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OFICINA LITERÁRIA 1a Questão (Ref.: 201513124005) Pontos: 1,0 / 1,0 Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o escritor entrando no ¿reino das palavras¿. Procura da poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drurmmond de. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José Aguilar,1973. Após a sua leitura podemos afirmar que texto apresenta: Referencialidade: o autor usa as palavras no sentido denotativo Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade 2a Questão (Ref.: 201513125723) Pontos: 1,0 / 1,0 O texto pode ser classificado como: um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, as quais são costuradas através das palavras. um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de ideias, sem compromisso com a sua extensão final um elemento do processo comunicativo que apresenta um desapego pela significação e com a lógica um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de pontuação sofisticadamente empregada um elemento do processo comunicativo que apresenta um entrelaçamento de idéias desconexas. Gabarito Comentado. 3a Questão (Ref.: 201513124287) Pontos: 1,0 / 1,0 É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura? Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema 4a Questão (Ref.: 201513124267) Pontos: 1,0 / 1,0 Podemos dizer que ao imitar a realidade em suas obras literárias o autor sempre exerce um processo revelador porque: Renega a realidade que o cerca, anulando-a. Esconde o que pode desgostar o leitor. No processo de imitação, o autor revela a realidade e a transforma em bem cultural a imitação é um processo que anula a realidade, já que se afasta totelmente dela A construção literária é um processo Gabarito Comentado. 5a Questão (Ref.: 201513124099) Pontos: 1,0 / 1,0 Marque a alternativa em que se caracterize devidamente o herói: Ele é covarde e foge dos conflitos Ele é interesseiro e busca aproveitar-se das situações Ele não tem caráter Ele é arrogante Ele inspira seu povo devido à natureza de seus feitos 6a Questão (Ref.: 201513124291) Pontos: 1,0 / 1,0 Os principais gêneros literários são: épico, dramático e satírico épico e lírico épico, dramático e lírico narrativa, épico e lírico dramático, lírico e poético Gabarito Comentado. 7a Questão (Ref.: 201513125673) Pontos: 1,0 / 1,0 TEXTO I Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. RIO, J. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento) TEXTO II A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres, ela continuou o seu caminho arrepanhando as saias que nem uma duquesaatravessando os seus domínios. BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Ed Mérito(fragmento) A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do séculoXIX e do XX muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente, como lugar que: propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal desperta sensações contraditórias e desejos de reconhecimento possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais promove o anonimato e a segregação social favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos Gabarito Comentado. 8a Questão (Ref.: 201513124129) Pontos: 1,0 / 1,0 __________é a forma narrativa em que ocorre um desenvolvimento minucioso da ação dos personagens, proporcionando ao leitor uma visão da totalidade do universo representado. Apresenta uma estrutura complexa capaz de análises, detalhes e pormenores com a finalidade de construir um universo narrativo coerente e organizado. O termo que melhor preencheriaa lacuna é terceto crítica romance análise poesia Gabarito Comentado. 9a Questão (Ref.: 201513125682) Pontos: 1,0 / 1,0 O que é o conto? uma narrativa predominantemente lírica, montada em versos livres uma narrativa que não tem características que se liguem às noções de tempo e espaço uma narrativa de dimensões variáveis, criada para informar o leitor uma narrativa de dimensões reduzidas, centrada na caracterização dos personagens uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola diretamente. Sem pausas Gabarito Comentado. 10a Questão (Ref.: 201513125687) Pontos: 1,0 / 1,0 O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e complexos. Essa afirmativa é: Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas mais profundas Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão Gabarito Comentado.
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