Buscar

Revisão Neurofuncional - avaliação, patologias e terapias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 Mini Mental: avalia a função cognitiva do paciente; 
 Escala de coma de Glasgow: avalia o nível de consciência; 
Avaliação do tônus: 
 Escala de Ashworth: avalia a gravidade da espasticidade (resistência a 
mobilização passiva); 
 Sinal de canivete: verifica-se durante o movimento rápido do membro o 
alongamento assim provocado leva inicialmente à contração muscular, a qual é 
imediatamente seguida por relaxamento. 
 Sinal de Babinski: reflexo superficial; resposta patológica – dorsiflexão e 
abdução do hálux (positivo para lesão das vias piramidais). 
 Reflexos profundos: bicipital, tricipital, patelar e aquileu. 
 
Avaliação dos Nervos Cranianos 
 Nervo olfatório: paciente fecha os olhos e cheira algo conhecido. 
 Nervo óptico: avaliação do reflexo pupilar ao incidir uma luz forte (via 
aferente). 
 Nervos oculomotor, troclear e abducente: observação dos movimentos 
oculares; observação da elevação da pálpebra (n. oculomotor); avaliação do 
reflexo pupilar – contração da pupila (n. oculomotor). 
 Nervo trigêmeo: reflexo córneo – estimulo dentro do olho com um chumaço de 
algodão, a resposta deverá ser o fechamento do olho (via aferente); reflexo do 
masseter. 
 Nervo facial: solicita o paciente a realizar mímicas faciais; reflexo córneo (via 
eferente). 
 Nervo vestibulococlear: avaliação auditiva e do equilíbrio (de olhos fechados e 
em superfície inclinada). 
 Nervo glossofaríngeo: reflexo do engasgo. 
 Nervo vago: reflexo do engasgo, observação do palato mole ao solicitar que o 
paciente diga “ah” abrindo bem a boca. 
 Nervo acessório: avaliação da força muscular do trapézio e ECOM. 
 Nervo hipoglosso: avaliação da protrusão da língua. 
 
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL – MIF 
Tem por objetivo avaliar de forma quantitativa a carga de cuidados demandada 
por uma pessoa para a realização de tarefas motoras e cognitivas de vida diária. 
Nível: 
1 – dependência total 
2 – dependência máxima (75% na tarefa) 
3 – dependência moderada (50% na tarefa) 
4 – dependência mínima (25% na tarefa) 
5 – supervisão, estímulo ou preparo 
6 – independência modificada (realiza em velocidade mais lenta ou com auxílio de 
órtese) 
7 – independência completa 
 
PATOLOGIAS 
PARALISIA FACIAL 
Pode ser do tipo periférica, quando se deve à lesão do próprio nervo, ou do tipo 
central, onde a lesão está localizada dentro do encéfalo. 
Central Periférica 
 Acima do núcleo; 
 Acomete quadrante inferior contralateral; 
 Espasticidade; 
 Desvio da comissura labial para o lado 
lesado. 
 Nuclear ou abaixo dele; 
 Homolateral acometendo toda a 
hemiface; 
 Flacidez; 
 Desvio da comissura labial para o lado 
sadio. 
Tratamento: 
 Relaxamento da musculatura espastica; 
 Massagem na hemiface afetada; 
 Exercícios ativos e ativo-resistidos; 
 Métodos Rood e Kabat; 
 Atividades lúdicas. 
 
LESÃO NERVOSA PERIFÉRICA 
Plexo braquial: parte de C5 a T1 e inerva todo o membro superior. 
 Tronco superior: formado por C5 e C6; 
 Tronco médio: ramo C7; 
 Tronco inferior: ramos C8 e T1; 
Dentro do plexo ocorre a fusão de parte de várias raízes espinhais, formando 
fascículos, que, por sua vez, se dividem, para em seguida se reagruparem, dando lugar 
aos nervos definitivos. (nervos anteriores e posteriores). 
 
Posição do MMSS na lesão: aduzido e rodado internamente, cotovelo estendido, 
antebraço pronado e dedos fletidos (dedos fletidos não significa que o paciente tem 
força!). 
 Lesão do nervo mediano (raízes nervosas de C5 a T1): ocorre por esforço 
repetitivo, acompanhada por dormência progressiva e parestesia, fraqueza na 
mão e atrofia tenar. 
 Lesão do nervo ulnar (C7, C8 e T1 – sem ramos acima do cotovelo):comum em 
fratura de cotovelo, é caracterizada por mão em garra ulnar, paralisia e 
hipotrofia da maioria do m.m. intrínsecos da mão e perda sensitiva. 
 Lesão do nervo radial (raízes nervosas de C5 a T1): sinal de mão caída ao 
flexionar a 90° o braço. 
Plexo lombar: formado por ramos anteriores de L1 a L4 e inervam a pele e os músculos 
da coxa anterior e medial. 
*Os ramos dos plexos cervical, braquial e lombar fornecem a inervação simpática. 
Plexo sacro: inerva a parte posterior da coxa e a maior parte da perna e do pé; contém 
axônios parassimpáticos 
 Lesão do nervo ciático: perda de sensibilidade do MMII, exceto a parte medial; 
 Lesão do nervo femoral: afeta o m. quadríceps; diminuição de sensibilidade em 
coxa e parte medial da perna e do pé. 
 Lesão do nervo fibular comum: inerva m. tibial anterior e compromete a 
dorsiflexão, extensão e eversão dos artelhos podendo também afetar a 
inversão. 
Tipos de lesão 
Neuropatia: lesão transitória do nervo, devida, por exemplo, à compressão por 
um hematoma. É de caráter benigno, pois a compressão prejudica temporariamente a 
função da bainha de mielina, mas não a do axônio. Ausência de distúrbios 
neurovegetativos, discretos distúrbios da sensibilidade (formigamento discreto), 
diminuição da força muscular e, às vezes, paresia de caráter transitório são revelados 
no exame clínico. Ex.: cruzar as pernas, dormir por cima do braço. 
Axonotmese: a contusão de um nervo periférico é capaz de provocar lesão 
circunscrita da bainha de mielina e do axônio; a célula de Schwann permanece íntegra. 
Resulta em deficiências funcionais de natureza motora, sensitiva e neurovegetativa e a 
degeneração walleriana se instala abaixo do nível de lesão. 
Neurotmese: os traumatismos (cortes) são capazes de provocar o 
seccionamento completo do nervo. A consequência consiste na abolição total da 
capacidade funcional nas áreas motora, sensitiva e vegetativa. Instala-se a 
degeneração walleriana na porção distal em relação à sede da lesão. Necessita de 
cirurgia, unindo os epineuros para auxiliar na regeneração do nervo. 
 
Degeneração Walleriana: pode ocorrer na axonotmese e na neurotmese. O axônio 
abaixo do local da lesão se degenera e a bainha de mielina se decompõe, enquanto as 
células de Schwann se multiplicam para formar uma espécie de faixa (faixa de Burger). 
Estas orientam os brotos axonais em direção ao destino do axônio. 
 
TERAPIAS 
BIOFEEDBACK 
Processo de monitoramento de eventos fisiológicos em seres humanos, 
geralmente por meio de equipamento eletrônico, e apresentação das informações na 
forma de sinais visuais ou auditivas, para que o individuo aprenda a autorregular a 
função fisiológica antes da involuntária. Assim o biofeedback é um processo que 
permite ao paciente aprender a mudar a atividade fisiológica a fim de melhorar a 
saúde e o seu desempenho. 
 Biofeedback eletromiográfico: indicado para lesão medular incompleta, AVE, 
paralisia cerebral, DTM, incontinência urinária e fecal, dor crônica, cefaleia, 
entre outros. 
Condicionamento operante: procedimento por meio do qual é modelada uma resposta 
(ação) no organismo por reforço diferencial e aproximações sucessivas. A resposta 
gera uma consequência, que afeta a probabilidade de esta ocorrer novamente. 
Entretanto, se a consequência for reforçadora, haverá aumento da probabilidade; se 
for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gerará outros 
efeitos colaterais. 
 Quanto mais específica a informação e mais rapidamente ela é fornecida, maior 
será o aprendizado. 
 As sessões de EMG – BFB são realizadas 2x/semana por 50 minutos com o 
objetivo de aumentar o recrutamento neuromotor. Inicia-se com tarefas 
simples e progredir com atividades mais difíceis e mais funcionais. 
 
Ex.: EMG – BFB no tratamento da espasticidade muscular dos flexores do 
punho em pacientes com hemiplegia pós – AVE,em conjunto com os métodos 
convencionais de desenvolvimento neurológico e reabilitação da hemiplegia. 
A EMG – BFB no fornecimento de informação sobre a qualidade da contração 
muscular em pacientes com tetra ou paraplegia. 
 
TERAPIA DE RESTRIÇÃO POR INDUÇÃO DO MOVIMENTO 
É uma intervenção terapêutica utilizada para o tratamento do MS parético, em 
pacientes com déficit funcional associado a um AVE, e baseia-se na combinação de um 
programa de treinamento intensivo associado à contensão do membro superior não 
afetado, evitando a teoria do desuso. 
Primeiro estudo: descrito em 1989 pelo fisioterapeuta Wolf et al., observaram-
se os efeitos terapêuticos em 25 pacientes com hemiparesia causadas por AVE ou TCE. 
Esses pacientes utilizaram a contensão por duas semanas consecutivas durante 90% do 
dia. Após a divulgação dos resultados, Taub et al. (1998) resolveram implantar o treino 
das tarefas adaptadas (TTA) durante as duas semanas de tratamento, com duração de 
seis horas diárias, visando otimizar o uso do membro superior afetado dentro e fora do 
ambiente ambulatorial. 
PROTOCOLO TRADICIONAL: duas semanas consecutivas com seis horas de 
prática supervisionada e uso da contensão durante 90% do dia. 
 O paciente deve ser instruído a retirar a contensão durante as seguintes 
situações: higiene pessoal, alimentação, sono e em qualquer atividade que possa 
promover o risco de queda ou ameaçar sua integridade física. 
 
SUPORTE PARCIAL DE PESO 
É uma técnica que utiliza equipamento terapêutico visando à recuperação da 
locomoção de paciente que apresentem alterações no padrão da marcha. 
Benefícios: 
 Melhora da circulação sanguínea; 
 Prevenção e redução da osteoporose; 
 Melhora do condicionamento cardiorrespiratório. 
No entanto esses efeitos são amplificados, pois se consegue um aumento 
gradativo na velocidade e no ritmo da marcha, com menor gasto energético em 
comparação com o treino de marcha em solo. 
Gerador de Padrão Central: rede neuronal que é capaz de gerar um padrão 
organizado de atividade motora independente de estímulos sensoriais. 
 Não são necessárias estruturas supraespinhais para produzir o padrão motor 
básico de locomoção; 
 O ritmo básico da locomoção é produzido por circuitos neurais contidos 
inteiramente na medula espinhal; 
 Sinais descendentes tônicos do encéfalo podem ativar os circuitos espinhais; 
 As redes espinhais que geram o padrão de marcham não necessitam de 
informação sensória, mas são reguladas por informações proprioceptivas dos 
membros. 
 
FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA – MÉTODO KABAT 
Este método visa obter a máxima quantidade de atividade que pode ser 
conseguida em cada esforço voluntario e o maior número possível de repetições desta 
atividade para facilitar a resposta motora. 
Princípios: 
 Reflexo de estiramento: a estimulação do fuso muscular provoca uma 
contração reflexa do músculo, desde que o estímulo de valor inicial e o arco 
reflexo, estejam intactos. 
 Contato manual: deve ser dado sobre os músculos a serem facilitados. 
 Alongamento Máximo: deve partir de uma posição de máximo alongamento 
para uma de máximo encurtamento. 
 Resistência ideal: a maior quantidade ou grau de resistência que pode ser 
aplicada à contração muscular. 
 Tração e Compressão: usa-se a tração com o objetivo de melhorar a amplitude, 
dar maior cinestesia ao movimento e inibir a hipertonia; a compressão, por sua 
vez, deve ser utilizada quando o paciente tiver um tônus flácido, para os quais 
os objetivos serão de melhorar a cinestesia, e dar maior estabilidade ao 
movimento. 
 Sincronismo: a sincronização normal nos padrões de facilitação é de distal para 
proximal, pois ela procede nesta direção no sujeito normal. 
 Irradiação, transbordamento ou reforço: os componentes musculares de um 
padrão de movimento reforçam-se uns nos outros, automaticamente, de 
acordo com as demandas da resistência e quando está ao máximo, o reforço 
estende-se além dos componentes musculares do padrão a outros segmentos 
do corpo. 
 Estimulação visual: o acompanhamento visual do exercício servirá como um 
feedback sensorial. 
 Comando verbal: a voz do fisioterapeuta deverá ser usada como estímulo 
verbal para exigir o esforço voluntário do paciente: 
Segure Para solicitar contração isométrica 
Puxe ou empurre Para solicitar contração isotônica 
Relaxe ou solte Para solicitar o relaxamento 
 
 Posição corporal e biomecânica: o fisioterapeuta deverá se posicionar sempre 
na linha do movimento realizado pelo paciente, acompanhando a trajetória do 
deslocamento. 
 Padrões de movimento: os padrões usados são em espiral e diagonal, 
assemelhando-se com as atividades de vida diária. 
 
PADRÕES DE MEMBROS SUPERIORES 
Diagonal funcional ou D1 (mão de boneca): 
 Agonista: padrão de flexão – adução – rotação externa 
 Antagonista: padrão de extensão – abdução – rotação interna 
Diagonal primitiva ou D2 (mão de espadachim): 
 Agonista: padrão de flexão – abdução – rotação externa 
 Antagonista: padrão de extensão – adução – rotação interna 
 
PADRÕES DE MEMBROS INFERIORES 
Como esses movimentos são realizados no quadril, irão auxiliar no treino de 
marcha. 
 D1 agonista: flexão – adução – rotação externa 
 D1 antagonista: extensão – abdução – rotação interna 
 D2 agonista: flexão – abdução – rotação interna 
 D2 antagonista: extensão – adução – rotação externa 
O método também pode ser realizado de forma combinada, bilateralmente, 
podendo ainda ser, por exemplo, os 2 MMSS ou alternado como na dissociação de 
cinturas (escapular e pélvica) para o treino de marcha. 
 
 
 
 
CONCEITO BOBATH 
Conceito neuroevolutivo, baseia-se em técnicas de inibição, facilitação e 
estimulação, sendo possível sua adaptação a qualquer criança com alteração do tônus 
e postura devido a uma lesão no SNC. 
A facilitação deve influenciar os sistemas: 
 Visual: através da necessidade que o individuo tem de manter sua cabeça na 
vertical (olhos e cabeça orientados ao horizonte); 
 Vestibular: pela mudança de posturas, velocidade e direção do movimento 
favorecido pelo fisioterapeuta; 
 Somatossensorial: através de impulsos táteis, proprioceptivos e sinestésicos 
oferecidos ao paciente através da transferência de peso, movimentos passivos, 
ativos e estímulos táteis direcionados. 
O conceito traz ainda pontos chaves de controle que favorecem a estimulação 
de reações de retificação e equilíbrio, facilitando o movimento voluntário do paciente. 
São eles: cabeça, esterno, ombro e cotovelo, punho e quadril. 
Inibição reflexa: movimentos capazes de inibir os padrões posturais patológicos 
impostos pela espasticidade. 
 
Técnicas proprioceptivas 
Devem ser usadas quando existir: fraqueza do músculo, aparente ou real, 
déficit sensorial com consequente fraqueza muscular. 
 Tapping: meio de aumentar o tônus postural através de estimulação 
proprioceptiva tátil. Existem quatro tipos de Tapping: 
 Pressão: é feito para se obter co-contração para manutenção e fixação 
da postura – realizada para aproximar as articulações; 
 Sustentação: é realizado pela liberação momentânea da parte do corpo 
para ser mantida pelo paciente. Ocorre regulagem do tônus e 
capacidade do paciente em se manter na posição; 
 Deslizamento: aplicado no ventre muscular, ativa todo o padrão da ação 
muscular. Deve ser feito com batidas firmes e precisas. 
 Alternado: sequência de tappings de pressão e sustentação; 
 Placing: habilidade do paciente em interromper um movimento em qualquer 
etapa de sua amplitude, automaticamente ou voluntariamente. 
 Holding: capacidade de manter o segmento nas referidasposturas atingidas.

Outros materiais