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Peça - AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

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Peça - AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
João e Maria se conheceram em uma festa em julho de 2005 e 
mantiveram um relacionamento amoroso por quase 6 meses. Fevereiro de 2006 
Maria descobriu que estava grávida, mas nada contou para João. A criança 
nasceu em agosto de 2006. Maria registrou a menina (Laura) como sua filha, 
mas não constou no Registro o nome de pai. Passados 20 anos após o 
nascimento da filha, Maria decidiu contar para Laura que o seu pai era um 
famoso cantor brasileiro. Sabendo da identidade do pai, Laura resolveu procurá-
lo para tentar um reconhecimento voluntário, mas João não aceitou. Indignada 
com a situação, Laura resolve procurar um(a) advogado(a) para requerer o 
reconhecimento da filiação. Diante do exposto, se você fosse o(a) advogado(a) 
contratado(a) por Laura, qual seria a Ação para assegurar os direitos da sua 
cliente? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE 
FAMILIA E SUCESSÕES DO FORO... DA COMARCA DE 
 
 
 
 
 
LAURA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do documento 
de identidade RG nº..., inscrita no CPF n..., endereço eletrônico..., residente e 
domiciliada em.... por seu advogado abaixo assinado (procuração anexa), vem 
perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 227, 56° da Constituição 
Federal e dos artigos 1606 e 1607 e ss do Código Civil e pela Lei 8.560/92. 
propor 
 
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
em face de JOÃO, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do 
documento de identidade RG nº.... inscrito no CPF nº.... endereço eletrônico.... 
residente e domiciliado em.... pelos motivos abaixo expostos. 
 
I- FATOS 
A mãe da autora relata que conheceu o réu em julho de 2005 e 
mantiveram um relacionamento amoroso por quase 6 meses. Fevereiro de 2006 
a genitora da autora descobriu que estava grávida, mas nada contou para réu. A 
autora nasceu em agosto de 2006.Foi registrada só com o nome da mãe. 
Acontece que passados 20 anos a mãe da autora contou para ela sobre 
a identidade de seu pai, e sabendo disso agora Laura decidiu procurar o pai para 
tentar um reconhecimento voluntário, mas o mesmo não aceitou. 
 
II- DO RECONHECIMENTO DA PARENTALIDADE 
 O ordenamento jurídico brasileiro, garante o direito de ver reconhecida 
a filiação biológica sem restrições e o trata como direito indisponível. 
A Constituição Federal dispõe em seu artigo 227. § 6º: 
 
Art. 227 (...) 
 
§ Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou 
por adoção, terão. 
os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer 
designações discriminatórias relativas à filiação. 
 
Quanto a legitimidade da autora encontra respaldo no artigo 1.606 do 
código civil, onde aduz que compete ao filho a propositura da ação, cujo o direito 
é imprescritível nos termos do artigo 27 do ECA, ou seja o pedido de 
reconhecimento judicial pode ser feito a qualquer tempo, sem limite de idade 
para o filho. 
Quanto a prova de filiação o exame de DNA é o mais adequado, com 
relação a outros meios de prova, uma vez que a precisão dos resultados dos 
exames de DNA é extremamente alta, geralmente acima de 99,9%, isso faz com 
que tenha uma alta confiabilidade, com grau de certeza praticamente absoluto. 
Nos termos dos artigos 231 e 232 do Código civil brasileiro caso haja a 
negativa das partes em se submeter ao exame de DNA, existe uma presunção 
de paternidade, não podendo o recusante se aproveitar de sua recusa. 
Ainda sobre a recusa de se submeter ao exame de DNA a sumula 301 
do STJ dispõe que; 
"Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a 
submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris 
tantum de paternidade." 
 
No mesmo sentido o artigo 2- A da Lei 8. 560/92, preconiza que; 
Art. 20-A. Na ação de investigação de paternidade, todos 
os meios legais, bem como os moralmente legítimos, 
serão hábeis para provar a verdade dos fatos. 
§ 1. A recusa do réu em se submeter ao exame de código 
genético – DNA gerará a presunção da paternidade, a ser 
apreciada em conjunto com o contexto probatório. 
 
Deste modo imperiosa é a medida proposta judicialmente para que seja 
feito o exame de DNA, visto a negativa do réu no procedimento voluntário, 
garantindo assim o direito de reconhecimento do vinculo de paternidade. 
Além do mais dos fatos a grande indícios de paternidade tendo em vista 
o relacionamento amoroso de 6 meses que a mãe da autora teve com o réu, e 
logo em seguida descobriu a gravidez sem relatar para o réu. 
Por existir grandes indícios de paternidade, pelo tempo da descoberta 
da gravidez e diante dos fatos o que ora se requer fazer prova, inclusive por 
testemunhas. 
III- PEDIDOS 
Diante o exposto requer-se 
a) O julgamento de procedência do pedido para declarar que a autora é 
filha do réu, com a consequente retificação do Registro Civil da autora, devendo 
constar de sua certidão de nascimento a informação de que é filha de João; 
 b) A citação do réu para comparecer à audiência de conciliação a ser 
designada por este juízo, de acordo com o artigo 319, VII do CPC e, dentro do 
prazo legal, apresente sua contestação aos fatos alegados, sob pena de sofrer 
os efeitos da lei; 
c) A produção de prova pericial pelo exame de DNA, oficiando-se ao 
IMESC e intimando-se as partes para que compareçam no local e data 
previamente determinados por Vossa Excelência, sob pena de desobediência à 
ordem judicial; 
d) A condenação do réu ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em 
direito, em especial a pericial, por meio da realização de exame de DNA, que ser 
requer expressamente desde logo, sem prejuízo de demais provas a serem 
constituídas nos autos inclusive a testemunhal. 
 
Informa ainda , o endereço profissional do advogado onde receberá as 
intimações.... 
Dá-se a causa o valor de R$...(...) 
 
Termos em que 
Pede deferimento 
Local e data 
Advogado 
OAB n°...

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