
Ao longo da história do homem as guerras têm sido ganhas e perdidas através do poder e da capacidade da logística, ou a falta deles. Enquanto os generais dos tempos remotos compreenderam o papel crítico da logística, estranhamente, apenas num passado recente é que as organizações empresariais reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter na obtenção da vantagem competitiva. Em parte, deve-se esta falta de reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos benefícios da integração logística.
A distribuição física das mercadorias é um problema distinto da criação de demanda, com grandes falhas das operações de distribuição devido à falta de coordenação, entre a criação da demanda e o fornecimento físico, sendo pois uma questão que deve ser enfrentada e respondida antes de começar o trabalho de distribuição.
Entretanto, a logística não se refere apenas à distribuição física e sim, a gestão de estoques, armazenagem, distribuição, gestão de compras e transporte, além das atividades de apoio. Ao longo do tempo, a logística vem evoluindo, passando de ações isoladas para ações sinérgicas, ou seja, à logística integrada e, atualmente, supplychain management (gerenciamento da cadeia de suprimentos), aspectos estes que serão aqui abordados.
5.1Desenvolvimento do Conceito de Logística
Para a plena compreensão da logística é necessário não apenas o domínio dos conceitos e práticas, mas também um amplo entendimento de sua evolução histórica e sua correlação com a evolução de todo o gerenciamento industrial. A visão evolução histórica embasa uma visão crítica da situação atual, assim como das tendências logísticas.
Cinco etapas principais na evolução logística são apontadas em estudos recentes por Fleury et al (2000), sendo a primeira chamada “do campo ao mercado”, situada no início do século XX, teve como foco o problema de escoamento da produção agrícola. O marco inicial desta etapa é a publicação por John F. Crowell, em 1901, de um tratado sobre os custos e fatores que afetam a distribuição dos produtos agrícolas. Este foi o primeiro texto a abordar tais assuntos.
A segunda etapa, “funções segmentadas”, ocorreu entre os anos 1940 e 1960 e caracterizava-se pela especialização e ênfase nos desempenhos funcionais. Nesses anos o enfoque logístico era departamental, e os esforços eram todos para melhorar a eficiência dos elos, sem preocupação a integração da cadeia.
A partir de 1960 inicia a terceira etapa, chamada “funções integradas”. O enfoque então era na integração da logística interna, com ênfase no conceito de custo total e no tratamento sistêmico.  
“Logística consiste das atividades associadas à movimentação eficiente de produtos acabados, desde o final da linha de produção até o consumidor, e, em alguns casos, inclui a movimentação de matéria-prima da fonte de suprimentos até o início da linha de produção. 
Estas atividades incluem o transporte, a armazenagem, o manuseio dos materiais, o empacotamento, o controle de estoques, a escolha da localização de plantas e armazéns, o processamento de ordens, as previsões de ordens e os serviços aos clientes.” (1962).
A quarta etapa, “foco no cliente”, tem inicio a partir de 1980 e enfoca o estudo da produtividade e do custo dos estoques. A definição de logística então passou a ser:“Logística é o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo e estocagem dos materiais, do inventário de materiais em processo de fabricação, das mercadorias acabadas e correspondentes informações, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com a finalidade de ajustar às necessidades do cliente.“ (1986).
Por fim, a última etapa é a “logística como elemento diferenciador”, que corresponde a atualidade. Agora a logística é vista como meio de obter vantagem competitiva. Também se destaca o surgimento do conceito de gerenciamento da cadeia de suprimentos e a definição de logística do novo conselho passa a ser:
Gerenciamento Logístico é a parte da gestão da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla de maneira eficiente e efetiva os fluxos diretos e reversos, a armazenagem de bens, os serviços e informações relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo a fim de encontrar os requerimentos dos clientes.
Por fim, a Figura 1 apresenta um resumo esquemático da definição de logística.
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5.2 Componentes da Logística
A logística é composta de atividades primárias (transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos), as quais possuem fundamental importância na redução de custos e maximização do nível de serviços. As demais atividades (armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, suprimentos, planejamento e sistemas de informação) são consideradas atividades de apoio, pois dão suporte às atividades primárias com o intuito de satisfazer e manter clientes, além de maximizar a riqueza dos proprietários.
5.2.1 Gestão de estoques
As organizações procuram atender seus clientes imediatamente, disponibilizando a quantidade desejada, a fim de superar a concorrência, implicando, por vezes, em um volume demasiado de produtos em estoque. A má administração dos estoques pode ocasionar investimentos de capital desnecessários e conseqüentemente a perda de mercado consumidor. O estoque compreende desde a matéria-prima, produtos e peças em processo, embalagem, produto acabado, materiais auxiliares, de manutenção e de escritório, até os suprimentos.
Dessa forma, as empresas vêm buscando a redução da quantidade de produtos estocados e, para um maior controle e gerenciamento dos mesmos, as organizações utilizam-se de sistemas cada vez mais sofisticados, a fim de determinar o nível de segurança dos estoques, a qualidade do bem ou serviço, além da quantidade ideal a ser comprada.
Os estoques devem ser monitorados e avaliados constantemente, pois a gestão dos mesmos, depende cada vez mais de parâmetros para mensurar e controlar os produtos que são mantidos em estoques. Isso porque os estoques detêm grande parte dos custos logísticos, em função de envolver os custos de pedido, manutenção, falta de produtos, além de apólices de seguros, obsolescência, perdas e pessoal especializado.
5.2.3 Armazenagem
A armazenagem trata de procedimentos que visam à conservação e controle das mercadorias estocadas para posterior utilização e distribuição. Os itens, após recebimento, são armazenados em depósitos ou centros de distribuição, os quais são escolhidos de acordo com o produto a ser estocado e sua quantidade, além da distância do cliente e o transporte, relacionando o melhor custo-benefício para todos os envolvidos.
Os centros de distribuição podem ser em depósitos próprios, administrados pela empresa, em depósitos públicos ou em depósitos contratados, os quais aliam características dos primeiros (BOWERSOX e CLOSS, 2001). A gestão de armazenagem, se bem administrada, proporciona à empresa maior vantagem no que se refere à redução de custos, tempo de deslocamento e maior agilidade em atender seus clientes com qualidade.
5.2.4 Distribuição
O processo de distribuição não se refere apenas ao transporte de matérias-primas ou produtos, trata-se de uma atividade que engloba os procedimentos adotados, os serviços, o transporte de materiais e produtos, a fim de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes com qualidade, agilidade, ao menor custo.
As etapas que compõem os canais de distribuição dos produtos e materiais iniciam-se com o pedido do cliente, que é transmitido e processado, posteriormente o mesmo é separado e transportado até o cliente para ser entregue, conseqüentemente se o cliente sentir-se satisfeito, formar-se-á um ciclo, ou seja, uma relação de fidelidade entre o fornecedor e cliente.
5.2.5 Gestão de ComprasA gestão de compras abrange desde a escolha do fornecedor até a entrada dos suprimentos na organização, assim, o pedido deve atender às necessidades e exigências dos clientes, no que se refere à qualidade, quantidade, prazos, custos, entre outros requisitos, além de envolver elevado volume de recursos. O responsável pelas compras na organização responde pela aquisição de materiais na quantidade e qualidade desejadas, no tempo necessário ao melhor preço possível, do fornecedor adequado.
O sucesso da gestão de compras está relacionado ao gerenciamento dos pedidos, visando à satisfação do cliente. Com base em informações estratégicas de seus clientes potenciais a organização identifica as necessidades dos mesmos, desenvolvendo um relacionamento de parceria. Essa parceria é desenvolvida não só com clientes, mas com fornecedores, que são de extrema relevância na obtenção de baixos níveis de estoque e o ressuprimento contínuo. Através da parceria com fornecedores, as organizações conseguem negociar o volume de pedidos, fracionando o fornecimento em menores quantidades, reduzindo assim, seus estoques e satisfazendo seus clientes.
5.2.6 Transporte
O transporte engloba as diferentes formas de movimentar os materiais ou produtos, seja interna ou externamente. A escolha do transporte adequado está diretamente relacionada à qualidade dos serviços junto ao cliente, variando de acordo com o produto, com a distância e com os custos.
O transporte de produtos ou matérias-primas ocorre através de modais que podem ser rodoviários, ferroviários, aéreos, dutoviários ou navais, cuja escolha considera o custo, o tempo de entrega e as possíveis variações de adaptabilidade dos respectivos modais à carga e destino. Atualmente, no Brasil, o transporte rodoviário vem sendo o mais utilizado, com participação de 63% (BERTAGLIA, 2003), proporcionando a entrega de forma ágil e precisa, no local e condições desejadas pelo cliente, além de ser confiável e estar disponível em todo o território nacional.
A logística é responsável pela integração e sincronia entre dois fluxos: o de informações e o físico. Dessa forma, através da logística é possível assegurar a satisfação do cliente ao longo do tempo, em cadeia desde os fornecedores, transportes, distribuidores, varejista, clientes, fluxo de materiais, recuperação e reciclagem, fluxo de informação, fluxo financeiro e recursos humanos.	
Para satisfazer essas exigências, não é suficiente que logística se ocupe somente da entrega dos produtos aos clientes, dos artigos comerciais e dos serviços que possui no momento. Necessita, também, reorganizar globalmente as funções de abastecimento de materiais, componentes, de produção e de compra no atacado, a função de desenvolvimento dos produtos e de distribuição física, a função de vendas e, assim por diante; é necessário estruturá-las juntamente e fazer das mesmas um sistema. As várias empresas devem definir solidariamente suas finalidades, extraindo-as dos conteúdos desses conceitos.
O gerenciamento logístico busca contribuir para a excelência no processo de gerenciamento e estratégia organizacional, visando à redução de custos e melhoria dos serviços das companhias.
6. PREVISÕES DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS E SERVIÇOS;
O planejamento de necessidades de materiais (MRP) é um sistema lógico de calculo que converte a previsão de demanda em programação da necessidade de seus componentes. A partir do conhecimento de todos os componentes de um determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos, com base na visão de futuro das necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no suprimento das necessidades da produção.
Como conceitos básico pode-se dizer que o MRP tem como objetivo definir as quantidades e momentos em que cada item deve ser produzido ou comprado, a fim de atender o planejamento da produção, e para isso ressalta que as estruturas de produto devem estar perfeitamente definidas assim como os tempos de obtenção ou fabricação, além das informações sobre inventários que deve ser a mais acurada possível.
O MRP realiza cálculos por meio da projeção de inventários em função do planejamento da produção. Um dos pontos importantes é o tempo de resposta do sistema, qualquer replanejamento que venha a ser necessário é facilmente visualizados os seus impactos nos inventários, mostrando a viabilidade de tal replanejamento assim como as alterações que serão necessárias para atender os objetivos.
O MRP trabalha com as necessidades exatas de cada item, melhorando assim o atendimento aos consumidores, minimizando os estoques em processo e aumentando a eficiência da fábrica, obtendo assim, menores custos e conseqüentemente alcançando melhores margens de lucro. Mas para tudo isso, é fundamental que sejam estabelecidos corretamente todos os parâmetros do sistema.
A parametrização do sistema MRP é uma das atividades mais importantes para o perfeito funcionamento do sistema. É necessário que a empresa mantenha certos dados em arquivo de computador, os quais, quando o programa MRP é rodado, são recuperados, usados e atualizados. Além das informações básicas sobre a estrutura do produto e o lead time de processo ou de fornecedor, deve-se levar em consideração algumas realidade e particularidades das empresas. Como exemplo pode-se citar um fornecedor que não seja 100%, neste caso deve-se optar por um estoque de segurança maior na parametrização, outro caso seria um equipamento que não tem 100% de estabilidade, parametrizando assim o lead time de processo com alguma folga caso ocorra algum problema.
Não entrando no mérito das particularidades, os parâmetros básicos para um perfeito funcionamento do MRP são:
· Estrutura do Produto: é a especificação da quantidade de cada item que compõem um produto.
· Tempo de Reposição: é o tempo gasto entre a colocação do pedido até o recebimento do material.
· Tempo de Fabricação: é o tempo gasto do início até o termino da produção.
· Tamanho do lote de fabricação: é a quantidade de fabricação de determinado item de forma que otimize o processo.
· Tamanho do lote de reposição: é a quantidade de determinado item que se adquire de cada vez, visando também a otimização de custos.
· Estoque mínimo: é a quantidade mínima que deve ser mantida em estoque, seja de matéria-prima ou produto acabado.
· Estoque Máximo: é o nível máximo que os estoques devem chegar.
Estes parâmetros devem tornar o MRP apto a responder: o que, quanto e quando serão necessários os componentes para cumprir a demanda de produtos finais.
Estrutura organizacional dos órgãos de Logística e patrimônio da SDS/ PMPE.
7. GESTÃO DE ALMOXARIFADO;
O Almoxarifado é o local destinado à guarda, localização, segurança e preservação do material adquirido, adequado à sua natureza, a fim de suprir as necessidades operacionais dos setores integrantes da estrutura organizacional da PMPE.
 Sendo assim, o Almoxarifado tem como suas principais funções: 
- Receber e conferir os materiais adquiridos ou cedidos de acordo com o documento de compra (Nota de Empenho e Nota Fiscal) ou equivalentes;
- Receber, conferir, armazenar e registrar os materiais em estoque; 
- Registrar em sistema próprio as notas fiscais dos materiais recebidos; 
- Encaminhar ao Departamento de Contabilidade e Finanças as notas fiscais para pagamento; 
- Elaborar estatísticas de consumo por materiais e centros de custos para previsão das compras; 
- Elaborar balancetes dos materiais existentes e outros relatórios solicitados; 
- Preservar a qualidade e as quantidades dos materiais estocados; Viabilizar o inventário anual dos materiais estocados; 
- Garantir que as instalações estejam adequadas para movimentação e retiradas dos materiais visando um atendimento ágil e eficiente; 
- Organizar e manter atualizado o registro de estoque do material existente; 
- Propor políticas e diretrizes relativas a estoques e programação de aquisição e o fornecimento de material de consumo; 
- Estabelecer normas de armazenamento dos materiaisestocados; 
- Estabelecer as necessidades de aquisição dos materiais de consumo para fins de reposição de estoque, bem como solicitar sua aquisição.
7.1 Estoque e armazenamento de material,Inventário
Há muito tempo atrás, quando ocorreu a invasão árabe na Península Ibérica, a palavra alxarif designava a pessoa de confiança do Sultão, responsável pela guarda dos bens do seu senhor. 
A própria origem da palavra Almoxarife vem deste vocábulo, que através de metaplasmos de transformação, chegam assim até os nossos dias, gerando também o nome para o setor: Almoxarifado (Viana, 2000). 
Os Almoxarifados primitivos eram caracterizados como depósitos, localizados em grande parte, nos piores e mais inadequados locais de uma empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão de obra desqualificada. 
Com o tempo, surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção das informações.
Dentre outras palavras o Almoxarifado pode ser conceituado como sendo o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa. 
O responsável pelo Almoxarifado, denominado também como Almoxarife, deve possuir alto grau de honestidade, lealdade, confiança e disciplina. 
Os principais objetivos de um Almoxarifado são: 
- Assegurar que o material esteja armazenado em local seguro e na quantidade ideal de suprimento; 
- Impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza; 
- Preservar a qualidade e as quantidades exatas; 
- Possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente. 
A eficiência de um Almoxarifado depende fundamentalmente: 
- Da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do consequente aumento do número das viagens de ida e volta; 
- Do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas; 
- Da melhor utilização de sua capacidade volumétrica. 
A organização funcional de um Almoxarifado pode ser resumida utilizando-se de suas principais atribuições, sendo: 
- Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;
- Entregar os materiais aos seus usuários mediante requisições autorizadas;
- Manter atualizados os registros necessários. 
Embora não haja menção na estrutura organizacional do Almoxarifado, o controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor funcional envolvido, sendo: recebimento, armazenagem e distribuição.
O controle deve fornecer a qualquer momento as quantidades que se encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas. 
Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa. As atribuições básicas do recebimento são: 
- Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais; 
- Analisar a documentação recebida, verificando se a compra foi autorizada; Controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos; 
- Proceder a conferência visual, verificando as condições da embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas nos respectivos documentos; 
- Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos; 
- Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso; Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor; 
- Liberar o material desembaraçado para estoque no Almoxarifado. 
As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais compõe um sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.
O recebimento compreende quatro fases: 
- Entrada de materiais; 
- Conferência quantitativa; 
- Conferência qualitativa; 
- Regularização.
O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes situações: 
- Liberação de pagamento ao fornecedor; 
- Liberação parcial de pagamento ao fornecedor; -
- Devolução de material ao fornecedor; -
- Reclamação de falta ao fornecedor; 
- Entrada do material no estoque. 
A armazenagem dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser definidos no sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação. Compreende as fases da armazenagem dos materiais:
- Verificação das condições de recebimento do material; 
- Identificação do material;
- Guarda na localização adotada; 
- Informação da localização física de guarda; 
- Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;
Separação para distribuição. Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do layout de um Almoxarifado, de forma que se possam obter as seguintes condições: 
- Máxima utilização do espaço; 
- Efetiva utilização dos recursos disponíveis (mão de obra e equipamentos); 
- Pronto acesso a todos os itens; 
- Máxima proteção aos itens estocados; 
- Boa organização; 
- Satisfação das necessidades dos clientes. 
No projeto de um Almoxarifado devem ser verificados os seguintes aspectos: 
- Itens a serem estocados (itens de grande circulação, peso e volume); Corredores (facilidades de acesso); 
- Portas de acesso (altura, largura); 
- Prateleiras e estruturas (altura e peso); 
- Piso (resistência). 
Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-se em função de parâmetros como: fragilidade, combustão, volatilização, oxidação, explosão, intoxicação, radiação, corrosão, volume, peso, forma. 
Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem a regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos no Almoxarifado.
Por essa razão, devem-se analisar, em conjunto, os parâmetros citados anteriormente, para depois decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando a alternativa que melhor atenda ao fluxo de materiais. 
Com relação à localização dos materiais, o objetivo é estabelecer os meios necessários à perfeita identificação da localização dos materiais. Normalmente é utilizada uma simbologia (codificação) alfanumérica que deve indicar precisamente o posicionamento de cada material estocado, facilitando as operações de movimentação e estocagem. 
O Almoxarife é o responsável por este sistema e deverá possuir um esquema do depósito com o arranjo físico dos espaços disponíveis por área de estocagem.
A distribuição dos materiais estocados deve ser realizada mediante programação ou necessidade dos demais departamentos de uma empresa, normalmente, se faz por meio de requisição específica.
Inventários e Tomada de Contas do Almoxarifado Os necessários controles dos materiais em estoque no Almoxarifado serão feitos por meio de inventários que poderão ser efetuados semanalmente, mensalmente ou anualmente. 
Os inventários consistem na verificação dos materiais existentes de acordo com os relatórios processados pelo sistema eletrônico do Almoxarifado. Os estoques serão obrigatoriamente contabilizados, fazendo-se a Tomada Anual das Contas dos responsáveis objetivando verificar se os procedimentos estão de acordo com as disposições legais que a regulamentam. Portanto, a Tomada de Contas do Almoxarife tem por finalidade: 
- Relacionar e especificar detalhadamente o material existente em estoque; 
- Apurar o material em estoque para fins de transferência de responsabilidade;-Analisar os documentos que controlam as atividades de entrada e saída dos materiais; 
- Avaliar as condições de armazenamento dos materiais estocados;
- Avaliar a disposição física dos materiais a fim de verificar a praticidade na sua movimentação; 
- Analisar o funcionamento sistemático do Almoxarifado como um todo a fim de verificar se o seu gerenciamento está se procedendo de maneira a satisfazer as necessidades a que se destina; 
- Apurar o material em estoque para fins de encerramento quando da extinção ou transferência de órgãos e entidades. 
A Tomada de Contas do Almoxarifado pode ocorrer: 
- No final de exercício: elaborado no mês de dezembro de cada ano;
- Na passagem de responsabilidade: quando houver mudança de responsável pelo Almoxarifado; 
- No encerramento: quando o órgão for extinto ou transferido. 
Todos os trabalhos inerentes à Tomada de Contas devem ser efetuados por meio de uma Comissão específica composta de, no mínimo, três pessoas diferentes das que trabalham no Almoxarifado. 
Compõe o processo de Tomada de Contas do Almoxarifado: 
- Portaria de nomeação da Comissão; 
- Relatórios de saldos e movimentações de materiais do estoque; 
- Termo de Conferência; 
- Encaminhamentos; 
- Despacho do Comandante. 
Gestão de Frotas/Gestão de Material Bélico/Gestão de telecomunicações.
8. GESTÃO ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA
Previsão Constitucional: A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 165 estabelece que Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano Plurianual;
II – as Diretrizes Orçamentárias;
III – os Orçamentos anuais.
Orçamento: Plano de trabalho governamental, expresso em termos monetários, que demonstra as origens (receita) e aplicações (despesas) de recursos previstos, evidenciando a política e os programas de governo – Orçamento – Programa.
O Orçamento materializa-se através da Lei Orçamentária Anual – LOA, onde são estimadas todas as receitas arrecadáveis (impostos, taxas, serviços, dívida ativa, etc.) e autorizadas todas as despesas realizáveis (pessoal civil, material de consumo, serviços de terceiros – PF, etc.).
Princípios Orçamentários: 
Anualidade ou Periodicidade – O orçamento público deve ser elaborado para vigorar por um exercício financeiro, no Brasil é o período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro;
Unidade – Só deve existir um orçamento público para cada exercício financeiro;
Universalidade – Todas as despesas e receitas juridicamente realizáveis devem constar no orçamento público;
Equilíbrio – Deve-se buscar o equilíbrio entre receita e despesa, ou seja, não é prudente gastar mais do que se arrecada;
Exclusividade – No orçamento público não devem constar matérias estranhas à previsão da receita e autorização da despesa;
Especificação – As receitas e despesas públicas constantes do orçamento devem ser detalhadamente especificadas, não devem constar dotações globais;
Publicidade – Principio que permeia toda a administração pública, ao orçamento público deve ser dada toda a publicidade, conforme os procedimentos legais pertinentes;
Plano Plurianual – PPA (Art. 165, CF 1988): O PPA é um instrumento de planejamento estratégico das ações do governo para um período de quatro anos, identificado com um "plano de governo" que deve espelhar e materializar, de forma bem concreta, as promessas do candidato eleito.
Receita Pública - Conceito: toda entrada de recursos no erário, para honrar os gastos que precisam ser realizados.
A fonte de recursos é um mecanismo integrador entre receita e despesa, que consiste em um código de destinação de recursos, exercendo dois papéis fundamentais na execução orçamentária. Para receita orçamentária, este código indica a destinação de recursos para executar determinadas despesas, e, para a despesa, é identificada a origem dos recursos que serão aplicados.
Ao identificar a receita orçamentária por meio de um código de destinação, garante-se a reserva desse recurso para a despesa correspondente, possibilitando o atendimento do Parágrafo único do artigo 8º da LRF e o artigo 50, inciso I da mesma Lei.
Despesa Pública - Conceito: Conjunto de dispêndios que o Estado realiza para o funcionamento dos serviços públicos e custeio da máquina administrativa visando o bem estar da coletividade, devidamente autorizados e previstos na LOA.
A despesa pública corresponde à aplicação de certa quantia, em dinheiro, ou ao reconhecimento de uma dívida por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa (orçamento) visando a uma finalidade de interesse público.
Código de Natureza Orçamentária - O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento. Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo.
Categoria econômica
3 – Despesas correntes – São todas as despesas que não contribuem para formação ou aquisição de um bem de capital.
4 – Despesas de capital - São todas as despesas que contribuem para formação ou aquisição de um bem de capital.
Grupo de despesa
1 – Pessoal e encargos sociais – São despesas de natureza remuneratória (pagamento de salários, pensões e benefícios).
2 – Juros e encargos da dívida – São despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas ou externas contratadas, bem como a dívida pública mobiliária.
3 – Despesas correntes – São despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, etc... (despesas de custeio).
4 – Despesas de capital - São despesas com o planejamento e a execução de obras, aquisição de imóveis e materiais permanentes.
5 – Inversões Financeiras – São despesas com aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento de capital.
6 – Amortização da dívida – São despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Modalidade de aplicação
20 – Transferências a União – São despesas realizadas mediante transferência de recursos a União.
30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal – São despesas realizadas mediante transferência de recursos da União ou dos Municípios aos Estados e Distrito Federal.
40 – Transferências a Municípios - São despesas realizadas mediante transferência de recursos da União ou dos Estados aos Municípios.
50 – Transferências a Instituições Privadas sem fins lucrativos – São despesas realizadas mediante transferência de recursos a entidades sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
60 – Transferências a Instituições Privadas com fins lucrativos – São despesas realizadas mediante transferência de recursos a entidades com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.
70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais – São despesas realizadas mediante transferência de recursos a entidades criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil.
80 – Transferências ao Exterior - São despesas realizadas mediante transferência de recursos a órgãos e entidades governamentais pertencentes a outros países.
90 – Aplicações Diretas – Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados;
99 – Reserva de Contingência – Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, podendo ser utilizada para classificação orçamentária da Reserva de Contingencia.
Elemento de Despesa
15 – Diárias Militar – Despesas decorrentes do deslocamento do militar da sede de sua unidade por motivo de serviço, destinadas a indenização das despesas com pousada e alimentação.
30 – Material de Consumo – Despesas com material de consumo.
39 – Outros Serviços Terceiro – Pessoa Jurídica – Despesas decorrentes da prestação de serviços por pessoa jurídicas para

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