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25 AT UA LI DA D ES D O M ER CA D O F IN AN CE IR O cluindo o desempenho de cada instituição nos mercados primários e secundários de títulos públicos, no merca- do de operações compromissadas e seu relacionamento com o Banco Central. RENTABILIDADE, LIQUIDEZ E SEGURANÇA A função administrativa que tem como objetivo a adequação das fontes e das aplicações dos recursos de uma empresa objetivando o lucro é chamada de Ges- tão Financeira. A maximização do lucro como medida de eficiência na gestão financeira da empresa é baseada na crença de que a busca do maior lucro que possa ser proporcionado por um ativo conduz a uma eficiente alo- cação dos recursos. 1. Risco da Falta de Pagamento ou de Inadimplência - quando uma das partes em um contrato não pode mais honrar seus compromissos assumidos; 2. Risco de Concentração de Crédito - possibilidade de perdas em função da não diversificação do cré- dito concedido a clientes; 3. Risco Soberano ou Risco do País - quando existem restrições ao fluxo livre de capitais entre países, podem ser originários de golpes militares, novas políticas econômicas, resultados de novas eleições, etc., ou como no caso das moratórias de países la- tino-americanos. 1. Risco de Mercado 1. Risco de Mercado depende do comportamento do preço do ativo diante das condições de mercado. Para entender e medir possíveis perdas devido às flutuações do mercado é importante identificar e quantificar o mais corretamente possível as vola- tilidades e correlações dos fatores que impactam a dinâmica do preço do ativo. Risco de mercado pode ser dividido em quatro grandes áreas: 2. Risco do mercado acionário – possibilidade de per- das decorrentes de mudanças adversas nos preços de ações ou em seus derivativos; 3. Risco do mercado de câmbio – possibilidade de perdas devido a mudanças adversas na taxa de câmbio ou em seus derivativos; 4. Risco do mercado de juros – possibilidade de per- das no valor de mercado de uma carteira decor- rentes de mudanças adversas nas taxas de juros ou seus derivativos; 5. Risco do mercado de commodities – possibilidade de perdas decorrentes de mudanças adversas nos preços de commodities e/ou em seus derivativos. 2. Risco Operacional Risco operacional está relacionado a possíveis perdas como resultado de sistemas e/ou controles inadequa- dos, falhas de processos internos, gerenciamento e erros humanos. O risco operacional pode ser dividido em três grandes áreas: 1. Risco Organizacional – está relacionado com uma organização ineficiente, administração inconsis- tente e sem objetivos de longo prazo bem defini- dos, fluxo de informações internos e externos de- ficientes, responsabilidades mal definidas, acesso a informações internas por parte de concorrentes, etc. 2. Risco de Operações – pode ser relacionado com problemas tecnológicos, equipamentos (telefonia, elétrico, computacional, etc.), processamento e ar- mazenamento de dados, fluxo operacional inade- quado, etc. 3. Risco de Pessoal – pode estar relacionado com fa- lhas humanas, como empregados não-qualifica- dos, por exemplo, ou fraudes, do tipo adulteração de documentos, vazamento de informações privi- legiadas, desvio de valores, entre outras. 3. Risco Legal O risco legal pode estar associado a perdas oriundas de falta da definição técnica legal ou organização jurídica em alguma operação realizada. Pode ser com respeito à ausência de técnica jurídica na elaboração de contratos, expondo a organização excessivamente a uma contra parte ou levando ao fechamento de contratos sem ga- rantias suficientes de execução. Pode estar relacionado ainda à inexistência de verificação sobre a legitimidade de contra partes ou autenticidade de documentos apre- sentados, etc. 4. Risco de Imagem Risco de imagem está relacionado a perdas decor- rentes de causas imateriais, gerando a possibilidade de perdas decorrentes de desgastes com a imagem da ins- tituição junto ao mercado ou autoridades, em razão de publicidade negativa, de ações particulares ilegais ou ir- responsáveis, que podem ser verdadeiras ou não. 5. Metodologias de Avaliação do Risco Não existe muita uniformidade no cálculo do risco de instituições financeiras e de empresas. Em comum as metodologias para estimação do risco requerem conhe- cimentos sobre a mecânica dos mercados de interesse, alguma sofisticação matemática, e sistemas computacio- nais e de informações confiáveis. No caso de risco ope- racional e risco legal o problema de medir risco deve ser tratado em uma abordagem caso por caso. De forma geral os Sistemas Bancários das principais nações desenvolvidas e em desenvolvimento se adapta- ram as exigências do Comitê da Basiléia e utilizam o cál- culo e divulgação do VAR - Valor Em Risco, que é a perda máxima possível em um intervalo de tempo, calculada com um grau de confiança bem definido. Quantifica a exposição de uma carteira ou de uma instituição, ao risco do mercado. No caso das empresas, também podemos pensar em condições de riscos em relação ao que pode ocorrer com elas, em um intervalo de tempo futuro, diferente das si- tuações esperadas. Desta forma uma empresa pode ser vista como uma carteira de ativos e passivos que terão seus valores alterados ao longo do tempo e que apre- sentam variações em relação aos valores esperados, em