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A Ordem do Discurso-Síntese

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As entrelinhas do falar 
Síntese de A Ordem do Discurso de Michel Foucault 
Introdução 
Em aula inaugural no Collège de France,ao assumir a cátedra vacante, Michel Foucault discorre sobre a natureza do Discurso. Em linhas gerais, expõe como se orientará seu trabalho naquela instituição. De modo a definir, caracterizar, exemplificar, apresentar os métodos e as referências teóricas.
O objeto de estudo 
O Discurso é tratado além da sua forma primeira, como uma exposição oral. Ele é uma relação mediada por dispositivos de poder que requerem dos sujeitos comportamentos. 
Origem 
Seria o discurso oriundo do sujeito? A esse questionamento a resposta é não. Ao sujeito, ele denomina de autor e define como um procedimento interno de conjurar os acasos de aparição. O discurso seria um produto de materialidade, acaso e descontinuidade. 
Consequência da origem 
A exterioridade do discurso causa no sujeito um medo de proferir as palavras. Mas, a instituição soluciona a situação, tornando os começos solenes e ritualizados. Tal inquietação do sujeito aflige também a instituição,pois é ínfimo o que se conhece sobre a natureza do discurso. 
A hipótese 
Foucault supõe que a produção do discurso é controlada, selecionada, organizada e redistribuída. Isso acontece através de procedimentos e tem a finalidade de conjurar os poderes e perigos, dominar seu acontecimento aleatório e esquivar sua pesada e temível materialidade. 
Procedimentos 
São três os grupos de procedimentos: Externos, Internos e os Contextuais. Os Externos dividem-se em: Exclusão, que por sua vez compõe-se de Separação, Rejeição e a Oposição de Verdadeiro e Falso; e Interdição que é composta pelos tipos Tabu do Objeto, Direito Privilegiado e Ritual de Circunstância.Os Internos possui o Comentário,o Autor e a Disciplina. E os Contextuais são as Sociedades do Discurso, Doutrina e Apropriação Social da Palavra. 
Os procedimentos têm as respectivas finalidades para com Discurso: Externos dominar os poderes que ele tem; Internos buscam conjurar os acasos de sua aparição; Contextuais determinam as condições de seu funcionamento.
Como a filosofia trata o discurso
A filosofia viria a propor uma verdade ideal como lei do discurso e o principio para desenvolvê-lo seria a racionalidade. Ele deveria ocupar o menor lugar possível entre o pensamento e a palavra, ou seja, evitando a presença dele no pensamento filosófico.
Foucault sintetiza a relação da filosofia para como discurso: Filosofia do sujeito fundante como um jogo de escritura, filosofia da experiência originária como um jogo de leitura e filosofia da mediação universal como um jogo de troca.
Os métodos 
Para a análise do discurso vê-se: três direções - materialidade, o acaso e o descontínuo; três condições - restituir ao discurso seu caráter de acontecimento, questionar nossa vontade de verdade e suspender a soberania do significante; quatro princípios - Inversão, descontinuidade, especificidade e exterioridade; duas perspectivas- crítica e a genealógica e três etapas de referência temporal- A época da sofística, o século XVI e XVII e o século XIX.
Bases teóricas
Como referencias teóricas para desenvolver seus métodos e estudos Foucault apresenta Dumézil, Canguilhem e Jean Hyppolite. De Dumézil aprende a analisar a economia interna do discurso diferentemente da exegese tradicional e do formalismo linguístico, detectar pelo jogo de comparações as correlações funcionais, descrever as relações do discurso com a instituição. Com Canguilhem concebe a aplicação dos métodos a temas diferentes das habituais lendas e mitos e que a história da ciência não deve apenas descrever ,mas interpretar. E com Jean Hyppolite uma forma de filosofar diferente da até então dominante forma de Hegel, o questionamento se a nova filosofia ainda era filosofia,a filosofia como pensamento inacessível em sua totalidade e se a filosofia deveria começar do discurso absoluto.

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