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SP 1.1 – Positivo, e agora?
TUTORA: Silvia, Paty e Carol
Morfofisiologia do Sistema Nervoso Central e malformações causadas por agentes biológicos
PACTO DE TRABALHO:
· Tolerância máxima de atraso de 15 minutos
· Bom senso - uso de celular e comida;
· Colocar feedback no portfólio (tutor, autoavaliação e grupo);
· Intervalo de 15min;
· Se chegar atrasado entrar em silêncio.
Laboratório Morfofuncional
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
· Relacionar o desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) com os fatores teratogênicos biológicos e drogas de abuso. 
· Caracterizar a organização funcional do Sistema Nervoso. 
· Correlacionar a morfologia dos componentes celulares do tecido nervoso com suas funções.
Abertura da Sessão
ATIVIDADE 1: LEITURA E EXERCÍCIO 
1. Faça a leitura do texto a seguir: Apesar do feto ou do embrião estar protegido pela placenta, alguns agentes infecciosos presentes na mãe podem atingi-lo. Os defeitos induzidos por microrganismos diferem dos induzidos por agentes ambientais, uma vez que nem todas as lesões aparecem no período da gestação e que muitas manifestações clínicas aparecem após o nascimento, mesmo que congenitamente adquiridas. Portanto, é importante conhecer os principais agentes infecciosos causadores das anomalias congênitas, os principais métodos clínicos laboratoriais utilizados nos diagnósticos destas doenças e os métodos de prevenção e tratamento para estas enfermidades. 
DESAFIO Após a análise do Caso clínico a seguir, identifique o diagnóstico a partir das alterações congênitas presentes no recém-nascido e indique os métodos utilizados no diagnóstico laboratorial, prevenção e tratamento para esta enfermidade. 2. 
R. N. nasceu de 37 semanas, com peso de 1500 gramas, 41 cm de comprimento e perímetro cefálico de 30,5cm. Ao nascer, apresentou sangramento, múltiplas petéquias e manchas cutâneas acinzentadas que foram desaparecendo lentamente nas duas primeiras semanas de vida. Apresentou ainda hepatoesplenomegalia, prega palmar única bilateral e hipoplasia das unhas dos pés. A avaliação cardiológica clínica demonstrou persistência do canal arterial. A observação oftalmológica inicial mostrou microftalmia bilateral, glaucoma e retinopatia pigmentar. A análise laboratorial evidenciou trombocitopenia com um número de plaquetas abaixo de 76.000/mm3 e osteopatia. A avaliação do desenvolvimento aos 2 meses de idade confirmou um atraso psicomotor importante. 
3. Cada grupo deve anotar em uma folha sulfite ou folha de caderno uma hipótese e justifica-la. As folhas deverão ser pregadas no quadro ou na parede para que as hipóteses sejam compartilhadas. A resposta será revelada no Encerramento da Sessão. 
4. Após a realização da atividade, o(a) professor(a) apresentará os objetivos de aprendizagem das aulas de laboratório, integrando esses objetivos ao tema da Situação Problema, cuja síntese provisória estará sendo elaborada.
ESTAÇÃO 1:NEURULAÇÃO E PRINCIPAIS FATORES TERATOGÊNICOS 
ATIVIDADE 1: ESQUEMAS DIDÁTICOS 
A neurulação é o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural. Um dos eventos principais desse processo é o alongamento da placa neural e do eixo do corpo pelo fenômeno da extensão convergente, por meio do qual há um movimento lateral a medial das células no plano do ectoderma e do mesoderma 
(Ref.: Sadler, T. W. Langman Embriologia Médica. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2021).
1. Analise as seguintes imagens, organize-as na sequência correta dos eventos e indique os nomes das estruturas nas legendas em branco.
--
C → A → D → B → E
· (C) Formação da placa neural: O ectoderma se espessa, formando a placa neural.
· (A) Formação do sulco neural: A placa neural começa a dobrar e formar um sulco no centro.
· (D) Dobras neurais começam a se fechar: O sulco neural aprofunda-se, e as bordas começam a se unir.
· (B) Fechamento do tubo neural: As bordas se fundem completamente, formando o tubo neural.
· (E) Formação final com diferenciação: O tubo neural está completamente fechado e começa a se diferenciar em encéfalo e medula espinhal.
Indicação das estruturas nas legendas em branco
As principais estruturas que devem ser nomeadas incluem:
· Placa Neural
· Sulco Neural
· Dobras Neurais
· Tubo Neural
· Notocorda
· Ectoderma
· Mesoderma Paraxial
· Endoderma
ATIVIDADE 1: ESQUEMAS DIDÁTICOS 
1. Organize os esquemas do tubo neural, que estão na primeira coluna da tabela; depois, correlacione as estruturas (lista de estruturas) de acordo com suas características embrionárias e indique o local onde podem ocorrer anomalias do desenvolvimento do tubo neural (placas em amarelo). Pode haver mais de uma estrutura para cada região do tubo neural. Em seguida, responda ao que se pede:
Organização dos esquemas (Coluna 1)
A sequência correta dos esquemas representa a neurulação, desde a placa neural até o fechamento do tubo neural:
B - Placa Neural
D - Pregas neurais elevadas
C - Formação do sulco neural
A - Fechamento do tubo neural
Correlação com as estruturas
Cada estágio corresponde a vesículas primárias, secundárias, estruturas e cavidades:
Correlação com anomalias do desenvolvimento
As placas amarelas indicam anomalias que podem ocorrer em diferentes regiões do tubo neural:
· Meroanencefalia (Anencefalia) → Neuroporo rostral:
· Ocorre devido à falha no fechamento do neuroporo anterior.
· Está associada à ausência parcial do cérebro e calota craniana.
· Meningomielocele → Neuroporo caudal:
· Relacionada a defeitos na fusão do tubo neural na região lombossacral.
· Leva à espinha bífida aberta.
· Holoprosencefalia:
· Defeito na separação do prosencéfalo em hemisférios cerebrais.
· Microcefalia:
· Redução no crescimento cerebral levando a uma cabeça menor que o normal.
· Hidrocefalia:
· Acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano nos ventrículos cerebrais.
2. Pesquise: qual o período crítico (semanas) em que podem ocorrer anomalias congênitas no desenvolvimento do tubo neural?
O desenvolvimento do tubo neural é um processo crítico que ocorre nas primeiras semanas da gestação. O fechamento do tubo neural geralmente acontece entre o 18º e o 28º dia após a fertilização, correspondendo aproximadamente da 3ª à 4ª semana de gestação. Durante esse período, o embrião é particularmente vulnerável a fatores que podem interferir nesse processo, levando a anomalias congênitas como a anencefalia e a espinha bífida. 
Portanto, é fundamental que, antes e durante as primeiras semanas de gestação, medidas preventivas sejam adotadas, como a suplementação de ácido fólico, para reduzir o risco de defeitos do tubo neural.
ESTAÇÃO 2: MORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
ATIVIDADE 1: MEDROOM ANATOMY 
Para desenvolver esta atividade, utilize o MedRoom Anatomy (equipamento de imersão em realidade virtual). Para isso, os alunos deverão ser organizados da seguinte maneira: 
• 1 estudante deve ser o explorador (sua função será isolar os componentes do sistema nervoso na região encefálica e detalhar as estruturas para os demais colegas, conforme solicitado por este roteiro (estruturas indicadas em negrito nas questões). 
• 1 estudante deve ser o guia (sua função será garantir a segurança do explorador enquanto estiver imerso no software). 
• 1 estudante deve ser o tradutor (sua função será mostrar aos demais estudantes no aplicativo Complete Anatomy e/ou nos modelos anatômicos as estruturas relatadas pelo explorador). 
• 1 ou mais estudantes devem ser os relatores (sua função será, com a ajuda dos colegas, responder às questões). 
1. O telencéfalo é formado pelo córtex cerebral, que compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Analise a localização anatômica do hemisfério direito, do hemisfério esquerdo e da fissura longitudinal.
ESTAÇÃO 2: MORFOFISIOLOGIA DO SISTEMA 
ATIVIDADE 1: MEDROOM ANATOMY Para desenvolver esta atividade, utilize o MedRoom Anatomy (equipamento de imersão em realidade virtual). Para isso, os alunos deverão ser organizados da seguinte maneira: 
• 1 estudante
deve ser o explorador (sua função será isolar os componentes do sistema nervoso na região encefálica e detalhar as estruturas para os demais colegas, conforme solicitado por este roteiro (estruturas indicadas em negrito nas questões). 
• 1 estudante deve ser o guia (sua função será garantir a segurança do explorador enquanto estiver imerso no software). 
• 1 estudante deve ser o tradutor (sua função será mostrar aos demais estudantes no aplicativo Complete Anatomy e/ou nos modelos anatômicos as estruturas relatadas pelo explorador). 
• 1 ou mais estudantes devem ser os relatores (sua função será, com a ajuda dos colegas, responder às questões). 
1. O telencéfalo é formado pelo córtex cerebral, que compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Analise a localização anatômica do hemisfério direito, do hemisfério esquerdo e da fissura longitudinal.
2. A superfície do cérebro apresenta várias depressões denominadas de sulcos, que delimitam os giros cerebrais. Analise a localização anatômica do sulco lateral, do sulco central, do giro pré-central e do giro pós-central. Fisiologicamente, o que fazem o giro pré-central e o giro pós-central? 
3. Analise as relações anatômicas dos lobos cerebrais e correlacione com suas principais funções. 
• Frontal: 
• Parietal: 
• Temporal: 
• Occipital: 
• Ínsula: 
4. Em relação aos lobos cerebrais, qual é o único lobo que não se relaciona com nenhum osso do crânio devido a sua localização profunda no sulco lateral? 
5. Qual é a maior comissura inter-hemisféricas? Qual é a sua função? 
6. Identifique no telencéfalo as seguintes estruturas: 
• Lobo frontal. 
• Giro pré-central. 
• Sulco pré-central. 
• Giro frontal superior. 
• Sulco frontal superior. 
• Giro frontal médio. 
• Sulco frontal inferior.
• Giro frontal inferior: partes orbital, triangular e opercular (esquerdo: Giro de Broca).
• Lobo parietal. 
• Giro pós-central. 
• Sulco pós-central. 
• Lobo temporal.
ESTAÇÃO 3: HISTOFISIOLOGIA DO TECIDO NERVOSO 
ATIVIDADE 1: MICROSCÓPIO VIRTUAL E TRILHA DO CONHECIMENTO NA PLATAFORMA LT KURACLOUD Para executar a atividade proposta, acesse o microscópio virtual Histology Guide, por meio do link abaixo, e clique em Nervous Tissue > Brain. https://www.histologyguide.com/slideview/MHS283brain/06-slide-1.html?x=81439&y=14430&z=50.0 
1. Diferencie as regiões do encéfalo e do cerebelo e anote as características morfológicas que permitiram esta identificação. 
2. Analise a organização do córtex encefálico e observe a morfologia dos neurônios. 
3. Analise a organização do cerebelo, observe e identifique suas camadas. 
4. Correlacione as características estruturais das células de Purkinje com sua função (observe a presença da substância de Nissl). 
5. Esquematize uma célula de Purkinje em uma folha avulsa e classifique este neurônio. 
6. Identifique: 
• Pericário ou corpo celular. 
• Prolongamentos citoplasmáticos. 
• Núcleo com nucléolo. • Substância ou corpúsculo de Nissl.
Acesse a plataforma LT Kura Clound →Anatomia → Sistema Nervoso Central → Histologia do Tecido Neural - Laboratório → Em grupo realizem as atividades de 1 a 4.
Medicina Laboratorial
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
· Caracterizar os possíveis agentes biológicos causadores de malformações congênitas. 
· Relacionar manifestação clínica, modo de transmissão, diagnóstico, medidas terapêuticas de prevenção e controle de agentes biológicos causadores de malformações congênitas. 
· Correlacionar o mecanismo de desenvolvimento das malformações congênitas causadas por estes agentes biológicos ao período crítico de desenvolvimento embriológico e fetal.
ESTAÇÃO 1: DEFEITOS CONGÊNITOS MAIS COMUNS E AGENTE ETIOLÓGICO ATIVIDADE 1: LEITURA E EXERCÍCIO 
1. Estabeleça as correlações entre os defeitos congênitos apresentados e o agente biológico responsável por esta enfermidade.
Agentes biológicos: 
I. Citomegalovírus. A
II. Toxoplasma gondii. E
III. Treponema pallidum. B
IV. Vírus da Hepatite B. C 
V. Vírus da Varicella-zoster. F
VI. Vírus do herpes simples. D
VII. Zika vírus. H 
VIII. Vírus da imunodeficiência adquirida. G
Defeitos congênitos mais comuns: 
A. Microcefalia, coriorretinite, perda auditiva neurossensorial, retardo do desenvolvimento psicomotor/mental, hepatoesplenomegalia, hidrocefalia, paralisia cerebral, calcificação encefálica. 
B. Hidrocefalia, surdez congênita, deficiência mental, dentes e ossos anormais. 
C. Nascimento pré-termo, baixo peso ao nascimento e macrossomia fetal. 
D.Vesículas e cicatrizes na pele, coriorretinite, hepatomegalia, trombocitopenia, petéquias, anemia hemolítica e hidroanencefalia. 
E. Microcefalia, deficiência mental, microftalmia, hidrocefalia, coriorretinite, calcificações cerebrais, perda auditiva e distúrbios neurológicos. 
F. Cicatrizes cutâneas, paralisia incompleta de membros, hidrocefalia, convulsões, catarata, microftalmia, atrofia óptica, nistagmo, coriorretinite, microcefalia, deficiência mental, hipoplasia de membros, dedos das mãos e pés, anomalias urogenitais.
G. Atraso no crescimento, microcefalia, distúrbios no cérebro e medula espinhal, problemas de comportamento, desenvolvimento e cognição. 
H. Microcefalia, distúrbios neurológicos, calcificação intracranial, disfagia e problemas na motilidade gástrica.
ESTAÇÃO 2: ANOMALIAS CONGÊNITAS CAUSADAS POR AGENTES BIOLÓGICOS 
ATIVIDADE 1: CASO CLÍNICO 
1. Utilizando o material disponível sobre a bancada, siga a orientação clínica para os diferentes casos clínicos pré-estabelecidos a seguir: 
A. Caso Clínico 1: Uma menina de 8 anos de idade contraiu infecção por rubéola e sua mãe ficou preocupada quanto ao risco de desenvolver glaucoma, catarata, malformação cardíaca, retardo no crescimento e surdez. Além disso, a mãe não sabia sobre a possibilidade da criança adquirir a doença novamente na fase adulta durante a gestação. 
Qual orientação clínica deve ser realizada pelo médico diante desta situação? Justifique sua resposta. NÃO TEM COMO TER MA FORMAÇÃO PQ ELA JÁ NASCEU 
B. Caso Clínico 2: Uma gestante tem em sua casa 2 gatos que costumam fugir e dias depois aparecer. Sua vizinha, preocupada com a gestação da amiga, informou que ela deveria evitar o contato próximo com os animais durante a gravidez. Na consulta do pré-natal, a gestante perguntou ao médico se a informação que recebera da vizinha era verdadeira. 
Qual a orientação clínica do médico diante desta situação? EVITAR GATOS
Qual a fase mais crítica para a gestante ser infectada pelo patógeno (período embriológico ou período fetal)? EMBRIONARIO 
C. Caso Clínico 3: Uma gestante, durante consulta do Pré-Natal na UBS, revela que já realizou tratamento anterior para sífilis e pergunta ao seu médico se é necessário realizar teste rápido, uma vez que acredita estar imunizada. 
Qual deve ser a conduta do médico? TESTAR ELA PRA SIFILIS, TESTE ESPECIFICO
ESTAÇÃO 3: AGENTE ETIOLÓGICO E TOXOPLASMOSE 
ATIVIDADE 1: EXERCÍCIO EM GRUPO Para esta atividade, acesse o site do Departamento de doença Veterinária, por meio do link https://atlas.sund.ku.dk/parasiteatlas/zoonotic/toxoplasma_gondii/. 
1. Observe o agente etiológico da Toxoplasmose e classifique-o quanto ao tipo de microrganismo. 
2. Após a observação, interprete o diagnóstico sorológico apresentado na tabela abaixo para uma gestante em sua primeira consulta e estabeleça a conduta médica, justificando sua orientação.
· Na primeira paciente mostra que ela já possuiu a doença, ou seja, não vai ter de novo
· Na segunda paciente mostra que ela não teve a doença e não tem atualmente, mas pode se contaminar
· Na terceira paciente mostra que ela possui a doença atualmente, precisa tratar e não teve a toxoplasmose no passado
· Na quarta paciente mostra que ela pode estar em período de transição, ou seja, possuiu a doença 
3. Cada grupo deve anotar em uma folha sulfiteou folha de caderno uma hipótese e justifica-la. As folhas deverão ser pregadas no quadro ou na parede para que as hipóteses sejam compartilhadas
no Encerramento da Sessão.
FEEDBACK: O lab foi muito produtivo, meu grupo foi muito colaborativo, conseguimos alcançar os objetos de aprendizagem, os professores guiaram muito bem também.
Team Based Learning
21/02/2024
TIPOS DE ANOMALIAS CONGÊNITAS
As anomalias congênitas podem ser classificadas em quatro tipos principais, conforme o mecanismo patogênico envolvido: malformações, deformações, disrupções e displasias.
· Malformações ocorrem quando um tecido não se forma corretamente desde o início, geralmente no primeiro trimestre da gestação. Elas podem ser grandes (com implicações clínicas significativas) ou pequenas (sem relevância clínica, mas úteis para diagnosticar síndromes). Malformações menores podem indicar predisposição a anomalias maiores.
· Deformações são causadas por forças mecânicas que afetam estruturas normalmente desenvolvidas. Podem ter origem materna (útero pequeno, malformações uterinas, oligoidrâmnio) ou fetal (gestação múltipla, feto grande, hipomobilidade fetal).
· Disrupções resultam da perda de células ou tecidos normais devido a danos, como acidentes vasculares, infecções ou radiação, afetando o desenvolvimento fetal.
· Displasias envolvem a organização anormal das células nos tecidos e podem surgir mais tarde no desenvolvimento. Diferente das malformações, a histogênese (formação tecidual) continua após o nascimento. Algumas displasias podem aumentar o risco de câncer ao longo da vida.
--
PRINCÍPIOS GENÉTICOS DA EMBRIOLOGIA
O desenvolvimento embrionário é organizado por períodos, sendo marcado pelo sincronismo dos processos e estruturas em formação. Os principais períodos são: gestação inicial (até 3 semanas), primeiro trimestre (3-11 semanas), segundo trimestre (12-25 semanas) e terceiro trimestre (26-40 semanas). O primeiro trimestre é essencial para a formação dos órgãos, com exceção do sistema nervoso central, que continua seu desenvolvimento até a metade da gestação.
A resposta do embrião a fatores prejudiciais varia conforme o período: danos nas três primeiras semanas podem levar à perda gestacional, no primeiro trimestre causam malformações, e nos trimestres seguintes afetam crescimento e organização celular.
Os principais fatores envolvidos na morfogênese normal incluem:
Taxa de crescimento celular, determinando características físicas como padrões das digitais e formações faciais.
Migração celular, essencial para que células especializadas alcancem sua posição definitiva.
Interações célula-célula, críticas para o desenvolvimento e organização, podendo influenciar displasias e até câncer.
Morte celular seletiva (apoptose), necessária para eliminar células indesejadas, como no desenvolvimento dos dedos.
Fatores de crescimento e hormônios, que direcionam células ao desenvolvimento adequado por meio de gradientes químicos bem regulados.
ETIOLOGIA DE ANOMALIAS CONGÊNITAS
A etiologia das anomalias congênitas é uma questão central na genética clínica, pois auxilia no prognóstico, risco de recorrência e possíveis terapias. Geneticistas e dismorfologistas analisam padrões de anomalias para determinar a causa, que pode ser cromossômica, monogênica, teratogênica (gene-ambiente) ou epigenética.
Apenas cerca de 20% das anomalias congênitas tinham etiologia identificável, mas avanços nos testes genéticos elevaram essa taxa para cerca de 40%. É mais fácil identificar a causa em anomalias múltiplas do que em anomalias isoladas, embora novas técnicas diagnósticas tenham melhorado essa identificação até mesmo em casos únicos.
A deleção 22q11.2 é um exemplo de alteração cromossômica associada a múltiplas anomalias, incluindo a síndrome de DiGeorge e velocardiofacial, podendo afetar face, coração, paratireoides e timo. Algumas pessoas com essa deleção apresentam apenas uma única anomalia, como malformações cardíacas.
Exemplos de etiologias:
· Monogênica: Fibrose cística, anemia falciforme.
· Cromossômica: Síndrome de Down (trissomia 21), síndrome de Turner (monossomia X).
· Interação gene-ambiente (multifatorial): Fenda palatina, diabetes tipo 2.
· Epigenética: Síndrome de Prader-Willi, síndrome de Angelman
TERATOGÊNESE
A teratogênese ocorre quando agentes ambientais (teratógenos) causam anomalias congênitas ao afetar o desenvolvimento fetal. Antigamente, acreditava-se que o útero protegia completamente o feto, mas hoje se sabe que diversos fatores ambientais, como drogas, medicamentos, doenças maternas e exposições ocupacionais, podem interferir no desenvolvimento fetal.
A prevenção é a melhor estratégia contra anomalias congênitas induzidas por teratógenos, evitando exposições sempre que possível. No entanto, em alguns casos, a saúde materna pode exigir o uso de medicamentos com potencial teratogênico.
Um exemplo grave de teratogênese é a síndrome do álcool fetal (FAS), causada pelo consumo de álcool durante a gestação. Ela resulta em alterações faciais, problemas de crescimento e déficits neurológicos. Nem todas as crianças expostas ao álcool desenvolvem FAS, mas o conjunto de problemas gerados é denominado transtornos do espectro do álcool fetal (FASD). Esses distúrbios são a principal causa prevenível de deficiência intelectual, podendo representar até 30% das deficiências neurológicas.
O custo de assistência a indivíduos com FAS ultrapassa US$ 1 milhão ao longo da vida, tornando essencial a conscientização dos profissionais de saúde. A recomendação médica correta é zero consumo de álcool durante toda a gestação, pois o risco existe mesmo antes da mulher descobrir que está grávida.
QUESTÕES:
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FEEDBACK:
Achei que tanto o lab quanto o tbl foram muito bem explicados e as professoram prestaram todo o apoio e tiraram todas as dúvidas que meu grupo teve.
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