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a) Hipertensão arterial: a hipertensão arterial, tam‐
bém conhecida como pressão alta, é uma doença 
crônica que se manifesta pela elevação da pressão 
arterial. Quando não controlada, pode afetar di‐
versos órgãos e gerar graves complicações, como 
acidente vascular cerebral (AVC), infarto e morte. 
Geralmente de origem genética (maior parte dos 
casos), o aumento da pressão arterial também 
pode estar relacionado: a distúrbios da tireoide ou 
em glândulas endocrinológicas; ao consumo de 
bebidas alcoólicas; a obesidade; a idade avançada 
(a hipertensão acomete principalmente indivíduos 
com mais de 50 anos); ao consumo elevado de sal; 
e ao sedentarismo. 
FIQUE ATENTO!
Uma pessoa é considerada hipertensa quan‐
do apresenta pressão arterial igual ou maior 
que 140/90 mmHg (14 por 9).
b) Diabetes mellitus: o diabetes mellitus consiste 
em um grupo de doenças metabólicas resultantes 
da falta ou do mau funcionamento da insulina no 
organismo. A insulina é um hormônio produzido 
pelo pâncreas que permite a entrada da glicose 
(carboidrato obtido a partir da ingestão dos ali‐
mentos) nas células. Dentro das células, a glicose 
passa por uma série de processos metabólicos 
que geram a energia necessária para a manuten‐
ção de todas as funções vitais do corpo. Quando 
o organismo não produz a insulina ou não con‐
segue utilizá‐la, ocorre o aumento da quantidade 
de glicose no sangue, causando o que chamamos 
de hiperglicemia. Caso os níveis de glicose no san‐
gue não voltem ao normal, os órgãos e vasos san‐
guíneos são comprometidos, resultando em uma 
série de problemas de saúde, como insuficiência 
renal, cegueira, amputação de membros inferio‐
res, doenças cardiovasculares e até a morte. Assim 
como acontece na hipertensão arterial, o desen‐
volvimento do diabetes também está associado a 
presença de fatores de risco, dentre os quais estão: 
a obesidade; o histórico familiar da doença; o se‐
dentarismo; a hipertensão arterial; e o colesterol/
triglicerídeos elevados. 
Dependendo das características que apresenta, o dia‐
betes pode ser classificado em três tipos: diabetes tipo 1, 
diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
a) Diabetes tipo 1: representa de 5 a 10% dos casos 
da doença. Nele, acontece a destruição das células 
beta do pâncreas e, consequentemente, a insulina 
não é produzida no organismo. Pode afetar crian‐
ças, adolescentes e adultos sem excesso de peso, 
se manifestando por sintomas como vontade de 
urinar várias vezes ao dia, fome e sede constan‐
tes, perda de peso, fraqueza, cansaço, nervosismo, 
alterações de humor, náuseas e vômito. Após ser 
diagnosticado, o diabetes tipo 1 é tratado com a 
administração de insulina, aliada a fatores como 
planejamento alimentar e prática de atividades fí‐
sicas, que ajudam a controlar a quantidade de gli‐
cose no sangue no paciente.
b) Diabetes tipo 2: representa cerca de 90% dos ca‐
sos da doença. Esse tipo pode acontecer quando o 
organismo produz a insulina, porém não consegue 
usá‐la de forma adequada ou quando o organis‐
mo não produz quantidade suficiente de insulina 
para controlar as taxas de glicose. O diabetes tipo 
2 se manifesta com maior frequência em adultos 
com excesso de peso, mas também pode aparecer 
em crianças. Normalmente de início assintomático 
(sem sintomas), a doença pode se manifestar por 
sinais e sintomas como infecções frequentes, re‐
tardo na cicatrização de feridas, alterações visuais, 
formigamento nos pés, vontade de urinar várias 
vezes no dia e fome/sede constantes. O tratamen‐
to do diabetes tipo 2 consiste em controlar as ta‐
xas de glicose no sangue e evitar o surgimento de 
possíveis complicações da doença. Para isso, é in‐
dicado praticar exercícios físicos, planejar a alimen‐
tação, monitorar a glicemia entre outros.
c) Diabetes gestacional: ocorre durante a gestação 
quando o pâncreas da mulher grávida não produz 
insulina em quantidade suficiente para manter os 
níveis de glicemia estáveis. Nem sempre a doen‐
ça apresenta sintomas. Assim, é importante que, 
a partir do 6º mês de gestação, a mulher realize 
exames para verificar sua glicemia (nível de glicose 
no sangue). Na maior parte das vezes, o controle 
do diabetes gestacional é realizado com a adoção 
de uma dieta adequada, com a quantidade ideal 
de nutrientes calculada para cada período da ges‐
tação. Outra medida eficaz é a prática de atividade 
física, feita somente após uma minuciosa avaliação 
médica dos riscos (por exemplo, parto prematuro) 
e contraindicações para cada caso. O uso de in‐
sulina é indicado apenas para os casos em que a 
glicemia da gestante não é totalmente controlada 
com dieta e atividade física.
Tanto a hipertensão quanto o diabetes pode ser pre‐
venido com a adoção de medidas simples, como: adotar 
hábitos alimentares saudáveis; reduzir ou cessar o con‐
sumo de bebidas alcoólicas; e praticar atividades físicas 
regularmente.
As estratégias utilizadas pelo Ministério da Saúde 
para controlar a hipertensão e o diabetes no país são 
desenvolvidas, respectivamente, por meio do Programa 
Nacional de Controle da Hipertensão Arterial e do Pro‐
grama Nacional de Controle do Diabetes.
Dentre as atividades realizadas nas unidades básicas 
de saúde (UBS) para controle das doenças crônicas, es‐
tão: a educação em saúde; a aferição da pressão arterial 
em pessoas com idade igual ou maior que 20 anos; e a 
verificação da glicemia (nível de glicose no sangue) em 
indivíduos com idade igual ou maior que 30 anos.
Programa de atenção à saúde da mulher
No Brasil, a atenção à saúde da mulher está organiza‐
da no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mu‐
lher (PAISM).
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Visando melhorar as condições da mulher e diminuir 
as taxas de morbidade e mortalidade maternas, esse 
programa prevê a assistência à mulher nas várias fases 
de sua vida (desde a adolescência até a menopausa), in‐
cluindo:
a) Assistência clínico-ginecológica: destinado, prin‐
cipalmente, para a prevenção do câncer de mama 
e do câncer do colo de útero, dois graves proble‐
mas de saúde pública que causam a morte de um 
número significativo de mulheres na fase adulta.
b) Planejamento familiar: garante a todas as mu‐
lheres, o acesso igualitário à informações, meios, 
métodos e técnicas para controle da fecundidade 
(ciclo reprodutivo), incluindo a esterilização volun‐
tária para homens e mulheres.
c) Assistência ao ciclo gravídico-puerperal: acom‐
panha a mulher nas fases de pré‐natal e parto, 
visando reduzir as complicações durante a gesta‐
ção que podem provocar a morte da mãe e/ou do 
bebê. Também garante assistência no puerpério, 
auxiliando a mulher em relação ao aleitamento 
materno, ao planejamento familiar e ao retorno à 
vida sexual após o parto.
d) Assistência à mulher no climatério: visa garan‐
tir maior qualidade de vida à mulheres diante das 
transformações que ocorrem no climatério (queda 
hormonal, ressecamento da mucosa vaginal, de‐
pressão e maior risco de DST/Aids - muitas mu‐
lheres no climatério deixam de usar preservativo 
por não se preocuparem mais com uma possível 
gravidez).
e) Assistência à mulher vítima de violência sexual: 
atende mulheres vítimas de violência sexual, ga‐
rantindo atendimento psicológico, prevenção de 
DST/Aids, contracepção de emergência, alívio de 
dor, tratamento das lesões, a realização de exames 
laboratoriais e exame de corpo delito.
FIQUE ATENTO!
A lei brasileira permite que mulheres víti‐
mas de violência sexual interrompa uma 
gravidez indesejada, com até 20 semanas 
de gestação. Caso a mulher decida pros‐
seguir com a gestação, mas não queira 
assumir a maternidade da criança, ela ser 
orientada sobre o processo de adoção.
Programa de atenção à saúde da criança
Com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil por 
doenças (infecciosas ou respiratórias) e/ou distúrbios nu‐
tricionais, foi criado o Programade Assistência Integral à 
Saúde da Criança (PAISC).
Esse programa tem como focos de atenção: o cres‐
cimento e desenvolvimento da criança, o aleitamento 
materno, a orientação nutricional, a assistência às doen‐
ças diarreicas e infecções respiratórias agudas (IRAs) e 
imunização.
Para acompanhar as questões relacionadas à saúde 
da criança, os profissionais da equipe de saúde contam 
com a Caderneta de Saúde da Criança, um documento 
composto por:
a) Dados de identificação e do nascimento: inclui 
nome completo, endereço e informações relativas 
ao nascimento da criança.
b) Gráficos de crescimento: mostram por meio de 
curvas, se o estado nutricional da criança (peso, al‐
tura e Índice de Massa Corporal - IMC) estão com‐
patíveis com os apresentados por outras pessoas 
com a mesma idade.
c) Atividades: permite avaliar e acompanhar o desen‐
volvimento da criança de acordo com as atividades 
que ela é capaz de realizar em diferentes idades. 
d) Vacinas da criança: permite que o profissional da 
saúde verifique a situação da criança em relação ao 
calendário vacinal. A vacinação constitui uma das 
estratégias mais importantes para reduzir o núme‐
ro de casos e mortes por doenças infecciosas.
Programa de atenção à saúde do adolescente
A adolescência é a fase de transição entre a infância e 
a vida adulta que ocorre dos 12 até os 18 anos de idade. 
Durante ela, o adolescente passa por diversas alterações 
físicas, metais e sociais.
Nessa fase da vida, a promoção da saúde e a pre‐
venção de agravos deve ser desenvolvida pela equipe 
de saúde em articulação com escolas, grupos de jovens, 
grupos de capoeira etc.
Para auxiliar nesse processo, foi criado o Programa de 
Atenção à Saúde do Adolescente, que tem como objeti‐
vos: promover a saúde na adolescência, realizar o diag‐
nóstico precoce e o tratamento de doenças e recuperar a 
saúde do adolescente.
Por meio desse programa, o Ministério da Saúde 
(através do SUS) visa solucionar os principais problemas 
identificados na adolescência, dentre os quais estão a(s):
a) Violência (sexual, doméstica, homicídios e uso 
de drogas): pode ser solucionada com a vigilância 
contínua, a realização de ações educativas/infor‐
mativas para os jovens, as famílias e a sociedade.
b) Mortes por causas externas (acidentes de trân-
sito, principalmente): pode ser solucionada por 
ações integradas com a educação e serviços de 
trânsito.
c) Gravidez não planejada e o risco de DST/Aids: 
podem ser solucionados com ações educativas, 
orientação sexual e acesso facilitado e contínuo 
aos métodos contraceptivos, incentivando a dupla 
proteção.
d) Baixa escolaridade e inserção precoce no mer-
cado de trabalho: podem ser solucionados com 
inclusão na escola, capacitação profissional e edu‐
cação em saúde.
FIQUE ATENTO!
Os casos de violência, as mortes por causas 
externas, a gravidez não planejada, a ocor‐
rência de DST/Aids, a baixa escolaridade e 
a inserção precoce no mercado de trabalho 
durante a adolescência são, muitas vezes, re‐
sultantes da falta de informação e do uso de 
bebidas alcoólicas e/ou drogas.
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Programa de atenção à saúde do idoso
Para que, apesar das progressivas limitações, os ido‐
sos possam continuar vivendo ativamente na sociedade 
com qualidade de vida, dignidade e autonomia, foi cria‐
do pelo Ministério da Saúde, o Programa de Atenção In‐
tegral à Saúde do Idoso (PAISI).
Esse programa possui como objetivos: promover a 
saúde do idoso, prevenir agravos e garantir assistência à 
pessoas com mais de 60 anos.
a) Atividades relacionadas à promoção da saúde: 
devem ser voltadas para a divulgação de informa‐
ções sobre o processo de envelhecimento e que 
estimulem a adoção de hábitos saudáveis (alimen‐
tação equilibrada e prática de atividades físicas/de 
lazer).
b) Prevenção de agravos: deve orientar idosos, fa‐
miliares e cuidadores sobre a prevenção de doen‐
ças crônicas (hipertensão arterial e diabetes), DST 
e doenças infecciosas (podem ser evitadas com a 
vacinação) na terceira idade.
c) Assistência aos idosos: visa acompanhar a saúde 
do idoso, atendendo suas necessidades; identificar 
as situações de risco para pessoas idosas, orien‐
tando familiares/cuidadores sobre as modifica‐
ções necessárias para evitar acidentes (retirada de 
tapetes, uso de iluminação adequada, sinalização 
de degraus, etc.); e avaliar condutas terapêuticas 
prescritas para melhorar as condições de saúde do 
idoso, estimulando sempre que possível o autocui‐
dado.
Uma das estratégias usadas pelo Ministério da Saúde 
para identificar os idosos com risco de doenças ou agra‐
vos à saúde é a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, 
cujo preenchimento correto permite que as equipes de 
saúde realizem ações de prevenção, recuperação e rea‐
bilitação.
Programa de atenção à saúde bucal
Cuidar da saúde bucal é essencial para melhorar a 
situação atual e prevenir problemas futuros. Por isso, é 
recomendado:
a) higienizar a boca e os dentes corretamente;
b) visitar regularmente o dentista, fazendo os trata‐
mentos indicados quando necessário;
c) adotar hábitos alimentares mais saudáveis, redu‐
zindo o consumo de açúcar;
d) evitar o uso de tabaco/derivados/bebidas alcoóli‐
cas e outras drogas;
e) procurar rapidamente o serviço de saúde bucal 
sempre que houver cáries, dentes quebrados, pro‐
blemas com a dentadura, feridas na cavidade bu‐
cal, entre outros.
Para facilitar o acesso de toda a população aos servi‐
ços de saúde bucal, as equipes da Atenção Básica contam 
com profissionais, como: cirurgião-dentista, técnico em 
saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB).
Na equipe de saúde, cada profissional desempenha 
uma função.
a) Cirurgião‐dentista: desenvolve atividades relacio‐
nadas a saúde bucal. É responsável por definir, jun‐
tamente com o técnico em saúde bucal, o perfil 
epidemiológico da população sob responsabilida‐
de da UBS, buscando planejar uma programação 
que ofereça atenção individual e coletiva direcio‐
nadas para promoção da saúde bucal e para a pre‐
venção de doenças. Sempre que necessário, reali‐
za atendimento de urgência, pequenas cirurgias e 
procedimentos relacionados com a colocação de 
próteses dentárias. É responsável pela supervisão 
do técnico e do auxiliar em saúde bucal. Também 
deve participar ativamente, junto dos demais pro‐
fissionais da equipe, do processo de gerenciamen‐
to dos insumos essenciais para o funcionamento 
da UBS.
b) Técnico em Saúde Bucal (TSB): sob a supervisão 
do cirurgião-dentista, esse profissional é respon‐
sável pelo acolhimento do paciente na unidade 
de saúde e pela manutenção e conservação dos 
equipamentos utilizados na prestação de serviços 
odontológicos. Também estão entre suas funções, 
fazer a remoção do biofilme, realizar a limpeza e a 
antissepsia do campo operatório (antes e após os 
procedimentos cirúrgicos) e observar as medidas 
de biossegurança de produtos e resíduos odonto‐
lógicos. O técnico em saúde bucal deve integrar 
ações de saúde de maneira multidisciplinar e ga‐
rantir apoio e educação permanente ao auxiliar em 
saúde bucal, ao ACS e a outros agentes envolvidos 
com a promoção da saúde e a prevenção de doen‐
ças. 
c) Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): é responsável por 
desempenhar procedimentos regulamentados no 
exercício de sua profissão. Dentre esses procedi‐
mentos estão fazer a limpeza, assepsia, desinfec‐
ção e esterilização dos instrumentos odontológi‐
cos, dos equipamentos e do ambiente de trabalho, 
processar filmes radiográficos, selecionar moldei‐
ras e preparar modelos em gesso, além de todas as 
outras atividades desenvolvidas pelo TSB.
O sistema imunológico tem como função reconhe‐
cer agentes agressores e defender o organismo da sua 
ação, sendo constituído por órgãos, células e moléculas 
que asseguram essa proteção.
Entre as células do sistema imunológico, encontra‐
mos os glóbulos brancos, ou leucócitos.
Existem vários tipos de glóbulos brancos, com fun‐
çõesimunológicas específicas e diferenciadas, nomeada‐
mente: os linfócitos, os neutrófilos polimorfonucleares, 
os eosinófilos, os basófilos e os monócitos.
Por sua vez, os linfócitos podem ser de dois tipos: lin‐
fócitos T e linfócitos B.
Os linfócitos B diferenciam‐se em plasmócitos, em 
resposta a elementos estranhos (os antígenos) e estes 
sintetizam anticorpos para combater os elementos inva‐
sores.
Este tipo de resposta imunológica designa‐se por 
Imunidade Humoral.

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