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Apostila - PICM - TC Vilmarde-1

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1
Conteudista
TC QOPM Vilmarde Barbosa da Costa
Volume I
Curso de Formação de Sargentos - 2017
Conteúdo
 1 Noções de Processo Administrativo Disciplinar e Procedimentos de Polícia Judiciária Militar 
1.1 Os feitos disciplinares e investigativos existentes na Corporação e suas respectivas finalidades, com atenção as autoridades instauradoras e instrutoras naturais. 
1.2 Distinções entre o Processo Administrativo Disciplinar e Procedimentos de Polícia Judiciária Militar
2. INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM) 
2.1 Aspectos legais previstos no CPPM que tratam da designação e atribuições do escrivão 
2.2 Como fazer uma Capa e sua respectiva autuação?
2.3 Como fazer uma Portaria?
2.4 Como fazer e o porquê da designação e compromisso do escrivão?
2.5 Como e o porquê fazer os autos conclusos ao encarregado?
2.6 Como e o porquê de elaborar o recebimento, certidão e juntada?
2.7 Como e o porquê de enumerar as folhas dos autos?
2.8 Como fazer um mandado de intimação para civil e solicitação de militar para depor?
2.9 Como preparar as oitivas de testemunhas, ofendido e investigado/indiciado?
2.10 Como preparar a inquirição de acareação 
2.11 Como preparar o procedimento relativo ao Reconhecimento de Pessoas 
2.12 Como preparar o auto de apreensão de coisas
3. AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO MILITAR ( APFDM) 
3.1 Aspectos legais previstos no CPPM que tratam da designação e atribuições do escrivão 
3.2 Como fazer uma capa e sua respectiva autuação
3.3 Como fazer e o porquê da nomeação e compromisso do escrivão
3.4 Como fazer e o porquê da nota de culpa 
3.5 Como fazer e o porquê da notificação a Família 
3.6 Como fazer e o porquê da notificação ao Juiz Militar do Estado 
3.7 Como fazer e o porquê da notificação ao Corregedor Geral e ao Comandante 
3.8 Como encaminhar o autuado ao CREED/PMPE
4. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES MILITARES
4.1 Aspectos legais previstos na legislação quanto às atribuições do escrivão.
4.1Como fazer uma Capa e sua respectiva autuação?
4.2 Como fazer uma Portaria?
4.3 Como fazer e o porquê da nomeação e compromisso do escrivão?
4.4 Como fazer e o porquê dos autos conclusos?
4.5 Cumprimento do despacho, com elaboração de recebimento, certidão e juntada.
4.6 Como e o porquê de enumerar as folhas dos autos?
4.7Como fazer um mandado de notificação para civil e solicitação de militar para depor?
4.8Como preparar as audiências de oitivas de testemunhas, ofendido e interrogatório?
4.9Como preparar a audiência de acareação?
4.10 Como preparar o audiência relativa ao Reconhecimento de Pessoas?
4.11 Como preparar o auto de apreensão de coisas?
4.12 Como fazer e o porquê de vistas a defesa?
Noções de Processo Administrativo Disciplinar e Procedimentos de Polícia Judiciária Militar 
1.1 Os feitos disciplinares e investigativos existentes na Corporação e suas respectivas finalidades, com atenção às autoridades instauradoras e instrutoras naturais. 
Inquérito Policial Militar (IPM)
	O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal (CPPM, art. 9º). A propositura da ação penal pública é exclusiva do Ministério Público (Cf, art. 129, I), que a fará na Justiça Militar do Estado, a quem compete processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
A lei que define o crime militar é o Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969, que fez entrar em vigor o Código Penal Militar.
Será encarregado sempre um oficial de posto superior ao do investigado e não sendo possível a designação de oficial de posto superior, poderá ser feita a de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo (CPPM, art. Art. 7º, § 2º). 
O inquérito Policial Militar é iniciado mediante portaria nas seguintes hipóteses: de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do infrator;por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;em virtude de requisição do Ministério Público;por decisão do Superior Tribunal Militar; a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar e quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de infração penal militar.
Entretanto, na Polícia Militar, as hipóteses de ofício ou por determinação ou delegação de autoridade superior são as mais comumente realizadas, diante do cenário institucional. 
Desta forma, ao tomar conhecimento da infração penal militar por meio de notitia criminis espontânea, ou provocada, a autoridade da polícia judiciária militar, em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infração penal, atendida a hierarquia do infrator (CPPM, art. 10, a), expedirá portaria, instaurando o IPM ou delegará suas atribuições de polícia judiciária militar ao subordinado hierárquico Se, todavia, a autoridade militar somente delegou as atribuições de polícia judiciária, o oficial que recebeu a delegação expedirá portaria instaurando o IPM(LOBÃO, 2009).
Auto de Prisão em Flagrante Delito Militar
	O Auto de Prisão em Flagrante Delito Militar, mais de que qualquer outro procedimento penal, deve ser feito com o máximo cuidado possível e observados os preceitos legais, já que é medida cautelar que restringe o direito de liberdade. 
	Ocorrerá a prisão por crime militar nas hipóteses de em flagrante delito quando: está cometendo o crime;acaba de cometê-lo;é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o seu autor e é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que façam presumir a sua participação no fato delituoso (CPPM, art. 244). 
	Em qualquer uma destas hipóteses, será apresentado o preso ao comandante ou ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou autoridade correspondente, ou à autoridade judiciária,que, por qualquer deles, ouvirá o condutor e as testemunhas que o acompanharem, bem como inquirido o indiciado sobre a imputação que lhe é feita, e especialmente sobre o lugar e hora em que o fato aconteceu, lavrando-se de tudo auto, que será por todos assinado.
	Diz aindaem suma o artigo 27 do CPPM, que se, por si só, for suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem demora ao juiz competente. 
	Assim se vê, que embora qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja encontrado em flagrante delito (Art. 243 do CPPM), a formalização do APFDM, deve ocorrer pelo comandante, diretor e/ou chefe, que tem legalmente a atribuição de polícia judiciária militar ou por quem este delegar as referidas atribuições ou ainda, por oficial de serviço, respeitado em todo caso, a hierarquia. 
Conselho de Justificação 
É um Processo Administrativo Disciplinar Militar Especial, composto por 03 (três) oficiais superiores da ativa (lei n. 11929/2001, art. 7º), previsto na lei Estadual n. 6957/75 e na lei federal n.5836/72, que tem por escopo julgar, a incapacidade do oficial da Polícia Militar ou do Corpode Bombeiro Militar de permanecer na ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se justificar.Aplica-se também ao oficial da reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra.
Outras leis estaduais, tais como a 11929/2001 e as leis complementares números 106/2008 e 158/2010, promoveram mudanças significativa no Conselho de Justificação. Entre outras, destaca-se que a submissão do oficial a Conselho de Justificação ocorre, por força do art. 3º, parágrafo 2º, da lei 6957/75, alterada pela LC n. 158/2010, por indicação do Secretário de Defesa Social, do Corregedor Geral da Secretaria de Defesa Social ou dos Comandantes Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar ao Governador do Estado.
Independentemente de qualquer uma das autoridades que indique, a submissão do Oficial a Conselho de Justificação só ocorrerá por ato do governador do Estado (lei n. 6957/75, art. 2º, § 2º) e o julgamento quanto a perda do posto e da patente sempre ocorrerá no TJPE (Cf, Art. 42, § 1º c/c Art. 142, § 3º, VII). 
Conselho de Disciplina
É um Processo Administrativo Disciplinar Especial, composto por 03 (três) oficiais intermediários e subalternos da ativa (lei n. 11929/2001, art. 7º) previsto no decreto n. 3639/75 e que tem por escopo julgar, a incapacidade do Aspirante-a-Oficial PM e das demais praças com estabilidade assegurada, para permanecerem na ativa criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se defenderem. Aplica-se também ao AspiranteaOficial PM e às demais praças das Polícias Militares, reformados ou na reserva remunerada, presumivelmente incapazes de permanecerem na situação de inatividade em que se encontram.
Outras leis estaduais, da mesma forma como ocorreu com o Conselho de Justificação, tais como a 11929/2001 e as leis complementares números 106/2008 e 158/2010, promoveram mudanças significativa no Conselho de Disciplina. Entre outras, destaca-se que o Corregedor Geral, quando o seu requisitório encaminhado ao Comandante Geral para submeter a praça a Conselho de Disciplina, não for atendido no prazo de 15(quinze) dias, ele próprio, poderá instaurar o referido feito disciplinar (Lei n. 11929/2001, art. 7º, § 6º). 
Independente de qualquer uma das autoridades que submeta a Conselho de Disciplina, o julgamento, inclusive quanto a aplicação da pena de exclusão, será realizado pelo Secretário de Defesa Social. 
Processo de Licenciamento 
É uma espécie de Processo Administrativo Disciplinar, apresentado por escrito, para a apuração, quando julgada necessária pela autoridade competente, de ato ilícito, imputado à praça sem estabilidade da PMPE, que afete a honra pessoal, o decoro da classe, o sentimento do dever e o pundonor militar (portaria n 088/2007, publicada no SUNOR n. 002/2007,art. 2º).Outra hipótese de submissão de uma praça sem estabilidade a processo de licenciamento a bem da disciplina, ocorre quando o militar processado encontra-se no comportamento mau há no mínimo 1 (um) ano, continua tendo conduta irregular, ou procedendo incorretamente no desempenho de suas funções. 
 A competência para instaurar o Processo de Licenciamento ex ofício a bem da disciplina é do comandante, diretor ou chefe, inobstante o julgamento, já que pode em sede deste feito aplicar a pena de licenciamento, é de competência do Comandante Geral da PMPE (portaria n 088/2007, publicada no SUNOR n. 002/2007, art. 4º). Para tanto, o encarregado designado pela autoridade competente será sempre um Oficial (portaria n. 088/2007, publicada no SUNOR n. 002/2007, art. 7º).
Sindicância Disciplinares Acusatórias 
É o processo formal de rito sumário, com possibilidade de aplicação de pena, conduzida por 01 (um) ou mais servidor estável, no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogávelpor até igual período, cuja finalidade é a apuração das infrações disciplinares e sua autoria, desde que o(s) fato(s) não seja(m) grave(s) de modo a suscitarem a instauração de Processo Administrativo (PAD) de rito ordinário (Ins. Normativa n. 002/2016/Cor. Geral/SDS, art. 3º).O PAD de rito ordinário que será instaurado quando o fato for mais grave, é o Conselho de Justificação, Conselho de Disciplina ou Processo de Licenciamento a bem da disciplina, conforme o caso.
É competente para instaurar sindicância e designar autoridade sindicante, o Corregedor Geral da Secretaria de Defesa Social(SDS/PE), conforme previsão na Lei Estadual nº 11.929/2001, e as autoridades previstas no art. 10, da lei estadual n. 11.817, de 24 de julho de 2000 (Ins. Normativa n. 002/2016/Cor. Geral/SDS, art. 4º). A autoridade instauradora pode delegar a instrução a Oficiais, Aspirantes a Oficiais, Subtenentes ou Sargentos com Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS),respeitada a precedência hierárquica em relação ao sindicado militar (Ins. Normativa n. 002/2016/Cor. Geral/SDS, art. 5º, §2º). Destaca-se que o julgamento da sindicância, quando instaurada pelo Corregedor Geral em desfavor de militar do Estado, acontecerá sempre pelo Secretario de Defesa Social. Entretanto, quando for instaurada pelo comandante, diretor ou chefe, este mesmo fará o julgamento do citado feito disciplinar. Do julgamento da sindicância, o militar só poderá ser penalizado com as penas de detenção ou prisão, conforme o caso. 
Investigação Preliminar
	
É procedimento administrativo disciplinar, célere, dirigido à apuração, à busca e à coleta de dados indiciários que possam revelar a autoria e/ou a materialidade de fato que possa constituir transgressão disciplinar (Ins. Normativa n. 002/2016/Cor. Geral/SDS c/c Prov. Correcional – Cor. Geral n. 002/2015, art. 3º). Antecede se for o caso, os Conselhos de Justificação e Disciplina, o Processo de Licenciamento, a Sindicância Disciplinar Acusatória e até o próprio Inquérito Policial Militar, já que pode servir como elemento informativo de prova sempre que estiverem presentes indícios de autoria e materialidade, a critério da autoridade que determinar a instauração de um dos processos administrativos disciplinares acima citados ou até do Inquérito Policial Militar. 
A Investigação Preliminar será instaurada por despacho pelo comandante, diretor ou chefe quando fato carecedor de indícios de autoria e/ou materialidade, bem como os noticiados anonimamente (Ins. Normativa n. 002/2016/Cor. Geral/SDS c/c Prov. Correcional – Cor. Geral n. 002/2015, art. 2º)
Distintamente dos Conselhos de Justificação e Disciplina, do Processo de Licenciamento e da Sindicância Disciplinar Acusatória, que requerem que sejam assegurados os princípios da ampla defesa e do contraditório, a Investigação Preliminar, é inquisitiva, servindo tão somente, como já dito, como elemento informativo de prova. Ou seja, do julgamento de uma Investigação Preliminar, a autoridade julgadora se não arquivar o feito, instaurará ou requererá a instauração de um Conselho de Justificação ou de Disciplina, ou de um Processo de Licenciamento ou de uma Sindicância Disciplinar Acusatória e/ou até um Inquérito Policial Militar. 
Distinções entre o Processo Administrativo Disciplinar e Procedimentos de Polícia Judiciária Militar
	Enquanto o inquérito policial militar e o auto de prisão em flagrante delito militar são procedimentos de polícia judiciária militar, inquisitivos, desprovidos dos princípios da ampla defesa e do contraditório, os Conselhos de Justificação e Disciplina, do Processo de Licenciamento e Sindicância Disciplinar Acusatória possuem natureza de processo e nestes devem ser assegurados todo o devido processo legal. 
	O inquérito policial militar e/ou auto de prisão em flagrante delito militar tem por destinação o Ministério Público, a quem, como já visto, denunciará ou não o militar do Estado na Justiça Militar do Estado, não podendo o comandante, diretor ou chefe determinar seu arquivamento, Entrementes, os processos administrativos disciplinares tem por destinação a própria autoridade administrativa, que o julgará, salvo o Conselho de Justificação, que após concluso, será encaminhado ao TJPE, para julgamento,em razão da vitaliciedade do oficial prevista na Cf/88.
	Distingue-se também o Processo Administrativo Disciplinar Militar dos Procedimentos de Polícia Judiciária Militar, em razão da aplicação de penas. No primeiro, a pena é disciplinar e tem natureza administrativa. Já nos segundos, o comandante, diretor ou chefe, não pode aplicar nenhuma pena, pois trata apenas de elementos informativos de provas. 
	
2 INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM) 
2.1 Aspectos legais previstos no CPPM que tratam da designação e atribuições do escrivão 
Embora não se fale em nulidade de Inquérito Policial Militar, entretanto a elaboração correta de um Inquérito Policial Militar aumenta sua credibilidade. Deve-se sempre levar em consideração a obediência às formalidades previstas em Lei. 
	Sendo assim, para todo Inquérito Policial Militar, deve-se ser designado um escrivão. A designação caberá ao respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para aquele fim, recaindo em segundo ou primeirotenente, se o indiciado for oficial, e em sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos (CPPM, art. 11). 
	Assim que designado pela autoridade, o escrivão fará o compromissoprestará compromisso de manter o sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as determinações do Código de Processo Penal Militar, no exercício da função (CPPM, art. 11, parágrafo único).
O compromisso de manter o sigilo decorre de sua característica sigilosa do Inquérito Policial Militar, essencial para o desenvolvimento da investigação e a preservação da intimidade do investigado. Além de que, a guarda dos autos é de responsabilidade do escrivão. 
Todas as peças do Inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só processado e datilografadas (hoje digitadas), em espaço dois com as folhas numeradas e rubricadas pelo escrivão (CPPM, art. do 21).E mais, de cada documento junto, a que precederá despacho do encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o respectivo termo, mencionando a data (CPPM, art. do 21, parágrafo único).
Compete também ao escrivão, cumprir as determinações exaradas pelo encarregado nos despachos de movimento dos autos. Cabe ainda ao escrivão a entrega de documentos e outras diligências necessárias e determinadas pelo encarregado. 
2.2 Como fazer uma Capa e sua respectiva autuação
	A capa é a folha número 001 dos autos do Inquérito Policial Militar. Será contada, porém o escrivão não rubricará nem escreverá qualquer número na parte superior direita da capa. 
O escrivão deve observar logo de início as seguintes providênciaspara capa:providenciar para que o nome da Organização Militar Estadual esteja atualizado no cabeçalho, constar a indicação do volume I e o SIGPAD[footnoteRef:1]dos autos, transcrever o número da portaria, digitar na sua parte central os nomes do encarregado, escrivão e do investigado, se já estiver definido e a síntese do fato a ser apurado. [1: Este número é fornecido pela secretária ou setor correicional da Unidade Militar. ] 
O escrivão deve fazer a autuação, que será a mesma data da instauração do inquérito policial e em seguida autuar a portaria e documentos anexados, rubricando antes do seu nome, como a garantia que juntou tudo que lhe foi entregue. 
Deve ser substituído pelo cabeçalho da OME
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXX
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
INQUÉRITO POLICIAL MILITAR (IPM)Só se tiver mais de um volume. Se for só um escrever “Volume único”
Volume I
SIGPAD nº 2017.12.5.2035Esse número será fornecido pela secretaria ou pelo resp. correicional.
Portaria instauradora nº xxx- .datada de : xx/xxx/2017
Encarregado: .............................................................................
Escrivão:.................................................................................Uma descrição bem simples sobre o que tem dentro da sindicância, o fato.
investigado(s):...........................................................................
Síntese do fato: ......................................................................
................................................................................................
A U T U A Ç Ã O
Aos ....... dias do mês de .................... do ano de dois mil e ............, nesta cidade do ............., Estado de Pernambuco, na sala ..............................................., AUTUO a Portaria de instauração (ou de delegação) e designação de IPM e demais documentos que adiante se seguem, do que para constar, lavro este termo. Eu, ...... (Posto/grad, ou cargo/função pública, matrícula e nome completo), designado como escrivão (Se não houver, sido designado pela autoridade delegante) que o digitei e assino, _____________________.Essa rubrica é do escrivão
2.3 Como fazer uma Portaria 
A portaria é o atoadministrativo da autoridade militar que instaura o procedimento e nomeia o seu encarregado (art. 10 do CPPM).É a segunda folha dos autos do Inquérito Policial Militar edeve ser rubricada pelo escrivão. São requisitos da citada exordial: a declaração do conhecimento e de sua fonte e relato sucinto do fato, decisão de instauração, a designação do escrivão, adata e assinatura do encarregado. 
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
PORTARIA 
Tendo-me sido delegado pelo senhor XXXXXX, as atribuições de Polícia Judiciária Militar que lhe competem para apurar (síntese do fato), nos termos dos artigos 7º,  § 1º do CPPM, instauro nesta data o competente Inquérito Policial Militar e determino que se procedam aos necessários exames e diligências para esclarecimento do fato. Determino ao Sr. Escrivão que autue a presente, com os documentos inclusos e demais peças que forem acrescendo, e intimem as pessoas que tiverem conhecimento sobre do aludido fato e suas circunstâncias, a comparecerem em dia, hora e local a serem designados, a fim de serem inquiridas na forma da legislação vigente. 
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
Cap PM SilvandroGolveia Barros
Encarregado
2.4 Como fazer e o porquê da designação e do compromisso do escrivão
O Oficial ou Graduado necessita ser designado porque não foi investido desta função, como ocorre com os cargos de escrivão nas polícias civil e federal. Prescindem da designação e não prestam o compromisso. A própria nomeação do cargo já é inerente à designação e o compromisso de desenvolver o mister para o qual tomou posse no citado cargo público. 
 A autoridade delegante poderá no ato que designar o encarregado do Inquérito Policial Militar, também designar o escrivão (CPPM, art. 11). Entretanto, se não o fizer, o encarregado deve fazê-lo nos autos. A designação e o compromisso serão descritos na mesma folha e será assinada pelo encarregado e pelo escrivão. A designação será a folha logo após os documentos que chegaram anexos à portaria instauradora. 
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
DESIGNAÇÃO DE ESCRIVÃO E
TERMO DE COMPROMISSO
Designo, nos termos do artigo 11 do Código de Processo Penal Militar, o (posto ou graduação e nome), para servir como Escrivão do Inquérito Policial Militar do qual sou Encarregado, instaurado por meio da portaria n. xxxxxx ,lavrando-se o competente termo de Compromisso.
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________
Cap PM SilvandroGolveia Barros
Designado pela Autoridade Encarregada para exercer a função de Escrivão, motivo pelo qual firmo perante o encarregado, o compromisso de manter o sigilo do Inquérito Policial Militar e de cumprir fielmente suas atribuições legais durante o exercício da função.
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________Assinam o encarregado e o escrivão designado
3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
2.5 Como e o porquê fazer os autos conclusos ao encarregado?Todas às vezes que o encarregado necessitar determinar qualquer diligência ou providência do Inquérito Policial Militar, far-se-á por meio de um comando nos autos chamado de “despacho”. No despacho, que proferido em uma folha, o encarregado ordena ao escrivão objetivamente o que deseja que seja executado para fins de elucidação da apuração. Entretanto, como a guarda dos autos é de responsabilidade do escrivão, este precisa entregá-lo ao encarregado, a fim que este faça seu despacho. Desta forma, a conclusão é simplesmente o ato que o escrivão devolve os autos ao encarregado, constando a data e sua assinatura, para que de posse do Inquérito Policial Militar, determine as diligências e providências ao escrivão que entender pertinentes.
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
CONCLUSÃO 
Faço concluso os autos ao senhor encarregado. 
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________
3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
2.6 Como e o porquê de elaborar o recebimento, certidão e juntada?
Da mesma maneira, que a conclusão serve como ato para o escrivão entregar os autos ao encarregado, o recebimento é o ato que o escrivão recebe do encarregado os autos para cumprimento das determinações exaradas no despacho. Será assinado, datado e mencionado o local do recebimentodos autos pelo próprio escrivão. 
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
RECEBIMENTO 
Recebi nesta data, os autos do senhor encarregado, para cumprimento do despacho. 
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________
3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
A certidão, lavrada pelo escrivão, com data e local, especificando o cumprimento das determinações exaradas no despacho do encarregado. 
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
CERTIDÃO
Certifico haver cumprido, nesta data, o que determinou o Sr. Encarregado, conforme cópias de documentos que faço juntar, de fl. ___ a ___ deste auto. Quanto ao contido no item 5, desloquei-me até a rua Novo Horizonte, nº ___ , nesta Capital, onde localize, através da lista telefônica, o Sr. _______________ , testemunha citada no ROP nº ___ , de ___/___/___ . Disse-me aquele Sr. que realmente assistiu o desenrolar dos fatos que se passou da seguinte forma (sintetizar o que falou, não havendo necessidade de esclarecer muito porque o cidadão será ouvido mais tarde). Disse-me ainda o Sr. ______________ , rua __________________, nº ___; Sr. ______________ e Sr. _______________ , telefone nº ___________ , nesta Capital. A vossa consideração _______________ , em ___/___/___ .....................................................................
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________
3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
Ou simplesmente, conforme modelo abaixo:
Fl. nº ___
_________
Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
CERTIDÃO
Certifico haver cumprido, nesta data, o que determinou o Sr. Encarregado. 
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
_________________________________
3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
A juntada, que também é um ato do escrivão e por ele assinada, destina-se a acostar aos autos qualquer documento necessário a elucidação dos fatos. Em regra, o documento é decorrente do cumprimento pelo escrivão da diligência ou providência exarada no despacho do encarregado. 
	Não se faz necessário fazer juntada das segundas vias dos ofícios expedidos pelo encarregado. Por sua vez, as respostas aos ofícios serão juntadas com o termo de juntada lavrado pelo escrivão. De cada documento junto, a que precederá despacho do encarregado do inquérito, o escrivão lavrará o respectivo termo, mencionando a data (CPPM, art. 21, parágrafo único). Em suma, os documentos, antes de serem acostados aos autos, receberão do encarregado o despacho do termo de “junte-se”.Ademais, o termo de juntada deve ter a data que o documento está sendo juntado. 
O recebimento, a certidão e juntada, sempre que possível, serão lavrados em uma única folha. 
Fl. nº ___
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Escrivão
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL
DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
JUNTADA
Faço netsa data, juntada dos documentos que adiante se seguem (ou dos segintes documentos: xxxxxx). 
Recife-PE, xx de xxxxxxx de 2017
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3º Sgt PM Eduardo José da Silva
Escrivão
2.7 Como e o porquê de enumerar as folhas dos autos?
Todas as peças do inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só processado e datilografadas (hoje digitadas), em espaço dois, com as folhas numeradas e rubricadas, pelo escrivão (CPPM, art. 21). Observa-se que o legislador disciplinou até o espaçamento, com o propósito de promover a organização das peças. Ademais, a importância da numeração das folhas é para evitar que documentos sejam retirados indevidamente dos autos, causando prejuízo a propositura da ação penal. Outrossim, numerar e rubricar as folhas é uma atribuição do escrivão. E apenas a frente da folha será numerada, devendo o verso receber o carimbo de “branco” ou o escrivão escrever de próprio punho a palavra em “branco”. 
Fl. nº ___
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Escrivão
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DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
2.8 Como fazer um mandado de intimação para civil e solicitação de militar para depor?
	A intimação de civil e a solicitaçãode militar ou funcionário público, a fim de ser ouvidos nos autos do Inquérito Policial Militar, na qualidade de testemunha, ofendido, vítima ou investigado, ocorrerá por ordem do encarregado exarado no despacho. 
O comparecimento de militar ou funcionário público será requisitado mediante ofício ao respectivo chefe, pela autoridade que ordenar a notificação (CPPM, art. 349). Entretanto, o civil e o militar que esteja na inatividade será intimado diretamente pelo escrivão por meio de ofício. 
O chefe não pode deixar de apresentar o militar nem o funcionário público e nem tão pouco, o civil intimado pode deixar de comparecer, a fim de ser ouvido nos autos do Inquérito Policial Militar.
A atribuição do escrivão será a de preparar o ofício e após assinado pelo encarregado, protocolar na Organização Militar do Estado e de intimar o civil ou militar que se encontra na inatividade. 
Fl. nº ___
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Escrivão
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XXXX BPM – Batalhão Heróis da Independência
Of. nº 0xx–IPM SIGPAD nº xxxxxxxxxxO modelo de ofício pode variar de Unidade a Unidade.
Recife-PE, xx de xxxxxx de 201x
Do Encarregado do IPM
Ao Ilmo. Sr. Comandante do BPRv
Assunto: Apresentação de militar
( Solicita)Se for um civil é só substituir por INTIMAÇÃO e no texto substituir “solicito os préstimos de apresentar” por “intimo V. Sª a comparecer”
Em virtude de haver sido designado por (autoridade competente) para proceder a Inquérito Policial Militar, por meio da portaria xxxxx (identificar a portaria instauradora), solicito de Vossa Senhoria, os préstimos de apresentar oxxxxxx (identificação do militar estadual ou servidor público civil), no xxxxx(indica o dia, o local e o horário), com o fito de ser ouvido nos autos na qualidade de testemunha (ou ofendido, ou investigado, ou indiciado). 
Respeitosamente,
Cap PM SilvandroGolveia Barros
Encarregado do IPM
Fl. nº ___
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Escrivão
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Of. nº 0xx–IPM SIGPAD nº xxxxxxxxxxOmodelo de ofício pode variar de Unidade a Unidade.
Recife-PE, xx de xxxxxx de 201x
Do Encarregado do IPM
Ao Ilmo. Sr. Comandante do BPRv
Assunto: Intimação 
Em virtude de haver sido designado por (autoridade competente) para proceder a Inquérito Policial Militar, por meio da portaria xxxxx (identificar a portaria instauradora), intimo Vossa Senhoria, para comparecer no xxxxx(indica o dia, o local e o horário), com o fito de ser ouvido nos autos na qualidade de testemunha (ou ofendido, investigado, ou indiciado). 
Respeitosamente,
Cap PM SilvandroGolveia Barros
Encarregado do IPM
2.9 Como preparar as oitivas de testemunhas, ofendido e investigado/indiciado?
	As oitivas das testemunhas e do ofendido servirão, entre outros, de elementos informativos de provas, a fim de que o encarregado conclua a apuração dos fatos, definindo a materialidade e a autoria do crime militar. 
	Já a oitiva do investigado ou do indiciado, denominada de interrogatório, servirá de oportunidade para que o militar possa esclarecer as imputações que lhe são imputadas. Por sua vez, a oitiva do ofendido (ou da vítima), embora a norma trate por termo de perguntas, segue as mesmas características da oitiva de testemunha, com exceção que assim como o investigado ou indiciado, não presta o compromisso de falar a verdade. 
	A atribuição do escrivão é registrar no dia e horário marcado, a qualificação da testemunha, do ofendido e do interrogado, registrando nome, idade, estado civil, residência, profissão, lugar onde exerce atividade, horários de início e término da inquirição. Registrará também o nome e a inscrição do advogado na ordem, que por ventura comparecer ao ato. Ademais, outras questões, a exemplo da inquirição em si e as perguntas sobre o mérito devem ser conduzidas pelo encarregado, a quem cabe a presidência do Inquérito Policial Militar. 
Fl. nº ___
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Escrivão
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TERMO DE DEPOIMENTO
SIGPAD nº 2016.12.1.201189
Aos........dias do mês de ............do ano de ....., nesta cidade de ....................., no..... (indicar o local), às xxhxx compareceu a testemunha (nome completo, profissão, ou função pública, posto ou graduação, local em que serve, ou repartição pública, matrícula, número do telefone ......e da identidade, data de nascimento, naturalidade, estado civil, filiação, residência), a qual, após prestar o compromisso de dizer a verdade e responder o que lhe for perguntado, sob pena de responder pelo crime de falso testemunho, nos termos do art. 346 do CPM, estando presentes ao ato, o Sr. Encarregado ............, o advogado .................. OAB nº), e após indagada a respeito fato objeto desta investigação, passou a depor: QUE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX . E como nada mais disse nem lhe foi perguntado, encerrou o senhor encarregado a presente ouvida, às xxxxxdo dia xxxxdo mês dexxxxxdo ano dexxxx, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo encarregado, pelo inquirido, pelo advogado e por mim, escrivão, que a tudo digitei. O compromisso com a verdade deve aparecer em todos os depoimentos, exceto no termo de perguntas da ofendido e do interrogatório. 
Recife-PE, xx de xxxx de 2016
Nome e posto/graduação do Encarregado______________________
Nome da testemunha______________________________________
Nome do advogado e respectiva OAB_______________________
Nome e posto/graduação do Escrivão_________________________
Fl. nº ___
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Escrivão
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TERMO DE DECLARAÇÕES DO OFENDIDO 
SIGPAD nº 2016.12.1.201189
Aos........dias do mês de ............do ano de ....., nesta cidade de ....................., no..... (indicar o local), às xxhxx compareceu o ofendido (nome completo, profissão, ou função pública, posto ou graduação, local em que serve, ou repartição pública, matrícula, número do telefone ...... e da identidade, data de nascimento, naturalidade, estado civil, filiação, residência), a qual, estando presentes ao ato, o senhor Encarregado ............, o advogado .................. OAB nº), e após ser indagado a respeito fato objeto desta investigação, passou a declarar QUE: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX . E como nada mais disse nem lhe foi perguntado, encerrou o senhor encarregado a presente ouvida, às xxxxxdo dia xxxxdo mês dexxxxxdo ano dexxxx, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo encarregado, pelo , pelo advogado e por mim, escrivão, que a tudo digitei. Não se deve registrar o compromisso coma verdade.
Recife-PE, xx de xxxx de 2017
Nome e posto/graduação do Encarregado______________________
Nome Do Ofendido______________________________________
Nome do advogado e respectiva OAB _______________________
Nome e posto/graduação do Escrivão_________________________
Fl. nº ___
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Escrivão
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TERMO DE INTERROGATÓRIO 
SIGPAD nº 2016.12.1.201189
Aos........dias do mês de ............do ano de ....., nesta cidade de ....................., no..... (indicar o local), às xxhxx compareceu o investigado (ou indiciado, caso já tenha sido), (nome completo, profissão, ou função pública, posto ou graduação, local em que serve, ou repartição pública, matrícula, número do telefonee da identidade, data de nascimento, naturalidade, estado civil, filiação, residência), a qual, estando presentes ao ato, o senhor Encarregado.........., o advogado .................. OAB nº...) e após ser advertido que pode permanecer em silêncio ou não responder as perguntas, sem que seja interpretado em seu prejuízo, passou a declarar QUE:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX E como nada mais disse nem lhe foi perguntado, encerrou o senhor encarregado o presente interrogatório, às xxxxxdo dia xxxxdo mês dexxxxxdo ano dexxxx, que depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelo encarregado, pelo investigado( ou indiciado) , pelo advogado e por mim, escrivão, que a tudo digitei. Não se deve registrar o compromisso com a verdade. 
Recife-PE, xx de xxxx de 2017
Nome e posto/graduação do Encarregado______________________
Nome do Investigado (ou Indiciado)___________________________
Nome do advogado e respectiva OAB _________________________
Nome e posto/graduação do Escrivão_________________________
2.10 Como preparar e o porquê da acareação?
	A acareação é admitida no Inquérito Policial Militar, sempre que houver divergência em declarações sobre fatos ou circunstâncias relevantes (CPPM, art. 365) e pode ocorrer entre acusados; entre testemunhas; entre acusado e testemunha;entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida e entre as pessoas ofendidas. Limitar-se-á a acareação aos pontos divergentes e caso, por alguma razão, um dos que serão acarreados não compareça ao ato, o encarregado dará a conhecer ao que se fizer presente, os pontos da divergência, consignando-se no respectivo termo o que explicar (CPPM, art. 367).
	Da parte do escrivão, o que lhe cabe é consignar os pontos de divergência no termo de acareação, para fins do encarregado, requerer dos envolvidos os esclarecimentos pertinentes ao caso. 
Fl. nº ___
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Escrivão
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TERMO DE ACAREAÇÃO 
SIGPAD nº 2016.12.1.201189
Aos .................dias do mês de ................. de ..........., nesta cidade de ................................., Estado de ............., no Quartel do (OPM ou outro local), aí presentes as testemunhas ............................... e ............................... já ouvidos nestes autos, comigo escrivão, presente o senhor encarregado, por este foram, à vista das divergências existentes nas suas inquirições, nos pontos a seguir especificados: a testemunha XXXX, em seudepoimento declarou que XXXXXXX, já a testemunha XXXXX declarou que XXXXXXXX. Estando ambos compromissados em falar a verdade, o senhor encarregado, reperguntou uma face a outra, para explicar ditas divergências. A testemunha disse que XXXX , enquanto a testemunha XXXXX disse QUE XXXXXX E como nada mais declararam, lavrei o presente termo iniciado às XX horas, que assinam, depois de lido e achado conforme, com o Encarregado do Inquérito, o advogado com inscrição na OAB N. xxxx, que a tudo presenciou e comigo (posto ou graduação e nome), servindo de Escrivão, que o subscrevo.
Recife-PE, xx de xxxx de 2017
Nome e posto/graduação do Encarregado______________________
Nome da testemunha_______________________________________
Nome da testemunha_______________________________________
Nome do advogado e respectiva OAB _________________________
Nome e posto/graduação do Escrivão_________________________
2.11 Como preparar o procedimento relativo ao Reconhecimento de Pessoas?
No reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;a pessoa cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se a apontá-la quem houver de fazer o reconhecimento;se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não seja vista por aquela (CPPM, art. 368, “a”, “b” e “c”). 
Depois das providências elencadas na norma legal, deve ser lavrado um termo pormenorizado, assinado pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais e digitado pelo escrivão. 
2.12 Como preparar o auto de apreensão de coisas
Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, verificável na ocasião, o oficial responsável por comando, direção ou chefia, ou aquele que o substitua ou esteja de dia ou de serviço deverá, se possível,dirigir-se ao local e apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato (CPPM, art. 10, § 2º c/c art. 12, b). De outra forma, mesmo que só chegue ao conhecimento da autoridade militar posteriormente ao fato, o encarregado do Inquérito Policial Militar deve determinar a apreensão da coisa objeto da investigação. Neste caso, a apreensão será resultado da diligência promovida pelo escrivão a mando do encarregado. 
Fl. nº ___
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Escrivão
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DIRETORIA INTEGRADA XXXXXXXSegue a numeração.
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AUTO DE BUSCA E APREENSÃO
Aos __________ dias do mês de __________ de _________ , nesta cidade de , Estado de ___________________ , a mando do senhor encarregado, faço a apreensão da xxxx (descrever sucintamente a coisa), na presença das testemunhas XXXXX,a qual ficará à disposição das investigações para perícia e outras providências; do que para constar, se lavrou o presente auto, o qual vai assinado pelo encarregado, pelas testemunhas e por mim, escrivão do feito. 
Encarregado do IPM ______________________________
Testemunha _____________________________________
Testemunha _____________________________________
Escrivão do IPM _________________________________

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