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B IO LO G IA 186 A sinapse é a região de interação entre duas células ner- vosas, ou entre um neurônio e uma glândula ou entre um neurônio e uma fibra muscular (placa motora). Vesícula sináptica Fenda sináptica Aberto Fechado Canais de permea- bilidade Molécula receptora Moléculas do neurotransmissor Membrana pós-sináptica Membrana pré-sináptica Terminação do axônio Representação da sinapse nervosa E.3. Parte central do sistema nervoso A parte central do sistema nervoso é formada pelo en- céfalo e pela medula espinal, onde se localizam os corpos celulares da grande maioria dos neurônios. O encéfalo fica protegido no interior da caixa craniana, e a medula espi- nal, no canal medular da coluna vertebral. A parte central é revestida pelas meninges dura-máter, pia-máter e arac- noide e é banhada pelo líquido cerebrospinal ou líquor. O encéfalo é formado por cérebro, diencéfalo, tronco en- cefálico e cerebelo. O cérebro, composto por dois hemisférios cerebrais unidos pelo corpo caloso, participa da interpretação das informações recebidas das estruturas sensoriais e do controle da atividade motora voluntária. O córtex cerebral é a parte mais superficial, dividida em lobos, com áreas associa- das a determinadas funções, como memória, aprendizagem, emoções etc. O diencéfalo inclui o tálamo e o hipotálamo. O tálamo classifica a informação e direciona-a para as áreas específi- cas do cérebro, para que haja uma interpretação mais precisa. O hipotálamo auxilia na regulação de vários processos corpo- rais, como a temperatura corporal, a fome e a sede, e regula a função da hipófise. No tronco encefálico, que compreende a ponte, a me- dula oblonga (ou bulbo) e o mesencéfalo, estão os núcleos de alguns dos nervos sensoriais e motores da cabeça, os chamados nervos cranianos. Na medula oblonga, estão os neurônios que controlam atividades vitais, como a frequên- cia e a amplitude dos movimentos respiratórios, a frequência cardíaca, a pressão arterial, as atividades gastrointestinais, entre outras. O cerebelo está associado com a coordenação motora, o que nos permite realizar atividades musculares complexas com relativa desenvoltura, e participa da manutenção do equilíbrio e do controle do tônus muscular. Tálamo Hipotálamo Hipó�se Córtex cerebral Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo (medula oblonga) Regiões do encéfalo A medula espinal é uma grande via de passagem de informações do encéfalo para a periferia (ações motoras) e da periferia para o encéfalo (percepções sensoriais). A medula espinal possui, na altura de cada vértebra, duas raízes dorsais (sensoriais) e duas raízes ventrais (moto- ras). A medula espinal é a sede de algumas importantes atividades executadas sem o comando do cérebro – os reflexos medulares. O ato reflexo medular é uma ação automática, determi- nada pela medula espinal e não pelo cérebro. O caminho per- corrido pelo impulso nervoso, que levou à execução do movi- mento, é o arco reflexo. Gânglio Neurônio motor Receptor sensorial Neurônio sensitivo Neurônio associativo Medula espinal Raiz dorsal (sensorial) Raiz ventral (motora) Arco reflexo composto. Nesse caso, há a participação do neurônio sensitivo, do neurônio motor e do neurônio associativo, localizado inteiramente na medula espinal. O ato reflexo consiste em afastar a mão da fonte de calor. E.4. Parte periférica do sistema nervoso Nos animais vertebrados, a parte periférica do sistema nervoso é composta por gânglios nervosos, nervos cranianos e nervos espinais ou raquidianos. Os nervos cranianos par- tem do encéfalo, e os nervos espinais saem da medula es- pinal. A divisão somática inclui os nervos que comandam as atividades voluntárias, como andar e respirar. A divisão autônoma atua sobre atividades que nunca são voluntárias, como frequência cardíaca e movimentos pe- ristálticos. Essa divisão tem duas partes: a simpática e a pa- rassimpática. A parte simpática atua como sistema de alerta, que possibilita ao corpo enfrentar situações de perigo ou de emergência, como a fuga de um predador. A atuação da par- te parassimpática coloca o organismo em situação de menor consumo de energia, como ocorre durante o repouso. 701360214 DB EM PV ENEM 91 AN LV 01 TE TEOR UN_MIOLO.indb 186 24/01/2019 09:07 MATERIA L D E U SO E XCLU SIV O SIS TEMA D E E NSIN O D OM B OSCO B IO LO G IA 187 O antagonismo funcional é explicado pela liberação de diferentes substâncias químicas. Nas sinapses da parte simpática, o mediador é a noradrenalina, enquanto a parte parassimpática utiliza a acetilcolina. Nervos Gânglios Cranianos Espinais Controle dos músculos não estriados e das glândulas Controle dos músculos esqueléticos Encéfalo Medula espinal Sistema nervoso Parte central Parte periférica Divisão somática (voluntária) Divisão autônoma (involutária) Contrai a pupila� Estimula a salivação� Desacelera o coração� Contrai os brônquios� Estimula o estômago e o pâncreas� Estimula a vesícula biliar e o pâncreas� Contrai a bexiga urinária� Nervos esplâncnicos pélvicos Região craniana Região craniana Dilata a pupila� Inibe a salivação� Relaxa os brônquios� Acelera o coração� Inibe o estômago e o pâncreas� Estimula a liberação de glicose pelo fígado� Estimula a secreção de adrenalina e noradrenalina� Relaxa a bexiga urinária� Estimula o orgasmo� T1 T12 Parte simpática Parte parassimpática Subdivisões do sistema nervoso e ações antagônicas das partes simpática e parassimpática da divisão autônoma na mulher E.5. Tipos de glândulas • Glândulas exócrinas: porção secretora em contato permanente com o epitélio e, por meio de um canal, lançam sua secre- ção para o meio externo ou para o interior de uma cavidade. Ex.: glândulas lacrimais e salivares. • Glândulas endócrinas: porção secretora isolada do epitélio, e sua secreção é lançada no interior dos vasos sanguíneos adjacentes. Os produtos das glândulas endócrinas são chamados hormônios. Ex.: glândula suprarrenal (adrenal), hipó- fise e tireóidea. • Glândulas mistas ou anfícrinas: apresentam uma porção endócrina e uma porção exócrina. O pâncreas, por exemplo, apresenta uma porção endócrina, responsável pela secreção de insulina e glucagon, e a porção exócrina secreta e lança enzimas digestivas, por meio do suco pancreático, no duodeno. 701360214 DB EM PV ENEM 91 AN LV 01 TE TEOR UN_MIOLO.indb 187 24/01/2019 09:07 MATERIA L D E U SO E XCLU SIV O SIS TEMA D E E NSIN O D OM B OSCO B IO LO G IA 188 E.6. Glândulas endócrinas e hormônios Hipotálamo Hipó�se Suprarrenais Ovários Testículos Pâncreas Timo Glândulas paratireóideas Glândula tireóidea Localização das principais glândulas endócrinas e do pâncreas no corpo humano Glândulas Hormônios Principais ações metabólicas Hipófise anterior (adeno-hipófise) Hormônio de crescimento (somatotropina ou GH) Síntese de proteínas e alongamento ósseo Prolactina Estimula a produção de leite. Hormônio tireotrópico (TSH) Estimula a produção de hormônios pela tireóidea. Adrenocorticotrópico (ACTH) Estimula a produção de hormônios pelo córtex suprarrenal. Folículo-estimulante (FSH) Estimula a maturação dos gametas. Luteinizante (LH) Estimula a produção de hormônio pelas gônadas e provoca o rompimento do folículo ovariano maduro. Hipófise posterior (neuro-hipófise) Ocitocina Provoca as contrações uterinas no parto, promove a contração dos ductos das glândulas mamárias e ejeção de leite. Antidiurético (ADH) Estimula a reabsorção de água pelos túbulos dos néfrons, diminui o volume urinário e concentra a urina. Tireóidea T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) Elevam a taxa metabólica e estimulam os processos de oxidação intracelulares. Calcitocina Estimula a incorporação de cálcio nos ossos e diminui a calcemia. Paratireóideas Paratormônio Mobiliza as reservas de cálcio nos ossos e eleva a calcemia. Medula da suprarrenal Adrenalina e noradrenalina Aceleram o metabolismo e promovema glicogenólise no fígado. Pâncreas Glucagon Mobiliza o glicogênio do fígado e eleva a glicemia. Insulina Estimula a captação de glicose pelas células e diminui a glicemia. 701360214 DB EM PV ENEM 91 AN LV 01 TE TEOR UN_MIOLO.indb 188 24/01/2019 09:07 MATERIA L D E U SO E XCLU SIV O SIS TEMA D E E NSIN O D OM B OSCO