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Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I CIRCUITOS ELÉTRICOS I 1 Prof. Dr. Edmarcio Antonio Belati edmarcio.belati@ufabc.edu.br Aula 07Aula 07 11/03/2015 Circuitos com Dois Elementos Armazenadores de Energia Resposta Natural Exercícios Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Vamos considerar o circuito com dois indutores da figura 1 abaixo. Vg 8ohm 2H 4ohm 1H 1 2 3 4 i1 i2 I II Por análise de malha temos: Qual é a equação que satisfaz a corrente de malha i2? MALHA I: gv dt di ii 121 2412 Eq.1 MALHA II: 0144 221 dt di ii Eq.2 Figura 1- Circuito de Segunda Ordem CIRCUITOS COM DOIS ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA 2 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Da Eq. 2, temos: 0144 221 dt di ii Eq.2 )4( 4 1 2 2 1 i dt di i )4( 4 1 2 2 2 2 1` 1 dt di dt id dt di i Substituindo i1 e i1 ´ na Eq.1 temos: gv dt di ii 121 2412 Eq.1 gvi dt di dt id 21610 2 2 2 2 2 Resulta em: A equação representativa da saída i2 (Eq.3) é uma equação diferencial de segunda ordem, pois a mais alta deriva é de segunda ordem. Por esta razão o circuito da figura 1 é considerado um circuito de segunda ordem. Normalmente circuitos de segunda ordem contêm dois elementos armazenadores de energia. Eq.3 CIRCUITOS COM DOIS ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA 3 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Exercício 1 – Calcule a equação que satisfaz a corrente de malha i2 para o circuito da figura abaixo.. Vg 1H 2ohm 1H 3ohm 4 dt dv i dt di dt id g 2 2 2 2 2 67 Resposta: CIRCUITOS COM DOIS ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA i2 i1 I II Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Vg 1H 2ohm 1H 3ohm SOLUÇÕES DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Uma equação diferencial de segunda ordem, pode ser representada genericamente por: Em que: a´s constantes reais; x pode ser uma tensão ou corrente; f(t) função conhecida da(s) fonte(s) independente(s). )(012 2 tfxa dt dx a dt dx Eq. 4 Como vimos a solução para o exercício ao lado é dada pela equação de segunda ordem: 5 dt dv i dt di dt id g 2 2 2 2 2 67 i2 II Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I A resposta completa que satisfaz a equação anterior é dada por: Em que: x resposta completa; xn resposta natural; xf resposta forçada. fn xxx xn é obtido quando f(t)=0 e deve satisfazer a equação: 0012 2 n nn xa dt dx a dt dx Neste caso: x da Eq. 4 é igual a xn Eq. 5 Resposta Natural: RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 6 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I xn deve ser uma função que não muda de forma quando diferenciada, caso contrário a combinação do lado esquerdo da equação não pode ser zero para todo t. Portanto: st n Aex Substituindo a Eq.6 para xn na Eq. 5 tem-se: Eq. 6 0012 2 st stst Aea dt dAe a dt Aed A função exponencial é a única função que mantém sua forma quando é repetidamente diferenciada. Eq. 7 RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 7 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Diferenciando a Eq.7 e trocando as derivadas por potências de s resulta em: 001 2 ststst eAaeAsaeAs ou: 0)( 01 2 asasAest Como Aest não pode ser zero, temos: 001 2 asas Esta equação, Eq. 9, é chamada de equação característica e é o resultado da troca das derivadas por potências de s. Eq. 8 Eq. 9 RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 8 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Como é uma equação quadrática têm-se duas soluções. Portanto temos duas componentes naturais: 2 4 , 0 2 1 121 aa as ts n eAx 1 11 ts n eAx 2 22 e Obs: A1 e A2 são arbitrários, seus valores dependem das condições iniciais. a acbb ,x 2 42 21 02 cbxax Bhaskara RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 9 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I 10 tsts n eAeAx 21 21 Solução geral se s1 e s2 forem raízes distintas: Raízes Reais e Distintas: Caso Superamortecido. Neste caso a resposta decai, ou é amortecida com o passar do tempo. e Exemplo de uma cura do caso superamortecido. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Raízes Complexas: Caso Subamortecido. Se as freqüências naturais são complexas, em geral tem-se: js 1 A resposta natural no caso geral é: tjtj n eAeAx )( 2 )( 1 OUTROS CASOS: js 2 Para por a resposta natural em uma forma mais adequada, vamos considerar a forma de Euler, dada por: jsene j cos jsene j cos ou Fazendo )( 21 tjtjt n eAeAex ))(cos)(cos( 21 tjsentAtjsentAex t n ]tsen)jAjA(tcos)AA[(ex 2121 t n RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 11 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Visto que A1 e A2 são arbitrárias, vamos renomear as constantes como: 121 BAA 221 BjAjA )cos( 21 tsenBtBex t n Tem-se, portanto: Exemplo de uma curva do caso subamartecido. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 12 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Raízes Iguais e Reais: Caso de amortecimento crítico. Neste caso a resposta decai, ou é amortecida com o passar do tempo. Como apresenta anteriormente tem-se: Para expressar as freqüências naturais, a equação característica deve ser: 0)( 2 ks 02 22 kkss Portanto a equação característica dever ser: 02 2 2 2 n nn xk dt dx k dt dx Resolvendo chegamos a solução: kt n etAAx )( 21 Que pode ser verificado substituindo na equação acima. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 13 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia– C irc u ito s E lé tric o s I Exemplo de uma cura do caso de amortecimento crítico. RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM 14 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I FREQUÊNCIAS: ANGULAR E DE NEPTER Detalhes: 0xa dt dx a dt dx n0 n 12 2 n 0x dt dx 2 dt dx n 2 0 n 2 2 n - Frequência de Nepter (rad/s) ou coeficiente de amortecimento exponencial.; ω0 - Frequência angular de ressonância (rad/s). > ω0 – Caso superamortecido; = ω0 – Caso criticamente amortecido; < ω0 – Caso Sub-amortecido. 15 Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I • A frequência de ressonância (utilizada excitar o circuito) ocore quando as reatâncias do capacitor (XC) e do indutor (XL) possuem módulos iguais. Tendo elas sinais opostos em um circuito série RLC, irão anular-se e a impedância do circuito será puramente resistiva. • Sendo , temos: 16 FREQUÊNCIA ANGULAR DE RESSONÂNCIA CL XX LC 1 LC 1 C 1 L C 1 X;LX 2 CL • Quando a frequência está acima de w0, a reatância do circuito tem caráter indutivo. Quando a frequência está abaixo de w0, a reatância do circuito tem caráter capacitivo. onde w é a frequência de ressonância (usualmente denotada por w0). Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Exercício 2: Calcule a resposta natural para a corrente de malha i2 do circuito abaixo. 17 Vg 8ohm 2H 4ohm 1H 1 2 3 4 Exercício 3: Mostre que A1 e A2 do exercício anterior pode ser arbitrário. (atribua valores para A1 e A2 ). II i2 I RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO DE SEGUNDA ORDEM – EXERCÍCIOS gvi dt di dt id 21610 2 2 2 2 2 Equação resultante: tt eAeAi 82 2 12 Resposta: Edmarcio Belati U F A B C /E n g . d e E n e rg ia – C irc u ito s E lé tric o s I Exercício 4 – Encontre a resposta natural vn da tensão v do circuito da abaixo e determine a frequência de ressonância ω0 e a frequência de Nepter . Vf R1 1kΩ R2 1Ω L 1mH C 1mF v i CIRCUITOS COM DOIS ELEMENTOS ARMAZENADORES DE ENERGIA 18 Resposta: )V(),senB,cosB(ev t,n 3186631866 21 5500 )s/rad(,);s/rad(, 510005500 0 f f v dt dv v dt dv dt vd 10001010011001 3 2 2
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