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COMUNICAÇÃO EM PROPAGANDA
Quem pretende seguir a profissão da Propaganda deverá propor-se duas grandes metas e tudo fazer para alcançá-la:
Adquirir boa formação básica pelo aprofundamento nos estudos específicos;
Adquirir consciência das responsabilidades profissionais inerentes à carreira que assume.
Desde os primeiros momentos, o estudioso desta área sentirá que, para acompanhar e se integrar na contínua evolução tecnológica que domina o moderno trabalho publicitário, terá de aperfeiçoar-se continuamente, desenvolvendo suas habilidades e adquirindo as técnicas necessárias ao exercício da profissão escolhida.
Este aperfeiçoamento, conjugado à prática que vai adquirindo, lhe possibilitará a ascensão constante no desempenho das funções a serem exercidas no futuro.
O processo de formação publicitária, em geral, inicia-se com o conhecimento e o domínio das técnicas de comunicação, pois é nelas que se enquadra a Propaganda, hoje considerada uma das mais eficientes formas de comunicação de massa.
A partir dos conceitos básicos de:
Por que comunicar,
A quem comunicar,
Como comunicar,
Quando comunicar,
Onde comunicar,
É importante refletir e aprofundar a discussão sobre a viabilidade destes conceitos, relacionando-os com a sistemática e as estratégias usadas pela Propaganda para atingir e convencer o público receptor.
Além disso, é bom lembrar que a eficiência da comunicação depende da melhoria da veiculação, como também da adequação das mensagens aos sistemas de linguagem ou códigos usado na tradução dos pensamentos, e onde melhor sentir isso na prática?
Segundo o sentido etimológico, comunicar significa trocar idéias, informar. O progresso social, que acontece em nossos dias, decorre da rápida circulação de informações entre o maior número possível de pessoas e no maior espaço possível.
Os grandes avanços da humanidade sempre resultaram da difusão de idéias e de conhecimentos pela comunicação que, como disseminadora de informações, é também propulsora da educação, uma vez que o desenvolvimento cultural atende às inspirações do ser humano e propicia maior participação das pessoas na luta pelo bem-comum e pelas causas de interesse coletivo.
A comunicação está sempre voltada para o futuro, isto é, para a transformação e evolução do homem, fazendo-o sair do imobilismo e do conformismo e dando-lhe uma visão nova dos acontecimentos.
Neste avançar cultural da sociedade moderna, o homem, queira ou não, partilha das conseqüências do progresso social como participante do grupo no qual interage pela comunicação. Ele adquire comportamentos que lhe são impostos pela convivência, pelo estado de coisas em que vive que resulta da situação econômica pós-industrial que domina o mundo. São fatores que o fazem agir em busca de conforto, do bem-estar e do prazer tão divulgados na sociedade moderna.
Estas imposições decorrem da ação exercida, sobretudo pela Propaganda, sobre as defesas psíquicas do homem, que, mesmo contra sua vontade, desperta nele o desejo de possuir cada vez mais bens de conforto material destinados a proporcionar o gozo da vida e a implantar hábitos e conceitos inusitados.
A intensificação das comunicações apressa este fenômeno social e faz idéias novas serem aceitas e costumes diferentes se popularizarem.
A Propaganda cumpre assim seu papel de ativadora da economia através do aumento do consumo, isto é, funciona como forma de comunicação de massa, transmitindo informações e induzindo a outros comportamentos.
Ela utiliza sua força comunicadora para informar e persuadir a ponto de ser capaz de dominar até a razão e o inconsciente dos consumidores.
É conveniente não esquecer que o profissional publicitário é, antes de qualquer coisa, “um agente de informação na função de agilizador de consumo”.
A moderna sociedade ficou sendo chamada “sociedade de consumo”, uma vez que todo esse poderio comunicativo, nas últimas décadas, foi dirigido, mais especificamente, para o desenvolvimento industrial através do consumo de informações comerciais de compra e venda e da oferta de produtos.
Hoje, compra-se tudo, recebem-se notícias de tudo, fala-se de produtos que são oferecidos e consumidos, tudo enfim sem que haja comprovação a priori.
As técnicas modernas de publicidade utilizam muito os meios de comunicação, pois estes lhe facilitam o “domínio das massas” pelo “domínio das idéias”, uma vez que o grande público, de maneira geral, recebe passivamente as informações e não percebe que elas chegam prontas e preparadas para ser consumidas sem alternativas e, sobretudo intencionalmente orientadas para formar determinados conceitos disto ou daquilo e conduzir a interpretações preestabelecidas.
Como quase ninguém conhece na fonte as coisas informadas, é fácil tornar-se vítima do poder cultural e informativo que manipula verdadeiras máquinas de massificação dentro da sociedade, as quais envolvem:
Administradores, que são as “fontes” ou donos dos produtos a consumir, da tecnologia e da força econômica;
Tecnocratas, contratados para dirigir idéias, veiculá-las e fazer consumir o produto;
Público, ou massa consumidora de produtos e de idéias que é o alvo principal a ser atingido.
Diante de toda essa poderosa força informativa dos meios de comunicação desaparecem os problemas financeiros, dobra-se a vontade e impõe-se a necessidade.
Vende-se até idéias absurdas e tudo é oferecido ao grande público preparado para ser “fisgado” pelo consumismo, sobretudo a grande parcel de menor poder aquisitivo, que talvez, acredite mais na informação. 
INFLUÊNCIA DA CRIATIVIDADE
Criatividade é a capacidade de dar existência a algo novo, único e original com determinado objetivo.
Em geral, ela surge de alguma angústia que provoca a busca de uma solução imediata.
Portanto, o ato criativo acontece quando há ocorrência de uma situação anormal e perturbadora que precisa ser contornada.
Toda e qualquer empresa é sempre estabelecida como solução para um problema ou para suprir o que é necessário, ou falta ao mercado consumidor.
Se criar significa, pois, dar existência a algo novo, isto poderá ocorrer de duas maneiras:
Pela invenção;
Pela descoberta.
Invenção é a criação que resulta da associação de dois ou mais elementos ou imagens mentais, por vezes aparentemente díspares, mas que poderão conduzir ao surgimento de uma idéia nova.
A fusão ou associação deles na mente gera outro elemento, talvez aproveitado como solução.
Descoberta é a percepção de algo existente de que não se tinha noção e que, uma vez encontrado, concretiza-se em palavras, imagens, símbolos.
Na descoberta, a inteligência tem, quase sempre, participação efetiva, assim como a intuição que é a percepção súbita de uma solução para determinado problema.
Para criar, manipulam-se elementos da realidade, ou idéias antigas são combinadas para daí surgir a inovação.
No processo criador, é conveniente e aconselhável não julgar idéias emergentes de imediato, mas deixá-las amadurecer e possibilitar, assim, a ação do pensamento intuitivo.
A associação de idéias poderá ocorrer de quatro maneiras diferentes:
Por contigüidade ou proximidade de elementos, mesmo diferentes: pneu lembra carro/viagem/estrada/distância...;
Por semelhança ou superposição de significados: tartaruga lembra lentidão; fogo lembra destruição;
Por sucessão ou decorrência de idéias, uma após a outra: nuvens escuras – chuva – chão molhado;
Por contraste ou oposição entre idéias: frio/calor, dia/noite, grande/pequeno.
Trabalhando com associação de idéias, como estratégias criativas, as impressões e idéias acumuladas na mente poderão aflorar, complementar-se e possibilitar o surgimento de criações inéditas como conseqüência do relacionamento entre elas.

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