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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI
 
DISCIPLINA: DIREITO
PENAL ESPECIAL 
Professor: Celso Wiggers 
Acadêmico: Marcos Antônio Martins – 5961556
17/08/2015
TRABALHO DIREITO PENAL ESPECIAL
ARTIGO 250 – JURISPRUDÊNCIA
Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2008.063840-1, de Garuva
Relator: Des. Solon d'Eça Neves
APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA – INCÊNDIO CIRCUNSTANCIADO (ARTIGO 250, § 1º, II, A, DO CÓDIGO PENAL) - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - LAUDO PERICIAL ALIADO ÀS PROVAS ORAIS - EVIDENCIADA A CONDUTA DOLOSA DO AGENTE - DESCLASSIFICAÇÃO PARA FORMA CULPOSA QUE SE MOSTRA INVIÁVEL - ELEMENTOS SUFICIENTES PARA EMBASAR A CONDENAÇÃO - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
 Nos crimes de incêndio, onde o próprio fogo destrói a prova da origem do sinistro, as provas indiretas assumem relevante valor probatório.
 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Criminal (Réu Preso) n. 2008.063840-1, da comarca de Garuva (Vara Única), em que é apelante Sereneu Schmoeller, e apelada a Justiça, por seu Promotor:
ACORDAM, em Primeira Câmara Criminal, por votação unânime, negar provimento ao recurso. Custas legais.
RELATÓRIO
 O representante do Ministério Público, no uso de suas atribuições legais, ofereceu denúncia contra Sereneu Schmoeller, dando-o como incurso nas sanções do art. 147, caput, do CP, c/c o art. 7º, I e II, da Lei n. 11.340/06 (ameaça), do art. 250, caput, c/c o art. 14, II (tentativa de incêndio), e do art. 250, § 1º, II, a, do CP (incêndio), e do art. 330 do CP (por cinco vezes - desobediência), tudo combinado com o art. 69 do CP, em razão dos fatos assim descritos na inicial, in verbis:
"(...) no dia 6 de janeiro do corrente ano foi instaurado, a pedido de Lourdes Tetu Alves, a Medida Protetiva de Urgência nº 119.07.000003-1, na qual restou determinado o afastamento do Denunciado SERENEU SCHMOELLER do lar conjugal; a proibição do Denunciado de se aproximar da vítima, bem como de 
seus filhos, devendo ele manter ao menos 20 (vinte) metros de distância do local onde ela, a Vítima, permaneça; e, ao fim, a recondução da Vítima ao seu lar, após o afastamento do Denunciado.
 Todavia, em 1º de março do corrente ano, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER, embora ciente da r. Decisão proferida pelo Juízo, desobedeceu a ordem legal, retornando, novamente, ao lar conjugal, situado na rua José do Patrocínio, nº 750, bairro Geórgia Paula, nesta Cidade.
 Dando azo ao seu ideal delitivo, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER ameaçou a Vítima, afirmando que se ela chamasse a Polícia iria se ferrar, o que fez com que Lourdes Tetu Alves, amedrontada, deixasse sua residência, juntamente com seus filhos, e pernoitasse na casa de vizinhos.
 No dia seguinte, no período da manhã, a Vítima retornou a sua residência, oportunidade em que o Denunciado SERENEU SCHMOELLER a impediu de entrar na casa, desobedecendo, assim, a ordem legal de afastamento do lar conjugal, determinada nos Autos da Medida Protetiva de Urgência acima aludida.
 Ato contínuo, no dia 6 de março do corrente ano, durante o período da manhã, na residência do casal, localizada no endereço acima descrito, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER, novamente, ameaçou a Vítima, afirmando que iria acabar com a vida dela, prometendo, assim, em ambas as oportunidades, causar-lhe mal injusto e grave.
 Assim é que, por acreditar que a sua integridade física e moral poderia ser novamente abalada, as ameaças proferidas vinham lhe perturbando a tranqüilidade e a paz interior, bem como de sua família, provocando-lhe medo e insegurança.
 Em continuidade ao crime de desobediência praticado no dia 1º de março de 2007, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER permaneceu no imóvel do casal até a chegada da Polícia Militar, desobedecendo, desse modo, a ordem legal de afastamento do lar conjugal, proferida nos Autos da Medida Protetiva de Urgência já mencionada.
 Na mesma ocasião, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER tentou causarincêndio, expondo a perigo a integridade física e o patrimônio da Vítima e de seus filhos, colocando fogo nos lenções (sic) e no colchão da cama existente na residência, o qual, entretanto, foi apagado pelos Policiais Militares que atenderam a ocorrência, não se consumando, assim, o intento criminoso por circunstâncias alheias a vontade do Denunciado.
 Nesse mesmo dia, no período da noite, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER retornou à residência da Vítima, desobedecendo, por mais uma vez, a ordem legal de afastamento do lar conjugal, determinada nos Autos da Medida Protetiva de Urgência mencionada alhures, o que fez com que Lourdes Tetu Alves deixasse novamente sua residência, juntamente com seus filhos.
 Ao retornar ao lar no dia 9 de março de 2007, o Denunciado SERENEU SCHMOELLER, novamente, impediu a Vítima de entrar em sua residência, desobedecendo, pela quinta vez, a ordem judicial de afastamento do lar conjugal, proferida nos Autos da Medida Protetiva de Urgência nº 119.07.000003-1" (sic).
 Realizada a audiência prevista no art. 16 da Lei n. 11.340/06 e recebida a denúncia (fls. 46 e 47), citado (fl. 54) e interrogado (fls. 52 e 53), o acusado apresentou defesa prévia (fl. 56), momento em que deixou de postular a produção de prova oral.
 Inquiridas 4 (duas) testemunhas arroladas na denúncia (fls. 70 a 73), e apresentadas as alegações finais pela acusação (fls. 81 a 91) e pela defesa (fls. 98 a 101), a MMª. Juíza proferiu sentença (fls. 108 a 120) que julgou parcialmente procedente a denúncia, fazendo constar em sua parte dispositiva,in verbis:
 Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a Denúncia, para:
a) ABSOLVER o Acusado SERENEU SCHMOELLER, já qualificado, da imputação baseada no art. 147, do CP, com fulcro no art. 386, inciso VI, do CPP;
b) CONDENAR o Acusado SERENEU SCHMOELLER, já qualificado, ao cumprimento das penas de:
b1) 02 (dois) anos e 04 (quatro) meses de reclusão e 10 (dez) dias-multa, por infração ao art. 250, caput, c/c art. 14, inciso II, ambos do CP;
b2) 21 (vinte e um) dias de detenção e 11 (onze) dias-multa, por infração ao art. 330, c/c art. 71, ambos do CP.
 Sendo o Condenado reincidente, o cumprimento das penas privativas de liberdade deve iniciar em regime fechado, em estabelecimento de segurança máxima ou média (art. 33 e seus §§, do CP), devendo ser cumprida primeiro a pena de reclusão (2ª Parte do art. 69, do CP).
 Deixo de substituir as penas privativas de liberdade por restritivas de direitos, porque não estão presentes os pressupostos mencionados no art. 44, do CP.
 O Condenado, igualmente, não preenche os requisitos para a concessão da suspensão condicional da pena (art. 77, do CP).
 Fixo o valor dos dias-multa, considerando a situação econômica do Condenado, em 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos (§ 1º, do art. 49, do CP), sendo que o pagamento deverá ser feito no prazo de 10 (dez) dias, contado do trânsito em julgado da sentença.
Condeno-o, também, no pagamento das custas processuais.
 Face a reincidência, o Condenado não poderá apelar em liberdade, recomendando-o na prisão onde se encontra.
 Fixo a remuneração do Defensor Dativo em 15 (quinze) URH's, devendo ser expedida a respectiva certidão.
 Transitada esta em julgado, lance-se o nome do Condenado no rol dos culpados e façam-se as devidas anotações e comunicações (art. 709, do CPP), oficiando-se, inclusive, à Corregedoria-Geral da Justiça e o Juiz Eleitoral competente.
 Inconformado, o réu interpôs recurso de apelação (fls. 138 a 142), objetivando, em síntese, a sua absolvição no que se refere ao crime de incêndio, ao argumento de que não há prova nos autos que justifique o decreto condenatório. Argumentou que a polícia apenas foi chamada para atender a uma ocorrência de briga de família, e nãoum incêndio. Disse que nos autos não existe prova de que tenha agido dolosamente, razão pela qual rogou pela desclassificação para o crime de incêndio culposo (art. 250, § 2º, do CP).
 Apresentadas as contrarrazões (fls. 144 a 151), os autos ascenderam a esta instância recursal, e a douta Procuradoria-Geral de Justiça, em parecer da lavra do Dr. José Eduardo Orofino da Luz Fontes, manifestou-se pelo desprovimento do recurso (fls. 160 a 163).
VOTO
 Trata-se de recurso de apelação interposto por Sereneu Schmoeller contra a sentença que o condenou à pena de 2 (dois) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, a ser cumprida no regime fechado, e 10 (dez) dias-multa (no valor unitário de 1/30 do salário-mínimo), por infração ao art. 250, caput, c/c art. 14, II, ambos do CP; e 21 (vinte e um) dias de detenção, a ser cumprida no regime fechado, e 11 (onze) dias-multa (no valor unitário de 1/30 do salário-mínimo), por infração ao art. 330, c/c art. 71, ambos do CP.
O recurso não merece provimento.
 Os fundamentos, em verdade, são os mesmos sustentados pelo ilustre Procurador de Justiça, Dr. José Eduardo Orofino da Luz Fontes, que, por concordar com seu parecer na íntegra, adota-se com razões de decidir, in verbis:
(...).
 A denúncia oferecida contra Sereneu Schmoeller imputa-lhe infração, entre outros dispositivos, ao art. 250, caput, c/c art. 14, inc. II, e art. 150, § 1º, inc. II, alínea "a", todos do Código Penal, eis que no dia 1º de março de 2007, "[...] tentou causar incêndio, expondo a perigo a integridade física e o patrimônio da vítima e de seus filhos, colocando fogo nos lençóis e colchão da cama existente na residência, o qual, entretanto, foi apagado pelos Policias Militares que atenderam a ocorrência, não se consumando, assim, o intento criminoso, por circunstâncias alheias a vontade do denunciado [...]" (exordial acusatória de fls. II-III).
 A materialidade delitiva encontra-se positivada pelo contido no boletim de ocorrência de fl. 06; laudo pericial (exame e levantamento em local de tentativa de incêndio) de fls. 30-34; e prova testemunhal colhida nos autos.
 A autoria do crime também se mostra evidenciada, não obstante pretenda, o apelante, obter a absolvição, sustentando a inexistência de provas de que tenha praticado a conduta incriminada.
 Ao ser interrogado na delegacia de polícia, o recorrente confirmou ter causado o incêndio na residência de sua ex-esposa, alegando, contudo, "[...] que naquela oportunidade, deitou no colchão para descansar e, como de hábito, estava com um cigarro em suas mãos, sendo que, adormecendo, não teve o cuidado necessário de apagá-lo ou tragá-lo com antecedência [...]" (fl. 19).
 Em juízo sustentou "[...] que quanto ao fogo nos lençóis e no colchão afirma que 'dormiu com o cigarro aceso', que não se recorda quem apagou o fogo [...]" (fl. 53).
 A ex-esposa do recorrente, Lourdes Tetu Alves, relatou em juízo "[...] que o acusado tentou colocar fogo no colchão por duas vezes; que da primeira vez a depoente foi até o quartel chamar os policias e quando retornaram o acusado tinha colocado fogo no colchão; que conseguiram apagar facilmente o fogo, porque fazia pouco tempo que o acusado tinha incendiado o colchão; que da segunda vez o acusado chegou na residência quando a depoente estava fora recolhendo roupas de doação em Nossa Senhora dos Pobres e foram os policiais que ajudaram a apagar o fogo; que dessa segunda vez a depoente perdeu tudo com o fogo, até os documentos pessoais [...]" (fl. 70).
 No mesmo sentido, a filha do apelante declarou a autoridade judiciária que "[...] o acusado tentou colocar fogo na casa duas vezes; que da primeira vez os policiais chegaram e apagaram o fogo; que da segunda vez ele conseguiu colocar fogo na casa [...]" (fl. 71).
 O policial militar Marcio Baumann relatou "que foi acionado via central para atender uma briga de casal no Geórcia Paula; que lá chegando encontraram Lourdes que disse que estava se separando do marido e que tinha uma ordem do Fórum de que ele não podia entrar em casa; [...] que Lourdes disse que o marido estava dentro de casa; que estavam o depoente e o soldado Bueno conversando com Lourdes e o acusado e Lourdes entrou na casa e gritou que estava pegando fogo [...]" (fl. 72)
 E o policial militar Alan Bueno declarou "[...] que quando chegaram no local a mulher estava no quintal esperando a guarnição e o acusado dentro da residência; que a mulher entrou na residência para chamar o acusado e de repente gritou por socorro; que o depoente entrou para ajudar; que havia início de incêndio no colchão, do quarto do casal [...]" (fl. 73).
 O Laudo Pericial de fls. 30-34 concluiu: "Face aos elementos constatados e acima relacionados, o perito relator conclui que se trata de um sinistro que tecnicamente deve ser dito como criminoso, em função da tipificação dos danos".
 Percebe-se, assim, que o apelante intencionalmente deu início ao incêndio,com a nítida intenção de causar uma situação de risco a integridade física e ao patrimônio de sua ex-esposa e seus filhos, não merecendo prosperar a alegação de que agiu culposamente, até porque não é plausível que uma pessoa em sã consciência adormeça com o cigarro aceso em cima da cama, acorde, e saia do local deixando o cigarro aceso no colchão, sem perceber. Ademais, se efetivamente tivesse adormecido com o cigarro aceso, teria ele próprio sofrido queimaduras.
 Veja-se que nesta ocasião, já era a quinta vez que o apelante desobedecia a ordem judicial que o proibiu de chegar a menos de 20 metros da residência da ex-esposa. Estava, sim, inconformado com o rompimento e com o fato de Lourdes estar grávida e de outro homem, como ele próprio afirmou no interrogatório.
 Assim, o apelante forçava sua entrada na casa da ex-esposa, negando-se a de lá sair e obrigando-a a chamar a polícia por diversas vezes. Foi, aliás, em uma dessas vezes, quando Lourdes foi chamar a polícia, que o apelante, indignado, colocou fogo no colchão, só não logrando consumar o delito de incêndio por circunstâncias alheias a sua vontade, pois sua ex-esposa percebeu o ocorrido e contou com a ajuda dos policias para apagar o fogo.
 Destarte, da análise das provas colhidas nos autos emergem cristalinas a materialidade a autoria do crime de incêndio tentado praticado pelo recorrente, motivo pelo qual não há que se falar em absolvição.
Pelas mesmas razões, nega-se provimento do recurso.
DECISÃO
 Ante o exposto, por unanimidade, nega-se provimento ao recurso.
 O julgamento, realizado no dia 17 de fevereiro de 2009, foi presidido pelo Exmo. Sr. Des. Amaral e Silva, com voto, e dele também participou o Exmo. Sr. Des. Cláudio Valdyr Helfenstein. Funcionou como representante do Ministério Público o Exmo. Sr. Dr. Anselmo Agostinho da Silva.
Florianópolis, 03 de março de 2009.
Solon d'Eça Neves
Relator
COMENTÁRIOS:
 A pena para esse tipo de crime, é muito leve se levarmos em consideração a proporção do mau que esse crime pode causar, pois se a lei fosse mais severa em relação a pena com certeza esse tipo penal seria menos executado, pois mesmo que o homicídio não seja consumado, além da perca dos bens prováveis, temos a questão psicológica da família que poderá nunca mais se esquecer da tortura do medo de morrer queimada, é irreversível a destruição psicológica de quem passa por tal situação desse crime. 
 Sendo a família o sujeito passivo, bem como as pessoas que tiveram sua vida, sua integridade física ou, mesmo, seu patrimônio exposto a perigo.
            É crime vago, pois como assevera Rogério Greco “Não há necessidade, para efeitos de reconhecimento do delito, que se aponte nominalmente as pessoas que encontraram, por exemplo, diante dessa situação de perigo, bastando que se conclua que, efetivamente, a conduta do agente trouxe perigo para a vida, aintegridade física ou o patrimônio de outrem, sendo considerado, outrossim, um crime vago”.
 
 O réu queria provocar o dano, e talvez até mesmo a morte das pessoas ali residentes, e se não tinha essa intenção ele concorreu para o risco, pois o fato de que ele desobedeceu a medida de segurança impetrada pelo Juiz deixa claro a sua intensão de uma mente vingativa e destrutiva, cometendo ainda o crime continuado (art. 71 cp), pois por mais de uma vez desobedecendo a ordem de se afastar da residência e de sua mulher (art. 330 cp), talvez desacreditando no poder da lei de punir, sendo assim a pena e as multas foram devidamente aplicadas deixando claro que ele seria de estremo perigo para as vidas de seus familiares quando solto em liberdade. 
 O elemento subjetivo é o dolo, a conduta deve ser dirigida a causar incêndio, sendo conhecedor de que, com essa atitude poderá expor a vida, integridade ou o patrimônio. Segundo Rogério Greco “Com isso, estamos querendo afirmar que o agente, no momento em que causa o incêndio, deve saber que seu comportamento traz perigo à vida, à integridade física ou, mesmo, ao patrimônio de outrem, pois, caso contrário, o fato poderá ser atípico”.
 No caso do agente utilizar de um incêndio para cometer um homicídio, deverá responder por esse consumado ou tentado.
 O incêndio pode ser conceituado como a combustão de qualquer matéria (sólida, líquida ou gasosa), com sua destruição total ou parcial, que, por sua proporção e condições, pode propagar-se, expondo a perigo a incolumidade pública. Não é qualquer fogo, mas o fogo perigoso, aquele que acarreta tal risco pela carbonização progressiva e continuada, ainda que sem chamas, como, p. ex., em uma turfeira (Mirabete).

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