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Debates Historiográficos e Transformações Históricas

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DEBATES HISTORIOGRÁFICOS���
Alexis de 
Tocquevile ���
Ernest 
Kantorowicz���
Georges 
Lefebvre���
Emanuel 
Le Roy 
Ladurie���
Reinhart 
Koselleck ���
Jacob 
Buckardt ���
Erwin 
Panofsky���
Giulio Argan���
Peter Burke���
Roger 
Chartier���
Robert 
Darton���
Michel 
Vovelle ���
Michel 
Foucaultt 
Norbert 
Elias���
NICOLAU SEVCENKO���
Ressurgimento do Comércio 
e das Cidades���
contato com o Oriente, 
especiarias���
crescimento demográfico, 
tecnologia agrícola, aumento 
da produção no campo���
Grandes cidades: artesanato, 
comércio, finanças ���
Economia monetária X 
economia de subsistência���
Crise do Século XIV 
(crescimento em colapso)���
Peste negra: aglomeração 
populacional, falta de 
higiene, crescimento urbano���
Guerra dos Cem Anos���
Revoltas camponesas: 
declínio demográfico, punção 
senhorial, assalariamento, 
fome���
Resultado: dissolução da 
ordem feudal/senhorial���
PROVAS DE UMA CRISE GERAL 
Produção: 
desindustrialização de vastas 
áreas (Itália, Alemanha, parte 
da França), exceto Suíça e na 
Suécia ���
• Comércio: a crise foi mais 
geral (Báltico: diminuição de 
suas importações de lã; 
Mediterrâneo: zona que 
comerciava produtos locais 
sofre diminuição do comércio 
de tecidos de lã).���
Crise da expansão da 
Europa, incluive entre os 
holandeses. ���
• Um século de revolta social: 
Frondas na França, agitações 
camponesas em toda a 
Europa ocidental, 
movimentos ainda mais 
significativos na Europa 
Oriental���
Por que a expansão do 
Absolutismo no XV e XVI 
não levou diretamente à 
Revolução Industrial? Quais 
os obstáculos? ���
• Para isso seria preciso que a 
sociedade feudal passasse por uma 
revolução, criação de amplos 
mercados e expansão para a força 
do trabalho livre, produção em 
massa e não artigos de luxo de alto 
preço unitário. As dimensões do 
mercado eram limitadas, mas os 
obstáculos técnicos não eram 
insuperáveis, o que aconteceu é 
que nem o capital, nem a mão de 
obra foram aplicados a indústrias 
de tipo moderno.���
Do renascimento à ilustração 
  “A maior novidade teria sido a de 
deixar de entender o curso da 
história como resultado da ação da 
providência para vê-la ‘como relato 
de atividades humanas inspiradas 
por motivos humanos’, e até isso 
podia supor-se que o tinham 
aprendido de seus modelos latinos, 
aos que recorriam como mestres da 
linguagem e do estilo” (FONTANA, 
1998, p. 41). ���
O renascimento marca uma busca 
por antigos valores que socorram a 
vigência nas suas transformações, 
sendo, assim, uma transformação de 
profundo caráter histórico, primeiro 
por o ser imanentemente, segundo 
por buscar na história – 
deliberadamente – respostas e linha 
para suas transformações. Colocação 
esta já observada por Ernest 
Cassirer.���
Conquista da história 
“a conquista do sentido do 
antigo como história, o que 
permitiu analisar aquelas 
teorias como produto de 
alguns homens determinados 
num contexto cultural 
dado”(FONTANA, 1998, 42p.). ���
A história, passa então de mera 
legitimação da ação atual ou 
mesmo do fim último imutável, 
para subsídio para a 
construção de um presente , 
desta maneira, para um futuro. 
“Este vínculo à política tem 
muito que ver com a laicização 
de suas concepções da 
história”(FONTANA, 1998, 
43p.) ���
O objetivo de Ramada Curto 
é construir uma “história dos 
sistemas de conhecimento 
imperiais” tendo em vista o 
modo como nela se 
desencadearam “novas 
perspectivas em relação ao 
estudo da cultura 
escrita” (CURTO, 2007, p. 17). ���
Lucien Febvre, com 
seu Rabelais – 
“vivendo numa 
época cujas 
estruturas mentais 
não lhe permitiam 
pensar sequer no 
problema da 
descrença”.���
Carlo Ginsburg, com seu 
Menocchio –“que, uma 
vez interrogado pelos 
inquisidores, 
demonstrava a sua 
originalidade em fabricar 
uma visão própria do 
mundo”. (CURTO, 2007, 
p. 14). ���
“A partir da metade do 
século XVII, porém, o 
latim começou a 
perder seu poder. É 
Possível notar um 
lento declínio apos 
1650, mais rápido apos 
1750....”(BURKE, 2010, 
p. 74)���
“A idéia de que 
membros de uma 
dada nação deviam 
falar da mesma forma 
foi expressa pela 
primeira vez durante a 
Revolução Francesa 
como parte de suas 
políticas 
universalizantes. 
(Certeau; Revel; Julia, 
1975) ”(BURKE, 2010, 
p. 175)���
“um rei, uma fé, uma 
lei”���
Ernest Kantorowicz 
Papa como princeps y verus imperator ���
•  una monarquía mística sobre una base racional ���
Sacrilégio e Ateísmo���
Ministerium y mysterium ���
«secretos de la Justicia» ���
Cristus – Fiscus - Dignitas���
Lingua mezzo-teologica 
"   Nos encontramos aquí con esa portentosa ecuación que llegó a ser 
corriente a mediados del siglo XIII: el corpus reipublicae mysticum, 
encabezado por el príncipe, comparado con el corpas eclesiae 
mysticum, encabezado por Cristo (58). Prescindiendo aquí del muy 
obvio paralelismo con los «cuerpos místicos» eclesiásticos y 
seculares, que se ha examinado en otra conexión, conviene indicar 
la importancia de la doctrina aristotélica sobre la sociedad 
humana (o el Estado) como entidad con fines morales y políticos. 
Fue, en último análisis, el concepto basado en Aristóteles, 
indicado una y otra vez por los juristas, de que el Estado era un 
corpus morale et politicum, el que se opuso luego al corpus mysticum et 
rituale de la Iglesia, con la misma facilidad con que Dante reunió 
en un común denominador el paraíso terrestre y el paraíso celes- 
tial como las dos metas de la humanidad (59). 
Relatos Artes Cerimonias Liturgias Leis 
Peter Burke (1999) 
"   Existe uma centralidade do renascimento para a 
história moderna? ���
"   Resultado conjuntural. ���
"   Trecento (século XIV) ���
"   Quattrocento (século XV) ���
"   Cinquecento (século XVI) ���
3 tipos de artistas: ���
a) mestres que, “no sentido medieval da 
palavra” trabalhavam “em ateliês próprios 
para compradores particulares e para 
autoridades Eclesiásticas ou laicas”, 
sobretudo na Itália, Flandres, Inglaterra e 
Alemanha. ���
b) Acadêmicos, cuja proximidade com a 
nobreza e o rei constituíam tanto suas 
vantagens quanto desvantagens. ���
c) E os pintores flamengos, que dependiam 
do gosto do mercado, ainda que desfrutassem 
de uma liberdade completa. ���
Desses 3 tipos de 
artistas, apenas os 
dois últimos 
permaneceram e de 
suas distinções criou-
se os principais 
dilemas da arte que se 
seguiu.���
Henrich Wolflin 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
DA HISTÓRIA DA ARTE���
 “o quadro táctil 
transformou-se em 
quadro visual – a 
mais decisiva 
mudança de 
orientação que a 
história da arte 
conhece.” ���
(WÖLFFLIN, 2006, 
p. 26). ���
Estilo de representação de uma 
época ���
Visão de 
beleza/ Lei 
geral ���
Esquema 
decorativo 
definido ���
Erwin Panofsky 
Iconologia ���
Percepção ���
Forma pura ���
Convencional���
Relação 
sócio-cultural ���
Intrínseca ou 
de conteúdo���
História 
técnico-
cultural���
Observação e 
explicação ��� Rearticulação ���
Síntese (locus 
da obra)���
Ernest Gombrich 
Harmonia - 
gosto���
Real - racional ���
Social - 
experiência ���
•  “Tendo o governo 
tomado assim o lugar 
da Providência, é 
natural que cada qual 
o invoque em suas 
urgências particulares. 
Por isso encontramos 
um número imenso de 
requerimentos que, 
sempre se 
fundamentando no 
interesse público, 
dizem respeito 
entretanto apenas a 
pequenos interesses 
privados.”(TOCQUEVI
LLE, 2009, p. 79)���
Público à serviço do 
privado ���
•  “Tendo o governo, em 
seu desejo de fazer 
dinheiro de tudo, 
posto à venda a 
maioria das funções 
públicas, desprovera 
si mesmo da faculdade 
de dá-las e tomá-las de 
volta a seu 
arbítrio.”(TOCQUEVI
LLE, 2009, p. 120) ���
Implicações da 
redução do Estado���
• “Decidiram portanto 
misturar ao mesmo 
tempo uma 
centralização 
administrativa sem 
limites a um corpo 
legislativo 
preponderante: a 
administração da 
burocracia e o governo 
dos eleitores. A nação 
como tal teve todos os 
direitos da soberania, 
cada cidadão em 
particularfoi 
restringido à mais 
estreita dependência: a 
uma pediram a 
experiência e as 
virtudes de um povo 
livre; ao outro, as 
qualidades de um bom 
servidor.” (TOCQUEVI
LLE, 2009, p. 185) ���
ADMINISTRAÇÃO���
Norbert Elias 
INDIVIDUALIDADE���
“A individualidade que o ser 
humano acaba por desenvolver 
não depende apenas de sua 
constituição natural, mas de 
todo o processo de 
individualização.”(ELIAS, 1994, 
p. 28)���
CIVILIZAÇÃO���
“Portanto, o avanço da divisão 
das funções e da civilização, em 
certos estágios, é 
crescentemente acompanhado 
pelo sentimento dos indivíduos 
de que, para manterem suas 
posições na rede humana, 
devem deixar fornecer sua 
verdadeira natureza.”(ELIAS, 
1994, p. 33) ���
Quem está dentro? 
Rei 
Nobres 
Cortesão 
Igreja 
"   “Como o Príncipe de Maquiavel, o 
cortesão Castiglione converteu-se 
numa personagem essencial da nossa 
imagem do Renascimento. O Cortesão 
apresenta o cortesão como um 
homem [[universal]], tão versado nas 
armas como nas letras, capaz de 
pintar, cantar, dançar, escrever 
poemas e [[cortejar]] as damas, como 
se dizia na linguagem do amor 
neoplatónico que estava na moda. 
Essa figura ideal parece encarna todo 
o movimento do Renascimento: o 
cortesão como um artista que se 
exibe, que procura retratar-se e 
tornar-se uma obra de arte em si 
mesmo, como diria Jacob Buckhardt. 
Mas, na teoria e na prática da 
[[cortesania]], a continuidade da 
Idade Média é tão marcada que é 
impossível dizer-se quando uma 
época termina e outra 
começa.”(BURKE, 1991, p. 109) ���
Quem fica de fora? 
"   “O ‘terceiro estado’ não é propriamente um estado mas um receptáculo de todas as espécies de agrupamentos profissionais cuja estrutura corresponde cada vez menos à ficção de um ‘estado’ que a hierarquia se esforça por manter. A camada inferior desse ‘estado’ é o ‘povo’ – os camponeses, pequenos rendeiros, pequenos artífices, operários, laicos e outros criados. Dele fazem parte também – recorde-se a divisão das ‘casa particulares’ que de algum modo corresponde a esta divisão do ‘terceiro estado’ – as camadas médias da burguesia constituídas por grupos muito diversificados, ‘negociantes, fabricantes, advogados, procuradores e médicos, atores, professores e curas, funcionários, empregados e caixeiros.’ Alguns grupos particularmente influentes do terceiro estado conseguiram elevar-se ao ‘nível da nobreza de espada’: é o caso dos altos magistrados e funcionários, os arrematadores gerais de impostos, os intelectuais burgueses. Estes três grupos mostram ao mesmo tempo as três vias de ascensão social que se apresentam aos membros da burguesia que aspiram elevar-se na escala social.” (ELIAS, 1987, p. 37) 
‘os ciúmes de uns 
servem de freio às 
ambições dos 
outros’ (ELIAS, 1987, p. 
105) ���
Glória ���
os símbolos do poder animam-se���
adotam o caráter 
de fetiches de 
prestígio���
caráter de valor 
autônomo da existência do rei���
Imagem de Poder���
Exclusividade do 
Poder���
a manifestação pública e a representação simbólica do seu poder eram valores em si. 
Sociologia da Realeza 
Filtro da corte 
Casamento e 
independência 
Magnificência da casa: 
distintivo de classe 
Mentalidade 
hierárquica 
O privado é público 
Planificação calculada 
do comportamento 
individual: instituição 
educativa 
Ganhos de estatutos e 
de prestígio 
“A etiqueta ‘em ação’ é portanto uma 
‘auto-representação’ da corte. Cada um 
– a começar pelo rei – se certifica, 
através dos outros, do seu prestígio e 
da sua posição de força relativa. A 
opinião social, que é a matéria de que é 
feito o prestígio de cada um, exprime-
se segundo regras bem determinadas, 
pelo comportamento de pessoa a 
pessoa, no quadro de um 
comportamento coletivo. Deste modo 
se revela imediatamente a ligação 
existencial dos cortesãos à sua 
sociedade. O prestígio adquire todo o 
seu valor na sua confirmação pelo 
comportamento. A importância que se 
atribui à demonstração do prestígio, à 
estreita observância da etiqueta, não é 
uma ‘caça às aparências’, mas a 
confirmação daquilo que é essencial 
para a identidade individual de um 
cortesão.”(ELIAS, 1987, p. 75-76)���
VELÁZQUEZ, AS MENINAS OU A 
FAMÍLIA DE FILIPE IV 
(1656/1657) 
Na Idade Moderna, a alfabetização, a reforma 
religiosa e a ampliação de mercados foram 
fundamentais para a fundação de um novo 
parâmetro de imaginação e, não obstante, de 
representação. ���
Para Foucault o quadro de Velázquez remete à 
essa revisão de antigas formas de 
representação, sobretudo a mimética 
(originada na Grécia Antiga).���
Como elementos dessa revisão elencou: um 
novo espaço para o artista, novos contratos e 
um novo mote para a criação: o vazio da 
imaginação.���
Foucault ocupou-se de algumas expressões 
científicas ou artísticas que corroborariam a 
ocorrência de um corte epistemológico em 
pleno Seiscentos: o fim da hegemonia de (ou 
do princípio de) uma similitude (similitudo) 
infinita que regularia a relação entre a 
linguagem (écriture) e a realidade, e a 
inauguração de um período (l’âge classique) 
caracterizado pela busca de (ou do princípio 
de) uma identidade estável e separada: a da 
representação.���
Philipe Ariès 
Transformação na 
prática da 
religiosidade. 
Delimitação 
das esferas 
pública e 
privada. 
Advento da 
leitura como 
perspectiva 
cultural. 
“... os limites móveis da esfera do 
privado - quer abranja quase a 
totalidade da vida social, quer, ao 
contrário, se restrinja ao foro 
íntimo, doméstico e familiar – 
dependem antes de tudo da 
maneira como se constitui, em 
doutrina e em poder, a autoridade 
pública e, em primeira instância, 
aquela reivindicada e exercida pelo 
Estado Moderno – nem sempre 
absolutista, mas em toda a parte 
administrativo e burocrático – que 
se revela condição necessária para 
se poder definir, pensar como tal 
ou apenas vivenciar de fato um 
privado doravante distinto de um 
público claramente 
identificável”(ARIÈS: 1991, 22p.). ���
ROGER CHARTIER 
“Para o historiador das 
sociedades de Antigo 
Regime, construir a noção 
de representação como o 
instrumento essencial da 
análise cultural é investir 
de uma operatória um dos 
conceitos centrais 
manuseados nestas 
sociedades” (CHARTIER, 
1991, 184p.) ���
“A apropriação, a nosso ver, visa uma história social dos usos e das 
interpretações, referidas a suas determinações fundamentais e 
inscritas nas práticas específicas que as produzem. Assim, voltar a 
atenção para as condições e os processos que, muito 
concretamente, sustentam as operações de produção de sentido (na 
relação de leitura, mas em tantos outros também) é reconhecer, 
contra a antiga história intelectual, que nem as inteligências nem 
as idéias são desencarnadas, e, contra os pensamentos do universal, 
que as categorias dadas como invariantes, sejam elas filosóficas ou 
fenomenológicas, devem ser construídas na descontinuidade das 
trajetórias históricas” (CHARTIER, 1991, 180p.). ���
“(...) a representação é o 
instrumento de um 
conhecimento mediato 
que faz ver um objeto 
ausente substituindo-lhe 
uma ‘imagem’capaz de 
repô-lo em memória e de 
‘pintá-lo’tal como 
é” (CHARTIER, 1991, 
184p.)���
"   . 
Reinhart Koselleck 
“O Absolutismo condiciona 
a gênese do iluminismo, e o 
iluminismo condiciona a 
gênese da Revolução 
francesa”. (KOSELLECK, 
1999, p. 13)���
“Nosso tema é a unidade dos 
eventos do iluminismo no estado 
absolutista”. (KOSELLECK, 
1999, p. 13)���
•  ordem tradicional 
em decadência ���
Século XVI ���
•  encontrar uma 
solução em meio a 
igrejas 
intolerantes���
Pluralização da 
Ecclesia Sancta���
• “Uma vez que os partidos religiosos 
tiravam sua energia de fontes que se 
encontravam fora do domínio do poder 
dos príncipes, estes só podiam opor-se a 
eles rompendo com o primado da 
religião”. (KOSELLECK, 1999, p. 21)���
Como era possível 
estabelecer a paz?���
"   Quando a política vigente é 
submetida ao veredicto 
moral, converte-se o juízo 
moral em crítica política���"   “Na república das letras, 
portanto, cada um é 
soberano em relação a 
todos e, ao mesmo tempo, 
sujeito ao juízo de todos”. 
(KOSELLECK, 1999, p. 
98)���
"    “A filosofia da história era o 
poder que tornava a consciência 
elitista dos iluministas. Era o 
poder que os iluminados 
partilharam com o iluminismo 
como um todo. A filosofia da 
história era a ameaça. Nela, como 
se verá, o plano de conquista 
veio claramente à luz para os 
atacados. Para o cidadão, a 
garantia de que o foro interior 
moral, em si destituído de poder, 
pudesse realmente chegar ao 
poder não provinha somente da 
moral. Aparentemente, o hiato 
que subsistia entre a posição 
moral e o poder a que se aspirava 
foi coberto pela filosofia da 
história”. (KOSELLECK, 1999, p. 
114)���
Sentimento de ser homem: o 
mundo inteiro como palco de 
forças opostas 
Tribunal da Consciência���
“Não o rei, mas a legitimidade moral é que deveria reinar nele e através dele”. (KOSELLECK, 1999, p. 127) 
“O paradoxo lógico de Hobbes, segundo o qual o 
Estado repousa em um contrato mas continua a 
existir como construção autônoma, pôde 
realizar-se politicamente na medida em que 
retirou a vontade soberana do soberano, 
representante do Estado.” ���
“O paradoxo de Rousseau, porém, segundo o qual a nação 
tem uma vontade geral que faz dela uma nação, não pode 
realizar-se politicamente de maneira direta: libera uma 
vontade que, a princípio, não tem um executor. Como não 
pode ser delegada ou representada, a vontade soberana 
desaparece no invisível. A identidade do Estado e da 
sociedade, da instancia de decisão soberana e da 
totalidade dos cidadãos, está desde o início condenada a 
permanecer um mistério”. (KOSELLECK, 1999, p. 141)���
Opinião Pública ���
Ideologia ���
a morte do autor sob a 
máscara da vontade geral ���
Guerra civil – Jurisdição 
moral ���
Utopia ���
Política e arte: 
história da 
cultura? 
“Como observaram diversos historiadores da cultura, o século XVIII foi o 
século da razão, que começa a duvidar de seu caráter absoluto. Constatam 
que para expandir o sentimento de existência, a prática do cogito 
cartesiano já não é suficiente. Para que a alma goze de plenitude é 
necessário procurar sensações, sentir variações da experiência sensível, 
que tinham estado neutralizadas por uma razão onipresente e 
complacente com as idéias científicas” (STAROBINSKI). 
“…ousaria dizer, concluindo, que os 
italianos o criaram, os franceses e 
ingleses o desenvolveram e aos alemães 
restou o consolo de o interpretarem”. 
FLORENZANO, 2007, p. 37 
PLANO DE AULA 
b) Objetivos: entender os debates historiográficos da época 
moderna e, paralelamente, atentar para as referências 
historiográficas que contribuíram para a definição do 
renascimento como um recorte histórico.���
c) Metodologia de ensino: aula expositiva de 120 minutos, 
seguida de 40 minutos de discussão, 40 minutos de vídeos.���
d) Recomendações de leitura: ���
BURKE, Peter. O renascimento italiano: cultura e sociedade na Itália. 
São Paulo: Editora Nova Alexandria, 1999.���
e) Recursos audiovisuais: para esta aula são necessários 
computador com leitor de DVD, datashow, tela para projeção e 
caixas de som.���

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