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SISTEMA DE ENSINO DIREITO PREVIDENCIÁRIO Aposentadorias do RGPS Livro Eletrônico 2 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Sumário Aposentadorias do RGPS ............................................................................................................................................4 Classificação dos Benefícios .....................................................................................................................................4 Prestações Previdenciária .........................................................................................................................................5 Aposentadoria por Incapacidade Permanente ...............................................................................................6 Evento Determinante .....................................................................................................................................................6 Beneficiários .......................................................................................................................................................................8 Carência .................................................................................................................................................................................8 Renda Mensal do Benefício ........................................................................................................................................8 Data do Início do Pagamento ....................................................................................................................................9 Observações .................................................................................................................................................................... 10 Aposentadoria Programada ....................................................................................................................................16 Introdução ..........................................................................................................................................................................16 Evento Determinante ...................................................................................................................................................17 Beneficiários ....................................................................................................................................................................23 Carência ..............................................................................................................................................................................23 Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................23 Data de Início do Pagamento ..................................................................................................................................23 Aposentadoria Programada do Professor .....................................................................................................25 Evento Determinante ..................................................................................................................................................25 Beneficiários ....................................................................................................................................................................26 Carência ..............................................................................................................................................................................26 Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................26 Data de Início do Pagamento ..................................................................................................................................27 Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural ......................................................................................... 28 Introdução ......................................................................................................................................................................... 28 Evento Determinante ..................................................................................................................................................29 Beneficiários ....................................................................................................................................................................29 Carência ..............................................................................................................................................................................29 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Renda Mensal do Benefício ..................................................................................................................................... 29 Data de Início do Pagamento ..................................................................................................................................30 Observações ....................................................................................................................................................................30 Aposentadoria por Tempo de Contribuição e por Idade da Pessoa com Deficiência .............32 Evento Determinante ..................................................................................................................................................33 Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................36 Observações ....................................................................................................................................................................37 Aposentadoria Especial ............................................................................................................................................39 Evento Determinante ..................................................................................................................................................39 Beneficiários ....................................................................................................................................................................43 Carência ..............................................................................................................................................................................44 Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................44 Data do Início do Pagamento .................................................................................................................................44 Observações ....................................................................................................................................................................46 Regras de Transição Aplicáveis ao RGPS .......................................................................................................51 Introdução ..........................................................................................................................................................................51 Regra de Transiçãode cál- culo, com acréscimo de 1% para cada ano de contribuição. No caso do segurado especial, a renda mensal do benefício é o valor do salário mínimo. data de iníCio do Pagamento A aposentadoria programada será devida: • Ao segurado empregado, a partir da data do desligamento do emprego, quando reque- rida até 90 dias depois dela; ou a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após os 90 dias do desligamento; • Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentadoria programada. EXEMPLO Imagine um segurado empregado rural que complete 60 anos de idade, tenha a carência neces- sária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o benefício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento. Caso o segurado empregado rural requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa. EXEMPLO Imagine um segurado especial que complete 60 anos de idade e tenha a carência necessária para a concessão da aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro. Nesse caso, o bene- fício sempre será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal regra se aplica, ao contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. oBservações Conforme já mencionado, o art. 48, § 1º da Lei n. 8.213/91 determina que o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Entretanto, cabe o seguinte questionamento: e se, por exemplo, um segurado especial tenha 60 anos de idade, mas não tenha a carência necessária para fins de concessão da aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro, ou seja, não possua 180 meses exer- cendo a atividade rural, ainda que de forma descontínua? O art. 48, § 2º da Lei n. 8.213/91 determina que os trabalhadores rurais que não atendam a carência necessária de 180 contribuições mensais, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher. Tal regra era conhecida como a aposentadoria por idade híbrida do RGPS, a qual era a mo- dalidade de aposentadoria em que era possível contar tanto o tempo exercido em atividade rural, como aquele em atividade urbana. Tal regra não mais se aplica na sua inteireza, pois há que ser feita a sua adaptação para a atual aposentadoria programada, conforme preceitua o item 2.9.2.3 do Ofício SEI Circular n. 64/2019/DIRBEN/INSS, in verbis: 2.9.2.3 A partir da EC n. 103, de 2019, o trabalhador rural ou o garimpeiro que trabalha em regime de economia familiar e que não satisfaçam os requisitos nesta condição, poderão computar os perío- dos de contribuição sob outras categorias de segurado fazendo jus ao benefício, na forma híbrida, a partir do implemento dos requisitos para a aposentadoria programada. Assim sendo, para que um beneficiário faça jus a aposentadoria híbrida, este deverá atingir 62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contri- buição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem. Tal regra, atualmente, está devidamente regulamentada no art. 57 do RPS (Decreto n. 3.048/99), cuja redação foi dada pelo Decreto n. 10.410/20. EXEMPLO Imagine um segurado especial que, ao atingir 60 anos de idade, possua apenas 8 anos exer- cendo a atividade rural, ainda que de forma descontínua. Nessa situação, este segurado não possui a carência necessária para fins de percepção da aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro. Entretanto, este beneficiário já possui 7 anos de atividade urbana, os quais, para fins de uma aposentadoria híbrida, podem ser aproveitados junto com o tempo de atividade rural. Assim sendo, continuando a exercer a sua atividade na condição de segurado especial, ao atingir 65 anos, perfaz todas as condicionantes para fins de percepção de uma aposentado- ria programada (7 anos de atividade urbana e mais 13 anos de atividade rural). Dessa forma, este beneficiário faz jus a aposentadoria híbrida do RGPS. 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Resumo Aposentadoria por idade do trabalhador rural Evento determinante Idade do segurado → Homem – 60 anos; Mulher – 55 anos Beneficiários Trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. Carência 180 CM Renda mensal do benefício 70% x SB + 1% para cada ano de contribuição Início do pagamento Empregado – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER aPosentadoria Por temPo de ContriBuição e Por idade da Pessoa Com defiCiênCia Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o art. 201, § 1º da CF/88 de- terminava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Dessa forma, no intuito de regulamentar o disposto no art. 201, § 1º da CF/88, foi editada a LC n. 142/13, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social – RGPS. Cabe a ressalva que, conforme determina o art. 11 da LC n. 142/13, a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS só entrou em vigor após 6 meses da publicação oficial da citada lei complementar, a qual ocorreu no dia 09/05/2013. Tal benefício foi regula- mentado nos arts. 70-A ao 70-I do RPS. Com a recentereforma da previdência social (EC n. 103/19), a previsão da concessão da aposentadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS na condição de pessoa com deficiên- cia está no art. 201, § 1º, I da CF/88, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei comple- mentar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Ademais, o art. 22 da citada EC determina que, até que lei discipline o inciso I do § 1º do art. 201 da Constituição Federal, a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de Previdência Social será concedida na forma da Lei Complementar n. 142/13, inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios. Dessa forma, passa-se a estudar a citada LC, a qual prevê as aposentadorias por tempo de contribuição e idade para o beneficiário do RGPS na condição de pessoa com deficiência. Importante frisar que, para fins de reconhecimento do direito a citada aposentaria, consi- dera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. evento determinante A concessão da aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade ao segurado que tenha reconhecido, após ter sido submetido a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, grau de deficiência leve, moderada ou grave está condi- cionada à comprovação da condição de pessoa com deficiência na data da entrada do reque- rimento ou na data da implementação dos requisitos para o benefício. A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, cumprida a ca- rência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador avulso, contri- buinte individual e facultativo, observando o segurado que contribui de forma diferenciada, abdicando ao direito se se aposentar por tempo de contribuição, e os seguintes requisitos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência Deficiência Homem Mulher Grave 25 20 Moderada 29 24 Leve 33 28 A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência também se aplica ao segurado especial que contribua, facultativamente, como se fosse um contribuinte individual. A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher. Para efeitos de concessão da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, o segu- rado deve contar com no mínimo 15 anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de pessoa com deficiência, independentemente do grau. Assim, percebe-se, portanto, que a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS nada mais é do que uma redução do tempo de contribuição da antiga aposentadoria por tempo de contribuição e na redução da idade no caso da antiga aposentadoria por idade. Ou seja, no caso da aposentadoria por tempo de contribuição, o tempo de contribuição é mitigado, dependendo do grau da deficiência. No caso de deficiência grave, o tempo de contribuição é mitigado em 10 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribui- ção após 25 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de con- tribuição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 20 anos. No caso de deficiência moderada, o tempo de contribuição é mitigado em 6 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribui- ção após 29 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de con- tribuição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 24 anos. No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição é mitigado em 2 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de con- tribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição após 33 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contri- buição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 28 anos. 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Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade aos 65 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Aposentadoria da pessoa com deficiência Por tempo de contribuição Deficiência grave → Homem – 25 anos e Mulher – 20 anos Deficiência moderada → Homem – 29 anos e Mulher – 24 anos Deficiência leve → Homem – 33 anos e Mulher – 28 anos Por idade Homem – 60 anos e Mulher – 55 anos, independentemente do grau da deficiência Tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, compete à perícia própria do INSS, nos termos de ato conjunto do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Di- reitos Humanos da Presidência da República, dos Ministros de Estado da Previdência Social, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Advogado-Geral da União: • Avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e • Identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos pe- ríodos em cada grau. A comprovação da deficiência anterior à data da vigência da LC n. 142/13 será instruída por documentos que subsidiem a avaliação médica e funcional, vedada a prova exclusivamen- te testemunhal. A avaliação da pessoa com deficiência será realizada para fazer prova dessa condição ex- clusivamente para fins previdenciários. 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O art. 8º da citada LC determina que a renda mensal das aposentadorias devidas ao segu- rado com deficiência será calculada aplicando-se o salário de benefício, apurado em conformi- dade com o disposto no art. 29 da Lei n. 8.213/91. Entretanto, o art. 29 da Lei n. 8.213/91, no que se refere a forma de se apurar o salário de benefício, não foi recepcionado por meio de EC n. 103/19, e, por consequência, está revogado, tendo em vista que o citado dispositivo está incompatível materialmente com o texto da CF/88. Assim sendo, surge a seguinte dúvida: o art. 8º da LC n. 142/13 deve ser aplicado mutatis mutandis com a aplicação do art. 26 da EC n. 103/19, desconsiderando o art. 29 da Lei n. 8.213/91, tendo em vista a sua não recepção, ou, o art. 22 é norma especial, a qual deve prevalecer sobre a regra geral do cálculo do salário de benefício prevista no art. 26 da EC n. 103/19, determinando, por consequência, a aplicação do art. 29 da Lei n. 8.213/91, dando ultratividade a este dispositivo? O Ofício SEI Circular n. 64/2019/DIRBEN/INSS interpretou no sentido do cálculo do bene- fício com base na média prevista no art. 26 da EC n. 103/19, a qual é pior do que a prevista no art. 29 da Lei n. 8.213/91, uma vez que esta considera a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, enquanto que aquela considera a média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados mone- tariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Por ora, adota-se o entendimento exarado pelo INSS. Uma vez adotado o entendimento do INSS, não há mais o que se falar em aplicação do fator previdenciário no cálculo do salário de benefício, em que pese a LC n. 142/13 prever a aplicação do fator previdenciário no caso das aposentadorias por tempo de contribuição e idade da pessoa com deficiência, desde que resulte em renda mensal de valor mais elevado. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 100% sobre tal base de cálculo, no caso da aposentadoria por tempo de contribuição, enquanto que, no caso da apo- sentadoria por idade, uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 70% sobre tal base de cálculo, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Portanto, a renda mensal da aposentadoria por tempo de contribuição é 100% sobre o sa- lário de benefício, enquanto que a renda mensal da aposentadoria por idade é de 70% sobre o salário de benefício, mais 1% a cada grupo de 12 contribuições mensais, até o máximo de 30%. Renda mensal dos benefícios Aposentadoria por tempo de contribuição 100% x SB Aposentadoria por idade 70% + 1% (12CM) x SB oBservações Aplicam-se a pessoa com deficiência: • A contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com defici- ência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente; As regras de pagamento e de recolhimento das contribuições previdenciárias contidas na Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991; As demais normas relativas aos benefícios do RGPS; A percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas na LC n. 142/13. Aplicam-se a pessoa com deficiência Contagem recíproca do tempo de contribuição Regras de pagamento e recolhimento das contribuições previdenciárias da Lei n. 8.212/91 Demais normas relativas aos benefícios do RGPS A percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei n. 8.213/91, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas na LC n. 142/13 O RPS prevê que, se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de deficiência alterado, os parâmetros serão proporcionalmente ajustados, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8213cons.htm 38 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado considerando-se o número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem defici- ência e com deficiência, observado o grau de deficiência correspondente, nos termos do regu- lamento (art. 70-E do RPS). Ademais, quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem de- ficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão (art. 70-E, § 2º do RPS). A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relati- vos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 70-F do RPS). 002. (INSTITUTO AOCP/EBSERH/MÉDICO DO TRABALHO/2015) A Lei Complementar n. 142, de 08 de maio/13, assegura a concessão de aposentadoria pelo Regime Geral de Previ- dência Social ao segurado com deficiência a partir de a) vinte e cinco (25) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave. b) trinta (30) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte (20) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada. c) trinta e cinco (35) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve. d) quarenta (40) anos de tempo de contribuição se homem, e vinte e cinco (25) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve. e) cinquenta (50) anos de idade, se homem, e quarenta e cinco (45) anos, se mulher, indepen- dente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quin- ze) anos, comprovada a existência de deficiência durante igual período. No caso de deficiência grave, o tempo de contribuição é mitigado em 10 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de con- tribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribuição após 25 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de contri- buição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 20 anos. b) Errada. No caso de deficiência moderada, o tempo de contribuição é mitigado em 6 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentarpor tempo de contribuição após 29 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado de contribuição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contri- buição após 24 anos. c) Errada. No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição é mitigado em 2 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribui- ção após 33 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de con- tribuição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 28 anos. d) Errada. No caso de deficiência leve, o tempo de contribuição é mitigado em 2 anos, ou seja, uma vez que o segurado se aposentava por tempo de contribuição após 35 anos de tempo de contribuição, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por tempo de contribui- ção após 33 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por tempo de con- tribuição após 30 anos de tempo de contribuição, irá se aposentar por tempo de contribuição após 28 anos. e) Errada. No caso da aposentadoria por idade, a idade é mitigada em 5 anos em relação a idade da antiga aposentadoria por idade, independentemente do grau da deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de de- ficiência durante igual período. Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade aos 65 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo míni- mo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Letra a. aPosentadoria esPeCial evento determinante Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o art. 201, § 1º da CF/88 de- terminava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Percebe-se, claramente, que a aposentadoria especial era assunto de reserva de lei com- plementar. Tal exigência foi determina pela EC n. 20/98. Entretanto, a aposentadoria especial era prevista nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/91, que é uma mera lei ordinária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Assim sendo, os citados artigos, por serem compatíveis materialmente com a CF/88 foram recepcionados. Entretanto, estes passam a assumir o status normativo que o Poder Constituin- te passou a exigir, ou seja, passaram a ter o status de lei complementar. Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), a previsão da concessão da aposentadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS exposto a agente nocivo está no art. 201, § 1º, II da CF/88, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferen- ciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibili- dade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Tal benefício sofreu uma sensível alteração em relação ao regime jurídico anterior a recen- te reforma da previdência social (EC n. 103/19), pois deixou de exigir apenas tempo efetiva exposição a agente nocivo, para passar a exigir o tempo de efetiva exposição a agente nocivo, cumulado com o atingimento de uma idade mínima, a depender do agente nocivo. Portanto, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), a aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, era devida ao segurado empregado, trabalha- dor avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tivesse trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), a aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, durante, no mínimo, 15, 20 ou 25 anos, nos termos do disposto nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/19, quando cumpridos: • 55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; • 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou • 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Aposentadoria especial 55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição A efetiva exposição a agente prejudicial à saúde configura-se quando, mesmo após a adoção das medidas de controle previstas na legislação trabalhista, a nocividade não seja eliminada ou neutralizada. Considera-se eliminação, a adoção de medidas de controle que efetivamente impossibili- tem a exposição ao agente prejudicial à saúde no ambiente de trabalho; e neutralização, a ado- ção de medidas de controle que reduzam a intensidade, a concentração ou a dose do agente prejudicial à saúde ao limite de tolerância previsto neste Regulamento ou, na sua ausência, na legislação trabalhista. A exposição aos agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou a associa- ção desses agentes, deverá superar os limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou estar caracterizada de acordo com os critérios da avaliação qualitativa previs- tos no RPS. A relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, e da associação desses agentes, con- siderados para fins de concessão de aposentadoria especial, é aquela constante do Anexo IV do RPS. A avaliação qualitativa de riscos e agentesprejudiciais à saúde será comprovada pela descrição: • Das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente ou associação de agentes prejudiciais à saúde presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho; • De todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e • Dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensida- de da exposição, a frequência e a duração do contato. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 42 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Os agentes reconhecidamente cancerígenos para humanos, listados pela Secretaria Espe- cial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, serão avaliados e, caso sejam ado- tadas as medidas de controle previstas na legislação trabalhista que eliminem a nocividade, será descaracterizada a efetiva exposição. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasio- nal nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do coope- rado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Tal regra se aplica aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive ao período de férias, e aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial. A comprovação da efetiva exposição do segurado a agentes prejudiciais à saúde será feita por meio de documento, em meio físico ou eletrônico, emitido pela empresa ou por seu preposto com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Considera-se perfil profissiográfico previdenciário o documento que contenha o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico previdenciário, ou o documento eletrônico que venha a substituí-lo, no qual deverão ser contempladas as ativi- dades desenvolvidas durante o período laboral, garantido ao trabalhador o acesso às informa- ções nele contidas, sob pena de multa por descumprimento de obrigação acessória. O laudo técnico conterá informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual e sobre a sua eficácia e será elaborado com observância às normas editadas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério Economia e aos procedimentos adotados pelo INSS. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a me- todologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figuei- redo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e os procedimentos de avaliação, caberá ao Ministério da Economia indicar outras instituições para estabelecê-los. 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Entretanto, a Lei n. 8.213/91, ao determinar o evento que enseja a concessão da aposen- tadoria especial no art. 57, elenca o segurado como beneficiário, não restringindo o benefício ao segurado empregado, trabalhador avulso e cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. Desta forma, conforme entendimento jurisprudencial, o segurado contribuinte individual, que comprova a exposição permanente a agente nocivo prejudicando à saúde ou à integridade física, faz jus a aposentadoria especial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 44 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Cabe, portanto, mencionar a Súmula 62 do Tribunal Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, que assim dispõe: “O segurado contribuinte individual pode obter reconheci- mento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física.” CarênCia A carência exigida para a concessão da aposentadoria especial é de 180 contribui- ções mensais. renda mensal do BenefíCio O cálculo da aposentadoria especial tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, cor- respondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. Ademais, para a aposentadoria especial em que se exijam 15 anos de contribuição, o acréscimo de 2% será para cada ano que exceder esse tempo, inclusive para o homem. data do iníCio do Pagamento A aposentadoria especial será devida: • Ao segurado empregado, a partir da data do desligamento do emprego, quando reque- rida até 90 dias depois dela; ou a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após os 90 dias do desligamento; • Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. Em relação a data de início do pagamento da aposentadoria especial ao segurado empre- gado, uma dúvida que deve estar surgindo na sua mente: para que a previdência social conceda a aposentadoria especial, o segurado empregado não deve, necessariamente, se desligar da empresa onde trabalha? Não! O segurado tem que, apenas, deixar de exercer a atividade com exposição a agente nocivo. Portanto, é muito diferente da aposentadoria por incapacidade permanente. Quando o se- gurado se aposenta por incapacidade permanente, não pode voltar, voluntariamente, a exercer atividade remunerada, sob pena de cancelamento da aposentadoria a partir do retorno. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brhttps://www.grancursosonline.com.br 45 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Já na aposentadoria especial, o segurado pode voltar a trabalhar. O que não pode é retornar ao trabalho com exposição a agente nocivo. Nessa situação, a previdência social suspende a aposentadoria especial. É suspensão ou cancelamento? Tecnicamente falando, trata-se de suspensão da aposentadoria especial, tendo em vista que o segurado tem um direito adquirido. Portanto, a previdência social apenas não pode ser conivente com o segurado que retorna à atividade com exposição a agente nocivo, uma vez que ela o aposentou para evitar um dano a sua saúde ou a sua integridade física. Portanto, se o segurado aposentado por meio de uma aposentadoria especial retorna ao trabalho com exposição a agente nocivo, suspende-se o benefício previdenciário. Uma vez cessada a exposição, reabre-se a aposentadoria especial. PEGADINHA DA BANCA Entretanto, para fins de prova, leve o entendimento de que o benefício é cancelado, pois, con- forme determina a legislação previdenciária, é vedado que o segurado aposentado por meio de uma aposentadoria especial continue no exercício da atividade ou operação que o sujeite a agentes nocivos, sendo a sua aposentadoria cessada a partir da data do retorno à atividade. Portanto, uma vez que a legislação previdenciária menciona que a aposentadoria especial é cessada, as bancas preparatórias para concurso público seguem a literalidade da norma, sem fazer uma análise técnica do assunto. Atualmente, o RPS, com recente alteração da redação do art. 69, § único, determina que o segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agen- tes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessa- ção do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de 60 dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado. Segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa Será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de 60 dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 46 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentado- ria especial. EXEMPLO Imagine um segurado empregado que complete 25 anos de exposição permanente ao agente nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, tenha 60 anos de idade, tenha a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o benefício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamen- to. Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa. EXEMPLO Imagine um cooperado que complete 25 anos de exposição permanente ao agente nocivo ruído acima do limite de tolerância máximo permitido pela legislação, tenha 60 anos de idade e tenha a carência necessária para a concessão do benefício. Nesse caso, o benefício sempre será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal regra se aplica, ao trabalhador avulso e cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou produção. oBservações Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições espe- ciais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento. Assim, aplica-se, para tal conversão, a seguinte tabela: Tempo a Converter Multiplicadores Para 15 Para 20 Para 25 De 15 anos - 1,33 1,67 De 20 anos 0,75 - 1,25 De 25 anos 0,60 0,80 - O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 47 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado EXEMPLO Imagine, portanto, um segurado que trabalhe em minas de subsolo em frente de produção durante 10 anos (atividade A). Tal atividade permite a concessão da aposentadoria especial após 15 anos de exposição permanente, desde que preenchido o requisito etário mínimo de 55 anos de idade. Demitido dessa atividade, passa a trabalhar no setor de estamparia de uma empresa, exposto de forma permanente ao agente nocivo ruído (atividade B), permanecendo nessa atividade durante 10 anos. Tal exposição permite a concessão da aposentadoria espe- cial após 25 anos de exposição permanente, desde que preenchido o requisito etário mínimo de 60 anos de idade. Perceba que o segurado não completa em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial. Assim, é necessário converter o tempo para somá-los, no intuito de se verificar se o segu- rado tem o direito ou não de se aposentar por meio de uma aposentadoria especial. Demonstra-se o cálculo: • Ativ. A 15 anos 10 anos • Conversão do tempo de 25 anos para 15: • Ativ. B 25 anos 10 anos x 0,6 = 6 anos • Somatório 15 anos 10 + 6 = 16 anos Dessa forma, ao converter o tempo de exposição a agente nocivo que permite a concessão de aposentadoria especial após 25 anos, para tempo de exposição a agente nocivo que permi- te a concessão de aposentadoria especial após 15 anos, verifica-se que o período equivale a 6 anos de exposição. Fazendo o somatório, verifica-se que o período de exposição equivale a 16 anos. Caso esse segurado tenha a idade mínima de 55 anos, poderá se aposentar por meio de uma aposentadoria especial, uma vez que esse já possui o tempo de exposição ao agente no- civo e o requisito etário mínimo para fins de percepção do benefício. Tal regra se mantém hígida, mesmo após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), uma vez que essa se mantém no art. 66 do RPS, mesmo após a sua recente alteração por meio do Decreto n. 10.410/20. A manutenção da citada regra é salutar, pois não há contagem de tempo de contribuição fictício, o que é vedado no ordenamento jurídico, conforme o disposto no art. 201, § 14 do RPS. Na verdade, há uma mera conversão do tempo sob condições especiais em outro tempo sob condições especiais, o qual, conforme dispõe o art. 66, § 3º do RPS, determina que a atividade preponderante será aquela pela qual o segurado tenha contribuído por mais tempo, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria especial e para a conversão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 48 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIOBernardo Machado Mera adoção de parâmetro, sem que o tempo sob condições especiais convertido se torne tempo de contribuição fictício. Já a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade co- mum é vedado no ordenamento jurídico, conforme o disposto no art. 201, § 14 da CF/88, pois trata-se, claramente, de tempo de contribuição fictício. Entretanto, tal conversão ainda é permitida para período anterior a recente reforma da pre- vidência social (EC n. 103/19), conforme o disposto no o art. 25, § 2º da EC n. 103/19, que assim determina: § 2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, vedada a conversão para o tempo cumprido após esta data. Dessa forma, estuda-se a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum, o qual se dá por meio da adoção da seguinte tabela: Tempo a Converter Multiplicador Mulher (30 anos) Homem (35 anos) 15 anos 2,00 2,33 20 anos 1,50 1,75 25 anos 1,20 1,40 EXEMPLO Imagine, portanto, uma segurada que, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), trabalhou em minas de subsolo em frente de produção durante 10 anos (atividade A). Tal atividade permitia a concessão da aposentadoria especial após 15 anos de exposição per- manente. Demitida dessa atividade, passou a trabalhar em uma empresa, não estando mais exposta a agentes nocivos (atividade B), permanecendo nessa atividade durante 15 anos. Perceba que a segurada não completa na atividade em condições especiais o prazo míni- mo exigido para a aposentadoria especial. Assim, é necessário converter o tempo em condições especiais em tempo comum, no in- tuito de saber se a segurada já tem as condições para se aposentar por tempo de contribuição. Demonstra-se o cálculo: • Conversão do tempo de 15 anos para comum: • Ativ. A 15 anos 10 anos x 2,00 = 20 anos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 49 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Ativ. B Comum 15 anos • Somatório Comum 20 + 15 = 35 anos Dessa forma, ao converter o tempo de exposição a agente nocivo que permite a concessão de aposentadoria especial após 15 anos, para tempo comum, verifica-se que o período equiva- le a 20 anos de tempo comum. Fazendo o somatório, verifica-se que a segurada possui 35 anos de tempo de contribuição. Imaginando que, atualmente, essa segurada possua 62 anos de idade, tenha a carência necessária, essa fará jus a aposentadoria programada, aproveitando o tempo de exposição a agente nocivo antes da reforma da previdência social (EC n. 103/19), tendo como renda men- sal do benefício o valor de 100% do seu salário de benefício. É importante frisar que a conversão do tempo especial em comum é permitida apenas para períodos trabalhados até a EC n. 103/19, não sendo devida para períodos trabalhados após esta data, ou seja, após 13/11/2019. Portanto, faz-se necessário saber a forma de conversão do tempo, no intuito de aplicá-la para períodos anteriores a reforma da previdência social. Conversão do tempo antes da EC n. 103/19 Especial para especial SIM Especial para comum SIM Comum para especial NÃO Conversão do tempo após a EC n. 103/19 Especial para especial SIM Especial para comum NÃO Comum para especial NÃO O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 50 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Resumo Aposentadoria especial Evento determinante Exposição permanente à agente nocivo, durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física + requisito etário mínimo Beneficiários Empregado, trabalhador avulso e cooperado Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher e para a aposentadoria especial em que se exijam 15 anos de contribuição, inclusive para o homem Início do pagamento Empregado – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER 003. (FCC/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2012) João recebe aposentadoria especial no Regime Geral de Previdência Social. Nessa situação, José a) não poderá retornar ao mercado de trabalho. b) não poderá retornar a função que ocupava anteriormente à aposentadoria. c) gozará de isenção da contribuição previdenciária se retornar ao mercado de trabalho. d) está inválido para o exercício da atividade laborativa. e) deve provar o nexo de causalidade entre o agente nocivo e o trabalho desempenhado. 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A primeiro grande reforma ocorreu por meio da EC n. 20/98, mais conhecida como 1ª re- forma da previdência social brasileira. A citada reforma altera diversos pontos em relação aos regimes básicos de previdência social, ou seja, essa 1ª grande reforma alterou regras tanto em relação aos RPPS (art. 40 da CF/88), quanto em relação ao RGPS (art. 201 da CF/88). A segunda grande reforma ocorreu por meio da EC n. 41/03, modificando, quase que exclu- sivamente, regras acerca dos RPPS. Por fim, atualmente, estamos convivendo com a recente reforma da previdência social, a qual ocorreu por meio de EC n. 103/19. Trata-se da 3ª grande reforma da previdência social brasileira, a qual, sem sombra de dúvidas, é a que mais altera aspectos relativos aos RPPS dos servidores públicos efetivos e ao RGPS. Diante de substanciais alterações em relação às regras aplicáveis aos regimes básicos de previdência social (RGPS e RPPS), faz-se necessária a criação de regras transitórias, que são disciplinas especiais criadas em face de um novo regime jurídico proposto, visando garantir a segurança jurídica das relações, definindo o direito aplicável a certos casos e permitindo a adaptação das situações. Ademais, é consolidado o entendimento do STF no sentido de inexistência de direito ad- quirido a regime jurídico previdenciário e da aplicação do princípio tempus regit actum nas relações previdenciárias. O STF entende não haver direito que possa se mostrar como adqui- rido antes de se cumprirem os requisitos imprescindíveis à aposentadoria, cujo regime cons- titucional pode vir a ser modificado. Portanto, nãohá óbice ao Poder Constituinte Derivado Reformador para alterar os critérios que ensejam o direito à aposentadoria por meio de nova elaboração constitucional ou de fazê-las aplicar aos que ainda não atenderam aos requisitos fixados pela norma constitucional. Portanto, o intuito das regras transitórias é suavizar os impactos das novas regras impos- tas no novo regime jurídico proposto, evitando frustrar o direito daqueles beneficiários que não possuem o direito adquirido, mas apenas uma mera expectativa de direito. As regras transitórias aplicáveis aos beneficiários do RGPS estão previstas no art. 15, 16, 17, 18, 20 e 21 da EC n. 103/19. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 52 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Tais regras transitórias aplicam-se aos segurados filiados ao RGPS até a data da entrada em vigor da EC n. 103/19. Vamos, a partir de agora, estudar as citadas regras transitórias aplicáveis aos beneficiá- rios do RGPS! regra de transição 1 – art. 15 da eC n. 103/19 A primeira regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 15 da EC n. 103/19. Atualmente, tal regra de transição está devidamente regulamentada no art. 188-I do RPS, o qual apenas acrescenta a necessidade de que o beneficiário tenha cumprido a carência de 180 contribuições mensais. No caso do(a) professor(a), a citada regra de transição está devi- damente regulamentada no art. 188-M do RPS. Ademais, a citada regra de transição é a antiga aposentadoria por tempo de contribuição com pontuação mínima. Assim, ao segurado filiado ao RGPS até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguin- tes requisitos: • 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e • Somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem. A partir de 01/01/2020, a citada pontuação será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atin- gir o limite de 100 pontos, se mulher, e de 105 pontos, se homem. É importante frisar que a idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos. Para o professor que comprovar exclusivamente 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem, em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, será equivalente a 81 pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem, aos quais serão acrescidos, a partir de 1º de janeiro de 2020, 1 ponto a cada ano para o homem e para a mulher, até atingir o limite de 92 pontos, se mulher, e 100 pontos, se homem. A renda mensal do benefício concedido com base no art. 15 da EC n. 103/19 será apurada na forma da lei. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 15 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 53 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático. EXEMPLO Imagine um segurado filiado ao RGPS com 32 anos de TC e 57 anos de idade na data da publi- cação da EC n. 103/19. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no art. 15 da EC n. 103/19? Primeiramente, o beneficiário precisa completar o TC necessário, que, no caso, são 35 anos. Isso irá ocorrer em 2022, quando o beneficiário terá 35 anos de TC e 60 anos de idade. Anali- sando a regra do somatório, em 2022, percebe-se que é necessário atingir 99 de pontuação. Entretanto, o beneficiário possui, em 2022, apenas 95 pontos. Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art. 15 da EC n. 103/19, apenas serão preenchidas em 2026, quando o beneficiário terá 39 anos de TC e 64 anos de idade, e o somatório do TC e a idade atingirá a pontuação 103, que é a pontu- ação necessária em 2026. Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentadoria será de 98% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 3.920,00. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 54 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Regra de transição prevista no art. 15 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Somatório da idade e do TC 86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem A partir de 01/01/2020, a pontuação será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atingir o limite de 100 pontos, se mulher, e de 105 pontos, se homem Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher regra de transição 2 – art. 16 da eC n. 103/19 A segunda regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 16 da EC n. 103/19. Atualmente, tal regra de transição está devidamente regulamentada no art. 188-J do RPS, o qual apenas acrescenta a necessidade de que o beneficiário tenha cumprido a carência de 180 contribuições mensais. No caso do(a) professor(a), a citada regra de transição está devi- damente regulamentada no art. 188-N do RPS. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 55 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Ademais, a citada regra de transição é a antiga aposentadoria por tempo de contribuição com idade mínima. Assim, ao segurado filiado ao RGPS até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguin- tes requisitos: • 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e • Idade de 56 anos, se mulher, e 61 anos, se homem. A partir de01/01/2020, a idade será acrescida de 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem. Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o tempo de contribuição e a idade serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 1º de janeiro de 2020, acrescidos 6 me- ses, a cada ano, às idades previstas, até atingirem 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem. A renda mensal do benefício concedido com base no art. 16 da EC n. 103/19 será apurada na forma da lei. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 16 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático. EXEMPLO Imagine um segurado filiado ao RGPS com 33 anos de TC e 59 anos de idade na data da publi- cação da EC n. 103/19. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no art. 16 da EC n. 103/19? Primeiramente, o beneficiário precisa completar o TC necessário e a idade necessária, que, no caso, são 35 anos de TC e 61 anos de idade. Isso irá ocorrer em 2021, quando o beneficiário terá 35 anos de TC e 61 anos de idade. Analisando a regra da idade, em 2021, percebe-se que é necessário atingir 62 anos. Entretanto, o beneficiário possui, em 2021, apenas 61 anos de idade. Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art. 16 da EC n. 103/19, apenas serão preenchidas em 2023, quando o beneficiário terá 37 anos de TC e 63 anos de idade, que é a idade necessária em 2023. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 56 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentadoria será de 94% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 3.760,00. Regra de transição prevista no art. 16 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Idade 61 anos, se homem, e 56 anos, se mulher A partir de 01/01/2020, a idade será acrescida de 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade, se mulher, e de 65 anos de idade, se homem Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher regra de transição 3 – art. 17 da eC n. 103/19 A terceira regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 17 da EC n. 103/19. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 57 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Atualmente, tal regra de transição está devidamente regulamentada no art. 188-K do RPS, o qual apenas acrescenta a necessidade de que o beneficiário tenha cumprido a carência de 180 contribuições mensais. Ademais, a citada regra de transição é a antiga aposentadoria por tempo de contribuição com período adicional (pedágio). Assim, ao segurado filiado ao RGPS até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguin- tes requisitos: • Mais de 28 anos de tempo de contribuição até a EC n. 103/19, para a mulher, e 33 anos, para o homem; • 30 de tempo de contribuição, se mulher, e 35 anos, se homem; e • Cumprimento de período adicional corresponde a 50% do tempo de contribuição que faltava ao requerente para atingir os 30 anos de tempo de contribuição, se mulher, ou os 35, se homem, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19. O benefício concedido nos termos da presente regra de transição terá seu valor apurado de acordo com a média aritmética simples dos salários de contribuição calculada na forma da lei, multiplicada pelo fator previdenciário, calculado na forma do disposto nos §§ 7º a 9º do art. 29 da Lei n. 8.213/91. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 17 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, multiplicado pelo fator previdenciário. Nesse momento, cabe uma breve explicação acerca do famigerado fator previdenciário. Durante a tramitação da proposta da Emenda Constitucional n. 20/98, a aposentadoria no RGPS teria a atrelação do tempo de contribuição e idade. Assim, o segurado se aposentaria de forma voluntária por tempo de contribuição no RGPS, tendo o homem 35 anos de tempo de contribuição e idade de 60 anos, enquanto que a mulher teria 30 anos de tempo de contribuição e idade de 55 anos. Entretanto, tal proposta não foi aprovada, ficando a regra que se estudava antes do atual regime jurídico previdenciário, o qual foi implementado por meio da EC n. 103/19, ou seja, o homem se aposentava por tempo de contribuição no RGPS tendo 35 anos de tempo de con- tribuição, enquanto que a mulher se aposentava tendo 30 anos de tempo de contribuição. Tal período era mitigado (reduzido) em 5 anos para o professor(a) que comprovasse exclusiva- mente tempo de efetivo exercício da função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 58 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Além da aposentadoria por tempo de contribuição, o homem podia se aposentar por idade no RGPS tendo 65 anos, enquanto que a mulher se aposentava por idade tendo 60 anos. Essa idade era reduzida em 5 anos para os trabalhadores rurais (regra ainda aplicável no atual regi- me jurídico). Assim, o governo, por meio de um ato infraconstitucional (Lei n. 9.876/98), criou o fator previdenciário, ou seja, na verdade, atrelou o tempo de contribuição do segurado a sua idade. Enfim, passa-se a estudar o fator previdenciário, no intuito de entender a presente regra de transição! O fator previdenciário é calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuição do segurado ao se aposentar, mediantea fórmula: Onde: f = fator previdenciário; Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; Id = idade no momento da aposentadoria; e a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. Variáveis utilizadas no fator previdenciário Idade Expectativa de sobrevida Tempo de contribuição A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria é obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. Uma vez que a tábua de mortalidade utilizada leva em consideração a média nacional úni- ca para ambos os sexos, para efeito da aplicação do fator previdenciário ao tempo de contri- buição do segurado serão adicionados: • Cinco anos, quando se tratar de mulher; ou • Cinco ou dez anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 59 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Variável tempo de contribuição Mulher + 5 anos Professor + 5 anos Professora + 10 anos Perceba que o fator previdenciário, ao considerar a expectativa de sobrevida como variável a ser utilizada no cálculo no denominador, faz com que o benefício previdenciário do segurado piore ano após ano, tendo em vista que a expectativa de sobrevida do brasileiro, conforme ta- bela de mortalidade publicada pelo IBGE, aumenta a cada ano. Assim, imagine em 1999, ano da implementação do cálculo do salário de benefício, utili- zando o fator previdenciário, um segurado com 60 anos de idade e 35 anos de tempo de con- tribuição. Nessa época, o seu fator previdenciário era 1, ou seja, demonstrando a atrelação do tempo de contribuição a idade do segurado. Esse mesmo segurado, atualmente, teria o seu fator previdenciário de 0,8166. Ou seja, caso o atual regime jurídico ainda aplicasse o fator previdenciário e a média aritmética sim- ples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, fosse no valor de R$ 2.000,00, ao ser aplicado o fator previden- ciário, o seu salário de benefício seria de R$ 1.633,24. Enfim... Conforme mencionado, pelo novo regime jurídico implementado pela EC n. 103/19, não há mais a aplicação do fator previdenciário no cálculo do salário de benefício. Entretanto, o tema ainda precisa ser estudado, no intuito de entender a regra de transição prevista no art. 17 da EC n. 103/19. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 100% sobre o salário de benefício. Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático. EXEMPLO Imagine um segurado filiado ao RGPS com 33 anos de TC na data da publicação da EC n. 103/19. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no art. 17 da EC n. 103/19? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 60 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Primeiramente, o beneficiário precisa completar o TC necessário, que, no caso, são 35 anos de TC. Isso irá ocorrer em 2021, quando o beneficiário terá 35 anos de TC. Entretanto, o beneficiá- rio ainda precisa cumprir o pedágio que é o período adicional correspondente a 50% do tempo que, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir 35 anos. Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art. 17 da EC n. 103/19, apenas serão preenchidas em 2022, quando o beneficiário terá 36 anos de TC (35 anos + 50% dos 2 anos que faltavam para atingir os 35 anos na data da entrada em vigor da EC n. 103/19). Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, já considerando a aplicação do fator previdenciário, a renda mensal da sua aposentadoria será de 100% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 4.000,00. Regra de transição prevista no art. 17 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 e que contem com mais de 28 anos de TC, se mulher, e 33 anos de TC, se homem Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Pedágio 50% do tempo que, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir 30 anos de TC, se mulher, e 35 anos de TC, se homem. Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, multiplicado pelo fator previdenciário. Renda Mensal do Benefício 100% x SB O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 61 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado regra de transição 4 – art. 18 da eC n. 103/19 A quarta regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 18 da EC n. 103/19. Atualmente, tal regra de transição está devidamente regulamentada no art. 188-H do RPS, o qual apenas acrescenta a necessidade de que o beneficiário tenha cumprido a carência de 180 contribuições mensais. Ademais, a citada regra de transição é a antiga aposentadoria por idade. Assim, ao segurado filiado ao RGPS até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguin- tes requisitos: • 60 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem; e • 15 anos de contribuição, para ambos os sexos. A partir de 01/01/2020, a idade de 60 anos da mulher será acrescida em 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade. A renda mensal do benefício concedido com base no art. 18 da EC n. 103/19 será apurada na forma da lei. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 18 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático. EXEMPLO Imagine um segurado filiado ao RGPS com 10 anos de TC e 59 anos de idade na data da publi- cação da EC n. 103/19. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria,1 – Art. 15 da EC n. 103/19 ............................................................................................52 Regra de Transição 2 – Art. 16 da EC n. 103/19 ...........................................................................................54 Regra de Transição 3 – Art. 17 da EC n. 103/19 ...........................................................................................56 Regra de Transição 4 – Art. 18 da EC n. 103/19 ............................................................................................61 Regra de Transição 5 – Art. 20 da EC n. 103/19 ..........................................................................................62 Regra de Transição 6 – Art. 21 da EC n. 103/19 ...........................................................................................65 Resumo ...............................................................................................................................................................................66 Questões de Concurso – Lista I ............................................................................................................................ 79 Gabarito .............................................................................................................................................................................. 88 Gabarito Comentado ................................................................................................................................................... 89 Questões de Concurso – Lista II ........................................................................................................................109 Gabarito ............................................................................................................................................................................120 Gabarito Comentado ..................................................................................................................................................121 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado APOSENTADORIAS DO RGPS Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, inicia-se o estudo acerca das prestações previdenci- árias em espécie (benefícios concedidos e serviços prestados pelo INSS). Assim, estudam-se a classificação dos benefícios, o rol de prestações previdenciárias, a aposentadoria por inca- pacidade permanente, a aposentadoria programada, a aposentadoria por idade do trabalhador rural e do garimpeiro, a aposentadoria especial, as aposentadorias da pessoa com deficiência segurada do RGPS e as regras transitórias aplicáveis aos beneficiários do RGPS, as quais estão previstas na recente reforma da previdência social (EC n. 103/19). ClassifiCação dos BenefíCios Os benefícios previdenciários podem ser classificados da seguinte forma: • Quanto ao tempo; • Quanto aos destinatários; • Quanto ao risco social de acidente do trabalho; e • Quanto à natureza. Quanto ao tempo, os benefícios podem ser de prestação instantânea, de prestação peri- ódica e de prestação continuada. Os benefícios de prestação instantânea são pagos em cota única (atualmente, não existem no RGPS). Os benefícios de prestação periódica são pagos por um número determinado de competências, como é o caso do salário-maternidade. Já os benefícios de prestação continuada são mantidos sem prazo determinado. A maior parte dos benefícios previdenciários é de prestação continuada. Quanto aos destinatários, os benefícios são devidos aos segurados e os benefícios são devidos aos dependentes. Entende-se melhor essa divisão no próximo tópico a ser estudado. Quanto ao risco social de acidente do trabalho, os benefícios são comuns, também conhe- cidos como benefícios previdenciários propriamente ditos e benefícios acidentários. Os bene- fícios acidentários são aqueles decorrentes de acidentes do trabalho. Todos os benefícios são encontrados na versão comum. Entretanto, na versão acidentária tem-se apenas: aposentado- ria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), auxílio-acidente e pensão por morte. Conforme preceitua o art. 118 da Lei n. 8.213/91, o segurado que sofreu acidente do traba- lho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário (atualmente, leia-se, auxílio por incapacidade temporária acidentário), independentemente de percepção de auxílio-acidente. Tal estabilidade tem a natureza de ser provisória. Ou seja, o segurado possui a estabilida- de. Entretanto, ele pode ser mandado embora por justo motivo (justa causa), nos termos do art. 482 da CLT. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Quanto à natureza, os benefícios podem ser remuneratórios (substituidores) e indeniza- tórios (complementares). Tal explicação já foi dada, no estudo da renda mensal do benefício. Classificação dos benefícios Quanto ao tempo Prestação instantânea Prestação periódica Prestação continuada Quanto aos destinatários Segurados Dependentes Quanto ao risco social de acidente do trabalho Benefício comum Benefício acidentário Quanto à natureza Remuneratório Indenizatório Prestações PrevidenCiária Estudam-se, a partir de agora, quais são as prestações previdenciárias e quem tem acesso a essas prestações. Lembrando que as prestações previdenciárias são gênero, sendo as suas espécies os be- nefícios e serviços. Benefícios são prestações em dinheiro, enquanto que os serviços são uti- lidades prestadas pela previdência social, sem caráter pecuniário. Para facilitar o estudo, visualiza-se por meio de esquemas ilustrativos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Segurados Aposentadoria por incapacidade permanente Aposentadoria programada Aposentadoria programada do professor Aposentadoria por idade do trabalhador rural Aposentadoria especial Aposentadorias da pessoa com deficiência Auxílio por incapacidade temporária Auxílio-acidente Salário-família Salário-maternidade Dependentes Pensão por morte Auxílio-reclusão Segurados e Dependentes Reabilitação profissional aPosentadoria Por inCaPaCidade Permanente evento determinante A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.brcom base no art. 18 da EC n. 103/19? Primeiramente, o beneficiário precisa completar a idade necessária, que, no caso, são 65 anos de idade, bem como tem que ter o tempo mínimo de 15 anos de contribuição. Isso irá ocorrer em 2025, quando o beneficiário terá 65 anos de idade, bem como 16 anos de tempo de contri- buição. Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art. 18 da EC n. 103/19, serão preenchidas em 2025, quando o beneficiário terá 65 anos de idade e 16 anos de TC. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 62 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentadoria será de 60% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 2.400,00. Regra de transição prevista no art. 18 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Idade 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher A partir de 01/01/2020, a idade de 60 anos da mulher será acrescida de 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade Tempo de Contribuição 15 anos, para ambos os sexos Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher regra de transição 5 – art. 20 da eC n. 103/19 A quinta regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 20 da EC n. 103/19. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 63 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Atualmente, tal regra de transição está devidamente regulamentada no art. 188-L do RPS, o qual apenas acrescenta a necessidade de que o beneficiário tenha cumprido a carência de 180 contribuições mensais. No caso do(a) professor(a), a citada regra de transição está devi- damente regulamentada no art. 188-O do RPS. A citada regra de transição é a antiga aposentadoria por tempo de contribuição com idade mínima e período adicional (pedágio). Assim, ao segurado filiado ao RGPS até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19, fica assegurado o direito à aposentadoria quando forem preenchidos, cumulativamente, os seguin- tes requisitos: • 57 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem; • 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem; e • O período adicional corresponde a 100% do tempo de contribuição que faltava ao re- querente para atingir os 30 anos de tempo de contribuição, se mulher, ou os 35 anos de tempo de contribuição, se homem, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19. Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio serão reduzidos, para ambos os sexos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição em 5 anos. A renda mensal do benefício concedido com base no art. 20 da EC n. 103/19 será apurada na forma da lei. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 20 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 100% sobre o salário de benefício. Uma vez vista a regra, vamos entendê-la por meio de um caso prático. EXEMPLO Imagine um segurado filiado ao RGPS com 30 anos de TC e 50 anos de idade na data da publi- cação da EC n. 103/19. Com base na situação hipotética narrada, quando o citado beneficiário irá completar todos os requisitos para fins de percepção de aposentadoria, com base no art. 20 da EC n. 103/19? Primeiramente, o beneficiário precisa completar o TC necessário e a idade necessária, que, no caso, são 35 anos de TC e 60 anos de idade. Isso irá ocorrer em 2029, quando o beneficiário terá 40 anos de TC e 60 anos de idade. Entretanto, o beneficiário precisa cumprir o pedágio que é o período adicional correspondente ao tempo que, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição, ou seja, o tempo que faltaria para atingir 35 anos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 64 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Assim sendo, todas as condições, para fins de aplicação da regra de transição prevista no art. 20 da EC n. 103/19, serão preenchidos em 2029, quando o beneficiário, conforme já mencio- nado, terá 40 anos de TC (35 anos + 100% dos 5 anos que faltavam para atingir os 35 anos na data da entrada em vigor da EC n. 103/19) e 60 anos de idade. Imaginando que o seu SB seja no valor de R$ 4.000,00, a renda mensal da sua aposentadoria será de 100% de R$ 4.000,00, ou seja, a renda mensal da sua aposentadoria será no valor de R$ 4.000,00. Regra de transição prevista no art. 20 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Idade 60 anos, se homem, e 57 anos, se mulher Pedágio Período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data da entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 100% x SB O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 65 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado regra de transição 6 – art. 21 da eC n. 103/19 A sexta regra de transição aplicável aos beneficiários do RGPS está prevista no art. 21 da EC n. 103/19. Atualmente, tal regra transitória está devidamente regulamentada no art. 188-P do RPS. A citada regra de transição é a aposentadoria especial com pontuação mínima. Dessa forma, para a aposentadoria especial, o segurado filiado até a data da entrada em vigor da EC n. 103/19 poderá se aposentar quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de: • 66 pontos e 15 anos de efetiva exposição; • 76 pontos e 20 anos de efetiva exposição; e • 86 pontos e 25 anos de efetiva exposição. A renda mensal do benefício concedidocom base no art. 21 da EC n. 103/19 será apurada na forma da lei. Assim sendo, o cálculo da aposentadoria prevista no art. 18 da EC n. 103/19 tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contri- buição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. Chegamos ao fim da parte teórica da nossa Aula 08. Faça com atenção os exercícios pro- postos, pois são uma ferramenta valiosa para a fixação do conteúdo. Bons estudos e até a nossa próxima aula. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 66 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado RESUMO • Classificação dos benefícios previdenciários: Classificação dos benefícios Quanto ao tempo Prestação instantânea Prestação periódica Prestação continuada Quanto aos destinatários Segurados Dependentes Quanto ao risco social de acidente do trabalho Benefício comum Benefício acidentário Quanto à natureza Remuneratório Indenizatório O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 67 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Prestações previdenciárias e quem tem acesso a essas prestações: Segurados Aposentadoria por incapacidade permanente Aposentadoria programada Aposentadoria programada do professor Aposentadoria por idade do trabalhador rural Aposentadoria especial Aposentadorias da pessoa com deficiência Auxílio por incapacidade temporária Auxílio-acidente Salário-família Salário-maternidade Dependentes Pensão por morte Auxílio-reclusão Segurados e Dependentes Reabilitação profissional O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 68 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Aposentadoria por incapacidade permanente: Aposentadoria por incapacidade permanente Evento determinante Incapacidade permanente do segurado para o trabalho Beneficiários Todos os segurados Carência Regra geral, 12 CM 0 CM – acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e, após filiação do segurado ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher 100% x SB, quando decorrente de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. Início do pagamento Empregado – 16º dia, se requerida em até 30 dias. Após 30 dias, DER Demais segurados – incapacidade, se requerida em até 30 dias. Após 30 dias, DER O aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite máximo legal. • Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 69 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que de- sempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade tem- porária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados; e • Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual ha- bitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recu- peração da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. • Aposentadoria Programada: Aposentadoria programada Evento determinante Idade do beneficiário → Homem – 65 anos e Mulher – 62 anos + TC do beneficiário → Homem – 20 anos e Mulher – 15 anos Beneficiários Todos os segurados Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher Início do pagamento Empregado/Doméstico – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 70 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Aposentadoria Programada do Professor: Aposentadoria programada do professor Evento determinante Idade do beneficiário → Professor – 60 anos e Professora – 57 anos + TC exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio → 25 anos Beneficiários Professor(a) Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher Início do pagamento Desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 71 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural: Aposentadoria por idade do trabalhador rural Evento determinante Idade do segurado → Homem – 60 anos; Mulher – 55 anos Beneficiários Trabalhadores rurais e para os queexerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. Carência 180 CM Renda mensal do benefício 70% x SB + 1% para cada ano de contribuição Início do pagamento Empregado – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER • Aposentadorias por Tempo de Contribuição e Idade da Pessoa com Deficiência: Aposentadoria da pessoa com deficiência Por tempo de contribuição Deficiência grave → Homem – 25 anos e Mulher – 20 anos Deficiência moderada → Homem – 29 anos e Mulher – 24 anos Deficiência leve → Homem – 33 anos e Mulher – 28 anos Por idade Homem – 60 anos e Mulher – 55 anos, independentemente do grau da deficiência Tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 72 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Renda mensal dos benefícios Aposentadoria por tempo de contribuição 100% x SB Aposentadoria por idade 70% + 1% (12CM) x SB Aplicam-se a pessoa com deficiência Contagem recíproca do tempo de contribuição Regras de pagamento e recolhimento das contribuições previdenciárias da Lei n. 8.212/91 Demais normas relativas aos benefícios do RGPS A percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei n. 8.213/91, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas na LC n. 142/13 • Aposentadoria Especial: Aposentadoria especial Evento determinante Exposição permanente à agente nocivo, durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física + requisito etário mínimo Beneficiários Empregado, trabalhador avulso e cooperado Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher e para a aposentadoria especial em que se exijam 15 anos de contribuição, inclusive para o homem Início do pagamento Empregado – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 73 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Regra de Transição 1 – Art. 15 da EC n. 103/19 Regra de transição prevista no art. 15 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Somatório da idade e do TC 86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem A partir de 01/01/2020, a pontuação será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atingir o limite de 100 pontos, se mulher, e de 105 pontos, se homem Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher • Para o professor que comprovar exclusivamente 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem, em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, será equivalente a 81 pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem, aos quais serão acrescidos, a partir de 1º de janeiro de 2020, 1 ponto a cada ano para o homem e para a mulher, até atingir o limite de 92 pontos, se mulher, e 100 pontos, se homem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 74 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Regra de Transição 2 – Art. 16 da EC n. 103/19 Regra de transição prevista no art. 15 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Somatório da idade e do TC 86 pontos, se mulher, e 96 pontos, se homem A partir de 01/01/2020, a pontuação será acrescida a cada ano de 1 ponto, até atingir o limite de 100 pontos, se mulher, e de 105 pontos, se homem Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher • Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o tempo de con- tribuição e a idade serão reduzidos em 5 anos, sendo, a partir de 1º de janeiro de 2020, acrescidos 6 meses, a cada ano, às idades previstas, até atingirem 57 anos, se mulher, e 60 anos, se homem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 75 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Regra de Transição 3 – Art. 17 da EC n. 103/19 Regra de transição prevista no art. 17 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 e que contem com mais de 28 anos de TC, se mulher, e 33 anos de TC, se homem Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Pedágio 50% do tempo que, na data de entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir 30 anos de TC, se mulher, e 35 anos de TC, se homem. Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, multiplicado pelo fator previdenciário. Renda Mensal do Benefício 100% x SB O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 76 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Regra de Transição 4 – Art. 18 da EC n. 103/19 Regra de transição prevista no art. 18 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Idade 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher A partir de 01/01/2020, a idade de 60 anos da mulher será acrescidade 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade Tempo de Contribuição 15 anos, para ambos os sexos Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 77 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Regra de Transição 5 – Art. 20 da EC n. 103/19 Regra de transição prevista no art. 20 da EC n. 103/19 Beneficiários Segurados filiados ao RGPS antes da EC n. 103/19 Tempo de Contribuição 35 anos, se homem, e 30 anos, se mulher Idade 60 anos, se homem, e 57 anos, se mulher Pedágio Período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data da entrada em vigor da EC n. 103/19, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição Carência 180 CM Base de Cálculo (SB) Média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Renda Mensal do Benefício 100% x SB • Para o professor que comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio serão reduzidos, para ambos os sexos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição em 5 anos. • Regra de Transição 6 – Art. 21 da EC n. 103/19 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 78 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado • Para a aposentadoria especial, o segurado filiado até a data da entrada em vigor da EC n. 103/19 poderá se aposentar quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de: − 66 pontos e 15 anos de efetiva exposição; − 76 pontos e 20 anos de efetiva exposição; e − 86 pontos e 25 anos de efetiva exposição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 79 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I Cespe 001. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/2018) O RGPS garan- te aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por in- capacidade permanente. 002. (ESAF/MTE/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/2009) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência Social têm direito à luz da Lei n. 8.213/91: a) Aposentadoria por tempo de contribuição b) Auxílio por incapacidade temporária c) Auxílio-acidente d) Aposentadoria por incapacidade permanente e) Pensão por morte 003. (CESPE/CEBRASPE/PGE-MS/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Marília aposentou-se pelo RGPS em 2019. No ano seguinte, sofreu acidente vascular cerebral que a deixou em esta- do vegetativo, necessitando de cuidados permanentes de outra pessoa. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Marília tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme pre- visto na Lei n. 8.213/1991, independentemente da espécie de sua aposentadoria. b) Marília não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, porque sua concessão restringe-se aos segurados que estejam em atividade quando da ocorrência de grande invalidez. c) Caso lhe seja concedido o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, Marília terá seu benefício reajustado, mesmo que ele já tenha atingido o limite legal. d) Marília não terá direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria caso tenha- -se aposentado por invalidez. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 80 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado e) Caso seja concedido a Marília o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, con- forme previsto na Lei n. 8.213/1991, o valor correspondente será incorporado ao seu benefício e não será reajustado em caso de aumento, por consistir em parcela indenizatória. 004. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICI- PAL/2019) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente. Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade. 005. (CESPE/CEBRASPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – SERVIÇO SOCIAL/2019) Vilma, de cinquenta e seis anos de idade, casada, bióloga, convive com o HIV há trinta e dois anos. Jaime, seu marido, de sessenta e sete anos de idade, aposentou-se por invalidez há dez anos, em decorrência de infecção pelo HIV. Participam regularmente de uma roda de conversa que acontece no serviço de saúde em que retiram a medicação antirretroviral. Nesse espaço, fa- lam dos desafios enfrentados após o diagnóstico, a exemplo de uma exoneração de cargo de chefia que Vilma sofreu após compartilhar o diagnóstico de HIV com um superior no trabalho. Em razão dessa situação e por recearem sofrer discriminação e afastamento de outros conhe- cidos, amigos ou familiares, ela e o esposo não querem que mais pessoas saibam dos seus diagnósticos, exceto a filha do casal, Léa, com trinta e três anos de idade. Considerando essa situação hipotética bem como as disposições da Declaração dos Direi- tos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, da Lei n. 13.847/2019 e da Lei n. 12.984/2014, julgue os itens que se seguem. Jaime deve passar por perícia médica a cada dois anos para que sua aposentadoria por inva- lidez não seja suspensa. 006. (CESPE/PGE-PE/PROCURADOR DO ESTADO/2018) No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição ao RGPS na condição de segurada emprega- da, Maria sofreu acidente de trabalho, o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais. Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo. Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta. a) Maria terá direito à aposentadoria especial. b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso independe de carência.c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho, será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 81 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa, sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo. 007. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS – DEMAIS ÁREAS/2018) Um segurado, contri- buinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de a) auxílio por incapacidade temporária, desde que não seja a referida doença preexistente à data de filiação ao RGPS. b) aposentadoria por incapacidade permanente, bastando a ele para tal atender à carência exigida em lei. c) auxílio por incapacidade temporária, a contar do décimo sexto dia do afastamento da ati- vidade, desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para o trabalho. d) aposentadoria por incapacidade permanente, cuja renda mensal corresponderá a 91% do salário de benefício. e) aposentadoria por incapacidade permanente, se for constatada a incapacidade total e per- manente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. 008. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – AUDITORIA DE CONTAS PÚ- BLICAS/2017) O item a seguir, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social. Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma em- presa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumpri- do o tempo mínimo de carência. 009. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – SERVIÇO SOCIAL/2016) Roberto, em- pregado na empresa Silva & Silva Ltda. há mais de um ano e oito meses, da qual recebe salário mensal equivalente a um salário mínimo, deverá afastar-se do trabalho por quatro meses em função de um problema cardíaco atestado em perícia do INSS. Caso, após seu afastamento do trabalho, Roberto não recupere a saúde, e se comprove a sua in- capacidade absoluta para o trabalho, o INSS poderá conceder-lhe aposentadoria por invalidez. 010. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de traba- lho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 82 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por invalidez. Representada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a apo- sentadoria por invalidez. Nessa situação hipotética, a) segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é prescindível para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. b) a data de início do benefício da aposentadoria por invalidez será a data da juntada aos autos do laudo pericial em juízo. c) caso Jeane necessite de assistência permanente de outra pessoa, o valor da aposentadoria será acrescido de 25%, ainda que o valor do benefício atinja o limite máximo. d) se for considerada apta para outro tipo de trabalho pela previdência social, a despeito de sua situação cultural e econômica, Jeane não terá direito à aposentadoria por invalidez. e) a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxí- lio-acidente. 011. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL FEDERAL – CARGO 10/2013) Um empregado de uma empresa de construção civil que atuou na desmontagem de estruturas metálicas móveis apre- sentou fraturas espontâneas em três vértebras dorsais, causadas por tuberculose óssea. Após alguns meses de afastamento do trabalho, usufruindo do auxílio-doença, o empregado foi apo- sentado por invalidez. Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. Em face da gravidade do caso, o empregado em questão faz jus ao recebimento do auxílio-a- cidente e, no caso de a perícia médica constatar que ele necessita assistência permanente de outra pessoa, seu benefício será majorado em 30%. 012. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL FEDERAL – CARGO 10/2013) Um empregado de uma empresa de construção civil que atuou na desmontagem de estruturas metálicas móveis apre- sentou fraturas espontâneas em três vértebras dorsais, causadas por tuberculose óssea. Após alguns meses de afastamento do trabalho, usufruindo do auxílio-doença, o empregado foi apo- sentado por invalidez. Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. A aposentadoria desse trabalhador deverá ser revista pela perícia médica do INSS a cada dois anos, para que seja avaliada a persistência de sua incapacidade laborativa. Se seis anos após o início do afastamento o empregado for considerado apto para o trabalho, terá direito a con- tinuar recebendo o valor do benefício por um período, independentemente de seu retorno à atividade. 013. (CESPE/DPF/DELEGADO/2013) Em virtude de agravamento de doença, Maria, que exer- ceu por vinte anos, como empregada de uma fábrica de roupas, a função de costureira, foi considerada incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade que lhe garantisse a subsistência, tendo sido aposentada por invalidez. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 83 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Caso Maria comprove necessitar de assistência permanente de outra pessoa, ela fará jus ao valor da aposentadoria por ela recebida acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o teto de pa- gamento de benefícios do RGPS, acréscimo que cessará com sua morte, visto que não é incor- porável ao valor da pensão a ser paga a seus dependentes. 014. (CESPE/TRT – 17ª REGIÃO-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA- LIADOR/2013) Julgue os itens seguintes, relativos aos benefícios do regime geral de previdên- cia social. Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o direito de obter a aposentadoria por invalidez. 015. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2012) Caso um segurado empregado, em seu primeiro dia no emprego, em virtude de acidente, se torne definitivamente incapaz para o tra- balho, ele terá direito à aposentadoria por invalidez, ainda que não tenha recolhido nenhuma contribuição para o RGPS, mas somente poderá exercer tal direito após o gozo de auxílio-doen- ça préviodurante o período mínimo de quinze dias. 016. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2012) A concessão do be- nefício previdenciário de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, não sendo admissível ao requerente desse benefício fazer-se acompanhar, no momento do exame, de médico por ele remunerado. 017. (CESPE/TRT – 10ª REGIÃO – DF E TO/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MAN- DADOS/2013) O item a seguir apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário. Pedro, segurado da previdência social, foi dado como incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Nessa situação, tendo sido cum- prida a carência exigida, Pedro terá direito à aposentadoria por invalidez após o gozo de, no mínimo, dois anos de auxílio-doença. 018. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2008) A aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho é equi- valente a 100% do salário-de-benefício e seu pagamento cessará com o retorno voluntário do aposentado ao trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 84 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 019. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Rui sofreu grave acidente que o deixou incapaz para o trabalho, não havendo qualquer condição de reabilitação, conforme exa- me médico pericial realizado pela previdência social. Nessa situação, Rui não poderá receber imediatamente o benefício de aposentadoria por invalidez, pois esta somente lhe será conce- dida após o período de doze meses relativo ao auxílio-doença que Rui já esteja recebendo. 020. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício cancelado imediatamente. 021. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentado- ria por invalidez será cassado a partir da data desse retorno. 022. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) José perdeu a mão direita em grave acidente ocorrido na fábrica em que trabalhava, e, por isso, foi aposentado por invalidez. Nessa situação, José não tem o direito de receber o adicional de 25% pago aos segurados que ne- cessitam de assistência permanente, já que ele pode cuidar de si apenas com uma das mãos. 023. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Flávia possuía doença degenerativa ao filiar-se ao Regime Geral da Previdência Social. Após cinco anos de filiação, a doença de Flávia agravou- -se, causando incapacidade para o trabalho, insuscetível de reabilitação. Nessa situação, Flá- via não terá direito à aposentadoria por invalidez. 024. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Felipe, desde a sua filiação ao Regime Geral da Pre- vidência Social, sempre contribuiu com base no valor máximo do salário-de-contribuição. Em 17 de agosto de 2005, Felipe aposentou-se por invalidez, passando a necessitar de assistência permanente de enfermeira. Nessa situação, o valor da aposentadoria de Felipe será acres- cido de 25%. 025. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Henrique, titular de firma individual urbana, aposen- tou-se por invalidez, em 10 de março de 2004, em virtude de doença incapacitante. No entanto, em dezembro de 2005, Henrique foi submetido a exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, no qual foi constatada sua recuperação total. Nessa situação, o benefício da aposenta- doria por invalidez cessará imediatamente. 026. (CESPE/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2010) É vedada a adoção de requisitos e crité- rios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades que, exercidas sob condições espe- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 85 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado ciais, prejudiquem a saúde ou a integridade física, e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 027. (IBADE/IPERON-RO/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA – ASSISTENTE SOCIAL/2017) A Lei Complementar n. 142, de 8 de maio de 2013, ao regulamentar a aposentadoria da pessoa com deficiência estatuiu que: a) a aposentadoria ocorre com 30 anos de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mu- lher, no caso de segurado com deficiência moderada. b) a pessoa com deficiência pode se aposentar com 25% de desconto no tempo mínimo de contribuição. c) tem direito à aposentadoria o segurado com deficiência após 52 anos de idade e 20 anos de contribuição, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 10 (dez) anos. d) no caso de segurado com deficiência grave o direito à aposentadoria é garantido após 15 anos de contribuição. e) independentemente do grau de deficiência tem direito à aposentadoria o segurado aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, desde que cumprido tempo míni- mo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. 028. (FEPESE/IPREV/ADVOGADO – AUTÁRQUICO/2013) De acordo com a Constituição da República de 1988, a aposentadoria especial depende: a) de regulamentação por meio de lei complementar, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. b) de edição de decreto regulamentar para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física c) de edição de lei ordinária para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência. d) de definição por meio de lei complementar para os casos de atividades exercidas sob con- dições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. e) autorização legislativa, por meio de resolução do congresso nacional, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. 029. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/2015) Conforme entendimento do STF, o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente no- civo à sua saúde, de modo que, se o equipamento de proteção individual for realmente capaz O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 86 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentado- ria especial. 030. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir. A aposentadoria especial será devida apenas ao segurado que tiver trabalhado por, pelo me- nos, vinte e cinco anos sujeito a condições especiais que lhe prejudiquem a saúde ou a integri- dade física. 031. (CESPE/MTE/AFT/2013) Para o cálculo dos valores dos benefícios previdenciários, são consideradosos salários de contribuição, sendo, no caso da aposentadoria especial, contabi- lizados os trinta e seis últimos salários, corrigidos monetariamente. 032. (CESPE/SERPRO/ANALISTA – GESTÃO DE PESSOAS/2013) Para fins de obtenção de aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve comprovar a exposição efetiva aos agentes nocivos por meio do perfil profissiográfico previdenciário, documento que deve ser emitido pela empresa ou por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições am- bientais do trabalho. 033. (CESPE/AGU/PROCURADOR/2010) De acordo com entendimento da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, para fins de aposen- tadoria especial, o uso de equipamento de proteção individual, no caso de exposição a ruído, apenas descaracterizará o tempo de serviço especial prestado se houver a eliminação da in- salubridade. 034. (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR DO ESTADO/2009) João é empregado de uma grande mineradora e trabalha exposto a agentes nocivos prejudiciais à saúde, assim definidos em lei. A referida relação de emprego resultou na sua primeira filiação ao RGPS. Após 10 anos de efetivo serviço nessas condições, João foi eleito dirigente sindical, ficando afastado de suas atribuições para se dedicar exclusivamente à atividade de representante de seus pares. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito do instituto da aposen- tadoria especial. a) Em regra, o período de carência para a aposentadoria especial é de 120 contribuições mensais. b) Não se considera como especial o tempo de trabalho laborado com exposição a ruídos, ain- da que para simples conversão em tempo comum. c) A alíquota da contribuição sobre a remuneração dos segurados a cargo da empresa em que João trabalha será majorada em relação a todos os empregados e não apenas em relação à remuneração daqueles expostos a condições especiais. d) O segurado que obteve o benefício de aposentadoria especial após 15 anos de serviço pode- rá retornar ao mercado de trabalho para o desempenho de atividade que o exponha a agentes nocivos, podendo cumular nova aposentadoria após o mesmo prazo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 87 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado e) Durante o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, João não terá esse tempo contado para fins de aposentadoria especial. 035. (CESPE/SEMAD-ARACAJU/PROCURADOR MUNICIPAL/2008) O trabalhador de empre- sa de conservação e limpeza que presta serviços a diversos hospitais e que recebe adicional de insalubridade, por, eventualmente, manter contato com lixo hospitalar de natureza tóxica, tem direito a aposentar-se com tempo reduzido de contribuição, já que trabalha em condições especiais prejudiciais a sua saúde. 036. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. Nessa situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico previdenciário, documento emitido pela empresa em que trabalha e embasado no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove as condições para habi- litação de benefícios previdenciários especiais. 037. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Leandro, segurado da previdência social, recebe adicional de periculosidade da empresa em que trabalha. Nessa situação, a con- dição de Leandro é suficiente para que ele esteja habilitado ao recebimento de aposentadoria especial, cujo tempo de contribuição é mitigado. 038. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2008) Lucas é beneficiário de aposenta- doria especial em razão de ter trabalhado exposto a agentes nocivos durante um período que, de acordo com a lei pertinente, lhe garantiu o referido direito. Nessa situação, as despesas relativas ao pagamento da aposentadoria de Lucas devem ser custeadas com recursos arre- cadados pela cobrança do seguro de acidente de trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 88 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado GABARITO 1. e 2. e 3. c 4. C 5. E 6. b 7. e 8. E 9. C 10. c 11. E 12. C 13. C 14. C 15. E 16. E 17. E 18. C 19. E 20. E 21. C 22. C 23. E 24. C 25. E 26. C 27. e 28. d 29. C 30. E 31. E 32. C 33. E 34. e 35. E 36. C 37. E 38. E O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 89 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado GABARITO COMENTADO 001. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO/2018) O RGPS ga- rante aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por in- capacidade permanente. O RGPS garante aos segurados: i) aposentadoria por incapacidade permanente; ii) aposentado- ria programada; iii) aposentadoria programada do professor; iv) aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro; v) aposentadoria especial; vi) aposentadoria por tempo de contribuição e por idade da pessoa com deficiência; vii) auxílio por incapacidade temporária; viii) salário-famí- lia; ix) salário-maternidade e x) auxílio-acidente. Ademais, o RGPS garante aos dependentes: i) pensão por morte e ii) auxílio-reclusão. Por fim, o RGPS garante aos segurados e dependentes o serviço de reabilitação profissional. Letra e. 002. (ESAF/MTE/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/2009) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência Social têm direito à luz da Lei n. 8.213/91: a) Aposentadoria por tempo de contribuição b) Auxílio por incapacidade temporária c) Auxílio-acidente d) Aposentadoria por incapacidade permanente e) Pensão por morte Apenas a pensão por morte e o auxílio-reclusão são benefícios concedidos aos dependentes. Todos os demais benefícios previdenciários são concedidos para os segurados (após a recen- te reforma da previdência social (EC n. 103/19), regra geral, deixa de existir a aposentadoria por tempo de contribuição, sendo esta devida apenas quando decorrente de direito adquirido ou decorrente de regras de transição). Cabe ressaltar que existe uma prestação previdenciária (serviço) que tanto os segurados quanto os seus dependentes têm acesso, que é a reabilitação profissional. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 90 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 003. (CESPE/CEBRASPE/PGE-MS/PROCURADOR DO ESTADO/2021) Marília aposentou-se pelo RGPS em 2019. No ano seguinte, sofreu acidente vascular cerebral que a deixou em esta- dovegetativo, necessitando de cuidados permanentes de outra pessoa. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Marília tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme pre- visto na Lei n. 8.213/1991, independentemente da espécie de sua aposentadoria. b) Marília não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, porque sua concessão restringe-se aos segurados que estejam em atividade quando da ocorrência de grande invalidez. c) Caso lhe seja concedido o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, Marília terá seu benefício reajustado, mesmo que ele já tenha atingido o limite legal. d) Marília não terá direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria caso tenha- -se aposentado por invalidez. e) Caso seja concedido a Marília o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, con- forme previsto na Lei n. 8.213/1991, o valor correspondente será incorporado ao seu benefício e não será reajustado em caso de aumento, por consistir em parcela indenizatória. O acréscimo de 25% da aposentadoria por incapacidade permanente é devido ainda que o va- lor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. a) Errada. O acréscimo de 25% do valor da aposentadoria restringe-se à aposentadoria por in- capacidade permanente, não sendo extensivo a outras espécies de aposentadorias do RGPS. b) Errada. O acréscimo de 25% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente será concedido ainda que a necessitada permanente de uma outra pessoa ocorra após a conces- são da citada aposentadoria. d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa, sendo restrito a aposentadoria por incapacidade permanente. e) Errada. O acréscimo de 25% da aposentadoria por incapacidade permanente não é incor- porado ao benefício, sendo devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. Letra c. 004. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICI- PAL/2019) Acerca dos benefícios previdenciários, julgue o item subsequente. Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 91 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Conforme preceitua o art. 46 da Lei n. 8.213/91, o aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Certo. 005. (CESPE/CEBRASPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – SERVIÇO SOCIAL/2019) Vilma, de cinquenta e seis anos de idade, casada, bióloga, convive com o HIV há trinta e dois anos. Jaime, seu marido, de sessenta e sete anos de idade, aposentou-se por invalidez há dez anos, em decorrência de infecção pelo HIV. Participam regularmente de uma roda de conversa que acontece no serviço de saúde em que retiram a medicação antirretroviral. Nesse espaço, fa- lam dos desafios enfrentados após o diagnóstico, a exemplo de uma exoneração de cargo de chefia que Vilma sofreu após compartilhar o diagnóstico de HIV com um superior no trabalho. Em razão dessa situação e por recearem sofrer discriminação e afastamento de outros conhe- cidos, amigos ou familiares, ela e o esposo não querem que mais pessoas saibam dos seus diagnósticos, exceto a filha do casal, Léa, com trinta e três anos de idade. Considerando essa situação hipotética bem como as disposições da Declaração dos Direi- tos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, da Lei n. 13.847/2019 e da Lei n. 12.984/2014, julgue os itens que se seguem. Jaime deve passar por perícia médica a cada dois anos para que sua aposentadoria por inva- lidez não seja suspensa. Com a entrada em vigor da Lei n. 13.847/19, a Lei n. 8.213/91, especificamente no seu art. 43, § 5º, passou a prever que a pessoa com HIV/aids fica isenta do exame médico-pericial. Errado. 006. (CESPE/PGE-PE/PROCURADOR DO ESTADO/2018) No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição ao RGPS na condição de segurada emprega- da, Maria sofreu acidente de trabalho, o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais. Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo. Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta. a) Maria terá direito à aposentadoria especial. b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso independe de carência. c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho, será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 92 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa, sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo. No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente, tendo em vista a incapacidade permanente para o exercício de atividades laborais. Entretanto, nesse caso, o benefício será concedido independentemente de carência, uma vez que é decorrente de um acidente de qualquer natureza ou causa. a) Errada. No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente, tendo em vista a incapacidade permanentemente para o exercício de atividades laborais. A aposentadoria especial tem como evento determinante a exposição permanente do segurado a agente nocivo durante 15, 20, ou 25 anos, prejudicando a sua saúde ou integridade física, cumulado com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição. c) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa. d) Errada. Maria terá o prazo decadencial de 10 anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será paga, enquanto a condição de incapacidade permanecer. Logo, uma vez cessada a incapacidade, regra geral, o benefício dei- xará de ser concedido. Letra b. 007. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS – DEMAIS ÁREAS/2018) Um segurado, contri- buinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de a) auxílio por incapacidade temporária, desde que não seja a referida doença preexistente à data de filiação ao RGPS. b) aposentadoria por incapacidade permanente, bastando a ele para tal atender à carência exigida em lei. c) auxílio por incapacidade temporária,a contar do décimo sexto dia do afastamento da ati- vidade, desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para o trabalho. d) aposentadoria por incapacidade permanente, cuja renda mensal corresponderá a 91% do salário de benefício. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 93 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado e) aposentadoria por incapacidade permanente, se for constatada a incapacidade total e per- manente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. No caso em comento, o segurado será aposentado por incapacidade permanente, se for cons- tatada a incapacidade total e permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. a) Errada. É possível ser concedido benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade tem- porária e aposentadoria por incapacidade permanente) decorrente de doença preexistente à data da filiação ao RGPS, quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agra- vamento dessa doença ou lesão. b) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanen- te, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especifica- das em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira espe- cificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é zero. No caso em comento, o mal de Parkinson é uma doença prevista na lista elaborada, sendo, por consequência, concedido o benefício por incapacidade, independente- mente de carência. c) Errada. No caso de incapacidade permanente para o trabalho, o benefício a ser concedido é a aposentadoria por incapacidade permanente e não o auxílio por incapacidade temporária. d) Errada. A renda mensal da aposentadoria por incapacidade permanente é de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso do homem, e 15 anos de contribuição, no caso da mulher, sobre o salário de benefício. Entretanto, quando a aposentadoria por incapacidade permanente for decorrente de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho, a renda mensal do benefício consiste em 100% do salário de benefício. Letra e. 008. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – AUDITORIA DE CONTAS PÚ- BLICAS/2017) O item a seguir, apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de benefício previdenciário e contribuição para o RGPS e regime próprio de previdência social. Flávio, que nunca havia contribuído para o RGPS, foi contratado como empregado de uma em- presa privada. No quinto dia de trabalho, ao conduzir sua bicicleta rumo ao seu emprego, Flávio foi atropelado por um veículo, o que o deixou absolutamente incapacitado. Nessa situação, Flávio não terá direito à aposentadoria por invalidez concedida pelo RGPS, por não ter cumpri- do o tempo mínimo de carência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 94 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos ca- sos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doen- ças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdên- cia Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é zero. No caso em comento, por ser um acidente de qualquer natureza ou causa, a aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposenta- doria por invalidez) será concedida, independentemente de carência. Errado. 009. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – SERVIÇO SOCIAL/2016) Roberto, em- pregado na empresa Silva & Silva Ltda. há mais de um ano e oito meses, da qual recebe salário mensal equivalente a um salário mínimo, deverá afastar-se do trabalho por quatro meses em função de um problema cardíaco atestado em perícia do INSS. Caso, após seu afastamento do trabalho, Roberto não recupere a saúde, e se comprove a sua in- capacidade absoluta para o trabalho, o INSS poderá conceder-lhe aposentadoria por invalidez. Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário! Certo. 010. (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de traba- lho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por invalidez. Representada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a apo- sentadoria por invalidez. Nessa situação hipotética, a) segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é prescindível para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. b) a data de início do benefício da aposentadoria por invalidez será a data da juntada aos autos do laudo pericial em juízo. c) caso Jeane necessite de assistência permanente de outra pessoa, o valor da aposentadoria será acrescido de 25%, ainda que o valor do benefício atinja o limite máximo. d) se for considerada apta para outro tipo de trabalho pela previdência social, a despeito de sua situação cultural e econômica, Jeane não terá direito à aposentadoria por invalidez. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 95 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado e) a aposentadoria por invalidez requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxí- lio-acidente. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) será acres- cida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa, ainda que o valor ultrapasse o limite máximo legal. a) Errada. Em regra, segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é necessário para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. A conclusão do STJ a respeito desse tema é que falta interesse de agir. Isso porque a negativa ou a omissão do INSS em resposta administrativa ao pedido de concessão do benefício previdenciário são as situações que criam a crise de inadimplemento que assola o direito, o que gerará a necessidade recorrer ao Poder Judiciário, o interesse de agir. Cabe apenas ressaltar que há casos em que o reque- rimento administrativo feito ao INSS é prescindível, notadamente quando o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado. b) Errada. Conformeentendimento jurisprudencial, se devidamente comprovada a data inicial da incapacidade pelo perito médico judicial, a data da concessão do benefício deverá ser fixa- da desde esta data, nos casos em que for posterior à DER. O magistrado somente poderá fixar a data de início do benefício na data da perícia quando não for possível ao perito atestar da data do início da incapacidade. Ademais, conforme Súmula 576 do STJ, ausente requerimento administrativo no INSS (notadamente quando o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado), o termo inicial para a implantação da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) concedida judicialmente será a data da citação válida. d) Errada. Súmula 47 da TNU: “Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposenta- doria por invalidez.” e) Errada. O auxílio-acidente não pode ser acumulado com aposentadoria, tendo em vista que o auxílio-acidente entra no cálculo do salário de benefício da aposentadoria “como se fosse” salário de contribuição. Letra c. 011. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL FEDERAL – CARGO 10/2013) Um empregado de uma empresa de construção civil que atuou na desmontagem de estruturas metálicas móveis apre- sentou fraturas espontâneas em três vértebras dorsais, causadas por tuberculose óssea. Após alguns meses de afastamento do trabalho, usufruindo do auxílio-doença, o empregado foi apo- sentado por invalidez. Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 96 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Em face da gravidade do caso, o empregado em questão faz jus ao recebimento do auxílio-a- cidente e, no caso de a perícia médica constatar que ele necessita assistência permanente de outra pessoa, seu benefício será majorado em 30%. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) será acres- cida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa, ainda que o valor ultrapasse o limite máximo legal. Errado. 012. (CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL FEDERAL – CARGO 10/2013) Um empregado de uma empresa de construção civil que atuou na desmontagem de estruturas metálicas móveis apre- sentou fraturas espontâneas em três vértebras dorsais, causadas por tuberculose óssea. Após alguns meses de afastamento do trabalho, usufruindo do auxílio-doença, o empregado foi apo- sentado por invalidez. Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. A aposentadoria desse trabalhador deverá ser revista pela perícia médica do INSS a cada dois anos, para que seja avaliada a persistência de sua incapacidade laborativa. Se seis anos após o início do afastamento o empregado for considerado apto para o trabalho, terá direito a con- tinuar recebendo o valor do benefício por um período, independentemente de seu retorno à atividade. Ainda que seja um segurado empregado, quando a recuperação ocorrer após o período de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: i) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; ii) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e iii) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Certo. 013. (CESPE/DPF/DELEGADO/2013) Em virtude de agravamento de doença, Maria, que exer- ceu por vinte anos, como empregada de uma fábrica de roupas, a função de costureira, foi considerada incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de qualquer atividade que lhe garantisse a subsistência, tendo sido aposentada por invalidez. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Caso Maria comprove necessitar de assistência permanente de outra pessoa, ela fará jus ao valor da aposentadoria por ela recebida acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o teto de pa- gamento de benefícios do RGPS, acréscimo que cessará com sua morte, visto que não é incor- porável ao valor da pensão a ser paga a seus dependentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 97 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Perfeita a afirmativa! A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistên- cia permanente de outra pessoa, ainda que o valor ultrapasse o limite máximo legal. Tal acrés- cimo é personalíssimo, ou seja, o valor não é incorporado a pensão por morte. Assim, quando o segurado falece, o acréscimo cessa, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. Certo. 014. (CESPE/TRT – 17ª REGIÃO-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVA- LIADOR/2013) Julgue os itens seguintes, relativos aos benefícios do regime geral de previdên- cia social. Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indivíduo o direito de obter a aposentadoria por invalidez. Perfeita a afirmativa! A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamen- to dessa doença ou lesão. Certo. 015. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2012) Caso um segurado empregado, em seu primeiro dia no emprego, em virtude de acidente, se torne definitivamente incapaz para o tra- balho, ele terá direito à aposentadoria por invalidez, ainda que não tenha recolhido nenhuma contribuição para o RGPS, mas somente poderá exercer tal direito após o gozo de auxílio-doen- ça prévio durante o período mínimo de quinze dias. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) pode ser precedida ou não de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Assim, caso o perito médico da previdência social verifique a incapacidade permanente do segurado para o trabalho, aposenta-o por incapacidade permanente de imediato, não necessitando colocá-lo em gozo do auxílio por incapacidade temporária para, posteriormente, aposentá-lo por incapa- cidade permanente. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 98 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 016. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2012) A concessão do be- nefício previdenciário de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, não sendo admissível ao requerente desse benefício fazer-se acompanhar, no momento do exame, de médico por ele remunerado.https://www.grancursosonline.com.br 7 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Portanto, o evento determinante da aposentadoria por incapacidade permanente é justa- mente a incapacidade permanente do segurado. A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente dependerá da verificação da condição de incapacidade por meio de exame médico-pericial a cargo da Perícia Médica Federal, de modo que o segurado possa, às suas expensas, ser acompanhado por médico de sua confiança. É importante ressaltar que a aposentadoria por incapacidade permanente pode ser pre- cedida ou não de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Assim, caso o perito médico da previdência social verifique a incapacidade permanente do segurado para o trabalho, aposenta-o por incapacidade permanente de imediato, não necessitando colocá-lo em gozo do auxílio por incapacidade temporária para, posteriormente, aposentá-lo por incapa- cidade permanente. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por incapacidade permanente, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. O segurado aposentado por incapacidade permanente poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente, sob pena de suspensão do benefício. O segurado aposentado por incapacidade permanente está obrigado, sob pena de sus- pensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamen- te, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. Ou seja, ainda que o perito médico da previdência social determine intervenção cirúrgica ou transfusão de sangue para o segurado, tais procedimentos são facultativos, não podendo o benefício previdenciário ser suspenso, tendo em vista a negativa do segurado a se submeter a tais procedimentos. Entretanto, para os demais procedimentos (exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, tratamento dispensado gra- tuitamente), a negativa do segurado a se submeter faz com que o benefício previdenciário seja suspenso. Entretanto, o aposentado por incapacidade permanente está isento do exame após completar: • 55 anos ou mais de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da apo- sentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a precedeu; ou • 60 anos de idade. Com a entrada em vigor da Lei n. 13.847/19, a Lei n. 8.213/91, especificamente no seu art. 43, § 5º, passou a prever uma outra hipótese de isenção do exame médico-pericial. Tal previ- são contempla a pessoa com HIV/aids, a qual fica dispensada do citado exame. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado A isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades: • Verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício; • Verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposenta- do ou pensionista que se julgar apto • Subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela. O aposentado por incapacidade permanente, ainda que tenha implementado as condições para estar isento de novos exames médicos-periciais, será submetido a tal exame quando necessário para apuração de fraude. A Perícia Médica Federal terá acesso aos prontuários médicos do segurado registrados no Sistema Único de Saúde – SUS, desde que haja anuência prévia do periciado e seja garantido o sigilo sobre os seus dados. O atendimento domiciliar e hospitalar é assegurado pela Perícia Médica Federal e pelo ser- viço social ao segurado com dificuldade de locomoção, quando o seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade, lhe impuser ônus desproporcional e indevido. BenefiCiários Todos os segurados têm acesso à aposentadoria por incapacidade permanente. CarênCia A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente, re- gra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natu- reza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefí- cio é zero. renda mensal do BenefíCio O cálculo da aposentadoria por incapacidade permanente tem como base de cálculo o sa- lário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, e 15 anos de contribuição, no caso da mulher, sobre o salário de benefício. Entretanto, quando a aposentadoria por incapacidade permanente for decorrente de aci- dente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho, a renda mensal do benefí- cio consiste em 100% do salário de benefício. data do iníCio do Pagamento Para estudar a data de início do pagamento da aposentadoria por incapacidade permanen- te, é necessário fazer uma divisão, pois o benefício pode ser precedido ou não de auxílio por incapacidade temporária. Caso o benefício seja precedido de auxílio por incapacidade temporária, a data de início do pagamento será o dia seguinte à cessação do auxílio por incapacidade temporária. Entretanto, caso o benefício não seja precedido de auxílio por incapacidade temporária, a data de início do pagamento será: • Ao segurado empregado a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; • Ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, espe- cial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de inca- pacidade permanente, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentadoria por incapacidade permanente quando o benefício não é precedido de auxílio por incapacidade temporária. EXEMPLO Imagine um segurado empregado que sofre um acidente e fica incapacitado de forma perma- nente para o trabalho. Assim, caso requeiraA concessão de aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invali- dez) dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. Errado. 017. (CESPE/TRT – 10ª REGIÃO – DF E TO/ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MAN- DADOS/2013) O item a seguir apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário. Pedro, segurado da previdência social, foi dado como incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Nessa situação, tendo sido cum- prida a carência exigida, Pedro terá direito à aposentadoria por invalidez após o gozo de, no mínimo, dois anos de auxílio-doença. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) pode ser precedida ou não de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Assim, caso o perito médico da previdência social verifique a incapacidade permanente do segurado para o trabalho, aposenta-o por incapacidade permanente de imediato, não necessitando colocá-lo em gozo do auxílio por incapacidade temporária para, posteriormente, aposentá-lo por incapa- cidade permanente. Errado. 018. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2008) A aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho é equi- valente a 100% do salário-de-benefício e seu pagamento cessará com o retorno voluntário do aposentado ao trabalho. A renda mensal da aposentadoria por incapacidade permanente, no caso de acidente do tra- balho, é 100% sobre o salário de benefício. Ademais, conforme preceitua o art. 46 da Lei n. 8.213/91, o aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à ativida- de terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 99 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 019. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Rui sofreu grave acidente que o deixou incapaz para o trabalho, não havendo qualquer condição de reabilitação, conforme exa- me médico pericial realizado pela previdência social. Nessa situação, Rui não poderá receber imediatamente o benefício de aposentadoria por invalidez, pois esta somente lhe será conce- dida após o período de doze meses relativo ao auxílio-doença que Rui já esteja recebendo. A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) pode ser precedida ou não de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Assim, caso o perito médico da previdência social verifique a incapacidade permanente do segurado para o trabalho, aposenta-o por incapacidade permanente de imediato, não necessitando colocá-lo em gozo do auxílio por incapacidade temporária para, posteriormente, aposentá-lo por incapa- cidade permanente. Errado. 020. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Moacir, aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recusa-se a submeter-se a tratamento cirúrgico por meio do qual poderá recuperar sua capacidade laborativa. Nessa situação, devido à recusa, Moacir terá seu benefício cancelado imediatamente. Os procedimentos de intervenção cirúrgica ou transfusão de sangue determinados para o se- gurado são facultativos, não podendo o benefício previdenciário ser suspenso, tendo em vista a negativa do segurado a se submeter a tais procedimentos. Errado. 021. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Daniel, aposentado por invalidez, retornou à sua atividade laboral voluntariamente. Nessa situação, o benefício da aposentado- ria por invalidez será cassado a partir da data desse retorno. Perfeita a afirmativa! Conforme preceitua o art. 46 da Lei n. 8.213/91, o aposentado por invali- dez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cance- lada, a partir da data do retorno. Certo. 022. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) José perdeu a mão direita em grave acidente ocorrido na fábrica em que trabalhava, e, por isso, foi aposentado por invalidez. Nessa situação, José não tem o direito de receber o adicional de 25% pago aos segurados que ne- cessitam de assistência permanente, já que ele pode cuidar de si apenas com uma das mãos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 100 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado O gabarito inicial da questão foi “errado”, sendo alterado, após os recursos para “certo”. O adi- cional de 25% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) é pago aos segurados, observando-se a relação constante no Anexo I do Decreto n. 3.048/99. Conforme se verifica no Anexo I, a perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível, enseja a concessão do acréscimo de 25% do valor da aposenta- doria por incapacidade permanente. Entretanto, a perda de apenas uma das mãos, quando o segurado não tem a incapacidade permanente para as atividades da vida diária, não enseja a concessão do acréscimo de 25% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente. Certo. 023. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Flávia possuía doença degenerativa ao filiar-se ao Regime Geral da Previdência Social. Após cinco anos de filiação, a doença de Flávia agravou- -se, causando incapacidade para o trabalho, insuscetível de reabilitação. Nessa situação, Flá- via não terá direito à aposentadoria por invalidez. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá di- reito à aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Portanto, no caso em comento, como a doença foi agravada pelo exercício da atividade remunerada, Flávia fará jus a aposentadoria por incapacidade permanente. Errado. 024. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Felipe, desde a sua filiação ao Regime Geral da Pre- vidência Social, sempre contribuiu com base no valor máximo do salário-de-contribuição. Em 17 de agosto de 2005, Felipe aposentou-se por invalidez, passando a necessitar de assistência permanente de enfermeira. Nessa situação, o valor da aposentadoria de Felipe será acres- cido de 25%. Perfeita a afirmativa! A aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistên- cia permanente de outra pessoa, ainda que o valor ultrapasse o limite máximo legal. Certo. 025. (CESPE/IPAJM/ADVOGADO/2006) Henrique, titular de firma individual urbana, aposen- tou-se por invalidez, em 10 de março de 2004, em virtude de doença incapacitante. No entanto, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 101 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado em dezembro de 2005, Henrique foi submetido a exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, no qual foi constatadasua recuperação total. Nessa situação, o benefício da aposenta- doria por invalidez cessará imediatamente. No caso do contribuinte individual, quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposenta- doria por invalidez) ou do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade perma- nente. No caso em comento, como há mais 1 ano completo após a incapacidade e a recupera- ção foi total, o benefício será concedido ainda por 1 mês. Errado. 026. (CESPE/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2010) É vedada a adoção de requisitos e crité- rios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades que, exercidas sob condições espe- ciais, prejudiquem a saúde ou a integridade física, e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Perfeita a afirmativa! Literalidade do art. 201, § 1º da CF/88 na época da questão! Cumpre ape- nas informar que o citado dispositivo teve a sua redação alterada pela recente reforma da pre- vidência social, a qual foi implementada pela EC n. 103/19, passando a ter a seguinte redação: É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distin- tos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (i) com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissio- nal e interdisciplinar; (ii) cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Certo. 027. (IBADE/IPERON-RO/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA – ASSISTENTE SOCIAL/2017) A Lei Complementar n. 142, de 8 de maio de 2013, ao regulamentar a aposentadoria da pessoa com deficiência estatuiu que: a) a aposentadoria ocorre com 30 anos de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mu- lher, no caso de segurado com deficiência moderada. b) a pessoa com deficiência pode se aposentar com 25% de desconto no tempo mínimo de contribuição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 102 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado c) tem direito à aposentadoria o segurado com deficiência após 52 anos de idade e 20 anos de contribuição, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 10 (dez) anos. d) no caso de segurado com deficiência grave o direito à aposentadoria é garantido após 15 anos de contribuição. e) independentemente do grau de deficiência tem direito à aposentadoria o segurado aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, desde que cumprido tempo míni- mo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Perfeita a afirmativa! No caso da aposentadoria por idade, a idade é mitigada em 5 anos em relação a idade da antiga aposentadoria por idade, independentemente do grau da deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade aos 65 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo míni- mo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Letra e. 028. (FEPESE/IPREV/ADVOGADO – AUTÁRQUICO/2013) De acordo com a Constituição da República de 1988, a aposentadoria especial depende: a) de regulamentação por meio de lei complementar, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. b) de edição de decreto regulamentar para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física c) de edição de lei ordinária para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência. d) de definição por meio de lei complementar para os casos de atividades exercidas sob con- dições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. e) autorização legislativa, por meio de resolução do congresso nacional, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o art. 201, § 1º da CF/88 deter- minava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 103 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Portanto, a aposentadoria especial é assunto de reserva de lei complementar. Entretanto, a aposentadoria especial do RGPS estava e ainda está prevista nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/91. Como a exigência de lei complementar só foi determinada pelo Poder Cons- tituinte Derivado Reformador, por meio da EC n. 20/98, tais dispositivos, por serem material- mente compatíveis com a CF/88, foram devidamente recepcionados. Entretanto, assumindo o status normativo que a CF/88 passou a exigir, ou seja, com o status normativo de LC. Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), a previsão da concessão da aposen- tadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS exposto a agente nocivo está no art. 201, § 1º, II da CF/88, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposen- tadoria exclusivamente em favor dos segurados cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Portanto, a aposen- tadoria especial, mesmo após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), continua a ser assunto de reserva de lei complementar. Logo, desde a EC n. 20/98, os arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/91, por terem status de LC, só podem ser alterados por meio de LC. Letra d. 029. (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/2015) Conforme entendimento do STF, o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente no- civo à sua saúde, de modo que, se o equipamento de proteção individual for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentado- ria especial. Perfeita a afirmativa, não sendo necessário nenhum comentário! Certo.030. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Acerca do RGPS, julgue os itens a seguir. A aposentadoria especial será devida apenas ao segurado que tiver trabalhado por, pelo me- nos, vinte e cinco anos sujeito a condições especiais que lhe prejudiquem a saúde ou a integri- dade física. A aposentadoria especial tem como evento determinante a exposição permanente do segura- do a agente nocivo durante 15, 20, ou 25 anos, prejudicando a sua saúde ou integridade física, cumulado com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de con- tribuição). Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 104 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 031. (CESPE/MTE/AFT/2013) Para o cálculo dos valores dos benefícios previdenciários, são considerados os salários de contribuição, sendo, no caso da aposentadoria especial, contabi- lizados os trinta e seis últimos salários, corrigidos monetariamente. O cálculo da aposentadoria especial tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, corres- pondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Errado. 032. (CESPE/SERPRO/ANALISTA – GESTÃO DE PESSOAS/2013) Para fins de obtenção de aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve comprovar a exposição efetiva aos agentes nocivos por meio do perfil profissiográfico previdenciário, documento que deve ser emitido pela empresa ou por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições am- bientais do trabalho. Perfeita a afirmativa! A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emi- tido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Certo. 033. (CESPE/AGU/PROCURADOR/2010) De acordo com entendimento da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, para fins de aposen- tadoria especial, o uso de equipamento de proteção individual, no caso de exposição a ruído, apenas descaracterizará o tempo de serviço especial prestado se houver a eliminação da in- salubridade. Conforme entendimento jurisprudencial, o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o EPI for realmente ca- paz de neutralizar a nocividade não haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial. Entretanto, no caso específico da exposição ao agente nocivo ruído, desde que em limites aci- ma do limite legal, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que se constata que, apesar do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. Portanto, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que, na hipótese O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 105 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual – EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. Tal entendimento é sumulado pela TNU, por meio da Súmula n. 9 da TNU, in verbis: “O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.” Errado. 034. (CESPE/PGE-AL/PROCURADOR DO ESTADO/2009) João é empregado de uma grande mineradora e trabalha exposto a agentes nocivos prejudiciais à saúde, assim definidos em lei. A referida relação de emprego resultou na sua primeira filiação ao RGPS. Após 10 anos de efetivo serviço nessas condições, João foi eleito dirigente sindical, ficando afastado de suas atribuições para se dedicar exclusivamente à atividade de representante de seus pares. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito do instituto da aposen- tadoria especial. a) Em regra, o período de carência para a aposentadoria especial é de 120 contribuições mensais. b) Não se considera como especial o tempo de trabalho laborado com exposição a ruídos, ain- da que para simples conversão em tempo comum. c) A alíquota da contribuição sobre a remuneração dos segurados a cargo da empresa em que João trabalha será majorada em relação a todos os empregados e não apenas em relação à remuneração daqueles expostos a condições especiais. d) O segurado que obteve o benefício de aposentadoria especial após 15 anos de serviço pode- rá retornar ao mercado de trabalho para o desempenho de atividade que o exponha a agentes nocivos, podendo cumular nova aposentadoria após o mesmo prazo. e) Durante o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, João não terá esse tempo contado para fins de aposentadoria especial. Para que o período conte para fins de aposentadoria especial, há a necessidade da exposição permanente do segurado ao agente nocivo. Portanto, no caso em comento, tendo em vista o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, como não há a exposição permanente ao agente nocivo, este não pode ser considerado para fins de aposen- tadoria especial. a) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria especial é de 180 contribui- ções mensais. b) Errada. No caso específico da exposição ao agente nocivo ruído, desde que em limites aci- ma do limite legal, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que se constata que, apesar do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 106 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. Portanto, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual – EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. Tal entendimento é sumulado pela TNU, por meio da Súmula n. 9 da TNU, in verbis: “O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda queelimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.” c) Errada. As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respecti- vamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. O acréscimo incide exclusiva- mente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. d) Errada. Conforme determina a legislação previdenciária, é vedado que o segurado aposen- tado por meio de uma aposentadoria especial continue no exercício da atividade ou operação que o sujeite a agentes nocivos, sendo a sua aposentadoria cessada a partir da data do retorno à atividade. Ademais, não é possível a acumulação de mais de uma aposentadoria no RGPS. Letra e. 035. (CESPE/SEMAD-ARACAJU/PROCURADOR MUNICIPAL/2008) O trabalhador de empre- sa de conservação e limpeza que presta serviços a diversos hospitais e que recebe adicional de insalubridade, por, eventualmente, manter contato com lixo hospitalar de natureza tóxica, tem direito a aposentar-se com tempo reduzido de contribuição, já que trabalha em condições especiais prejudiciais a sua saúde. No caso em comento, tendo em vista a exposição eventual, o período não é considerado para fins de aposentadoria especial. Portanto, a exposição tem que ser permanente, ou seja, exer- cido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do traba- lhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. Errado. 036. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Getúlio julga-se na condição de requerer aposentadoria especial. Nessa situação, ele deverá instruir seu pedido com o perfil profissiográfico previdenciário, documento emitido pela empresa em que trabalha e embasado no laudo técnico das condições ambientais do trabalho que comprove as condições para habi- litação de benefícios previdenciários especiais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 107 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Perfeita a afirmativa! A comprovação da exposição permanente a agente nocivo durante o pe- ríodo de 15, 20 ou 25 anos é feita mediante a apresentação do perfil profissiográfico previden- ciário (PPP), cujas informações são embasadas no laudo técnico das condições ambientais do trabalho (LTCAT). Ademais, com a recente reforma da previdência social, implementada pela EC n. 103/19, há a necessidade da cumulação do tempo de efetiva exposição com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição). Certo. 037. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2008) Leandro, segurado da previdência social, recebe adicional de periculosidade da empresa em que trabalha. Nessa situação, a con- dição de Leandro é suficiente para que ele esteja habilitado ao recebimento de aposentadoria especial, cujo tempo de contribuição é mitigado. O adicional de periculosidade é apenas um dos indícios de que existe o agente nocivo no am- biente de trabalho. Entretanto, o pagamento de tal adicional, não é situação suficiente para que o segurado esteja habilitado ao recebimento da aposentadoria especial, sendo necessária a comprovação da exposição do segurado de forma permanente a agente nocivo durante o período de 15, 20 e 25 anos de contribuição, cumulado com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos de contribuição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição). Errado. 038. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2008) Lucas é beneficiário de aposenta- doria especial em razão de ter trabalhado exposto a agentes nocivos durante um período que, de acordo com a lei pertinente, lhe garantiu o referido direito. Nessa situação, as despesas relativas ao pagamento da aposentadoria de Lucas devem ser custeadas com recursos arre- cadados pela cobrança do seguro de acidente de trabalho. O adicional incidente sobre as alíquotas da GILRAT (antigo SAT) visa financiar a aposentadoria especial, e não a GILRAT em si. A GILRAT visa financiar os benefícios de natureza acidentária, ou seja, aposentadoria por invalidez acidentária, auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 108 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado acidentário e a pensão por morte acidentária. Dessa forma, as alíquotas da GILRAT (1%, 2% ou 3%) são acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 109 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA II FCC 001. (CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS garan- te aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por inca- pacidade permanente. 002. (CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS garan- te aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por inca- pacidade permanente. 003. (ESAF/MTE/2009/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência Social têm direito à luz da Lei n. 8.213/1991: a) Aposentadoria por tempo de contribuição b) Auxílio por incapacidade temporária c) Auxílio-acidente d) Aposentadoria por incapacidade permanente e) Pensão por morte 004. (CESPE/CEBRASPE/PGE-MS/2021/PROCURADOR DO ESTADO) Marília aposentou-se pelo RGPS em 2019. No ano seguinte, sofreu acidente vascular cerebral que a deixou em esta- do vegetativo, necessitando de cuidados permanentes de outra pessoa. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Marília tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme pre- visto na Lei n. 8.213/1991, independentemente da espéciede sua aposentadoria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 110 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) Marília não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, porque sua concessão restringe-se aos segurados que estejam em atividade quando da ocorrência de grande invalidez. c) Caso lhe seja concedido o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, Marília terá seu benefício reajustado, mesmo que ele já tenha atingido o limite legal. d) Marília não terá direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria caso tenha- -se aposentado por invalidez. e) Caso seja concedido a Marília o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, con- forme previsto na Lei n. 8.213/1991, o valor correspondente será incorporado ao seu benefício e não será reajustado em caso de aumento, por consistir em parcela indenizatória. 005. (CESPE/PGE-PE/2018/PROCURADOR DO ESTADO) No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição ao RGPS na condição de segurada emprega- da, Maria sofreu acidente de trabalho, o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais. Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo. Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta. a) Maria terá direito à aposentadoria especial. b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso independe de carência. c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho, será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido. d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa, sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo. 006. (CESPE/TCE-PB/2018/AUDITOR DE CONTAS/DEMAIS ÁREAS) Um segurado, contri- buinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de a) auxílio por incapacidade temporária, desde que não seja a referida doença preexistente à data de filiação ao RGPS. b) aposentadoria por incapacidade permanente, bastando a ele para tal atender à carência exigida em lei. c) auxílio por incapacidade temporária, a contar do décimo sexto dia do afastamento da ati- vidade, desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para o trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 111 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado d) aposentadoria por incapacidade permanente, cuja renda mensal corresponderá a 91% do salário de benefício. e) aposentadoria por incapacidade permanente, se for constatada a incapacidade total e per- manente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. 007. (FCC/TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com a Lei no 8.213/1991, o valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de a) 30%, acréscimo este que cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão. b) 25%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo incorporável ao valor da pensão. c) 30%, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. d) 25%, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. e) 15%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo incorporável ao valor da pensão. 008. (FCC/TRF DA 5ª REGIÃO/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com a Lei n. 8.213/1991, verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, sendo o segurado declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, a) no seu valor integral, durante doze meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. b) no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. c) com redução de 50%, durante doze meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. d) com redução de 25%, durante seis meses contados a partir do trigésimo dia da data em que for verificada a recuperação da capacidade. e) com redução de 50%, durante doze meses contados a partir do trigésimo dia após a data em que for verificada a recuperação da capacidade. 009. (CONSULPLAN/TRF da 2ª Região/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) “Jerônimo era contribuinte individual, foi aposentado por invalidez aos 53 anos de idade e, na ocasião, necessitava do auxílio permanente de uma pessoa, daí porque contratou um cuidador. Passados alguns anos, e com o avanço da medicina, Jerônimo se re- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 112 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado cuperou e conseguiu um emprego.” Diante da situação retratada e da legislação previdenciária em vigor, assinale a alternativa correta. a) Enquanto necessitou do auxílio permanente de uma pessoa, Jerônimo poderia requerer um acréscimo de 25% sobre o valor do benefício. b) Jerônimo é obrigado, sob pena de perda do benefício, a se submeter às cirurgias determina- das pelo INSS, mas não à transfusão de sangue. c) O segurado em questão, por ter alcançado cinquenta anos, fica dispensado de realizar perí- cia a cada dois anos para verificar eventual recuperação. d) A aposentadoria em questão será paga a partir do 16º dia da invalidez e quitada na razão de 100% do salário de benefício até a obtenção do emprego. 010. (CESPE/TCE-PR/2016/AUDITOR) Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de traba- lho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por incapacidade permanente. Repre- sentada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a aposentadoria por incapacidade permanente. Nessa situação hipotética, a) segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é prescindível para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. b) a data de início do benefício da aposentadoria por incapacidade permanente será a data da juntada aos autos do laudo pericial em juízo. c) caso Jeane necessite de assistência permanente de outra pessoa, o valor da aposentadoria será acrescido de 25%, ainda que o valor do benefício atinja o limite máximo. d) se for considerada apta para outro tipo de trabalho pela previdência social, a despeito de sua situação cultural e econômica, Jeane não terá direito à aposentadoria por incapacidade permanente. e) a aposentadoria por incapacidade permanente requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxílio-acidente.011. (IBFC/COMLURB/2016/MÉDICO DO TRABALHO) Sobre a carência, quanto às contribui- ções à Previdência Social para obtenção de aposentadoria por incapacidade permanente, as- sinale a alternativa correta: a) Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e não será exigida em caso de acidente b) Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e não será exigida em caso de acidente c) Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de acidente d) Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de acidente 012. (COPESE-UFPI/PREFEITURA DE TIMON – MA/2016/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚ- DE) São exigências para requerer o benefício de aposentadoria por incapacidade permanente: a) ter contribuído para a Previdência Social por, pelo menos, 15 anos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 113 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) aos trabalhadores urbanos, é exigida a idade mínima de 55 anos para os homens e 50 anos para as mulheres. c) aos trabalhadores urbanos, é exigida a idade mínima de 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres. d) ser considerado pela perícia médica do INSS total e definitivamente incapaz para o trabalho. e) ara trabalhadores rurais, a idade mínima é 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres. 013. (TRT14/TRT DA 14ª REGIÃO (RO E AC)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Anali- se os itens abaixo, no que diz respeito à aposentadoria por incapacidade permanente e marque a alternativa correta: I – O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cen- to), desde que o valor da aposentadoria não atinja o limite máximo legal. II – O acréscimo a que se refere o item anterior será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporá- vel ao valor da pensão. III – Quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quan- do o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitu- almente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente. IV – Quando a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrup- ção, o benefício cessará de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capaci- dade fornecido pela Previdência Social; ou após seis meses de duração do auxílio por incapacidade temporária ou da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados. a) Apenas os itens I e II são verdadeiros. b) Apenas os itens II e III são verdadeiros. c) Apenas os itens I e III são verdadeiros. d) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. e) Apenas os itens II e IV são verdadeiros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 114 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 014. (TRT22/TRT DA 22ª REGIÃO (PI)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, quando a recupera- ção ocorrer dentro de 5 anos, contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu, sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para qualquer segurado, inclusive o segurado empregado, que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou; b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporá- ria ou da aposentadoria por incapacidade permanente, para qualquer segurado, inclusive para o segurado empregado; c) quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitual- mente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, no seu valor in- tegral, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; d) quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitual- mente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de 50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; e) quando a recuperação for parcial e ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o se- gurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do que habitualmen- te exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de 50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade. 015. (FCC/INSS/2012/PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO) Conforme prevê a legislação pre- videnciária, em relação ao benefício da aposentadoria por incapacidade permanente é correto afirmar que a) a sua concessão dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. b) por sua natureza em nenhuma situação dependerá de período de carência. c) será devida apenas se o segurado estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária. d) não é devida ao segurado empregado doméstico. e) durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por motivo de incapacidade permanente, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. 016. (FCC/AL-SP/2010/PROCURADOR) Com relação ao benefício previdenciário da aposen- tadoria por incapacidade permanente, quando a recuperação for parcial, sem prejuízo da volta à atividade, a aposentadoria será mantida O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 115 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado a) no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. b) com redução de 50%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. c) com redução de 75%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. d) no seu valor integral, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação da capacidade. e) com redução de 50%, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação da capacidade. 017. (CEPRJ/RIOPREVIDÊNCIA/2010/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO) Mévio é acometido por doença incapacitante, tendorealizado perícia oficial e reconhecido o seu direito à percep- ção de auxílio doença. Após verificada a impossibilidade de retomo às atividades laborais, diante de sua incapacidade, a consequência natural consiste em deferir-se aposentadoria: a) voluntária b) por idade c) especial d) rural e) por invalidez 018. (FCC/DPE-PA/2009/DEFENSOR PÚBLICO) Constitui condição legal ao recebimento de aposentadoria por incapacidade permanente por segurado do regime geral de previdên- cia social: a) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do SUS (Sistema Único de Saúde). b) ter havido a reunião de pelo menos 12 (doze) contribuições mensais, ressalvadas hipóteses excepcionais, entre as quais aquelas em que a incapacidade tenha decorrido de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho. c) não se tratar de incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era por- tador ao filiar-se à previdência social, mesmo que tal incapacidade tenha decorrido de mera progressão ou agravamento daquela doença ou lesão. d) a consolidação de lesões que resultem em sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado. e) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da empre- sa, nos casos em que esta disponha de serviço médico próprio ou em convênio. 019. (ESAF/RFB/2005/AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Com relação à aposentadoria por incapacidade permanente, prevista na Lei n. 8.213/1991, é incorreto afirmar: a) A aposentadoria por incapacidade permanente não será concedida ao trabalhador avulso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 116 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência. c) A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapa- cidade temporária, for considerado incapaz. d) A aposentadoria por incapacidade permanente, inclusive a decorrente de acidente do tra- balho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário de benefício. e) A aposentadoria por incapacidade permanente será concedida ao trabalhador doméstico. 020. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A comprova- ção de tempo de serviço ou contribuição para fins previdenciários só produz efeito quando baseada em: a) início de prova material, admitida prova exclusivamente testemunhal apenas quando com- provada a ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito. b) documentos escritos e contemporâneos ou, se tiver havido reconhecimento expresso dos empregadores, em declarações emanadas de autoridades sindicais e judiciais competentes. c) documentos contemporâneos a todos os períodos de prestação dos serviços. d) testemunhos e depoimento pessoal harmônicos. e) início de prova material, jamais sendo admitida a prova exclusivamente testemunhal. 021. (FCC/PGE-GO/2021/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO) A Lei n. 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro espécie de aposentadoria por idade denomi- nada aposentadoria por idade híbrida. Nessa modalidade, permite-se ao segurado mesclar o período urbano ao período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido. Nesse tema, à luz da interpretação jurisprudencial dominante: a) Para fins de aposentadoria híbrida, o tempo rural não pode ser remoto, deve ser contínuo, predominante, concomitante ao implemento das condições ou à data do requerimento admi- nistrativo. b) O reconhecimento do direito à aposentadoria híbrida por idade não está condicionado a que a atividade rurícola tenha sido exercida no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo. c) Não possui direito à aposentadoria híbrida por idade o segurado que, não obstante tenha iniciado seu labor no meio rural, depois migre para o labor urbano. d) Para fazer jus à aposentadoria híbrida, a pessoa tem que ter trabalhado mais tempo na agri- cultora do que em atividades urbanas. e) O tempo de serviço rural, anterior ao advento da Lei n. 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, desde que compro- vado o recolhimento das contribuições. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 117 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 022. (IBADE/IPERON-RO/2017/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/ASSISTENTE SOCIAL) A Lei Complementar n. 142, de 8 de maio de 2013, ao regulamentar a aposentadoria da pessoa com deficiência estatuiu que: a) a aposentadoria ocorre com 30 anos de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mu- lher, no caso de segurado com deficiência moderada. b) a pessoa com deficiência pode se aposentar com 25% de desconto no tempo mínimo de contribuição. c) tem direito à aposentadoria o segurado com deficiência após 52 anos de idade e 20 anos de contribuição, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 10 (dez) anos. d) no caso de segurado com deficiência grave o direito à aposentadoria é garantido após 15 anos de contribuição. e) independentemente do grau de deficiência tem direito à aposentadoria o segurado aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, desde que cumprido tempo míni- mo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. 023. (FEPESE/IPREV/2013/ADVOGADO/AUTÁRQUICO) De acordo com a Constituição da República de 1988, a aposentadoria especial depende: a) de regulamentação por meio de lei complementar, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. b) de edição de decreto regulamentar para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física c) de edição de lei ordinária para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência. d) de definição por meio de lei complementar para os casos de atividades exercidas sob con- dições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. e) autorização legislativa, por meio de resolução do congresso nacional, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. 024. (IBFC/COMLURB/2016/MÉDICO DO TRABALHO) Sobre a aposentadoria especial, assi- nale a alternativa incorreta: a) Para efeito de aposentadoria especial, a comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) b) Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário o cumprimento da carência, de pelo menos, 60 contribuições mensais. c) A aposentadoria especial é irrenunciável: depois que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. 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(CESGRANRIO/PETROBRÁS/2015/PROFISSIONAL JÚNIOR/SERVIÇO SOCIAL) O be- nefício para o qual deverão ser comprovados, entre outros, o tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, e a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológi- cos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo período equiva- lente ao exigido para a concessão do benefício refere-se a a) aposentadoria especial b) aposentadoria por idade c) aposentadoria por incapacidade permanente d) auxílio-acidente e) auxílio por incapacidade temporária 026. (IESES/IFC-SC/2015/DIREITO) Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos: a) 120 contribuições mensais. b) 160 contribuições mensais. c) 180 contribuições mensais. d) 100 contribuições mensais. 027. (QUADRIX/DATAPREV/2012/MÉDICO DO TRABALHO) Em relação ao Perfil Profissio- gráfico Previdenciário, é correto afirmar que: a) ele é elaborado pela previdência Social a partir das informações obtidas ao longo da vida do trabalhador e será utilizado no julgamento de cessão de benefícios e aposentadorias por invalidez. b) deverá ser elaborado e entregue ao trabalhador, se este solicitar, sempre no exame admissional. c) é uma fonte indireta e limitada de dados para a vigilância sanitária e epidemiológica da saú- de do trabalhador. d) constitui-se em um documento da empresa que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados da monitoração biológica realizada nos tra- balhadores. e) comprova a exposição do trabalhador aos agentes nocivos e baseia-se em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de seguran- ça do trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 119 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 028. (CESPE/PGE-AL/2009/PROCURADOR DO ESTADO) João é empregado de uma grande mineradora e trabalha exposto a agentes nocivos prejudiciais à saúde, assim definidos em lei. A referida relação de emprego resultou na sua primeira filiação ao RGPS. Após 10 anos de efetivo serviço nessas condições, João foi eleito dirigente sindical, ficando afastado de suas atribuições para se dedicar exclusivamente à atividade de representante de seus pares. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito do instituto da aposen- tadoria especial. a) Em regra, o período de carência para a aposentadoria especial é de 120 contribuições mensais. b) Não se considera como especial o tempo de trabalho laborado com exposição a ruídos, ain- da que para simples conversão em tempo comum. c) A alíquota da contribuição sobre a remuneração dos segurados a cargo da empresa em que João trabalha será majorada em relação a todos os empregados e não apenas em relação à remuneração daqueles expostos a condições especiais. d) O segurado que obteve o benefício de aposentadoria especial após 15 anos de serviço pode- rá retornar ao mercado de trabalho para o desempenho de atividade que o exponha a agentes nocivos, podendo cumular nova aposentadoria após o mesmo prazo. e) Durante o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, João não terá esse tempo contado para fins de aposentadoria especial. 029. (FUNRIO/INSS/2008/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Para conces- são da aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos, será feita mediante formulário denominado a) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). b) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). c) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). d) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). e) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT). 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(CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS garan- te aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por inca- pacidade permanente. O RGPS garante aos segurados: i) aposentadoria por incapacidade permanente; ii) aposentado- ria programada; iii) aposentadoria programada do professor; iv) aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro; v) aposentadoria especial; vi) aposentadoria por tempo de contribuição e por idade da pessoa com deficiência; vii) auxílio por incapacidade temporária; viii) salário-famí- lia; ix) salário-maternidade e x) auxílio-acidente. Ademais, o RGPS garante aos dependentes: i) pensão por morte e ii) auxílio-reclusão. Por fim, o RGPS garante aos segurados e dependentes o serviço de reabilitação profissional. Letra e. 002. (CESPE/TCM-BA/2018/AUDITOR ESTADUAL DE CONTROLE EXTERNO) O RGPS garan- te aos segurados os benefícios a) do salário-maternidade, do auxílio-acidente e da pensão por morte. b) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-família e do auxílio-reclusão. c) da aposentadoria por idade, do salário-maternidade e da pensão por morte. d) do auxílio-reclusão, do auxílio-acidente e da aposentadoria especial. e) do auxílio por incapacidade temporária, do salário-maternidade e da aposentadoria por inca- pacidade permanente. O RGPS garante aos segurados: i) aposentadoria por incapacidade permanente; ii) aposentado- ria programada; iii) aposentadoria programada do professor; iv) aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro; v) aposentadoria especial; vi) aposentadoria por tempo de contribuição e por idade da pessoa com deficiência; vii) auxílio por incapacidade temporária; viii) salário-famí- lia; ix) salário-maternidade e x) auxílio-acidente. Ademais, o RGPS garante aos dependentes: i) pensão por morte e ii) auxílio-reclusão. Por fim, o RGPS garante aos segurados e dependentes o serviço de reabilitação profissional. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgaçãoou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 122 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado 003. (ESAF/MTE/2009/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO) Assinale a opção correta, entre as assertivas abaixo, relacionada aos benefícios que os dependentes da Previdência Social têm direito à luz da Lei n. 8.213/1991: a) Aposentadoria por tempo de contribuição b) Auxílio por incapacidade temporária c) Auxílio-acidente d) Aposentadoria por incapacidade permanente e) Pensão por morte Apenas a pensão por morte e o auxílio-reclusão são benefícios concedidos aos dependentes. Todos os demais benefícios previdenciários são concedidos para os segurados. Cabe ressal- tar que existe uma prestação previdenciária (serviço) que tanto os segurados quanto os seus dependentes têm acesso, que é a reabilitação profissional. Letra e. 004. (CESPE/CEBRASPE/PGE-MS/2021/PROCURADOR DO ESTADO) Marília aposentou-se pelo RGPS em 2019. No ano seguinte, sofreu acidente vascular cerebral que a deixou em esta- do vegetativo, necessitando de cuidados permanentes de outra pessoa. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Marília tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme pre- visto na Lei n. 8.213/1991, independentemente da espécie de sua aposentadoria. b) Marília não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, porque sua concessão restringe-se aos segurados que estejam em atividade quando da ocorrência de grande invalidez. c) Caso lhe seja concedido o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, conforme previsto na Lei n. 8.213/1991, Marília terá seu benefício reajustado, mesmo que ele já tenha atingido o limite legal. d) Marília não terá direito ao acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria caso tenha- -se aposentado por invalidez. e) Caso seja concedido a Marília o acréscimo de 25% sobre o valor de sua aposentadoria, con- forme previsto na Lei n. 8.213/1991, o valor correspondente será incorporado ao seu benefício e não será reajustado em caso de aumento, por consistir em parcela indenizatória. O acréscimo de 25% da aposentadoria por incapacidade permanente é devido ainda que o va- lor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. a) Errada. O acréscimo de 25% do valor da aposentadoria restringe-se à aposentadoria por in- capacidade permanente, não sendo extensivo a outras espécies de aposentadorias do RGPS. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 123 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) Errada. O acréscimo de 25% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente será concedido ainda que a necessitada permanente de uma outra pessoa ocorra após a conces- são da citada aposentadoria. d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa, sendo restrito a aposentadoria por incapacidade permanente. e) Errada. O acréscimo de 25% da aposentadoria por incapacidade permanente não é incor- porado ao benefício, sendo devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. Letra c. 005. (CESPE/PGE-PE/2018/PROCURADOR DO ESTADO) No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição ao RGPS na condição de segurada emprega- da, Maria sofreu acidente de trabalho, o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais. Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo. Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores, assinale a opção correta. a) Maria terá direito à aposentadoria especial. b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso independe de carência. c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho, será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido. d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa, sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo. No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente, tendo em vista a incapacidade permanente para o exercício de atividades laborais. Entretanto, nesse caso, o benefício será concedido independentemente de carência, uma vez que é decorrente de um acidente de qualquer natureza ou causa. a) Errada. No caso em comento, Maria faz jus a aposentadoria por incapacidade permanente, tendo em vista a incapacidade permanentemente para o exercício de atividades laborais. A aposentadoria especial tem como evento determinante a exposição permanente do segurado a agente nocivo durante 15, 20, ou 25 anos, prejudicando a sua saúde ou integridade física, cumulado com requisito etário (55 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15 anos de contribuição; 58 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 anos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 124 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado de contribuição; ou 60 anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 anos de contribuição. c) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa. d) Errada. Maria terá o prazo decadencial de 10 anos para ajuizamento de ação previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela previdência social. e) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será paga, enquanto a condição de incapacidade permanecer. Logo, uma vez cessada a incapacidade, regra geral, o benefício dei- xará de ser concedido. Letra b. 006. (CESPE/TCE-PB/2018/AUDITOR DE CONTAS/DEMAIS ÁREAS) Um segurado, contri- buinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de a) auxílio por incapacidade temporária, desde que não seja a referida doença preexistente à data de filiação ao RGPS. b) aposentadoria por incapacidade permanente, bastando a ele para tal atender à carência exigida em lei. c) auxílio por incapacidade temporária, a contar do décimo sexto dia do afastamento da ati- vidade, desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para o trabalho. d) aposentadoria por incapacidade permanente, cuja renda mensal corresponderá a 91% do salário de benefício. e) aposentadoria por incapacidade permanente, se for constatada a incapacidade total e per- manente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. No caso em comento, o segurado será aposentado por incapacidade permanente, se for cons- tatada a incapacidade total e permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida autarquia. a) Errada. É possível ser concedido benefício por incapacidade (auxílio por incapacidade tem- porária e aposentadoriapor incapacidade permanente) decorrente de doença preexistente à data da filiação ao RGPS, quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agra- vamento dessa doença ou lesão. b) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanen- te, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especifica- das em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 125 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira espe- cificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é zero. No caso em comento, o mal de Parkinson é uma doença prevista na lista elaborada, sendo, por consequência, concedido o benefício por incapacidade, independente- mente de carência. c) Errada. No caso de incapacidade permanente para o trabalho, o benefício a ser concedido é a aposentadoria por incapacidade permanente e não o auxílio por incapacidade temporária. d) Errada. A renda mensal da aposentadoria por incapacidade permanente é de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, no caso do homem, e 15 anos de contribuição, no caso da mulher, sobre o salário de benefício. Entretanto, quando a aposentadoria por incapacidade permanente for decorrente de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho, a renda mensal do benefício consiste em 100% do salário de benefício. Letra e. 007. (FCC/TRT DA 2ª REGIÃO (SP)/2018/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) De acordo com a Lei no 8.213/1991, o valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de a) 30%, acréscimo este que cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão. b) 25%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo incorporável ao valor da pensão. c) 30%, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. d) 25%, ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. e) 15%, acréscimo este que não cessará com a morte do aposentado, sendo incorporável ao valor da pensão. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da as- sistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite máximo legal. O citado acréscimo cessa com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão. Letra d. 008. (FCC/TRF DA 5ª REGIÃO/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com a Lei n. 8.213/1991, verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, sendo o segurado declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 126 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado a) no seu valor integral, durante doze meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. b) no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. c) com redução de 50%, durante doze meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. d) com redução de 25%, durante seis meses contados a partir do trigésimo dia da data em que for verificada a recuperação da capacidade. e) com redução de 50%, durante doze meses contados a partir do trigésimo dia após a data em que for verificada a recuperação da capacidade. Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exer- cia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: i) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; ii) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e iii) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Letra b. 009. (CONSULPLAN/TRF da 2ª Região/2017/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) “Jerônimo era contribuinte individual, foi aposentado por invalidez aos 53 anos de idade e, na ocasião, necessitava do auxílio permanente de uma pessoa, daí porque contratou um cuidador. Passados alguns anos, e com o avanço da medicina, Jerônimo se re- cuperou e conseguiu um emprego.” Diante da situação retratada e da legislação previdenciária em vigor, assinale a alternativa correta. a) Enquanto necessitou do auxílio permanente de uma pessoa, Jerônimo poderia requerer um acréscimo de 25% sobre o valor do benefício. b) Jerônimo é obrigado, sob pena de perda do benefício, a se submeter às cirurgias determina- das pelo INSS, mas não à transfusão de sangue. c) O segurado em questão, por ter alcançado cinquenta anos, fica dispensado de realizar perí- cia a cada dois anos para verificar eventual recuperação. d) A aposentadoria em questão será paga a partir do 16º dia da invalidez e quitada na razão de 100% do salário de benefício até a obtenção do emprego. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da as- sistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite máximo legal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 127 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) Errada. O segurado aposentado por incapacidade permanente está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, proces- so de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuita- mente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. c) Errada. O aposentado por incapacidade permanente está isento de exames-médicos pe- riciais após completar 55 anos ou mais de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a precedeu; ou 60 anos de idade; ou a pessoa com HIV/Aids. d) Errada. No caso do contribuinte individual, a aposentadoria por incapacidade permanente será devida a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Ademais, a aposentadoria por incapacidade permanente não será cessada com a obtenção do emprego, pois será devida a mensalidade de recuperação. Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporá- ria que a antecedeuo benefício até 30 dias do afastamento, receberá o benefício a partir do 16º dia, tendo em vista que cabe a empresa arcar com os 15 primei- ros dias de afastamento. Esses 15 dias de afastamento são considerados como “período de espera”, ou seja, um período de interrupção do contrato de trabalho (cessação temporária e parcial dos efeitos e da execução do contrato de trabalho), pois não há o exercício da atividade, mas o salário é devido. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. EXEMPLO Imagine um segurado contribuinte individual que sofre um acidente e fica incapacitado de forma permanente para o trabalho. Assim, caso requeira o benefício até 30 dias do afastamen- to, receberá o benefício a partir do afastamento. Caso o segurado contribuinte individual requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. oBservações O aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cessada, a partir da data do retorno. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite máximo legal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Portanto, verifica-se o primeiro benefício previdenciário que pode ultrapassar o limite máxi- mo legal que, atualmente, está no valor de R$ 7.087,22. Atente para o fato do acréscimo de 25% ser personalíssimo, ou seja, o valor não é incor- porado a pensão por morte. Assim, quando o segurado falece, o acréscimo cessa, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte. As situações que determinam a concessão do acréscimo de 25% no valor da aposentado- ria por incapacidade permanente estão previstas no Anexo I do Decreto n. 3.048/99, que assim determina: RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES EM QUE O APOSENTADO POR INVALIDEZ TERÁ DIREITO À MAJORAÇÃO DE VINTE E CINCO POR CENTO PREVISTA NO ART. 45 DESTE REGULAMENTO. 1 – Cegueira total. 2 – Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta. 3 – Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores. 4 – Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível. 5 – Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível. 6 – Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível. 7 – Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social. 8 – Doença que exija permanência contínua no leito. 9 – Incapacidade permanente para as atividades da vida diária. Verificada a recuperação da capacidade laborativa do aposentado por incapacidade per- manente, serão observadas as normas seguintes: • Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: • a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou • b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segura- dos; e • Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual ha- bitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recu- peração da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Esses pagamentos a título de aposentadoria por incapacidade permanente são denomina- dos pela doutrina como “mensalidades de recuperação”. Portanto, é um período onde o segu- rado é considerado como aposentado por incapacidade permanente, mas é permitido que ele volte ao trabalho, sem prejuízo do pagamento da aposentadoria. O que não é permitido é o retorno voluntário ao trabalho. Nessa situação, como visto ante- riormente, cessa o benefício, a partir do retorno. Perceba que, no período em estudo, o segurado não retornou ao trabalho voluntariamente, mas sim foi liberado pelo perito médico da previdência social. Explica-se, a partir de agora, de forma detalhada, a alínea “b” prevista no primeiro marcador. EXEMPLO Imagine um segurado contribuinte individual que sofre um grave acidente. Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, o perito médico entende que o segurado tem uma incapacidade temporária para o seu trabalho em período superior a 15 dias conse- cutivos, fato que enseja a concessão do auxílio por incapacidade temporária. Após 2 anos, o segurado é submetido a nova perícia, sendo constatada a sua incapacidade permanente para o trabalho. Assim, é cessado o auxílio por incapacidade temporária e o segurado passa a receber a aposentadoria por incapacidade permanente. Novamente após 2 anos, o segurado é consi- derado apto ao trabalho, sendo a sua recuperação considerada total. O segurado faz jus a “mensalidade de recuperação”? Caso positivo, por quanto tempo e por qual valor? O segurado faz jus ao valor integral da aposentadoria por incapacidade permanente duran- te 4 meses, ou seja, o segurado tem direito a tantos meses quanto forem os anos contados da data do início do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu a aposentadoria por incapacidade permanente sem interrupção. Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Observações sobre aposentadoria por incapacidade permanente Retorno voluntário ao trabalho Cessada a aposentadoria, a partir do retorno Acompanhamento permanente de outra pessoa Acréscimo de 25% do valor da aposentadoria Mensalidade de recuperação Recuperação total e dentro de 5 anos Empregado – retorno à empresa Demais segurados – 100% do valor durante tantos meses quanto forem os anos Recuperação parcial, ou,sem interrupção, o benefício cessará após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados; e quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for veri- ficada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Letra a. 010. (CESPE/TCE-PR/2016/AUDITOR) Em abril de 2013, Jeane sofreu um acidente de traba- lho, e o médico da empresa na qual ela trabalhava considerou-a incapaz para retornar a suas atividades e aconselhou-a a solicitar sua aposentadoria por incapacidade permanente. Repre- sentada por um advogado, Jeane ingressou diretamente em juízo com ação previdenciária, pleiteando a aposentadoria por incapacidade permanente. Nessa situação hipotética, a) segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é prescindível para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. b) a data de início do benefício da aposentadoria por incapacidade permanente será a data da juntada aos autos do laudo pericial em juízo. c) caso Jeane necessite de assistência permanente de outra pessoa, o valor da aposentadoria será acrescido de 25%, ainda que o valor do benefício atinja o limite máximo. d) se for considerada apta para outro tipo de trabalho pela previdência social, a despeito de sua situação cultural e econômica, Jeane não terá direito à aposentadoria por incapacidade permanente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 128 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado e) a aposentadoria por incapacidade permanente requerida por Jeane poderá ser cumulada com o auxílio-acidente. A aposentadoria por incapacidade permanente será acrescida no percentual de 25%, no caso de o segurado necessitar da assistência permanente de outra pessoa, ainda que o valor ultra- passe o limite máximo legal. a) Errada. Em regra, segundo o STJ, o prévio requerimento administrativo é necessário para a admissibilidade da ação previdenciária interposta por Jeane. A conclusão do STJ a respeito desse tema é que falta interesse de agir. Isso porque a negativa ou a omissão do INSS em resposta administrativa ao pedido de concessão do benefício previdenciário são as situações que criam a crise de inadimplemento que assola o direito, o que gerará a necessidade recorrer ao Poder Judiciário, o interesse de agir. Cabe apenas ressaltar que há casos em que o reque- rimento administrativo feito ao INSS é prescindível, notadamente quando o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado. b) Errada. Conforme entendimento jurisprudencial, se devidamente comprovada a data inicial da incapacidade pelo perito médico judicial, a data da concessão do benefício deverá ser fixa- da desde esta data, nos casos em que for posterior à DER. O magistrado somente poderá fixar a data de início do benefício na data da perícia quando não for possível ao perito atestar da data do início da incapacidade. Ademais, conforme enunciado da Súmula 576 do STJ, ausente requerimento administrativo no INSS (notadamente quando o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado), o termo inicial para a implan- tação da aposentadoria por incapacidade permanente concedida judicialmente será a data da citação válida. d) Errada. Enunciado da Súmula 47 da TNU: JURISPRUDÊNCIA Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as con- dições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por incapaci- dade permanente. e) Errada. O auxílio-acidente não pode ser acumulado com aposentadoria, tendo em vista que o auxílio-acidente entra no cálculo do salário de benefício da aposentadoria “como se fosse” salário de contribuição. Letra c. 011. (IBFC/COMLURB/2016/MÉDICO DO TRABALHO) Sobre a carência, quanto às contribui- ções à Previdência Social para obtenção de aposentadoria por incapacidade permanente, as- sinale a alternativa correta: a) Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e não será exigida em caso de acidente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 129 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado b) Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e não será exigida em caso de acidente c) Será de no mínimo 12 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de acidente d) Será de no mínimo 24 meses em casos de doença e de 3 meses em caso de acidente A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefí- cio é zero. Letra a. 012. (COPESE-UFPI/PREFEITURA DE TIMON – MA/2016/AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚ- DE) São exigências para requerer o benefício de aposentadoria por incapacidade permanente: a) ter contribuído para a Previdência Social por, pelo menos, 15 anos. b) aos trabalhadores urbanos, é exigida a idade mínima de 55 anos para os homens e 50 anos para as mulheres. c) aos trabalhadores urbanos, é exigida a idade mínima de 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres. d) ser considerado pela perícia médica do INSS total e definitivamente incapaz para o trabalho. e) ara trabalhadores rurais, a idade mínima é 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exer- cício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição. Ademais, a carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanente, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Por fim, não se exige que o beneficiário atinja uma idade mínima, no intuito de fazer jus a aposentadoria por incapacidade permanente. Letra d. 013. (TRT14/TRT DA 14ª REGIÃO (RO E AC)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Anali- se os itens abaixo, no que diz respeito à aposentadoria por incapacidade permanente e marque a alternativa correta: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 130 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITOPREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado I – O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cen- to), desde que o valor da aposentadoria não atinja o limite máximo legal. II – O acréscimo a que se refere o item anterior será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado; cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporá- vel ao valor da pensão. III – Quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quan- do o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitu- almente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses; c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente. IV – Quando a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrup- ção, o benefício cessará de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capaci- dade fornecido pela Previdência Social; ou após seis meses de duração do auxílio por incapacidade temporária ou da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados. a) Apenas os itens I e II são verdadeiros. b) Apenas os itens II e III são verdadeiros. c) Apenas os itens I e III são verdadeiros. d) Apenas os itens III e IV são verdadeiros. e) Apenas os itens II e IV são verdadeiros. Os itens II e III são perfeitos, não sendo necessário tecer nenhum comentário! O item I está incorreto, tendo em vista que o valor da aposentadoria por incapacidade permanente do se- gurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, ainda que ultrapasse o limite máximo legal. O item IV está incorreto, uma vez que, quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 131 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados. Letra b. 014. (TRT22/TRT DA 22ª REGIÃO (PI)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, quando a recupera- ção ocorrer dentro de 5 anos, contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu, sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para qualquer segurado, inclusive o segurado empregado, que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou; b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporá- ria ou da aposentadoria por incapacidade permanente, para qualquer segurado, inclusive para o segurado empregado; c) quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitual- mente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, no seu valor in- tegral, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; d) quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitual- mente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de 50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; e) quando a recuperação for parcial e ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o se- gurado empregado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do que habitualmen- te exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, com redução de 50%, durante 6 meses, contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade. Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da apo- sentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por incapacidade temporária que a an- tecedeu sem interrupção, o benefício cessará: a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente, para os demais segurados; e quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período previsto acima, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: a) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 132 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Letra c. 015. (FCC/INSS/2012/PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO) Conforme prevê a legislação pre- videnciária, em relação ao benefício da aposentadoria por incapacidade permanente é correto afirmar que a) a sua concessão dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. b) por sua natureza em nenhuma situação dependerá de período de carência. c) será devida apenas se o segurado estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária. d) não é devida ao segurado empregado doméstico. e) durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por motivo de incapacidade permanente, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. Perfeita a afirmativa, não sendo necessário tecer nenhum comentário! b) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoria por incapacidade permanen- te, regra geral, é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ouafecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os cri- térios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especifi- cidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefício é zero. c) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o traba- lho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. d) Errada. A aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício que tem como be- neficiários todos os segurados. Portanto, o empregado doméstico, assim como os demais segurados, fazem jus à aposentadoria por incapacidade permanente. e) Errada. Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de incapacidade permanente, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. Letra a. 016. (FCC/AL-SP/2010/PROCURADOR) Com relação ao benefício previdenciário da aposen- tadoria por incapacidade permanente, quando a recuperação for parcial, sem prejuízo da volta à atividade, a aposentadoria será mantida O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 133 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado a) no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. b) com redução de 50%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. c) com redução de 75%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe- ração da capacidade. d) no seu valor integral, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação da capacidade. e) com redução de 50%, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação da capacidade. Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exer- cia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: i) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; ii) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e iii) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Letra a. 017. (CEPRJ/RIOPREVIDÊNCIA/2010/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO) Mévio é acometido por doença incapacitante, tendo realizado perícia oficial e reconhecido o seu direito à percep- ção de auxílio doença. Após verificada a impossibilidade de retomo às atividades laborais, diante de sua incapacidade, a consequência natural consiste em deferir-se aposentadoria: a) voluntária b) por idade c) especial d) rural e) por invalidez No caso em comento, Mévio será aposentado por incapacidade permanente, uma vez que ele foi considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de ativi- dade que lhe garanta a subsistência. Letra e. 018. (FCC/DPE-PA/2009/DEFENSOR PÚBLICO) Constitui condição legal ao recebimento de aposentadoria por incapacidade permanente por segurado do regime geral de previdên- cia social: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 134 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado a) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do SUS (Sistema Único de Saúde). b) ter havido a reunião de pelo menos 12 (doze) contribuições mensais, ressalvadas hipóteses excepcionais, entre as quais aquelas em que a incapacidade tenha decorrido de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho. c) não se tratar de incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era por- tador ao filiar-se à previdência social, mesmo que tal incapacidade tenha decorrido de mera progressão ou agravamento daquela doença ou lesão. d) a consolidação de lesões que resultem em sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado. e) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da empre- sa, nos casos em que esta disponha de serviço médico próprio ou em convênio. A aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício que, em regra, exige carência de 12 contribuições mensais, salvo nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa (gênero que abarca o acidente do trabalho), bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças previstas na legislação previdenciária. a) Errado. A verificação do estado de incapacidade é feita mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social. c) Errado. A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por incapacidade permanente, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. d) Errado. A consolidação de lesões que resultem em sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado é o fato ensejador da con- cessão do auxílio-acidente e não da aposentadoria por incapacidade permanente. e) Errado. A verificação do estado de incapacidade é feita mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social. Letra b. 019. (ESAF/RFB/2005/AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL) Com relação à aposentadoria por incapacidade permanente, prevista na Lei n. 8.213/1991, é incorreto afirmar: a) A aposentadoria por incapacidade permanente não será concedida ao trabalhador avulso. b) A concessão de aposentadoria por incapacidade permanente dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência. c) A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio por incapa- cidade temporária, for considerado incapaz. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 135 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado d) A aposentadoria por incapacidade permanente, inclusive a decorrente de acidente do tra- balho, consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário de benefício. e) A aposentadoria por incapacidade permanente será concedida ao trabalhador doméstico. A aposentadoria por incapacidade permanente é um benefício que tem como beneficiários todos os segurados. Portanto, o trabalhador avulso, assim como os demais segurados, fazem jus à aposentadoria por incapacidade permanente. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário tecer nenhum comentário. Letra a. 020. (FCC/TRT DA 1ª REGIÃO (RJ)/2013/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) A comprova- ção de tempo de serviço ou contribuição para fins previdenciários só produz efeito quando baseada em: a) início de prova material, admitida prova exclusivamente testemunhal apenas quando com- provada a ocorrência de motivo de força maior oucaso fortuito. b) documentos escritos e contemporâneos ou, se tiver havido reconhecimento expresso dos empregadores, em declarações emanadas de autoridades sindicais e judiciais competentes. c) documentos contemporâneos a todos os períodos de prestação dos serviços. d) testemunhos e depoimento pessoal harmônicos. e) início de prova material, jamais sendo admitida a prova exclusivamente testemunhal. A comprovação de tempo de serviço ou contribuição, realizada mediante justificação adminis- trativa ou judicial, só produz efeito perante a previdência social quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo quando houver ocorrência de caso fortuito ou força maior. Letra a. 021. (FCC/PGE-GO/2021/PROCURADOR DO ESTADO SUBSTITUTO) A Lei n. 11.718/2008 introduziu no sistema previdenciário brasileiro espécie de aposentadoria por idade denomi- nada aposentadoria por idade híbrida. Nessa modalidade, permite-se ao segurado mesclar o período urbano ao período rural e vice-versa, para implementar a carência mínima necessária e obter o benefício etário híbrido. Nesse tema, à luz da interpretação jurisprudencial dominante: a) Para fins de aposentadoria híbrida, o tempo rural não pode ser remoto, deve ser contínuo, predominante, concomitante ao implemento das condições ou à data do requerimento admi- nistrativo. b) O reconhecimento do direito à aposentadoria híbrida por idade não está condicionado a que a atividade rurícola tenha sido exercida no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 136 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado c) Não possui direito à aposentadoria híbrida por idade o segurado que, não obstante tenha iniciado seu labor no meio rural, depois migre para o labor urbano. d) Para fazer jus à aposentadoria híbrida, a pessoa tem que ter trabalhado mais tempo na agri- cultora do que em atividades urbanas. e) O tempo de serviço rural, anterior ao advento da Lei n. 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, desde que compro- vado o recolhimento das contribuições. Conforme entendimento do STJ, foi fixada a seguinte tese: o tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei n. 8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efetivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3º da Lei n. 8.213/1991, seja qual for a predominância do labor misto exercido no período de carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito etário ou do requerimento administrativo. Dessa forma, o reconhecimento do direito à aposentadoria híbrida por idade não está condicionado a que a atividade rurícola tenha sido exercida no período imediatamen- te anterior ao requerimento administrativo. Letra b. 022. (IBADE/IPERON-RO/2017/ANALISTA EM PREVIDÊNCIA/ASSISTENTE SOCIAL) A Lei Complementar n. 142, de 8 de maio de 2013, ao regulamentar a aposentadoria da pessoa com deficiência estatuiu que: a) a aposentadoria ocorre com 30 anos de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mu- lher, no caso de segurado com deficiência moderada. b) a pessoa com deficiência pode se aposentar com 25% de desconto no tempo mínimo de contribuição. c) tem direito à aposentadoria o segurado com deficiência após 52 anos de idade e 20 anos de contribuição, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 10 (dez) anos. d) no caso de segurado com deficiência grave o direito à aposentadoria é garantido após 15 anos de contribuição. e) independentemente do grau de deficiência tem direito à aposentadoria o segurado aos 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, desde que cumprido tempo míni- mo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Perfeita a afirmativa! No caso da aposentadoria por idade, a idade é mitigada em 5 anos em relação a idade da antiga aposentadoria por idade, independentemente do grau da deficiência, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 137 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Portanto, o segurado, uma vez que se aposentava por idade aos 65 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade após 60 anos, enquanto que, a segurada, uma vez que se aposentava por idade aos 60 anos, na condição de pessoa com deficiência, irá se aposentar por idade aos 55 anos, desde que cumpra tempo míni- mo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Letra e. 023. (FEPESE/IPREV/2013/ADVOGADO/AUTÁRQUICO) De acordo com a Constituição da República de 1988, a aposentadoria especial depende: a) de regulamentação por meio de lei complementar, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. b) de edição de decreto regulamentar para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física c) de edição de lei ordinária para os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência. d) de definição por meio de lei complementar para os casos de atividades exercidas sob con- dições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. e) autorização legislativa, por meio de resolução do congresso nacional, apenas quando se tratar de segurados portadores de deficiência. Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o art. 201, § 1º da CF/1988 de- terminava que era vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. Portanto, a aposentadoria especial é assunto de reserva de lei complementar. Entretanto, a aposentadoria especial do RGPS estava e ainda está prevista nos arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/1991. Como a exigência de lei complementar só foi determinada pelo Poder Constituinte Derivado Reformador, por meio da EC n. 20/1998, tais dispositivos, por serem materialmente compatíveis com a CF/1988, foram devidamente recepcionados. Entretanto, assumindo o status normativo que a CF/1988 passou a exigir, ou seja, com o status normativo de LC. Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), a previsão da concessão da aposentadoria diferenciada para o beneficiário do RGPS exposto a agente nocivo está no art. 201, § 1º, II da CF/1988, que determina que é vedada a adoção de requisitos ou critérios di- ferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a pos- sibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratoresà responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 138 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Portanto, a aposentadoria especial, mesmo após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), continua a ser assunto de reserva de lei complementar. Logo, desde a EC n. 20/1998, os arts. 57 e 58 da Lei n. 8.213/1991, por terem status de LC, só podem ser alterados por meio de LC. Letra d. 024. (IBFC/COMLURB/2016/MÉDICO DO TRABALHO) Sobre a aposentadoria especial, assi- nale a alternativa incorreta: a) Para efeito de aposentadoria especial, a comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) b) Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário o cumprimento da carência, de pelo menos, 60 contribuições mensais. c) A aposentadoria especial é irrenunciável: depois que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado não poderá desistir do benefício. d) A aposentadoria especial requerida e concedida a partir de 29/4/95 será cancelada pelo INSS, caso o beneficiário permaneça ou retorne à atividade que ensejou a concessão desse benefício, na mesma ou em outra empresa Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário o cumprimento da carência, de pelo me- nos, 180 contribuições mensais. As demais afirmativas são perfeitas, não sendo necessário tecer nenhum comentário! Letra b. 025. (CESGRANRIO/PETROBRÁS/2015/PROFISSIONAL JÚNIOR/SERVIÇO SOCIAL) O be- nefício para o qual deverão ser comprovados, entre outros, o tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, e a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológi- cos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo período equiva- lente ao exigido para a concessão do benefício refere-se a a) aposentadoria especial b) aposentadoria por idade c) aposentadoria por incapacidade permanente d) auxílio-acidente e) auxílio por incapacidade temporária O benefício para o qual deverão ser comprovados, entre outros, o tempo de trabalho perma- nente, não ocasional nem intermitente, e a exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 139 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício refere-se a aposentadoria especial. Letra a. 026. (IESES/IFC-SC/2015/DIREITO) Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos: a) 120 contribuições mensais. b) 160 contribuições mensais. c) 180 contribuições mensais. d) 100 contribuições mensais. A carência exigida para a concessão da aposentadoria especial é de 180 contribuições mensais. Letra c. 027. (QUADRIX/DATAPREV/2012/MÉDICO DO TRABALHO) Em relação ao Perfil Profissio- gráfico Previdenciário, é correto afirmar que: a) ele é elaborado pela previdência Social a partir das informações obtidas ao longo da vida do trabalhador e será utilizado no julgamento de cessão de benefícios e aposentadorias por invalidez. b) deverá ser elaborado e entregue ao trabalhador, se este solicitar, sempre no exame admissional. c) é uma fonte indireta e limitada de dados para a vigilância sanitária e epidemiológica da saú- de do trabalhador. d) constitui-se em um documento da empresa que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados da monitoração biológica realizada nos tra- balhadores. e) comprova a exposição do trabalhador aos agentes nocivos e baseia-se em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de seguran- ça do trabalho. A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário, denominado perfil profissiográfico previdenciário (PPP), emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) ex- pedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Considera-se perfil profissiográfico previdenciário o documento histórico-laboral do trabalhador, segundo modelo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 140 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado instituído pelo Instituto Nacional do Seguro Social, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrati- vos correspondentes, devendo a empresa elaborá-lo e mantê-lo atualizado, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, devendo ser fornecido ao trabalhador, por cópia autêntica, no prazo de 30 da rescisão do seu contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado, sob pena de multa por descumprimento de obrigação acessória. Letra e. 028. (CESPE/PGE-AL/2009/PROCURADOR DO ESTADO) João é empregado de uma grande mineradora e trabalha exposto a agentes nocivos prejudiciais à saúde, assim definidos em lei. A referida relação de emprego resultou na sua primeira filiação ao RGPS. Após 10 anos de efetivo serviço nessas condições, João foi eleito dirigente sindical, ficando afastado de suas atribuições para se dedicar exclusivamente à atividade de representante de seus pares. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito do instituto da aposen- tadoria especial. a) Em regra, o período de carência para a aposentadoria especial é de 120 contribuições mensais. b) Não se considera como especial o tempo de trabalho laborado com exposição a ruídos, ain- da que para simples conversão em tempo comum. c) A alíquota da contribuição sobre a remuneração dos segurados a cargo da empresa em que João trabalha será majorada em relação a todos os empregados e não apenas em relação à remuneração daqueles expostos a condições especiais. d) O segurado que obteve o benefício de aposentadoria especial após 15 anos de serviço pode- rá retornar ao mercado de trabalho para o desempenho de atividade que o exponha a agentes nocivos, podendo cumular nova aposentadoria após o mesmo prazo. e) Durante o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, João não terá esse tempo contado para fins de aposentadoria especial. Para que o período conte para fins de aposentadoria especial, há a necessidade da exposição permanente do segurado ao agente nocivo. Portanto, no caso em comento, tendo em vista o período de afastamento para o exercício do mandato de dirigente sindical, como não há a exposição permanente ao agente nocivo, este não pode ser considerado para fins de aposen- tadoria especial. a) Errada. A carência exigida para a concessão da aposentadoriaespecial é de 180 contribui- ções mensais. b) Errada. No caso específico da exposição ao agente nocivo ruído, desde que em limites aci- ma do limite legal, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que se constata que, apesar do uso de Equipamento de Proteção Individual (protetor auricular) reduzir a agressividade do O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 141 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado ruído a um nível tolerável, até no mesmo patamar da normalidade, a potência do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vão muito além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. Portanto, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual – EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. Tal entendimento é sumulado pela TNU, por meio da Súmula n. 9 da TNU, in verbis: JURISPRUDÊNCIA O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. c) Errada. As alíquotas da GILRAT serão acrescidas de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respecti- vamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. O acréscimo incide exclusi- vamente sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. d) Errada. Conforme determina a legislação previdenciária, é vedado que o segurado aposen- tado por meio de uma aposentadoria especial continue no exercício da atividade ou operação que o sujeite a agentes nocivos, sendo a sua aposentadoria cessada a partir da data do retorno à atividade. Ademais, não é possível a acumulação de mais de uma aposentadoria no RGPS. Letra e. 029. (FUNRIO/INSS/2008/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/SERVIÇO SOCIAL) Para conces- são da aposentadoria especial a comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos, será feita mediante formulário denominado a) Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO). b) Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). c) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). d) Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP). e) Laudo Técnico de Condições de Trabalho (LTCAT). Para concessão da aposentadoria especial, a comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário denominado perfil profissiográfico previ- denciário, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Letra d. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br Bernardo Machado Auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. Graduado em Engenharia de Produção pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes (Ucam) e pós- graduado em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Professor de Direito Previdenciário em cursos preparatórios para concurso público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Aposentadorias do RGPS Classificação dos Benefícios Prestações Previdenciária Aposentadoria por Incapacidade Permanente Evento Determinante Beneficiários Carência Renda Mensal do Benefício Data do Início do Pagamento Observações Aposentadoria Programada Introdução Evento Determinante Beneficiários Carência Renda Mensal do Benefício Data de Início do Pagamento Aposentadoria Programada do Professor Evento Determinante Beneficiários Carência Renda Mensal do Benefício Data de Início do Pagamento Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural Introdução Evento Determinante Beneficiários Carência Renda Mensal do Benefício Data de Início do Pagamento Observações Aposentadoria por Tempo de Contribuição e por Idade da Pessoa com Deficiência Evento Determinante Renda Mensal do Benefício Observações Aposentadoria Especial Evento Determinante Beneficiários Carência Renda Mensal do Benefício Data do Início do Pagamento Observações Regras de Transição Aplicáveis ao RGPS Introdução Regra de Transição 1 – Art. 15 da EC n. 103/19 Regra de Transição 2 – Art. 16 da EC n. 103/19 Regra de Transição 3 – Art. 17 da EC n. 103/19 Regra de Transição 4 – Art. 18 da EC n. 103/19 Regra de Transição 5 – Art. 20 da EC n. 103/19 Regra de Transição 6 – Art. 21 da EC n. 103/19 Resumo Questões de Concurso – Lista I Gabarito Gabarito Comentado Questões de Concurso – Lista II Gabarito Gabarito Comentado AVALIAR 5: Página 142:ainda que total, em mais de 5 anos, ou outra atividade 6 meses – 100% do valor 6 meses – 50% do valor 6 meses – 25% do valor É importante frisar que o segurado que retornar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo, novo benefício, tendo este processamento normal. Entretanto, caso haja requerimento de novo benefício durante os períodos de percepção da “mensalidade de recuperação”, caberá ao segurado optar por um dos benefícios, assegura- da a opção pelo benefício mais vantajoso. Ademais, na hipótese de opção pelo recebimento de novo benefício, cuja duração se en- cerre antes da cessação da “mensalidade de recuperação”, o pagamento deste poderá ser restabelecido pelo período remanescente, respeitadas as reduções correspondentes. Visualiza-se o explicado por meio de um exemplo prático. EXEMPLO Imagine um segurado que sofre um grave acidente. Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, o perito médico entende que o segurado tem uma incapacidade permanente para o seu trabalho, fato que enseja a concessão da aposentadoria por incapa- cidade permanente. Após passar pelo procedimento de reabilitação profissional, o segurado O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado é declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia. Assim, o beneficiário fará jus, sem prejuízo da volta à atividade, ao recebimento da “mensalidade de recuperação” por 18 meses, sendo 6 meses no seu valor integral; com redução de 50%, no perí- odo seguinte de 6 meses; e com redução de 75%, também pelo período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Após receber por 6 meses a “mensalidade de recuperação” no seu valor integral, o segurado requerer novo benefício (ex: auxílio por incapacidade temporá- ria), sendo este processado e deferido com valor mais vantajoso em relação à “mensalidade de recuperação”. Assim sendo, o segurado passa a receber este novo benefício, sendo cessada a “mensalidade de recuperação”. Entretanto, o novo benefício é cessado após 6 meses. Nessa situação, o pagamento da “mensalidade de recuperação” poderá ser restabelecido pelo perío- do remanescente, respeitadas as reduções correspondentes. Dessa forma, o segurado ainda faz jus a “mensalidade de recuperação” pelo período de 6 meses, com redução de 75%. Após o citado período, o benefício será cessado definitivamente. Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo. Perceba que a “mensalidade de recuperação” é restabelecida, pois o novo benefício foi ces- sado antes de findar o prazo para o seu pagamento. Como o novo benefício foi concedido por 6 meses, ainda restam 6 meses do período da “mensalidade de recuperação”. Entretanto, deverão ser respeitadas as reduções correspondentes, ou seja, se faltam 6 meses para o pagamento da “mensalidade de recuperação”, esta será paga com a redução de 75% do seu valor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Resumo Aposentadoria por incapacidade permanente Evento determinante Incapacidade permanente do segurado para o trabalho Beneficiários Todos os segurados Carência Regra geral, 12 CM 0 CM – acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho e, após filiação do segurado ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher 100% x SB, quando decorrente de acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. Início do pagamento Empregado – 16º dia, se requerida em até 30 dias. Após 30 dias, DER Demais segurados – incapacidade, se requerida em até 30 dias. Após 30 dias, DER 001. (CESPE/TRT – 17ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIA- DOR/2013) Considere que um indivíduo, antes de aderir ao regime geral de previdência social, estivesse enfermo de uma moléstia incapacitante para o trabalho. Nessa situação, se não tiver havido posterior progressão ou agravamento da enfermidade, tal doença não dará a esse indi- víduo o direito de obter a aposentadoria por invalidez. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez), sal- vo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doen- ça ou lesão. Certo. aPosentadoria Programada introdução Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o segurado do RGPS fazia jus a aposentadoria por idade, bem como a aposentadoria por tempo de contribuição. A aposentadoria por idade, tinha, como evento determinante, o atingimento do requisito etá- rio. Assim sendo, uma vez cumprida a carência exigida, a aposentadoria por idade era devida ao segurado que completasse 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, redu- zidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres (empregado, contribuinte individual que presta serviço de natureza rural a uma ou mais empresas, trabalhador avulso e segurado especial, bem como para os segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar). Importante frisar que, a partir da EC n. 20/98, com a alteração no art. 195, § 8º da CF/88, o garimpeiro não se enquadra mais na categoria de segurado especial. O garimpeiro, atualmen- te, enquadra-se como segurado obrigatório na condição de contribuinte individual. Entretanto, ainda continuava com a benesse de se aposentar por idade com 5 anos a me- nos em relação aos demais segurados, desde que exercesse a sua atividade em regime de economia familiar, nos termos do art. 201, § 7º, II da CF/88. No caso da aposentadoria por tempo de contribuição, bastava, para fins de sua concessão, que o segurado atingisse o requisito tempo de contribuição, independentemente do atingimen- to do requisito etário mínimo. Dessa forma, a aposentadoria por tempo de contribuição era devida ao segurado após 35 anos de contribuição, se homem, ou 30 anos, se mulher. Entretanto, para o professor(a) que comprovasse exclusivamente, tempo de efetivo exercí- cio em função de magistério na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio, esse tempo de contribuição era mitigado (reduzido) em 5 anos, ou seja, o professor se aposen- tava após 30 anos de contribuição e a professora se aposentava após 25 anos de contribuição. As citadas aposentadorias deixam de existir da forma como foram explicadas! Ainda per- siste as aposentadorias por idade e por tempo de contribuição. Entretanto, tais benefícios são devidos apenas aos segurados na condição de pessoa com deficiência, nos termos da LC n. 142/13. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio -, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), as citadas aposentadorias foram substituídas pela aposentadoria programada, a qual exige, além do atingimento do re- quisito etário mínimo, tempo mínimo de contribuição. evento determinante A aposentadoria programada, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segu- rado que atingir 62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem. Portanto, para que o beneficiário faça jus a aposentadoria programada, faz-se necessário cumprir o requisito etário mínimo, cumulado com o tempo de contribuição mínimo, conforme quadro abaixo: Aposentadoria programada Homem Idade – 65 anos TC – 20 anos Mulher Idade – 62 anos TC – 15 anos Primeiramente, é importante revisar a regra prevista no art. 195, § 14 da CF/88, in verbis: § 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de Previ- dência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. Portanto, somente será computada como tempo de contribuição a competência cujo re- colhimento seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria. A competência cujo recolhimento seja inferior à contribuição mínima mensal não será computada para nenhum fim, ou seja, para o cálculo do valor do benefício, para a carência, para a manutenção da qualidade de segurado, além do tempo de contribuição. Ademais, conforme determinava a legislação previdenciária, considerava-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legal- mente estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Essa regra só é aplicável até a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), ou seja, até 13/11/2019. Para os períodos posteriores à recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), as competências em que o salário de contribuição mensal tenha sido igual ou superior ao limite mínimo serão computadas integralmente como tempo de contribuição, independentemente do número de dias trabalhados, ou seja, os períodos serão computados por mês, independen- te do início ou fim da atividade ocorrido dentro da competência. Para melhorar entender o período anterior e posterior à EC n. 103/19, visualizam-se situa- ções hipotéticas. EXEMPLO Imagine um segurado empregado que foi admitido no dia 28/05/2005, ou seja, bem antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19). No caso desse segurado, o seu tempo de contribuição era contado de data a data, ou seja, a partir do dia 28. Imagine, agora, um segurado empregado que foi admitido no dia 28/05/2020, ou seja, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19). No caso desse segurado, o seu tempo de contribuição não é contado de data a data, mas por mês, caso o seu salário de contribuição tenha sido igual ou superior ao limite mínimo mensal da sua categoria. Ou seja, o seu tempo de contribuição é contado a partir do mês de maio de 2020 e não a partir do dia 28. A contagem do tempo de contribuição, portanto, passa a ser por mês e não mais de data a data. Ademais, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), o Poder Constituinte Derivado Reformador inseriu o § 14 ao art. 201, assim determinando: “§ 14. É vedada a conta- gem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de contagem recíproca.”. Dessa forma, não é mais permitida a contagem de tempo de contribuição fictício para efei- to de concessão de benefícios previdenciários. Ou seja, antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), alguns períodos eram contados, de maneira fictícia, como tempo de contribuição. Entretanto, após a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), não se permite mais a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão de benefícios previdenciários e de contagem recíproca. E os citados períodos anteriores à recente reforma da previdência social (EC n. 103/19)? Estes continuarão a ser considerados como tempo de contribuição? Sem dúvida! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Tal direito é assegurado por força do art. 25, caput da EC n. 103/19, in verbis: Art. 25. Será assegurada a contagem de tempo de contribuição fictício no Regime Geral de Previ- dência Social decorrente de hipóteses descritas na legislação vigente até a data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional para fins de concessão de aposentadoria, observando-se, a partir da sua entrada em vigor, o disposto no § 14 do art. 201 da Constituição Federal. Estranhamente, o art. 19-C, § 1º do RPC (Decreto n. 3.048/99), incluído pelo Decreto n. 10.410/20, excepciona tal regra da impossibilidade da contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão de benefícios previdenciários. Tal dispositivo determina que será computado o tem- po intercalado de recebimento de benefício por incapacidade, na forma do disposto no inciso II do caput do art. 55 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, exceto para efeito de carência. Para melhor entender tal período, visualiza-se uma situação hipotética. EXEMPLO Imagine um segurado empregado que trabalhou durante 10 anos e veio a sofrer um acidente. Passando pelo exame médico-pericial a cargo da previdência social, constatou-se uma incapa- cidade temporária para o trabalho, fato que ensejou a concessão do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Esse segurado ficou durante 20 anos em gozo do citado benefício. Ao passar por nova perícia, ficou constatada a sua recuperação, fazendo com que o segurado retornasse a sua atividade por mais 5 anos. Diante dessa situação hipotética, qual é o tempo de contribuição e a carência que esse segurado possui? Uma vez que o período em que o segurado esteve em gozo do auxílio por incapacidade temporária conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência, já que não existem contribuições mensais vertidas nesse período, esse segurado tem 35 anos de contribuição (10 + 20 + 5) e 180 contribuições mensais para efeitos de carência (120 + 60). Caso esse segurado já tenha 65 anos de idade, este fará jus a aposentadoria programada, pois já possui os requisitos necessários para fins de percepção do benefício Portanto, o período do recebimento do benefício por incapacidade, intercalado por ativi- dades, conta para fins de tempo de contribuição, mas não conta para efeitos de carência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquermeios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Cabe a ressalva que, conforme entendimento jurisprudencial, o período de recebimento de benefício por incapacidade, intercalado por atividades, contava para fins de tempo de contri- buição e para efeitos de carência. Cabe, portanto, mencionar o enunciado da Súmula 73 do Tribunal Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), que assim dispõe: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computa- do como tempo de contribuição ou para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições para a previdência social”. Tal entendimento foi ratificado pelo STF, no tema 1125, tendo sido fixada a tese em sede de repercussão geral: JURISPRUDÊNCIA É constitucional o cômputo, para fins de carência, do período no qual o segurado esteve em gozo do benefício de auxílio-doença, desde que intercalado com atividade laborativa. Atualmente, o art. 19-C do RPC (Decreto n. 3.048/99), incluído pelo Decreto n. 10.410/20, elenca períodos que são considerados como tempo de contribuição. Segue, abaixo, o citado dispositivo: Art. 19-C. Considera-se tempo de contribuição o tempo correspondente aos períodos para os quais tenha havido contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS, dentre outros, o período: I – de contribuição efetuada por segurado que tenha deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrasse como segurado obrigatório da previdência social; II – em que a segurada tenha recebido salário-maternidade; III – de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições; IV – em que o segurado tenha sido colocado em disponibilidade remunerada pela empresa, desde que tenha havido desconto de contribuições; V – de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei n. 3.807, de 26 de agosto de 1960, desde que tenha sido indenizado conforme o disposto no art. 122; VI – de atividade na condição de empregador rural, desde que tenha havido contribuição na forma prevista na Lei n. 6.260, de 6 de novembro de 1975, e indenização do período anterior, conforme o disposto no art. 122; VII – de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havi- do contribuição na época apropriada e este não tenha sido contado para fins de aposentadoria por outro regime de previdência social; VIII – de licença, afastamento ou inatividade sem remuneração do segurado empregado, inclusive o doméstico e o intermitente, desde que tenha havido contribuição na forma prevista no § 5º do art. 11; e IX – em que o segurado contribuinte individual e o segurado facultativo tenham contribuído na for- ma prevista no art. 199-A, observado o disposto em seu § 2º. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado É importante frisar que a contribuição simplificada (contribuição de 11% ou 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição) do segurado contribuinte individual e do se- gurado facultativo é considerado tempo de contribuição para fins de concessão de uma apo- sentadoria programada. Entretanto, o segurado, inclusive aquele com deficiência, que tenha contribuído na forma simplificada e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição (direito adquirido e regras transitórias) ou de con- tagem recíproca do tempo de contribuição deverá complementar a contribuição mensal. Tempo de contribuição Somente será computada como tempo de contribuição a competência cujo recolhimento seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exigida para sua categoria. A competência cujo recolhimento seja inferior à contribuição mínima mensal não será computada para nenhum fim, ou seja, para o cálculo do valor do benefício, para a carência, para a manutenção da qualidade de segurado, além do tempo de contribuição. Tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da atividade. – Período anterior à EC n. 103/19, ou seja, até 13/11/2019 Para os períodos posteriores à recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), ou seja, a partir de 14/11/2019, as competências em que o salário de contribuição mensal tenha sido igual ou superior ao limite mínimo serão computadas integralmente como tempo de contribuição, independentemente do número de dias trabalhados, ou seja, os períodos serão computados por mês, independente do início ou fim da atividade ocorrido dentro da competência. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de contagem recíproca. Será assegurada a contagem de tempo de contribuição fictício no Regime Geral de Previdência Social decorrente de hipóteses descritas na legislação vigente até a data de entrada em vigor da EC n. 103/19 para fins de concessão de aposentadoria, observando-se, a partir da sua entrada em vigor, o disposto no § 14 do art. 201 da Constituição Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência social, tempo de contribuição e salários de contribuição. Na hipótese de não constarem do CNIS as informações sobre atividade, vínculo, remune- rações ou contribuições, ou de haver dúvida sobre a regularidade das informações existentes, o período somente será confirmado por meio da apresentação de documentos contemporâ- neos dos fatos a serem comprovados, com menção às datas de início e de término e, quando se tratar de trabalhador avulso, à duração do trabalho e à condição em que tiver sido prestada a atividade. Na falta de documento contemporâneo, podem ser aceitos declaração do empregador ou de seu preposto, atestado de empresa ainda existente ou certificado ou certidão de entidade oficial dos quais constem os dados necessários, desde que extraídos de registros existentes, que serão confirmados pelo INSS, exceto se fornecidas por órgão público. Caso os documentos apresentados não sejam suficientes para a comprovação de ativi- dade, vínculo ou remunerações, estes poderão ser corroborados por pesquisa ou justificação administrativa, conforme o caso. A comprovação realizada mediante justificação administrativa ou judicial só produz efeito perante a previdência social quando baseada em início de prova material, não sendo admi- tida prova exclusivamente testemunhal, salvo quando houver ocorrência de caso fortuito ou força maior. Caracteriza motivo de força maior ou caso fortuito a verificação de ocorrência notória, tais como incêndio, inundação ou desmoronamento, que tenha atingido a empresa na qualo segurado alegue ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante registro da ocorrência policial feito em época própria ou apresentação de documentos contemporâneos dos fatos, e verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado. Prova de tempo de contribuição Feita mediante documentos que comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem contados, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a comprovar Na falta de documento contemporâneo podem ser aceitos declaração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda existente, certificado ou certidão de entidade oficial dos quais constem os dados necessários Se o documento apresentado pelo segurado não atender ao estabelecido no RPS, a prova exigida pode ser complementada por outros documentos que levem à convicção do fato a comprovar, inclusive mediante justificação administrativa A comprovação realizada mediante justificação administrativa ou judicial só produz efeito perante a previdência social quando baseada em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo quando houver ocorrência de caso fortuito ou força maior O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado BenefiCiários Todos os segurados têm acesso à aposentadoria programada. CarênCia A carência exigida para a concessão da aposentadoria programada é de 180 contribui- ções mensais. renda mensal do BenefíCio O cálculo da aposentadoria programada tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. data de iníCio do Pagamento A aposentadoria programada será devida: • Ao segurado empregado e empregado doméstico a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou a partir da data do requerimen- to, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após os 90 dias do desligamento; • Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentadoria programada. EXEMPLO Imagine um segurado empregado que complete 65 anos de idade, 20 anos de tempo de con- tribuição, tenha a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o benefício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamen- to. Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado EXEMPLO Imagine um segurado contribuinte individual complete 65 anos de idade, 20 anos de tempo de contribuição e tenha a carência necessária para a concessão da aposentadoria programada. Nesse caso, o benefício sempre será devido a partir da data da entrada do requerimento. Tal regra se aplica, ao trabalhador avulso, segurado especial e segurado facultativo. Resumo Aposentadoria programada Evento determinante Idade do beneficiário → Homem – 65 anos e Mulher – 62 anos + TC do beneficiário → Homem – 20 anos e Mulher – 15 anos Beneficiários Todos os segurados Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher Início do pagamento Empregado/Doméstico – desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER Demais segurados – DER O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado aPosentadoria Programada do Professor evento determinante A aposentadoria programa do professor segue a lógica da aposentadoria programada, com a peculiaridade do art. 201, § 8º da CF/88, que assim dispõe: § 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. Assim sendo, a aposentadoria programada do professor, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao professor que comprove 25 anos de contribuição exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio e tenha 57 anos de idade, se mulher, e 60 (sessenta) anos de idade, se homem. Portanto, para que o professor(a) faça jus a sua aposentadoria programada, faz-se neces- sário cumprir o requisito etário mínimo, cumulado com o tempo de contribuição mínimo ex- clusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, conforme quadro abaixo: Aposentadoria programada do professor Idade Professor – 60 anos Professora – 57 anos tempo de contribuição mínimo exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio 25 anos Alguns doutrinadores, inclusive a jurisprudência, mencionavam que a antiga aposentadoria com o tempo de contribuição reduzido para o professor(a) era uma aposentadoria especial do professor(a). Como assim? O evento que enseja a concessão da aposentadoria especial é a exposição permanente do segurado a agentes nocivos, prejudicando a sua saúde ou a sua integridade física durante certo período. Atualmente, com a recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), além do tempo de efetiva exposição ao agente nocivo durante um certo lapso tem- poral, faz-se necessário que o beneficiário atinja uma idade mínima, para fins de percepção do benefício, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Ou seja, quando se mencionava que a aposentadoria com o tempo de contribuição reduzi- do para o professor(a) era uma aposentadoria especial do professor(a), estavam equiparando as crianças a agentes nocivos. PELO AMOR DE DEUS! Equiparar as crianças a agentes nocivos é demais! Até reconheço que elas não são fáceis, pois tenho três filhos e sei como é! Entretanto, assim tambémjá é demais! Kkkkkkkkkk... Portanto, a aposentadoria programada do professor(a) não é uma aposentadoria especial do professor(a), mas sim uma aposentadoria constitucionalmente diferenciada, nos termos do art. 201, § 8º da CF/88. Considera-se função de magistério aquela exercida por professor em estabelecimento de en- sino de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as funções de direção de unidade escolar e de coordenação e assessoramento pedagógicos. Função de magistério Exercício da docência Direção de unidade escolar Coordenação Assessoramento pedagógico BenefiCiários Professor(a) que comprove 25 anos de contribuição exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. CarênCia A carência exigida para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição é de 180 contribuições mensais. renda mensal do BenefíCio O cálculo da aposentadoria programada do professor tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 60%, com acréscimo de 2 pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contri- buição, no caso do homem, ou 15 anos de contribuição, no caso da mulher. data de iníCio do Pagamento A aposentadoria programada do professor será devida a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após os 90 dias do desligamento. Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento da aposentadoria programada. EXEMPLO Imagine um professor que complete 60 anos de idade, 25 anos de tempo de contribuição exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério no ensino fundamental, tenha a carência necessária e se desligue da empresa onde trabalhava. Assim, caso requeira o bene- fício até 90 dias do desligamento, receberá o benefício a partir do desligamento. Caso o professor requeira o benefício após o lapso temporal de 90 dias, o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento. Essa regra também se aplicaria, caso o segurado não tivesse se desligado da empresa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Resumo Aposentadoria programada do professor Evento determinante Idade do beneficiário → Professor – 60 anos e Professora – 57 anos + TC exclusivamente em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio → 25 anos Beneficiários Professor(a) Carência 180 CM Renda mensal do benefício 60% x SB + 2% para cada ano que exceder o tempo de 20 anos, no caso do homem, ou 15 anos, no caso da mulher Início do pagamento Desligamento da atividade, se requerida em até 90 dias. Após 90 dias ou se não houver desligamento, DER aPosentadoria Por idade do traBalhador rural introdução Antes da recente reforma da previdência social (EC n. 103/19), conforme já mencionado, o segurado do RGPS fazia jus a aposentadoria por idade. A aposentadoria por idade tinha, como evento determinante, o atingimento do requisito etá- rio. Assim sendo, uma vez cumprida a carência exigida, a aposentadoria por idade era devida ao segurado que completasse 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais, respectiva- mente homens e mulheres (empregado, contribuinte individual que presta serviço de natureza rural a uma ou mais empresas, trabalhador avulso e segurado especial, bem como para os segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar). 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A única mudan- ça foi apenas em relação a forma de apuração do salário de benefício, conforme será estudado. evento determinante A aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro, uma vez cumprida a carência exigi- da, será devida 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, para os trabalha- dores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. Perceba que, a partir da EC n. 20/98, com a alteração no art. 195, § 8º da CF/88, o garim- peiro não se enquadra mais na categoria de segurado especial. O garimpeiro, atualmente, en- quadra-se como segurado obrigatório na condição de contribuinte individual. Entretanto, ainda continua com a benesse de se aposentar por idade com 5 anos a menos em relação aos demais segurados, desde que exerça a sua atividade em regime de economia familiar, nos termos do art. 201, § 7º, II da CF/88. É importante frisar que, conforme preceitua o art. 48, § 1º da Lei n. 8.213/91, o trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido. BenefiCiários Trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia fa- miliar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. CarênCia A carência exigida para a concessão da aposentadoria por idade é de 180 contribui- ções mensais. renda mensal do BenefíCio O cálculo da aposentadoria do trabalhador rural e do garimpeiro tem como base de cálculo o salário de benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualiza- dos monetariamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. Na verdade, essa é a única modificação com a recente O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Plínio - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 142www.grancursosonline.com.br Aposentadorias do RGPS DIREITO PREVIDENCIÁRIO Bernardo Machado Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 70% sobre tal base