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fichamento de politica social

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FACULDADE EVANGÉLICA DO PIAUÍ-FAEPI 
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
DISCIPLINA: POLÍTICA SOCIAL I/UNIDADE II 
PROFESSORA: MARIA AURENICE MENDES FRAZÃO RODRIGUES 
ALUNA: RÚBIA SANTOS DE LIMA
Keynesianismo-Fordismo e a Generalização da Política Social
Teresina, 15 de abril de 2015
 A origem da política social conforme estudos teve uma configuração significativa após Segunda Guerra que influenciou o mundo do capital, trazendo sua expansão e consolidação no período pós-crise de 1929-1932, tendo uma expansão do capitalismo maduro com taxas de lucros altas uma produtividade para as empresas e políticas sociais para os trabalhadores.
O capitalismo tardio ou maduro se caracteriza pelo intenso processo de monopolização do capital, pela intervenção do Estado na economia e no livre mercado instituições de caráter privado começam a surgir.
O liberalismo de Keynes se expressa pela intelectualidade sistemática visando maneiras para sair da crise dos anos de 1929-1932 que caracterizou em mudanças no mundo da produção, por meio do fordismo sendo essa a base para propiciar o surgimento e expansão dos direitos sociais, com a força trabalhista e o paradigma socialista que se expandia a leste da Europa.
Para compreender a crise. John Maynard Keynes defendeu a intervenção do Estado visando reativar a produção, tendo uma maior intervenção estatal na economia rompendo com os princípios liberalistas da época. O Estado então se torna produtor e regulador o que não significa um abandono do capitalismo nem a defesa da socialização dos meios de produção.
Aos ideais keynesianistas agregou-se o pacto fordista que tinha por objetivo a produção em massa para o consumo em massa e esse modelo foi mais do que uma mudança técnica com a linha de montagem foi uma maneira de regular as relações sociais em condições determinadas, sendo um novo modelo de reprodução da força de trabalho uma nova gerência de trabalho se configuravam, um tipo de sociedade democrática, racionalizada e populista.
 Em 1945 as tecnologias aplicadas em guerra são revertidas para os meios de produção na indústria, é quando se estoura a produção de bens duráveis como carro, geladeira, televisores, etc, trazendo consigo a urbanização e a subordinação nas cidades, acarretando uma expansão das indústrias automobilística que foi o marco daquele período.
 A junção do keynesianismo e fordismo formam a acumulação do capital no mesmo ano com expansão da demanda efetiva, com altas taxas de lucro, aumentando o nível de vida da população em massa capitalista.
Para a classe burguesa a elevação das taxas de lucro se dava pela super exploração da classe trabalhadora , naquele momento houve uma melhoria nas condições de vida dos trabalhadores fora das fábricas, eles tinham acesso a lazer e melhores condições de vida onde no período anterior não lhes fora concedido.
A classe trabalhadora perde sua identidade e passa a ser subordinada pelas classes dominantes dando espaço para os anos de ouro do capital tendo uma duração limitada nos processos historicamente situados.Os anos de ouro podem ser explicados como um grande crescimento industrial que aconteceu de repente naquela época acarretando um desemprego estrutural em massa, obtendo uma mudança do papel da força do trabalho no processo de constituição do valor.
Diante dessas refrações o Estado com seu papel totalizador se vê em contradição com a demanda de extensão de sua regulamentação e por outro lado a pressão fortalecida pela queda da taxa de lucros.Com a insatisfação do empresariado por ver que o Estado está cedendo aos interesses da classe trabalhadora, traz consequências importantes no que diz respeito à consolidação das politicas sócias neste período.
As políticas sociais e a experiência do Welfare State
- Políticas Keynesianas visando gerar pleno emprego e crescimento econômico num mercado capitalista liberal.
- Criação de serviços e políticas sociais, com intuito de criar demanda e ampliar o mercado de consumo.
- Amplo acordo entre esquerda e direita, entre capital e trabalho.
Com o chamado “consenso do pós guerra”, houve uma aliança entre classes, boa parte da classe trabalhadora abandonou o projeto de socialização da economia, estas alianças também estabeleceram acordos e compromissos que  permitiram a aprovação de várias legislações sociais e a expansão do Welfare State, com políticas mais abrangentes, baseando-se na cidadania, com aumento de recursos. 
Três elementos marcam esse período conhecido como  a “idade de ouro” das políticas sociais:
O primeiro foi o crescimento do orçamento social, em todos os paíse da Europa  que integravam a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O segundo o crescimento demográfico, expressos pelo aumento da população idosa e em consequência ampliou os gastos com aposentadoria e saúde, pelo aumento da taxa da população economicamente inativa.
O terceiro foi o crescimento seqüencial de programas sociais, são eles: Cobertura de acidentes de trabalho, seguro doenças e invalidez, pensões à idosos, seguro desemprego e auxílio-maternidade.
Os primeiros beneficiados foram os trabalhadores das indústrias estratégicas, depois rurais, dependentes, autônomos, e finalmente por toda a população. Estas políticas são políticas sociais bismarkiana, que se baseia na lógica do seguro, que se iniciou na Alemanha no final do século XIX, foi neste século que originou-se com as reivindicações da classe trabalhadora, ampliada com o “consenso pós guerra”, e influenciada pelo Plano Beveridge, originado na Inglaterra em 1942,  que criticava os seguros sociais bismarckianos.
Os princípios que estruturam o Welfare State, são os mesmos apontados no Plano Beveridge, ou seja:    responsabilidade estatal na manutenção das condições de vida dos cidadãos, por meio de ações em três direções: regulação da economia de mercado com a finalidade de manter elevado nível de mercado, prestação pública de serviços sociais universais, como educação, segurança social, assistência médica, habitação e um conjunto de serviços sociais pessoais. universalidade de serviços sociais.    Implantação de uma “rede de segurança” de serviços de assistência social.
Johnson , define o Welfare State a partir da experiência iniciadas
na Inglaterra, apontando as principais mudanças ocorridas :
a)     Introdução e ampliação de serviços sociais que incluem seguridade social, serviço nacional de saúde, educação, habitação, emprego, assistência a idosos, pessoas com deficiência e crianças.
b)     Manutenção do pleno emprego.
c)     Programa de nacionalização.
As propostas relativas aos três pilares que constituem o Welfare State inglês: educação, seguros e saúde, confiados a três Comissões, que apresentaram cada uma um plano.
Marshall afirma:
A Lei de Educação, a Lei de Seguro Nacional e a Lei de Serviço Nacional de Saúde se constituíram nas três vigas-mestras do Estado de Bem – Estar Social britânico . Estão associadas com os nomes de Butler, Beveridge e Bevan, um conservador, um liberal e um socialista. (...) não é de se surpreender que se verifique que o Estado do Bem –Estar Social, quando finalmente veio à luz, era de parentesco misto. (Marshal, 1967:111). 
O Plano Beveridge contituiem fazer a fusão das medidas esparsas já existentes, ampliar e consolidar os vários planos de seguro social, padronizar os benefícios e incluir novos benefícios como: seguro acidente de trabalho, abandono familiar ou salário- família, seguro desemprego e outros 6 auxílios:
Funeral, maternidade, abandono nupcial, para esposas abandonadas, assistências a donas de casa enfermas e auxílio treinamento para trabalharem por conta própria.
É importante reconhecer que o termo Welfare State teve sua origem na Inglaterra e usado na literatura anglo-saxônica. 
Surgiram outros termos para referir-se como sinônimo Welfare State, como Etat – Providence (Estado providência), este surgiu na França, seu conceito se assemelha ao da Inglaterra, já na Alemanhao termo é Sozialstaat (Estado Social). Cada país utiliza um termo, dependendo da sua história.
As Políticas Sociais se expandiram após a Segunda Guerra Mundial, isto se deu pela intervenção do Estado na regulação das relações sociais e econômicas, mas isto não significa que possa declarar a instauração do Welfare State. Em contra partida mesmo sendo usada outras terminologias referindo-se aos modelos clássicos bismarckianos e beveridgiano, são adotados como parâmetros para caracterização do Estado Social dos sistemas de seguridade que predominam países capitalistas da Europa ocidental.
Na literatura francesa há reservas quanto a utilização  do termo Welfare State.
Cada país utiliza o termo conforme sua história, e sendo assim a França utiliza a expressão Etat Providence (estado providência), que assemelha-se com o conceito inglês de Welfare State que tem a perspectiva da responsabilidade do estado na regulação do mercado, com o intuido de equilibrar oferta e demanda e assegurar benefícios de proteção aos trabalhadores em momentos de perda da capacidade laborativa e aos cidadãos em situação de dificuldades econômicas e sociais. Alguns autores preferem preferem utilizar o termo Estado social para designar o modelo da França, para fugir da conotação de Estado providêncial. 
Podemos concluir que após a Segunda Guerra Mundial foi fator decisivo intervenção do Estado na regulação das relações socias e econômicas.Esping-Andersen, distingue os países em 3 tipos de  regime de Welfare State: 
O primeiro "liberal" , que predomina nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, com as seguintes características : políticas direcionadas aos comprovadamente pobres, reduzidas a planos modestos de previdências, benefícios restritos à população de baixa renda, reforma social limitada pelas normas tradicionais e liberis da ética do trabalho, critérios rigorosos para acesso aos benefícios e associados ao estigma e benefícios modestos. Nos países que predominam essas características, o estado encoraja o mercado tanto passiva (garantir apenas o minímo) quanto ativamente (ao subsidiar esquemas privados de previdência), sendo assim produzindo um dualismo político de classes. 
O segundo "conservador e corporativista", baseando-se num modelo bismarckiano que predomina na Aústria, França, Alemanha e Itália. Neste a busca pela eficiência não é marcante, a concessão de direitos sociais não é uma questão controvertida, os direitos preservam o status ligado a estratificação social, o que limita capacidade redistributiva, o estado substitui o mercado enquanto o provedor de benifícios sociais, a previdência privada possui papel secundário.
O terceiro "social democrata", que agrupa os países que instituiram políticas sociais universais, estendidos as classes médias. Para o autor esse modelo de Welfare State promove igualdade com qualidade. Tendo como base dois princípios: serviços e benefícios compatíveis com gastos refinados da classe média e igualdade na prestação de serviços que garante aos trabalhadores plena participação na qualidade dos direitos desfrutados pelos mais ricos, com benefícios onde todas as camadas são incorporadas no sistema universal de seguros, graduados de acordo com ganhos habituais. Andersen afirma que este modelo é uma fusão de liberalismo e socialismo. 
O Brasil após a Grande Depressão e as características da política social
A econômia e a política brasileira foram abaladas por acontecimentos mundiais das primeiras décadas do século XX.
 O Brasil vivia um momento peculiar pois havia organização sindical no país, as primeiras greves, pois havia o despertar de uma consciência de classe, uma organização política dos trabalhadores tendo em vista o direito de livre organização sindical após 1907, a Revolução Russa influênciou a fundação do partido comunista brasileiro, este por sua vez foi a maior organização partidária de esquerda no país, e naquele momento também realizou-se a importante Semana de Arte Moderna, promovida por artistas preocupados com a nação, a exemplo de Oswald, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral. O Brasil que recém saia do período da escravatura começou a enfrentar greves e mobilizações sociais, crescia a insatisfação política do empresariado não ligado ao café, ou seja, instabilidade política na chamada República Velha. Estes fatores mais o advento da crise internacional teve uma mudança no Brasil de forças das classes dominantes e das classes trabalhadoras. A produção de café era responsável por 70 % do PIB brasileiro, ficando a partir de 1929 à 1932 vulneráveis economica e politicamente, já os oligarcas do gado, açúcar e  outras, tirar proveito dessa situação diversificando a economia. Os produtores de carne do Sul, principal liderança de Getúlio Vargas, que conseguiu apoio de militares e bases sociais populares. Chegando ao poder político, quebrando a hegemonia do café. Os sete anos de governo foram marcados por forte disputa de hegemonia e do processo de modernização. O governo Vargas enfrentou movimentos operários em especial 1935 onde soube combinar atitude de inciativa política com relação a regulamentação das relações de trabalho no país, buscando transformas a luta de classes em colaboração de classes, sendo este o impulsso para contrução do estado social paralelamente com processos internacionais, mas com mediações internas particulares. 
Em relação ao trabalho, o Brasil seguiu uma regulação dos acidentes de trabalho, aposentadorias e pensões, auxílio doença, maternidade, família e seguro desemprego. Criou em 1930 o ministério do trabalho, 1932 a carteira do trabalho que passou a ser documento de cidadania, sendo que só possuiam alguns direitos aqueles que dispunham de emprego registrado em carteira, este desenvolvimento do Estado Social Brasileiro inspirou-se na perspectiva beveridgiana. O sistema público de previdência começou com o Institutos de Aposentadorias e Pensões - IAPs, cobrindo riscos ligados a perda de capacidade elaborativa (velhice, morte, invalidez, doença). 
Os IAPs ofereciam um conjunto de benefícios de acordo com a contribuição dos trabalhadores, dos empresários e do estado que não eram uniformes, de caratér contencionista, ou seja, preocupados com a acumulação de reservas financeiras, menos preocupados com a prestação de serviços. 
Ao final do governo de Vargas ja existia uma pauta de unifomização e unificação da previdência social no Brasil, que resurgiu em 1960, na Lei Orgânica da Previdência Social. Este desenvolvimento foi restrito e incompleto  e em comparação com experiências  Keynisiano fordista.Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho, Ministério da Educação e Saúde Pública.
Até os anos 1930, não existia uma política nacional de saúde, a intervenção do estado iniciou a partir de dois eixos, saúde pública e medicina previdênciaria ligada ao IAPs para categorias que tinham acesso à eles. Com a criação da Legião Brasileira de Assistência - LBA em 1942, criada para atender as famílias dos pracinhas envolvidos na Segunda Guerra .Só na constituição de 1988 isso começa a mudar na área de infância e juventude criou-se o código de menores, de natureza punitiva no serviço de assistência ao menor - SAM em 1941 o que só foi alterado com a promulgação do estatuto da criança e do adolescente - ECA em 1940. A política social brasileira teve seu desfecho em 1937 a qual ratificou as necessidades de reconhecimento das categorias de trabalho e finalmente com a consolidação das leis trabalhistas, a CLT, promulgada em 1943 selando um modelo corporativista e fragmentado do reconhecimento dos direito no Brasil. O período entre 1943 e 1945 era da ditadura Vargas visto que o mesmo tinha opções oscilantes de alinhamento durante a guerra, ora tinha simpatia pelo nazifacismo, mas sob pressão norte americana em função das condições geopolíticas e econômicas brasileiras bem como por algumas pressões da sociedade brasileira acabou se aliando com os E.U.A, França e Inglaterra, entre outros, assim em 1942 o Brasil entra na guerra . Em 1945 após quinze anos no poder,Getúlio Vargas caiu e no país surgiu grandes e intensas turbulências econômicas política e social. 
O Brasil que apesar de vir de vocação agrária exportadora tornou-se um país urbanizado, com movimentos operários e popular maduro e com agenda de reivindicações extensas.
As diferenças desses princípios provocaram o surgimento e instituição de diferentes modelos de seguridade social nos países capitalistas, com variações determinadas pelas diferentes relações estabelecidas entre o Estado e as classes sociais em cada país. Hoje, é difícil encontrar um “modelo puro”. As políticas existentes e que 
constituem os sistemas de seguridade social em diversos países apresentam as características dos dois modelos, com maior ou menor intensidade. No Brasil, os princípios do modelo bismarckiano predominam na previdência social, e os do modelo beveridgiano orientam o atual sistema público de saúde (com exceção do auxílio doença, tido como seguro saúde e regido pelas regras da previdência) e de assistência social, o que faz com que a seguridade social brasileira se situe entre o seguro e a assistência social (BOSCHETTI,
2006).Assim, um dos pilares de estruturação da seguridade social é sua organização com base na lógica do seguro social. Essa é a lógica que estrutura os direitos da previdência social em praticamente todos os países capitalistas. Em alguns países como França, Inglaterra e Alemanha, a lógica do seguro sustenta também a política de saúde. No Brasil, a lógica do seguro estruturou e estabeleceu os critérios de acesso da previdência e da saúde 
desde a década de 1923 até a Constituição de 1988.
 O princípio dessa lógica é garantir proteção, às vezes exclusivamente, ao trabalhador e à sua família. É um tipo de proteção limitada, que garante direitos apenas àquele trabalhador que está inserido no mercado de trabalho ou que contribui mensalmente como autônomo ou segurado especial à seguridade social. Nesta lógica, só tem acesso aos direitos da seguridade social os chamados “segurados” e seus dependentes, pois esses direitos são considerados como decorrentes do direito do trabalho, ou seja, só têm acesso aqueles que contribuem mensalmente.

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