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Prezado aluno, O estudo dirigido tem por finalidade evidenciar alguns tópicos que foram destacados para a disciplina. É mais uma ferramenta para auxiliá-lo na aprendizagem. A proposta não é ‘dar dicas’ para a avaliação e sim orientá-lo para os assuntos que poderão nela ser abordados. Primeiramente você deverá assistir todas as aulas, caso tenha perdido alguma delas, poderá revê-las acessando os vídeos que estão disponibilizados na rota de aprendizagem. Também estão disponibilizados no ambiente, os slides e demais materiais. Procure acessá-los e participe das interações com os professores e esclarecendo suas dúvidas. OK?! O conteúdo que será utilizado na sua avaliação abrange todas as aulas, mas como as questões são randomizadas, pode ser que caia algumas questões a mais de uma aula e a menos de outra, assim você deverá saber: Uma das atividades do saneamento ambiental municipal é aquela que contempla a gestão e o gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos (GIRSU), tendo por objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenção da saúde, isto é, o bem-estar físico, social e mental da comunidade (Projeto BRA/922/017, 1996 apud Lima, 2001). Dentro do sistema integrado de gestão temos duas principais ações para o seu perfeito desenvolvimento as Ações Relativas e Ações Normativas. Segundo Bidone e Povinelli (1999) apud Naime et al (2004): Lixo é basicamente todo e qualquer resíduo sólido proveniente das atividades humanas. No entanto, o conceito mais atual é de que lixo é aquilo que ninguém quer ou não tem valor comercial. Neste caso, pouca coisa descartada pode ser chamada de lixo. Como a Norma Brasileira Regulamentadora (NBR) 10.004/87 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica resíduos sólidos como aqueles resíduos resultantes de atividades da comunidade de origem, na qual estariam incluídas as seguintes atividades: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, entre outros. A Legislação Brasileira sobre Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) segue, em geral, as orientações de organismos internacionais, como a EPA (Environmental Protection Agency) e a OMS (Organização Mundial de Saúde). O Conama, em julho de 2001, editou a Resolução 283/2001, acrescentando outras fontes geradoras de resíduos de serviços de saúde. A ANVISA, em 2004, emitiu nova Resolução, a 306/04, definindo como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo. Alguns desses exemplos de unidades geradoras de RSS podem ser: laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços nos quais são realizadas atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde e centros de controle de zoonoses. Os termos gestão e gerenciamento, em geral, adquirem conotações distintas para grande parte dos técnicos que atuam na área de resíduos sólidos urbanos, embora possam ser empregados como sinônimos. Dentre essas conotações temos a diferença entre Gestão e Gerenciamento quando tratados em resíduos sólidos. Na qual o termo gestão é utilizado para definir decisões, ações e procedimentos adotados em nível estratégico; enquanto o gerenciamento visa à operação do sistema de limpeza urbana. Pode-se afirmar que a prioridade dada à redução de resíduos ou a determinada tecnologia de destinação final é uma tomada de decisão em nível de gestão. Lembrando-se que, para viabilizar esta tomada de decisão, é imprescindível estabelecer as condições políticas, institucionais, legais, financeiras, sociais e ambientais necessárias. Por sua vez, os aspectos tecnológicos e operacionais relacionados a determinado programa de redução na fonte ou à implementação de um aterro de disposição de resíduos, envolve alguns fatores como, administrativos, econômicos, sociais, entre outros, são de atribuição do gerenciador do sistema de limpeza urbana, importantes de atribuição direta do gerenciador do sistema de limpeza urbana. No Brasil, a Constituição Federal, promulgada em 1988, garante, em seu artigo 225, o direito de todos os brasileiros “ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O artigo 23 define que são competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios “proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”. Para fazer valer a Constituição, o país vem dando passos significativos, tendo adotado medidas desde antes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O principal objetivo da Política Nacional de visa uma gestão integrada e o Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, adequadamente. A PNRS incorpora conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos e contempla diretrizes de leis vigentes relacionadas ao tema, como as contidas na Lei do Saneamento Básico (14.445/07), no Plano de Saneamento Básico (Plansab) e na Política Nacional sobre Mudanças do Clima (Lei nº. 12.187/09), neste caso, o intuito é o de reforçar o compromisso voluntário com metas de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A PNRS trabalha no viés da sustentabilidade, alguns exemplos de ações sustentáveis na PNRS como: • Logística Reversa • padrões sustentáveis de produção/consumo • responsabilidade compartilhada • ciclo de vida dos produtos • reciclagem, rejeitos • resíduos sólidos e reutilização Pilhas de poeira, objetos velhos, quebrados e empilhados em verdadeiras montanhas de entulho. Urubus voando ao redor. Acrescente ainda um grupo de pessoas que saem recolhendo em sacos plásticos tudo aquilo que pode ser reciclado ou reaproveitado. Essa cena é comum nos lixões, espaços onde o lixo é despejado diretamente no solo e sem tratamento ambiental. Mas esses locais podem estar com os dias contados no Brasil. As prefeituras dos municípios têm até agosto de 2014 para apresentarem um plano de erradicação dos lixões em todas as cidades do país. Este prazo foi estipulado segundo a Lei 12.305, que instituiu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). A lei nº 12305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no País, foi sancionada pela Presidência da República em agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto nº. 7.404 de 23 de dezembro de 2010. As obrigações compartilhadas, a serem aplicadas pela lei, envolvem o setor produtivo. Caso os empresários não se ajustem, haverá penalidades de acordo com o não cumprimento do Acordo Setorial ou Decreto, caso não haja Acordo Setorial. Essas penalidades podem ser aplicadas após laudo técnico elaborado pelo órgão ambiental competente e identificando a dimensão do dano decorrente da infração X degradação. Demonstrando o avanço na conscientização da sociedade sobre a urgência em gerenciar os resíduos sólidos, alguns Estados e municípios se anteciparam à aprovação da PNRS e criaram legislação própria. A lei federal disciplinou a gestão integrada de resíduos em todos os municípios, prevendo o engajamento da sociedade no uso de instrumentos de controle social sem descontinuidade por mudança de gestão. O PNRS impôs aos Estados e municípios o desafio de estruturar políticas públicas para gradualmente organizar o setor e melhorar a capacidade institucional e operacional. Como todos nós estamos envolvidos, segundo a PNRS, denomina-se uma ação Responsabilidade Compartilhada. A implantação da gestão integrada de resíduos deve se basear em um diagnóstico da situação de cada região, envolver todas as instituições políticas e todos os setores da sociedade e definir planos de gestão de forma participativa, assim como instrumentos legais e meios estruturantes de curto, médio e longo prazo. Ao priorizara coleta de resíduos sólidos previamente segregados, conforme sua constituição ou composição, onde o ou (os) responsável (eis) pela coleta do resíduo urbano nos munícipios, segundo a PNRS, como o Serviço Público de Limpeza Urbana e o Manejo de Resíduos Sólidos. Segundo o PNRS, os públicos de saneamento; as indústrias – incluindo resíduos gerados tanto nos processos produtivos quanto nas instalações industriais –; serviços de saúde; mineração; as empresas que geram resíduos perigosos; as empresas que gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; as empresas de construção civil deverão apresentar plano de gerenciamento de resíduos sólidos as quais estão relacionadas no artigo 20 do PNRS. Um dos pilares da PNRS é a logística reversa, que é instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meio destinado a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. As empresas devem reaproveitar os resíduos em seu ciclo produtivo ou em outras cadeias, ou dar a eles destinação final ambientalmente adequada. Alguns produtos que potencial para uma possível logística reversa podem ser: http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/50/residuos-solidos-novas-demandas-de-acordo-com-a-confederacao-293243-1.asp http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/50/residuos-solidos-novas-demandas-de-acordo-com-a-confederacao-293243-1.asp Agrotóxicos, resíduos e embalagens Pilhas e baterias, pneus Óleos lubrificantes, resíduos e embalagens Lâmpadas fluorescentes, sódio e mercúrio, luz mista Produtos eletroeletrônicos e componentes O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) busca minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação vigente. Segundo a PNRS, quem pode elaborar o PGRS são os geradores de resíduos de saneamento básico; industriais, e serviços de saúde. Comércios que gerem resíduos perigosos; mesmo não perigosos por sua natureza, composição/volume, não sejam equiparados aos RSU. Construção civil, terminais e outras instalações que geram resíduos de serviços de transporte e atividades agrosilvopastoris. Pessoas físicas/jurídicas. Se houver disponibilização ou Logística Reversa, cessa a responsabilidade do gerador de RD. Seguindo a classificação dos resíduos, com relação aos classificados em Classe II B ou Inertes, a sua principal característica que os coloca nesta posição é a de não se decompor e não causar danos ao meio ambiente. A caracterização dos Resíduos Sólidos consiste em determinar suas principais características físicas e/ou químicas, qualitativa e/ou quantitativamente dependendo da abrangência e aplicação do resultado que se quer obter. A caracterização deve ser feita por profissional especializado e, dependendo da complexidade, em laboratórios de análises, para que sejam feitos testes específicos. É importante sabermos sobre as características físicas, como a composição gravimétrica, peso, teor de umidade, compressividade e geração per capita para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Os Resíduos Classe II – Não Perigosos São classificados e caracterizados: Resposta: RESÍDUOS CLASSE II A – Não inertes. São aqueles que apresentam propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. RESÍDUOS CLASSE II B – Inertes. Quaisquer resíduos que, quando submetidos a um contato com água, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água. São resíduos inertes: as rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas. Tendo em vista que aterro sanitário é uma forma de disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas atividades humanas, e que é objeto de investimentos governamentais, analise o gráfico a seguir. Destino do lixo para aterro sanitário, segundo as Grandes Regiões do Brasil. Podemos concluir sobre o destino do lixo no Brasil analisando os dados do gráfico que os investimentos públicos em relação à correta destinação do lixo são insuficientes. O fechamento do lixão de Gramacho gerou polêmica ao longo dos últimos meses e uma grande incerteza na vida de aproximadamente 1.700 catadores. Vivendo no meio de 60 milhões de toneladas de lixo, centenas de famílias agora precisam buscar outra fonte de renda. A desativação gradativa do lixão começou em abril de 2011; a partir de agora, as 8,5 mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro vão para a Central de Tratamento de Resíduos de Seropédica. A gestão de resíduos sólidos em grandes cidades envolve uma complexidade de problemas, o que demanda ações eficientes por parte do poder público. Podemos citar alguns problemas relacionados aos processos de coleta e descarte do lixo no Brasil: • depósitos a céu aberto (lixões) • insignificância de coleta seletiva • coleta insuficiente do lixo domiciliar • acúmulo de materiais não biodegradáveis • contaminação do solo e do lençol freático por chorume • contaminação do solo e de pessoas por produtos tóxicos • proliferação de insetos, roedores e outros vetores de doenças nos lixões Relatório ambiental de 2010 da ONU calcula que 50 milhões de toneladas de produtos descartáveis e altamente tóxicos são produzidas anualmente. Oriundos principalmente dos Estados Unidos e da Europa, esses produtos descartados são levados, sobretudo, para a Ásia e a África, onde rendem dinheiro, mas geram inúmeros problemas de saúde. A obsolescência programada virou regra nesses produtos: nos anos 90 a sua vida média era de quatro anos, hoje, é de apenas um ano e meio. (Veja, dezembro de 2011. Adaptado.) O texto refere-se a um dos problemas ambientais de mais rápido crescimento no mundo. O texto apresenta a descrição de um lixo que contém Componentes eletrônicos. http://www.infoescola.com/files/2010/05/exec203.jpg Coleta seletiva ou recolha seletiva é o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre esses materiais recicláveis, podemos citar os diversos tipos de papéis, plásticos, metais e vidros. A separação na fonte evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem. Para que o processo de coleta seletiva ocorra de forma efetiva, é necessário o cumprimento de etapas como: o conhecimento e sensibilização da comunidade envolvida; visitas técnicas de especialistas; registro da situação atual; plano de ação. A periculosidade de um resíduo é classificada em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, podendo apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado de forma inadequada. A norma NBR 10.004 de 09/1987 divide os resíduos sólidos industriais em duas classes: I e II, como perigosos, não inertes e inertes. Mas temos uma outra classe chamada de resíduos públicos. A principal característica desses resíduos resultantes da natureza ou descartados irregularmente pela população. Apresentam pelo menos uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Exemplo de resíduos: borra de tinta, latas de tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminada com óleo, graxas ou produtos químicos, epis contaminadas (luvas e botas de couro), resíduos de sais provenientes de tratamento térmico de metais, estopas, borra de chumbo, lodo da rampa de lavagem, lona de freio, filtro de ar, pastilhas de freio, lodo gerado no corte, filtros de óleo, papéis e plásticos contaminados com graxa/óleoe varreduras. Estas características se referem à qual classificação de resíduos de Classe I – Perigosos. A legislação exige que grandes geradores, como indústrias, supermercados e shoppings, façam seu PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O desenvolvimento desse plano traz grandes benefícios para uma empresa e exige a implantação de um Programa de Coleta Seletiva de qualidade. O PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos abrange procedimentos e técnicas com o objetivo de garantir que os resíduos sejam adequadamente coletados, manuseados, armazenados, transportados e dispostos com o mínimo de riscos para os seres humanos e para o meio ambiente. Acabar com os lixões até 2014 e implantar a coleta seletiva, a logística reversa e a compostagem dos resíduos úmidos, objetivos estabelecidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), são desafios especiais para os municípios, titulares dos serviços de limpeza pública. A elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é condição necessária para que os municípios consigam ter acesso aos recursos da União, destinados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. Em julho de 2013, por meio de um decreto municipal, foi apresentado o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de São Paulo (PGIRS), desenvolvido para atendimento dos prazos definidos na Lei no 12.305. A iniciativa colocou a cidade de São Paulo dentre as primeiras a cumprirem a exigência de planejamento, mas não propiciou espaços para um diálogo entre os entes públicos e privados envolvidos em todo o processo de manejo dos resíduos. Ao menos três políticas públicas nacionais são referência obrigatória para a discussão da gestão dos resíduos sólidos, como a Política http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem http://pt.wikipedia.org/wiki/Material_recicl%C3%A1vel Nacional de Resíduos Sólidos, a Lei Federal sobre Saneamento Básico e a Política Nacional sobre Mudanças do Clima. Em 1998, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) iniciou uma campanha e propôs ações para mudar a situação de milhares de crianças trabalhando em lixões em todo o mundo e também para valorizar as atividades dos catadores. Desse modo, foram criadas várias cooperativas de catadores. Algumas vantagens dessas cooperativas: • Emprego e renda • Cidadania • Redução das despesas – reciclagem, armazenamento, coleta, transferência e disposição final dos resíduos, em aterro, pelo sistema de limpeza urbana. A reciclagem química reprocessa plásticos, transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de elevada qualidade. O objetivo da reciclagem química é Recuperação dos componentes químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos. A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não alimentícias e muitos outros. Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos compostos por um único tipo de plástico, ou produtos a partir de misturas de diferentes plásticos em determinadas proporções. Estima-se que no Brasil sejam reciclados mecanicamente 15% dos resíduos plásticos pós-consumo. As etapas básicas desta forma de reciclagem: • Sistema de coleta dos descartes (coleta seletiva, coleta municipal, catadores); • Separação e triagem dos diferentes tipos de plásticos; • Limpeza para retirada de sujeiras e restos de conteúdos; • Revalorização. Países que adotam o processo de reciclagem energética, além de criar novas matrizes energéticas, conseguem reduzir substancialmente o volume de seus resíduos, um benefício incalculável para cidades com problemas de espaço para a destinação do lixo urbano. Embora a Reciclagem Energética ainda não exista no Brasil, a Plastivida entende que essa é uma alternativa ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente recomendável. Investir na Reciclagem Energética do lixo urbano proporciona vantagens e benefícios inquestionáveis. Algumas dessas vantagens e benefícios: •soluciona o problema dos lixões e aterros sanitários que já não são capazes de atender às necessidades dos centros urbanos; • reduz a emissão de gases dos aterros sanitários; • ajuda a preservar os leitos dos rios; • possiblita a recuperação energética dos materiais plásticos; • tecnologia que pode ser implantada próxima aos centros urbanos, reduzindo os custos de coleta e transporte do lixo para os distantes aterros sanitários; • a área necessária para a implantação de uma usina de Reciclagem Energética é muito inferior à exigida pelos aterros sanitários. O Brasil produz 241.614 toneladas de lixo por dia, sendo que 76% são depositados a céu aberto, em lixões, 13% são depositados em aterros controlados, 10% em usinas de reciclagem e 0,1% são incinerados. Do total do lixo urbano, 60% são formados por resíduos orgânicos que podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes para as plantas. A compostagem é um processo que pode ser utilizado para qual finalidade de transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo, melhora as suas características físicas, físico- químicas e biológicas. Material de origem animal ou vegetal cujo acúmulo no ambiente não é desejável. Por exemplo, estercos de animais (cavalo, porco, galinha etc.), bagaço de cana-de-açúcar, serragem, restos de capina, aparas de grama, restos de folhas do jardim, palhadas de milho e de frutíferas etc. Estão incluídos também os restos de alimentos de cozinha, crus ou cozidos, como cascas de frutas e de vegetais, restos de comida etc. Estas são as principais características dos resíduos orgânicos. O coprocessamento é uma tecnologia que consiste na utilização de resíduos industriais e pneus inservíveis como substitutos de combustível e/ou matérias-primas não renováveis usadas na fabricação do cimento, tais como: calcário, argila e minério de ferro - em fábricas de cimento devidamente licenciadas para este fim. Ao mesmo tempo, é uma forma de destinação final de resíduos, eliminando diversos passivos ambientais. Os principais materiais para coprocessar podem ser: Substâncias oleosas Resinas, colas e látex Pneus e emborrachados Madeiras contaminadas Tintas e solventes Borrachas e plásticos Lodos de ETE Terras contaminadas Papel e outros Nos diversos processos industriais, são gerados resíduos perigosos, que demandam uma tecnologia segura e confiável para a sua completa destruição. A incineração é um processo de destruição térmica de resíduos que ocorre em uma alta faixa de temperatura. Uma vantagens desse processo dessa técnica, estão a destruição da maior parte dos componentes orgânicos do resíduo (percentual superior a 99,9%) e a sua significativa redução de volume. Os resíduos incinerados são submetidos a um ambiente fortemente oxidante, no qual são decompostos em três fases: uma sólida inerte, uma gasosa e uma líquida, composta de efluentes decorrentes dos processos de absorção dos subprodutos da incineração. Alguns resíduos que podem ser incinerados: • Resíduo sólidos, líquidos e pastosos, não clorados; • Resíduos sólidos, líquidos e pastosos clorados; • Pesticidas e defensivos agrícolas; • Borras oleosas, borras de tinta e resíduos oleosos em geral; • Resíduos de ambulatório, farmacêuticos e de laboratório. As cinzas e escórias, após comprovada sua inertização, são dispostas em aterro industrial próprio e licenciado, enquanto os efluentes são neutralizados e direcionados para a estação de tratamento de efluentes para finalizar o seu tratamento. Os resíduosnão podem ser incinerados quando: Radioativos; Resíduos com alto teor de metais pesados (chumbo, mercúrio, cádmio etc.); Resíduos infecto-hospitalares; Resíduos com alto teor de flúor. Para o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Estado de Goiás, em 2004, atingiu recorde na balança comercial, com saldo de US$ 787 milhões, 8,5% a mais do que o obtido em 2003. As exportações goianas alcançaram US$ 1,411 milhão, aumento de 28,09% em comparação a 2003. Os principais itens na pauta de exportação em Goiás, no ano de 2004, foram o complexo soja (grãos, óleo, bagaços e resíduos), responsável por 55,7% do total, o complexo carne (bovina, suína e frango) com 20,4%, em seguida ouro, ferronióbio, complexo couro, amianto, complexo algodão, complexo milho, açúcares de cana e ferroníquel. (SEPLAN, 2007). Neste processo de crescimento, o desenvolvimento industrial tem proporcionado ao ser humano melhor qualidade de vida, sobrevivência e conforto, porém precisamos estar conscientes que o progresso tem suas vantagens e desvantagens. (BRASIL, 2004) Conforme a Resolução 313 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 2002, a definição de resíduo sólido industrial é todo resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso - quando contido e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papéis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias, vidros e cerâmicas. Pode ser classificada essa categoria que é a grande maioria do lixo, como perigoso. De acordo com a Norma Brasileira Registrada – NBR 10.004 de 2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, resíduos perigosos classe I são aqueles que apresentam periculosidade em função de suas propriedades físicas e químicas ou infectocontagiosa. Algumas características que envolve essas propriedades: Inflamabilidade: caracterizado como inflamável; Corrosividade: caracterizado como corrosivo; Reatividade: caracterizado como reativo; Toxidade: caracterizado como tóxico; Patogenicidade: caracterizado como patogênico. Frente a esse modelo de produção linear e fadado ao esgotamento dos recursos, e frente às necessidades ambientais do século XXI, desenvolveram- se as chamadas “tecnologias limpas”, Que são processos produtivos mais modernos e eficientes, centrados no conceito do desenvolvimento sustentável como forma de produção de bens de consumo. As tecnologias limpas podem ser compreendidas como novos processos industriais ou mesmo processos industriais já existentes, porém alterados. O principal objetivo é reduzir os impactos ambientais, o consumo de matérias-primas e o consumo energético utilizado durante o ciclo produtivo.