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MOVIMENTOs retilíNEOS Eduardo de Souza – matrícula Hugo Sillman da Cunha Carvalho – matrícula 34106 Otto Ferreira dos Santos – matrícula 32114 Rafael dos Reis Fernandes – matrícula 35017 Resumo: No final do século XVI Galileu Galilei publicou seus estudos sobre o movimento retilíneo. Nosso objetivo nesse experimento foi estudar a variação do deslocamento, do tempo, da velocidade e da aceleração. Para isso utilizamos um carrinho, o qual passava em um trilho de ar (livre da influencia do atrito), e um cronometro digital que foi usado para medir o tempo do deslocamento entre pontos do trilho. O resultado foi satisfatório, pois conseguimos descrever as características do MRU e do MRUV em dois gráficos. 1 1. INTRODUÇÃO Galileu Galilei foi um grande contribuidor para o estudo da cinemática. O cientista foi um dos primeiros a inicializar os estudos do movimento retilíneo, e com isso conseguiu relacionar matematicamente as grandezas deslocamento, velocidade, tempo e aceleração. O movimento retilíneo uniforme é descrito como o movimento de um objeto ao longo de uma reta. O objeto então percorre, com velocidade constante, distâncias iguais em intervalos de tempos iguais. Já o movimento retilíneo uniformemente variado é descrito ao longo de uma reta, porém, com aceleração constante. Isso significa que a velocidade sofre variações iguais em intervalos de tempos iguais. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Figura 1 - Fotos dos matérias citados abaixo. Compressor de ar; Sensores ópticos ajustáveis; Trilho de ar metálico (2 metros) com suporte ajustável; Carrinho metálico para flutuar o trilho; Cronômetro multifuncional digital: Marca: Cidepe / Modelo EQ228A; F.N. = {0....99,99995} s; Precisão: 0,00005 s / Erro: ± 0,000025 s; Paquímetro: Marca: Mitutoyo; F.N. = {0....200} mm; Precisão: 0,02mm / Erro: ± 0,01 mm; Calço de madeira. 2.2 Modelo Metodológico Primeiramente, para fazer um experimento bem feito, foi necessário colocar o carrinho metálico no centro do trilho de ar para que pudéssemos nivelar a altura deste. Após isso, os sensores foram colocados em suas respectivas posições (20, 60, 100, 140 e 180 cm). Feito os ajustes o cronômetro foi ligado juntamente com o compressor de ar, uma vez que este serve para eliminar o atrito entre o carrinho e o trilho. Com isso, o carro foi impulsionado no início do trilho, por um elástico, e assim o cronômetro marcou os respectivos tempos em que o carrinho passava pelos sensores fotoelétricos. O processo com o trilho nivelado foi repetido 4 vezes, anotando-se os tempos na Tabela 1. Para a segunda parte do experimento, colocamos o calço de madeira, do qual foi medido sua espessura, embaixo do suporte do trilho, assim inclinando-o. Foi feito o mesmo procedimento, porém, o carrinho foi solto do inicio do trilho. Esse processo foi repetido 4 vezes. 2.3 Obtenção dos Dados No 1º experimento, em que o trilho de ar estava nivelado, foi obtida a Tabela 1. Já no 2º experimento, em que o trilho estava inclinado, foi obtida a Tabela 2. Os valores indicados nas seis primeiras colunas foram obtidos em laboratório, portanto são dados primários. Já os valores da última coluna foram calculados a partir dos dados primários, ou seja, são dados secundários. O seno da inclinação (sen(i)) do trilho foi calculada da seguinte maneira (1): Sen(i) = h (1) L i: ângulo de inclinação; h = medida do lado menor do calço; L = distância entre o calço e o pé duplo do trilho; Tabela 1 Posição (cm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) TM(s) (20±0,3) 0 0 0 0 0 0 (60±0,3) (0,7647±5x10-5) (0,7647±5x10-5) (0,7647±5x10-5) (0,7325±5x10-5) (0,7955±5x10-5) (0,7524±6,7x10-5) (100±0,3) (1,5342±5x10-5) (1,4517±5x10-5) (1,4969±5x10-5) (1,4704±5x10-5) (1,5947±5x10-5) (1,5009±6,7x10-5) (140±0,3) (2,2809±5x10-5) (2,1605±5x10-5) (2,2274±5x10-5) (2,1888±5x10-5) (2,3125±5x10-5) (2,2457±6,7x10-5) (180±0,3) (3,0558±5x10-5) (2,8896±5x10-5) (2,9808±5x10-5) (2,9296±5x10-5) (3,1725±5x10-5) (3,0056±6,7x10-5) Fonte: Laboratório de Física – UNIFEI Tabela 2 Posição (cm) T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) TM(s) (20±0,3) 0 0 0 0 0 0 (60±0,3) (1,2699±5x10-5) (1,2831±5x10-5) (1,2760±5x10-5) (1,2683±5x10-5) (1,2874±5x10-5) (1,2769±6,7x10-5) (100±0,3) (2,0071±5x10-5) (2,0217±5x10-5) (2,0140±5x10-5) (2,0045±5x10-5) (2,0286±5x10-5) (2,0151±6,7x10-5) (140±0,3) (2,5633±5x10-5) (2,5777±5x10-5) (2,5699±5x10-5) (2,5594±5x10-5) (2,5860±5x10-5) (2,5713±6,7x10-5) (180±0,3) (3,0553±5x10-5) (3,0691±5x10-5) (3,0609±5x10-5) (3,0502±5x10-5) (3,0785±5x10-5) (3,0628±6,7x10-5) Fonte: Laboratório de Física – UNIFEI Tabela 3 ∆xA(cm) ∆tA(s) VmedA(cm/s) ∆xB(cm) ∆tB(s) VmedB(cm/s) 40 0,75525 53,15614 40 1,27698 31,32390 40 0,74850 53,44021 40 0,73821 54,18511 40 0,73610 54,34044 40 0,55611 71,92821 40 0,75990 52,63850 40 0,49151 81,38186 Fonte: Laboratório de Física - UNIFEI Legenda da Tabela 3: Índice A: referente ao experimento com o trilho nivelado; Índice B: referente ao experimento com o trilho inclinado; ∆xA(cm) e ∆xB(cm) : variação da posição dos sensores; ∆tA(s) e ∆tB(s): variação entre os TM(s); VmedA(cm/s) e VmedB(cm/s): velocidades médias calculadas a partir de e . Os valores da tabela 3 foram obtidos através de cálculos com base nos dados das tabelas 1 e 2. 2.4 Análise dos Resultados De acordo com os resultados da tabela 3, pode-se afirmar que o movimento obtido no ensaio do trilho nivelado é um movimento retilíneo uniforme, visto que, a partir da linha 2, houve apenas uma pequena discrepância entre os tempos e a velocidade média. Gráfico 1 Gráfico 2 Fica claro no Gráfico 1 uma linearidade “Posição x Tempo médio”, no qual o segmento de reta representa a velocidade do carrinho. A equação do movimento retilíneo é apresentada pela equação 2: S = So + vt (2) E, no experimento, pode ser descrita como: S = 19,9070060630068 + 53,2988938260994.t Já no experimento do trilho inclinado, houve uma mudança no comportamento do gráfico. Fica claro que o gráfico ganha a formula de um arco de parabola– devido a variação positiva da velocidade -, o qual caracteriza um gráfico de movimento retilíneo uniformemente variado, cujo arco possui equação (3): S = SO + vot + at² (3) E, no experimento pode ser descrita como: S = 20,0122668585333 - 16,1091990084405.t + 11,8125238074244.t² Ao calcular o valor da aceleração utilizando o ângulo i de inclinação do trilho, temos que: a = g.sen(i) => a = 9,78520. sen(23,14/1000) = (0,22643 ± 0,00005)m/s2 3. DISCUSSÃO DO MÉTODO E DOS RESULTADOS O experimento foi realizado com êxito, observando-se que os dados obtidos nos ensaios estiveram dentro de uma margem já esperada. O movimento retilíneo uniforme fica bem exposto a partir de uma análise da Tabela 3, onde os tempos e as velocidades assumiram valores similares. Já o movimento retilíneo uniformemente variado ficou bem representado a partir do Gráfico 2, onde percebe-se o arco de uma parábola, indicando o aumento da velocidade do carrinho com o passar do tempo. Ainda analisando esse gráfico, percebe-se que mesmo a aceleração apresentando um valor pequeno, devido à inclinação ocasionada pelo calço de madeira, causou um crescimento acentuado na velocidade do carrinho. Ao longo do experimento há erros sistemáticos que devem ser considerados. Esses erros são encontrados nos instrumentos, visto que paquímetro e trena já estão desgastados; nas observações erradas da escala, devido aos diferentes ângulos de visão do observador;e do ambiente, onde a variação da temperatura pode fazer com que haja a dilatação dos materiais utilizados. 4. CONCLUSÕES No primeiro experimento a variação nos dados relacionados à velocidade foram pequenos, o que demonstra bastante precisão. O segundo experimento também foi bem preciso. Com aceleração praticamente constante, podemos concluir que a atividade foi bem executada e que os instrumentos utilizados foram eficazes. Comparando os nossos gráficos de MRU e MRUV com outros gráficos de movimentos retilíneos achados na internet, podemos concluir que nosso experimento conseguiu ilustrar de maneira fiel a atividade proposta. 5. REFERÊNCIAS http://ecalculo.if.usp.br/historia/galileu.htm ->Data de acesso: 01/09/15 http://www.exatas.net/mru.htm ->Data de acesso: 01/09/15
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