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Outubro/2009
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SME
Coordenador Pedagógico
Concurso Público de acesso para provimento de cargos de
Conhecimentos Gerais
Conhecimentos Específicos
Dissertativa
P R O V A
N do CadernooN de Inscriçãoo
ASSINATURA DO CANDIDATO
N do Documentoo
Nome do Candidato
INSTRUÇÕES
VOCÊ DEVE
ATENÇÃO
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 60 questões, numeradas de 1 a 60.
- contém a proposta e o espaço para rascunho das três questões dissertativas.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
- Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Ler o que se pede na Prova Dissertativa e utilizar, se necessário, o espaço para rascunho.
- Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta preta.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.
- Em hipótese alguma os rascunhos das questões da Prova Dissertativa serão corrigidos.
- Você terá 4 horas e 30 minutos para responder a todas as questões objetivas e preencher a Folha de Respostas,
bem como para responder as questões da Prova Dissertativa e transcrever as respectivas respostas na Folha de
Respostas correspondente.
- Ao término da prova, chame o fiscal da sala para devolver o Caderno de Questões, a Folha de Respostas da Prova
Objetiva, bem como a Folha de Respostas da Prova Dissertativa.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
A C D E
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001 MODELO
0000000000000000
MODELO1
00001−0001−0001
www.pciconcursos.com.br
 
2 PMSPD-Conhecimentos Gerais1 
 
CONHECIMENTOS GERAIS 
 
1. Relacione adequadamente as expressões abaixo, confor-
me as definições de mundo para Milton Santos. 
 
 I. Mundo como fábula. 
 II. Mundo como perversidade. 
 III. Mundo como possibilidade. 
 
a. Comportamentos competitivos. 
b. Sociodiversidade. 
c. Aldeia global. 
 
(A) Ic, IIa, IIIb. 
(B) Ib, IIc, IIIa. 
(C) Ic, IIb, IIIa. 
(D) Ia, IIc, IIIb. 
(E) Ib, IIa, IIIc. 
_________________________________________________________ 
 
2. Para Andy Hargreaves, ensinar para além da sociedade 
do conhecimento significa a exigência de professores que 
trabalhem 
 
(A) em grupos cooperativos de longo prazo, seguros 
para enfrentar o dissenso. 
 
(B) em equipes, em processos permanentes de refor-
mas. 
 
(C) para construir novos e melhores conhecimentos 
entre as gerações. 
 
(D) de forma competitiva, preparados para as adversi-
dades do mercado. 
 
(E) com o comportamento emocional dos alunos, asse-
gurando seu desenvolvimento. 
_________________________________________________________ 
 
3. No texto A apropriação educacional das tecnologias da 
informação e da comunicação, Raquel G. Barreto refere-
se a Santos quanto aos paradoxos da sociedade de infor-
mação, pois quanto mais vasta é a informação potencial-
mente disponível, mais 
 
(A) seletivos se tornam os processos educacionais, fa-
zendo com que a luta democrática mais importante 
seja a luta pela democratização dos critérios de 
acesso e permanência na escola. 
 
(B) seletiva é a informação efetivamente posta à dis-
posição dos cidadãos, fazendo com que a luta de-
mocrática mais importante seja a luta pela demo-
cratização dos critérios da seleção da informação. 
 
(C) seletiva é a informação efetivamente posta à dispo-
sição dos cidadãos, fazendo com que a luta demo-
crática mais importante seja a luta pelo baratea-
mento do acesso a mídias e à internet. 
 
(D) seletivos se tornam os processos educacionais, fa-
zendo com que a luta democrática mais importante 
sejam os critérios de acesso a equipamentos eletrô-
nicos e à internet. 
 
(E) seletiva é a informação efetivamente posta à dispo-
sição dos cidadãos, fazendo com que a luta demo-
crática mais importante seja a luta pela democrati-
zação do acesso às novas linguagens tecnológicas. 
4. Considere as afirmativas abaixo. 
 
 I. Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mes-
mo; os homens se educam entre si, mediatizados 
pelo mundo. 
 
 II. É atributo humano produzir e transmitir conheci-
mento com autonomia. 
 
 III. Aprender em rede supõe um paradigma educativo 
oposto ao paradigma individualista, hoje dominante. 
 
Segundo o Caderno Orientações didáticas ler e escrever: 
tecnologias na educação, no que diz respeito às relações 
entre educação, qualidade de ensino e internet, estão 
corretas: 
 
(A) Apenas III, porque Paulo Freire defendia a educa-
ção presencial, a única que realiza plenamente a 
condição de produzir e transmitir conhecimento com 
autonomia. 
 
(B) Apenas I e II, porque aprender pela web (rede) 
não se opõe, mas reforça o paradigma individualista, 
incompatível com a função social da escola. 
 
(C) Apenas II e III, porque tratam diretamente de 
formas de comunicação, elemento essencial da web 
(rede). 
 
(D) Apenas I e III, porque o atributo humano: pro-
duzir e transmitir conhecimento, primeiro precisa ser 
aprendido para depois ser praticado. 
 
(E) I, II e III, porque educação na web (rede) supõe 
encontro, conectividade, companheirismo, solidarie-
dade que não fere e sim constrói autonomia rela-
cional. 
_________________________________________________________ 
 
5. O simples acesso à escola é condição necessária, mas 
não suficiente, para tirar das sombras do esquecimento 
social milhões de pessoas cuja existência só é re-
conhecida nos quadros estatísticos. E que o deslocamento 
do processo de exclusão educacional não se dá mais 
principalmente na questão do acesso à escola, mas sim 
dentro dela, por meio de instituições de educação formal. 
 
De acordo com Mészáros, no âmbito educacional, as 
soluções 
 
(A) precisam englobar todas as crianças que procuram a 
escola e uma educação de qualidade, sem restrição. 
 
(B) para a efetivação de uma educação inclusiva exige, 
fundamentalmente, o compromisso da escola e da 
família no desenvolvimento do processo de apren-
dizado dos educandos. 
 
(C) contra o processo de exclusão requerem a oferta de 
uma educação equalizadora para todas as crianças 
que apresentam dificuldades de aprendizagem. 
 
(D) não podem ser formais; devem ser essenciais; ou 
seja, devem abarcar a totalidade das práticas educa-
cionais da sociedade estabelecida. 
 
(E) exigem dos órgãos governamentais uma política es-
pecífica aos portadores de necessidades especiais, 
de forma a oferecer um atendimento privilegiado aos 
excluídos. 
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
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PMSPD-Conhecimentos Gerais1 3 
6. Dialogando com Paulo Freire, compreendemos que a for-
mação humana envolve historicamente processos humani-
zadores e desumanizadores, que tensionam a transfor-
mação de homens e mulheres em seres menos incom-
pletos no esforço de 'ser mais'. 
 
Segundo Maria Inês Coelho, a formação pela omnilate-
ralidade humana exige 
 
(A) romper com o mundo natural e o senso comum para 
ascender ao mundo humano e, assim, controlar o 
destino do homem. 
 
(B) mais do que uma reforma do entendimento humano, 
exige uma reforma do ser humano enquanto ser 
social-histórico. 
 
(C) transformar o homem qualquer, o 'ser menos', tor-
nando-o sujeito da construção de sua própria vida. 
 
(D) reconstruir a concepção de homem por meio de uma 
educação emancipadora que o eleve à condição de 
'ser mais'. 
 
(E) criaro diálogo com o professor. 
 
 IV. participação ativa dos alunos na construção de conhecimento, o que os instrumentaliza para novas relações com o 
mundo e múltiplos caminhos para seguir aprendendo. 
 
 V. ênfase no desenvolvimento de habilidades que permitam a inserção no mundo do trabalho em boas posições, dando um 
significado positivo ao que a escola ensinou. 
 
 VI. laboratórios com equipamentos atualizados e técnicos preparados para orientar esse processo de busca de significados, 
por meio da pesquisa. 
 
Em relação ao conceito de aprendizagem significativa, estão corretas APENAS as afirmativas: 
 
(A) I, II e IV. 
(B) I, III e V. 
(C) III, V e VI. 
(D) II, IV, V e VI. 
(E) I, II, IV e VI. 
 
 
59. Em consonância com as Diretrizes Curriculares federais, os documentos da série Orientações Curriculares − Ensino 
Fundamental II (SME/DOT,2007), apresentam reflexões sobre a organização e o desenvolvimento de um currículo articulado, 
integrado, coerente, como um dos elementos importantes para se construir na escola uma cultura da aprendizagem que busque, 
dentre outras metas, superar a fragmentação e promover o diálogo entre as áreas do conhecimento, pela exploração dos 
seguintes procedimentos comuns: 
 
(A) pesquisa do meio, horta, jornal escolar, debates de filmes e de livros como projetos interdisciplinares. 
 
(B) abordagem do conteúdo curricular pelos temas transversais, com oferta de um cardápio de projetos interdisciplinares, 
sequenciados, evitando repetição. 
 
(C) adoção de avaliações bimestrais, por disciplina e interdisciplinares, induzindo professores e alunos a buscarem 
aprendizagem e bons resultados. 
 
(D) resolução de problemas, projetos interdisciplinares, investigações, exploração dos gêneros discursivos da linguagem. 
 
(E) adoção de docência única por turma, algumas vezes também para o ciclo II, sendo as aulas preparadas pelo conjunto 
dos professores, em torno de projetos interdisciplinares. 
 
 
60. A Deliberação CME 03/97 incorpora a Indicação CME 04/97, estabelecendo as diretrizes para elaboração do Regimento Escolar 
dos Estabelecimentos de Educação Infantil, de Ensino Fundamental e Ensino Médio do Município de São Paulo. Uma leitura 
atenta dessas diretrizes permite constatar que elas preconizam que o Regimento seja elaborado de forma a 
 
(A) não interferir na realização do projeto pedagógico da escola; assegurar a subordinação da estrutura escolar aos órgãos 
centrais da estrutura da Secretaria de Educação, nos moldes da organização burocrática; priorizar a formação contínua em 
serviço, na própria escola, sem custos adicionais. 
 
(B) contribuir para a realização do projeto pedagógico da escola; assegurar gestão democrática, participação que garanta 
adesão consciente e esclarecida dos trabalhadores da escola às decisões; incluir propostas de aperfeiçoamento contínuo 
dos recursos humanos, que utilizem, prioritariamente, a equipe técnica. 
 
(C) contribuir para a realização do projeto pedagógico da escola; garantir gestão democrática por meio da aprovação das 
decisões do diretor em assembleias por período de funcionamento da escola; incluir regime de gratificação para 
professores que apresentarem certificados de cursos de 30 horas ou mais no período. 
 
(D) garantir a elaboração, execução e avaliação do projeto pedagógico da escola; disciplinar a gestão democrática por meio de 
participação representativa de professores e pais; estimular o prosseguimento de estudos em nível de pós-graduação, 
adotando sistema de pontos para promoção dos professores. 
 
(E) não entrar em contradição com o projeto pedagógico da escola; assegurar a gestão democrática por meio da participação 
representativa de todos os segmentos no Conselho de Escola; exigir dos professores, no mínimo, uma capacitação 
externa por ano. 
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
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18 PMSPD-Coord.Pedagógico-O12
PROVA DISSERTATIVA
Questão 1
Jussara, Neide e Inês são pedagogas e foram colegas como professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em uma escola da
rede municipal.
Agora, foram aprovadas em concurso de acesso, respectivamente, para assumirem cargos de coordenação pedagógica, direção de
escola e supervisão escolar e vão atuar em escolas próximas: Jussara em uma escola de Educação Infantil, Neide, em uma de Ensino
Fundamental, cujo maior número de turmas corresponde aos anos finais e Inês, na Coordenadoria de Ensino da região.
Elas têm conversado bastante sobre os desafios que enfrentarão, sobretudo por não terem vivido, como professoras, o dia-a-dia do
trabalho didático-pedagógico, nos diferentes segmentos da Educação Básica em que vão atuar.
Entre na conversa com elas e, levando em conta, de um lado as atribuições legais, e de outro as ideias de Freire e Alarcão, destaque:
a) uma recomendação metodológica geral para a atuação como Gestor Educacional, visando a que elas ajudem os professores a
avançarem em seus saberes didático-pedagógicos (concepções e práticas);
b) a necessidade e a importância de atuarem de modo a constituir, em cada escola, a direção/coordenação como equipe diretiva.
Justifique.
Questão 2
Uma criança do berçário II apresenta muitas assaduras há uma semana; as profissionais que mantém contato com a criança
desconfiam que o bebê não vem sendo trocado do momento que sai da creche até o retorno no dia seguinte. Então, resolvem verificar
a hipótese, fazendo uma marca na fralda do bebê antes de entregá-lo ao familiar responsável pela retirada da criança no final da
tarde.
No dia seguinte a funcionária que recepciona o bebê faz a troca da fralda e verifica que a marca feita no dia anterior permanece.
Diante da hipótese confirmada reservam a "prova" e levam o caso à Equipe Diretiva da Escola.
Se você fosse chamado pela Equipe Diretiva da Escola, que orientações você daria sobre a sequência de providências sobre o caso?
Justifique.
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
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PMSPD-Coord.Pedagógico-O12 19
Questão 3
Uma família que se transferiu da Bahia para a cidade de São Paulo procurou uma escola da rede municipal de São Paulo para
matricular no ensino fundamental seus dois filhos, respectivamente com 8 e 11 anos de idade. Eles não possuíam nenhuma
documentação escolar que demonstrasse não só que série/ano desta etapa da Educação Básica haviam cursado como também que
avaliação haviam obtido em cada uma delas.
A escola informou que não poderia matriculá-los sem uma documentação − histórico escolar − que informasse minimamente que
anos/séries eles cursavam, mesmo que dela não constassem as notas obtidas nas diferentes disciplinas do currículo pois com a
adoção da organização em ciclos na rede municipal de ensino de São Paulo, a aprovação (ou reprovação) dos estudantes nas
diferentes séries ficou superada.
Considerando a legislação educacional em vigor e especialmente as Normas para Elaboração do Regimento Escolar você avalia que
a escola agiu corretamente? Justifique.
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
www.pciconcursos.com.bro ser social-histórico como possibilidade de 
superar a visão clássica de 'ser humano pleno'. 
_________________________________________________________ 
 
Atenção: As questões de números 7 e 8 baseiam-se no texto 
abaixo. 
 
O modelo de ensino tradicional que privilegiava o obje-
to de conhecimento e atribuía um papel passivo ao sujeito foi 
substituído por uma perspectiva em que objetos de ensino pas-
sam a ser vistos como objetos de aprendizagem e a atividade 
do sujeito passa a ser primordial. Nesse contexto, a aprendiza-
gem matemática é entendida como um processo de construção 
social e individual, mediado pelo professor. 
Aprender matemática, nessa perspectiva, trouxe desa-
fios à prática docente. Não se trata mais de transmitir informa-
ções, e sim de elaborar e apresentar situações de aprendi-
zagem que mobilizem os conhecimentos prévios dos estudantes 
e que lhes permitam construir novos significados. 
 
7. Uma didática baseada nessa concepção de aprendizagem 
requer 
 
(A) programação especial que contemple um atendi-
mento diferenciado de acordo com o nível de apren-
dizado de cada grupo de educando. 
 
(B) professores dedicados e comprometidos com um en-
sino voltado a todos os educandos com potencial de 
aprendizagem. 
 
(C) rever o ensino, exige maior competência por parte 
do professor, um conhecimento maior sobre o objeto 
do conhecimento, reflexão e criatividade. 
 
(D) desconstruir uma visão de educando passivo por 
parte de todos os gestores, uma vez que cabe a eles 
a tarefa de implantar uma nova concepção de edu-
cação na escola. 
 
(E) formação específica à equipe técnica da escola, que 
deverá acompanhar e subsidiar a formação dos 
professores nessa concepção de aprendizagem. 
8. O fato de sabermos mais sobre a aprendizagem dos estu-
dantes, sobre como ela se constrói, em função de inú-
meras pesquisas referentes a diversas áreas de conhe-
cimento, não teve o impacto que se poderia esperar nas 
salas de aulas reais. 
O construtivismo traz contribuições fundamentais para a 
reflexão de como o ensino pode ser concebido para poten-
cializar as aprendizagens dos alunos 
 
(A) por isso, é necessário que os gestores da escola se 
apropriem desse novo referencial teórico para que 
de fato acreditem nessa concepção de ensino e a 
dissemine aos professores. 
(B) porém, se os professores não forem estimulados a 
participarem coletivamente dessa proposta, o refe-
rencial teórico nada poderá ajudar para a melhoria 
da qualidade do ensino. 
(C) mas ele, em si, não é um conjunto de prescrições ou 
de fórmulas direcionadas para a solução dos proble-
mas de ensino ou de como efetivá-lo. 
(D) na medida em que pesquisa a aprendizagem dos 
alunos e define metodologias práticas para o ensino, 
no entanto é preciso que os professores apreendam 
o seu referencial teórico. 
(E) no entanto, se os gestores não elaborarem um pro-
jeto pedagógico que incorpore esse referencial teó-
rico, a teoria e a proposta metodológica não sairá do 
papel. _________________________________________________________ 
 
9. O campo educativo, da escola básica à pós-graduação, no 
quadro do ajuste global, é, então, direcionado para uma 
concepção produtivista, cujo papel é o de desenvolver ha-
bilidades de conhecimento, de valores e atitudes e de ges-
tão de qualidade, definidas no mercado de trabalho, cujo 
objetivo é formar, em cada indivíduo, um banco de reser-
va de competências que lhe assegure empregabilidade. 
 
É evidente que a educação formal é condição necessária, 
ainda que não suficiente, para a plena participação nas 
diversas esferas sociais, incluindo a vital possibilidade de 
empregar-se. Mas, numa análise para além das questões 
pragmáticas, observa-se que nas sociedades modernas 
urbano-industriais, como a sociedade brasileira, o que 
deveria estar em foco era o desenvolvimento da 
 
(A) formação integral, ou seja, o domínio das compe-
tências necessárias para se acompanhar as mudan-
ças científicas e técnicas, cada vez mais velozes e 
cada vez mais concentradas em poucos grupos. 
(B) polivalência, onde todas as pessoas possam domi-
nar as várias áreas do conhecimento, assim como, 
as competências e habilidades necessárias à quali-
dade total. 
(C) capacidade de compreensão crítica do conhecimen-
to tecnológico, da competência de comunicação, da 
habilidade de trabalhar em equipe, da aptidão de 
criar soluções para os problemas encontrados nas 
várias ações realizadas e do compromisso de se 
autoavaliar visando seu crescimento constante. 
(D) capacidade das pessoas de processarem conheci-
mentos que se encontram além do cotidiano ime-
diato; isto significa dispor de conhecimentos organi-
zados e de um domínio da escrita e da matemática 
que as habilitem a interagir com as mais variadas 
formas de pensamento. 
(E) formação voltada ao mundo do trabalho e à prática 
social que exige um saber próprio a cada fase do 
desenvolvimento da pessoa; isto mostra que cada 
etapa do ensino tem um objetivo diferenciado na 
formação do educando, assim como cada etapa do 
desenvolvimento requer uma metodologia própria. 
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
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4 PMSPD-Conhecimentos Gerais1 
10. Em O Fracasso escolar de meninos e meninas: articula-
ções entre gênero e cor/raça, Marília Carvalho afirma que 
as hierarquias de gênero e raça, tanto quanto aquelas 
ligadas à estrutura socioeconômica, estão presentes 
 
(A) e parecem estar se ampliando nas avaliações de 
processo associadas aos sistemas de ciclos e não 
repetência. 
 
(B) em grau substantivamente menor nas avaliações de 
processo associadas aos sistemas de ciclos e não 
repetência relativamente às escolas seriadas. 
 
(C) nas avaliações de processo associadas aos siste-
mas de ciclos e não repetência na mesma proporção 
que nas escolas seriadas. 
 
(D) nas avaliações de processo associadas aos siste-
mas de ciclos e não repetência, ainda que numa ten-
dência regressiva. 
 
(E) e tendencialmente indicam estar se ampliando ape-
nas nas escolas seriadas. 
_________________________________________________________ 
 
11. Considere o texto abaixo. 
 
Os dezesseis príncipes e a história do destino 
 
Há muito tempo num País da África, dezesseis príncipes 
negros trabalhavam juntos numa missão da mais alta impor-
tância para seu povo, povo que chamamos ioruba. Seu ofício 
era colecionar e contar histórias. O tradicional povo ioruba acre-
ditava que tudo na vida se repete. 
 
Com o exemplo desse fragmento, Maria Walburga dos 
Santos, ao tratar da Educação Infantil e a formação 
identitária na educação infantil, pretende indicar: 
 
 I. a existência de uma série de publicações que pos-
sam propor investigação e estudo remetendo à ori-
gem étnica e construção de nossas lendas e cos-
tumes. 
 
 II. pesquisas, entrevistas, observação de ilustrações 
(africanas), que remetam à produção das crianças 
pautada em referências múltiplas e diversas do 
constante modelo branco-europeu. 
 
 III. a participação das famílias que podem colaborar, 
dentre outras possibilidades, contando histórias, re-
cuperando tradição oral. 
 
 IV. a distorção da tradição africana presente no texto, 
pois há uma referência preconceituosa ao povo 
negro, que aparece na figura de um contador de 
histórias. 
 
 V. a origem negra do folclore brasileiro, que deve ser 
superado porque impregnado de fantasias falacio-
sas trazidas por contadores de história, como aque-
las do saci-pererê, da mula sem cabeça e do lobi-
somem. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas 
 
(A) I, II, III e IV. 
(B) I e III. 
(C) I, II e III. 
(D) I, II e IV. 
(E) I e V. 
12. As Orientações curriculares: expectativas de aprendiza-
gem para educação étnico-racial propõem aos professo-
res um convite à reflexão sobre o complexo trinômio da 
descoberta-ensino-aprendizagem, para que os mesmos 
possam: 
 
 I. conceber os desafios e os desdobramentos colo-
cados pelo movimento negro como uma nova ex-
periência sociale histórica importante para o país. 
 
 II. possibilitar às crianças, independente de sua ori-
gem étnico-racial e social, o reconhecimento digno, 
efetivo e verdadeiro do papel do africano e afro-
brasileiro enquanto construtores do país. 
 
 III. estar prontos para descobrir novos cenários e no-
vas realidades culturais e históricas. 
 
 IV. estar prontos para surpreenderem a si mesmos, da-
da a ascendência negra em grande parte das famí-
lias de seus alunos. 
 
 V. indicar traços de negritude em danças e comidas 
populares, tal como relatam as narrativas do fol-
clore brasileiro. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas 
 
(A) I e V. 
(B) I e III. 
(C) II, III e IV. 
(D) II, IV, V. 
(E) I, II e III. 
_________________________________________________________ 
 
13. As Orientações para a inclusão da criança de seis anos de 
idade no Ensino Fundamental de 9 anos indicam como 
necessário EXCETO: 
 
(A) rever currículos, conteúdos e práticas pedagógicas 
não somente para o primeiro ano, mas para todo o 
ensino fundamental. 
 
(B) compilar conteúdos de duas etapas da educação 
básica. 
 
(C) qualificar o ensino e a aprendizagem da alfabeti-
zação e do letramento. 
 
(D) enfatizar a infância das crianças de seis a dez anos 
de idade. 
 
(E) Assegurar um espaço privilegiado para o diálogo 
sobre o brincar. 
_________________________________________________________ 
 
14. Considere as duas colunas abaixo. 
 
 I. A criança cria cul-
tura. 
a. A criança vira as coisas pelo 
avesso, desmonta brinque-
dos, desmancha construções. 
 
 II. A criança é colecio-
nadora. 
b. A criança tem singularidades 
e determinações sociais e 
econômicas. 
 
III. A criança subverte a 
ordem. 
c. A criança busca, perde e en-
contra, separa os objetos. 
 
 IV. A criança pertence 
a uma classe social. 
 d. A criança tem enorme poten-
cial na brincadeira. 
 
Com base no texto de Sonia Kramer, A infância e sua 
singularidade, a correta associação das colunas é 
 
(A) Ia, IIc, IIId, IVb. 
(B) Ib, IId, IIIa, IVc. 
(C) Id, IIa, IIIb, IVc. 
(D) Ic, IIa, IIIb, IVd. 
(E) Id, IIc, IIIa, IVb. 
Caderno de Prova ’O12’, Tipo 001
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PMSPD-Conhecimentos Gerais1 5 
15. Entende-se por leitura a capacidade de entender um texto 
escrito. 
 
Segundo Colomer e Camps, a escola contradiz, com certa 
frequência, tal afirmação ao basear o ensino da leitura em 
uma série de atividades que se supõe que mostrarão aos 
meninos e às meninas como se lê, mas nas quais, para-
doxalmente, nunca é prioritário o desejo de que entendam 
o que diz o texto. É muito comum, por exemplo, esco-
lherem-se como materiais de leitura pequenos fragmentos 
de textos ou palavras soltas em função das letras que as 
compõem, estudarem-se letras isoladas e segundo uma 
ordem de aparição preestabelecida... 
 
Por isso, ler 
 
(A) é uma ação de raciocínio para se obter a com-
preensão crítica da acepção que o escritor mani-
festou ao escrever o texto. 
 
(B) é uma competência complexa que exige o desenvol-
vimento separado das habilidades de memorização, 
decodificação e compreensão. 
 
(C) não pode ser confundido com a atividade política de 
leitura do mundo, que exige a compreensão social 
dos fatos. 
 
(D) mais do que um simples ato mecânico de decifração 
de signos gráficos, é antes de tudo um ato de 
raciocínio. 
 
(E) exige inicialmente prever o sentido das palavras de 
um texto com o objetivo de obter os vários signifi-
cados de seu contexto. 
_________________________________________________________ 
 
16. No ensino, qualquer decisão é o resultado consciente ou 
inconsciente do papel que se atribui ao sistema educativo. 
Essa função social corresponde à concepção que se tem 
sobre o tipo de pessoa que se quer formar e, como 
consequência, do modo de sociedade que se deseja. 
 
Segundo Antoni Zabala, no ensino as disciplinas 
 
(A) não são finalidades, mas os meios para compreen-
der a realidade e intervir nela. 
 
(B) são necessárias, dada a multiplicidade de conhe-
cimentos existentes e a função social que estes 
representam. 
 
(C) têm a função de possibilitar a seleção dos conteúdos 
e a maneira de organizá-los de acordo com a 
realidade da comunidade escolar. 
 
(D) precisam ter a finalidade de propiciar uma aprendi-
zagem significativa, de acordo com a necessidade 
do aluno. 
 
(E) têm por fim a organização dos conteúdos globaliza-
dores que possibilitem a formação geral e cidadã do 
aluno. 
17. Em relação ao ensino da leitura e da escrita na escola, 
pode-se afirmar que 
 
 I. compete à equipe técnica organizar um trabalho 
integrado entre todos os professores e cabe aos 
professores de língua portuguesa, de acordo com o 
diagnóstico realizado por estes, definirem as habili-
dades que deverão ser desenvolvidas em cada 
ciclo de ensino pelo conjunto dos professores. 
 
 II. é tarefa dos professores de todas as áreas do 
conhecimento. 
 
 III. as habilidades que envolvem esse processo de 
ensino devem ser ensinadas em contextos reais de 
aprendizagem. 
 
 IV. é um processo que se antecipa e se alonga na 
inteligência do mundo. 
 
 V. a aquisição dessa competência exige o desenvol-
vimento distinto das habilidades da decodificação e 
compreensão. 
 
 Estão corretas, APENAS, as afirmativas: 
 
(A) I, III e V. 
(B) I, II e IV. 
(C) II, III e IV. 
(D) I, III e IV. 
(E) II, III, IV e V. 
_________________________________________________________ 
 
18. A zona de desenvolvimento proximal refere-se ao caminho 
que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções 
que estão em processo de amadurecimento e que se 
tornarão funções consolidadas, estabelecidas no seu nível 
de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento pro-
ximal é, pois, um domínio psicológico em constante trans-
formação; aquilo que uma criança é capaz de fazer com a 
ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha 
amanhã. É como se o processo de desenvolvimento pro-
gredisse mais lentamente que o processo de aprendizado; 
o aprendizado desperta processos de desenvolvimento 
que, aos poucos, vão tornar-se parte das funções psico-
lógicas consolidadas do indivíduo. 
 
Por isso, pode-se afirmar que a 
 
(A) autoaprendizagem exige o diálogo com várias inter-
locutores e não somente com o educador e a insti-
tuição escolar. 
 
(B) ação recíproca entre as pessoas é importante mas 
não fundamental, pois o aprendizado se dá no pri-
meiro momento por meio da interação do sujeito 
com o objeto de estudo. 
 
(C) capacidade de desenvolver processos evolutivos 
que cada indivíduo apresenta define a sua possibi-
lidade de aprendizagem ou não de um determinado 
conhecimento. 
 
(D) criança aprende e impulsiona seu desenvolvimento 
na medida em que assimila o conhecimento apreen-
dido por comparação. 
 
(E) interação com o professor, com os colegas, com as 
situações e objetos com os quais o aluno se defronta 
são oportunidades de desenvolver o conhecimento. 
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6 PMSPD-Conhecimentos Gerais1 
19. Segundo Marta Kohl, os altos índices de evasão e repe-
tência nos programas de educação de jovens e adultos, 
embora não possamos desconsiderar os fatores de ordem 
socioeconômica que acabam por impedir que os alunos se 
dediquem plenamente a seu projeto pessoal de envolvi-
mento nesses programas, indicam 
 
(A) defasagem cultural característica das pessoas que 
não estudaram na idade própria. 
 
(B) falta de sintonia entre a escola e os alunos que dela 
se servem. 
 
(C) dificuldades cognitivas de aprendizagem inerente à 
faixa de idade dos educandos. 
 
(D) necessidade de professores com capacidade de 
trabalhar a estrutura cognitiva desses alunos. 
 
(E) ausência de uma política educacional voltada a essa 
modalidade de ensino. 
_________________________________________________________ 
 
20. De acordo com o documento Reorganização da Educação 
de Jovens e Adultos – Rede Municipal de Ensino de São 
Paulo, considere os seguintespontos críticos que exigem 
mudança nessa modalidade de ensino: 
 
 I. Concepção dominante da Educação de Jovens e 
Adultos: reposição de processos escolares per-
didos, para preencher lacunas deixadas pela falta 
do ensino regular. 
 
 II. A formação acadêmica de professores e de espe-
cialistas tem foco privilegiado no trabalho com as 
crianças e os adolescentes, quase não havendo es-
paço para a especificidade da EJA. 
 
 III. Referencial metodológico desatualizado, sem apre-
sentar teorias críticas voltadas à realidade dos edu-
candos jovens e adultos pouco escolarizados. 
 
 IV. Baixa autoestima de seus alunos, que enfrentam os 
desafios de uma sociedade competitiva e exclu-
dente. 
 
 V. Extensa carga horária do curso, com peso excessi-
vo de horas de aula diárias, quando se considera o 
contexto de vida dos alunos que frequentam as au-
las depois de longa e estafante jornada de trabalho. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas: 
 
(A) I, II, IV e V. 
(B) II, III e IV. 
(C) I, II e V. 
(D) I, II, III e IV. 
(E) II, IV e V. 
_________________________________________________________ 
 
21. Segundo Magda Soares, alfabetização é o 
 
(A) processo pelo qual se adquire o domínio de um có-
digo e das habilidades de utilizá-lo para ler e es-
crever. 
 
(B) exercício efetivo e competente da tecnologia da es-
crita que implica a aquisição de diversas habilidades. 
 
(C) desenvolvimento da habilidade de ler e escrever pa-
ra atingir os objetivos de informar-se, ampliar conhe-
cimentos e interagir com os outros. 
 
(D) aprendizado da leitura e da escrita enquanto pré-
requisito para o desenvolvimento do letramento. 
 
(E) domínio da leitura e da escrita dentro de um con-
texto onde estas tenham sentido e façam parte da 
vida do aluno e do mundo do trabalho. 
22. Por quase um século (e ainda hoje em muitos lugares), a 
escola insistiu em oralizar os alunos surdos, como requi-
sito para que se integrassem na sociedade ouvinte. Con-
cebidos como deficientes auditivos, os alunos eram sub-
metidos a longos períodos de treinamento auditivo e de 
fala na tentativa de torná-los menos deficientes, ou mais 
próximos dos ouvintes, considerados normais. 
O foco na oralidade reflete a preocupação com a 
'reparação' da surdez... 
 
A concepção socioantropológica da surdez pressupõe 
considerá-la 
 
(A) como uma deficiência particular que não interfere na 
socialização, mas compromete a capacidade cogni-
tiva do indivíduo. 
 
(B) não como uma deficiência a ser curada, e sim como 
uma diferença a ser respeitada e ao sujeito surdo 
como pertencente a uma comunidade minoritária 
que partilha uma língua de sinais, valores culturais, 
hábitos e modos de socialização próprios. 
 
(C) como uma diferença sensorial comum nos seres hu-
manos, que exige um tratamento diferenciado para 
que não se comprometa o desenvolvimento da lin-
guagem. 
 
(D) não como uma doença própria de pessoas porta-
doras de necessidades especiais, mas apenas como 
uma incapacidade cognitiva da pessoa em aprender 
a linguagem por via auditiva. 
 
(E) não como uma deficiência específica de um grupo 
de pessoas segregadas, mas como uma diferença 
na forma de ser e se desenvolver em relação a uma 
maioria de pessoas que não requerem um trata-
mento especial no processo de ensinoaprendiza-
gem. 
_________________________________________________________ 
 
23. Em relação à aprendizagem na área da Deficiência Inte-
lectual com base na Teoria Histórico Cultural, é tarefa da 
escola 
 
(A) possibilitar a constituição de alunos como sujeitos 
históricos, capazes de apreensão dos bens simbó-
licos e de desenvolvimento de seu pensamento. 
 
(B) realizar atividades compreensíveis, de acordo com a 
capacidade cognitiva apresentada pelos alunos e o 
universo cultural do grupo. 
 
(C) desenvolver atividades diversificadas com base em 
habilidades motoras, perceptivas e de discriminação 
visual e auditiva. 
 
(D) contribuir com a formação do aluno histórico-social, 
por meio da organização de rotinas que desenvol-
vam suas habilidades e capacidade cognitiva. 
 
(E) dar sentido ao uso da leitura e da escrita, por meio 
de atividades repetitivas para que os alunos se apro-
priem do seu significado social. 
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PMSPD-Conhecimentos Gerais1 7 
24. Segundo Monica Thurler, o processo de projeto não pode 
ter êxito sem 
 
 
(A) espaço de formação entre professores, equipe técni-
ca e especialistas quando necessários; elaboração 
do planejamento de aulas; formulação de material 
pedagógico. 
 
 
(B) compromisso da equipe técnica e dos professores; 
referencial teórico indicado por especialistas das 
áreas em estudo no espaço de formação; recursos 
materiais e humanos. 
 
 
(C) formulação de diretrizes políticas da Secretaria da 
Educação, formuladas em conjunto com represen-
tantes dos educadores. 
 
 
(D) recursos materiais e institucionais; trabalho cons-
tante de elaboração conceitual e de reflexão; acom-
panhamento externo; plano de estudos mais geral 
que garanta sua legitimidade. 
 
 
(E) participação da comunidade escolar: pais, alunos, 
funcionários, educadores, equipe técnica, especia-
listas e gestores; acompanhamento externo da su-
pervisão escolar; apreciação dos técnicos da Secre-
taria de Educação. 
_________________________________________________________ 
 
25. Atualmente, observa-se a ampliação dos programas de 
formação em nível superior destinados a professores que 
já atuam nos sistemas de ensino, o que em si não é inde-
sejável. 
 
Segundo Selma Garrido Pimenta, esta questão se com-
plica quando 
 
 
(A) os professores não reconhecem a possibilidade de 
mudança na qualidade de ensino por meio desse es-
paço formativo. 
 
 
(B) os conhecimentos teóricos não se articulam com as 
práticas diárias dos professores, provocando uma 
super valorização da teoria em detrimento de um sa-
ber prático adquirido na sala de aula. 
 
 
(C) os fundamentos teóricos não embasam o desenvol-
vimento das competências e habilidades necessá-
rias à formação técnica do professor. 
 
 
(D) esses programas não são planejados a partir de um 
diagnóstico das dificuldades e necessidades dos 
professores, assim como não levam em considera-
ção a heterogeneidade de experiências existentes 
no grupo. 
 
 
(E) esses programas fazem formação superior aligeira-
da, considerando que a prática de que são possui-
dores, os professores, é suficiente para dispensá-los 
de processo formativo mais profundo. 
26. Para Charles Hadji, são tarefas constitutivas da prática do 
professor-avaliador: 
 
(A) desencadear comportamentos a observar; interpre-
tar os comportamentos observados; comunicar os 
resultados da análise; remediar os erros e as difi-
culdades analisados. 
 
 
(B) decidir com a comunidade escolar quais os compor-
tamentos a observar, interpretar os comportamentos 
observados; comunicar os resultados da análise; 
superar os erros e dificuldades encontrados. 
 
 
(C) desencadear comportamentos a observar; interpre-
tar com a comunidade escolar os comportamentos 
observados; comunicar os resultados da análise; re-
ver os erros e as dificuldades analisados. 
 
 
(D) decidir com a direção escolar quais os comporta-
mentos a observar; interpretar os comportamentos 
observados; comunicar os resultados da análise; 
propor junto com a comunidade escolar como reme-
diar os erros e superar as dificuldades analisadas. 
 
 
(E) escolher comportamentos a observar, interpretar os 
comportamentos observados; comunicar os resul-
tados da análise depois de sua aprovação pela co-
munidade escolar. 
_________________________________________________________ 
 
27. Segundo Luiz Carlos de Freitas, a necessidade de uma 
escola para apoiar o desenvolvimento das forças produ-
tivas levou: 
 
 I. à escola que preparasse rapidamente, e em série, 
recursos humanos para alimentar a produção de 
forma hierarquizada e fragmentada. 
 
 II. a ensinar de uma maneiratradicional, pela exigên-
cia de métodos mais rápidos com a participação 
dos alunos. 
 
 III. ao conhecimento partido em disciplinas, distribuí-
dos por anos subdivididos em partes menores que 
servem para controlar uma certa velocidade de 
aprendizagem do conhecimento. 
 
 IV. à convenção de que uma certa quantidade de co-
nhecimento deve ser dominada pelos alunos dentro 
de um determinado tempo. 
 
 V. a avaliações processuais do conhecimento, evi-
tando o desperdício de recursos e a eficiência do 
processo de aquisição do conhecimento. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas 
 
(A) II, III e IV. 
 
(B) I, II e IV. 
 
(C) I, III e IV. 
 
(D) I, II e III. 
 
(E) III, IV e V. 
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8 PMSPD-Conhecimentos Gerais1 
28. Em Avaliação Mediadora, Jussara Hoffmann vale-se de charadas, tal como a seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com essa charada, especificamente, a autora pretende 
 
(A) perceber a lógica dos argumentos apresentados pelos professores. 
 
(B) verificar a atenção dos professores, pois a resposta encontra-se na folha de respostas. 
 
(C) introduzir a pergunta: porque o aluno não aprende? 
 
(D) alargar o repertório de hipóteses explicativas dos professores. 
 
(E) apenas descontrair os professores para entrar no tema da avaliação. 
 
 
29. A Lei Federal no 11.494, de 20/06/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) determina que: 
 
 I. Seja instituído um FUNDEB no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal. 
 
 II. Haja distribuição proporcional de recursos dos Fundos que leve em conta as diferenças entre etapas, modalidades e tipos 
de estabelecimento de ensino da educação básica. 
 
 III. A União complementará os recursos dos Fundos sempre que, no âmbito de cada Estado e no Distrito Federal, o valor 
médio ponderado por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. 
 
 IV. Os alunos que não atingirem o percentual mínimo de frequência sejam computados para fins de cálculo do per capita. 
 
 V. Progressivamente sejam computados alunos do Ensino Médio e das creches, num crescimento de 20% ao ano. 
 
 VI. As creches conveniadas só poderão ser mantidas com recursos do FUNDEB pelo prazo de 5 (cinco) anos a contar da 
vigência da Lei. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas 
 
(A) I, IV e VI. 
 
(B) I, II e III. 
 
(C) II, III IV e V. 
 
(D) III, IV e VI. 
 
(E) I, III e V. 
 
 
30. No capítulo Eixos Teóricos que estruturam o ENEM, Lino de Macedo, conceitua competência como uma 
 
(A) operação e habilidade como um mecanismo. 
 
(B) atitude teórica e habilidade como uma atitude prática. 
 
(C) ação e habilidade como um adestramento. 
 
(D) habilidade de ordem geral e habilidade como uma competência de ordem específica. 
 
(E) capacidade com níveis distintos de uma mesma habilidade comportamental. 
Uma pessoa mora no 18o andar de um prédio de apartamentos. Todos os dias desce pelo elevador para ir ao 
seu local de trabalho. Ao final do expediente, retornando para casa, vai pelo elevador até o 13o andar e sobe 
os demais andares pela escada. Isso se repete todos os dias. Você saberia dizer por quê? 
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PMSPD-Coord.Pedagógico-O12 9 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
 
31. De acordo com reflexões de Soligo, a possibilidade de utilizar a leitura e a escrita como resposta a necessidades de diferentes 
naturezas é um direito inquestionável de todo indivíduo porque 
 
(A) constitui a plataforma de acesso a infinitas possibilidades de conhecimento e a práticas sociais e culturais, sendo que a 
exclusão da palavra escrita provoca certo anonimato de ideias, opiniões, pensamentos, incompatível com o protagonismo 
histórico dos sujeitos. 
 
(B) é o caminho insubstituível para inserção no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, porque o conhecimento é a 
principal moeda de troca neste mundo em que a tecnologia aplica os resultados da investigação científica em todos os 
âmbitos da vida. 
 
(C) constitui o patamar mínimo para a sobrevivência em contextos sociais urbanos e industrializados, num tempo de 
globalização da economia capitalista e dos sistemas de comunicação. 
 
(D) é o passaporte de ingresso à civilização contemporânea, herdeira de milênios de produção de conhecimentos filosóficos, 
científicos, artísticos e literários, ficando os que não têm essa possibilidade, condenados à barbárie. 
 
(E) tornou-se, historicamente, além de direito de todo indivíduo, também seu dever enquanto cidadão em um mundo 
complexo, desafiador, que exige conhecimento sistematizado de seus membros para as inserções sociais mais 
elementares, tanto nas práticas produtivas quanto nas sociais em geral. 
 
 
Atenção: As questões de números 32 e 33 referem-se ao texto abaixo. 
 
Clarice é coordenadora pedagógica numa escola municipal que está implantando projetos que dão especial atenção ao 
trabalho didático-pedagógico com as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Organizou sessões de estudos a serem 
desenvolvidas pelos professores dessas turmas, em horários de trabalho pedagógico coletivo. 
 
32. Selecionou para isso textos nos quais Emília Ferreiro apresenta resultados de pesquisa que levam a compreender que para 
ensinar a ler e escrever é necessário 
 
(A) aplicar corretamente o método adequado ao tipo de clientela que compõe a turma de alunos, em cada caso. 
(B) investigar o como se aprende a ler e escrever para promover adequadas situações para essa aprendizagem. 
(C) escolher a cartilha que melhor respeite a origem sociocultural dos alunos, seus interesses e vocabulário. 
(D) pesquisar os conhecimentos prévios dos alunos, por meio de provas diagnósticas, antes de escolher materiais e métodos. 
(E) aplicar atividades lúdicas que se relacionem a textos diversos e estimulem os alunos a escreverem do jeito que sabem. 
 
 
33. Para que esses estudos realmente redundem em avanço no trabalho didático-pedagógico com os alunos, apoiados nas 
reflexões de Telma Weisz, pode-se recomendar que 
 
(A) os professores envolvidos assumam o compromisso de aplicar as sugestões de atividades oferecidas nos textos. 
(B) os professores envolvidos leiam, individualmente e com antecedência, os textos em estudo. 
(C) eles sejam complementados com oficinas, traduzindo as ideias de Emília Ferreiro em sugestões práticas. 
(D) haja diálogo entre coordenador e professores ao interpretar os textos de Emília Ferreiro. 
(E) eles sejam articulados à problematização do trabalho didático-pedagógico em desenvolvimento com os alunos. 
 
 
34. Solé oferece reflexões sobre o trabalho dos professores para que seus alunos se tornem capazes de ler e compreender textos 
com estruturas e finalidades diferentes. 
 
 I. Ler é mais que aplicar técnicas; é atividade voluntária e prazerosa, e quando objetivamos o ensino da leitura, devemos 
levar isso em conta. 
 
 II. Mesmo os professores que não sentem prazer com a leitura podem conseguir facilmente que seus alunos o sintam, 
desde que apliquem estratégias apropriadas. 
 
 III. Sondar os conhecimentos prévios dos alunos é fundamental para melhor escolher o texto e as estratégias de leitura mais 
adequadas. 
 
 IV. É desaconselhável estabelecer previsões sobre o texto a ser lido porque quase sempre isso provoca desapontamentos e 
indispõe para futuras leituras. 
 
 V. As estratégias de leitura devem ser utilizadas em cada situação concreta, com vistas a serem interiorizadas pelos alunos 
e, então, utilizadas autonomamente. 
 
Correspondem às reflexões da autora o que se afirma APENAS em 
 
(A) I, II, III e V. 
(B) I, II, IV e V. 
(C) I, III e V. 
(D) II, III e IV. 
(E) III, IV e V. 
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10 PMSPD-Coord.Pedagógico-O12 
35. O Guia para o Planejamento do Professor Alfabetizador (SME/DOT, 2006) esclarece a importância da rotina na concepção da 
proposta de alfabetizaçãoali apresentada, destacando que uma rotina deve 
 
(A) dirigir-se preferencialmente aos alunos com dificuldades de aprendizagem, possibilitando a eles muitas repetições do 
mesmo tipo de atividade, mas com temas variados e interessantes. 
 
(B) aplicar-se às atividades de entrada, saída, higiene e merenda, próprias do dia-a-dia do ambiente escolar, o qual é novo 
para muitas das crianças que cursam o período de alfabetização e que precisam ajustar-se a ele. 
 
(C) garantir que atividades de ditado e cópia sejam oferecidas todos os dias, com temas variados, em um dos períodos, 
deixando o outro para as não rotineiras. 
 
(D) oferecer, ao mesmo tempo, diversidade de atividades com diferentes propósitos e possibilitar a repetição delas, com 
gêneros variados, para um desempenho dos alunos cada vez melhor. 
 
(E) garantir um cabeçalho no início das atividades de cada dia, com o registro escrito da data, dos nomes do aluno, da escola 
e do professor, seja apenas copiando ou escrevendo autonomamente. 
 
 
36. O Guia de Planejamento e Orientações Didáticas para o Professor do 2o Ano (SME/DOT, 2007), em seu volume 2, reitera a 
recomendação feita para o professor de 1o ano, de que o professor faça leitura de textos literários, diariamente, para seus 
alunos, observando que sejam escolhidos textos que 
 
(A) tenham uma boa trama, que o próprio professor considera interessantes e que os alunos não conseguiriam ler sozinhos. 
 
(B) tragam uma lição de moral ou uma mensagem edificante, com uma única interpretação de sentido. 
 
(C) possam ser lidos no tempo que o professor destinou para isso na rotina daquele dia, pois é improdutivo e desapontador ler 
uma parte de cada vez. 
 
(D) apresentem ilustrações grandes e vistosas que possam ser mostradas aos alunos, conforme o professor lê os trechos 
correspondentes. 
 
(E) ofereçam boas oportunidades de dramatização ou de ilustração com desenhos, dobraduras, etc, como meio de 
interpretação ou comentário. 
 
 
37. Ferreiro afirma que a produção de materiais é mencionada como um dos fatores necessários às ações de alfabetização. Ela 
distingue-os em três tipos: materiais dirigidos ao professor, materiais para ler e materiais específicos para alfabetizar. A respeito 
destes últimos observa que 
 
(A) devem ser produzidos pelo próprio professor, na forma de fichas, passo a passo, com as sílabas em estudo. 
 
(B) eles não são necessários além de, frequentemente, mostrarem-se contraproducentes porque não trazem o essencial: a 
língua escrita. 
 
(C) houve grande evolução na produção de cartilhas e algumas delas já seguem o método construtivista. 
 
(D) constituem o segundo fator para o sucesso da alfabetização, sendo o professor o primeiro deles. 
 
(E) são constituídos não só pelas cartilhas e baralhos de sílabas, de uso individual, mas também pelos cartazes, painéis e 
abecedário afixados na sala de aula. 
 
 
38. Camps considera os processos de ensino e de aprendizagem da língua escrita nos primeiros níveis escolares, como uma 
realidade complexa em que os participantes estão envolvidos na tarefa da construção do significado e, para isso, na 
imprescindível aprendizagem do código escrito. A esse respeito argumenta que 
 
(A) se pode reduzir a complexidade para aprender língua, com um ensino que ofereça modelos claros de elaboração dos 
diversos gêneros discursivos, acompanhados de fichas de referência para autoavaliação, tornando os alunos 
progressivamente autônomos como escritores. 
 
(B) com apoio na constatação de que a atividade maior dá significado para as tarefas menores que a compõem, pode-se 
motivar os alunos para se exercitarem na gramática e na ortografia, acenando para eles com a possibilidade de, nas séries 
futuras, conseguirem sucesso na comunicação escrita, atividade valorizada no contexto em que vivem. 
 
(C) não há por que esperar da escola “reposição” do capital cultural linguístico para aqueles que não o trazem da classe social 
de origem, não cabendo tampouco culpá-la por desigualdades de desempenho como leitores e escritores, associadas a 
esses déficits. 
 
(D) é ilusória (e só causa entusiasmo em professores principiantes), a ideia de que se possa, na escola, propiciar aos alunos 
atividades de comunicação escrita verdadeira, tais como o jornal e a correspondência, propostos por Freinet, pois a 
burocracia não permite. 
 
(E) a proposta de trabalho por projetos para aprender língua, marcada pela motivação e intencionalidade, é uma das que 
podem enriquecer o panorama da pesquisa nessa didática específica, em que não cabe prescrição. 
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PMSPD-Coord.Pedagógico-O12 11 
39. Zilma Ramos de Oliveira explicita que o desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição dos indivíduos dá-se por 
meio de complexas relações com o mundo físico-natural e o sociocultural em que eles vivem imersos. Pensamento e linguagem 
convergem no desenvolvimento para a formação do pensamento discursivo, num processo cuja compreensão é importante para 
os educadores e demanda que eles 
 
(A) entendam/expliquem os processos específicos envolvidos: os maturacionais do sistema nervoso, responsáveis pela 
motricidade e patamar dos subsequentes; os do desenvolvimento linguístico e os do cognitivo que, ora andam juntos, ora 
em paralelo. 
 
(B) considerem as etapas desse desenvolvimento, relacionadas às faixas etárias e entendam do que a criança já é ou não 
capaz, em cada uma delas, para lhe oferecer atividades curriculares estimuladoras. 
 
(C) vejam a criança em desenvolvimento, em suas relações com o contexto, sobretudo nas interações sociais, por meio das 
quais ela confronta suas hipóteses e re-elabora significados, baseados em suas experiências, mas perdendo a aderência à 
elas. 
 
(D) vejam a criança no contexto cultural de sua classe social, nas interações familiares, em que o parceiro mais experiente 
pode ser analfabeto, impedindo a emergência do pensamento discursivo, o que exigirá investimentos e projetos especiais 
da escola. 
 
(E) pesquisem, no cotidiano da sala de aula, os fatores e o estágio de desenvolvimento dos próprios alunos, apoiados nas 
contribuições de Piaget, de Wallon e, sobretudo, de Vygostky, pois este se debruçou mais sobre a importância da escola e 
do professor. 
 
 
40. Constituiu-se, historicamente, uma dicotomia que tem considerado a creche como local de cuidar da criança e a pré-escola 
como um ambiente de educá-la. 
 
No documento da educação municipal Orientações Curriculares − Educação Infantil (SME/DOT, 2007), em consonância com as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB 01/99), essa questão é enfrentada, no âmbito 
da educação de crianças de zero a cinco anos, considerando as relações entre o cuidar e o educar à luz dos conhecimentos 
sobre o desenvolvimento humano, nesta etapa da vida, numa perspectiva que aponta para 
 
(A) o intercâmbio entre enfermeiras/babás, recreacionistas e professores, com vistas a construir propostas concretas de 
cuidar educando e educar cuidando. 
 
(B) a redefinição do cuidar e do educar que, vistos como inseparáveis na educação de crianças de zero a cinco anos, devem 
integrar-se numa só meta: mediar o desenvolvimento sociocultural de nossas crianças desde o nascimento. 
 
(C) a integração colaborativa entre os setores públicos de serviço social, saúde e educação, sob o comando deste último, para 
o atendimento integral das crianças de zero a três anos; ao passo que as de quatro e cinco anos deveriam ser atendidas 
apenas por professores. 
 
(D) a participação cada vez mais efetiva das famílias nas ações diárias do cuidar, liberando os professores para o educar, 
próprio da formação profissional que eles receberam. 
 
(E) a pesquisa no plano teórico-conceitual e no plano da intervenção didática, buscando respostas que iluminem as dosagens 
ideais de cuidar e de educar conforme a progressão do desenvolvimento da criança. 
 
 
41. No documento Temposcom linguagem visual e oral, pode-se explorar a escrita como uma habilidade motora e a 
memorização do alfabeto. 
 
Estão corretas as afirmações: 
 
(A) I, II, III e IV. 
 
(B) I, II e III, apenas. 
 
(C) I, III e IV, apenas. 
 
(D) I e II, apenas. 
 
(E) III e IV, apenas. 
 
 
47. De acordo com estudos de Cardoso et al., no processo sistematizado da formação continuada de professores, as situações de 
dupla conceitualização mostraram-se bastante efetivas para a melhoria das intervenções docentes no ensino da leitura e da 
escrita, pois, nessas situações, os formadores 
 
(A) desenvolvem, com os professores, atividades para que eles progridam como leitores e escritores e reflitam, didaticamente, 
sobre elas, visando a que ofereçam oportunidades análogas a seus alunos. 
 
(B) desenvolvem a conceitualização de como ensinar leitura e escrita com monitores que duplicam esse trabalho com os 
professores, nas escolas em que lecionam. 
 
(C) trazem sua conceitualização sobre como ensinar a ler e escrever e os professores contrapõem a ela uma outra 
conceitualização, fundamentada teoricamente, para corrigir equívocos. 
 
(D) trabalham com a conceitualização de ensinar como um processo e a conceitualização de aprender como outro, distinto do 
primeiro, estabelecendo relações. 
 
(E) desenvolvem uma conceitualização de como ensinar a ler e outra sobre como ensinar a escrever, pois uma não implica a 
outra, necessariamente, de maneira simultânea. 
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14 PMSPD-Coord.Pedagógico-O12 
48. Mônica M. Fujikawa, in Soligo, situa a escrita de diários, sínteses de reuniões, relatórios de avaliação de trabalhos realizados, 
como atividade a ser exigida dos professores, pois constitui 
 
(A) recurso privilegiado para o coordenador pedagógico controlar o trabalho docente e o desenvolvimento das atividades 
curriculares programadas. 
 
(B) prática a ser assumida por professores e coordenadores pedagógicos como recurso comprovadamente eficaz para 
desenvolver as capacidades implicadas pelo escrever, fundamentais para quem ensina a ler e escrever. 
 
(C) exigência da instituição escolar, estruturada em moldes burocráticos, imposta a professores e coordenadores pedagógicos 
embora esses registros possam desviá-los de suas funções. 
 
(D) instrumento seguro para a retomada do vivido, distanciamento dele e um novo olhar que se desdobra em reflexão sobre o 
contexto, sobre si mesmo e o seu trabalho, alimentando um processo de autoformação. 
 
(E) pretexto de reflexão da prática pedagógica pelos professores e, quando compartilhada, instrumento de intervenção da 
coordenação pedagógica na formação docente. 
 
 
49. O documento A Rede em rede: a formação continuada na Educação Infantil (SME/DOT, 2007) explicita os pilares do processo 
de formação dos profissionais desse nível de ensino e a posição estratégica que o coordenador pedagógico ocupa nesse 
processo. Na proposta de formação continuada da educação municipal, assumem importante papel os instrumentos 
metodológicos de formação que são aplicados com os coordenadores pedagógicos e que eles devem aplicar com suas equipes, 
nas escolas. Esses instrumentos metodológicos são: 
 
(A) diagnóstico, proposições, acompanhamento. 
(B) problematização, orientação, avaliação. 
(C) levantamento da situação, análise crítica, ação. 
(D) observação, registro, problematização. 
(E) diálogo, análise crítica, proposições. 
 
 
50. Na parte inicial, comum, dos documentos da série Orientações Curriculares − Ensino Fundamental II (SME/DOT,2007), é 
apresentada como condição necessária para a escola oferecer uma educação de qualidade, que a equipe escolar articule, no 
desenvolvimento do currículo, os diferentes campos de conhecimento, por meio da assunção coletiva de concepções de 
aprendizagem, de ensino e de avaliação, propiciando assim que o estudante vivencie um processo consistente de alfabetização 
ampliada que lhe permita 
 
(A) valorizar equilibradamente todas as disciplinas de conteúdo, aproveitando os conhecimentos de cada uma ao máximo, 
preparando-se para um futuro incerto, num mundo de grandes e rápidas mudanças. 
 
(B) desenvolver novas formas de compreender e interpretar a realidade, questionar, discordar, argumentar, propor soluções, 
para tornar-se um leitor crítico do mundo em que vive. 
 
(C) desenvolver-se como falante competente, compreender as relações psicológicas, o funcionamento do mundo natural e as 
relações do mundo social para disputar espaço digno no mercado de trabalho. 
 
(D) aprender a conviver com as diferenças e dialogar, sem contudo abrir mão das próprias opiniões e da defesa dos seus 
interesses individuais para viver como adulto ajustado numa sociedade plural. 
 
(E) desenvolver competências para buscar, com a ajuda da internet, o conhecimento em rede, pois esse é o denominador 
comum das exigências de inserção na sociedade do conhecimento e da comunicação. 
 
 
Atenção: As questões de números 51 e 52 referem-se a situação abaixo. 
 
Ivete é coordenadora pedagógica em uma escola de ensino fundamental e está desenvolvendo um trabalho de reflexão 
sobre a aprendizagem e o ensino de matemática com os professores das séries iniciais e os licenciados em matemática, 
conjuntamente. 
 
51. Na etapa inicial desse processo, nos encontros semanais, analisaram seu trabalho didático, apoiados nos registros que fizeram, 
situando as dificuldades encontradas para fazerem os alunos avançarem na construção de conhecimento matemático. 
Confirmando a análise de Panizza, interpretaram que as principais dificuldades deviam-se, principalmente, 
 
(A) à falta de pré-requisitos, não só de aprendizagem escolar mas, nas séries iniciais, decorrente das experiências com 
números, no âmbito familiar, serem insuficientes. 
 
(B) à abordagem muito abstrata do conteúdo, em que o professor entra direto no enunciado matemático, sem partir do 
concreto, sem convertê-lo em desenho para, só então, abstrair. 
 
(C) à confusão entre o objeto de estudo da matemática e as representações dele (numerais e outros símbolos), sobretudo 
pelos alunos, mas, em grau menor, também pelos professores. 
 
(D) ao descuido na verificação dos conteúdos matemáticos ensinados na série anterior, para poder partir dos conhecimentos 
prévios dos alunos, base para construir novos. 
 
(E) aos bloqueios psicológicos devidos às experiências escolares de fracasso, traumatizantes, e à profetização, pelos pais 
e/ou professores, de que aprender matemática não era para eles. 
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52. Numa outra etapa desse processo, Ivete propôs a reflexão sobre como organizar situações adequadas à aprendizagem dos 
conteúdos da matemática. Apoiados nos textos de Panizza que expõem a Teoria das situações didáticas, desenvolvida por Guy 
Brousseau e baseada na abordagem construtivista da aprendizagem, concluíram que a melhor situação didática 
 
(A) abriga momentos ou situações adidáticas, em que os alunos são estimulados pelos elementos e características aí providos 
pelo professor, a buscarem suas respostas, a planejarem seu sistema de representação, de resolução de problemas e 
efetivação dos cálculos, aos quais o professor articula seu ensinar, retomando a situação didática. 
 
(B) apresenta os conteúdos numéricos partindo do concreto e demonstrando o percurso de representação, passo a passo, 
para que faça sentido para os alunos, em qualquer dos estágios de desenvolvimento cognitivo em que estejam, o que 
garante a aprendizagem do sentido tanto do objeto de estudo da matemática quanto de sua representação convencional. 
 
(C) oferece explicações claras dos conceitos, seguidas de modelos de resolução de cálculos e de problemas; de exercícios de 
fixação abrangendo os diversos tipos ensinados e a serem resolvidos individualmente pelos alunos, com base nos 
modelos; correção coletiva, na lousa, com participação dos alunos e retomada de explicaçõespelo professor. 
 
(D) respeita os conhecimentos prévios dos alunos e seu ritmo de aprendizagem, organizando a situação didática na forma de 
grupos de trabalho diversificado, conforme o nível de cada grupo de alunos em relação ao conhecimento matemático, não 
importando o cumprimento da programação da série por todos, mas sim com o avanço de cada um. 
 
(E) caracteriza-se pela fartura de materiais concretos e jogos matemáticos, aliados à liberdade para explorá-los e descobrir, 
ficando o professor disponível para atender as dúvidas dos alunos e fornecer-lhes informações corretas e explicações 
claras que os ajudem a chegar ao conteúdo numérico, objeto de estudo da matemática. 
 
 
53. O documento Projeto Intensivo no Ciclo I − 4o ano (SME/DOT,2006), v.1, na parte referente ao ensino da Matemática, lembra 
que a construção do pensamento matemático é um processo permanente, no qual é importante que o professor: 
 
 I. ofereça aos alunos oportunidades de participar de situações-problema nas quais se sintam estimulados a utilizar as 
formas de representação que consideram válidas e a confrontá-las com aquelas empregadas por outros membros da 
turma, discutindo a eficácia comunicativa das diversas representações que usam. 
 
 II. faça intervenções na socialização das estratégias apresentadas pelos alunos, chamando atenção dos alunos para suas 
diferenças e para as vantagens de algumas. 
 
 III. organize campeonatos semanais de tabuada para que os alunos consigam calcular rápida e corretamente, evitando que 
acertem o raciocínio e errem na conta. 
 
 IV. constitua e mantenha um clima de respeito para que os alunos se sintam confiantes para dizer o que pensam, apresentar 
suas hipóteses, localizar seus erros e reorganizar os dados em busca de uma solução correta. 
 
 V. separe os alunos que têm dificuldades num grupo para trabalharem diretamente sob sua orientação, deixando os demais 
trabalharem em duplas, aguardando o momento da correção. 
 
 VI. introduza os tópicos novos com exposições claras dos conceitos e demonstração da resolução dos modelos de exercícios 
e de problemas que serão oferecidos para fixação. 
 
Estão corretas APENAS as afirmativas: 
 
(A) V e VI. 
(B) III, IV e V. 
(C) II, III e IV. 
(D) I, II e IV. 
(E) I, II, V e VI. 
 
 
54. O documento Orientações Curriculares − Língua Portuguesa para a Pessoa Surda (SME/DOT, 2008), destinado aos profes-
sores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, esclarece que o Decreto Federal 5626/05 propõe, para os alunos surdos, 
 
(A) o ensino da Língua Portuguesa com ênfase na modalidade oral, secundarizando metas de leitura e escrita para esses 
alunos. 
 
(B) frequentarem, num período, classes especiais para deficientes auditivos, onde aprendem linguagem de sinais e a ler lábios 
e, no outro, classes comuns. 
 
(C) uma educação bilíngue, na qual a Língua Portuguesa é a segunda língua e LIBRAS − Língua Brasileira de Sinais, a 
primeira. 
 
(D) classes especiais nas escolas regulares de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, associando convivência includente 
nos momentos extra-classe e atendimento especializado em sala de aula. 
 
(E) uma educação especial, com professores especializados, na Educação Infantil, preparando para uma inclusão em classes 
comuns, no Ensino Fundamental. 
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55. O documento Orientações Curriculares − Língua Portuguesa para a Pessoa Surda (SME/DOT, 2008), destinado aos professores 
da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, enfatiza que, para surdos, a proposta pedagógica da escola deve possibilitar, 
pela visão, o acesso à aprendizagem da Língua Portuguesa escrita, como 
 
(A) segunda língua, com ênfase em morfologia e sintaxe, valendo-se de exercícios estruturais, que se incorporam ao 
repertório do aluno graças à farta repetição das estruturas, com temas variados. 
 
(B) leitura e escrita, em situações da vida cotidiana, com metas modestas em termos acadêmicos, pelo reconhecimento de sua 
limitação. 
 
(C) condição de inserção social e humanização, com vistas a tornar-se um adulto ajustado e incorporado como cidadão e 
como trabalhador, em funções que estejam ao seu alcance. 
 
(D) leitura e escrita, acessadas por meio da Língua Brasileira de Sinais, enfatizando palavras e sílabas e a leitura de lábios. 
 
(E) segunda língua, com metodologia de ensino de língua estrangeira, privilegiando situações de comunicação e concebendo 
a língua como atividade discursiva que se manifesta por meio do texto. 
 
 
56. O documento Orientações Curriculares − Ensino Fundamental II (SME/DOT,2007), referente ao ensino de Língua Inglesa, 
analisa o fato de muitos sugerirem que o ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira não seja algo necessário em contextos 
menos favorecidos, argumentando que esse posicionamento 
 
 I. é realista e deve ser considerado pelos elaboradores de currículo, pois o tempo perdido com Inglês poderia ser 
aproveitado para esses alunos aprenderem a falar corretamente a própria língua, o Português. 
 
 II. é preconceituoso e ignora as reais necessidades de conhecimento de uma língua estrangeira, vinculadas à necessidade 
de atuação no mundo em interação com pessoas de diferentes culturas. 
 
 III. esquece que o desconhecimento de língua estrangeira é a base para uma forma de exclusão em relação as informações 
e conhecimentos que estão disponíveis apenas nessa língua. 
 
 IV. ignora que o estudo de Língua Estrangeira pode possibilitar a participação informada do estudante para além dos muros 
da escola e favorecer a pesquisa em várias áreas do currículo. 
 
Estão corretos APENAS os argumentos 
 
(A) I e III. 
(B) II e III. 
(C) II e IV. 
(D) III e IV. 
(E) II, III e IV. 
 
 
Atenção: Para responder às questões 57 e 58 considere a parte inicial, comum aos documentos de série Orientações Curriculares 
− Ensino Fundamental II (SME/DOT, 2007). 
 
57. Dentre as reflexões apresentadas, está presente a visão de que a escola a construir, para oferecer educação de qualidade a 
todos os estudantes, é aquela que se constitua como 
 
(A) espaço de circulação de informações relevantes e atualizadas e de seu processamento na produção dos conhecimentos 
necessários a um cidadão engajado no mundo contemporâneo. 
 
(B) empreendimento político e pedagógico sério, compromissado com todos e ao mesmo tempo social, oferecendo os apoios 
materiais necessários para que as crianças das camadas populares possam aproveitar o ensino com sucesso. 
 
(C) espaço de educação integral: vivências sociais e convivência democrática, ao mesmo tempo que de apropriação, 
construção e divulgação de conhecimentos, e de transformação das condições de vida das crianças que a frequentam. 
 
(D) oportunidade real, concreta, de aquisição de conhecimentos sistematizados, com professores bem pagos e com boa 
formação; ambientes equipados e direção sempre presente, atenta e exigente. 
 
(E) espaço democrático de construção do projeto pedagógico, com a participação efetiva dos pais, dos professores e dos 
alunos, o que garante o atendimento das verdadeiras necessidades e dos reais anseios, evitando desperdício de recursos. 
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58. Afirma-se ali que há um relativo consenso de que a educação básica deve visar, fundamentalmente, à preparação para o 
exercício da cidadania, por meio de uma aprendizagem significativa, e aponta-se que, em relação a esse discurso, a educação 
escolar que temos está distante quanto à “cidadania” e mais ainda quanto à aprendizagem significativa. Para que esta ocorra, é 
preciso que nas situações de aprendizagem haja: 
 
 I. negociação de significados, com a problematização do vivido que mobiliza o aprendido em experiências anteriores. 
 
 II. estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, fenômenos, acontecimentos, noções e conceitos. 
 
 III. até quinze alunos por classe, possibilitandoo diálogo com o professor. 
 
 IV. participação ativa dos alunos na construção de conhecimento, o que os instrumentaliza para novas relações com o 
mundo e múltiplos caminhos para seguir aprendendo. 
 
 V. ênfase no desenvolvimento de habilidades que permitam a inserção no mundo do trabalho em boas posições, dando um 
significado positivo ao que a escola ensinou. 
 
 VI. laboratórios com equipamentos atualizados e técnicos preparados para orientar esse processo de busca de significados, 
por meio da pesquisa. 
 
Em relação ao conceito de aprendizagem significativa, estão corretas APENAS as afirmativas: 
 
(A) I, II e IV. 
(B) I, III e V. 
(C) III, V e VI. 
(D) II, IV, V e VI. 
(E) I, II, IV e VI. 
 
 
59. Em consonância com as Diretrizes Curriculares federais, os documentos da série Orientações Curriculares − Ensino 
Fundamental II (SME/DOT,2007), apresentam reflexões sobre a organização e o desenvolvimento de um currículo articulado, 
integrado, coerente, como um dos elementos importantes para se construir na escola uma cultura da aprendizagem que busque, 
dentre outras metas, superar a fragmentação e promover o diálogo entre as áreas do conhecimento, pela exploração dos 
seguintes procedimentos comuns: 
 
(A) pesquisa do meio, horta, jornal escolar, debates de filmes e de livros como projetos interdisciplinares. 
 
(B) abordagem do conteúdo curricular pelos temas transversais, com oferta de um cardápio de projetos interdisciplinares, 
sequenciados, evitando repetição. 
 
(C) adoção de avaliações bimestrais, por disciplina e interdisciplinares, induzindo professores e alunos a buscarem 
aprendizagem e bons resultados. 
 
(D) resolução de problemas, projetos interdisciplinares, investigações, exploração dos gêneros discursivos da linguagem. 
 
(E) adoção de docência única por turma, algumas vezes também para o ciclo II, sendo as aulas preparadas pelo conjunto 
dos professores, em torno de projetos interdisciplinares. 
 
 
60. A Deliberação CME 03/97 incorpora a Indicação CME 04/97, estabelecendo as diretrizes para elaboração do Regimento Escolar 
dos Estabelecimentos de Educação Infantil, de Ensino Fundamental e Ensino Médio do Município de São Paulo. Uma leitura 
atenta dessas diretrizes permite constatar que elas preconizam que o Regimento seja elaborado de forma a 
 
(A) não interferir na realização do projeto pedagógico da escola; assegurar a subordinação da estrutura escolar aos órgãos 
centrais da estrutura da Secretaria de Educação, nos moldes da organização burocrática; priorizar a formação contínua em 
serviço, na própria escola, sem custos adicionais. 
 
(B) contribuir para a realização do projeto pedagógico da escola; assegurar gestão democrática, participação que garanta 
adesão consciente e esclarecida dos trabalhadores da escola às decisões; incluir propostas de aperfeiçoamento contínuo 
dos recursos humanos, que utilizem, prioritariamente, a equipe técnica. 
 
(C) contribuir para a realização do projeto pedagógico da escola; garantir gestão democrática por meio da aprovação das 
decisões do diretor em assembleias por período de funcionamento da escola; incluir regime de gratificação para 
professores que apresentarem certificados de cursos de 30 horas ou mais no período. 
 
(D) garantir a elaboração, execução e avaliação do projeto pedagógico da escola; disciplinar a gestão democrática por meio de 
participação representativa de professores e pais; estimular o prosseguimento de estudos em nível de pós-graduação, 
adotando sistema de pontos para promoção dos professores. 
 
(E) não entrar em contradição com o projeto pedagógico da escola; assegurar a gestão democrática por meio da participação 
representativa de todos os segmentos no Conselho de Escola; exigir dos professores, no mínimo, uma capacitação 
externa por ano. 
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PROVA DISSERTATIVA
Questão 1
Jussara, Neide e Inês são pedagogas e foram colegas como professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em uma escola da
rede municipal.
Agora, foram aprovadas em concurso de acesso, respectivamente, para assumirem cargos de coordenação pedagógica, direção de
escola e supervisão escolar e vão atuar em escolas próximas: Jussara em uma escola de Educação Infantil, Neide, em uma de Ensino
Fundamental, cujo maior número de turmas corresponde aos anos finais e Inês, na Coordenadoria de Ensino da região.
Elas têm conversado bastante sobre os desafios que enfrentarão, sobretudo por não terem vivido, como professoras, o dia-a-dia do
trabalho didático-pedagógico, nos diferentes segmentos da Educação Básica em que vão atuar.
Entre na conversa com elas e, levando em conta, de um lado as atribuições legais, e de outro as ideias de Freire e Alarcão, destaque:
a) uma recomendação metodológica geral para a atuação como Gestor Educacional, visando a que elas ajudem os professores a
avançarem em seus saberes didático-pedagógicos (concepções e práticas);
b) a necessidade e a importância de atuarem de modo a constituir, em cada escola, a direção/coordenação como equipe diretiva.
Justifique.
Questão 2
Uma criança do berçário II apresenta muitas assaduras há uma semana; as profissionais que mantém contato com a criança
desconfiam que o bebê não vem sendo trocado do momento que sai da creche até o retorno no dia seguinte. Então, resolvem verificar
a hipótese, fazendo uma marca na fralda do bebê antes de entregá-lo ao familiar responsável pela retirada da criança no final da
tarde.
No dia seguinte a funcionária que recepciona o bebê faz a troca da fralda e verifica que a marca feita no dia anterior permanece.
Diante da hipótese confirmada reservam a "prova" e levam o caso à Equipe Diretiva da Escola.
Se você fosse chamado pela Equipe Diretiva da Escola, que orientações você daria sobre a sequência de providências sobre o caso?
Justifique.
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Questão 3
Uma família que se transferiu da Bahia para a cidade de São Paulo procurou uma escola da rede municipal de São Paulo para
matricular no ensino fundamental seus dois filhos, respectivamente com 8 e 11 anos de idade. Eles não possuíam nenhuma
documentação escolar que demonstrasse não só que série/ano desta etapa da Educação Básica haviam cursado como também que
avaliação haviam obtido em cada uma delas.
A escola informou que não poderia matriculá-los sem uma documentação − histórico escolar − que informasse minimamente que
anos/séries eles cursavam, mesmo que dela não constassem as notas obtidas nas diferentes disciplinas do currículo pois com a
adoção da organização em ciclos na rede municipal de ensino de São Paulo, a aprovação (ou reprovação) dos estudantes nas
diferentes séries ficou superada.
Considerando a legislação educacional em vigor e especialmente as Normas para Elaboração do Regimento Escolar você avalia que
a escola agiu corretamente? Justifique.
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