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roteiro 12 e 13

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HISTÓRIA DO DIREITO NO BRASIL. AULAS 12/13. OS “DIREITOS” NA DITADURA DECADENTE. A RECONSTRUÇÃO DO BRASIL PÓS DITADURA. 
* DISPONÍVEL NA BIBLIOTECA VIRTUAL DOS PROFESSORES DA ESTÁCIO DE SÁ. * Adaptado Profa. Dra. Raquel Hogemann 
“ANISTIA NEM TÃO AMPLA GERAL E IRRESTRITA. MAS É O COMEÇO DO FIM!
A Lei da anistia, que foi promulgada pelo último presidente militar, João Batista de Figueiredo em de 28 de agosto de 1979.
 Em seu Artigo. 1º dispõe que: 
“Art. 1° - É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (vetado). 
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.  
A lei é clara quando se tratava de não anistiar os acusados de terrorismo: “§ 2º Excetuam-se dos benefícios da anistia os que foram condenados pela prática de crimes de terrorismo, assalto, seqüestro e atentado pessoal.”
DIRETAS JÁ – Um movimento pela redemocratização do Brasil
O crescimento da oposição nas eleições de 1978 acelera a abertura política. O episódio mais grave é um malsucedido atentado terrorista promovido por militares no centro de convenções do Riocentro, no Rio, em 30 de abril de 1981. 
A crise econômica se aprofunda e mergulha o Brasil na inflação e na recessão. Crescem os partidos de oposição, fortalecem-se os sindicatos e as entidades de classe. 
Durante o ano de 1984 , o país assistiu a uma mobilização popular sem precedentes: em todas as cidades e capitais a população manifestou seu repúdio às eleições indiretas e exigiu o voto direto para presidente. 
A maior manifestação , realizada em São Paulo, reuniu aproximadamente 1,7 milhão de pessoas. 
O comício pelas Diretas Já do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 1 milhão de pessoas.
O movimento foi conhecido como “Diretas Já”. Desde o final de 1983 se iniciou um movimento para a realização de eleições diretas para Presidente da República no Brasil, que pretendia ampliar a idéia de redemocratização. No ano anterior, os governadores estaduais haviam sido eleitos pelo voto direto. Em 1984 esse movimento se ampliou e envolveu diversos partidos políticos e várias entidades da sociedade civil, apoiando uma Emenda Constitucional que possibilitaria as eleições presidenciais.
O BRASIL DA NOVA REPÚBLICA E AS TRANSFORMAÇÕES JURÍDICAS E SOCIAIS
Rejeitada a Emenda Dante de Oliveira, em 25 de abril de 1984, que previa eleição direta para presidente e vice-presidente da República, a eleição do primeiro civil após o período de exceção se deu ainda indiretamente, por meio de um colégio eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. 
Finalmente, em 15 de maio de 1985, a Emenda Constitucional nº 25 alterou dispositivos da Constituição Federal e estabeleceu outras normas constitucionais de caráter transitório, restabelecendo eleições diretas para presidente e vice-presidente da República, em dois turnos, eleições para deputado federal e senador para o Distrito Federal, eleições diretas para prefeito e vice-prefeito das capitais dos estados, dos municípios considerados de interesse da segurança nacional e das estâncias hidrominerais, aboliu a fidelidade partidária e revogou o artigo que previa a adoção do sistema distrital misto. 
TEMPOS DE ABERTURA
Em 1986 foram realizadas eleições para os governos dos Estados e para o Congresso que se constituiria como Assembléia Nacional Constituinte. 
A RETOMADA DO PROCESSO DEMOCRÁTICO
A Assembléia Constituinte iniciou seus trabalhos em 1º de fevereiro de 1987 e depois de um longo período de debates e de elaboração do texto constitucional, a nova Carta foi promulgada em 5 de outubro de 1988. Apesar de muito criticada por incorporar em seu texto assuntos que não pertenceriam ao âmbito das questões constitucionais, ela refletiu os avanços ocorridos no Brasil, especialmente na extensão dos direitos sociais e políticos a todos os cidadãos e às “minorias”.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Na Constituição de 1988 – a de maior participação popular –, o Congresso Nacional foi o grande fórum de debates, destacando-se parlamentares pertencentes às duas principais correntes de sistemas de governo: presidencialismo e parlamentarismo, cuja definição partiu do próprio povo em plebiscito realizado em 21 de abril de 1993, vencendo a forma de governo republicano e sistema presidencialista. 
A CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
A Carta Magna de 1988 apresentava as seguintes principais características:
a) sistema presidencialista, com o Presidente eleito por quatro anos, por voto popular direto e eleição em dois turnos;
b) consolidação dos princípios democráticos e defesa dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos;
c)assistencialismo social, ampliando os direitos dos trabalhadores em relação às Constituições anteriores, da diretriz relacionada aos direitos fundamentais, objeto de título próprio e que se desdobra em capítulos dedicados aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, aos Direitos Sociais e aos Direitos Políticos;
d) ampliação da autonomia administrativa e financeira dos Estados da Federação;
e) amplo intervencionismo estatal.
f) Incorporação de normas penais e de processo penal, assim como de direito civil .
g) restabelecimento da independência do Judiciário (Título IV, cap.III) , de sua autonomia financeira, administrativa e funcional e das prerrogativas fundamentais da magistratura.
Em relação às Constituições anteriores, a Constituição de 1988 representa um avanço. As modificações mais significativas foram:
Direito de voto para os analfabetos;
Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos;
Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;
Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil habitantes);
Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais, também aos domésticos;
Direito a greve;
Liberdade sindical;
Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais;
Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação).
Licença paternidade de 5 dias;
Abono de férias;
Décimo terceiro salário para os aposentados;
Seguro desemprego;
Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário.
Modificações no texto da Constituição só podem ser realizadas por meio de Emenda Constitucional, sendo que as condições para uma emenda modificar a Carta estão previstas na própria Constituição, em seu artigo 60. Desde a promulgação, em 1988, foram aprovadas 56 emendas a Constituição. 
Direitos Individuais
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade , à igualdade, à insegurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX.
Sistema e forma de governo
Lei 8.624/1993 - Dispõe sobre o plebiscito que definirá a forma e o sistema de governo e regulamenta o art. 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, alterado pela Emenda Constitucional nº 2.
A Constituição de 1988
REFERÊNCIAS 
Sites consultados:
pt.wikipedia.org/wiki/Constituição_brasileira 
www.cpdoc.fgv.br/nav_fatos_imagens/htm/fatos/AI5.htm 
Acessem a página: http://www.youtube.com/watch?v=aOTQ7ggRdK4

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