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-Atividade Estruturada - Auditoria Operacional

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INTRODUÇÃO
O sistema de controle interno é uma das atribuições impostas pela Constituição Federal de 1988 à Administração Pública, tendo como função primordial o controle dos atos administrativos como um todo. Sua ação é de fundamental importância em qualquer organização, principalmente nas instituições públicas, face ao volume e movimentação de recursos provenientes de impostos cobrados da população, bem como das dúvidas existentes nos diversos segmentos da sociedade quanto à observância dos princípios da economicidade, legalidade e eficiência na aplicação desses recursos.
A auditoria, seja ela governamental ou particular, tem por finalidade a atividade de fiscalização dos atos praticados na área orçamentária, financeira e patrimonial, e se refere à etapa final do controle interno. A principal diferença entre as auditorias está no emprego de atos públicos, mas ambas têm a mesma finalidade, ou seja, dispor os atos em acordo com a legislação vigente.
Dessa forma, a correta atuação do controle interno e da auditoria elaborados por profissionais disponibilizados para tal incumbência - ou mesmo por aqueles que somam isso a seu cotidiano de atribuições -, é importantíssima para fiscalizar as ações administrativas em acordo com a legislação vigente, bem como orientar o administrador público.
DEFINIÇÃO
 Etimologicamente a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo latino audire, que significa “ouvir”, e que conduziu à criação da palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo aquele que ouve. Isto pelo fato de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem as suas conclusões fundamentadamente com base nas informações verbais que lhes eram transmitidas. Atualmente, atribuiu-se à auditoria um conjunto mais abrangente de importantes funções, envolvendo todo o organismo da entidade e dos seus órgãos de gestão, com a finalidade de efetuar críticas e emitir opiniões sobre a situação econômico-financeira e sobre os resultados de ambos. Ressalte-se que a auditoria também tem o objetivo de identificar deficiências no sistema de controle interno e no sistema financeiro, apresentando recomendações para melhorá-los.
Tipos De Auditoria Governamental
Segundo Elizier Fonte Magalhães (1996, p. 6/9), estão classificados os seguintes tipos de Auditorias:
Auditoria de Gestão – Objetiva emitir opinião com vista a certificar a regularidade de contas, verificarem a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados;
Auditoria de Programas – Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados;
Auditoria Operacional – Atua nas áreas inter-relacionadas do órgão ou entidade, avaliando a eficácia de seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economia e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos;
Auditoria Contábil – Objetiva obter elementos comprobatórios, suficientes, que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, e se deles decorrentes expressam com propriedade a situação econômico-financeira do Patrimônio, os resultados e demais situações nelas demonstradas;
Auditoria de sistema – Objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações oriundas dos Sistemas eletrônicos de dados, objetivando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica;
Auditoria Especial – Objetiva o exame de fatos ou Sistemas considerados relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação do Presidente de República, Ministro de Estado, ou por solicitação de outras autoridades. 
Conclusão
Vivemos em um país que experimenta uma democracia ainda jovem. Apesar de nossa Constituição não visar, tão somente, o equilíbrio das desigualdades sociais, ela dispõe de princípios fundamentais na tentativa, ainda frustrada, de assim fazê-lo. Neste sentido, a Constituição Federal está em vigor desde o ano de 1988 e apresenta dispositivos ainda não implementados, ou que ainda engatinham, como o controle interno e a auditoria que ainda são ressentes de uma ação ou organização mais efetiva em prol do bem comum, entendida aqui, como função fundamental.
Pela falta do uso eficaz, ou pela má gerência da eficiência, quiçá o não planejamento da aplicação dos recursos públicos, o Estado tem a necessidade de um órgão que efetive esse equilíbrio através da intervenção, a priori com o controle interno, e a posteriori, com a auditoria nos mais diversos setores em que pese a administração social.
Neste contexto, fica clara a importância dos sistemas de controle com a missão de conter os abusos e de orientar a gestão pública, denotando transparência e, principalmente, respeito com o povo, pois, precisamos dos controles para melhor gastar os recursos públicos. A conseqüência disso será uma melhora nas diferenças sociais ainda existentes
Referencias
http://andreluizsilveiramichel.jusbrasil.com.br/artigos/117351088/auditoria-governamental-do-controle-interno-a-auditoria
https://nupecon.face.ufg.br/up/383/o/AuditoriaOperacional.pdf?1348932479
https://www.ufmg.br/auditoria/images/stories/documentos/manual_2a_verso_revisado.pdf
http://andreluizsilveiramichel.jusbrasil.com.br/artigos/117351088/auditoria-governamental-do-controle-interno-a-auditoria
	ESTÁCIO DE SÁ	
AUDITORIA OPERACIONAL
ATIVIDADE ESTRUTURADA
Nome do aluno
MATRÍCULA: EAD XXXXXXXX
Cidade/Estado
 JUNHO DE 2015
	Introdução	
O sistema de controle interno é uma das atribuições impostas pela Constituição Federal de 1988 à Administração Pública, tendo como função primordial o controle dos atos administrativos como um todo. Sua ação é de fundamental importância em qualquer organização, principalmente nas instituições públicas, face ao volume e movimentação de recursos provenientes de impostos cobrados da população, bem como das dúvidas existentes nos diversos segmentos da sociedade quanto à observância dos princípios da economicidade, legalidade e eficiência na aplicação desses recursos.
A auditoria, seja ela governamental ou particular, tem por finalidade a atividade de fiscalização dos atos praticados na área orçamentária, financeira e patrimonial, e se refere à etapa final do controle interno. A principal diferença entre as auditorias está no emprego de atos públicos, mas ambas têm a mesma finalidade, ou seja, dispor os atos em acordo com a legislação vigente.
Dessa forma, a correta atuação do controle interno e da auditoria é importantíssima para fiscalizar as ações administrativas em acordo com a legislação vigente, bem como orientar o administrador público.
A sociedade brasileira apresenta um quadro crônico de desigualdades. Nesse sentido, o papel de fiscalizar é fundamental para que se utilizem melhor os recursos públicos, minimizando tais disparidades e se promovendo a cidadania plena, observando-se os preceitos fundamentais dispostos pela Carta Magna.
Definição de auditoria
A auditoria é um recurso utilizado pelo sistema de controle interno para avaliar a eficiência e eficácia dos controles. Serve, além dos controles contábeis, aos controles administrativos.
Segundo Aurélio (1988, p. 136), “Auditoria. S. F. 1. Cargo de auditor. 2. Lugar ou repartição onde o Auditor exerce as suas funções. 3. Cont. Exame analítico e pericial que segue o desenvolvimento das operações contábeis desde o início até o Balanço”.
Para Lopes de Sá (1980, p. 20), auditoria é a técnica contábil do sistemático exame dos registros, visando apresentar conclusões, críticas e opiniões sobre as situações patrimoniais e aquelas dos resultados, quer formadas, quer em processo de formação.
Ainda, conformeJoão M. Mota (1992, p.15):
Auditoria é o exame científico e sistemático dos livros, contas, comprovantes e outros registros financeiros de uma companhia, com o propósito de determinar a integridade do sistema de controle interno contábil, das demonstrações financeiras, bem como o resultado das operações e assessorar a companhia no aprimoramento dos controles internos, contábeis e administrativos.
Concatenando esses entendimentos, auditoria é um instrumento de grande valia e utilidade, desde que realizada com eficiência na tentativa de descobrir inconformidades do administrador ou respaldar os atos de sua gestão.
 Tipos De Auditoria Governamental
Segundo Elizier Fonte Magalhães (1996, p. 6/9), estão classificados os seguintes tipos de Auditorias:
1. Auditoria de Gestão - objetiva emitir opinião com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da Prefeitura ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: 
1. Exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; 
2. Exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; 
3. Verificação da existência física de bens e outros valores; 
4. Verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; 
5. Verificação do cumprimento da legislação pertinente.
 2. Auditoria de Programas - objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: 
1. Análise da realização físico-financeira em face dos objetivos e metas estabelecidos; 
2. Análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento produzidos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e a eficiência gerencial; 
3. Verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto à propriedade dos gastos realizados; e 
4. Análise da adequação dos instrumentos de gestão -contratos, convênios, acordos, ajustes e outros congêneres - para consecução dos planos, programas, projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto à legalidade e diretrizes estabelecidas. 
3. Auditoria Operacional - atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às diretrizes e normas, bem como pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento. 
4. Auditoria Contábil - é a técnica que, utilizada no exame dos registros e documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão ou entidade, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e se as demonstrações deles originárias refletem, adequadamente, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. 
5. Auditoria de Sistema - objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação específica. 
6. Auditoria Especial - objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação do Prefeito do Município, Controlador Geral, Secretários Municipais ou por solicitação de outras autoridades.
Controle Interno
O controle interno é um instrumento de regulação, restringindo, dentro da legalidade, as demandas da gestão pública. Se efetiva por ser uma ferramenta de intensa fiscalização instaurada na administração com intuito de alertar contra possíveis improbidades administrativas.
No mesmo sentido, Antônio Lopes de Sá (1980, p. 98), ensina que:
Na prática o que se busca conhecer é a eficiência da “vigilância” e da “proteção” aos bens e a força de trabalho, ou seja, se o que se investe e o que se obtem de recursos efetivamente oferece lucratividade, economicidade ou adequada colimação dos fins procurados e programados.
O artigo 77 da Lei nº 4.320/64, estabelece três modalidades de Controle Interno:
a) Prévio ou a priori;
b) Concomitante ou simultâneo; e
c) Subsequente ou a posteriori.
O controle prévio nos gastos públicos é da competência da administração orçamentária e financeira, que utiliza passos pré-determinados que vão da correta classificação dos gastos, desde que haja saldo orçamentários e recursos financeiros para atendê-lo, até a elaboração de documentos competentes (nota de empenho, ordem bancária) para sua formalização. A legislaçãoDecreto, bem como as normas pertinentes a esse tipo de controle, estão basicamente contidas no nº93.872, de 23.12.86.
A ferramenta do controle concomitante ou simultâneo é a contabilidade. A sua função está baseada no registro e na escrituração da despesa, cujos resultados são demonstrados através dos relatórios, balancetes e balanços extraídos mensalmente e no final do exercício financeiro. O acompanhamento da execução orçamentária, ou seja, o controle concomitante ou simultâneo, conforme o artigo 85, da Lei nº 4.320/64,in verbis, será feito pelos Órgãos de Contabilidade.
O controle subsequente ou a posteriori é o que se chama de prestação e tomada de contas do dirigente da entidade e dos serviços de auditoria no final do exercício financeiro.É o artigo 84, in verbis, da Lei nº 4.320/64, que determina aos serviços de contabilidade a supervisão do levantamento das tomadas de contas. Nesse artigo, a Lei nº 4.320/64assim se expressa quanto às tomadas de contas de dirigentes ou agentes responsáveis por dinheiro ou bens públicos: “Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou Órgão equivalente, a Tomada de Contas dos agentes responsáveis por bens e dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos Serviços de Contabilidade”.
A Importância Do Controle Interno 
O controle interno auxilia a administração a constatar se os objetivos estão sendo atingidos, com ou sem eficiência, e verificar se os recursos estão sendo recebidos integralmente e aplicados com parcimônia, eficiência (medida em que os recursos necessários são adquiridos, protegidos e aplicados, propiciando a obtenção do resultado) e eficácia (medida em que a ação governamental alcança objetivos, metas e outros resultados).
Para José Hernandes Perez (1998, p.67), “os controles internos tem como objetivos a obtenção de informação adequada, estimulação do respeito e da obediência às políticas da administração, proteção dos ativos e promoção da eficiência e eficácia operacional”.
O controle interno é citado na Carta Magna no caput do artigo 31 e artigo 74, impondo-se como instrumento de regulação e de constrição demandados na gestão pública. Trata-se de uma ferramenta intestina que faz soar o alerta de possíveis improbidades administrativas, assim positivada:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
[...]
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãose entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Dessa forma, não poderia ser mais feliz o legislador ao consagrar tal instituto que, como de fácil percepção, já é disposto desde 1988, mas ainda se ressente de uma ação ou organização mais efetiva.
Conclusão
Vivemos em um país que experimenta uma democracia ainda jovem. Apesar de nossa Constituição não visar, tão somente, o equilíbrio das desigualdades sociais, ela dispõe de princípios fundamentais na tentativa, ainda frustrada, de assim fazê-lo. Neste sentido, a Constituição Federal está em vigor desde o ano de 1988 e apresenta dispositivos ainda não implementados, ou que ainda engatinham, como o controle interno e a auditoria que ainda são ressentes de uma ação ou organização mais efetiva em prol do bem comum, entendida aqui, como função fundamental.
Pela falta do uso eficaz, ou pela má gerência da eficiência, quiçá o não planejamento da aplicação dos recursos públicos, o Estado tem a necessidade de um órgão que efetive esse equilíbrio através da intervenção, a priori com o controle interno, e a posteriori, com a auditoria nos mais diversos setores em que pese a administração social.
Neste contexto, fica clara a importância dos sistemas de controle com a missão de conter os abusos e de orientar a gestão pública, denotando transparência e, principalmente, respeito com o povo, pois, precisamos dos controles para melhor gastar os recursos públicos. A consequência disso será uma melhora nas diferenças sociais ainda existentes.
	
Referências
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 6ª ed. Ver. E atual., RJ: Forense; SP,Ed. Método, 2012.
ARAÚJO, Edmir Netto de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1984
BRASIL. Constituição Federativa do Brasil de 1988. 6. Ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
Constituição Federal, 1988.
LOPES MEIRELLES, Hely. Direito Administrativo Brasileiro. 8. Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1981.
MOTA, João M.. Auditoria: Princípios e Técnicas. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1992.
PEREZ, José Hernandes. Auditoria de Demonstrações Contábeis: Normas e Procedimentos. São Paulo: Atlas, 1995.
Site: JusBrasil( André Luiz S. Michel).

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