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PROCEDIMENTO INTERNO
	Nº:
	
	REV.:
	00
	
	LOCAL:
	UFV SOL DO AGRESTE
	FOLHA:
	1 de 2
	
	TÍTULO:
	PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
1. OBJETIVO
Este procedimento tem como objetivo descrever a sistemática estabelecida pela DIMI CONSTRUTORA LTDA, para o gerenciamento dos resíduos sólidos da construção civil, durante a obra da UFV SOL DO AGRESTE, com o intuito de atenuar os impactos ambientais negativos oriundos da atividade, atender à legislação vigente e outros requisitos aplicáveis, além de cumprir com os padrões estabelecidos pela ATIAIA RENOVÁVEIS. Não somente serão priorizadas as aplicações e técnicas para promover a redução do uso de recursos naturais e a não geração de resíduos, como também a definição de políticas de atenuação, reutilização, reciclagem e tratamento destes resíduos, com base nas tecnologias disponíveis e economicamente viáveis, sendo os rejeitos direcionados à disposição final ambientalmente adequada.
2. CAMPO DE APLICAÇÃO
Procedimento de Gestão Interna que se aplica à todas as áreas dentro das instalações do canteiro que estão sob responsabilidade da DIMI CONSTRUTORA LTDA. O público-alvo do procedimento envolve toda a força de trabalho, em especial aqueles envolvidos em atividades e operações em que haja geração de resíduos ou nos quais os resíduos estejam presentes. Também se aplica aos fornecedores e subcontratadas, cada qual com responsabilidade estabelecida pela legislação.
3. INFORMAÇÕES GERAIS
3.1. Identificação do Empreendedor
	Razão Social:
	DIMI CONSTRUTORA
	CNPJ:
	24680570001-62
	Atividade Principal:
	Construção Civil
	Endereço:
	Rua 86, Nº26, Bairro CPA3, Cuiaba-MT
3.2. Responsável Legal
	Nome:
	Maika Cunha
	Telefone:
	(67) 9 9633-7033
	E-mail:
	maika_prc@hotmail.com
3.3. Responsável Técnico pela Elaboração do PGRCC
	Nome:
	Maika Cunha
	Nº Cons. de Classe:
	 Cria-MS 64024
	Telefone:
	(67) 9 9633-7033
	E-mail:
	maika_prc@hotmail.com
4. CONCEITOS E DEFINIÇOES
Acondicionamento: Disposição temporária de resíduos de forma ordenada, separada e segura, para reutilização ou acumulação e posterior encaminhamento para adequada destinação final. 
Armazenamento Temporário: Estocagem temporária de resíduos sólidos, para posterior encaminhamento para alternativas de gerenciamento, tais como: reciclagem, recuperação, reutilização, tratamento ou disposição final adequada, que atendam aos requisitos legais.
Coleta Seletiva: Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.
Central de Resíduos: São áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.
Identificação: Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos vasilhames de coleta.
Destinação Ambientalmente Correta: Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos Resíduos Sólidos, que leve à reutilização ou eliminação do risco de contaminação aos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
5 R's: É uma ferramenta utilizada para orientar a seleção de projetos relacionados ao gerenciamento de resíduos e pode ser usada tanto no sentido reativo quanto no preventivo/proativo. Os 5 R´s são: Recupere, Recicle, Reutilize, Reduza e Rejeite.
Redução: consiste em ações que visem à diminuição de resíduos, seja por meio da minimização do consumo de novos recursos ou por meio da redução do desperdício.
Reutilização: implantada através de ações que possibilitem otimizar ao máximo o uso dos recursos e produtos, antes do descarte final, ou ainda, enviá-los novamente ao processo produtivo. Reutilizando, geramos uma boa economia, pois evitamos a fabricação de novos produtos, o que necessita do uso de energia e de matéria-prima.
Reciclagem: Processo de transformação dos resíduos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com o intuito de transformá-los em insumos ou novos produtos.
Segregação: É a separação do resíduo no momento e local de sua geração, conforme suas características físicas, químicas, biológicas, a sua espécie e classificação.
Coleta Seletiva: segregação de Resíduos de origem industrial (áreas produtivas).
Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que tenham por dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto.
Coprocessamento: tecnologia que se resume na destruição térmica de resíduos em fornos de cimento, envolve o aproveitamento energético do resíduo ou seu uso como substituto de matérias-primas na indústria cimenteira sem afetar a qualidade do produto final.
Incineração: queima do resíduo em fornos e usinas. Ocorre a decomposição térmica via oxidação à altas temperaturas, da parcela orgânica dos resíduos, transformando-a em uma fase gasosa e outra sólida, reduzindo o volume, o peso e as características de periculosidade dos resíduos.
FISPQ: Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos.
MTR: Manifesto de Transporte de Resíduos.
PGRCC: Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
SGI: Sistema de Gestão Integrado.
5. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
· ABNT NBR ISO 14.001 (Edição vigente) – Sistema de Gestão ambiental;
· Legislação Federal N°12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos sólidos;
· Lei Estadual Nº 14.236/2010 – Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos;
· Lei Estadual Nº 12.008/ 2001– Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos;
· Lei Estadual Nº 16.079/ 2017– Altera a Lei nº 14.378, de 2 de setembro de 2011, que institui a divulgação e instalação de recipientes coletores para a Reciclagem do Óleo Vegetal Comestível;
· Lei Estadual Nº 13.361/ 2007 - Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Pernambuco – TFAPE;
· Lei Estadual Nº 16.001/ 2017-Altera o Art.01 da Lei nº 13.361, de 13 de dezembro de 2007, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Pernambuco – TFAPE;
· Resolução CONAMA 313/2002 – Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;
· Resolução CONAMA 275/2001 – Cores na Coleta Seletiva;
· Resolução CONAMA 307/2002 – Resíduos da construção civil;
· Resolução CONAMA 401/2008 – Descarte de Pilhas e Baterias;
· Resolução CONAMA 416/2009 – Disposição sobre prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambiental correta;
· Resolução CONAMA Nº. 258/1999 - Obriga as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional;
· Resolução CONAMA Nº 362/ 2005 - Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminada;
· ABNT NBR 10.004 – Resíduos Sólidos (Classificação);
· ABNT NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos;
· ABNT NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos;
· ABNT NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos;
· ABNT NBR 11.174 – Armazenamento de Resíduos Classe II – Não Inertes e Classe III – Inerte;
· ABNT NBR 12.235 – Armazenamento de Resíduos Sólido Perigosos;
· ABNT NBR 13.221 – Transporte terrestre de Resíduos;
· ABNT NBR 13.463 – Coleta de Resíduos Sólidos;
· ABNT NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de matérias;
· ABNT NBR 7.503 –- Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope para o transporte;
· Lei Federal 6.938/1981 – Política Nacional de Meio Ambiente, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;
· Lei Federal 9.605/1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências;
· Lei nº 17018/2020 - Dispõe sobre o acondicionamento, separação, manejo e descarte de máscaras e outros Equipamentos de ProteçãoIndividual - EPIs, durante a vigência do estado de calamidade pública em decorrência da pandemia do COVID-19;
· Portaria MMA Nº 280 DE 29/06/2020, regulamenta os Art. 56 e 76 do Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, e o art. 8º do Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020, institui o Manifesto de Transporte de Resíduos - MTR nacional, como ferramenta de gestão e documento declaratório de implantação e operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos, dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos e complementa a Portaria nº 412, de 25 de junho de 2019.
6. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES
6.1. Gerente da Empresa
· Definir os objetivos do empreendimento referente ao meio ambiente e segurança do trabalho, bem como traçar metas a serem atingidas, de forma a cumprir as políticas prescritas pela DIMI, buscando melhoria continua dos sistemas e padrões estabelecidos;
· Aprovar o procedimento após revisão;
· Garantir o cumprimento deste procedimento, em todos os níveis hierárquicos;
· Assegurar os recursos necessários para o cumprimento deste procedimento;
6.2. Equipe de Meio Ambiente e de Segurança do Trabalho
· Elaborar, manter e atualizar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
· Assessorar o Gerente de Sítio na aplicação do programa, bem como cumprir e se fazer cumprir as orientações por este estabelecido;
· Garantir que os colaboradores sejam treinados neste procedimento;
· Avaliar a destinação final dos resíduos de acordo com os requisitos legais do órgão ambientais e previsão contratual;
· Gerenciar as licenças de operação e cadastro técnico dos fornecedores de soluções em resíduos em todos os níveis;
· Manter este procedimento em local de fácil acesso, para consulta na execução dos serviços e possíveis auditorias internas ou externas;
· Realizar as comunicações previstas na legislação vigente, quando aplicável;
· Indicar as sinalizações, quando necessárias à execução das atividades;
· Orientar e fiscalizar quanto aos EPI’s necessários ao pessoal envolvido no serviço;
· Executar as atividades deste procedimento;
· Acompanhar e assegurar o cumprimento das normas e recomendações de meio ambiente;
· Inspecionar periodicamente locais de armazenamento temporário de resíduos sólidos;
· Monitorar as atividades durante a sua execução;
· Definir o local para encaminhamento dos resíduos gerados;
· Orientar os integrantes e liderança quanto aos aspectos de organização e limpeza das frentes de trabalho;
· Realizar a devida caracterização dos resíduos sólidos, conforme legislação vigente, quando necessário;
· Disponibilizar equipamentos e materiais de mitigação/prevenção;
· Registrar as não conformidades e observações ambientais propondo as medidas corretivas e preventivas necessárias;
· Treinar os colaboradores envolvidos nas atividades deste procedimento;
· Emitir, acompanhar e armazenar o MTR;
6.3. Coordenadores, supervisores e líderes
· Aplicar e comprometer-se com a aplicação deste documento, bem como garantir o apoio necessário para seus subordinados;
· Realizar diariamente DDS, abordando assuntos de produtividade, segurança e meio ambiente.
6.4. Demais Colaboradores
· Cumprir com as normativas deste procedimento;
· Recolher todos os sacos contendo os resíduos sólidos gerados durante os turnos de trabalho, conforme diretrizes de coleta seletiva de resíduos sólidos;
· Coletar, separar e armazenar cada resíduo gerado em sua área e solicitar seu recolhimento ou encaminhá-lo adequadamente.
7. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
A gestão dos resíduos deve ser realizada de acordo com o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (Lei Federal nº 12.305/2010), levando-se também em consideração princípios da prevenção (Conferência de Estocolmo 1972) e da precaução (Conferência Rio ECO 92). Além disso, deve-se envolver todos os colaboradores, fornecedores e terceiros que influenciam ou possam influenciar a quantidade e o tipo de resíduos gerados tanto nas fases de concepção e execução da obra, desde a compra do insumo ao transporte e utilização. Em outros termos, para uma gestão de resíduos eficaz é necessário ter objetivos de:
· Redução da geração de resíduos, em termos quantitativos, e o nível de periculosidade, em termos qualitativos;
· Segregação e armazenamento temporário correto dos resíduos de modo a otimizar as operações de recuperação e reutilização;
· Atividades de recuperação de resíduos, dando prioridade a não geração e a redução;
· Reutilização e/ou reciclagem de materiais como matéria-prima secundária para outras atividades transformadoras, de forma a evitar consumo de recursos naturais;
· Realização de treinamentos e programas de conscientização quanto ao meio ambiente;
· Identificação de todos os resíduos gerados na obra, devidamente separados por categoria, armazenados e enviados para destinação final, para que seja realizada a disposição ambientalmente adequada.
O gerenciamento dos resíduos sólidos é de responsabilidade compartilhada junto à fornecedora contratada em soluções de coleta de resíduos, tal e como se detalha abaixo:
· Responsável pelo gerenciamento (após saída do canteiro), transporte, recebimento, quantificação, segregação, identificação, armazenamento temporário dos resíduos sólidos, até obter carga, para envio à empresa de destinação final de todos os resíduos gerados;
· Disponibilizar recipientes para recolhimento de resíduos nas áreas da obra; receber, separar, processar quando necessário, estocar e destinar os resíduos;
· Buscar continuamente as melhores tecnologias para a destinação ambientalmente correta dos resíduos sólidos;
· Contratar e acompanhar os serviços de recolhimento de resíduos sólidos;
· Gerenciar a comprovação da destinação dos resíduos sólidos;
· Arquivar os MTR's, Certificados de destinação final ou tratamento, como também a licença ambiental da empresa prestadora de serviço terceirizado dos resíduos sólidos;
· Emitir relatórios de geração e destinação de resíduos e enviar ao responsável de meio ambiente da obra.
8. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
8.1. Quanto à estrutura e composição química
Resíduos orgânicos: são aqueles que possuem origem animal ou vegetal. A maioria pode ser utilizada na compostagem sendo transformados em fertilizantes ou corretivos do solo, contribuindo para o aumento da taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção agrícola.
Resíduos Inorgânicos: todo material que não possui origem biológica ou que foi transformado pelo homem. Geralmente estes resíduos, quando lançados diretamente no meio ambiente, levam mais tempo para serem degradados.
Figura 2 – Exemplos de tipos de resíduos segundo composição química.
8.2. Quanto ao aproveitamento para transformação
Resíduos Recicláveis: aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que tem mercado ou operação que viabilize sua transformação industrial.
Resíduos Não-recicláveis: resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos acessíveis e disponíveis, não apresentem outra possibilidade além de aterros industriais ou sanitários.
Figura 3 - Exemplos de resíduos para transformação
8.3. Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente
A classificação a ser adotada para os resíduos sólidos conforme a ABNT NBR 10.004/2004:
Resíduos Classe I – Perigosos
Os Resíduos são classificados como Classe I por serem inflamáveis, tóxicos, patogênicos, corrosivos ou reativos, que possam apresentar riscos à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e que apresentem risco de poluição quando manejados ou dispostos de forma inadequada. São suas características:
· Inflamabilidade: facilidade de entrar em combustão face à exposição de fonte ígnea ou mesmo de forma espontânea;
· Corrosividade: agride os materiais e organismos em função de suas características ácidas ou básicas intensas;
· Reatividade: reage com outras substâncias podendo liberar calor, energia ou formar substância tóxica corrosiva ou inflamável;· Toxicidade: age sobre os organismos vivos causando danos às suas estruturas biomoleculares;
· Patogenicidade: Resíduos que apresentam microrganismo e / ou toxinas capazes de provocar doenças.
Resíduos Classe II A – Não Inertes:
Os Resíduos são classificados como Classe II A, por não serem enquadrados nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos ou de resíduos classe II B – Inertes. Os resíduos classe II A - Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água como exemplo desse material temos, papel, madeira e papelão.
Resíduos Classe II B – Inertes:
São classificados como Classe II – B, quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, e submetidos a um contato dinâmico e estático, com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme o Anexo G da NBR 10.004:2004.
Nota1: Todos os resíduos Classe II, contaminados com resíduos de Classe I, devem ser tratados como resíduos Classe I.
8.4. Quanto à origem
Resíduos de Construção Civil: gerados a partir das atividades de construção, reformas, reparos, demolições, preparação e escavação de terrenos. Os resíduos da construção civil podem ser subdivididos em:
· Classe A: reutilizáveis e recicláveis (solos, tijolos, telhas etc.);
· Classe B: recicláveis (plásticos, papel/papelão, gesso, metais etc.);
· Classe C: não recicláveis (lã de vidro etc.);
· Classe D: perigosos (amianto, tintas, solventes etc.).
 Resíduos dos Serviços de Saúde: resíduos gerados por qualquer atividade de natureza médica-assistencial humana ou animal clínicas odontológicas, veterinárias, farmácias, centros de pesquisa, necrotérios, funerárias, medicina legal e barreiras sanitárias. Os resíduos de saúde são subdivididos em:
· Grupo A: possível presença de agentes biológicos (placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas etc.);
· Grupo B: contêm substâncias químicas (medicamento vencido, reagentes de laboratório etc.);
· Grupo C: que contenham radionuclídeos (serviços de medicina nuclear etc.);
· Grupo D: não apresentam risco, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares (restos de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.);
· Grupo E: materiais perfurocortantes (agulhas, ampolas de vidro etc.).
Resíduos Domiciliares: gerados a partir das atividades diárias nas residências com 50% a 60% de composição orgânica e o restante formado por embalagens em geral e rejeitos.
Resíduos de Limpeza Urbana: resíduos provenientes dos serviços de varrição de vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores e limpeza de feiras livres.
Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e de Serviços: variam de acordo com a atividade dos estabelecimentos. No caso de restaurantes, bares e hotéis predo minam os resíduos orgânicos; já em escritórios, bancos e lojas predominam os resíduos de papel e plástico.
Resíduos Industriais: resíduos gerados pelas atividades industriais, tais como metalúrgica, química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados que apresentam características diversificadas.
9. SEGREGAÇÃO DOS RESÍDUOS
A DIMI tem por estabelecido que os resíduos gerados deverão ser segregados no momento da sua geração, obedecendo a sua classificação e padrão de cores, conforme estabelece a legislação e normas vigentes. Os recipientes para acondicionamento dos resíduos sólidos serão identificados quanto ao seu conteúdo, preservados em bom estado de conservação, resistindo ao contato com o resíduo e às condições climáticas, considerando o tempo de armazenamento.
O atendimento à coleta seletiva será através de caçambas e/ou coletores plásticos. No caso dos resíduos perigosos, estes devem estar armazenados em local adequado, isolado, com contenção de vazamento e com piso impermeável, identificado conforme estabelece a legislação vigente.
O responsável pela segregação é o próprio gerador do resíduo, cabendo a cada colaborador separar adequadamente o material a ser descartado, no momento da geração. A coleta de resíduos deverá ser realizada diariamente e de forma contínua. Os coletores específicos deverão obedecer ao padrão de cores apresentado a seguir:
	PADRÃO DE CORES DA COLETA SELETIVA
	COR
	DENOMINAÇÃO
	DESCRIÇÃO
	
	AZUL
	Papel
	Todos os tipos de papéis secos como: papel e papelão não contaminados.
	
	VERMELHA
	Plástico
	Todos os resíduos de materiais plásticos (copos, embalagens plásticas, sacos plásticos, etc.)
	
	VERDE
	Vidro
	Todos os materiais de vidro recicláveis descartados (garrafas, etc.)
	
	AMARELO
	Metal
	Todos os resíduos metálicos descartados em atividades de montagens, manutenções, e desmontagens de equipamentos, peças, estruturas, tubos e chapas de cobre, alumínio, ferro, e outros metais recicláveis.
	
	PRETO
	Madeira
	Lascas e pedaços de madeira descartada de paletes, suportes, recipientes, caixas e caixotes, madeira de construção, etc.
	
	CINZA
	Resíduos Não-recicláveis
	Resíduos de varrição não identificados, misturados, papel não reciclável, papel tolha, máscaras (PFF2 e/ou cirúrgica), isopor, plástico adesivo, etc.
	
	MARROM
	Resíduos Orgânicos
	Resíduos orgânicos provenientes da alimentação, seco ou molhado (não incluindo líquidos) como resto de refeições e lanches ou frutas, etc.
	
	LARANJA
	Resíduos Perigosos
	Resíduo Classe I, todos os materiais descartados contaminados com matéria-prima, produtos químicos ou óleo, borras de tinta e oleosos.
A importância da implantação da simbologia consiste na facilidade de se desenvolver um trabalho de orientação e condução para que haja por parte do administrador/gestor ambiental uma melhor condição de monitoramento e destinação adequada dos resíduos gerados. Ela também vem como um facilitador para o Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, de forma que permite através do diálogo o fácil entendimento no processo de treinamento dos trabalhadores da obra e de acompanhamento por parte do responsável técnico e do proprietário. Dessa forma, a segregação na obra proposta deverá ser realizada no momento da geração de acordo com a Resolução do Conama 275/01.
10. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DA OBRA
A quantidade de resíduos gerados irá variar de acordo com a fase de execução e desenvolvimento das atividades da construção civil em que a obra se encontra. 
Tabela 1 – Quantificação e Caracterização dos Resíduos da Construção Civil.
	Classes
	MATERIAL
	QUANTIDADE (m³)
	
	
	ETAPA
	TOTAL
	
	
	DEMOLIÇÃO
	CONSTRUÇÃO
	
	Classe A
	Argamassa, concreto,
cerâmica, tijolos, blocos de concreto, entre outros.
	Não Aplicável
	0
	0
	
	Solo (bota-fora).
	Não Aplicável
	0
	0
	Classe B
	Plásticos, papel/ papelão, metais, madeira, entre outros.
	Não Aplicável
	0,57 Kg/m³
	0,57 Kg/m³
	Classe C
	Gesso, isopor, entre outros
(não-recicláveis).
	Não Aplicável
	0
	0
	Classe D
	Tintas, óleos, solventes, materiais contaminados, embalagens com restos (produtos perigosos)
	Não Aplicável
	0
	0
	TOTAL
	0
	0,57 Kg/m³
	0,57 Kg/m³
Considerando que, semelhantemente ao solo comum, a densidade específica do RCC é de aproximadamente 1.200 Kg/m³, calcula-se que durante as fases de construção da obra será produzido cerca de 0,57 m³ de resíduos. 
Além disso, serão gerados também resíduos com características domiciliar, decorrente da presença de mão de obra direta e indireta envolvida nas diferentes frentes de serviço na área do empreendimento. Considerando o cenário projetado de equipe com 25 funcionários no ápice da construção, duas refeiçôes no canteiro (café e almoço), e uma conjectura de seis meses até a entrega da obra, a tabela seguinte apresenta a estimativa da geração de resíduos do tipo domiciliar da obra.
Tabela 3 – Estimativa de resíduos domiciliares.
	RESÍDUOS DOMICILIARES
	QUANTIDADE
	Orgânico
	30 kg
	Não reciclável
	12 kg
É prevista a reutilização de cerca de 30% do totalde RCC de Classe A durante a execução da obra como agregado do solo, sendo o restante direcionado à destinação final ambientalmente adequada. Conforme a Resolução CONAMA 469/15, embalagens de tintas usadas na construção civil serão submetidas à logística reversa.
11. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO TRANSITÓRIO
O acondicionamento dos resíduos sólidos deve ser feito de acordo a suas caracterizações (os principais aspectos físicos, químicos e biológicos, qualitativos e quantitativos) e suas classificações (NBR 10.004/2004) de forma que haja preservação das características naturais destes resíduos, evite o contato das diferentes classes e impossibilite a contaminação e/ou reações entre eles. 
A forma de acondicionamento deve prezar por alternativas que facilitem o manuseio, deposição e a retirada, e que evitem geração de mais resíduos, além de garantir a estanqueidade e a impossibilidade e retardo da propagação de incêndio, nos casos de resíduos inflamáveis, minimizando os impactos e riscos ao meio ambiente ao meio ambiente e ao ambiente laboral. Deve-se considerar a possibilidade de utilização de recipientes de maior capacidade que a geração real.
A DIMI tem por estabelecido que os resíduos sólidos serão acondicionados em coletores plásticos, bombonas, caçambas estacionárias, identificadas por tipo de material, e armazenado posteriormente em local coberto, livre da ação do tempo, de modo a evitar que estes sejam carreados e depositados em locais inadequados.
Deverão existir placas ou etiquetas sinalizadas, conforme determinado na ABNT 7500/2005 e Resolução CONAMA 275/2001, com utilização de sacolas plásticas apenas para os resíduos orgânicos e domiciliares. Os locais de acondicionamento serão localizados em pontos estratégicos espalhados pela obra, e o local de armazenamento temporário deverá ser de fácil acesso para as empresas responsáveis pela destinação final e para a saída dos caminhões caçambas e basculante.
Os resíduos recicláveis gerados em uma obra são constituídos basicamente por papel, papelão, metal, vidro, embalagens de gesso e de cimento, madeiras, aço entre outros. Todo este material, assim como os resíduos orgânicos e rejeitos, deverão estar segregados e armazenados em local coberto, com piso impermeável e ventilação, podendo ser em baias, ou caçambas cobertas. Deverá essa área estar devidamente identificada contendo os resíduos armazenados. Os resíduos orgânicos e rejeitos devem estar bem vedados, de modo a evitar proliferação de animais e geração de chorume.
Da mesma forma, os resíduos perigosos deverão estar armazenados em local coberto, com ventilação e piso impermeável, sendo a entrada permitida apenas para autorizados, podendo também ser baia ou caçamba coberta. Á área deve apresentar identificação e FISPQ de todos os resíduos armazenados e medidas de segurança no manuseio.
12. MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE
Os transportes dos resíduos sólidos devem ser feitos em veículos apropriados, compatíveis com as características dos resíduos e efluentes, atendendo às condicionantes de segurança e meio ambiente, conforme estabelece a legação vigente. O transportador deve apresentar as licenças dos órgãos ambientais ou autorizações necessárias e válidas para o transporte, emitidas pelos órgãos competentes, quando aplicável.
Serão mantidos os registros referentes às licenças para transporte e tratamento ou disposição, inspeções dos veículos, notas fiscais, autorização para transporte de resíduos perigosos (ATRP), e outros documentos exigidos pela legislação. Particularmente o transporte de resíduos perigosos (Classe I) deverá atender os seguintes requisitos:
· Deverá possuir licença de operação permita a manipulação e recebimento deste tipo de resíduo;
· Deverá possuir ficha de emergência, conforme ANTT 420 e NBR, e Plano de Atendimento a Emergência para o Transporte de Produtos Perigosos;
· O caminhão deve possuir sinalização de transporte de resíduos perigosos, conforme NBR 7500;
· O motorista deve possuir o curso de MOPP (Movimentação de Produtos Perigosos), para o transporte de resíduos perigosos.
No KeepControl deverá ser mantida os registros referentes às licenças para transporte e tratamento ou disposição final, e outros documentos exigidos pela legislação. As documentações deverão estar disponíveis nos arquivos do KeepControl, para fiscalização do cliente e do órgão ambiental, quando solicitado.
A movimentação pode ocorrer em dois momentos distintos, no transporte interno e externo. O transporte interno consiste na movimentação de resíduos para a área de armazenamento temporário. Já o transporte externo diz respeito à movimentação realizada de resíduos da área de armazenamento temporário para a área de reciclagem/disposição final, assim como a movimentação de terra, e entrega de materiais.
O transporte deverá ser realizado em horários pré-estabelecidos, seguindo normas de segurança principalmente no que diz respeito aos demais colaboradores em atividade e a fauna local. Os veículos responsáveis pelo transporte deverão trafegar com carga compatível à sua capacidade e tipo de caçamba, atendendo aos limites de carga impostos pelas condições das vias. Será realizado monitoramento das condições de tais vias de tráfego e estabelecido um limite de velocidade para cada trecho com potencial de suspensão de material particulado, sendo que este limite será sinalizado por meio de placas em cada via. Sempre que necessário será realizada a umectação das vias de acesso, de modo a reduzir o impacto realizado pela movimentação dos caminhões.
As embalagens de acondicionamento deverão estar bem vedadas, não permitindo o vazamento de resíduos no processo de coleta e transporte até a área de segregação (transporte interno) ou destinação final (transporte externo). Evitando também, a atração de animais, e criação de focos de doenças.
13. DESTINAÇÃO FINAL
A destinação final diz respeito ao processo de coleta, transporte e destinação final ambientalmente correta. É a fase em que a obrigação remete diretamente ao gerador, sendo seu dever garantir que os resíduos estão recebendo tratamento de acordo com a legislação ambiental. Dessa forma, no processo de contratação, a empresa poderá firmar contrato de venda ou de cessão (prestação de serviços) de seus materiais com empresas devidamente licenciadas, arquivando junto com estes contratos, as cópias das licenças de operação, as quais são a documentação legal de comprovação da sua regularidade junto ao órgão ambiental.
A DIMI tem por estabelecido que as empresas devem ter toda documentação legal disponibilizada no setor de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho para consulta. As empresas aprovadas para tratamento e destinação final dos resíduos devem ter suas licenças ambientais monitoradas pelo setor de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho.
Sempre que possível, deve-se priorizar a logística reversa, realizando a devolução aos fornecedores de equipamentos eletroeletrônicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, incluindo seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, incluindo seus resíduos e embalagens, produtos químicos vencidos, assim como outros produtos cuja embalagem constitua resíduo perigoso.
14. MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS
A Portaria MMA Nº 280 DE 29/06/2020 institui o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) como ferramenta de gestão e documento declaratório, estabelecendo que a utilização do MTR é OBRIGATÓRIA em todo o território nacional, para todos os geradores de resíduos sujeitos à elaboração de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme disposto no art. 20 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como ferramenta online capaz de rastrear a massa de resíduos, controlando a geração, armazenamento temporário, transporte e destinação dos resíduos sólidos no Brasil. 
A DIMI deverá, portanto, a cada destinação emitir o Manifesto de Resíduos, nas 3 vias assinadas, mantendo arquivados esses documentos comprobatórios de cada remessa de material/resíduos enviadosàs outras empresas, com a devida identificação e comprovação de recebimento dos mesmos pela empresa receptora. Nesses documentos devem estar especificados a tipologia e quantificação do material enviado, bem como a data da operação, a fim de comprovar o correto encaminhamento e destinação final de seus resíduos.
15. TREINAMENTO
A DIMI tem por estabelecido que todos colaboradores que atuar no manuseio de resíduos receberá previamente treinamento específico e, deverão ocorrer em intervalos periódicos para garantir que haja uma melhor conscientização da força de trabalho.
16. REQUISITO DE MEIO AMBIENTE
· Devem ser evitadas misturas entre resíduos, mesmo os incompatíveis na medida do possível;
· Os resíduos devem ser organizados, acondicionados e não dispostos de forma irregular;
· Deve ser evitado o contato dos resíduos nas baias, tendo em vista manter a segregação que é feita também na fonte geradora, de forma a evitar o retrabalho e diminuir os custos de disposição e prevenção de poluição;
· No manuseio de produtos químicos e/ou outros produtos que contaminem os resíduos sólidos (papel, plástico, etc.), os mesmos deverão ser classificados como perigoso;
· Deve ser mantida uma cópia da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos das embalagens de produtos químicos descartadas no local de armazenamento temporário;
· Quaisquer resíduos contaminados com óleo ou produtos químicos deverão ser encaminhados para a área de armazenamento temporário de resíduos classe I;
· É terminantemente proibido:
· Realizar a queima de qualquer tipo de resíduo;
· Reutilizar vasilhames, bombonas e tambores para armazenamento de resíduos que não sejam compatíveis com o material do recipiente ou quando apresentar inscrição proibindo sua reutilização;
· Encaminhar resíduos à destinação final sem prévia identificação e emissão do MTR.
17. AÇÕES DE MONITORAMENTO
· Este PGRS deve ser empregado de forma imediata e contínua, monitorado por profissional capacitado para identificar, registrar, monitorar, propor e efetuar ações de controle e mitigação;
· Este procedimento deve estar disponível de forma acessível a qualquer requisitante, contudo é vetada a sua cópia não controlada e autorizada;
· Esse procedimento deverá ter sua primeira revisão em até seis meses a contar da sua primeira versão aprovada e emitida;
· Este procedimento deverá ser revisado sempre que necessário e/ou em atendimento à legislação.
18. CONTROLE DE REVISÕES E REGISTROS
	CONTROLE DE REVISÃO
	REVISÃO
	DATA
	RESUMO
	RESPONSÁVEL
	TREINAR
	00
	01.04.2025
	Emissão Inicial
	Maika Cunha
	Sim
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