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CONCEITO MODERNO DE HISTÓRIA: disserte a respeito do tema proposto utilizando os autores estudados no curso;
 O conceito moderno de história discutido por koselleck  em “Historia Magistra Vitae – Sobre a dissolução do topos na história dos tempos modernos”, constitui-se uma reflexão sobre o surgimento do conceito moderno de história. Para o autor esta é a mais importante inovação conceitual da modernidade. Para a fundamentação de sua hipótese o autor mostra o significado do termo história em varias épocas, ao destacar que os termos tendem a se transformarem com o passar dos tempos. A transformação conceitual segundo Koselleck estaria ligada a dissolução da clássica expressão Historia Magistra Vitae que foi cunhada por Cícero e por dois mil anos permaneceu ilesa.							Até século XVIII a expressão era um indicio da vida humana, cujas histórias são instrumentos recorrentes apropriados para comprovar doutrinas morais, teológicas, jurídicas e políticas. Neste ensaio o autor destaca que no século XVI o termo “história” – em alemão Historie – podia significar tanto uma imagem quanto uma “narrativa” – em alemão Geschichte. No texto é destacado que no velho topos, a história era um lugar contendo múltiplas experiências alheias, das quais nos apropriamos com um objetivo pedagógico, ou seja a história nos deixa livres para repetir os sucessos do passado, em vez de incorrer, no presente, nos erros dos antigos.  Assim por muito tempo a história teve papel de uma escola, em que se poderia aprender a ser sábio e prudente sem incorrer nos erros dos antigos. Segundo o autor até meados do século XVIII o termo história era sempre usado no plural para designar narrativas particulares: a história da guerra do Peloponeso, a história da igreja. Estas narrativas tinham como função dar exemplos de vida para serem seguidos pelos contemporâneos e o passado sempre era usado como referencia temporal. 			Com o iluminismo esta referencia temporal é alterada, assim a Historie dá lugar a Geschichte. Este termo é usado para designar uma sequencia unificada de eventos que é visto como um todo. Assim a humanidade começa a fazer parte de um único processo temporal, que contem em si sua própria narrativa. A história torna-se o seu próprio objeto.			 A expressão Geschichte alude ao acontecimento em si e se fortaleceu ao mesmo tempo em que historie fui excluído do uso geral. A “história em si” este “singular coletivo” Geschichte, reunia a soma de todas as histórias individuais dentro de uma história universal, possibilitando assim um maior grau de abstração, reunindo num único conceito uma realidade e a reflexão sobre esta realidade.							Da pura narrativa factual a representação dos fatos históricos, a Geschichte configura-se para o historiador como uma exigência do reconhecimento das fontes históricas, a crítica documental, assim como o estabelecimento de uma metodologia da Histórica capaz de lidar com os fatos ocultos e internos dos acontecimentos. Da renovação da concepção da História e Tempo, transformaram-se dois conceitos muito caros ao trabalho do historiador, isto é, a visão de progresso e revolução.										A Revolução Francesa colocou em evidencia o novo conceito de história da escola alemã. A ideia de coletivo singular possibilitou à história a força que reside em cada acontecimento que afeta a humanidade, aquele poder que a tudo reúne e impulsiona por meio de um plano oculto ou manifesto.  Houve uma mudança na referencia temporal do topos de natureza biológica para o topos de categoria de progresso segundo Koselleck.			 Sendo assim, conceito moderno de historia, é o resultado da junção das filosofias da historia com o historicismo, a partir da quebra da Historia Magistra Vitae resultando na possibilidade de poder ser feita uma historia universal e da historia ser vista como ciência.
FILOSOFIAS DA HISTÓRIA: disserte a respeito do tema proposto utilizando os autores estudados no curso;
A Filosofia da História é a reflexão sobre a natureza da história ou sobre o pensamento histórico. A expressão foi usada no século XVIII, por Voltaire para referir o pensamento histórico crítico, que se opõe à mera repetição de histórias sobre o passado. Segundo ele, os primeiros fundamentos de toda história são os relatos dos pais aos filhos, transmitidos em seguida de geração em geração, o que faz com que vão perdendo a credibilidade aos poucos e, por fim, a fábula toma a frente dos fatos e derruba a verdade. Assim, os relatos dos povos antigos estão repletos de exageros. A utilidade da história, segundo Voltaire, reside no fato de que podemos nos utilizar dos fatos pretéritos, para antever e prevenir eventos futuros. Histórias de tiranos nos alertam para não confiar todo o poder de uma nação à apenas uma pessoa. Eventos com exércitos que foram destruídos pela fome em regiões inóspitas, dizem aos generais para não ir para uma batalha sem suprimentos. Utilizando-se da historia como magistra vitae.
Em Hegel, a expressão adquire o significado de história universal ou mundial. O método de Hegel atinge o seu melhor quando o assunto é a história das ideias, e quando a evolução do pensamento avança a par e passo com as oposições lógicas, e com a sua resolução apresentada pelos diversos sistemas de pensamento.
Este consiste no desenvolvimento moral do homem, concebido como algo que é equivalente à liberdade no Estado; esta liberdade, por sua vez, consiste no desenvolvimento da autoconsciência do espírito, um processo de desenvolvimento lógico ou intelectual onde sucessivamente se atingem e superam vários momentos necessários na vida de um conceito. 
 No Iluminismo, acreditava-se que a idade da superstição e da barbárie estava a ser progressivamente substituída pela ciência, pela razão e pela compreensão, atribuindo-se à história uma linha evolutiva de caráter moral. Sob a influência de Herder, Kant levou esta ideia mais longe, de tal modo que a filosofia da história se converteu na procura de um sistema grandioso sobre o desdobramento da evolução da natureza humana, testemunhado em fases sucessivas (o progresso da racionalidade ou do Espírito). 
Com Marx e Engels emerge um tipo de história bastante diferente, baseada na estrutura progressiva de Hegel, mas que remete a realização do objectivo da história para um futuro onde surgirão as condições políticas para a liberdade, sendo assim os fatores políticos e econômicos, e não a “razão”, o motor da história. Embora se tenha continuado a escrever história especulativa generalista, no final do século XIX a especulação generalista desse tipo foi suplantada por um interesse mais crítico pela natureza da compreensão histórica e, em particular, pela comparação entre os métodos das ciências naturais e os do historiador. 							Para Dilthey é importante mostrar que, por um lado, as ciências humanas como a história são objetivas e legítimas, mas que, por outro lado, estas diferem de algum modo da investigação do cientista. Já que o seu assunto é o pensamento e as ações dos seres humanos do passado, é necessária uma capacidade para reviver esse pensamento do passado, conhecendo as deliberações dos agentes do passado como se pertencessem ao próprio historiador.
HISTORICISMO: disserte a respeito do tema proposto utilizando os autores estudados no curso;
Historicismo é a forma científica do conhecimento histórico, nos cenários do positivismo e da escola metódica; criou um campo autônomo para a ciência histórica. 
No século XIX, as concepções de História e de historiografia passaram por uma mudança notável e decisiva. A partir de então deixam de considerar a história como uma crônica baseada nos testemunhos legados pelas gerações anteriores e entendem-na como uma investigação, pelo que o termo "história" recupera seu sentido originário em grego.
A evolução decisiva para a historiografia deu-se com o que se pode chamar de fundamentação metódico-documental, basilar para a disciplina "acadêmica" contemporânea, produzida pelos tratadistas do século XIX e da primeira década do século XX. Foi no século xix que apareceramos primeiros grandes tratados do que se poderia chamar de normativismo histórico, um tipo de reflexão novo sobre a História, chamado de Historik por Johann Droysen. Essa reflexão definiu os parâmetros metódicos estipulados como obrigatórios para que a História se enquadrasse no que se tinha, então, por padrão de "ciência". Normatizar os procedimentos, contudo, para obter algum grau de densidade confiável, era percebido como uma missão, que levou à produção de textos metodológicos famosos, como os de Ranke, Droysen, Heder e Dilthey.

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