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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS – FMU HISTÓRIA ANA BEATRIZ SOUSA DE OLIVEIRA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: GRAFITE É ARTE? + CONTEXTO DO GRAFITE “ALTAMIRA” Nº RA: 2145206 E-mail: anabeaso3107@gmail.com SÃO PAULO 2021 O grafite e as críticas por trás dele A discussão sobre o que é arte é muito recorrente, e nisso entra o questionamento se a arte urbana como o grafite pode ser considerado como arte. A academia define o que é arte para eles (a elite, digamos assim), mas na minha visão, o grafite é tão arte quanto qualquer quadro que vale milhões de dólares. A minha percepção de arte inclui tudo aquilo que te cause reflexão, um sentimento (seja ele bom ou ruim), que te faça curioso, e nenhuma arte faz isso tão bem quanto o grafite, que na grande maioria das vezes é usado para denunciar algo que está acontecendo na sociedade diante de nossos olhos e que por muitas vezes ignoramos. Uma arte que tem uma forte ligação ao hip- hop, que é um movimento que em suas rimas relatam problemas sociais vividos por jovens nas periferias, geralmente abordando temas como a criminalidade e a violência, usando a música como forma de escape dessa realidade, assim como o grafite. O grafite no qual estou trabalhando em cima é um projeto de Edu Kobra, localizado no cruzamento da rua Consolação com a rua Maria Antônia, em São Paulo, que é uma manifestação artística sobre a polêmica usina de Belo Monte, a maior usina hidrelétrica brasileira, instalada no rio Xingú, no Pará. A questão é que essa usina além de causar impactos ambientais, as construções e barragens da usina podem afetar diretamente os povos originários e populações ribeirinhas que moram perto da usina. Edu Kobra, que se impôs alegando ser totalmente contra a instalação da usina, diz: “Os índios não precisam ser perturbados por nós. Se precisamos de mais energia, que o governo descubra uma outra maneira” (KOBRA, Edu, 2011) Não é novidade o descaso do governo para com as populações indígenas, é algo que infelizmente está presente na nossa sociedade desde a invasão portuguesa. Já foi tirado muito desses povos, desde o momento em que foram tirados a força de uma terra que os pertencia, e o apagamento de sua cultura, ainda hoje pouco se fala sobre isso e manifestações artísticas como essa do Studio Kobra são de extrema importância para que nunca caia no esquecimento os horrores feitos a esses povos. Referências Bibliográficas - MAIS uma do Kobra. In: Arte Na Periferia. [S. l.], 2 nov. 2011. Disponível em: https://artenaperiferia8d1.wordpress.com/2011/11/02/mais-uma-do-kobra/. Acesso em: 20 out. 2022. - FURTADO, Janaina Rocha; ZANELLA, Andréa Vieira. Graffiti e cidade: sentidos da intervenção urbana e o processo de constituição dos sujeitos. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza , v. 9, n. 4, p. 1279-1302, dez. 2009 . Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518- 61482009000400010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 out. 2022.