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0 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2 2 Benefícios previdenciários .................................................................................... 3 2.1 Aposentadoria por tempo de contribuição ............................................ 4 2.2 Aposentadoria especial ........................................................................ 8 2.3 Aposentadoria por idade .................................................................... 16 2.4 Aposentadoria por invalidez ............................................................... 18 2.5 Auxílio-doença .................................................................................... 22 2.6 Auxílio-acidente .................................................................................. 24 2.7 Salário-família .................................................................................... 25 2.8 Salário-maternidade ........................................................................... 27 2.9 Pensão por morte ............................................................................... 31 2.10 Auxilio-reclusão ............................................................................... 35 3 Considerações finais ........................................................................................... 38 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 41 5 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 42 2 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 2 Benefícios previdenciários Os benefícios previdenciários e o benefício assistencial são benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a quem cumpre os requisitos impostos pela Previdência Social. Podem ser benefícios previdenciários, quando dependem da contribuição prévia do segurado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou o benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Os benefícios previdenciários podem ser programáveis ou não. Os primeiros são essencialmente os voluntários, os que dependem de algo que se sabe que vai acontecer como: pagar contribuições, chegar a uma certa idade, etc. Os demais são benefícios que ocorrem em razão de alguma sinistralidade, como a aquisição de uma doença, a morte, etc. No presente trabalho serão estudadas as prestações previdenciárias formadas pelos benefícios e pelos serviços do RGPS devidos aos segurados e seus dependentes. Em relação aos segurados, são previstos 8 benefícios, já para os dependentes dos segurados são previstos apenas dois. Os benefícios são divididos em: Benefícios dos Segurados Benefícios dos Dependentes Aposentadoria por tempo de contribuição Pensão por morte Aposentadoria especial Auxílio-reclusão Aposentadoria por idade Aposentadoria por invalidez Auxílio-doença Auxílio-acidente Salário-família Salário-maternidade A finalidade da Previdência Social é proteger e oferecer segurança aos trabalhadores nos momentos cruciais de sua vida. (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2008. apud TEIXEIRA,2019) https://previdenciarista.com/beneficio-assistencial/ https://previdenciarista.com/beneficio-assistencial/ https://previdenciarista.com/aposentadoria-por-idade/ https://previdenciarista.com/auxilio-doenca/ https://previdenciarista.com/pensao-por-morte/ 4 2.1 Aposentadoria por tempo de contribuição Fonte: jornalcontabil.com Esse tipo de benefício era destinado para aqueles segurados que buscavam se aposentar pelo tempo de contribuição. Agora com as novas regras não haverá uma aposentadoria que exigirá apenas o tempo de contribuição. E, essa aposentadoria vai terminar de uma hora para outra? Não. Em regra, somente aqueles que começarem a contribuir ao INSS depois da promulgação da reforma é que não terão mais direito a esse benefício. Os demais segurados serão enquadrados nas chamadas regras de transição. E, é sobre elas que vamos falar nesse texto. Mas, primeiro, vamos entender como funciona a Aposentadoria por Tempo de Contribuição após a Reforma da Previdência de 2019. De uma forma resumida, a Aposentadoria por Tempo de Contribuição é um benefício previdenciário ao segurado que atingiu o tempo necessário de contribuições à Previdência Social. De acordo com as regras atuais, são necessários 35 anos de tempo de serviço para homens e 30 anos para as mulheres. Ou seja, se você cumpriu o período necessário, já é possível solicitar a sua aposentadoria. (CEOLIN, 2019. apud SANTANA, 2020). Neste tipo de benefício não é obrigatório ter uma idade mínima. Um dos requisitos exigidos é que seja cumprido um período de carência de 180 meses de contribuição, ou seja, 15 anos, isso antes da Reforma. 5 Após a promulgação da Reforma da Previdência a Aposentadoria por Tempo de Contribuição deixa de existir. Entretanto, essa extinção irá acontecer de forma gradual e é por isso que foram criadas as chamadas Regras de Transição. (AGÊNCIA BRASIL, 2019. apud MÁXIMO, 2020). Assim, essas regras de transição foram criadas para aqueles que já estão contribuindo para o INSS. Especialmente aqueles que já estão mais próximos de se aposentar, para que não sejam tão prejudicados pelas mudanças na legislação. Fonte: jornalcontabil.com Na nova regra da Reforma da Previdência 2019, estão previstas 4 regras de transição para a Aposentadoria por Tempo de Contribuição para segurados do INSS: Regra de Transição por Pontos; Regra de Transição por Idade Mínima; Regra de Transição do Pedágio 50%; Regra de Transição do Pedágio 100%; Vamos conhecer como funciona cada uma dessas regras. Na “regra de transição por pontos”, está previsto que terão direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição os segurados que, somando o tempo de contribuição e a idade, atinjam uma determinada pontuação. No caso da mulher, é necessário que ela tenha 30 anos de contribuição. Ela precisará somar esse valor com a sua idade e a soma deve atingir 86 pontos. Já no https://www.carboneraetomazini.com.br/aposentadoria-tempo-contribucao/ https://www.carboneraetomazini.com.br/aposentadoria-tempo-contribucao/ 6 caso dos homens, eles devem completar 35 anos de contribuição. Após, somar esse período com idade e a soma final deverá atingir 96 pontos. Fonte: jornalcontabil.com Essa pontuação não será sempre a mesma. Ela aumentará a cada ano até atingir 105 pontos para os homens e 100 para as mulheres. A regra de transição pela “Idade Mínima” é muito parecida com a pôr pontos. Aqui, para ter direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição será necessário ter uma idade mínima.Desta forma, as mulheres terão que completar 30 anos de contribuição e 56 anos de idade. Já no caso dos homens serão 35 anos de contribuição e 61 anos de idade. (AGÊNCIA BRASIL, 2019. apud MÁXIMO, 2020). Fonte: jornalcontabil.com 7 Mas é importante frisar, que essa idade mínima não será sempre a mesma. A partir deste ano de 2020, será acrescido 6 meses a cada ano, até atingir 62 anos de idade, para as mulheres e 65 anos para os homens. Na regra de transição do pedágio de 50% o segurado precisará ter o tempo mínimo de contribuição exigido e, ainda, pagar um pedágio de 50% do tempo faltante para se aposentar pela regra atual. Referente ao tempo mínimo de contribuição exigido, será necessário atingir no mínimo 28 anos de tempo de contribuição no caso da mulher e 33 anos de contribuição para os homens. No caso da MULHER, ela precisa atingir os 30 anos de contribuição que é o requisito da Aposentadoria por Tempo de Contribuição pela regra atual. Além dela atingir esse tempo, ela vai precisar ainda cumprir um “pedágio”. Esse pedágio será de 50% do tempo que faltava para ela se aposentar na data de publicação da Reforma. Já para o HOMEM, é necessário atingir 35 anos de contribuição + o pedágio de 50% do tempo que faltaria para atingir esse valor na data em que a Reforma foi promulgada. Fonte: jornalcontabil.com Todos que se aposentarem pela regra de transição do pedágio, o valor do benefício será a média de todas as contribuições, multiplicada pelo fator previdenciário (média das contribuições x fator previdenciário). (FOLHA PRESS, 2020. Apud CASTELANI). 8 Já na Regra de Transição do pedágio de 100%, para ter direito a essa regra, o segurado deverá atingir uma idade mínima, tempo mínimo de contribuição exigido e “pagar” pedágio de 100% do valor que faltava para se aposentar quando a Reforma foi promulgada (ou seja o tempo faltante vezes dois). No caso da mulher, é preciso ter 57 anos de idade + 30 anos de contribuição mais pedágio equivalente ao tempo que faltava para atingir os 30 anos quando a reforma entrou em vigor. Já para os homens será necessário ter 60 anos de idade + 35 anos de contribuição mais pedágio equivalente ao tempo que faltava para atingir os 35 anos na data de entrada em vigor da emenda. A aposentadoria por tempo de contribuição sofreu grande impacto com a Reforma da Previdência. Agora, mais do que nunca o segurado precisa estar atento para verificar qual possibilidade de aposentadoria será mais benéfica no seu caso e não trará prejuízos. Sem contar ainda que o valor desse benefício também sofreu alterações. (BRASIL, 2019 apud LIMA, 2020). Para que o segurado não saia prejudicado com as atuais mudanças, o mais indicado é buscar o auxílio de um profissional para que seja realizado um completo. Através dele é possível descobrir, entre outras particularidades, qual a aposentadoria será mais vantajosa e como ficará o valor do benefício. 2.2 Aposentadoria especial Fonte: meskodiasadvogados.com https://www.carboneraetomazini.com.br/aposentadoria-tempo-contribucao/ https://www.carboneraetomazini.com.br/aposentadoria-tempo-contribucao/ 9 Aposentadoria especial é o benefício do INSS concedido aos trabalhadores que, devido a condições do exercício de sua profissão, tenham sido expostos à insalubridade (agentes químicos, físicos e biológicos que podem fazer mal à saúde) ou expostos a periculosidade, fatores que trazem risco de morte para o trabalhador. Quem pretende ter uma aposentadoria especial, precisa saber o que são agentes nocivos à saúde. Eles são agentes ou condições de trabalho que fazem mal a sua saúde. (ALANO, 2019 apud CORREIA, 2020). A lei divide a insalubridade em três agentes: 1. físicos; 2. químicos; 3. biológicos. Agentes físicos A lei descreve exemplos de agentes físicos prejudiciais à saúde, como: ruído acima do permitido; calor intenso; frio excessivo; ar comprimido, entre outros. O ruído é o agente físico mais comum dos agentes insalubres. Ao longo do tempo, várias normas foram criadas para saber qual é o limite desse agente para o trabalhador ter direito à Aposentadoria Especial. (SILVA & FREITAS, 2019 apud DIAS, 2020). Hoje em dia, o limite máximo que você pode estar exposto a ruído é 85 dB(A), ou seja, se você trabalhou exposto acima desse valor, sua atividade será considerada especial. Lembrando que os agentes físicos são agentes quantitativos. Isso significa que depende da quantidade de exposição que você sofreu no trabalho para ter direito à Aposentadoria Especial. Agentes químicos A lei também nos traz exemplos de agentes químicos, por exemplo, trabalhos em contato com: arsênio; benzeno; iodo; https://ingracio.adv.br/os-agentes-insalubres-na-aposentadoria-especial/ https://ingracio.adv.br/os-agentes-insalubres-na-aposentadoria-especial/ 10 cromo, entre outros. Mas vale dizer que há agentes químicos quantitativos e qualitativos. Como te ensinei agora a pouco, os agentes quantitativos dependem da quantidade de exposição que você sofreu para ter direito ao período especial. Já no caso dos agentes qualitativos, a mera presença dele no seu trabalho garante o direito à atividade especial. (INGRÁCIO, 2019 apud INGRÁCIO, 2020). Agentes químicos quantitativos A maioria dos agentes químicos é quantitativo. Exemplos de agentes químicos quantitativos: trabalho em contato com poeiras minerais; trabalho em contato com acetona; trabalho em contato com radiações ionizantes; Para ver a lista completa dos agentes químicos quantitativos, acesse a NR 15 nos anexos, V, XI e XII. É importante frisar que quanto às radiações ionizantes, o INSS considera agente quantitativo e a justiça possui posicionamentos que consideram a radiação ionizante como qualitativo. Isso vale para muitos químicos cancerígenos. Então essas normas só valem como referência, pois são muito pouco atualizadas e que pode estar defasada. Na dúvida, não confie na análise do INSS e nem na NR 15. Agentes químicos qualitativos A simples presença no ambiente de trabalho desses agentes já gera direito à atividade especial. A maioria dos agentes químicos qualitativos são elementos cancerígenos, como em casos de trabalho em contato com: arsênio; chumbo; cromo; fósforo; mercúrio; silicatos; benzenos; fenóis; hidrocarbonetos aromáticos. http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.htm http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15.htm 11 Agentes biológicos Os agentes biológicos são agentes qualitativos, ou seja, a simples presença dele no trabalho já gera direito a períodos especiais. Os principais agentes biológicos são atividades em contato com: vírus; bactérias; fungos; acidentes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados; carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); esgotos, nas galerias e tanques; lixo urbano, na coleta e industrialização. contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos; cemitérios, na retirada de corpos, entre outros. Alguns agentes são mais graves e agressivos que outros. Por isso, quanto mais lesivo o agente, menos o trabalhador precisa para se aposentar. 15 anos (grau máximo). Caso de trabalhadores de minas subterrâneas 20 anos (grau moderado). Exposição à amianto e trabalhadores de minas acima da terra. 25 anos (grau mínimo). Todo o restante, por exemplo, vigilantes, eletricitários, trabalhadores sujeitos a ruído acima da lei, frio ou calor intensos, etc. O governo garantiu uma aposentadoria mais rápida para quem trabalha em atividades mais críticas, como é o caso das pessoas que trabalhamem minas, subterrâneas ou não. (COELHO, MARTINS E PAWLICK ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA, 2019. apud COELHO, 2020). Como as condições de trabalho nas minas subterrâneas são bem penosas ao trabalhador, foi garantido uma Aposentadoria Especial com 15 anos de atividade especial. 12 Os trabalhadores sujeitos a perigo no ambiente de trabalho, como eletricitários e vigilantes estão no grau mínimo de atividade especial, pois o risco, segundo a lei, é baixo. Com a Reforma da Previdência ocorreram algumas mudanças quanto a esses trabalhadores. Quase tiraram o direito dessas classes de trabalhadores à Aposentadoria Especial. Mas tem um porém: foi feito um Projeto de Lei Complementar que vai dizer quais são as profissões que vão ter direito ao benefício da aposentadoria. Isso significa que se sua profissão perigosa estiver fora da lista, você não vai ter direito à Aposentadoria Especial. (SILVEIRA, 2019. apud SANTOS, 2020). Importante salientar que a Reforma da Previdência não alterou a lista dos agentes químicos, físicos e biológicos. Ainda, importante sabermos que o documento mais comum para comprovar a atividade especial é o Perfil Profissiográfico Previdenciário do empregado, o famoso PPP. O PPP é um documento que descreve sua história de trabalho na empresa. Nele deve constar os cargos ocupados, descrição das atividades, exposição a fatores de riscos e vários outros detalhes fundamentais para comprovar principalmente a atividade insalubre e periculosa para a aposentadoria especial. (BOMBACH, 2019. apud CABRAL, 2020). Ele passou a existir em 2004, sendo o documento oficial para comprovar a atividade especial (insalubridade e periculosidade) desde lá. Mesmo para períodos antes de 2004, se você fez o pedido depois desta data, a empresa é obrigada a fornecer o PPP e não outros formulários antigos. Os formulários antigos emitidos antes de 01/01/2004 continuam válidos. Esse documento é formulado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho com base no Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, LTCAT. O PPP comprova a exposição aos agentes nocivos e atesta que seus efeitos não podem ser neutralizados pelo uso do equipamento de proteção. A lista das profissões protegidas pela Aposentadoria Especial até 1995, assim como o PPP para comprovar as atividades especiais continuam valendo com a Reforma. (OLIVEIRA, 2019. apud BONA, 2020). https://ingracio.adv.br/como-conseguir-o-ppp-para-aposentadoria-especial/ https://ingracio.adv.br/os-agentes-insalubres-na-aposentadoria-especial 13 Podemos dizer, que a aposentadoria especial foi a mais atingida pela Reforma da Previdência, ela piorou muito. São duas formas de conseguir a aposentadoria especial depois da Reforma. 1º Regra de Transição da Aposentadoria Especial Esta regra vale para quem trabalhava antes da Reforma, mas não tinha reunido o tempo de atividade especial para se aposentar. Se você entra nesse caso, foi feito uma Regra de Transição. Você precisará cumprir: 66 pontos (soma da idade com o tempo de atividade especial e tempo de contribuição, incluindo meses e dias) + 15 anos de atividade especial, para as atividades de alto risco; 76 pontos + 20 anos de atividade especial, para as atividades de médio risco; 86 pontos + 25 anos de atividade especial, para as atividades de baixo risco. Vamos tentar esclarecer o impacto desta regra. Paulo tem em 2019 40 anos e iria se aposentar em 2022 com uma aposentadoria especial por risco baixo (exposição a ruído). Com esta regra de transição, ele só atinge os requisitos da aposentadoria especial em 2031. Ou seja, nove anos depois. Este é o impacto na vida de quem estava perto de se aposentar. Podemos claramente dizer que é devastador. (BOLZAN, 2019. apud LINHARES, 2020). Diante disto, temos 3 alternativas: 1. Verificar se não tem benefícios melhores ou que cheguem antes. 2. Analisar se não é possível reconhecer algum período antes da Reforma e se aposentar com direito adquirido. 3. Esperar. 2º Regra definitiva (com idade mínima) Esta regra vale apenas para quem começou a trabalhar depois da Reforma. É preciso cumprir uma idade mínima, além do tempo de atividade especial. Para se aposentar, você precisa de: 55 anos de idade + 15 anos de atividade especial, para as atividades de alto risco; https://ingracio.adv.br/aposentadoria-inss-reforma-da-previdencia/ https://ingracio.adv.br/direito-adquirido-reforma-da-previdencia 14 58 anos de idade + 20 anos de atividade especial, para as atividades de médio risco; 60 anos de idade + 25 anos de atividade especial, para as atividades de baixo risco. Como a Regra de Transição anterior, os requisitos para a Aposentadoria Especial são cruéis. Além de 25 anos de atividade especial, você precisa cumprir 60 anos de idade. Imagine alguém que começou a trabalhar sujeito a frio intenso com 23 anos de idade. Com as regras antes da Reforma, ele ia conseguir se aposentar com 48 anos de idade, após 25 anos de atividade especial. Agora ele vai precisar ter 60 anos de idade para se aposentar. São mais mais 12 anos, um total de 37 anos de atividade especial. Digamos de passagem, isso é muito tempo! E sabe o que é pior? É que ele não pode nem mais converter o tempo de atividade especial (exercido após a Reforma da Previdência) para tempo de contribuição porque a Reforma acabou com essa possibilidade. Após a Reforma da Previdencia, mudou totalmente a regra de cálculo da Aposentadoria Especial e já digo que as notícias não são nada boas. (BINDA, 2019. apud OLSEN, 2020). O valor da aposentadoria para quem receber esse benefício a partir dela vai funcionar da seguinte maneira: será feita a média de todos os seus salários, a partir de julho de 1994 ou de quando você começou a contribuir; desta média você receberá 60% + 2% ao ano acima de 20 anos de atividade especial para os homens e acima de 15 anos de atividade especial para as mulheres; para quem trabalha em minas subterrâneas, o acréscimo de 2% ao ano de atividade especial será acima de 15 anos de atividade especial para os homens e mulheres. Para termos ideia do impacto negativo dessa nova regra de cálculo, daremos um exemplo de uma pessoa que trabalhou exposta a calor excessivo por 28 anos. Calculando com as novas regras da Reforma: a média de todos os salários dela foi de R$ 4.100,00. O valor que ela vai receber será de 60% + 26% (2% x 13 anos de https://ingracio.adv.br/calculo-aposentadoria-inss 15 atividade especial) = 86% de R$ 4.100,00. Isto é, ela receberá R$ 3.526,00 de aposentadoria especial. Podemos perceber que a Reforma leva em conta a média de todos os seus salários, inclusive aqueles mais baixos, que geralmente são de quando você ingressou no mercado de trabalho. (BOMBACH, 2019. apud CABRAL, 2020). Sabemos que, antes da Reforma, o cálculo dessa aposentadoria levava em conta a média dos seus 80% maiores salários e só. Você recebia essa média como valor de benefício. Fonte: jornalcontabil.com Podemos observar aqui que a média dos 80% maiores salários do exemplo citado acima foi de R$ 4.700,00. Isso significa que ela vai perder R$ 1.174,00 por mês. Em 10 anos ela vai perder mais de R$ 140.880,00, isso é muito dinheiro! Mostrei a diferença entre os cálculos da aposentadoria para você ver quão cruel foi a Reforma da Previdência. A Reforma acabou com a conversão do tempo de atividade especial em tempo de contribuição comum. Isso quer dizer que o Governo entende que o tempo de atividade especial, geralmente desgastante e nociva à saúde, está em igualdade de condições com tempo de contribuição comum. Os períodos de atividade especial que você trabalhou antes da vigência da Reforma (13/11/2019) podem ser convertidas normalmente pois você possui direito adquirido, se você cumpre o tempo de atividade especial necessário para se https://ingracio.adv.br/direito-adquirido-reforma-da-previdencia/https://ingracio.adv.br/direito-adquirido-reforma-da-previdencia/ 16 aposentar (25, 20 ou 15 anos) antes da Reforma (13/11/2019), você possui direito adquirido e pode se aposentar com a regra anterior. Sem regras de transição, sem idade, sem piora. Isso vale mesmo se você ainda não comprovou a atividade especial ou se o INSS não reconheceu a atividade especial. Você ainda pode comprovar que a atividade era especial (insalubre ou periculosa) e se aposentar. Na verdade, isso vale para tudo. Tempo rural, contribuição em atraso, período no exterior, períodos ganhos em trabalhistas… (FURTADO, 2019. apud DADACH, 2020). Você ainda pode comprovar esses períodos trabalhados antes da reforma para conseguir se aposentar pelas regras antigas. As aposentadorias antigas. Caso você queira adiantar sua Aposentadoria por Tempo de Contribuição convertendo o tempo de atividade especial para tempo de contribuição comum, você também pode, desde que seja período especial realizados também antes da Reforma. Para você que entra nas regras da Reforma, não se preocupe! Você já está por dentro de todas as novidades e já pode evitar algumas enrascadas das novas regras e pode se planejar desde já para ganhar um valor maior na sua aposentadoria. 2.3 Aposentadoria por idade Fonte: desmistificando.com https://ingracio.adv.br/direito-adquirido-reforma-da-previdencia/ https://ingracio.adv.br/direito-adquirido-reforma-da-previdencia/ https://ingracio.adv.br/tudo-sobre-o-tempo-de-trabalhador-rural-na-aposentadoria-do-inss https://ingracio.adv.br/como-pagar-inss-atrasado https://ingracio.adv.br/como-pagar-inss-atrasado https://ingracio.adv.br/imposto-de-renda-exterior/ https://ingracio.adv.br/planejamento-previdenciario 17 A aposentadoria por idade urbana é um benefício que almeja proteger a idade avançada, pois nessa fase da vida a capacidade para o trabalho é reduzida e o corpo não responde mais como na juventude e na fase adulta. (SILVEIRA, 2019. apud SANTOS, 2020). Com a Reforma da Previdência, diversos pontos desse benefício foram alterados, os requisitos para a aposentadoria por idade foram alterados, tanto quanto à idade mínima, quanto à carência do INSS. A partir da entrada em vigor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em 12 de novembro de 2019, as regras são as seguintes: Para os homens: 65 anos de idade e 15 ou 20 anos de tempo de contribuição. Para as mulheres: possuir 62 anos de idade e 15 anos de tempo de contribuição. Você pode estar se perguntando o porquê da carência dos homens ser 15 ou 20 anos. Explico, senão vejamos: É que a reforma previu que, os homens que já eram segurados do INSS antes da promulgação da PEC, necessitarão de 15 anos de tempo de contribuição (carência). E, quem for segurado do INSS após a promulgação da PEC necessitará contribuir por mais 5 anos, totalizando 20 anos de carência, para poder requerer a aposentadoria por idade. Como você pode perceber, as alterações introduzidas pela Reforma da Previdência quanto aos requisitos para a aposentadoria por idade prejudicam as mulheres. Se antes a idade mínima para se aposentar era de 60 anos, agora elas terão de trabalhar por mais dois anos para cumprirem a regra. Entretanto, a Reforma previu uma regra de transição para esses casos. Essa regra visa não prejudicar tão bruscamente aquelas que já estavam prestes a completar os 60 anos. Essas regras funcionam de forma simples: a partir de 2020 haverá um aumento de seis meses na idade. Parece confuso, mas veja a tabela abaixo: https://koetzadvocacia.com.br/aposentadoria/ https://koetzadvocacia.com.br/reforma-da-previdencia-aposentadoria/ https://koetzadvocacia.com.br/aposentadoria-por-idade-urbana/ https://koetzadvocacia.com.br/regras-de-transicao-da-aposentadoria-com-a-reforma/ 18 Vamos a um exemplo: supondo que Maria tenha 59 anos em outubro de 2019 e que ela fará 60 anos em fevereiro de 2020. Pela regra de transição, em 2020, para que Maria possa se aposentar, ela precisará ter 60 anos e 6 meses. Assim, Maria implementará esse requisito em agosto de 2020. 2.4 Aposentadoria por invalidez Fonte: jusbrasil.com Este benefício é pago a todos os tipos de segurados, obrigatórios e facultativos, desde que seja segurado. É necessário que a perícia médica conclua pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, bem como pela impossibilidade da reabilitação 19 profissional. O benefício será devido enquanto o segurado permanecer nesta condição. Portanto, a aposentadoria por invalidez não é vitalícia! A aposentadoria por invalidez não precisa ser precedida por um auxílio- doença. Se desde o início a incapacidade é total e permanente para qualquer trabalho, a aposentadoria por invalidez deve ser concedida diretamente. (SILVEIRA, 2019. apud SANTOS, 2020). A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao regime geral de previdência social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. Aqui, a legislação deixa bem clara a diferença entre doença, lesão e incapacidade. A ideia é simples: um segurado poderá receber aposentadoria por invalidez em razão de uma doença ou lesão que ele já possuía antes de se filiar à previdência, desde que a incapacidade seja posterior à filiação. Quando ele se filiou, estava doente, mas não incapaz! Devido, portanto, o benefício! A carência exigida para este benefício dependerá do evento gerador da incapacidade, nos seguintes termos: Se a incapacidade decorrer de um acidente de qualquer natureza, ou de uma doença profissional ou doença do trabalho, não se exige carência. Também não se exige carência quando o segurado é acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. São exemplos de doenças que isentam a carência: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); Síndrome da Deficiência Imunológica Adquirida – Aids; contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada, e hepatopatia grave. Em qualquer outra hipótese, será exigida carência de 12 contribuições. Portanto, a cobrança de carência ocorrerá por exclusão: se não ocorrer em 20 razão das duas situações previstas acima, serão necessárias 12 contribuições. Ex.: hérnia de disco que deu ensejo à incapacidade. (CARDOSO, 2019. apud VIANA, 2020). O Anexo I do Decreto n. 3.048/99 prevê a relação das situações em que o aposentado por invalidez terá direito à majoração de 25%: 1 – Cegueira total. 2 – Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta. 3 – Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores. 4 – Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível. 5 – Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível. 6 – Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível. 7 – Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social. 8 – Doença que exija permanência contínua no leito. 9 – Incapacidade permanente para as atividades da vida diária. O início do pagamento do benefício ocorre: I – Se o segurado estava recebendo auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.II – Se o segurado não estava recebendo auxílio-doença: ao empregado, a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; ao empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Durante os primeiros 15 dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar o salário do empregado. (SILVEIRA, 2019. apud SANTOS, 2020). O término do benefício se dará: com a morte do segurado, gerando pensão por morte caso existam dependentes; 21 pelo retorno voluntário ao trabalho, sem a autorização da perícia, caso em que o benefício cessará de imediato, na data do retorno; com a recuperação da capacidade, determinada pela perícia, caso em que o benefício não cessará de imediato, e sim nos termos dos parágrafos seguintes. Quando a recuperação: For total e ocorrer dentro de cinco anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará: de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio- doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados; for parcial, ou total, mas ocorrer após cinco anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade: no seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade; com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. Embora o aposentado tenha a obrigação de se submeter a exames periódicos (bienais), o INSS não pode exigir que ele se submeta a transfusão de sangue nem a cirurgia. (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2008. apud TEIXEIRA, 2019). 22 2.5 Auxílio-doença Fonte: desmistificando.com Auxílio-doença é um benefício previdenciário devido ao segurado que estiver total e temporariamente incapaz para exercer suas atividades habituais por mais de 15 dias. (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2019. apud MESKO, 2019). Não deve ser confundido com o auxílio-acidente, que é benefício de natureza indenizatória devido ao segurado que está parcial e permanentemente incapaz para suas funções, ou seja, que ficou com sequelas permanentes. Ele está previsto no art. 201, I, da CF; arts. 59 a 63 da Lei 8.213/91; arts. 71 a 80 do Decreto 3.048/99 e arts. 300 a 332 da IN 77/2015. Trata-se de incapacidade temporária, porque a incapacidade permanente pode gerar outros tipos de benefícios (aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente, a depender se esta incapacidade for total ou parcial). A carência é o número mínimo de contribuições mensais que o segurado precisa pagar para fazer jus ao benefício. No caso do auxílio-doença, a carência são 12 contribuições mensais, exceto em alguns casos, quando será zero (art. 26, II, Lei 8.213/91). O auxílio-doença não exige carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que após filiar-se ao RGPS, for acometido de algumas doenças e afecções https://www.desmistificando.com.br/carencia-direito-previdenciario-inss/ 23 especificadas em lista elaborada pelo Ministério da Saúde, do Trabalho e da Previdência. Tem direito ao auxílio-doença todo segurado do INSS que cumprir os requisitos legais deste benefício. (CEOLIN, 2019. apud SANTANA, 2020). Segurado ou pessoa com qualidade de segurado é o termo usado para todos aqueles que contribuem para o INSS e que, portanto, têm direito à cobertura previdenciária. Essas pessoas podem usufruir de todos os benefícios e serviços oferecidos pelo Instituto. Se o segurado parar de contribuir para o INSS, ele ainda mantém a qualidade de segurado por algum tempo. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Ou seja, trata-se de uma incapacidade laboral que dure mais de 15 dias. Ademais, trata-se de uma incapacidade temporária pois, se for permanente, o benefício devido será a aposentadoria por invalidez. Essa incapacidade pode ser resultado de doença ou acidente e deve ser comprovada por meio de perícia médica a cargo do INSS. O auxílio-doença, inclusive decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício, limitado o seu valor à medida dos 12 últimos salários de contribuição. Para o segurado empregado: a partir do 16º dia contado do afastamento da atividade. Os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador a título de salário (art. 60, § 3º, Lei 8.213/91). a partir da data do requerimento administrativo, quando o segurado estiver afastado da atividade por mais de 30 dias (art. 72, III, Decreto 3.048/99). Para os demais segurados, inclusive o empregado doméstico: a partir da data do início da incapacidade (art. 72, II, Decreto 3.048/99); 24 a partir da data do requerimento administrativo, se requerido quando o segurado já estiver afastado da atividade por mais de 30 dias (art. 72, III, Decreto 3.048/99). Vale ressaltar que a data do requerimento administrativo é a data em que foi solicitado o agendamento, e não a data do efetivo atendimento. (CEOLIN, 2019. apud SANTANA, 2020). 2.6 Auxílio-acidente Fonte: bdadvocacia.com Como via de regra, para manter a qualidade de segurado perante a previdência social, o segurado deve efetuar sua contribuição normalmente e, se parar de contribuir por algum tempo, deverá manter sua qualidade de segurado dentro do período de graça. Há, também, uma outra hipótese no qual a pessoa mantém sua qualidade de segurado quando usufruir qualquer benefício da previdência social. Porém, tivemos uma alteração importante quando falamos a respeito do auxílio- acidente. Como se sabe, o auxilio acidente é uma espécie de compensação que o INSS paga ao segurado que teve uma sequela permanente que limitou sua capacidade de trabalho. Não há problema algum no segurado receber o auxílio acidente e ao mesmo tempo trabalhar. (CEOLIN, 2019. apud SANTANA, 2020). 25 Antigamente, se o segurado recebesse somente o auxílio acidente, o mesmo continuava mantendo sua qualidade de segurado. Agora, com a Reforma da Previdência, não mais. Senão, vejamos: Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio- acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) Então, como podemos ver, se a pessoa manter seu benefício de auxílio acidente e não estiver trabalhando ou contribuir avulsamente, esta não terá mais qualidade de segurado. Isso ocorreu através da Medida Provisória 871 que foi convertida na Lei nº 13.846/2019. Nesse caso, o mais recomendado, pelo menos, é a contribuição na modalidade facultativa aos cofres da previdência, por esta ser a modalidade mais barata de contribuição. 2.7 Salário-família Fonte: calendariobolsafamilia2020.net A concessão do salário-família independe do número de contribuições pagas pelo segurado, pois, em face de seu caráter nitidamente alimentar, não seriajusto exigir carência para a percepção do benefício. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13846.htm#art24 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/108357/medida-provisoria-871-95 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/723189390/lei-13846-19 26 Os beneficiários são os segurados empregados de baixa renda, observado o valor previsto por Portaria à época da concessão do benefício; aposentados por invalidez ou idade, urbanos ou rurais; e demais aposentados com mais de 65 anos, se homem, ou 60 anos, se mulher. (MORAES, 2017. apud MACHADO, 2020). Destaca-se que a EC n. 103/2019 optou por manter apenas uma faixa de renda (R$ 1.364,43) e um único valor de benefício até esse limite de renda: R$ 46,54. Esses valores deverão ser corrigidos anualmente pelos índices de reajustes dos benefícios do RGPS. O pagamento é feito mensalmente, a partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou invalido, sendo efetuado: pela empresa, ao segurado empregado em atividade, juntamente com sua remuneração, inclusive o do mês correspondente ao afastamento do trabalho por motivo de doença; pelo sindicato, ao trabalhador avulso independente do número de dias trabalhados no mês, devendo seu pagamento corresponder ao valor integral da cota; pelo INSS, ao segurado empregado e trabalhador avulso em gozo de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, inclusive o do mês da cessação do benefício; pelo INSS, ao trabalhador rural aposentado por idade e aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados, juntamente com a aposentadoria. A cessação do direito ao recebimento do benefício ocorre nas seguintes hipóteses: por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao óbito; quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao desta data de aniversário; pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; pelo desemprego do segurado, a partir do dia seguinte ao termino do contrato de trabalho. 27 Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas. As regras gerais do salário-família encontram-se no art. 201 da CF, no art. 27 da EC n. 103/2019, nos arts. 65 a 70 da Lei n. 8.213/1991, nos arts. 81 a 92 do Decreto n. 3.048/1999. 2.8 Salário-maternidade Fonte: jornalcontabil.com Inicialmente, é importante ressaltar a diferença entre o salário-maternidade e a licença-maternidade. Enquanto esta caracteriza o direito trabalhista da gestante ao repouso, aquele consiste no benefício previdenciário garantido à gestante durante o período de licença. (TAVARES, 2019. apud GUIMARÃES, 2020). O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante 120 dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto (28 dias + dia do parto + 91 dias = 120 dias). Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. Dessa maneira, infere-se que o benefício, no máximo, poderá ter cento e quarenta e oito dias. 28 Apesar de a legislação previdenciária prever que o salário-maternidade tem início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, nada impede que o benefício seja requerido posteriormente, desde que seja observado o prazo de cinco anos (prescrição), a contar da data do parto. Neste caso, haverá correção monetária do benefício. Fonte: tabelainss2019.com Para a contribuinte individual e para a facultativa, a concessão do benefício pressupõe a carência de dez contribuições mensais, a qual será diminuída no mesmo número de meses em que houver a antecipação do parto. As seguradas empregadas, trabalhadora avulsa e doméstica estão isentas de carência para fins de percepção do salário-maternidade. Portanto, ainda que elas sejam contratadas para exercer atividade remunerada no oitavo mês de gestação, terão direito ao benefício. (TAVARES, 2019. apud GUIMARÃES, 2020). Em se tratando de segurada especial, o benefício será devido, desde que ela comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua, aplicando-se, quando for o caso, a redução da carência decorrente da antecipação do parto. Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas. 29 Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos 120 dias, inclusive no caso de natimorto. Para definir a duração do benefício, o INSS considera parto o evento ocorrido a partir da vigésima terceira semana (sexto mês) de gestação. Sobre a concessão do benefício em virtude de adoção, impõe-se a observância das seguintes regras: O salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a observação de que é para fins de adoção ou só contiver o nome do cônjuge ou companheiro. Para a concessão do salário-maternidade, é indispensável que conste da nova certidão de nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome da segurada adotante ou guardiã, bem como, deste último, tratar- se de guarda para fins de adoção. Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade relativo à criança de menor idade. O salário-maternidade concedido em virtude de adoção é pago diretamente pela previdência social, ou seja, sem a intermediação da empresa. (TAVARES, 2019. apud GUIMARÃES, 2020). O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança. O valor do benefício varia conforme a espécie de segurada, nos seguintes termos: Para a segurada empregada: o salário-maternidade consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da CF/88, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. Inclusive, no caso de empregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego. Para a trabalhadora avulsa: incide a mesma regra aplicável à empregada. O benefício consiste numa renda mensal igual à 30 remuneração integral equivalente a um mês de trabalho. A única ressalva é que, para esta segurada, o benefício é pago diretamente pela previdência social. Em relação à segurada especial: o salário-maternidade é devido no valor de um salário mínimo, a não ser que ela recolha facultativamente contribuições como facultativa. Para a empregada doméstica: o benefício será concedido em valor correspondente ao do seu último salário de contribuição. Para as seguradas contribuinte individual e facultativa e para as que mantenham a qualidade de segurada em razão do período de graça: o benefício será equivalente a um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, apurados em período não superior a quinze meses. Fonte: tabelainss2019.com Durante o período de graça, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipótesesde dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela previdência social. Nos meses de início e nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-maternidade será proporcional aos dias de afastamento do trabalho. 31 O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da segurada que mantenha esta qualidade é a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, situação em que deverá ser apresentado atestado médico, e de adoção ou guarda para fins de adoção. O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias. Finalmente, importa ressaltar que a segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade. Vale ressaltar que as alterações propostas na reforma não foram acatadas, ou seja, não houve nenhuma alteração, e segue com as mesmas regras citadas. 2.9 Pensão por morte Fonte: jornalcontabil.com A pensão por morte é um benefício social pago aos dependentes de segurados da Previdência que faleceram ou que tiveram sua morte judicialmente declarada (em casos de desaparecimento, por exemplo). (TAVARES, 2019. apud GUIMARÃES, 2020). Segundo a Lei 8.213/91, esses dependentes são categorizados em classes: 32 dependentes de primeira classe: cônjuge, companheiro(a), filho não emancipado menor de 21 anos de idade ou inválido, ou que apresente uma deficiência mental ou intelectual ou alguma outra deficiência grave; dependentes de segunda classe: os pais do segurado; dependentes de terceira classe: irmão não emancipado, menor de 21 anos de idade ou inválido, ou que apresente uma deficiência mental ou intelectual ou alguma outra deficiência grave. As novas regras, oriundas da EC 103/2019, que passaram a valer a partir de 13/11/2019, em seu artigo 23, informam que a pensão por morte concedida aos dependentes do segurado do RGPS será equivalente a 50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado (ou daquela a que teria direito se aposentado fosse, por incapacidade permanente na data do óbito), acrescida de cotas de 10 (dez) por cento por dependente, limitada a 100% (cem por cento). Fonte: senado.leg Existe uma ressalva para o valor da pensão (que será de 100%) nos casos de dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave cf. regra do inc. I, par. 2º do citado art. 23. Importante relembrar que nenhum benefício (inclusive a pensão por morte) poderá ser inferior ao valor do salário mínimo, cf. reza o art. 75 c/c art. 33 da Lei de Benefícios. A pensão por morte pode ser requerida a qualquer momento, sendo que, pela regra do art. 74 da LBPS (modificada com a Lei 13.846/2019), será devida a contar da data do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias 33 após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes; será devida a contar do requerimento, quando requerida após o prazo anteriormente informado e, será devida a contar da decisão judicial, no caso de morte presumida. (OLIVEIRA, 2019. apud GONÇALVES, 2020). Pelas regras atuais, a pensão poderá ser vitalícia para o cônjuge e/ou companheiro(a). Não será vitalícia em todos os casos. Sempre respeitando o prefalado princípio da lei vigente ao tempo do óbito, para os casos abrangidos pela legislação atual, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável, será da seguinte forma o pensionamento: Prazo de duração da pensão Idade do(a) viúvo(a) beneficiário(a) 03 (três) anos menos de 21 (vinte e um) anos de idade 06 (seis) anos entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade 10 (dez) anos entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade 15 (quinze) anos entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade 20 (vinte) anos entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade Vitalícia com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade A pensão por morte é o benefício pago aos dependentes do segurado, homem ou mulher, que falecer, aposentado ou não, conforme previsão expressa do art. 201, V da Constituição Federal (LAZZARI,2019 apud MARTINS, 2020). Pela regra do art. 77 da LBPS c/c §4º do art. 23 da EC 103/2019, o direito à percepção da cota individual cessará para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; para filho ou irmão inválido, cessará quando cessar a invalidez, se for o caso. 34 A pensão por morte pode ser dividida entre companheira de união estável e ex-esposa, desde que comprovados os requisitos para a concessão do benefício bem como a comprovação da união estável, nos termos do CCB/2002, assim como da LBPS com suas modificações ao tempo do evento morte. Neste sentido a jurisprudência do TRF2 em recente julgado: TRF2 – 0002148-78.2013.4.02.5159 (TRF2 2013.51.59.002148-9) J. 11/10/2019: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. COMPANHEIRA. Lei 8.213/91. UNIÃO ESTÁVEL COMPROVADA. RATEIO COM CÔNJUGE. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. (...). 1. O benefício de pensão por morte é devido aos dependentes daquele que falece na condição de segurado da Previdência Social e encontra-se disciplinado no artigo 74 da Lei nº 8.213/91. 2. O art. 16 da Lei nº 8213/91 indica quem são os dependentes do segurado, incluindo, no seu inciso I, o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menos de 21 anos ou inválido. 3. De acordo com a Lei nº 8.213/91, verifica-se que, para fazerem jus ao benefício de pensão por morte, os requerentes devem comprovar o preenchimento dos seguintes requisitos: 1. O falecimento do instituidor e sua qualidade de segurado na data do óbito, e 2. Sua relação de dependência com o segurado falecido. 4. Na espécie, o evento morte foi devidamente comprovado ante à certidão de óbito. 5. Ressalte-se que a dependência econômica entre cônjuges e companheiros é presumida, consoante se infere da regra prevista no art. 16, I e § 4º, da Lei nº 8.213/1991. No caso, restou demonstrada, de forma inequívoca, a convivência da autora com o falecido, restando assim comprovada a existência da união estável. 6. Sendo assim, a autora faz jus ao benefício de pensão por morte pleiteado, visto que foi comprovada sua condição de companheira, sendo sua dependência presumida, nos termos o art. 16, I, da Lei nº 8.213/91, em rateio com a segunda ré, esta na qualidade de cônjuge. (...). GRIFAMOS As modificações oriundas da EC 103/2019 (Reforma da Previdência) não atingirão o direito adquirido. A matéria é remansosa no STF, que assentou há muito que, em matéria previdenciária, a lei de regência é a vigente ao tempo da reunião dos requisitos para a concessão do benefício (princípio tempus regit actum). 35 Não por outra razão também a Súmula 340 do STJ, segundo a qual “A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado”. Ademais, apenas por técnica salutar em direito, devemos relembrar que a proteção ao direito adquirido é garantida na Carta Magna, em seu inciso XXXVI do art. 5º: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. 2.10 Auxilio-reclusão Fonte: jornalcontabil.com O auxílio-reclusão é o benefício devido aos dependentes do segurado da PrevidênciaSocial que vier a ser preso. Tem direito ao auxilio reclusão os dependentes do segurado, obedecendo a uma ordem de prioridade da seguinte forma: A esposa(o) ou companheira(o) junto ao filho não emancipado independente da condição e menor de 21 anos, ou que tenham dependência causada por deficiência intelectual, mental ou física. Os pais do recluso. O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos, ou que tenham dependência causada por deficiência intelectual, mental ou física. 36 Importante ressaltar que, no caso de esposa, companheira e filhos existe presunção da dependência econômica, por isso não é necessária a comprovação, em caso dos pais ou irmão é necessário comprovar a dependência. (CEOLIN, 2019. apud SANTANA, 2020). O primeiro pré-requisito é que aquele em condição em reclusão deve ter qualidade de segurado da Previdência Social na data da prisão. Também é necessário já ter 24 meses de carência para a sua concessão. Renda limitada a R$ 1364,43, corrigido pelos índices dos benefícios do RGPS. Estar recluso em regime fechado. Possuir o último salário de contribuição abaixo do valor previsto na Portaria Ministerial editada anualmente para atualizar o valor-limite, conforme tabela a seguir: PERÍODO LIMITE (SB) PORTARIA A partir de 01/01/2018 R$ 1.319,18 PORTARIA N°15, DE 16/01/2018 A partir de 01/01/2017 R$ 1.292,43 PORTARIA N°8, DE 13/01/2017 A partir de 01/01/2016 R$ 1.212,64 PORTARIA N°1, DE 08/01/2016 A partir de 01/01/2015 R$ 1.089,72 PORTARIA N° 13, DE 09/01/2015 A partir de 01/01/2014 R$ 1.025,81 PORTARIA N° 19, DE 10/01/2014 A partir de 01/01/2013 R$ 971,78 PORTARIA N° 15, DE 10/01/2013 A partir de 01/01/2012 R$ 915,05 PORTARIA Nº 02, DE 06/01/2012 A partir de 01/01/2011 R$ 862,60 PORTARIA Nº 407, DE 14/07/2011 A partir de 01/01/2010 R$ 810,18 PORTARIA Nº 333, DE 29/06/2010 A partir de 01/02/2009 R$ 752,12 PORTARIA Nº 48, DE 12/02/2009 A partir de 01/03/2008 R$ 710,08 PORTARIA N° 77, DE 11/03/2008 A partir de 01/04/2007 R$ 676,27 PORTARIA N° 142, DE 11/04/2007 A partir de 01/08/2006 R$ 654,67 PORTARIA N° 342, DE 17/08/2006 A partir de 01/05/2005 R$ 623,44 PORTARIA N° 822, DE 11/05/2005 A partir de 01/05/2004 R$ 586,19 PORTARIA N° 479, DE 07/05/2004 A partir de 01/06/2003 R$ 560,81 PORTARIA N° 727, DE 30/05/2003 A partir de 01/06/2002 R$ 468,47 PORTARIA N° 525, DE 29/05/2002 37 A partir de 01/06/2001 R$ 429,00 PORTARIA N° 1.987, DE 04/06/2001 A partir de 01/06/2000 R$ 398,48 PORTARIA N° 6.211, DE 25/05/2000 A partir de 01/05/1999 R$ 376,60 PORTARIA N° 5.188, DE 06/05/1999 A partir de 16/12/1998 R$ 360,00 PORTARIA N° 4.883, DE 16/12/1998 É importante ressaltar que no dia da reclusão, o segurado estiver desempregado, a renda a ser considerado é de R$0,00. A partir da Medida Provisória nº 871/2019 instituiu-se carência de 24 meses para o benefício, e determinou-se que a aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de doze meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. Fonte: jornalcontabil.com Após a Reforma da Previdência, a redação acerca do Auxilio-reclusão está da seguinte forma: Art. 27. Até que lei discipline o acesso ao salário-família e ao auxílio- reclusão de que trata o inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 1.364,43 (mil trezentos e sessenta e quatro reais e quarenta e três centavos), que serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 38 § 1º Até que lei discipline o valor do auxílio-reclusão, de que trata o inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, seu cálculo será realizado na forma daquele aplicável à pensão por morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) salário-mínimo. O primeiro ponto a ser destacado é que o limite da renda brutal mensal do segurado para ser qualificado continuou de R$ 1364,43, sendo calculado com base nos últimos 12 meses de contribuição, mas existe a certeza de que não será em nenhuma hipótese maior que um salário mínimo, conforme o texto. Porém há discussões levantadas por se dizer, ferir o propósito do benefício, que é manter aqueles que são dependentes ao paciente em condição de reclusão. Fonte: carboneraetomazini.com A cessação do benefício é imediata em caso de liberdade do segurado, em caso de fuga, ou se passar a cumprir pena em regime aberto. Também, cessa de imediato em caso do filho(a) completar 21 anos, e se não houver algum tipo de deficiência ou invalidez. Ainda, a cessação do benefício para os demais ocorre também se o segurado vier a óbito. 3 Considerações finais A Reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103/2019) trouxe várias alterações na concessão dos benefícios, no tempo de contribuição, no período básico http://www.guiatrabalhista.com.br/obras/reforma-da-previdencia.htm http://www.normaslegais.com.br/legislacao/emendaconstitucional103.htm 39 de cálculo (PBC), na pensão por morte, nas alíquotas de contribuição, na idade mínima (mesmo para quem adquire o direito à aposentadoria por tempo de contribuição), dentre outras alterações das quais foram destacadas acima. Primordial sabermos, que o Direito Previdenciário é fundamental para a garantia do direito social de previdência social e, consequentemente, da dignidade do ser humano. O Direito Previdenciário é uma área do direito público voltada para o estudo e a regulamentação da Seguridade Social. Trata-se de um ramo autônomo do direito público, uma vez que possui métodos, objeto e princípios próprios, além de leis específicas e divisão interna. Nesse contexto, o objetivo do Direito Previdenciário é justamente disciplinar a Previdência Social, regulamentando a relação jurídica de beneficiário e de custeio previdenciário, além da relação jurídica da previdência complementar. Além disso, o Direito Previdenciário pode ser entendido como um direito fundamental do cidadão. Assim, adotando-se a classificação geracional dos direitos fundamentais, o Direito Previdenciário é enquadrado como direito de segunda geração, a qual abarca os direitos econômicos e os sociais. Como é sabido, com o surgimento da segunda geração de direitos fundamentais, surge o Estado do Bem- Estar Social. Nesse sentido, por meio da relação jurídica previdenciária, o Estado ampara os beneficiários, tanto segurados quanto dependentes, sempre que estes se deparam com eventos previstos pela legislação que os coloquem em situação de necessidade, seja pela impossibilidade de obtenção da própria subsistência, seja pelo aumento de despesas. O amparo fornecido pelo Estado ao segurado e dependentes pode ser expresso em benefícios — valores pagos em dinheiro — ou em prestação de serviços, de acordo com a situação em que o beneficiário se encontra. As diretrizes, princípios e regras gerais deste ramo do direito estão previstos na Constituição Federal, no capítulo denominado “Da Seguridade Social”, a partir do artigo 194 a 204. Outras leis esparsas também regulamentam a matéria, notadamente a Lei nº 8.212, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social, a Lei nº 8.213, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social e o Decreto nº 3.048/1999, que regulamenta a Previdência Social. http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/tempo_contrib_aposent.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm40 Além das leis, a doutrina e a jurisprudência também têm papéis relevantes como fontes do Direito Previdenciário. Com a Reforma Previdenciária, algumas mudanças foram feitas. Um dos principais pontos da reforma é a exigência de uma idade mínima para a aposentadoria que será de 65 anos para os homens e de 62 anos para as mulheres seguradas. Outra mudança é quanto a diferenciação do número de contribuições mensais para se ter direito à aposentadoria, que foi estipulado em 20 anos para homens e 15 anos para mulheres. Anteriormente, a carência a ser cumprida era de 15 anos independentemente do gênero. Por fim, ao atingir o tempo mínimo de contribuição, o trabalhador terá direito a 60% do benefício integral, com aumento de 2 pontos percentuais a cada ano. Completadas essas exigências mínimas, o segurado faria jus à aposentadoria com a percepção de 70% do salário de benefício. A partir de então, haveria um aumento gradual no seu salário de benefício, por ano de atividade, até se atingir o máximo de 100%, ao se completar 35 anos de contribuição. Além disso, o texto base altera o valor da aposentadoria que deixa de ser a média de todos os salários contribuídos para permitir a exclusão das 20% menores contribuições. 41 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIRES, Tatiana. Alta programada: um desrespeito ao segurado. Disponível em: http://www.dm.com.br/texto/101352-alta-programada-um-desrespeito-ao- segurado. Acesso em: 09 jan. 2020. BOMFIM. Vanessa b. Pinheiro. A alta programada do INSS o princípio da dignidade da pessoa humana. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/55977662/a-alta- programada-do-inss-e-o-principio-da-dignidade-da-pessoa. Acesso em: 08 jan. 2020. CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de direito previdenciário, 15ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. Holland, M. e Málaga, T.; “Previdência Social no Brasil: Propostas para uma reforma de longo prazo”; mimeo, 2018. IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário, 16ª Ed. Niteroi-Rio de Janeiro: Impetus, 2011. MARTINS, J. A pensão por morte mudou com as regras da reforma da previdência. E agora?. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 24, n. 5990, 25 nov. 2019. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/77906. Acesso em: 9 jan. 2020. REVISTA, de Direito Social. N° 42 Abril/Junho, Síntese, 2011. 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São Paulo: Rideel, 2013. 5 BIBLIOGRAFIA CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. MANUAL DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO. 23. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: FORENSE LTDA, 2020. ISBN 9788530988517. LAZZARI, João Batista et al. PRÁTICA PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIA: Administrativa e Judicial. 12. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: FORENSE LTDA, 2020. ISBN 9788530988500.
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